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Projeto de Equações Diferenciais

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UNIVERSIDADE PREBITERIANA

MACKENZIE

EE - ESCOLA DE ENGENHARIA

Projeto de Equações Diferenciais

Ciro Schwartzmann – 32147473

Henrique Machado Hein – 32106238

Mateus Leandro de Sousa – 32010796


Parte 1: Exemplificação das aplicações de Equações Diferenciais selecionadas:

Primeiro exemplo:

Suponha que um estudante infectado com um vírus da gripe retorne a uma faculdade isolada no
campus onde se encontram 1000 estudantes. Presumindo que a taxa na qual o vírus se espalha é
proporcional não somente à quantidade x de alunos infectados, mas também à quantidade de
alunos não infectados, determine o número de alunos infectados após 6 dias se ainda é observado
que depois de 4 dias x(4) = 50.

Solução: Supondo que ninguém saia do campus enquanto durar a epidemia, devemos resolver o
problema de valor inicial

dx/dt = kx(1000-x) x(0) = 1.

Fazendo as identificações a = 1.000k e b = k, concluímos mediatamente que: x(t) =

1000k / k+999ke^-1000kt = 1000 / 1+999e^-1000kt

Agora, usando a informação x(4) = 50, determinamos k através da equação 50 =

1000 / 1+999e^-4000k

Encontramos: k = (-1 / 4000) • ln(19 / 999) = 0,0009906 x(t)

= 1000 / 1+999e^-0,9906t

x(6) = 1000 / 1+999e^-5,9436 = 276 estudantes

Segundo exemplo:

Crescimento de Bactérias: Uma cultura tem inicialmente Po bactérias. Em t = 1 h, o número medido


de bactérias é de 3/2Po. Se a taxa de crescimento for proporcional ao número de bactérias presente
no instante t, P(t), determine o tempo necessário para triplicar o número de bactérias.

Solução:
Em primeiro lugar, resolvemos a equação diferencial de Crescimento e Decaimento
dx/dt = kx, x(to) = xo

Iremos substituir o símbolo x por P. Tomando to =0, a condição inicial é P(0) = Po. Usamos então a
observação empírica de que P(1) = 3/2Po para determinar a constante de proporcionalidade k.
Observe que a equação diferencial dP/dt = kP é ao mesmo tempo separável e linear.
Colocando-a na forma padrão de uma ED linear de primeira ordem:

dP/dt - kP = 0
Podemos ver por inspeção que o fator integrante é e^-kt. Multiplicando ambos os lados da equação
por esse termo e integrando, obtemos:

d[e^-kt • P] / dt = 0 e e^-kt • P = c

Portanto P(t) = ce^kt. Em t = 0, segue que Po = ce^0 = c. Assim sendo, P(t) = Po • e^kt. Em t = 1
temos 3/2Po = Po • e^k ou e^k = 3/2. Da última equação, obtemos k = ln(3/2) = 0,4055 e, portanto,
P(t) = Po • e^0,4055t. Para encontrar o instante no qual o número de bactérias triplicou, resolvemos
3Po = Po • e^0,4055t para t. Segue que 0,4055t = ln(3) ou:

t = ln(3) / 0,4055 ≈ 2,71 h

Terceiro exemplo:

Uma corrente uniforme com 10 pés está descuidadamente enrolada no chão. Uma extremidade da
corrente é puxada verticalmente para cima por uma força constante de 5 Ib. A corrente pesa 1 Ib/pé.
Determine a altura x(t) da extremidade acima do solo no instante t.

Solução: Vamos supor que x = (t) seja a altura da extremidade da corrente no ar, no instante t, v =
dx / dt e o sentido positivo seja para cima. Para a parte da corrente no ar, no instante t, temos as
seguintes quantidades variáveis:

Peso: W = (x pé) • (1 lb/pé) = x Massa:


m = W/g = x/32
Força Resultante: F = 5 - W = 5 - x

Assim sendo, na EDO dada na forma da Segunda Lei de Newton:

F = d(mt) / dt

Temos:
d/dt (xv/32) = 5 - x ou x(dv/dt) + v(dx/dt) = 160 - 32x Como

v = dx/dt, a última equação se torna:

x(d^2 x / dt^2) + (dx/dt)^2 + 32x = 160

Para resolvermos essa última equação, iremos volta para a penúltima desenvolvida, onde, usaremos v
= x’ junto com a Regra da Cadeia. Como dv/dt = dv/dx • dx/dt = v • dv/dx, a segunda equação da
penúltima, pode ser reescrita da seguinte forma:

xv • dv/dx + v^2 = 160 - 32x

Reescrevendo na forma diferencial M(x, v)dx + N(x, v)dv = 0, observamos que, embora a equação:

(v^2 + 32x - 160)dx + xv dv = 0Não seja


exata, ela pode ser transformada em uma
equação exata por meio de uma fator
integrante. De (Mv - Nx)/N = 1/x e vemos que
um fator integrante é e^integral(dx/x) =
e^ln(x)
= x. Quando a equação for multiplicada por u(x) = x, a equação resultante será exata. Identificando
derivada parcial (dp) dpf/dpv = xv^2 + 32x^2 - 160x, dpf/dpv = x^2 • v, que obtemos:

½ • x^2 • v^2 + 32/3 • x^3 - 80x^2 = c1

Como supusemos inicialmente que a corrente toda estava inicialmente no chão, temos que x(0) = 0.
Aplicando esta última condição, obtemos que c1 = 0. Resolvendo a equação algébrica ½ • x^2 • v^2
+ 32/3 • x^3 - 80x^2 = 0, obtemos uma outra equação diferencial de primeira ordem para:

dx/dt = raiz(160 - 64/3 • x)

A última equação pode ser resolvida por separação de variáveis:

-3/32 • (160 - 64/3 • x)^½ = t + c2

Desta vez, a condição inicial x(0) = 0 implica c2 = -3 • raiz(10)/8. Finalmente, elevando ao quadrado
ambos os lados e resolvendo, obtemos o resultado desejado:

x(t) = 15/2 - 15/2 • (1 - (4 - raiz(10)) • t/15)^2

Quarto exemplo:

Suponha que uma massa pesando 10 lb (cerca de 4,5 kg) estique uma mola de 2 in (cerca de
5 cm). Se a massa for deslocada 2 in a mais e depois colocada em movimento com uma
velocidade inicial apontando para cima de 1ft/s (cerca de 30 cm/s), determine a posição da
massa em qualquer instante posterior. Determine, também, o período, a amplitude e a fase
do movimento.

Quinto exemplo:

Uma barra de metal à temperatura de 100°Fé colocada em um quarto à temperatura


constante de 0°F. Se após 20 minutos a temperatura da barra é de 50°F, determine (a) o
tempo necessário para a barra atingir uma temperatura de 25°F e (b) a temperatura da
barra após 10 minutos.

Sexto exemplo:

Um circuito RCL ligado em série tem R = 10 ohms, C = 10^-2 farad, L = 1/2 henry, e uma
tensão aplicada E = 12 volts. Admitindo que não haja corrente inicial nem carga inicial em t =
0 quando a tensão é aplicada pela primeira vez, determine a corrente subsequente no
sistema.

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