Produto 7
Produto 7
Produto 7
DEZEMBRO / 2022
maria
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
GESTÃO E FISCALIZAÇÃO
CONSULTORIA
Ampla Assessoria e Planejamento Ltda.
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ...................................................................................................... 1
INTRODUDUÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO ............................................................ 2
A. MECANISMOS E PROCEDIMENTOS PARA AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DA
EFICIÊNCIA, EFICÁCIA E EFETIVIDADE DAS AÇÕES DO PLANO ....................... 3
CONCEITOS .................................................................................................. 3
INDICADORES .............................................................................................. 4
LISTA DE SIGLAS
APRESENTAÇÃO
A partir do exposto, este relatório estrutura-se em cinco (5) capítulos principais, em acordo
com escopo apontado pelo Plano de Trabalho da presente revisão do PSB-JF, são eles:
• Introdução e Contextualização;
• Mecanismos e Procedimentos para Avaliação da Sistemática da Eficiência, Eficácia e
Efetividade das Ações do Plano;
• Relação entre os Objetivos e Metas do PSB-JF com os Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável – ODS;
• Mecanismos de Divulgação das Ações e Controle Social;
• Minuta de Regulamento dos Serviços de Drenagem Urbana.
1
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
INTRODUDUÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO Neste contexto, serão apresentadas as ferramentas e mecanismos para divulgação das
ações do PSB-JF à população. Além disso, para que haja a correta fiscalização das ações a
Neste Produto 7 será apresentada a proposição da minuta da legislação e regulação básica serem executadas, isto é, a averiguação das reais condições de operação dos sistemas,
referente ao serviço de drenagem e manejo das águas pluviais urbanas. A regulação, que serão definidos indicadores de qualidade dos serviços a serem executados por parte dos
estabelece parâmetros, regras e políticas tarifárias para o atendimento das metas e ações prestadores e também do ente regulatório.
definidas pelo PSB-JF, é definida pelo Decreto Federal n° 7.217, de 21 de junho de 2010, que
regulamenta a Lei Federal n° 11.445, de 05 de janeiro de 2007, legislação atualizada pela Lei Os indicadores de desempenho no setor de saneamento básico são medidas quantitativas
Federal nº 14.026, de 15 de julho de 2020. de um aspecto particular do desempenho da entidade operadora e/ou do seu nível de serviço.
É um instrumento de apoio ao monitoramento da eficiência, eficácia e efetividade das ações
Também será apresentada neste Produto a revisão dos mecanismos de divulgação das dos planos de saneamento básico.
ações e de controle social para o PSB-JF. O controle social é tido como um dos princípios
fundamentais da prestação dos serviços de saneamento básico, conforme estabelece o Assim, serão apresentados ainda os indicadores selecionados para avaliação das metas do
Decreto Federal n° 7.217/2010 e o Art. 2 da Lei Federal n° 14.026/2020. PSB-JF e os indicadores do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS
para os serviços de Abastecimento de Água, Esgotamento Sanitário e Drenagem Urbana.
De acordo com a Lei Federal supracitada, que define o Novo Marco do Saneamento Básico
no Brasil, o controle social é definido pelo conjunto de mecanismos e procedimentos que
garantem à sociedade informações, representações técnicas e participação nos processos
de formulação de políticas, de planejamento e de avaliação relacionados com os serviços
públicos de saneamento básico.
Conforme abordado no PSB- JF (2014), esses instrumentos podem ocorrer não somente por
meio dos canais de ouvidoria, que funcionariam como um “elo de ligação” entre o prestador
de serviços e os habitantes, buscando a referida qualidade almejada, mas também através
dos entes regulatórios. A fiscalização, sob a forma regulatória, confere maior entendimento à
população sobre qualidade dos serviços prestados.
2
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
A. MECANISMOS E PROCEDIMENTOS PARA AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DA A relação a seguir não é exaustiva, mas apresenta as qualidades mais importantes que os
EFICIÊNCIA, EFICÁCIA E EFETIVIDADE DAS AÇÕES DO PLANO indicadores devem apresentar:
• Validade: grau segundo o qual o indicador reflete o fenômeno que está sendo medido.
CONCEITOS O ID deve ser a expressão dos produtos essenciais de um processo. O enfoque deve
ser nos produtos e nos resultados. Assim, o ID deve medir aquilo que é produzido, seja
Indicadores de desempenho são medidas de eficiência e eficácia referentes a aspectos produto intermediário ou final, além dos resultados.
específicos de uma atividade desenvolvida ou do comportamento de um sistema. • Comparabilidade: propriedade de possibilitar comparações ao longo do tempo e entre
diferentes objetos de avaliação.
Os indicadores de desempenho são também conhecidos como KPI (Key Performance • Estabilidade: as variáveis componentes do indicador devem ter estabilidade
Indicators) e são parâmetros que irão auxiliar na identificação do desenvolvimento do conceitual, sua forma de cálculo não deve variar no tempo, bem como devem ser
saneamento básico municipal, frente ao planejamento estratégico estabelecido no PSB-JF. estáveis os procedimentos de coleta de dados para sua apuração. Essas são
condições necessárias ao emprego de indicadores para avaliar o desempenho ao
Com a finalidade de atingir objetivos na gestão operacional, as entidades operadoras longo do tempo.
municipais dos sistemas deverão procurar elevados padrões de eficiência e de eficácia, • Homogeneidade: na construção de indicadores devem ser consideradas apenas
entendendo-se estes conceitos como: variáveis homogêneas.
• Praticidade: garantia de que o indicador realmente é útil para o monitoramento e a
• Eficiência mede até que ponto os recursos disponíveis são utilizados de modo tomada de decisões. Para tanto, deve ser testado, modificado ou excluído quando não
otimizado para a produção do serviço. atender a essa condição.
• Eficácia mede até que ponto os objetivos de gestão definidos, específica e • Independência: o indicador deve medir os resultados atribuíveis às ações que se quer
realisticamente, foram cumpridos. monitorar, devendo ser evitados indicadores que possam ser influenciados por fatores
externos.
Vale destacar que a utilização de um indicador de desempenho de forma individual e fora de • Confiabilidade: a fonte de dados utilizada para o cálculo do indicador deve ser
contexto não produz resultados práticos e conduz a conclusões equivocadas. confiável, de tal forma que diferentes avaliadores possam chegar aos mesmos
resultados.
Portanto, é importante que a avaliação de um indicador seja realizada com o apoio de um • Seletividade: deve-se estabelecer um número equilibrado de indicadores que
sistema de indicadores, isto é, uma avaliação sistemática, simultânea e relacionada sob todos enfoquem os aspectos essenciais do que se quer medir.
os pontos de vistas relevantes no processo avaliado. • Compreensão: o indicador deve ser de fácil compreensão e não envolver dificuldades
de cálculo ou de uso. Indicadores que medem mais de uma variável e apresentam
As qualidades desejáveis para os Indicadores de Desempenho (ID) são usadas como critério métricas não intuitivas podem ser usados, e às vezes devem sê-lo, quando têm
para analisar indicadores existentes e para selecionar os melhores indicadores em um aceitação e validade.
conjunto maior.
3
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
• Completude: os indicadores devem representar adequadamente a amplitude e a • Ter a máxima exatidão e confiabilidade que a viabilidade técnica e econômica permitir.
diversidade de características do fenômeno monitorado, resguardado o princípio da
seletividade e da simplicidade. Desta forma, caberá ao operador a responsabilidade pelo zelo da informação gerada,
• Economicidade: as informações necessárias ao cálculo do indicador devem ser devendo esta ser confiável e pertinente a cada variável componente do sistema de
coletadas e atualizadas a um custo razoável, quando comparado com a utilidade indicadores em questão.
gerencial da informação que ele fornece.
• Acessibilidade: deve haver facilidade de acesso às informações primárias bem como Neste aspecto é importante diferenciar dados primários e dados secundários. Por definição,
de registro e manutenção para o cálculo dos indicadores. dados primários são aqueles obtidos diretamente pelo pesquisador, técnico, funcionário ou
• Tempestividade: a apuração do indicador deve estar disponível quando necessária, gestor do sistema, medidos através de técnicas e equipamentos “in loco” ou gerados pela
em tempo para a tomada de decisão. própria entidade gestora. Por outro lado, os dados secundários (ou externos) são informações
• Objetividade: o indicador deve ser inequívoco sobre o que está sendo medido e quais obtidas por fontes diversas, oriundas de outras instituições e pesquisas.
dados estão sendo usados em sua apuração. A objetividade inclui clareza sobre a
definição do indicador, de forma a evitar disputa sobre seu significado, especialmente Em casos de dados externos, isto é, dados e informações cujo controle não está nas mãos
no caso de indicadores multidimensionais. das entidades gestoras (operadoras, concessionárias), devem ser oriundos de fontes e
estatísticas oficiais sempre que possível e apenas ser utilizados em casos onde é
Portanto, no rol de indicadores proposto procurou-se atender se não todos, pelo menos um fundamental para o cálculo ou interpretação de um ou mais indicadores de desempenho.
grupo de qualidades esperadas.
A atuação do prestador de serviço na geração dos indicadores propostos deverá ser a mais
fiel possível à realidade operacional na prestação dos serviços de saneamento básico
CONFIABILIDADE E EXATIDÃO DOS DADOS abordados na presente revisão do PSB-JF, devendo, no caso de água e esgotos, a Agência
Reguladora estar preparada para aferir a confiabilidade e exatidão destes dados primários e
A confiabilidade e exatidão dos dados são fatores fundamentais na composição de um secundários utilizados na formulação dos indicadores propostos.
indicador de desempenho. A qualidade dos dados obtidos e informados é fundamental para
que um sistema de indicadores seja capaz de avaliar seus objetivos de forma clara e coerente
para todos os atores envolvidos. INDICADORES
A correta obtenção, tratamento, organização, armazenamento e recuperação de dados e A seguir são apresentados os indicadores para avaliação do PSB-JF e do desempenho na
informações exigem atenção e rigor constante e sua sistematização deve: prestação dos serviços de saneamento, organizados em dois grupos distintos:
• Ser realizada em consonância aos conceitos e definições estabelecidas; • Metas - onde se avalia por meio de indicadores a devida execução das metas
4
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
• SNIS – São os indicadores estabelecidos no Sistema Nacional de Informações sobre Figura 2: Indicadores – Sistema de Esgotamento Sanitário
5
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
Figura 3: Indicadores – Drenagem Urbana e Manejo das Águas Pluviais Estes indicadores traduzem a eficiência e a qualidade das ações desenvolvidas pelo
prestador de serviços frente às metas estipuladas no PSB, para cada ano de referência.
1.3.1 Indicadores Selecionados para Avaliação das Metas do PSB-JF Os indicadores para a mensuração das metas estabelecidas no PSB-JF referentes ao
Sistema Abastecimento de Água estão apresentados nos Quadros 1 a 6.
6
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
7
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
Quadro 5: Indicador de Eficiência na Arrecadação. 1.3.1.2 Indicadores Selecionados para Avaliação das Metas do Sistema de
Indicador de Eficiência na Arrecadação
Objetivo: Unidade de medida: Percentagem Esgotamento Sanitário
Cálculo e Aferição - Total Anual Setor Comercial da Concessionária Periodicidade de Cálculo/Aferição: Fonte de Coleta de Dados:
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022. Cálculo e Aferição - Anual Cadastro técnico e comercial da Concessionária
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.
8
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
Quadro 8: Indicador de Atendimento de Tratamento de Esgoto Quadro 10: Eficiência do Tratamento de Esgoto
Indicador de Atendimento de Tratamento de Esgoto Eficiência do Tratamento de Esgoto
Objetivo: Unidade de medida: Percentagem Objetivo: Unidade de medida: Percentagem
prestador de serviços, no ano avaliado. para aferição de DBO removido na ETE , no ano avaliado.
𝑁° 𝐸𝑐𝑜𝑛. 𝑟𝑒𝑠. 𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑡𝑟𝑎𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 + 𝑁° 𝐸𝑐𝑜𝑛. 𝑟𝑒𝑠. 𝑖𝑛𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑡𝑟𝑎𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 N° de Amostras analisadas após tratamento com resultado dentro do padrão (DBO)
𝐴𝑇𝐸𝑠𝑔𝑜𝑡𝑜 = 𝑋 100 Ef. TE = 𝑋 100
N° domicílios residenciais na área de abrangência do prestador de serviços N° de Amostras analisadas para aferição de DBO removido na ETE
Periodicidade de Cálculo/Aferição: Fonte de Coleta de Dados: Periodicidade de Cálculo/Aferição: Fonte de Coleta de Dados:
Cálculo e Aferição - Anual Cadastro técnico e comercial da Concessionária Cálculo e Aferição - Anual Cadastro técnico e comercial da Concessionária
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022. Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.
9
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
Os indicadores para a mensuração das metas estabelecidas no PSB-JF referentes ao Quadro 13: Índice de Manutenção do Sistema de Microdrenagem
Índice de Manutenção do Sistema de Microdrenagem
Sistema de Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas estão apresentados nos Objetivo: Unidade de medida: Percentagem
Quadros 11 a 17.
Quantificar a manutenção do sistema de
microdrenagem.
Quadro 11: Índice de Cobertura do Sistema de Microdrenagem. Descrição:
Índice de Cobertura do Sistema de Microdrenagem
Objetivo: Unidade de medida: Percentagem Mensura a cobertura das manutenções, incluindo a remodelação de redes, do sistema de microdrenagem
com base na extensão dos canais existentes onde foi realizada manutenção frente à extensão total dos canais
Quantificar a cobertura do sistema de existentes no município, no ano avaliado.
microdrenagem.
Descrição: Extensão de Canais Existentes em que foi realizada manutenção
IMMicrodrenagem = 𝑋 100
Mensura a cobertura de atendimento do sistema de microdrenagem na área urbana com base na extensão Extensão Total de Canais Existentes no município
de vias urbanas pavimentas com o sistema de microdrenagem implantado frente ao a extensão total das vias
urbanas pavimentadas, no ano avaliado. Periodicidade de Cálculo/Aferição: Fonte de Coleta de Dados:
existentes onde foi realizada manutenção frente ao a extensão total dos canais existentes no município, no
Periodicidade de Cálculo/Aferição: Fonte de Coleta de Dados:
ano avaliado.
Cálculo e Aferição - Anual Cadastro técnico da Concessionária
Extensão de Canais Existentes em que foi realizada manutenção Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.
IMMacrodrenagem = 𝑋 100
Extensão Total de Canais Existentes no município
10
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
Quadro 15: Parcela de domicílios em situação de risco a inundações Quadro 17: Evolução da Implantação de Técnicas Compensatórias
Parcela de domicílios em situação de risco a inundações Evolução da Implantação de Técnicas Compensatórias
Objetivo: Unidade de medida: Percentagem Objetivo: Unidade de medida: Percentagem
Quantificar a parcela de domicílios em situação de informações de caráter institucional, administrativo, operacional, gerencial, econômico-
risco a deslizamentos financeiro, contábil e de qualidade da prestação de serviços de saneamento básico em áreas
Descrição: urbanas das quatro componentes do saneamento básico: água, esgotos, resíduos sólidos e
Mensura a quantidade de domicílios em situação de risco a deslizamentos, frente ao número total de
águas pluviais.
domicílios no município, no ano avaliado.
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑑𝑜𝑚𝑖𝑐í𝑙𝑖𝑜𝑠 𝑠𝑢𝑗𝑒𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑎 𝑑𝑒𝑠𝑙𝑖𝑧𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 No caso dos serviços de água e esgotos, os dados são atualizados anualmente para uma
DSRD = 𝑋 100
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑑𝑜𝑚𝑖𝑐í𝑙𝑖𝑜𝑠 𝑛𝑜 𝑚𝑢𝑛𝑖𝑐í𝑝𝑖𝑜 amostra de prestadores de serviços no Brasil, desde o ano base de 1995. Deve-se atentar
que existe uma prevalência de informações relacionadas ao serviço de abastecimento de
Periodicidade de Cálculo/Aferição: Fonte de Coleta de Dados:
água, em função da clara tendência à priorização da implementação desses serviços na
Cálculo e Aferição - Anual Cadastro técnico da PJF e da SSPDC
época do Plano Nacional de Saneamento (PLANASA). Quanto às águas pluviais, sistema
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.
também compreendido pela presente revisão do PSB-JF, as informações e indicadores são
mais recentes, iniciando apenas em 2015.
Em seguida são apresentados os indicadores SNIS para os eixos do saneamento básico que
compõem a presente revisão do PSB-JF: Abastecimento de água, Esgotamento Sanitário e
11
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
Índice de produtividade: economias ativas por 𝐴𝐺003 + 𝐸𝑆003 AG003: Quantidade de economias ativas de água
IN002 𝐼𝑁002 = ES003: Quantidade de economias ativas de esgotos econ./empreg.
pessoal próprio 𝐹𝑁026
FN026: Quantidade total de empregados próprios
𝐹𝑁017 1 AG011: Volume de água faturado
IN003 Despesa total com os serviços por m3 faturado 𝐼𝑁003 = 𝑥 ES007: Volume de esgotos faturado R$/m³
𝐴𝐺011 + 𝐸𝑆007 1000 FN017: Despesas totais com os serviços (DTS)
FN001 = FN002 + FN003 + FN007 + FN038
AG011: Volume de água faturado
𝐹𝑁001 1 ES007: Volume de esgotos faturado
IN004 Tarifa média praticada 𝐼𝑁004 = 𝑥 FN002: Receita operacional direta de água R$/m³
𝐴𝐺011 + 𝐸𝑆007 1000 FN003: Receita operacional direta de esgoto
FN007: Receita operacional direta de água exportada (bruta ou tratada)
FN038: Receita operacional direta - esgoto bruto importado
AG011: Volume de água faturado
𝐹𝑁002 1 AG017: Volume de água bruta exportado
IN005 Tarifa média de água 𝐼𝑁005 = 𝑥 R$/m³
𝐴𝐺011 − 𝐴𝐺017 − 𝐴𝐺019 1000 AG019: Volume de água tratada exportado
FN002: Receita operacional direta de água
12
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
13
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
Participação da despesa com produtos químicos 𝐹𝑁011 FN011: Despesa com produtos químicos
IN038 𝐼𝑁038 = 𝑥 100 %
nas despesas de exploração (DEX) 𝐹𝑁015 FN015: Despesas de Exploração (DEX)
FN010: Despesa com pessoal próprio
FN011: Despesa com produtos químicos
FN013: Despesa com energia elétrica
𝐹𝑁027 FN014: Despesa com serviços de terceiros
Participação das outras despesas nas despesas
IN039 𝐼𝑁039 = 𝑥 100 FN015: Despesas de Exploração (DEX) %
de exploração 𝐹𝑁015 FN020: Despesa com água importada (bruta ou tratada)
FN021: Despesas fiscais ou tributárias computadas na DEX
FN027 = FN015 – (FN010 + FN011 + FN013 + FN014 + FN021 + FN020 + FN039)
FN039: Despesa com esgoto exportado
14
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
𝐴𝐺010 − 𝐴𝐺019 1000000 AG001: População total atendida com abastecimento de água
IN022 Consumo médio percapita de água 𝐼𝑁022 = 𝑥 AG010: Volume de água consumido l/hab./dia
𝐴𝐺001 365 AG019: Volume de água tratada exportado
15
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
16
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
17
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
Incidência das análises de turbidez fora do 𝑄𝐷009 QD008: Quantidade de amostras para turbidez (analisadas)
IN076 𝐼𝑁076 = 𝑥100 %
padrão 𝑄𝐷008 QD009: Quantidade de amostras para turbidez fora do padrão
Duração média dos reparos de 𝑄𝐷012 QD011: Quantidades de extravasamentos de esgotos registrados
IN077 𝐼𝑁077 = horas/extrav.
extravasamentos de esgotos 𝑄𝐷011 QD012: Duração dos extravasamentos registrado
Índice de conformidade da quantidade de 𝑄𝐷006 QD006: Quantidade de amostras para cloro residual (analisadas)
IN079 𝐼𝑁079 = 𝑥100 %
amostras - cloro residual 𝑄𝐷020 QD020: Quantidade mínima de amostras para cloro residual (obrigatórias)
Índice de conformidade da quantidade de 𝑄𝐷008 QD008: Quantidade de amostras para turbidez (analisadas)
IN080 𝐼𝑁080 = 𝑥100 %
amostras - turbidez 𝑄𝐷019 QD019: Quantidade mínima de amostras para turbidez (obrigatórias)
Índice de conformidade da quantidade de 𝑄𝐷026 QD026: Quantidade de amostras para coliformes totais (analisadas)
IN085 𝐼𝑁085 = 𝑥100 %
amostras - coliformes totais 𝑄𝐷028 QD028: Quantidade mínima de amostras para coliformes totais (obrigatórias)
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.
18
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
Quadro 21: Indicadores gerais - Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas
𝐺𝐸008 GE002 – Área urbana total, incluindo áreas urbanas isoladas Domicílios por
IN044 Densidade de Domicílios na Área Urbana 𝐼𝑁043 =
𝐺𝐸002 𝑥 100 GE008 – Quantidade total de domicílios urbanos existentes no município hectares
Quadro 22: Indicadores financeiros - Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas.
19
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
FN016 - Despesa total com serviços de Drenagem e Manejo das Águas Pluviais
Despesa per capita com serviços de Drenagem 𝐹𝑁016
𝐼𝑁048 = Urbanas Reais por
IN048 𝐺𝐸006
e Manejo das Águas Pluviais Urbanas GE006 - População urbana residente no município (estimada conforme taxa de habitante ano
urbanização do último Censo)
Quadro 23: Indicadores de infraestrutura - Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas
Taxa de Cobertura de Pavimentação e Meio- 𝐼𝐸019 IE017 - Extensão total de vias públicas urbanas do município
IN020 𝐼𝑁020 = 𝑥100 IE019 - Extensão total de vias públicas urbanas com pavimento e meio-fio (ou %.
Fio na Área Urbana do Município 𝐼𝐸017
semelhante)
Taxa de cobertura de vias públicas com redes 𝐼𝐸024 IE017 - Extensão total de vias públicas urbanas do município
IN021 𝐼𝑁021 = 𝑥100 IE024 - Extensão total de vias públicas urbanas com redes ou canais de águas %
ou canais pluviais subterrâneos na área urbana 𝐼𝐸017
pluviais subterrâneos
Parcela de Cursos d’Água Naturais Perenes 𝐼𝐸044 IE032 - Extensão total dos cursos d’água naturais perenes em áreas urbanas
IN025 𝐼𝑁025 = 𝑥100 IE044 - Extensão total de parques lineares ao longo de cursos d’água naturais %
em Área Urbana com Parques Lineares 𝐼𝐸032
perenes em áreas urbanas
Parcela de Cursos d’Água Naturais Perenes 𝐼𝐸034 IE032 - Extensão total dos cursos d’água naturais perenes em áreas urbanas
IN026 𝐼𝑁026 = 𝑥100 IE034 - Extensão total dos cursos d’água naturais perenes canalizados abertos em %
com Canalização Aberta 𝐼𝐸032
áreas urbanas
Parcela de Cursos d’Água Naturais Perenes 𝐼𝐸035 IE032 - Extensão total dos cursos d’água naturais perenes em áreas urbanas
IN027 𝐼𝑁027 = 𝑥100 IE035 - Extensão total dos cursos d’água naturais perenes canalizados fechados %
com Canalização Fechada 𝐼𝐸032
em áreas urbanas
Parcela de Cursos d’Água Naturais Perenes 𝐼𝐸033 IE032 - Extensão total dos cursos d’água naturais perenes em áreas urbanas
IN029 𝐼𝑁029 = 𝑥100 IE033 - Extensão total dos cursos d’água naturais perenes com diques em áreas %
com Diques 𝐼𝐸032
urbanas
Volume de reservação de águas pluviais por ∑ 𝐼𝐸058 Metros cúbicos
𝐼𝑁035 = GE002 - Área urbana total, incluindo áreas urbanas isoladas
IN035 𝐺𝐸002 por quilômetros
unidade de área urbana IE058 - Capacidade de reservação
quadrados
20
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
Quadro 24: Indicadores sobre a gestão de risco - Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas
21
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
B. RELAÇÃO ENTRE OS OBJETIVOS E METAS DO PSB-JF COM OS OBJETIVOS DE Figura 4: Agenda 2030 - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Os objetivos e metas definidos para o Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora estão
pautados nos princípios fundamentais da Política Federal de Saneamento Básico, instituída
pela Lei Federal n° 11.445/2007, atualizada pela Lei Federal n° 14.026/2020. Esses princípios
materializam as principais diretrizes do planejamento, as quais foram a base para a definição
dos principais objetivos, metas e ações para os serviços de saneamento básico municipal.
Os objetivos e metas, bem como as ações definidas no PSB de Juiz de Fora foram formulados
buscando também a contabilização ao que está sendo proposto com as políticas públicas
para o desenvolvimento sustentável, a se destacar a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Fonte: Adaptado de ONU, 2022.
Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), através dos 17 objetivos globais de
desenvolvimento sustentável e suas respectivas 169 metas.
22
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
Figura 5: Agenda 2030 - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (continuação). Figura 6: Agenda 2030 - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (continuação).
23
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
Figura 7: Agenda 2030 - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (continuação). Figura 8: Agenda 2030 - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (continuação).
24
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
Figura 9: Agenda 2030 - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (continuação). Figura 10: Agenda 2030 - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (continuação).
25
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
Figura 11: Agenda 2030 - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (continuação). Caso algum dos ODS não estejam listados, trata-se de não haver ações no planejamento
estratégico do PSB-JF direcionados para aquele objetivo especificamente.
Conforme demonstrado inicialmente no item objetivos e metas, além dos objetivos do PSB-
JF estarem em consonância com os anseios da Administração Municipal e o Planejamento
Plurianual municipal, foi realizada uma compatibilização para demonstrar como as ações
propostas no planejamento estratégico do sistema de abastecimento de água, do sistema de
esgotamento sanitário e do sistema de drenagem urbana e manejo das águas pluviais
auxiliam o município no atendimento dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável -
ODS.
26
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
27
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
Figura 13: Ações do Sistema de Abastecimento de Água e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (Continuação).
28
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
29
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
Figura 15: Ações do Sistema Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
30
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
Figura 16: Ações do Sistema Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (Continuação).
31
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
C. MECANISMOS DE DIVULGAÇÃO DAS AÇÕES E CONTROLE SOCIAL IV – Dos usuários de serviços de saneamento básico e;
V – Entidades técnicas, organizações da sociedade civil e de defesa do
consumidor relacionados ao setor de saneamento básico.
O controle social é tido como um dos princípios da prestação dos serviços de saneamento
O controle social, através de um órgão colegiado específico, é critério básico para o acesso
básico, conforme estabelece o Decreto Federal n° 7.217/2010 e o Art. 2° da Lei Federal n°
a recursos federais destinados a saneamento básico, assim como a elaboração de um PSB.
11.445/2007. A transparência de ações também é outro princípio fundamental da Lei e está
conectado ao controle social.
Em Juiz de Fora foi criado, através da Lei Municipal nº 14.290, de 19 de novembro de 2021,
o Conselho Municipal de Saneamento Básico – COMSAB.
O titular dos serviços de saneamento básico deve garantir o estabelecimento de mecanismos
de participação e controle social (art. 23, inciso VI, do Decreto 7.217/2010), tendo isso como
O COMSAB é um órgão deliberativo, consultivo e normativo, para atuar no controle social do
uma diretriz dentro de uma Política de Saneamento Básico.
Sistema Municipal de Saneamento Básico e do Fundo Municipal de Saneamento Básico, sem
prejuízo das atribuições e responsabilidades das instâncias dos poderes executivo e
O controle social é compreendido como o conjunto de mecanismos e procedimentos que
legislativo municipais. Este foi regulamentado pelo Decreto nº 14.927 de 17 de dezembro de
garantem à sociedade informações, representações técnicas e participação nos processos
2021. Compete ao COMSAB:
de formulação de políticas, de planejamento e de avaliação relacionados com os serviços
públicos de saneamento básico (Lei Federal nº 14.026/2020).
• Elaborar seu regimento interno;
Segundo o Decreto 7.217/2010, conforme descrito em seu artigo 34, o controle social dos • Propor diretrizes para a política pública municipal de saneamento básico;
serviços públicos de saneamento básico poderá ser instituído mediante adoção, entre outros, • Fiscalizar e controlar a execução da Política Pública Municipal de Saneamento Básico,
§ 3º: Nos órgãos colegiados mencionados no inciso IV do caput, é • Promover ampla divulgação de suas decisões à população, externando a posição do
assegurada a participação de representantes:
Conselho.
I – Dos titulares dos serviços;
II – De órgãos governamentais relacionados ao setor de saneamento;
III – dos prestadores de serviços públicos de saneamento;
32
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
Salienta-se que o site deverá possuir uma página introdutória com instrução de uso e
explanação a respeito do SISURB, bem como sobre cada um dos indicadores utilizados,
demonstrando a sua utilidade para a fiscalização e para o gerenciamento dos serviços de
saneamento básico prestados, relacionando os mesmos aos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável - ODS. Deverá possuir também um link ao endereço eletrônico do PSB-JF de
forma a possibilitar ao usuário seu pleno acesso ao Plano.
Nas consultas públicas, onde tornou-se público todos os relatórios que compõe as respectivas
etapas por 15 (quinze) dias cada, os munícipes tiveram a possibilidade de se inteirar do
conteúdo produzido, interagir através da resposta de questionários temáticos referentes aos
eixos abordados no PSB-JF, assim como, contribuir com críticas e sugestões através de um
canal e comunicação aberto, sendo ele por um endereço de e-mail.
Ainda, além dos dois períodos de consulta pública, a revisão do PSB-JF contemplará uma
audiência pública, a qual terá como objetivo principal a apresentação do plano finalizado, em
um evento aberto ao público, com direito de participação para esclarecimento de dúvidas e
anseios relacionados ao plano.
33
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
34
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
XII – dissipadores – são estruturas ou sistemas com a finalidade de reduzir ou V - cooperar no processo de reenquadramento dos corpos de água que drenam o
controlar a energia no escoamento das águas pluviais, como forma de controlar seus efeitos município;
e o processo erosivo que provocam;
VI - garantir a eliminação dos lançamentos clandestinos de efluentes líquidos e dos
XIII – reservatórios de acumulação – são as bacias de detenção ou retenção resíduos sólidos de qualquer natureza nos sistemas de drenagem pluvial, assegurando a
utilizadas para a acumulação das águas e amortecimento das vazões de cheias; qualidade da água, o controle de cheias e a saúde da população;
XIV – bacia hidrográfica – é uma unidade físico-territorial drenada que converge para VII - buscar soluções que viabilizem a reabertura de canais fluviais a partir da
um corpo d’água principal através de seus afluentes e representa a unidade mais apropriada concepção e execução de intervenções para adequação e/ou recuperação desses talvegues,
para a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem natural ou assegurando também sua integração à paisagem urbana, a prevenção de impactos
decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais. ambientais e a melhoria das condições de manutenção;
XV – medidas de controle de inundação: VIII - desenvolver a educação ambiental como instrumento de conscientização da
população sobre a correta destinação das águas pluviais e da preservação das áreas
a) estruturais: são aquelas que modificam o sistema fluvial por meio de obras na bacia permeáveis;
(medidas extensivas) ou no rio (medidas intensivas) para evitar ocorrência de alagamentos e
inundações; IX - implementar tratamento urbanístico e paisagístico nas áreas de fundo de vale,
exceto nas APPs (áreas de Preservação Permanente), privilegiando as soluções de parques;
b) não-estruturais: são medidas institucionais como legislações, ações de
X - privilegiar os Sistemas de Drenagem Urbana Sustentável (SUDS), ou seja, ações
fiscalização, ações de educação ambiental e criação de manuais de gestão da drenagem.
que minimizem as intervenções cujas implicações sejam a expansão de áreas impermeáveis.
XVI – Sistemas de Drenagem Urbana Sustentável (SUDS) – são medidas estruturais Capítulo IV
ou não-estruturais alternativas em drenagem urbana que visam o retardamento do tempo de Dos Objetivos
concentração do escoamento superficial gerado em meio urbano, buscando melhorar o
equilíbrio do ciclo hidrológico no meio urbano, incentivar o uso da água pluvial e, Art. 6º A prestação dos Serviços Públicos de Manjo das Águas Pluviais tem como
principalmente, promover a infiltração das águas urbanas. objetivos gerais:
35
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
II - minimização ou eliminação sempre que possível dos impactos originados pelas Parágrafo único. Para efeito desta regulamentação são adotadas as seguintes
inundações, alagamentos, enxurradas e deslizamentos de solo; definições:
III - busca por alternativas para atendimento aos objetivos estabelecidos no plano I - serviço adequado: é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade,
com menor custo e impacto ambiental; eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação;
IV - inclusão dos conceitos de detenção e infiltração das águas pluviais; II - regularidade: nível de conformidade com as regras estabelecidas nos
instrumentos de regulação;
V - implantação de um sistema de gerenciamento e controle das ações do plano;
III - continuidade: condição de prestação de serviço contínuo, sem interrupção, exceto
VI - busca por alternativas para atendimento aos objetivos estabelecidos no plano, nas situações previstas em lei e neste Regulamento da Prestação do Serviço;
com menor custo e impacto ambiental.
IV - eficiência: exercício das atividades necessárias à prestação do serviço público,
Art. 9º fazer cumprir o Plano de Saneamento Básico e o Plano Diretor de Drenagem buscando a obtenção do efeito desejado, no tempo planejado e com o menor encargo
Urbana, detectando, a partir de análise e monitoramento dos dados e ações implantadas possível para o usuário;
pelos Órgãos responsáveis pela execução, quando há descumprimento.
V - segurança: utilização de todas as medidas possíveis para a redução ou ausência
Capítulo V dos riscos de danos materiais e morais para os usuários e não usuários, em condições
Dos Princípios, Competências, Obrigações e Responsabilidades da Gestão econômicas factíveis;
V - princípio da garantia da eficiência e melhoria contínua na utilização dos recursos Seção III
afetos, respondendo à evolução das exigências técnicas e às melhores técnicas ambientais Deveres do Órgão Prestador dos Serviços
disponíveis;
Art. 13. A Secretaria de Obras é a responsável pela Gestão do Manejo das Águas
VI - princípio da promoção da solidariedade econômica e social, do correto Pluviais no município de Juiz de Fora, podendo a mesma prestar os serviços de forma direta
ordenamento do território e do desenvolvimento regional. ou indireta, concernindo:
36
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
III - garantir a gestão do Serviço de Manejo de Águas Pluviais; II - queimar a céu aberto ou em recipientes, instalações e equipamentos não
licenciados para essa finalidade;
IV - manter atualizado o cadastro dos equipamentos e infraestruturas afetas ao
sistema; III - deposição em logradouros públicos, margens de rio e córregos, salvo os materiais
utilizados para recomposição das margens.
V - promover a atualização tecnológica do sistema de gestão, nomeadamente,
quando daí resulte um aumento da eficiência técnica e da qualidade ambiental; IV - utilizar terrenos públicos ou privados para descarga ou armazenamento de
resíduos sólidos ou qualquer substância que possa ser prejudicial ao meio ambiente ou possa
VI - cumprir e realizar os investimentos necessários à execução dos planos de constituir perigo de incêndio.
expansão dos sistemas e à melhoria da qualidade da prestação dos serviços, nos termos da
legislação aplicável e do Plano Diretor de Drenagem. V - deixar derramar na via pública quaisquer materiais, oriundos limpeza e
manutenção do sistema de drenagem e limpeza dos rios e córregos, transportados em
Parágrafo único. O arquivo técnico, cadastro técnico, do sistema de drenagem veículos próprios ou terceirizados.
deverá observar os seguintes itens:
VI - despejar carga de veículos na via pública com prejuízo para a limpeza urbana, e
a) ser composto por todos os documentos de projeto e construção, incluindo deixar por limpar resíduos provenientes de cargas e descargas dos mesmos.
memoriais descritivos, memoriais de cálculo, desenhos e especificações para a
microdrenagem e macrodrenagem, incluindo as dimensões básicas para as técnicas Seção V
compensatórias em drenagem urbanas existentes; Gestão Voltada para o Desenvolvimento Sustentável
b) conter o registro de todos os componentes e sistemas abrangidos pelo programa Art. 16. Os resíduos sólidos gerados pelos Serviços Públicos de Manejo de Águas
de manutenção, incluindo identificação, descrição e localização georreferenciada; Pluviais devem ser geridos com vistas ao desenvolvimento sustentável, com o envolvimento
de toda a sociedade, em conformidade com a gestão dos Serviços Públicos de Manejo de
c) permanentemente atualizados, refletindo fielmente todas as modificações e Resíduos Sólidos.
complementações realizadas ao longo da vida útil do sistema de drenagem.
Seção VI
Art. 14. É dever do titular dos serviços públicos de manejo das águas pluviais o A Quem se Aplica o Regulamento
cumprimento de suas obrigações em relação ao Plano Municipal de Gestão Integrada de
Resíduos Sólidos - PMGIRS, conforme definido na legislação vigente e neste Regulamento, Art. 17. Como o manejo das águas pluviais representa um problema ambiental, social
no que couber, quanto aos resíduos sólidos gerados na limpeza e manutenção do sistema de e econômico, a responsabilidade cabe a todos, portanto este Regulamento aplica-se aos
drenagem e limpeza dos rios e córregos. titulares dos Serviços Públicos de Manejo de Águas Pluviais e, no que couber, aos dos
Serviços de Manejo dos Resíduos Sólidos de maneira direta ou indireta.
§ 1º Os resíduos citados no “caput” deste artigo devem sofrer disposição
ambientalmente adequada. Capítulo VI
Do Gerenciamento, Operação e Manutenção do Sistema de Drenagem
§ 2º Os resíduos sólidos compostos por materiais potencialmente reutilizáveis e/ou
recicláveis devem ser encaminhados às associações de catadores ou ao setor municipal Seção I
responsável pelo manejo de resíduos sólidos, em condições definidas por este setor. Introdução
37
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
Seção II
Diretrizes do Plano de Manutenção e Limpeza de Drenagem Urbana g) fazer cumprir normas e procedimentos do programa de manutenção.
Art. 21. Este Regulamento define um conjunto de diretrizes que devem ser seguidas c) analisar e identificar serviços passíveis de planejamento;
para a efetivação das metas previstas pelo sistema de manutenção da drenagem urbana do
Município, tais como: d) estudar e estabelecer métodos e processos de planejamento;
I - deverá ser composto por um conjunto de atividades que visem à preservação do e) definir sequências e períodos de intervenção;
desempenho, da segurança e da confiabilidade dos componentes do sistema de drenagem,
de forma a prolongar a sua vida útil e reduzir os custos de manutenção; f) definir parâmetros de gestão da manutenção;
II - o plano de manutenção será configurado pelos seguintes pontos essenciais: g) propor métodos, parâmetros e orientação para elaboração da programação;
organização da área de manutenção, arquivo técnico e cadastro georreferenciado dos
componentes do sistema de drenagem e programa de manutenção; h) avaliar relatórios gerenciais de modo a aprimorar continuamente os processos
e métodos de planejamento.
III - a forma de organização do programa de manutenção será compatível com o porte
e complexidade do sistema de drenagem de cada região; III - programar:
IV - a gestão do sistema de manutenção deverá compreender a manutenção do a) elaborar e priorizar relação de serviços a executar;
arquivo técnico e cadastro dos componentes do sistema de águas pluviais e elaboração do
programa de manutenção; b) alocar recursos;
Art. 22. O Plano de Manutenção e Limpeza deve ser estabelecido considerando a) cumprir normas, procedimentos e rotinas de manutenção;
algumas funções básicas, conforme apresentadas a seguir:
b) viabilizar recursos para os serviços;
I - gerenciar:
c) alocar/distribuir recursos necessários para a execução dos serviços;
a) estabelecer políticas de manutenção corretiva e preventiva;
d) executar os serviços programados;
b) elaborar plano estratégico global da manutenção;
e) garantir a qualidade de execução;
c) estabelecer diretrizes, metas, prioridades e níveis de eficiência;
f) analisar a necessidade de troca ou substituição dos componentes do sistema de
d) sugerir medidas administrativas; drenagem;
e) avaliar e propor ajustes que garantam a melhoria do desempenho do sistema; g) registrar dados técnicos de execução;
f) garantir e apresentar resultados estabelecidos no planejamento; h) detectar/analisar a origem de eventuais falhas ou defeitos;
38
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
V - controle da manutenção: IV. bacias de retenção e detenção, assim como outras técnicas compensatórias
existentes;
a) manter acervo técnico atualizado;
V. equipamentos eletromecânicos: bombas, painéis eletrônicos, tubulações,
b) analisar dados de manutenção; comportas, etc.
a) realizar inspeção, identificando falhas e defeitos; Parágrafo único. Antes do início do período chuvoso o sistema de drenagem inicial
deve estar completamente livre de obstruções ou interferências.
b) definir necessidades de intervenção;
Seção VI
c) identificar e comunicar falhas de evidências à execução; Manutenção do Sistema de Macrodrenagem
d) fornecer subsídios quantitativos par estudos de desempenho e confiabilidade de Art. 28. O serviço de manutenção deve manter o sistema de macrodrenagem em
equipamentos. condições de receber, conduzir e armazenar as águas pluviais a qualquer momento,
reduzindo assim os riscos de falha e, consequentemente, os riscos de inundação e de
Seção III poluição hídrica na sua área de influência.
Da Prestação dos Serviços de Manutenção
Seção VII
Art. 23. A manutenção e conservação do sistema de drenagem compete ao Acondicionamento e Transporte dos Resíduos Sólidos
Município, mais especificamente à Secretaria de Obras, inclusive em loteamentos, após a
entrega e aceitação do loteamento, salvo os casos de responsabilidade legalmente Art. 29. O acondicionamento dos resíduos sólidos gerados na limpeza e manutenção
atribuídos aos proprietários, loteador ou responsável pela obra. do sistema de drenagem e limpeza dos rios e córregos deve atender a legislação em vigor.
Art. 24. A Secretaria de Obras deve executar o definido no Plano de Saneamento Art. 30. Os resíduos sólidos devem ser acondicionados no interior dos recipientes,
Básico e Plano Diretor de Drenagem Urbana de Juiz de Fora. em condições de higiene e estanqueidade, de forma a evitar o espalhamento ou derrame dos
resíduos na via pública.
Seção IV
Procedimentos e Rotinas Art. 31. A Secretaria de Obras é a responsável pelo transporte dos resíduos gerados
na manutenção do sistema de drenagem e limpeza dos rios e córregos, podendo a mesma
Art. 25. Deve ser mantido procedimento de rotina de conservação do sistema de prestar os serviços de forma direta ou indireta
drenagem do município.
Capítulo VII
Art. 26. Os procedimentos e rotinas de serviços, dentre os quais estão inspeção, Dos Parcelamentos de Solo
limpeza e manutenção, devem ser aplicados aos seguintes componentes:
Art. 32 Em consonância com as disposições legais sobre a regularização fundiária
I - sarjetas; urbana de interesse específico de parcelamentos de solo localizados dentro do perímetro
urbano do Município de Juiz de Fora, os parcelamentos de solo na forma de loteamentos
II - bocas de lobo e galerias;
39
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
§2º O escoamento natural das águas deverá, sempre que possível, ser preservado Seção I
na concepção da divisão e disposição dos lotes e vias. Das Penalidades
§3º Nas áreas identificadas como problemáticas quanto à drenagem urbana, a critério Art. 36. A fiscalização das disposições do presente Regulamento compete aos órgãos
do órgão técnico competente, os empreendimentos de parcelamento do solo, na parcela que municipais com poderes de fiscalização ou ao ente regulador, quando for delegada a
lhes compete, deverão ter na sua concepção a permanência das condições hidrológicas fiscalização ao mesmo.
originais da bacia, através de alternativas de amortecimento da vazão pluvial.
Art. 37. A violação de qualquer norma deste Regulamento será punida com multa, de
§4º Como referenciais técnicos devem ser adotados as diretrizes estabelecidas no acordo com Código de Posturas do município, independente da obrigação de reparação dos
Manual de Drenagem Urbana do município e normas técnicas da área. Reforça-se que deve danos causados.
ser respeitado as legislações correlatas existentes ou que virem a surgir.
Art. 38. As infrações a este Regulamento serão notificadas ao infrator, sempre
Art.33. Os anteprojetos e projetos finais de loteamentos deverão ser submetidos à mediante auto de infração devidamente fundamentada pelo órgão fiscalizador.
avaliação por técnicos do órgão municipal competente.
Art. 39. Para o exercício do contraditório e da ampla defesa, é assegurado ao infrator
Capítulo VIII o direito de recorrer no prazo legal e informado no próprio auto de infração.
Da Permeabilidade do Solo e do Aproveitamento das Águas Pluviais
Seção II
Art. 34. O proprietário do imóvel deverá manter área descoberta e permeável do Das Multas
terreno (taxa de permeabilização), em relação à sua área total, dotada de vegetação que
contribua para o equilíbrio climático e propicie alívio para o sistema público de drenagem Art. 40. Qualquer violação dos dispositivos previstos neste Regulamento será
urbana, conforme parâmetro definido na Lei Municipal de Zoneamento, Uso e Ocupação do aplicada multa de acordo com o definido pelos órgãos de fiscalização do Município.
Solo.
Art. 41 A aplicação da multa não isenta o infrator da responsabilidade civil ou criminal
§1º O Poder Executivo, com o intuito de estimular a prática da captação, que lhe couber.
armazenamento e aproveitamento de águas pluviais, poderá desenvolver e disponibilizar
projetos à implantação do sistema aos munícipes de acordo com a Política Municipal de Capítulo XI
Captação, Armazenamento e Aproveitamento de Águas Pluviais, em consonância com a Metodologia de Avaliação
Política Nacional de Recursos Hídricos, a Política Nacional de Meio Ambiente, a Política
Nacional de Desenvolvimento Urbano, a Política Nacional de Saneamento Básico e a Política Art. 42. A verificação do atendimento aos requisitos previstos deve ser realizada
Nacional de Saúde. através de indicadores que identificam de maneira precisa se o serviço prestado atende às
condições fixadas.
§2º Devem ser respeitadas as diretrizes expostas na Lei Complementar n° 29/2015
que cria normas para reutilização de água de chuva no Município de Juiz de Fora, ou outra Art. 43. Os indicadores de desempenho do sistema de drenagem servirão para
legislação em vigor sobre o tema. auxiliar no processo de gestão e manejo das águas pluviais urbanas e devem ser utilizados
como instrumento de análises do comportamento do sistema de drenagem, possibilitando o
Capítulo IX planejamento e execução de ações, o monitoramento das condições urbanas e sociais, assim
Do Serviço de Cobrança como o acompanhamento de programas de drenagem urbana por bacia hidrográfica.
Art. 35. A remuneração dos serviços prestados pelo sistema de drenagem e manejo Art. 44. Os indicadores de desempenho devem avaliar os seguintes campos de
de águas pluviais urbanas será na forma prevista pelo Código Tributário Municipal. análise:
40
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
Capítulo XII
Das Disposições Finais
Prefeito Municipal
41
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ONU - Organização das Nações Unidas. Objetivos do desenvolvimento sustentável.
Disponível em : < https://brasil.un.org/pt-br/sdgs>. Acesso em 21 de novembro de 2022.
BRASIL. Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento – SNIS. Disponível em: <
http://app4.mdr.gov.br/serieHistorica/>. Acesso em 21 de novembro de 2022.
BRASIL, Lei nº 14.026, de 15 de julho de 2020. Atualiza o marco legal do saneamento básico
e altera a Lei nº 9.984, de 17 de julho de 2000, para atribuir à Agência Nacional de Águas e
Saneamento Básico (ANA) competência para editar normas de referência sobre o serviço de
saneamento, a Lei nº 10.768, de 19 de novembro de 2003, para alterar o nome e as
atribuições do cargo de Especialista em Recursos Hídricos, a Lei nº 11.107, de 6 de abril de
2005, para vedar a prestação por contrato de programa dos serviços públicos de que trata o
art. 175 da Constituição Federal, a Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, para aprimorar as
condições estruturais do saneamento básico no País, a Lei nº 12.305, de 2 de agosto de
2010, para tratar dos prazos para a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos,
a Lei nº 13.089, de 12 de janeiro de 2015 (Estatuto da Metrópole), para estender seu âmbito
de aplicação às microrregiões, e a Lei nº 13.529, de 4 de dezembro de 2017, para autorizar
a União a participar de fundo com a finalidade exclusiva de financiar serviços técnicos
especializados. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-
2022/2020/Lei/L14026.htm#art6>. Acesso em 21 de novembro de 2022.
JUIZ DE FORA. Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – MG (2014). Disponível em:
https://planodesaneamento.pjf.mg.gov.br/o_plano.html. Acesso em: 10 de novembro de
2022.
42