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Regulamento Do Vii Consurso de Construção de Pontes - Palitos de Bambu

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGIA


INSTITUTO FEDERAL DE CIÊNCIA, EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA GOIANO
CAMPUS TRINDADE

REGULAMENTO DO VII CONSURSO DE


CONSTRUÇÃO DE PONTES
- Palitos de Bambu -

Coordenador: Prof. Geraldo Pereira da Silva Junior


Equipe: Prof. Aleones Jose da Cruz Junior
Prof. Italo Bruno Baleeiro Guimaraes
Prof. Jeanisson Cesar Mariano Silva
Prof. Marcel Willian Reis Sales
Prof. Matheus Henrique Morato de Moraes
Prof. Nicolas Hoannys Silva Oliveira
Prof. Pedro Filipe de Luna Cunha
Prof. Vinicius Otto de Aguiar Ritzmann Marzall

Trindade, 2023
1 INTRODUÇÃO

A Competição de Pontes de Espaguete, uma renomada atividade acadêmica de


alcance global, tem sido promovida em diversas instituições de ensino tanto no Brasil
quanto no exterior. Sua estreia ocorreu em 1983 na Okanagan College, localizada na
Colúmbia Britânica. No cenário nacional, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS) pioneiramente introduziu essa competição em 2004, que agora se estende
praticamente a todas as instituições de ensino de engenharia.

O propósito subjacente a essa iniciativa é engajar os estudantes dos cursos voltados


para a área tecnológica de estruturas de construção civil, estabelecendo vínculos entre os
conceitos teóricos abordados na disciplina de Projetos Estruturais, Teoria das Estruturas e
matérias correlatas, e sua aplicação prática no desenvolvimento de projetos.

Nessa perspectiva, o IF Goiano Campus Trindade está convocando os alunos


matriculados no curso técnico integrado de Edificações e de Engenharia Civil para se
lançarem no desafio durante a apresentação da Feira de Ciências, que se realizará na VI
Semana de Ciência e Tecnologia do Campus. A tradição desta competição no IF Goiano
Campus Trindade remonta ao ano de 2015, sob a orientação do Professor Geraldo Pereira
da Silva Junior, em coordenação conjunta com outros docentes do mesmo campus.

No decorrer dos anos observou-se que o projeto proporciona uma forma mais
aprofundada de apreender o comportamento de sistemas estruturais confeccionados com
materiais flexíveis, como silicone, borracha e elásticos. No âmbito deste contexto, a partir
do ano de 2013 empregaremos o palito de bambu como material de escolha substituindo o
espaguete.
2 OBJETIVOS

A Competição de Pontes de Palitos é concebida com o objetivo central de


fomentar a aplicação prática e aprofundada dos conceitos estruturais, englobando a análise,
projeto, fabricação e submissão a um teste destrutivo, de uma ponte treliçada fabricada com
a fusão de palitos de bambu e colas epóxi ou de silicone aplicadas com pistola.

A estrutura a ser concebida deve demonstrar a capacidade de abranger um


vão livre de 1 metro, sem ultrapassar um peso de 750 gramas. A etapa construtiva da
ponte requer uma prévia análise de várias alternativas de tipologias de pontes,
acompanhada de um memorial de cálculos abrangente, especificamente do modelo
selecionado, incluindo uma avaliação estimada da carga de colapso.

Este empreendimento pedagógico visa a estimular os estudantes a adquirirem um


conjunto de competências, permitindo-lhes:
 Empregar os fundamentos adquiridos na disciplina de Teoria das Estruturas e em
disciplinas correlatas para a solução de desafios estruturais;
 Utilizar recursos computacionais para a resolução de questões relativas a estruturas;
 Conceber sistemas estruturais de natureza simples;
 Comunicar e embasar suas proposições de maneira oral e escrita;
 Colaborar em equipe na execução de suas empreitadas projetuais;
 Efetuar uma atividade de conformidade rigorosa com normas regulamentares
específicas.
3 REGULAMENTO

3.1 DISPOSIÇÕES GERAIS

a) Cada equipe inscrita na competição poderá participar com apenas uma ponte;
b) Cada equipe terá um líder, definido pelo professor da referida disciplina, e
será composta por até 4 componentes escolhidos via sorteio;
c) O sorteio dos componentes dos grupos será organizado pelo professor
d) Cada grupo deverá apresentar o memorial de calculo contendo o valor da
carga de colapso de sua ponte e uma lista das colas utilizadas na sua construção;
e) O memorial de calculo deverá ser entregue a Comissão Organizadora antes da
realização dos testes de carga das pontes;
f) É obrigatória a presença de todos os integrantes da equipe para realização do
teste de carga;
g) As equipes, cujas pontes não atenderem todos os requisitos deste regulamento,
poderão efetuar o teste de carga no final do evento, porém, não concorrerão à
premiação caso seja disponibilizado;
h) Para fins de pontuação na avaliação das disciplinas dos cursos IF Goianos
Campus Trindade, cada docente será encarregado de determinar a pontuação associada
ao concurso em sua respectiva disciplina, a qual será contabilizada como parte da nota
total correspondente ao terceiro trimestre (em cursos integrados) ou ao semestre (em cursos
de graduação ou em cursos técnicos subsequentes);
i) A nota definida pelo professor para o concurso terá como pesos os seguintes
itens:
 40% do ato da entrega intacta da ponte,
 20% relacionado ao cumprimento dos requisitos de projetos estabelecidos,
 20% relacionado a ruptura dentro da previsão da capacidade de carga
projetada (com tolerância de 10%) e;
 20% distribuídos de acordo com a classificação na competição;
j) Quaisquer dúvidas ou situações não previstas neste regulamento serão
definidas, pela Comissão Organizadora (as equipes deverão formalizar as dúvidas por
escrito).

3.2 NORMAS PARA A CONSTRUÇÃO DA PONTE

a) A ponte deverá ser indivisível, de tal forma que partes móveis ou encaixáveis
não serão admitidas;
b) A ponte deverá ser construída utilizando apenas palitos de bambu de acordo
com o que for definido pela Comissão Organizadora da competição;
Figura 1: Palitos de Bambu

c) Será permitido colas epóxi do tipo massa (exemplos de marcas: Durepoxi,


Polyepox, Poxibonder, etc.) e do tipo resina (exemplos de marcas: Araldite, Poxipol,
Colamix, ProEpoxi etc.).

Figura 2: Colas epóxi permitidas

d) Será admitida a utilização de cola quente em pistola apenas para a união


das barras nos nós;

Figura 3: Cola quente permitida


e) Outros tipos de cola poderão ser admitidos desde que sejam previamente
submetidos à consideração da Comissão Organizadora por escrito.
f) O peso da ponte (considerando a massa espaguete, colas utilizadas, apoios e
suporte de carga) NÃO PODERÁ SER SUPERIOR A 750G;
g) No limite de peso prescrito (750g), SERÃO CONSIDERADOS O PESO DO
MECANISMO DE APOIO FIXADO NAS EXTREMIDADES DA PONTE (descrito a
seguir, no item j), E O PESO DA BARRA DE AÇO PARA FIXAÇÃO DA CARGA
(descrito a seguir, no item n);
h) A ponte NÃO DEVERÁ RECEBER REVESTIMENTO OU PINTURA,
EXCETO DAS COLAS PERMITIDAS;
i) A ponte deverá ser capaz de vencer um vão livre de 1m, estando apoiada
livremente nas suas extremidades, de tal forma que a fixação das extremidades não
será admitida;

Figura 4: Esquema da Ponte e suas dimensões

j) Na parte inferior de cada extremidade da ponte deverá ser fixado um tubo de


PVC para água fria, de 20 mm de diâmetro externo e entre 5 cm e 20 cm de comprimento
(independente da largura da ponte projetada) para facilitar o apoio destas
extremidades sobre as faces superiores (planas e horizontais) de dois blocos colocados no
mesmo nível. O peso dos tubos de PVC, SERÃO contabilizados no peso total da ponte,
como descrito no item f.

Figura 5: Tubo de PVC para água fria


k) Cada extremidade da ponte poderá prolongar-se até 5cm de comprimento além
da face vertical de cada bloco de apoio. Não será admitida a utilização das faces verticais
dos blocos de apoio como pontos de apoio da ponte;

Figura 6: Forma de apoio permitida

l) A ALTURA MÁXIMA DA PONTE, medida verticalmente desde seu ponto


mais baixo até o seu ponto mais alto, não deverá ultrapassar 50 cm sendo admitidos
10% de tolerância;
m) A PONTE DEVERÁ TER UMA LARGURA MÍNIMA DE 5 CM E
MÁXIMA DE 20 CM, ao longo de todo seu comprimento, sendo admitidos 10% de
tolerância;
n) Para que possa ser realizado o teste de carga da ponte, deverá ser fixada na
região correspondente ao CENTRO do vão livre, no sentido transversal ao seu
comprimento e no mesmo nível das extremidades apoiadas, uma barra de aço de
construção de 8 mm de diâmetro e de comprimento entre 5 cm e 20 cm. O peso da
barra SERÁ contabilizado no peso total da ponte, como descrito no item g.

Figura 7: Barra de aço de construção de 8 mm de diâmetro

o) A carga aplicada será transmitida à ponte através desta barra de aço de


construção, sendo nelas fixados o mecanismo de suporte dos anéis (ganchos) para
acomodação dos pesos. O PESO DO MECANISMO DE SUPORTE DOS ANÉIS
(GANCHOS) FARÁ PARTE DO CARREGAMENTO;
p) A critério da Comissão Organizadora no dia do teste de carga poderão ser
utilizados um ou mais MECANISMO DE SUPORTE DOS ANÉIS (GANCHOS)
para acomodação dos pesos.
3.3 NORMAS PARA A APRESENTAÇÃO DAS PONTES

a) Cada equipe deverá entregar sua ponte já construída, e acondicionar em local


especificado pela Comissão Organizadora no dia definido para o rompimento;
b) Após a entrega de cada ponte, a Comissão Organizadora procederá a pesagem e
a medição da ponte, bem como a verificação do cumprimento de todas as prescrições
deste regulamento.
c) As pontes serão identificadas com um lacre (adesivo) contendo o nome completo
dos membros do grupo e o nome fantasia da ponte que deverão ser entregues no dia até o
horário de início dos testes de carga;
d) Pelo menos um membro da equipe deverá acompanhar o processo de
pesagem, medição e verificação;
e) No dia dos testes de carga, cada equipe será responsável pela retirada e
transporte da ponte até o local do evento, que será oportunamente definido,
devendo obrigatoriamente permanecer com o lacre de identificação.

3.4 NORMAS PARA A REALIZAÇÃO DOS TESTES DE CARGA

a) A ordem da realização dos testes de carga das pontes corresponderá


preferencialmente à ordem de entrega das mesmas e será divulgada oportunamente no
horário do rompimento;
b) Cada grupo indicará dois de seus membros para a realização do teste de
carga de sua ponte, sendo que apenas um posicionará os pesos no dispositivo de
carregamento e o outro poderá auxiliar na escolha dos anéis.
c) Ambos deverão utilizar equipamentos de proteção individual (capacete, óculos e
luvas de proteção);
d) Os grupos também indicará outro membro para acompanhar o registro e
validação do carregamento junto à Comissão Organizadora;
e) Os demais integrantes dos grupos deverão se posicionar junto à plateia;
f) A carga inicial a ser aplicada será o peso correspondente do mecanismo de
suporte dos anéis (ganchos) que carregarão a ponte. Se após 10 segundos da aplicação
da carga, a ponte não apresentar danos estruturais, será considerado que a ponte
passou no teste de carga mínima, e ela estará habilitada para participar do teste da
carga de colapso;
g) Se a ponte passou no teste da carga mínima, as cargas posteriores serão
aplicadas em incrementos definidos pelos membros da Comissão Organizadora que estão
realizando o teste. Será exigido um mínimo de 10 segundos entre cada aplicação de
incremento de carga;
h) Será considerado que a ponte atingiu o colapso se ela apresentar severos
danos estruturais menos de 10 segundos após a aplicação do incremento de carga;
i) A carga de colapso oficial da ponte será a última carga que a ponte foi capaz de
suportar durante um período de 10 segundos, sem que ocorressem severos danos
estruturais;
j) Se na aplicação de um incremento de carga ocorrer a destruição do ponto de
aplicação da carga, será considerado que a ponte atingiu o colapso, pela impossibilidade
de aplicar mais incrementos de carga (ainda que o resto da ponte permaneça sem grandes
danos estruturais);
k) Após o colapso de cada ponte, os restos da ponte testada poderão ser
examinados pela Comissão Organizadora, para verificar se na sua construção
foram utilizados apenas os materiais permitidos;
l) CASO SEJA CONSTATADA A UTILIZAÇÃO DE MATERIAIS NÃO
PERMITIDOS, A PONTE ESTARÁ DESCLASSIFICADA;
m) Em caso de empate de duas ou mais pontes com a mesma carga de colapso, será
utilizado como critério de desempate o peso menor e se persistir o empate, será
considerado a ponte de maior comprimento e, se ainda persistir o empate, será
considerada a ordem de entrega das pontes.
n) A Comissão Organizadora no dia do teste de carga pode optar por uma
combinação de pesos utilizando um ou mais ganchos, também pode optar por uma
combinação que resulte em descarregamento da ponte entre estágios sendo garantida a
igualdade de execução dos testes de carga para as várias pontes do torneio.
o) Quaisquer problemas, dúvidas ou ocorrências não contempladas neste
regulamento deverão ser analisados pela Comissão Organizadora.
4 METODOLOGIA DE CÁLCULO

4.1 DETERMINAÇÃO DO ESFORÇO INTERNO AXIAL.

Uma maneira de compreender melhor o comportamento de sistemas estruturais


pode ser feito através da observação de modelos reduzidos de estruturas, como exemplo
pode-se citar sistemas estruturais confeccionados com materiais flexíveis como o
silicone, a borracha e o elástico.

Um sistema estrutural bastante utilizado na engenharia são as chamadas


TRELIÇAS, mas o que é uma treliça?

Uma treliça é uma estrutura reticulada que tem todas as ligações entre barras
articuladas, a figura abaixo mostra uma treliça plana com suas cargas e reações. Na
análise de uma treliça as cargas atuantes são transferidas para os seus nós. A
consequência disso em conjunto com a hipótese de ligações articuladas, é que uma treliça
apresenta apenas esforços axiais (esforços normais de tração e compressão).

Figura 8: Representação de calculo de uma Treliça

O cálculo da treliça pode ser feito utilizando dois métodos:


 Método das seções
 Método dos nós

A seguir temos um exemplo simples do cálculo de uma treliça utilizando o método


das seções:

1º Passo - Consideramos um peso de 40kg que a ponte irá suportar aplicado no meio da
estrutura entre 4 nós definidos nas conexões dos pontos D e F de cada uma das treliças
que compões a ponte;

Figura 9: Representação em corte da ação das forças em cada uma das Treliças que compõe a ponte

OBS: como 40kg equivale a 392N de força peso, dividindo pela metade temos 196N de força peso para
cada uma das treliças ;
2º Passo – Neste exemplo, para cada uma das treliças, temos 4 nós de suporte que
dividirá a carga de 196N para cada treliça estabelecendo uma força peso de 98N em
cada um dos nós – D e F - obtendo assim seguinte configuração:

Figura 10: Representação lateral da ação das forças em uma das Treliças que compõe a ponte

3º Passo – Após a caracterização do carregamento a ser suportado, constitui-se o sistema


de cálculo (diagrama de corpo livre) considerando um apoio de segunda ordem e outro
apoio de primeira ordem em cada um dos nós de extremidade.

Figura 11: Representação lateral de calculo para uma das Treliças que compõe a ponte

4º Passo – Considerando os conhecimentos de análise estrutural calculam-se as reações


de apoio a partir das equações de equilíbrio estático.

 Fx  0  Fy  0 MA0
Ax  0 𝐼𝑦 + 𝐴𝑦 = 196 Iy0.6773  0.2709298  0.4063898  0
66,3754
𝐼𝑦 = = 98𝑁
0,6773
𝐴𝑦 = 196 − 𝐼𝑦
𝐴𝑦 = 98𝑁
5º Passo – Utilizando o Método dos nós calcula-se o valor do esforço interno axial de cada
barra da treliça classificando-o como de tração ou de compressão.

𝜃 = 450
Figura 12: Representação de calculo para uma dos nós das Treliças que compõe a ponte

∑ 𝐹𝑥 = 0 ∑ 𝐹𝑌 = 0
𝐴𝑥 + 𝐹𝐴𝐶 + 𝐹𝐴𝐵 . cos(𝜃) = 0 𝐴𝑦 + 𝐹𝐴𝐵 . sen(𝜃) = 0
0 + 𝐹𝐴𝐶 + 𝐹𝐴𝐵 . 0,707 = 0 98 + 𝐹𝐴𝐵 . 0,707 = 0
𝐹𝐴𝐶 = 98𝑁 −98
𝐹𝐴𝐵 = = −138,6𝑁
0,707

Barra AC tracionada Barra AB comprimida



OBS: Este método pode ser utilizado em determinadas seções para se definir todas os esforços axiais
que agem internamente em cada barra. Também se utiliza o Método das seções.

4.2 DIMENSIONAMENTO DAS BARRAS DA TRELIÇA.

Material: Palitos de Bambu

A partir do conhecimento das propriedades do bambu foi possível definir as


equações que serão as ferramentas para o dimensionamento das barras para construção da
ponte.
Como dito anteriormente as barras de uma treliça podem estar submetidas a
apenas dois tipos de esforços internos axiais:
 Tração
 Compressão
Quando se faz os cálculos as respostas obtidas já nos dizem se é tração ou compressão
dependendo do sentido que adotamos.

IMPORTANTE!
1. A marca e modelo dos palitos de bambu que será utilizado na competição
deverá ser descrito no memorial de cálculo;.
2. A definição das equações de cargas de tração e compressão presentes neste
regulamento será realizada com as características mecânicas obtidas nos
ensaios de palitos de bambu presentes no regulamento do IV Campeonato de
Pontes da Candido Mendes.
Barras tracionadas:

Para barras submetidas à tração utilizamos a seguinte equação:

4.1,8. 𝐶𝐴𝑅𝐺𝐴 𝐶𝐴𝐿𝐶𝑈𝐿𝐴𝐷𝐴 𝑁𝐴 𝐵𝐴𝑅𝑅𝐴 (𝑁)


𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑙𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑡𝑟𝑎çã𝑜 =
𝜋. ∅2 . 𝜎𝑐á𝑙𝑐𝑢𝑙𝑜 𝑡𝑟𝑎çã𝑜

Onde;

𝜋 = 3,14
∅ = 𝐷𝑖𝑎𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑢𝑚 𝑝𝑎𝑙𝑖𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑏𝑎𝑚𝑏𝑢 𝑒𝑚 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠 (𝑚)
𝑓𝑡𝑘(𝑏𝑎𝑚𝑏𝑢)
𝜎𝑐á𝑙𝑐𝑢𝑙𝑜 𝑡𝑟𝑎çã𝑜 = 0,4. (𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎𝑑𝑎 𝑒𝑚 𝑃𝑎𝑠𝑐𝑎𝑙 − 𝑃𝑎)
1,8
𝑓𝑡𝑘(𝑏𝑎𝑚𝑏𝑢) = 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 à 𝑡𝑟𝑎çã𝑜

Ensaio de Tração obtido no regulamento do IV Campeonato de Pontes da Candido Mendes


Exemplo e Cálculo de dimensionamento das barras tracionadas:

Então, como visto no exemplo da determinação do esforço interno axial, a barra


AC sofre uma carga de 98 N (tração), considerando um tensão característica a tração do
bambu 𝑓𝑡𝑘(𝑏𝑎𝑚𝑏𝑢) = 120,0 𝑀𝑃𝑎 e o diâmetro do bambu de ∅ = 4,0 𝑚𝑚, temos:

120,0. 106
𝜎𝑐á𝑙𝑐𝑢𝑙𝑜 𝑡𝑟𝑎çã𝑜 = 0,4. = 26,7 𝑀𝑃𝑎
1,8

4.1,8.96
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑙𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑡𝑟𝑎çã𝑜 = = 0,52
3,14. 0,0042 . 26,7.106

É claro que é inviável utilizar 0,52 de um palito de bambu, então para isso utiliza-
se um número inteiro superior (neste caso 1 palito) de bambu para manter a estabilidade
da ponte.

Barras Comprimidas:

Para barras submetidas à compressão inicialmente será determinado o valor da


tensão característica de compressão do bambu (𝑓𝑐𝑘(𝑏𝑎𝑚𝑏𝑢) ) que será utilizada para o
cálculo do número inicial de fios. Para obter a tensão característica de compressão do
bambu será utilizado o gráfico abaixo que relaciona a carga de ruptura por compressão
com o comprimento do palito de bambu:
Gráfico de relação entre relaciona a carga crítica de compressão com o comprimento da barra
obtido no regulamento do IV Campeonato de Pontes da Candido Mendes

4. 𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑑𝑒 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑂𝑏𝑡𝑖𝑑𝑎 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝐺𝑟á𝑓𝑖𝑐𝑜


𝑓𝑐𝑘(𝑏𝑎𝑚𝑏𝑢) =
𝜋. (∅)2

Onde:
∅ = 𝐷𝑖𝑎𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑜 𝑝𝑎𝑙𝑖𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑏𝑎𝑚𝑏𝑢 𝑢𝑠𝑎𝑑𝑜 𝑛𝑜 𝑒𝑛𝑠𝑎𝑖𝑜 = 0,004𝑚
Após a aquisição da tensão característica de compressão do bambu pelo gráfico
obtém-se a tensão de calculo de compressão (𝜎𝑐á𝑙𝑐𝑢𝑙𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 ) através da equação:

𝑓𝑐𝑘(𝑏𝑎𝑚𝑏𝑢)
𝜎𝑐á𝑙𝑐𝑢𝑙𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 = 0,4.
1,4

Ao obter o valor da tensão de calculo de compressão calcula-se o diâmetro inicial


de palitos (∅𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 ) para barra pela equação:

4.1,5. 𝐶𝐴𝑅𝐺𝐴 𝐶𝐴𝐿𝐶𝑈𝐿𝐴𝐷𝐴 𝑁𝐴 𝐵𝐴𝑅𝑅𝐴 (𝑁)


∅𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = √
𝜋. 𝜎𝑐á𝑙𝑐𝑢𝑙𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜

Com o valor do diâmetro inicial de palitos para a barra comprimida obtém-se a


carga crítica de compressão (𝐹𝑒 ) para a barra pela expressão:

𝜋 3 . 𝐸𝑏𝑎𝑚𝑏𝑢 . ∅𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 4
𝐹𝑒 =
64. 𝑙 2

Onde:
𝑙 = 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑖𝑑𝑎 𝑒𝑚 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠 (𝑚)

𝐸𝑏𝑎𝑚𝑏𝑢 = 𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑙á𝑠𝑡𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑝𝑎𝑙𝑖𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑏𝑎𝑚𝑏𝑢 𝑒𝑚 𝑃𝑎𝑠𝑐𝑎𝑙 (𝑃𝑎) = 9,697. 109 𝑃𝑎

Ensaio de elasticidade obtido no regulamento do IV Campeonato de Pontes da Candido Mendes

Após a determinação da carga crítica de compressão deverá ser obtido a


excentricidade de cálculo (𝑒𝑑 ) para determinação do Momento de Excentricidade (𝑀𝑑 ) da
barra comprimida.

∅𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑙 𝐹𝑒
𝑒𝑑 = ( + )∗( )
30 300 𝐹𝑒 − 1,5. 𝐶𝐴𝑅𝐺𝐴 𝐶𝐴𝐿𝐶𝑈𝐿𝐴𝐷𝐴 𝑁𝐴 𝐵𝐴𝑅𝑅𝐴 (𝑁)

𝑀𝑑 = 𝑒𝑑 . 1,5. 𝐶𝐴𝑅𝐺𝐴 𝐶𝐴𝐿𝐶𝑈𝐿𝐴𝐷𝐴 𝑁𝐴 𝐵𝐴𝑅𝑅𝐴 (𝑁)


Obtendo o Momento de Excentricidade realiza-se a verificação da seção
transversal para o diâmetro inicial de palitos (∅𝒊𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍 ).

𝜎𝑁𝑑 + 𝜎𝑀𝑑 ≤ 𝜎𝑐á𝑙𝑐𝑢𝑙𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜

Para barras circulares:

4.1,5. 𝐶𝐴𝑅𝐺𝐴 𝐶𝐴𝐿𝐶𝑈𝐿𝐴𝐷𝐴 𝑁𝐴 𝐵𝐴𝑅𝑅𝐴 (𝑁) 32. 𝑀𝑑


2 + ≤ 𝜎𝑐á𝑙𝑐𝑢𝑙𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜
𝜋2∅ 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝜋∅𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 3

Observa-se:

4.1,5.𝐶𝐴𝑅𝐺𝐴 𝐶𝐴𝐿𝐶𝑈𝐿𝐴𝐷𝐴 𝑁𝐴 𝐵𝐴𝑅𝑅𝐴 (𝑁) 32.𝑀𝑑


1) Se o termo da equação ( + 𝜋∅ ) for igual ou
𝜋 2 ∅𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 2 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
3

menor que 𝜎𝑐á𝑙𝑐𝑢𝑙𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 , então o diâmetro inicial de palitos (∅𝒊𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍 ). pode ser
usado sendo o diâmetro final de palitos (∅𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍 ) igual ao diâmetro inicial de palitos.

∅𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍 = ∅𝒊𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍

4.1,5.𝐶𝐴𝑅𝐺𝐴 𝐶𝐴𝐿𝐶𝑈𝐿𝐴𝐷𝐴 𝑁𝐴 𝐵𝐴𝑅𝑅𝐴 (𝑁) 32.𝑀𝑑


2) Se o termo da equação ( + 𝜋∅ ) for maior que
𝜋 2 ∅𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 2 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
3

𝜎𝑐á𝑙𝑐𝑢𝑙𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 , então o diâmetro inicial de palitos (∅𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 ).deve ser acrescido de um
valor obtendo assim um novo diâmetro denominado verificação (∅𝑣𝑒𝑟𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎çã𝑜 ).

∅𝑣𝑒𝑟𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎çã𝑜 = ∅𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 + 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟

4.1,5.𝐶𝐴𝑅𝐺𝐴 𝐶𝐴𝐿𝐶𝑈𝐿𝐴𝐷𝐴 𝑁𝐴 𝐵𝐴𝑅𝑅𝐴 (𝑁) 32.𝑀𝑑


O calculo do termo da equação ( + 𝜋∅ ) deve ser
𝜋 2 ∅𝑣𝑒𝑟𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎çã𝑜 2 𝑣𝑒𝑟𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎çã𝑜
3

refeito até que se atinja a condição onde o termo da equação fique igual ou menor que
𝜎𝑐á𝑙𝑐𝑢𝑙𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 , sendo estabelecido como o diâmetro final de palitos (∅𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍 ) o valor
igual ao do diâmetro de verificação.

∅𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍 = ∅𝒗𝒆𝒓𝒊𝒇𝒊𝒄𝒂çã𝒐

Com a obtenção do diâmetro final de palitos para a barra comprimida calcula-se o


número final de palitos por compressão.

∅𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑙𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 =

Onde;
∅ = 𝐷𝑖𝑎𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑢𝑚 𝑝𝑎𝑙𝑖𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑏𝑎𝑚𝑏𝑢 𝑒𝑚 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠 (𝑚)
Exemplo e Cálculo de dimensionamento das barras comprimidas:

No exemplo temos que a barra AB suporta uma carga de 138,6N (compressão) e


seu comprimento é de 0,19307 metros. A obtenção da tensão característica de compressão
do bambu (𝑓𝑐𝑘(𝑏𝑎𝑚𝑏𝑢) ) é feita a partir da análise do gráfico da carga de ruptura por
compressão com o comprimento do palito de bambu.

4.50
𝑓𝑐𝑘(𝑏𝑎𝑚𝑏𝑢) = = 3,98 𝑀𝑃𝑎
𝜋. (0,004)2

Obtendo a tensão de calculo de compressão:

3,98. 106
𝜎𝑐á𝑙𝑐𝑢𝑙𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 = 0,4. = 1,14 𝑀𝑃𝑎
1,4

Cálculo do diâmetro inicial de palitos:

4.1,5.138,6
∅𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = √ = 0,0152 𝑚
𝜋. 1,14. 106

Verificação do diâmetro obtido.

- Carga crítica de compressão.

𝜋 3 . 9,697. 109 . 0,01524


𝐹𝑒 = 2 = 6,73 𝐾𝑁
64. 0,19307

- Excentricidade de cálculo:

0,0152 0,19307 6,73. 103


𝑒𝑑 = ( + )∗( ) = 1,17. 10−3 𝑚
30 300 6,73. 103 − 1,5.138,6
- Momento de excentricidade:

𝑀𝑑 = 1,17. 10−3 . 1,5.138,6 = 0,2434 𝑁𝑚

- Verificação:
𝜎𝑁𝑑 + 𝜎𝑀𝑑 ≤ 𝜎𝑐á𝑙𝑐𝑢𝑙𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜

𝜎𝑐á𝑙𝑐𝑢𝑙𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 = 1,14 𝑀𝑃𝑎

4.1,5. 𝐶𝐴𝑅𝐺𝐴 𝐶𝐴𝐿𝐶𝑈𝐿𝐴𝐷𝐴 𝑁𝐴 𝐵𝐴𝑅𝑅𝐴 (𝑁) 32. 𝑀𝑑 4.1,5.138,6 32.0,2434


( 2 + 3) =( 2 + ) = 1,07 𝑀𝑃𝑎
𝜋 2 ∅𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝜋∅𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝜋 0,01522 𝜋0,01523

Como 1,07 𝑀𝑃𝑎 ≤ 1,14 𝑀𝑃𝑎 então:

∅𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍 = ∅𝒊𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍 = 𝟎, 𝟎𝟏𝟓𝟐𝒎

- Número final de palitos por compressão para a barra AB.

0,0152
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑙𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 = = 3,8
0,004

É claro que é inviável utilizar 3,8 palitos de bambu, então para isso utiliza-se um
número inteiro superior (neste caso 4 palitos) de bambu para manter a estabilidade da
ponte.
5 SUGESTÃO DE MODELOS DE PONTES

Para incentivar a imaginação no projeto da ponte, estão disponíveis algumas


versões de demonstração de jogos que tratam da construção de pontes e outros tipos de
estruturas:
• A empresa CronicLogic disponibiliza em seu site vários demos de jogos cuja
temática é a construção de pontes. Entre eles o Bridge Builder, o Bridge Building Game,
o Pontifex I, o Pontifex II e o Bridge Construction Set. Estão disponíveis apenas versões
para Windows.
• A empresa Armadillo Run disponibiliza em seu site uma versão de demonstração
de um divertido jogo onde as leis da física são as peças fundamentais para solucionar o
desafio de tranportar um tatu (em inglês, "armadillo"), de um ponto para outro do espaço.
Para realizar a tarefa proposta devem ser considerados de forma divertida conceitos de
tensão, gravidade, resistência e impulso. Está disponível apenas uma versão para
Windows do jogo Armadillo Run.
• A empresa Valusoft disponibiliza a versão de demonstração de um jogo onde o
objetivo é destruir e construir estruturas. Está disponível apenas uma versão para
Windows do jogo Construction Destruction. Atenção: o arquivo tem 83 MB e o jogo
exige um computador com boa placa gráfica.
6 BIBLIOGRAFIA

Regulamento baseado nas orientações previstas no Edital da Competição de Pontes de


palitos de bambu, UNISINOS.

GONZÁLES, Luis Alberto Segovia González. COMPETIÇÃO DE PONTES DE


ESPAGUETE. UFRGS. http://www.ppgec.ufrgs.br/segovia/espaguete/dados.html Ultimo
acesso: 10/10/2017.

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