Estudo de Caso - Ausência de Impermeabilização
Estudo de Caso - Ausência de Impermeabilização
Estudo de Caso - Ausência de Impermeabilização
CAMPO MOURÃO
2019
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CAMPO MOURÃO
2019
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Ministério da Educação
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Câmpus Campo Mourão
Diretoria de Graduação e Educação Profissional
Departamento Acadêmico de Construção Civil
Coordenação de Engenharia Civil
TERMO DE APROVAÇÃO
Trabalho de Conclusão de Curso
Dedico este trabalho à minha família, em especial ao meu pai e à minha mãe por
estarem ao meu lado e acreditarem em mim.
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AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
Even with globalization and technological development involving practically all areas,
there are still some biases in deciding to deploy new technologies to solve problems in
the field of civil engineering, such as the use of permeable asphalts to alleviate flood
occurrences, waterproofing systems to protect structures, solar energy systems in
homes to generate electricity, among others. Therefore, it is necessary to present the
benefits and explain how these new technologies can be much more beneficial
compared to the common solutions. Thus, in order to make evident the importance of
the technology called waterproofing system applied to structural systems, in the
present study a specific case study of existing pathologies is presented mainly due to
the lack of protection (waterproofing) of a slab exposed to weathering, such as rain,
temperature change, wind, etc. In addition, some characteristics observed in this slab
are shown through a technical visit and the advantages and disadvantages of two
different solution measures to protect the slab of weather agents described above:
Flexible waterproofing and Coverage. It is of great importance to present the types of
solutions that can be deployed, in order to estimate which of them will present the best
relation between cost and benefit to users, since they are commonly and naturally
laymen in relation to this type of study.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE QUADROS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 12
2 OBJETIVOS ........................................................................................................... 15
2.1 OBJETIVO GERAL ........................................................................................... 15
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................. 15
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................. 17
3.1 COMO A ÁGUA ATUA NAS EDIFICAÇÕES ...................................................... 17
3.1.1 Umidade de Infiltração ................................................................................. 18
3.1.2 Umidade Ascendente ................................................................................... 19
3.1.3 Umidade por Condensação ......................................................................... 20
3.1.4 Água por Pressão ........................................................................................ 21
3.1.5 Umidade de Obra ......................................................................................... 22
3.2 ASPECTOS DA IMPERMEABILIZAÇÃO .......................................................... 22
3.2.1 Sistemas Impermeabilizantes ...................................................................... 23
3.2.1.1 Impermeabilização Rígida ......................................................................... 24
3.2.1.2 Impermeabilização Flexível ....................................................................... 24
3.2.2 Componentes do Sistema de Impermeabilização ........................................ 25
3.2.3 Custos com Impermeabilização da Infraestrutura ........................................ 26
3.3 DETALHES CONSTRUTIVOS .......................................................................... 27
3.4 ETAPAS POSTERIORES À IMPERMEABILIZAÇÃO E MANUTENÇÃO .......... 30
3.4.1 Isolamento Térmico ...................................................................................... 31
3.4.2 Proteção Mecânica ...................................................................................... 32
3.5 FORMAÇÃO DE MÃO DE OBRA E PROJETISTAS ......................................... 33
3.5.1 Formação de Mão de Obra .......................................................................... 33
3.5.2 Formação de Projetistas .............................................................................. 34
4 METODOLOGIA ..................................................................................................... 35
4.1 LOCALIZAÇÃO DO EDIFÍCIO EM ESTUDO .................................................... 35
4.2 FLUXOGRAMA ................................................................................................. 36
4.2.1 Contato Pessoal com a Responsável Técnica ............................................. 36
4.2.2 Elaboração da Pauta da Entrevista .............................................................. 37
4.2.3 Realização da Entrevista ............................................................................. 37
4.2.4 Visita Técnica ............................................................................................... 38
4.2.5 Registro Fotográfico das Patologias ............................................................ 38
5 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ................................................................. 39
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1 INTRODUÇÃO
edificação.
Os sistemas de impermeabilização existentes abordam e englobam as
necessidades das particularidades de cada edificação e é o profissional habilitado e
responsável pelo projeto de impermeabilização quem deve analisar a estrutura a ser
impermeabilizada e realizar a determinação do sistema que deve ser implantado.
Infelizmente, o ramo da impermeabilização no Brasil não é portador de uma
vasta mão de obra qualificada. Isto é fatídico devido à escassez de cursos
profissionalizantes que qualificam estes profissionais. É devido a isto que contamos,
atualmente, com muitos profissionais que adquiriram conhecimento por meio da
prática deste tipo de serviço (experiência). No entanto, este tipo de conhecimento,
mesmo sendo de grande importância para assimilação de alguns conceitos, gera
maior propagação de erro eminente devido à falta de embasamento teórico e
científico.
Estudar a viabilidade da implantação dos sistemas impermeabilizantes, de
modo a analisar os prejuízos financeiros gerados devido às patologias oriundas da
ausência deste tipo de sistema é imprescindível para ressaltar a importância desta
etapa construtiva. Neste estudo é possível observar, em forma de estudo de caso, a
existência deste tipo de patologia e os principais danos causados por ela.
Portanto, como neste caso a impermeabilização é tratada como uma medida
para solucionar problemas de infiltração eminentes na laje de um edifício já
construído, também é apresentado outro tipo de medida de proteção aplicada à laje
em estudo, que se baseia na construção de uma cobertura (em estrutura metálica ou
em madeira). Vale ressaltar que, além da análise das propostas acima descritas, as
mesmas serão comparadas quanto à relação custo benefício, já que cada uma destas
medidas apresenta vantagens e desvantagens quando aplicadas especificamente a
laje em estudo.
Sendo assim, no desenvolvimento deste trabalho, primeiramente são
apresentados os objetivos (geral e específicos) da realização deste estudo de caso. A
seguir é apresentada a fundamentação teórica de modo a ressaltar e descrever os
principais conceitos aliados a este tema. Finalmente é apresentado o modo como este
estudo foi desenvolvido (metodologia) e os principais resultados obtidos, além das
conclusões geradas. Por meio destes capítulos é apresentado um estudo de caso em
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2 OBJETIVOS
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Nas edificações, conforme abordado, a água atua por meio do fator umidade.
Para entender a fundo este conceito, apresentaremos a seguir alguns tipos de
umidade que podem atuar nas edificações.
umidade está confinada por eles. Assim, quando a umidade é muito severa,
pode haver destacamento do revestimento cerâmico (Soares, 2014).
Já o autor Soares (2014) define este tipo de umidade como a “água com
origem na condensação de vapor d’água existente no ambiente sobre a superfície de
um elemento construtivo deste ambiente”.
Queruz (2007) complementa ao concluir que a umidade por condensação
ocorre de maneira superficial, sem penetrar a grandes profundidades nos elementos.
Na Figura 03 é possível observar a representação da presença da umidade por
condensação próxima a uma janela.
Soares (2014) aborda que a água por pressão ocorre em estruturas sob o nível
de água, reservatórios ou piscinas. A água por pressão pode ocorrer de três distintos
tipos: Unilateral Positiva; Unilateral Negativa e Bilateral.
A pressão unilateral positiva ocorre quando a água exerce pressão hidrostática
superior a 1 kPa diretamente à impermeabilização.
Já a pressão unilateral negativa ocorre de maneira semelhante, no entanto
ocorre de forma inversa à impermeabilização.
Finalmente, a pressão bilateral compreende os dois tipos de pressão acima
definidos: a água exerce pressão tanto diretamente quanto inversamente à
impermeabilização.
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Ao citar Queruz (2007), Righi (2009) define que a umidade de obra é àquela
que ficou interna nos materiais durante a execução da obra. Esta umidade acaba por
se exteriorizar ao entrar em equilíbrio com o ambiente. Isto ocorre, por exemplo,
quando há umidade contida nas argamassas de reboco. Esta umidade é transferida
para o interior das alvenarias e é necessário um tempo maior que o da cura do reboco
para que haja equilíbrio com o ambiente interno.
• Ralo;
• Rodapé;
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• Chumbamentos;
• Soleira;
• Pingadeira;
• Juntas de Dilatação.
A NBR 9575 de 2003 aponta que os ralos devem ter diâmetro mínimo de 75
mm para garantir a manutenção dos tubos prevista no projeto hidrossanitário, pois
como as mantas adentram aos coletores, o diâmetro nominal destes tubos diminui.
Portanto, é recomendável utilizar um ralo de diâmetro maior do que indicado em
projeto, já que a impermeabilização por meio de mantas diminui este diâmetro. É claro
também, que a execução destas mantas deve ser feita após a execução dos ralos, já
que deve ser realizada uma ponte (descida da manta) entre estes dois elementos. Na
Figura 06 é possível observar a representação de um ralo com um erro de execução
muito comum: a falta de descida da manta no mesmo.
4 METODOLOGIA
4.2 FLUXOGRAMA
Figura 9 - Fluxograma.
O primeiro passo para a realização deste estudo foi entrar em contato com a
responsável técnica pelo edifício residencial onde está localizada a laje, objeto deste
estudo de caso.
O primeiro contato, devido à responsável ser próxima ao autor deste trabalho,
foi realizado por meio da rede social Whatsapp, no dia 09 de fevereiro de 2019 às
10h30minh. A mesma mostrou-se muito receptiva e disposta a colaborar e dispor de
informações técnicas necessárias à elaboração deste estudo.
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Por meio deste primeiro contato foi possível marcar dia e horário para
realização de uma entrevista para a obtenção de informações específicas. A data
marcada foi o dia 18 de fevereiro de 2019 às 14:30h. Portanto, tornou-se necessário
elaborar as questões a serem realizadas por meio da entrevista.
Vale ressaltar que durante a entrevista, estas perguntas poderiam ser respondidas
e ao mesmo tempo serviriam de “gancho” para a obtenção de distintas informações,
também importantes para o desenvolvimento deste trabalho.
Além disso, foi possível ter uma conversa informal com o Sr. síndico do edifício,
onde este repassou algumas informações referentes às características dos
proprietários do edifício e como estes encaram o problema objeto deste estudo.
Após a entrevista, foi agendada a visita técnica à laje da área de lazer em
estudo para o dia 25 de Fevereiro de 2019 às 14h00min.
Durante a visita técnica, foi dada autorização (pela responsável técnica e pelo
síndico), para realizar o registro fotográfico da laje, objeto deste estudo de caso.
Foram registradas todas as partes constituintes da laje exposta, e, além disso,
os vazamentos ocorrentes no pavimento inferior (garagem) também puderam ser
registrados.
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O edifício em estudo teve seu projeto aprovado no ano de 1988 e é constituído por:
• Trincas com espessura maior que 1cm na laje externa da área de lazer;
• Infiltração da água proveniente da chuva e dos serviços de limpeza;
• Oxidação de parte das armaduras constituintes da laje estrutural;
5.3.1 Impermeabilização
Conforme observado no Quadro 01, a área de lazer foi dividida em cinco partes
para medição:
• Lajes;
• Banheiros;
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• Sacadas;
• Cozinhas;
• Calhas metálicas ou de concreto;
• Jardineiras;
• Galerias fluviais;
• Canais de irrigação;
• Janelas;
• Telhados metálicos ou de fibrocimento;
• Muros de arrimo;
• Baldrames;
• Bacias de contenção;
• Proteção contra corrosão química.
5.3.2 Cobertura
6.1 CONCLUSÕES
Foi possível obter êxito na obtenção dos resultados deste estudo de caso.
Desde o primeiro contato, a responsável técnica pela laje mostrou-se disponível para
colaborar com a elaboração deste estudo, o que o tornou viável e possível de ser
realizado.
As visitas realizadas resultaram em informações pertinentes e necessárias para
o presente desenvolvimento. Foram feitas anotações e registros fotográficos, para
investigação e estudo das patologias identificadas.
Foram observadas e relatadas patologias como trincas, fissuras, infiltração e
deterioração do concreto da laje em estudo. Além disso, também foi possível visitar,
tecnicamente, o pavimento inferior à laje exposta, onde está localizada a garagem e
observar o grau de severidade da infiltração, que já atinge os veículos dos
proprietários do apartamento do edifício.
Foram apresentadas duas possíveis soluções para recuperação, reparo e
proteção da laje, que estão em fase de estudo pela responsável técnica:
Impermeabilização ou Cobertura, além de suas peculiaridades. O impermeabilizante
poderá ser a borracha líquida e a cobertura poderá ser implantada em estrutura
metálica ou em madeira.
Portanto:
• Foi possível realizar uma integração com a Engenheira Civil responsável pela
elaboração do Laudo Técnico referente à reforma da área de lazer do edifício
em estudo e visitar o local, além de registrar, por meio de fotos e anotações, a
situação em que o mesmo se encontra;
• Foram analisadas as possíveis causas da degradação da área de lazer e
chegou-se a conclusão que os fatores que geraram as patologias encontradas
foram a falta de proteção da laje (impermeabilização ou cobertura) e, quando
foi implantada a manta asfáltica impermeabilizante, a falta de manutenção da
mesma.
• O pavimento inferior à laje da área de lazer (garagem) foi analisado e
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS