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3 - Punho

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Prof. Esp.

Rodrigo Azevedo
Disciplina: Ciências Morfofuncionais do
Aparelho Locomotor
Introdução
 Total de 29 ossos em cada membro:

 Punho: rádio, ulna e ossos do carpo.

 Mão: metacarpos e falanges.

 Vários ossos → Várias articulações →Art. Sinoviais.

 Função: Segurar, alcançar, reconhecer, etc. (AVD’s)


Complexo articular do punho
 Vista palmar
Complexo articular do punho
 Vista dorsal
Ligamentos do punho
 Por serem articulações sinoviais, os ligamentos e
cápsulas protegem e estabilizam esses ossos.

 São de um modo geral denominados de acordo com


os ossos que eles ligam.

 Divididos em ligamentos extrínsecos e intrínsecos do


punho.
Ligamentos do punho
 Ligamentos extrínsecos:
 Radiocárpico dorsal;

 Radiocárpico palmar;

 Colateral Radial;

 Colateral Ulnar;

 Complexo de Fibrocartilagem triangular (CFCT)

 Ligamentos intrínsecos:
 Curtos, médios e longos.
Ligamentos do punho
 Palmar
Ligamentos do punho
 Dorsal
Complexo articular do punho
 As articulações que compõem o punho proporcionam
uma grande mobilidade da mão e uma ótima
estabilidade estrutural no punho, o que permite um
grau extenso de função.
 Apesar do punho normalmente ser classificado como
uma articulação condilar, ele apresenta uma área
muito complexa de 15 ossos, 17 articulações e um
extenso sistema ligamentar.
Complexo articular do punho
 Articulação Radiocarpal:
 Extremidade distal do rádio e primeira fileira dos ossos
do carpo (escafóide e semilunar).
 Disco fibrocartilagíneo triangular se introduz na
extremidade distal do rádio e no processo estiloide da
ulna proximalmente;
 Une o rádio à ulna, ao mesmo tempo em que separa a
articulação radiulnar distal e a ulna da articulação
radiocarpal;
 Movimentos: flexão (flexão palmar), extensão
(hiperextensão), desvio radial e desvio ulnar do punho.
Complexo articular do punho
 Articulação mediocarpal:

 Formada pela primeira (escafóide, semilunar,


piramidal, pisiforme) e segunda (trapézio,
trapezóide, capitato, hamato) fileiras de ossos
do carpo.
 Movimentos: flexão, extensão e desvio radial e
ulnar.
Complexo articular do punho
 Articulação carpometacarpo:
 Ossos do carpo articulando-se com ossos do metacarpo.

 Mesmo com pouca mobilidade intra-articular, cada


articulação da mão possui um significado para sua
função;
 São essas articulações as causas pelas quais a mão
consegue realizar mudanças tão extensas como de uma
posição fechada passar a de uma mão totalmente aberta;
 Movimentos: flexão e extensão (todos os dedos),
abdução, adução e oposição (polegar).
Complexo articular da mão
 Articulações metacarpofalângicas (MCF):

 São do tipo condilar;

 Articulações interfalângicas (IF):

 Do 2° ao 5° dedos: 2 articulações IF – distal e proximal;

 Polegar: 1 articulação IF.

 São do tipo gínglimo.


Bainhas sinoviais
Retináculo flexores Retináculo extensores
Palma Dorso
Músculos flexores
 VISTA ANTERIOR
 Músculo flexor radial do carpo

 O: Epicôndilo medial, pelo tendão


flexor comum.
 I: Base do 2º metacarpo.
 A: Flexão e abdução da mão.
Músculos flexores
 VISTA ANTERIOR
 Músculo flexor ulnar do carpo

 O: Epicôndilo medial, pelo tendão


flexor comum.
 I: Osso pisiforme.
 A: Flexão e adução da mão.
Músculos flexores
 VISTA ANTERIOR
 Músculo palmar longo

 O: Epicôndilo medial, pelo tendão


flexor comum.
 I: Aponeurose palmar.
 A: Tensiona a aponeurose palmar ,
sendo um flexor auxiliar da mão.
Músculos extensores
 VISTA POSTERIOR
 Músculo extensor ulnar do carpo
 O: Epicôndilo lateral, pelo tendão extensor
comum. Também pela borda posterior da
ulna.
 I: Base do 5º Metacarpo
 A: Extensão e adução da mão.
Músculos extensores
 VISTA POSTERIOR
 Músculo extensor radial longo do carpo

 O: Crista supracondilar lateral do Úmero.


 I: Base do 2º metacarpo
 A: Extensão e abdução da mão.
Músculos extensores
 VISTA POSTERIOR
 Músculo extensor radial curto do carpo

 O: Epicôndilo lateral do úmero, pelo tendão


extensor comum.
 I: Base do 3º metacarpo.
 A: Extensão e Abdução da mão.
Estabilizadores
 Ativos Passivos
 Músculos flexores/adutores Lig.palmar
 Músculos extensores/abdutores Lig. Dorsal
Lig.colaterais
Bainha sinovial
disco articular
Retináculo
Flexores dos dedos
 Músculo flexor superficial dos dedos
 O: Epicôndilo medial, processo
coronóide da ulna e parte proximal da
borda anterior do rádio.
 I: Por quatro tendões na falange média
dos dedos II, III, IV e V.
 A: Flexão das falanges médias de II a V.
Flexores dos dedos
 Músculo flexor profundo dos dedos
 O: Dois terços proximais das faces
anteriores e medias da ulna e membrana
interóssea
 I: Por quatro tendões na base das
falanges distais dos dedos II, III, IV, V.
 A: Flexão das falanges distais de II a V
Extensores dos dedos
 Músculo extensor dos dedos
 O: Epicôndilo lateral e tendão flexor comum.
 I: Originando quatro tendões que se fixam na
aponeurose extensora.
 A: Extensão dos dedos.
Extensores dos dedos
 Músculo extensor do indicador
 O: Terço distal da face posterior da ulna.
 I: Tendão que se une ao tendão do M.
Extensor dos dedos e juntos dão origem à
chamada aponeurose extensora, que se
fixa por um tendão terminal na base da
falange distal.
 A: Extensão do dedo indicador.
Abdutores dos dedos
 Músculo interósseos dorsais
 O: Faces adjacentes dos ossos
metacárpicos.
 I: Aponeurose extensora.
 A: Abdução dos dedos, além de Flexão
das falanges proximais e extensão das
falanges distais.
Adutores dos dedos
 Músculos interósseos palmares
 O: Diáfise dos dedos I, II, IV, V.
 I: Aponeurose extensora
 A: Adução dos dedos, além de Flexão
das falanges proximais e extensão das
falanges distais.
Polegar
 Músculo flexor longo do polegar
 O: Terço médio da face anterior do rádio
e membrana interóssea.
 I: Falange distal do polegar.
 A: Flexão da falange distal do polegar.
Polegar
 Músculo flexor curto do polegar
 O: Retináculo dos flexores,
Trapézio e Escafóide.
 I: Base da falange proximal do
polegar.
 A: Flexão do polegar.
Polegar
 Extensor longo do polegar
 O: Terço distal da face posterior da
ulna e membrana interóssea.
 I: Falange distal do polegar.
 A: Extensão do polegar
Polegar
 Extensor curto do polegar
 O: No rádio, distalmente ao m.
abdutor longo do polegar, e
membrana interóssea.
 I: Falange proximal do polegar
 A: Extensão do polegar.
Polegar
 Abdutor longo do polegar
 O: Face posterior da Ulna, rádio e
membrana interóssea.
 I: Face lateral da base do 1º metacárpico .
 A: Abdução do polegar.
Polegar
 Abdutor curto do polegar
 O: Retináculo dos flexores,
Trapézio e Escafóide
 I: Base da falange proximal do
polegar.
 A: Abdução do polegar.
Polegar
 Adutor do polegar
 O: *Porção Obliqua: Base do 2º
metacárpico, trapezoide e capitato.
*Porção Transversa: face anterior do
3º metacárpico.
 I: Base da falange proximal do
polegar (medialmente).
 A: Adução do polegar
Polegar
 Oponente do polegar
 O: Profundamente, do retináculo
dos flexores e Trapézio.
 I: Borda lateral do 1º metacárpico.
 A: Oposição do polegar
Dedo mínimo
 Músculo flexor do dedo mínimo
 O: Osso Amato e retináculo dos
flexores.
 I: Funde-se com o abdutor do
dedo mínimo e com ele se
insere.
 A: Flexão do dedo mínimo.
Dedo mínimo
 Músculo extensor do dedo mínimo
 O:Epicôndilo lateral e tendão flexor
comum
 I: Tendão que se une ao tendão dos M.
Extensor dos dedos e juntos dão origem à
chamada aponeurose extensora, que se fixa
por um tendão terminal na base da falange
distal.
 A: Extensão do dedo mínimo.
Dedo mínimo
 Músculo abdutor do dedo mínimo
 O: Osso pisiforme.
 I: Falange proximal do 5º dedo.
 A: Abdução do dedo mínimo.
Dedo mínimo
 Músculo oponente do dedo
mínimo
 O: Osso Amato e retináculo dos
flexores
 I: Corpo do 5º metacarpo.
 A: Flexão e rotação lateral.
Estabilizadores
 Ativos Passivos
Músculos flexores/extensores Ligamentos
punho e dedos Cápsula articular
Adutores/abdutores Bainha sinovial
Retináculo
Polias
Assistam
Inervação
 Rica fonte de inervação motora e sensitiva de músculos,
pele e articulações da região → funções altamente
complexas e coordenadas.
 Controle fino sobre os músculos

 Os movimentos dos dedos precisam de uma grande


quantidade de informações sensitivas.
 Os movimentos da mão e do punho realizam muitas
atividades de vida diária (AVDs).
Inervação
 Os importantes nervos cursando no MS em direção à mão
a partir do plexo braquial são os nervos medial, ulnar e
radial.
 Na mão o nervo radial fornece apenas inervação cutânea
ao longo da parte externa do polegar.
 Os outros dois nervos inervam os músculos da mão;
 Nervo mediano inerva predominantemente os músculos
tenares;
 Nervo ulnar é responsável pelos músculos hipotenares e
demais músculos intrínsecos da mão.
Inervação
 Nervo mediano:
 Nervos digitais palmares comuns

 Nervos digitais palmares próprios

 Nervo ulnar
 Ramos superficiais

 Ramos profundos

 Ramos dorsais
Movimentos
 2 graus de liberdade:

 Flexão/Extensão

 Desvio radial/ulnar ou Adução/abdução

 Articulações radiocarpal e mediocarpal: responsáveis


pelos movimentos do punho;

 Eixo de movimento: através da cabeça do capitato;


Movimentos
 Flexão: 0° - 70° a 85°

 Extensão: 0° - 60° a 75°

 Desvio ulnar: 0° - 33° a 40°

 Desvio radial: 0° - 15° a 20°

 OBS: Em condições normais, a flexão excede a


extensão e o desvio ulnar excede o desvio radial.
Movimentos
 Articulações MCF possuem 2 graus de movimento:

 Flexão/extensão;

 Abdução/adução;

 Articulações IF possuem 1 grau de movimento:

 Flexão/extensão.
Movimentos
 Art. MCF:  Art. IFP:
 Flexão: 0° - 90°  Flexão: 0° - 120°
 Extensão: 0° - 30° a 45°
 Extensão: 0°
 Abdução: 0° - 20°
 Art. IFD:
 Adução: 0° - 20°
 Flexão: 0° - 80°
 Art. MCF do polegar:
 Extensão: 0°
 Flexão: 0° - 45° a 60°
 Art. IF Polegar: 5°-10° Ext.
 Extensão: 0° - 20°
Funcionalidade
 Grande importância funcional no MS.

 Atividade do ombro e do cotovelo: posicioná-la para a função.

 É usada tanto para transmitir forças quanto como um mecanismo


de mobilidade.
 Transmissor de forças: é usada como palma, punho ou gancho.

 Mobilidade: é utilizada para manipular objetos, sentir o ambiente ou

expressar pensamentos e emoções individuais.

 Utilizada em uma grande variedade de posturas e movimentos que,


em muitos casos, envolvem todos os cinco dedos.
 Mais frequente é para pegar objetos.
Funcionalidade
 A preensão de força envolve a mão inteira, sendo utilizada
para atividades gerais com o objetivo de segurar objetos em vez
de manipulá-los.
 Segurar um objeto entre os dedos parcialmente flexionados e a
palma da mão, enquanto o polegar normalmente aplica uma
contrapressão para manter e estabilizar os objetos na mão.
 Preensão em gancho: não requer a atuação do dedo polegar.

 Na preensão de precisão, o objeto é pinçado entre a superfície


flexora de um ou mais dedos e do polegar em oposição: é
usada quando são necessários precisão e refinamento para
manipular ou usar um objeto.
Caso Clínico
 Joana, uma senhora de 65 anos chega à clínica de
Fisioterapia para uma avaliação, pois tem artrite
reumatoide e foi diagnosticadacom início de
deformidade em pescoço de cisne.

 A fisioterapeuta Cláudia recebe Joana para uma


entrevista, colhe toda a história epega o exame de
radiografia (raio-X) para analisar:
Caso Clínico
 Diante da imagem do raio-X, dona Joana pergunta
para a fisioterapeuta Claudia:
 O que está acontecendo com os meus dedos?

 Quais possíveis movimentos poderão ser perdidos

diante desse meu problema?

 Por quê?

 A fisioterapia pode ajudar?


Disfunções
 Podem gerar alterações biomecânicas;

 Causa comum: movimentos repetitivos → processo


inflamatório e lesão nervosa → perda de sensibilidade e
motora.
 Outras causas: traumas agudos ou doenças, como a artrite
reumatoide.
 Disfunções na mão comumente podem levar a uma
redução da força e precisão na função da mão.
Disfunções
 Paralisia do nervo radial ou dos extensores do punho e os
extensores longos dos dedos: punho caído.
 Punho não consegue se estender efetivamente → perda da
estabilidade para realizar a preensão.
 Se o punho for sustentado em extensão passiva (posição
neutra) por meio de uma órtese dinâmica a força de
preensão é boa, devido aos músculos flexores estarem
intactos.
Disfunções
 Paralisia do nervo ulnar: “mão em garra” ou “garra
ulnar”.
 Paralisia dos músculos intrínsecos da mão, sendo o IV
e V dedos mais afetados.
 O extensor dos dedos tende a manter as articulações
MCF dos dedos 4 e 5 em hiperextensão, e as
articulações IF em flexão parcial.
Disfunções
 Paralisia do nervo mediano: perda da função dos
flexores dos dedos → preensão diminuída.

 “Mão de bênção” → quando o paciente tenta cerrar o


punho demonstra incapacidade de flexionar o
segundo e o terceiro dedo, além da perda da flexão e
oposição do polegar.
Disfunções
 Lesão do nervo mediano ocorrer próxima ao punho,
na região do túnel do carpo → “mão de macaco” ou
mão simiesca.

 Lesão nervosa mais proximal, apenas os músculos


intrínsecos são afetados por ela e o polegar não
consegue se opor aos outros dedos.
Disfunções
 Síndrome do Túnel do Carpo é a neuropatia compressiva
mais comum em membros superiores;
 Proporção de duas mulheres a cada um homem;

 É mais comum em maiores de 50 anos;

 Afeta uma fatia da população economicamente ativa;


 Pode ser aguda, que é mais rara, ocasionada por
sangramentos espontâneos, trombose, luxação da base do
metacarpo, infecção, gravidez e fraturas, principalmente do
rádio distal.
 A forma crônica é a mais comum, tendo início gradual.
Disfunções
 Na fisiopatologia, está bem descrito o aumento de pressão dentro do túnel
do carpo.

 Os fatores que geram esse aumento de pressão são incertos, as pesquisas


sugerem interrupção no fluxo sanguíneo intraneural, edema e fibrose dos
tendões dos flexores, inflamação aguda.

 Quadro clínico:
 Sintomas de parestesias e perda de força na distribuição do nervo mediano.

 Tem início em um dedo e depois vai se espalhando para os outros.

 Os sintomas se iniciam geralmente à noite, mas, a medida que pioram,

aparecem também ao longo do dia.

 Os pacientes referem dificuldade com o aperto de mão e movimentos de pinça

indicador/dedo médio-polegar.
Disfunções
 Contratura de Dupuytren é um enrijecimento progressivo
das bandas do tecido fibroso (denominadas fáscias) no
interior das palmas das mãos, provocando a contração dos
dedos que pode, eventualmente, resultar em uma mão
com aspecto de garra.
 É uma doença hereditária comum, que ocorre
especialmente em homens, principalmente depois dos 45
anos.
 Nos casos em que apenas uma mão é afetada, a mão
direita é afetada duas vezes mais frequentemente do que a
esquerda.
Disfunções
 Geralmente, o primeiro sintoma é o aparecimento de
um nódulo palmar sensível na palma da mão (com
maior frequência no dedo anelar ou mínimo).

 Inicialmente, o nódulo pode causar desconforto, mas


gradativamente torna-se indolor.

 Os dedos passam a curvar-se de forma progressiva.

 A curvatura acaba piorando e a mão pode começar a


arquear-se (adquire a forma de garra).

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