Plano Diretor Medianeira
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LEGENDA
CAPÍTULO I
Disposições Preliminares
SEÇÃO I
Dos Objetivos
CAPÍTULO II
Das Disposições Administrativas e Técnicas
Art. 4º A execução de quaisquer das atividades citadas no artigo 1º deste Código, com
exceção de demolição, será precedida dos seguintes atos administrativos:
I - Consulta prévia dos índices urbanísticos para a construção - não obrigatório;
II - Consulta prévia para análise do projeto arquitetônico;
III - Aprovação do projeto definitivo;
IV - Expedição da Licença de Construção (Alvará);
V – Expedição do Habite-se.
§ 1º Os procedimentos descritos neste capítulo encontram-se nos Anexos 01 e 02 desta Lei,
reunidos na tabela denominada “Documentação mínima para Consultas Prévias e Licenças
de Construção”.
§ 2º Aos profissionais que desconhecem os índices urbanísticos vigente no Município,
principalmente, se atuantes em outros Municípios, é obrigatória a consulta prévia dos índices
urbanísticos antes da elaboração de quaisquer projetos.
Art. 5º Os projetos de edificações aprovados e arquivados no Município, em especial, na
Secretaria Municipal de Planejamento, poderão ser emprestados somente para os
proprietários ou profissionais das respectivas obras, desde que condicionado a requerimento
pelo proprietário atual da obra e com prazo máximo de retorno de 02 (dois) dias úteis,
podendo incidir multa em caso de atraso na devolução dos documentos emprestados,
conforme estabelecido no art. 245 da Seção I – Das Multas do Capítulo XV – Das Sanções.
SEÇÃO I
Dos procedimentos relativos à análise prévia e aprovação de projetos arquitetônicos
para concessão da Licença de Construção
SEÇÃO II
Da Consulta Prévia dos Índices Urbanísticos
Art. 16. Antes de solicitar a aprovação do projeto, o requerente poderá efetivar a consulta
prévia dos índices urbanísticos junto a Secretaria Municipal de Planejamento.
§ 1º Ao requerente cabe as indicações:
I - nome e endereço do proprietário;
II - endereço da obra (lote, quadra, loteamento e bairro);
III - destino da obra (residencial, comercial, industrial, etc.);
IV - natureza da obra (alvenaria, madeira ou mista);
V - croqui de situação do lote.
§ 2º A Prefeitura cabe a indicação das normas urbanísticas incidentes sobre o lote, (zona de
uso, taxa de ocupação, coeficiente de aproveitamento, altura máxima e recuos mínimos), de
acordo com a Lei do Zoneamento e de Uso e Ocupação do Solo.
SEÇÃO III
Da Consulta Prévia Para Análise de Projetos Arquitetônicos
Art. 17. A partir das informações prestadas pela Prefeitura na consulta prévia dos índices
urbanísticos, o requerente poderá solicitar análise do projeto arquitetônico, mediante
requerimento, apresentando um jogo de plantas do projeto arquitetônico e comprovante de
propriedade do imóvel, conforme documentação e projeto, especificados nos Anexos 01 e
02 desta Lei e na Seção I do Capítulo II - Dos Procedimentos Relativos à Análise Prévia e
Aprovação de Projetos Arquitetônicos para Concessão da Licença de Construção.
Art. 18. Serão feitas anotações com tinta vermelha, sendo depois devolvidas ao proprietário.
Esta via, obrigatoriamente, terá que ser anexada ao processo de aprovação do projeto
definitivo, para fins de comparação.
Art. 19. A reanálise do projeto poderá ocorrer com o máximo de três retornos ao requerente
ou profissional responsável.
§ 1º Fica estabelecida a taxa de reanálise em 20 UFIME por consulta prévia, a partir da
segunda consulta prévia ou licença de construção encaminhada sem revisão de algum item
da consulta prévia inicial e/ou anterior a última.
§ 2º Não será cobrada a taxa de reanálise a partir da segunda consulta quando na consulta
anterior tiver sido solicitado o encaminhamento de uma nova consulta pela Secretaria
Municipal de Planejamento.
SEÇÃO IV
Do Projeto Definitivo
Art. 20. O projeto arquitetônico definitivo, para fins de requerimento para Consulta Prévia ou
Licença de Construção, deverá conter:
I – Selo do Projeto
II – Projeto da Edificação, com:
a) Implantação;
b) Situação;
c) Estatística;
d) Planta(s) Baixa(s);
e) Cortes;
f) Elevações (fachadas);
g) Planta de Cobertura;
h) Perfis dos passeios.
Art. 21. A apresentação de projetos arquitetônicos está definida no Anexo 02 desta Lei e
neste Capítulo.
SEÇÃO V
Das Edificações e os índices urbanísticos
Art. 22. Os projetos de edificações devem atender os índices urbanísticos exigidos pela Lei
de Uso e Ocupação do Solo Urbano e Rural do Município e os parâmetros do Anexo 10
desta Lei, para o:
I – Cálculo do Coeficiente de Aproveitamento máximo;
II –Cálculo da Taxa de Ocupação Máxima;
III – Cálculo da Taxa de Permeabilidade Mínima;
IV – Recuo frontal (quando obrigatório);
V – Recuo lateral/fundos mínimo (quando for exigido);
VI – Cálculo do Número de Pavimentos;
VII – Cálculo da Área Construída.
SEÇÃO VI
Do Projeto de Instalações de Proteção e Combate a Incêndio
Art. 23. Serão exigidas instalações de proteção e combate a incêndio nas edificações de
obras novas ou existentes em acordo com o CSCIP – Código de Segurança Contra Incêndio
e Pânico do CBM PR – Corpo de Bombeiros Militar do Paraná.
§ 1º Para requerimento da Licença de Construção da obra, para os projetos citados neste
artigo, será exigido o Certificado de Aprovação do PSCIP – Plano de Segurança Contra
Incêndio e Pânico, nos casos previstos pelo CSCIP – Código de Segurança Contra Incêndio
e Pânico do CBM PR – Corpo de Bombeiros Militar do Paraná.
§ 2º Para requerimento e expedição do Habite-se, para obras novas, reformadas ou
ampliadas nos casos previstos pelo CSCIP – Código de Segurança Contra Incêndio e
Pânico do CBM PR – Corpo de Bombeiros Militar do Paraná, será obrigatória a
apresentação do Laudo de Vistoria de Conclusão de Obra – LVCO expedido pelo Corpo de
Bombeiros.
§ 3º Serão dispensadas da aprovação pelo Corpo de Bombeiros, para expedição da Licença
de Construção e Habite-se, as edificações de uso residencial unifamiliar e as edificações
previstas no CSCIP – Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do CBM PR – Corpo
de Bombeiros Militar do Paraná.
SEÇÃO VII
Dos projetos a serem aprovados pela vigilância sanitária municipal
SEÇÃO VIII
Do Condomínio
SEÇÃO IX
Da Licença de Construção
Art. 34. Após a análise dos elementos fornecidos e, se os mesmos estiverem de acordo com
as legislações pertinentes, a Prefeitura aprovará o projeto e fornecerá ao requerente a
Licença de Construção.
Art. 35. Para este fim, o requerente apresentará 03 cópias de cada prancha do projeto
arquitetônico definitivo apresentado conforme Anexo 02 desta Lei.
Art. 36. A Licença de Construção será válida pelo prazo de 24 (vinte e quatro) meses,
contados da data de sua expedição e se a obra não for iniciada dentro do prazo, a Licença
perderá sua validade.
§ 1º Para efeito do presente Código, uma obra será considerada iniciada, desde que suas
fundações estejam totalmente construídas, inclusive baldrames.
§ 2º Considera-se prescrita a Licença de Construção que após ser iniciada a obra, sofrer
interrupção superior a 12 (doze) meses.
§ 3º A prescrição da Licença de Construção anula a aprovação do projeto.
Art. 37. Depois de aprovado o projeto definitivo e expedida a Licença de Construção, se
houver alteração do projeto, o interessado deverá requerer aprovação, conforme
estabelecido por esta Lei.
Art. 38. A fim de comprovar o licenciamento da obra para efeitos de fiscalização, uma cópia
da Licença de Construção será mantida no local da obra, juntamente com uma cópia do
projeto aprovado.
Art. 39. Ficam dispensadas da apresentação de projetos e requerimento para expedição da
Licença de Construção quando destinado a:
I - construção de barracões provisórios destinados a depósito de materiais durante a
construção de edificações, que deverão ser demolidos logo após o término das obras;
II - obras de reparos em fachadas quando não compreenderem alteração das linhas
arquitetônicas;
III - construções de muros divisórios;
IV - limpeza ou pintura interna e externa de edifícios, desde que não exija a instalação de
tapumes ou andaimes;
V - conserto nos passeios dos logradouros públicos em geral;
VI - reparos no revestimento de edificações;
VII - reparos internos e substituição de aberturas;
VIII - substituição de telhas partidas, de calhas e condutores em geral.
Art. 40. A Prefeitura Municipal terá o prazo máximo de 07 (sete) dias úteis para aprovação
do projeto definitivo e expedição da Licença de Construção, a contar da data da entrada do
requerimento no Protocolo da Prefeitura ou da última chamada para esclarecimentos, desde
que o projeto apresentado esteja em condições de aprovação.
SEÇÃO X
Das Normas Técnicas de Apresentação do Projeto
Art. 41. Os projetos somente serão aceitos quando legíveis e de acordo com as normas
usuais de desenho arquitetônico, estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas
Técnicas - ABNT.
§ 1º As folhas do projeto serão apresentadas em cópias dobradas, nunca em rolo, tomando-
se por tamanho padrão um retângulo de 21,0 cm X 29,7 cm (tamanho A4) com número
impar de dobras tendo margem de 1,0 cm em toda a periferia da folha exceto na margem
lateral esquerda a qual será 2,5 cm (orelha) para fixação em pastas.
§ 2º No canto inferior direito da (s) folha (s) do projeto, será desenhado um quadro-legenda
com 17,5 cm de largura e 27,7 cm de altura (tamanho A4, reduzidas as margens), onde
constará o selo do projeto conforme o Anexo 02 desta Lei.
SEÇÃO XI
Das Modificações ou Substituição dos Projetos Aprovados
Art. 42. Para modificações em projeto aprovado, assim como para alteração do destino de
qualquer compartimento constante do mesmo, será necessária a aprovação de projeto
modificativo.
§ 1º O requerimento solicitando aprovação do projeto modificativo deverá ser acompanhado
de cópia do projeto anteriormente aprovado e da respectiva "Licença de Construção".
§ 2º A aprovação do projeto modificativo será anotada na "Licença de Construção"
anteriormente aprovado, que será devolvido ao requerente juntamente com o projeto.
§ 3º A modificação ou substituição de projeto aprovado somente será aprovada pela
Secretaria Municipal de Planejamento nos casos em que não houver reforma, reconstrução,
acréscimo/ampliação da área da obra aprovada.
SEÇÃO XII
Das Obras Paralisadas
Art. 43. Quando uma construção ficar paralisada por mais de 6 (seis) meses, o proprietário
deverá:
I - fazer o fechamento do terreno, no alinhamento predial, com muro dotado de portão de
entrada;
II - remover andaimes e tapumes, deixando o passeio em perfeitas condições de uso;
III - tomar as providências necessárias para que não resulte em perigo à segurança pública.
SEÇÃO XIII
Das Obras Parciais
Reforma, Reconstrução ou Acréscimo/Ampliação
Art. 48. A Prefeitura fiscalizará as diversas obras requeridas, a fim de que as mesmas sejam
executadas dentro das disposições deste Código, demais leis pertinentes e de acordo com
os projetos aprovados.
§ 1º Os fiscais da Prefeitura terão ingresso a todas as obras mediante a apresentação de
prova de identidade, e independentemente de qualquer outra formalidade.
§ 2º Os funcionários investidos em função fiscalizadora poderão, observadas as
formalidades legais, inspecionar bens e papéis de qualquer natureza, desde que constituam
objeto da presente legislação.
Art. 49. Em qualquer período da execução da obra, o órgão competente da Prefeitura
poderá exigir que lhe sejam exibidos as plantas, cálculos e demais detalhes que julgar
necessário.
SEÇÃO XV
Da Expedição do Habite-se
Art. 50. Uma obra é considerada concluída quando tiver condições de habitabilidade,
estando em funcionamento às instalações hidrossanitárias, elétricas e de segurança contra
incêndio e pânico.
Parágrafo único. Além das condições de habitabilidade, uma obra somente será
considerada concluída para seu uso quando as paredes externas, principalmente, se forem
executadas em tijolo comum na divisa de terrenos, estiverem devidamente rebocadas e
pintadas e os passeios públicos estiverem pavimentados conforme legislação específica –
normas para padronização dos passeios e orientações do corpo técnico da Secretaria
Municipal de Planejamento.
Art. 51. Concluída a obra, o proprietário deverá solicitar à Prefeitura Municipal a vistoria da
edificação, que deverá ser feita pelo órgão competente, atendendo as seguintes exigências:
I - cumprimento do disposto no artigo anterior;
II - cumprimento dos termos do projeto aprovado pela Prefeitura Municipal e das demais
exigências deste Código;
III - a execução das instalações prediais ter sido aprovada pelas repartições estaduais ou
municipais, ou pelas concessionárias de serviço público, quando for o caso.
Art. 52. O requerimento do Habite-se deverá ser feito pelo proprietário da obra ao órgão
municipal competente, dentro do prazo da licença para a construção e acompanhados dos
seguintes documentos:
I – uma via do projeto arquitetônico completo aprovado;
II – cópia do Laudo de Vistoria de Conclusão de Obra – LVCO expedido pelo Corpo de
Bombeiros, para as edificações previstas pelo CSCIP – Código de Segurança Contra
Incêndio e Pânico do CBM PR – Corpo de Bombeiros Militar do Paraná.
§ 1º Antes de ser feita a vistoria de que trata este artigo, não será permitida a habitação,
ocupação ou utilização da edificação.
§ 2º A Prefeitura tem um prazo de 07 (sete) dias úteis para vistoriar a obra e para expedir o
Habite-se.
Art. 53. Será concedido o Habite-se parcial de uma edificação nos seguintes casos:
I - quando se tratar de prédio composto de parte comercial e parte residencial e for possível
cada uma das partes ser utilizada independente da outra;
II - quando se tratar de prédio de apartamento, desde que uma parte esteja completamente
concluída;
III - quando se tratar de mais de uma construção feita independentemente, mas no mesmo
lote.
Art. 54. Por ocasião da vistoria, se for constatado que a edificação foi construída, ampliada,
reconstruída ou reformada em desacordo com o projeto aprovado, o responsável técnico,
bem como o proprietário, serão notificados de acordo com as disposições deste Código, e
obrigados a regularizar o projeto, caso as alterações possam ser aprovadas, ou fazer a
demolição ou as modificações necessárias para regularizar a situação da obra.
SEÇÃO XVI
Das Demolições
Art. 55. A licença para demolição será dada, em requerimento do proprietário, no qual
conste o prazo de duração das obras, que poderá ser prorrogado, por motivo justificado. O
órgão competente, quando entender conveniente, fixará o horário em que serão executadas
as obras.
§ 1º É dispensada Licença para a demolição de muros de fechamento com até 3m (três
metros) de altura.
§ 2º É necessária a responsabilidade de profissional habilitado, que firmará o requerimento
de Licença juntamente com o proprietário nas demolições:
I - de edificação no alinhamento, ou sobre divisa do lote;
II - de edificação com mais de 02 (dois) pavimentos, ou mais de 8m (oito) metros de altura.
SEÇÃO XVII
Das Construções para Atividades Permissíveis e Proibidas
Art. 56. O licenciamento de projetos de edificações com o uso permissível e/ou proibido pela
Lei de Uso e Ocupação do Solo Urbano e Rural de Medianeira somente poderá ser liberado
se tiver anuência da Secretaria Municipal de Planejamento para os usos permissíveis e do
COMUR – Conselho Municipal de Uso e Ocupação do Solo Urbano e Rural de Medianeira
para os usos proibidos, dentro de suas atribuições.
§ 1º O(s) proprietário(s) ou o(s)profissional(is) da área da engenharia ou arquitetura antes da
elaboração do projeto da edificação pretendida deve(m)requerer uma Consulta Prévia para
exame de viabilidade de liberação da(s) atividade(s) permissível e/ou proibida pretendida(s),
desde que previsto na Lei de Uso e Ocupação do Solo Urbano e Rural.
§ 2º No requerimento da solicitação de Consulta Prévia para a atividade citada no parágrafo
primeiro, deverá informar a localização, área pretendida da obra, área de carga e descarga
nos casos em que houver necessidade, vagas de estacionamento previstas, destinação dos
resíduos, entre outras informações necessárias e/ou solicitadas pelos órgãos citados nesse
artigo.
§ 3º No requerimento da solicitação de Consulta Prévia para a atividade citada no parágrafo
primeiro, deverá informar a localização, área pretendida da obra, área de carga e descarga
nos casos em que houver necessidade, vagas de estacionamento previstas, destinação dos
resíduos, horário de funcionamento pretendido, entre outras informações necessárias e/ou
solicitadas pelos órgãos citados nesse artigo.
§ 4º A Secretaria Municipal de Planejamento ou o COMUR examinarão a viabilidade da
localização da atividade em função do regime de uso do solo, do porte da atividade
pretendida, da preservação ambiental e da segurança, do bem-estar e do sossego público,
conforme a Lei de Uso e Ocupação do Solo Urbano e Rural de Medianeira.
SEÇÃO XVIII
Da Responsabilidade Técnica
Art. 57. Para efeito deste Código, somente profissionais habilitados, devidamente inscritos e
quites com a Prefeitura Municipal poderão projetar, orientar, administrar, e executar qualquer
obra no Município.
Parágrafo único. Os profissionais que apenas elaborarem projetos, não precisarão se
cadastrar na Prefeitura desde que não encaminhem mais que um projeto para aprovação,
por ano.
Art. 58. Só poderão ser inscritos na Prefeitura, os profissionais, devidamente registrados nos
respectivos conselhos profissionais.
§ 1º Os arquitetos deverão apresentar registro junto ao CAU/PR – Conselho de Arquitetura e
Urbanismo do Paraná.
§ 2º Os engenheiros deverão apresentar registro junto ao CREA-PR – Conselho Regional de
Engenharia e Agronomia do Paraná.
Art. 59. Se no decurso da obra o responsável técnico quiser dar baixa da responsabilidade
assumida por ocasião da aprovação do projeto, deverá comunicar por escrito a Prefeitura
essa pretensão.
§ 1º A comunicação de baixa de responsabilidade poderá ser feita conjuntamente com a
assunção do novo responsável técnico, desde que o interessado e os dois responsáveis
técnicos assinem conjuntamente.
§ 2º A alteração da responsabilidade técnica deverá ser anotada no Alvará de Construção.
Art. 60. Os profissionais responsáveis pelo projeto arquitetônico e pela execução devem
identificar os serviços prestados, instalando placas ou adesivos para facilitar a fiscalização e
identificar as obras com ou sem profissionais responsáveis.
Art. 61. Quando a obra possuir profissional responsável e/ou empresas do ramo da
construção civil e estiver sendo executada sem projeto aprovado e/ou construída de forma
irregular, o mesmo receberá multa pela infração cometida, sem prejuízo de outras multas e
penalidades cabíveis.
CAPÍTULO III
Da Execução e Segurança das Obras
Art. 62. A execução das obras somente poderá ser iniciada depois de aprovado o projeto
arquitetônico e expedida a Licença de Construção para a sua realização.
Parágrafo único. Uma obra de construção será considerada iniciada assim que estiver com
os alicerces prontos.
SEÇÃO I
Da Segurança nos Ambientes de Trabalho das Construções
SEÇÃO II
Do Canteiro de Obras
SEÇÃO III
Dos Tapumes e dos Equipamentos de Segurança
Art. 65. Enquanto durarem as obras, o responsável técnico deverá adotar as medidas e
equipamentos necessários à proteção e segurança dos que nela trabalham, dos pedestres,
das propriedades vizinhas e dos logradouros e vias públicas, observando o disposto nesta
Seção, nas normas aplicáveis da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT e em
outras normas legais.
Art. 66. Nenhuma construção, reforma ou demolição poderá ser executada no alinhamento
predial, sem que seja obrigatoriamente protegida por tapumes, salvo quando se tratar da
execução de muros, grades ou de pintura e pequenos reparos na edificação.
Parágrafo único. Os tapumes somente poderão ser colocados após expedição, pela
Prefeitura Municipal, da Licença de Construção ou da Licença para demolição.
Art. 67. Tapumes e andaimes não poderão ocupar mais do que metade da largura do
passeio sendo que, no mínimo 1,50m (um metro e cinquenta centímetro) serão mantidos
livres para o fluxo de pedestres.
Parágrafo único. A Prefeitura Municipal poderá autorizar ocupação superior à fixada neste
artigo, quando for tecnicamente comprovada sua necessidade, desde que sejam adotadas
medidas de proteção para circulação de pedestres.
Art. 68. Os andaimes deverão:
I - apresentar perfeitas condições de segurança;
II - prover efetiva proteção de árvores, aparelhos de iluminação pública, redes telefônicas, da
distribuição de energia elétrica, postes e quaisquer outros equipamentos;
III - a responsabilidade pelo bom estado de conservação e pela segurança nos andaimes e
tapumes é exclusiva do proprietário e ou executor da obra.
SEÇÃO III
Dos Passeios e das Vedações
CAPÍTULO IV
Das Edificações
SEÇÃO I
Dos Materiais de Construção
Art. 75. Os materiais de construção, seu emprego e técnica de utilização deverão satisfazer
as especificações e normas oficiais da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.
SEÇÃO II
Da Natureza ou Tipo Construtivo das Edificações
Art. 76. As edificações poderão ser construídas com materiais que atendam os requisitos de
segurança e salubridade, podendo ser de:
I - Alvenaria de tijolos de barro;
II - Alvenaria de blocos de concreto;
III - Concreto armado (moldado no local);
IV - Concreto armado (pré-moldado);
V – Metálica;
VI – Madeira;
VII - Outros materiais;
VIII - Mistas.
Art. 77. Somente poderão ser aprovadas e executadas edificações com paredes em
madeira no perímetro urbano do Município, quando for para uso residencial unifamiliar e,
com afastamento de, no mínimo, 1,50m (um metro e meio) das divisas.
§ 1º Edificações residenciais unifamiliares com paredes mistas (madeira e
alvenaria/concreto) poderão ser aprovadas e executadas junto à divisa, desde que, a parede
na divisa seja em alvenaria e/ou concreto, devendo a mesma avançar 1,0m (um metro) em
cada extremidade além do perímetro da obra em madeira.
§ 2º Edificações residenciais unifamiliares em madeira, devem priorizar que os
compartimentos úmidos sejam executados com piso e paredes impermeáveis onde for
necessário.
Art. 78. Barracões para uso comercial/serviços/industrial devem observar requisitos de
segurança para a edificação e os terrenos vizinhos.
§ 1º Barracões com fechamento lateral em estrutura metálica/chapas (total ou parcial) não
podem ser executados nas divisas laterais/fundos do terreno, devendo prever um
recuo/afastamento mínimo das divisas em 1,50m (um metro e meio) no perímetro urbano do
Município.
§ 2º Somente barracões com paredes mistas (alvenaria/concreto/metálico) poderão ser
aprovado se executados junto às divisas laterais/fundo, desde que, a parede na divisa seja
em alvenaria e/ou concreto e a cobertura atenda os requisitos desta lei.
§ 3º Barracões para usos diversos com estrutura ou fechamento em madeira, somente serão
permitidos nas áreas rurais, com afastamento de, no mínimo, 5m (cinco metros), das divisas
dos terrenos vizinhos.
Art. 79. Edificações onde houver uso com restrições sanitárias devem priorizar materiais que
atendam aos requisitos de segurança sanitária.
Art. 80. As edificações de uso coletivo deverão ter pisos, paredes, estrutura e escadas,
totalmente construídos com material incombustível, tolerando-se materiais combustíveis
apenas nos madeiramentos do telhado, corrimão, forros e revestimentos ou o permitido em
legislação específica conforme o uso da edificação.
SEÇÃO III
Das Paredes
Art. 81. As paredes, quando executadas em alvenaria de tijolo de barro, deverão ter
espessura mínima de:
I - externas - 0,15m (quinze centímetros);
II - internas - 0,10m (dez centímetros).
§ 1º Quando se tratar de paredes de alvenaria que constituírem divisões entre habitações
distintas geminadas ou multifamiliares, com apenas uma parede, deverão ter 0,20m (vinte
centímetros) de espessura mínima.
§ 2º Estas espessuras poderão ser alteradas quando forem utilizados materiais de natureza
diversa, desde que possuam comprovadamente, no mínimo, os mesmos índices de
resistência, impermeabilidade e isolamento térmico e acústico, conforme o caso.
Art. 82. As paredes de instalações sanitárias, área de serviço e cozinhas deverão ser
revestidas, no mínimo, até a altura indicada nas tabelas dos Anexos 04 e 05 desta Lei com
material impermeabilizante, lavável e resistente.
SEÇÃO IV
Dos Pisos e Entrepisos
Art. 83. Os pisos dos compartimentos das edificações devem ser impermeáveis e laváveis.
Art. 84. Os pisos dos compartimentos assentados diretamente sobre o solo deverão ser
convenientemente impermeabilizados.
Art. 85. Os entrepisos das edificações serão incombustíveis, admitindo-se o uso de madeira
ou similar em edificações de até 02 (dois) pavimentos, e que constituam uma única moradia,
exceto nos compartimentos cujos pisos devam ser impermeabilizados.
Art. 86. Os entrepisos das edificações, de uso coletivo deverão observar os índices técnicos
de resistência, impermeabilidade, isolamento acústico e resistência ao fogo correspondentes
ao de uma laje de concreto armado com espessura mínima de 0,08m (oito centímetros).
SEÇÃOV
Das Sacadas e Corpos Avançados
Art. 87. Não são permitidos balanços e corpos avançados sobre o passeio público
Parágrafo único. Excetuam-se do exposto no caput desse artigo: marquises, platibandas,
toldos, sacadas, brises, molduras de fachada ou aberturas, floreiras, caixas ou aparelhos de
ar condicionado, placas e luminosos.
Art. 88. Os edifícios poderão ser dotados de sacadas, marquises, toldos e platibandas,
quando construídos no alinhamento predial, obedecendo as seguintes condições:
I - serão sempre em balanço;
II - terão a altura livre mínima de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros), sob os
mesmos, cotados da linha do solo;
III - a projeção da face externa do balanço deverá ser no máximo igual a 50% (cinquenta por
cento) da largura do passeio;
IV - serão construídas ou instaladas de forma tal a não prejudicar a arborização ou
iluminação pública;
V - ser providos de dispositivos que impeçam a queda das águas sobre o passeio e o
logradouro, não sendo permitido o uso de calhas aparentes;
VI - nas ruas para pedestres as projeções máximas poderão obedecer a outros parâmetros,
de acordo com o critério a ser estabelecido pela Secretaria Municipal de Planejamento ou o
COMUR – Conselho Municipal de Uso e Ocupação do Solo Urbano e Rural de Medianeira.
Art. 89. As fachadas dos edifícios, quando construídas no alinhamento predial, também
poderão ter floreiras, caixas para ar condicionado, brises, placas e luminosos.
Parágrafo único. Os elementos mencionados no caput deste artigo poderão projetar-se
além do alinhamento predial à distância máxima de 0,60m (sessenta centímetros).
Art. 90. Todos os elementos das fachadas projetados sobre o passeio público, dentro dos
requisitos desta lei, deverão ter dutos até o solo, para canalização das águas provenientes
dos mesmos.
Art. 91. Fica expressamente proibida a projeção de beirais de cobertura sobre o passeio
público sem utilização de calhas e dutos para canalização das águas pluviais.
Art. 92. Nas edificações prediais com sacadas além do alinhamento predial, projetadas
sobre o passeio público, onde houver condutores de energia elétrica no passeio público em
frente ao terreno, deverá ser observado os seguintes afastamentos mínimos entre
condutores e sacadas dos edifícios, salvo quando os afastamentos exigidos pelas normas
específicas da concessionária de energia elétrica forem maiores:
I – nos passeios onde houver com rede de baixa tensão, o afastamento mínimo será de
1,50m (um metro e cinquenta centímetros);
II – nos passeios onde houver rede de alta tensão, o afastamento mínimo será de 2,00m
(dois metros).
Art. 93. Os projetos com elementos de fachada que divergirem com o exposto nesse artigo
ou não estiverem definidos por esta Lei poderão ser analisados pelo COMUR.
SEÇÃO VI
Dos Beirais
Art. 94. As águas pluviais provenientes das coberturas devem ser esgotadas através de
calhas e condutores dentro dos limites do lote, não sendo permitido desaguar para os lotes
vizinhos ou sobre os logradouros públicos.
Parágrafo único. Nas edificações executadas no alinhamento dos logradouros ou nas
divisas com lotes vizinhos as águas pluviais provenientes da cobertura devem ser
canalizadas e encaminhadas para as galerias de águas pluviais, sob o passeio.
Art. 95. Os beirais podem ocupar no máximo ½ (metade) do recuo ou afastamento mínimo
lateral/fundos previsto no projeto conforme normas vigentes.
Parágrafo único. O disposto no caput desse artigo se aplica inclusive aos projetos e obras
com recuo mínimo de 0,70m (setenta centímetros) para paredes sem aberturas.
Art. 96. Será obrigatório projetar e instalar calha quando a cobertura ou beiral distar menos
de 0,75m (setenta e cinco centímetros) em relação às divisas do terreno.
Art. 97. Será obrigatório projetar e executar platibanda quando a cobertura ou beiral situar-
se nas divisas do terreno, ou ainda distar a menos de 0,25m (vinte e cinco centímetros) das
divisas.
Parágrafo único. A platibanda ou a parede de alvenaria, quando na divisa, devem elevar-se
em nível acima das telhas e possuir acabamento com algeroz para evitar infiltrações nas
paredes do terreno e dos vizinhos.
SEÇÃO VII
Das Pérgulas
Art. 98. As pérgulas terão parte vazada, correspondente a 50% (cinquenta por cento), no
mínimo, da área de sua projeção horizontal.
SEÇÃO VIII
Das Portas, Aberturas de Passagem ou Corredores
Art. 99. O dimensionamento das portas ou aberturas de passagem deverá obedecer a altura
mínima de 2,10m (dois metros e dez centímetros) e as seguintes larguras mínimas previstas
nos Anexos 04 e 05:
I - porta de entrada principal: 0,90m (noventa centímetros) para as economias de uso único
ou habitação múltipla com até duas unidades residenciais; 1,10(um metro e dez centímetros)
para habitações múltiplas, com até quatro pavimentos, garantindo, porém, sempre a largura
mínima de 0,60m (sessenta centímetros) por folha e 1,40m (um metro e quarenta
centímetros) naquelas mais de 04 (quatro) pavimentos;
II - portas principais de acesso às salas, gabinetes, dormitórios, cozinhas e áreas de serviço:
0,80m (oitenta centímetros);
III - portas de serviço; 0,70m (setenta centímetros);
IV - portas internas secundárias e portas de sanitários: 0,60m (sessenta centímetros);
V - quando de uso coletivo a largura livre deverá corresponder a 0,01m (um centímetro) por
pessoa da lotação prevista para os compartimentos, respeitando o mínimo de 1,20m (um
metro e vinte centímetros), exceto para as atividades específicas detalhadas na própria
seção.
§ 1º As portas de estabelecimentos de diversões públicas, deverão sempre abrir para o lado
de fora.
§ 2º Em nenhum caso as portas que dão saída às edificações poderão ter dimensões
inferiores às estabelecidas no Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Corpo de
Bombeiros Militar do Paraná.
Art. 100. O dimensionamento dos corredores ou circulação horizontal das edificações
deverá obedecer aos parâmetros previstos nos Anexos 04 e 05.
SEÇÃO VII
Das Escadas e Rampas
Art. 101. Além das disposições constantes no Anexo 07 da presente Lei, as escadas
deverão atender às disposições do CSCIP - Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico
do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná.
Art. 102. As escadas de uso comum ou coletivo deverão ter largura suficiente para
proporcionar o escoamento do número de pessoas que dela dependem, exceto para as
atividades específicas detalhadas na própria seção.
Art. 103. Os edifícios com 04 (quatro) ou mais pavimentos, deverão dispor de:
I - um saguão ou patamar da escada independente do hall de distribuição;
II - iluminação natural ou sistema de emergência para alimentação artificial na caixa de
escada.
Art. 104. No caso de emprego de rampas, em substituição às escadas da edificação,
aplicam-se as mesmas exigências relativas ao dimensionamento e especificações de
materiais fixadas para as escadas.
§ 1º As rampas poderão apresentar inclinação máxima de 50% (cinquenta por cento) para
uso de veículos e, para uso de pedestres deverá atender o disposto na NBR 9050 e demais
legislações pertinentes.
§ 2º As rampas para veículos deverão observar curvaturas nas extremidades para não
causar danos aos veículos.
§ 3º As rampas de acesso para pedestres, quando externas terão piso revestido com
material antiderrapante.
§ 4º As rampas de acesso para veículos deverão ter seu início, no mínimo, a 3,50m (três
metros e cinquenta centímetros) do alinhamento, para edificações comerciais, de prestação
de serviços e multifamiliares, caso as edificações sejam construídas no alinhamento do lote.
§ 5º Será passível a exigência do exposto no parágrafo 4º pela Secretaria Municipal de
Planejamento, se o acesso para rampa de acesso de veículos estiver situado em via local,
conforme definido pela Lei do Sistema Viário e com baixo fluxo de pedestres.
Art. 105. As escadas e rampas deverão observar todas as exigências da legislação
pertinente do Corpo de Bombeiros, diferenciadas em função do número de pavimentos da
edificação.
SEÇÃO VIII
Dos Elevadores e equipamentos eletromecânicos de deslocamento vertical
Art. 106. Os projetos arquitetônicos (obra nova, reforma ou ampliação) deverão prever a
instalação de equipamento eletromecânico de deslocamento vertical para uso de pessoas
com deficiência ou mobilidade reduzida, com acesso em todos pavimentos previstos nos
projetos para todas as edificações, excetuando, residências unifamiliares e aquelas onde for
exigido elevador por lei federal, estadual ou municipal.
§ 1º Para a previsão de acesso para todos os pavimentos nos projetos das edificações,
deverá ser indicada em planta, o espaço reservado para a instalação do equipamento
eletromecânico, devidamente assinado pelo autor do projeto com especificação do tipo de
equipamento a ser instalado, dimensões internas, entre outras exigências previstas pelo
Decreto Federal nº 5.296/2004 ou norma vigente pertinente.
§ 2º Será exigida a instalação do equipamento eletromecânico para a liberação do habite-se,
visando garantir o acesso aos pavimentos previstos das edificações nos casos em que a
atividade for da área de saúde, educacional, ou ainda, se os pavimentos superiores forem
destinados para o atendimento ao público nas atividades em geral.
Art. 107. Será obrigatório a instalação de, no mínimo, 01 (um) elevador nas edificações
residenciais multifamiliares com mais de 04 (quatro) pavimentos.
§ 1º Nas edificações residenciais multifamiliares, com até 04 (quatro) pavimentos, é
obrigatório prever nos projetos e na execução das obras, a área para futura instalação de
equipamento eletromecânico de deslocamento vertical
§ 2º Para efeito de cálculo o número de pavimentos, deverá ser considerado o art. 22 e o
Anexo 10, que trata do cálculo de número de pavimentos.
§ 3º Os espaços de acesso ou circulação às portas dos elevadores deverão ter dimensão
não inferior a 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) medida perpendicularmente ás
portas dos elevadores.
§ 4º Quando a edificação tiver mais de um elevador, as áreas de acesso aos mesmos
devem estar interligadas em todos os pavimentos.
§ 5º Os elevadores não poderão ser o único meio de acesso aos pavimentos superiores de
qualquer edificação.
§ 6º O sistema mecânico de circulação vertical (número de elevadores, cálculo de tráfego e
demais características) está sujeito às normas técnicas da Associação Brasileira de Normas
Técnicas - ABNT, sempre que for instalado, e deve possuir um responsável técnico
legalmente habilitado.
§ 7º Não será exigido que o último pavimento seja acessível por elevador, quando este for
uso exclusivo do penúltimo, casa de máquinas e reservatórios.
SEÇÃO IX
Das Chaminés
Art. 108. As chaminés para uso industrial deverão elevar-se pelo menos, a 5m (cinco
metros) acima do ponto mais alto das coberturas de edificações existentes, na data de
aprovação do projeto, dentro de um raio de 50m (cinquenta metros) a partir do centro da
chaminé.
Parágrafo único. As chaminés não deverão expelir fagulhas, fuligem ou outras partículas
que fiquem em suspensão na atmosfera, para tanto, deverão dispor, se necessário, de
equipamento especial para conter tais efeitos.
Art. 109. Os trechos das chaminés compreendidos entre o forro e o telhado, bem como os
que atravessarem ou ficarem justapostos a paredes, forros ou outros elementos, devem ser
construídos em material isolante térmico.
Art. 110. As chaminés e o corpo das churrasqueiras, lareiras, fornos e fogões à lenha e
aquelas destinadas à exaustão de gases em geral deverão:
I - guardar o afastamento mínimo de 0,70m (setenta centímetros) das divisas do terreno;
II - elevar-se, pelo menos, a 1m (um metro) acima da cobertura da parte da edificação onde
estiverem situadas.
CAPÍTULO V
Das Condições Gerais Relativas às Edificações
SEÇÃO I
Do Terreno e das Fundações
Art. 111. Sem prévio saneamento do solo, nenhuma edificação poderá ser construída sobre
o terreno:
I - úmido, pantanoso ou alagadiço, ou ainda, instável;
II - misturado com substância orgânica ou tóxica.
§ 1º Sobre antigos depósitos de lixo é proibido qualquer tipo de edificação envolvendo uso
humano ou animal.
§ 2º Os trabalhos de saneamento deverão ficar sob a responsabilidade de profissional
legalmente habilitado e comprovado através de laudo técnico a ser apresentado ao órgão
competente da Administração Municipal.
Art. 112. As fundações serão executadas de modo que a carga sobre o solo não ultrapasse
os limites indicados na especificação da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.
Parágrafo único. As fundações não poderão invadir o leito da via pública, devendo ser
executadas de maneira que não prejudiquem os imóveis vizinhos, sejam totalmente
independentes e situados dentro dos limites do lote.
SEÇÃO II
Das Escavações e Aterros
Art. 113. Nas escavações e aterros deverão ser adotadas medidas de segurança para evitar
o deslocamento de terra nas divisas do lote em construção ou eventuais danos às
edificações vizinhas.
Art. 114. No caso de escavações e aterros de caráter permanente, que modifiquem o perfil
do lote, o proprietário e o responsável técnico é obrigado a proteger as edificações lindeiras
e o logradouro público, com obras de proteção contra o deslocamento de terra.
Art. 115. Somente será permitida a escavação em terrenos ou lotes urbanos para
construção de edificações com pavimento em subsolo quando houver projeto aprovado com
licença de construção expedida.
SEÇÃO III
Dos Recuos e Muros de Divisas
Art. 116. Os recuos das edificações construídas no Município deverão estar de acordo com
o disposto na Lei do Zoneamento e de Uso e Ocupação do Solo Urbano e Rural do
Município.
Art. 117. Os edifícios situados nos cruzamentos dos logradouros públicos, em terrenos de
esquina, onde for permitido construir junto ao alinhamento predial ou sem exigência do recuo
frontal obrigatório, serão projetados, de modo que, no pavimento térreo deixem livre um
canto chanfrado de 2,00m (dois metros), em cada testada, a partir do ponto de encontro das
duas testadas.
Parágrafo único. Será passível a colocação de pilar no encontro das testadas, desde que
não prejudique a visibilidade nas esquinas através do canto chanfrado.
Art. 118. Os muros de divisas de terreno terão altura mínima de 1,50m (um metro e
cinquenta centímetros).
Parágrafo único. Os muros dos terrenos de esquina deverão prever um canto chanfrado
com 2,00 m (dois metros) em cada alinhamento/testada.
SEÇÃO XX
Da Classificação dos Compartimentos
Art. 119. Para efeitos da presente Lei, o destino dos compartimentos não será considerado
apenas por denominação em planta, também, por sua finalidade lógica decorrente da
disposição no projeto, conforme Anexo 03 – Da Classificação dos Compartimentos.
Art. 120. Os compartimentos serão classificados em:
I - de permanência prolongada noturna;
II - de permanência prolongada diurna;
III - de utilização transitória;
IV - utilização especial.
SEÇÃO V
Das Condições a que devem satisfazer os compartimentos
SEÇÃO X
Das Aberturas ou Vãos para Iluminação e Ventilação
Art. 123. Salvo os casos expressos, todo o compartimento terá aberturas para o exterior ou
poços de luz, satisfazendo as prescrições desta Lei.
Parágrafo único. As aberturas deverão ser dotadas de dispositivos que permitam a
renovação do ar, com pelo menos 50% (cinquenta por cento) da área mínima exigida.
Art. 124. O total da superfície dos vãos das aberturas para o exterior, em cada
compartimento, não poderá ser inferior ao disposto na tabela denominada “parâmetros
mínimos para compartimentos”, apresentados nos Anexos 04 e 05 desta Lei.
Art. 125. Quando os compartimentos tiverem aberturas para ventilação e iluminação sob
varanda, alpendre, terraço ou qualquer cobertura, a área do vão iluminante natural deverá
ser acrescida de mais 25% (vinte e cinco por cento), além do mínimo exigido nos Anexos 04
e 05 desta Lei.
Art. 126. Os compartimentos de utilização transitória poderão ser ventilados por dutos
formados por rebaixo de laje, ou dutos verticais na edificação ser for projetado e executado
com equipamento para ventilação forçada (mecânica).
Art. 127. O local das escadas será dotado de janelas em cada pavimento.
§ 1º Será permitida a ventilação de escadas através de poços de ventilação, ou por lajes
rebaixadas.
§ 2º Será tolerada a ventilação de escadas, no pavimento térreo, através do corredor de
entrada.
§ 3º Em nenhum caso as escadas poderão contrariar as disposições Código de Segurança
Contra Incêndio e Pânico do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná.
Art. 128. Poderá ser dispensada a abertura de vãos para o exterior em cinemas, auditórios,
teatros, ambientes da área de saúde e, em estabelecimentos industriais e comerciais (lojas),
desde que:
I - sejam dotados de instalações para troca de ar e equipamentos para climatização, cujo
projeto completo elaborado por profissional competente será apresentado juntamente com o
projeto arquitetônico para fins de licença de construção;
II - tenham iluminação artificial conveniente;
III - possuam gerador elétrico próprio.
SEÇÃO XI
Das Áreas, Reentrâncias e Poços de Ventilação
SEÇÃO VI
Dos Sótãos, Subsolos e Porões
Art. 133. Os sótãos, subsolos e porões sujeitam-se as exigências deste Código, em função
da destinação dada aos seus compartimentos.
Art. 134. As edificações com pavimento em subsolo ou porões, deverá ser observado seu
uso/utilização para computar ou não como pavimento, conforme Anexo 10 – Dos Índices
Urbanísticos e Área Construída.
SEÇÃO VII
Das Edículas
Art. 135. É permitida a construção de edícula, na divisa lateral/ fundo de lote e será incluída
no cálculo da taxa de ocupação.
SEÇÃO VIII
Dos Jiraus, Mezaninos ou Sobrelojas
Art. 136. É permitida a construção de jiraus, mezaninos ou sobrelojas desde que atendido o
disposto para os parâmetros mínimos para compartimentos nos Anexos 04 e 05.
Art. 137. Os jiraus, mezaninos ou sobreloja deverão ser construídos de maneira a
atenderem as seguintes condições:
I - ter parapeito ou guarda-corpo;
II - ter escada fixa de acesso;
III – possuírem acessibilidade plena e equipamentos para acesso vertical conforme normas
vigentes.
SEÇÃO IX
Da Subdivisão dos Compartimentos
SEÇÃO X
Das Áreas de Estacionamento de Veículos
Art. 142. Em todas as edificações será obrigatório prever área de estacionamento interno
para veículos obedecendo às disposições do Anexo 06 – Vagas de Estacionamento ou
Garagem.
Parágrafo único. Somente nas edificações escolares não será exigido vaga interna para
estacionamento.
SEÇÃO XI
Das Áreas de Recreação
CAPÍTULO VI
Das Instalações em Geral
Art. 144. As instalações hidrossanitárias, elétricas, de gás, de antenas coletivas, dos para-
raios, de proteção contra incêndio e telefônicas, deverão estar de acordo com as normas e
especificações da associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, salvo aos casos
previstos nas seções deste Capítulo, onde prevalecerá o determinado por este Código, por
força de Lei.
Parágrafo único. As entradas ou tomadas das instalações prediais referidas no caput
deste artigo, deverão obedecer as normas técnicas exigidas pelas concessionárias locais.
Art. 145. Em todas as edificações previstas neste Código, excetuando residências
unifamiliares, será obrigatório prover de instalações e equipamentos de proteção contra
incêndio, de acordo com as prescrições das normas das ABNT - Associação Brasileira de
Normas Técnicas e da legislação específica do Corpo de Bombeiros.
Art. 146. É vedado às concessionárias de serviços públicos realizarem a ligação da rede
elétrica ou de água sem a Licença de Construção para edificar/construir nos lotes
urbanos/terrenos privados ou não loteados, devidamente aprovado na Prefeitura.
SEÇÃO I
Das Instalações de Águas Pluviais
Art. 147. Em qualquer edificação, o terreno será preparado para permitir o escoamento das
águas pluviais, dentro dos limites do lote.
§ 1º O escoamento das águas pluviais será executado através de canalização embutida nos
passeios e lançado em rede pluvial ou, quando inexistente, em sarjetas.
§ 2º Não será permitido canalizar as águas pluviais para as sarjetas, onde houver rede
pluvial.
§ 3º As despesas com a execução da ligação às galerias pluviais correrão integralmente por
conta do interessado.
§ 4º A ligação será concedida a título precário, cancelável a qualquer momento pela
Prefeitura caso haja qualquer prejuízo ou inconveniência.
§ 5º Os proprietários dos terrenos urbanos devem priorizar a drenagem urbana para as
águas pluviais através das áreas permeáveis exigidas pela Lei de Uso e Ocupação do Solo
Urbano e Rural.
Art. 148. Nas edificações construídas no alinhamento, as águas pluviais provenientes de
telhados, balcões e marquises deverão ser captadas por meio de calhas e condutores.
Parágrafo único. Os condutores nas fachadas lindeiras à via pública serão embutidos até a
altura mínima de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros), acima do nível de passeio.
Art. 149. Não será permitida a ligação de condutores de águas pluviais à rede de esgotos
pública.
Art. 150. Para a edificação de obras novas ou reformas, deverão ser executados
reservatórios para a acumulação das águas pluviais como condição para a obtenção da
Licença de Construção e ou do Habite-se.
Art. 151. A capacidade do(s) reservatório(s) deverá ser calculada com base na área de
captação, soma das áreas de cobertura e das áreas pavimentadas para uma precipitação a
ser definida em regulamentação própria.
§ 1º Deverá ser instalado um sistema que conduza toda água captada por telhados,
coberturas, terraços e pavimentos descobertos ao(s) reservatório(s).
§ 2º A água contida pelos reservatórios deverá preferencialmente ser reutilizada para
finalidades não potáveis, não sendo possível poderá infiltrar-se no solo, ou ainda ser
despejada na rede pública de drenagem após a chuva.
§ 3º O reservatório deverá ser construído de acordo com as normas técnicas da ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas).
SEÇÃO II
Das Instalações Hidrossanitárias
Art. 152. Todas as edificações em lotes com frente para logradouros que possuam rede de
água potável e de esgoto deverão obrigatoriamente servir-se dessas redes.
Art. 153. Quando na rua não houver rede de água, a edificação deverá possuir poço
adequado para seu abastecimento, devidamente protegido contra infiltrações de águas
servidas.
Art. 154. Quando a rua não possuir rede de esgoto, a edificação deverá ser dotada de fossa
séptica cujo efluente será lançado em poço absorvente, conforme definido em norma
específica da ABNT.
§ 1º É proibida a construção de fossas em logradouro público.
§ 2º As fossas deverão ser construídas sobre o afastamento frontal com derivação domiciliar
de modo a permitir a sua futura ligação à rede de esgotos e distar do alinhamento da(s)
testada(s) e das divisas, no mínimo 2m (dois metros).
Art. 155. Toda a unidade residencial deverá possuir, no mínimo, um vaso sanitário, um
chuveiro, um lavatório, uma pia de cozinha e um tanque que deverão ser ligados à rede
geral de esgoto ou a fossa séptica.
Art. 156. A tubulação hidrossanitária da edificação deverá ser projetada e executada em
conformidade com o disposto nas normas técnicas brasileiras e visando a sustentabilidade
dos recursos hídricos.
Art. 157. Não será permitida a ligação de canalização de esgoto ou de águas servidas às
sarjetas ou galerias de águas pluviais.
Art. 158. Quando inexistirem soluções coletivas para esgotamento e abastecimento d'água,
os sumidouros ou poços absorventes deverão ficar a uma distância mínima de 20,00m (vinte
metros) do poço de captação de água, situados no mesmo terreno ou em terreno vizinho.
Parágrafo único. O poço de captação de água deverá estar localizado em cota superior à
do sumidouro.
Art. 159. Toda edificação deverá dispor de reservatório elevado de água potável com tampa
e dimensionamento de forma a atender ao consumo dos seus ocupantes pelo período
mínimo de 02 (dois) dias.
SEÇÃO III
Das Instalações Hidrossanitárias para Sustentabilidade dos Recursos Hídricos
Art. 160. As novas edificações deverão visar a sustentabilidade dos recursos hídricos,
promovendo a adoção de medidas para o uso racional da água no Município de Medianeira.
Art. 161. Os sistemas hidrossanitários das novas edificações serão projetados para visar o
conforto e segurança dos seus usuários, aliado a proteção dos recursos hídricos.
Art. 162. Nas ações de Conservação, Uso Racional e de Conservação da Água nas
Edificações, serão utilizados aparelhos e dispositivos para economia de água, tais como:
I - bacias sanitárias com dispositivo para reduzir volume de descarga;
II - chuveiros e lavatórios de volumes fixos de descarga;
III - torneiras dotadas de arejadores.
Parágrafo único. Nas edificações em condomínio, ou mais de uma unidade residencial,
comercial, prestadora de serviços, além dos dispositivos previstos neste artigo, prever e
instalar hidrômetros para medição individualizada do volume gasto por unidade.
Art. 163. As ações de utilização de fontes alternativas compreendem:
I – a captação, armazenamento e utilização de água proveniente das chuvas; e
II – a captação, armazenamento e utilização de águas servidas.
Art. 164. A água das chuvas será captada na cobertura das edificações e encaminhada a
uma cisterna ou tanque, podendo haver reservatórios superiores, para ser utilizada em
atividades que não requeiram o uso de água tratada, proveniente da rede pública de
abastecimento, tais como:
I - rega de jardins e hortas;
II - lavagem de roupa;
III - lavagem de veículos;
IV - lavagem de vidros, calçadas e pisos;
V - vasos sanitários.
Art. 165. As águas servidas provenientes da utilização no tanque, máquina de lavar,
chuveiro ou banheira serão direcionadas, através de encanamento próprio, a reservatório
destinado a abastecer as descargas dos vasos sanitários e, apenas após tal utilização, será
descarregada na rede pública de esgotos.
Art. 166. Estas ações para combater o desperdício quantitativo de água compreenderão
ações voltadas à conscientização da população através de campanhas educativas quanto
ao uso abusivo da água, métodos de conservação e uso racional da mesma.
Art. 167. Os profissionais da engenharia e arquitetura terão que encaminhar os novos
projetos para Licença de Construção especificando as ações exigidas para uso racional das
águas nos projetos arquitetônicos que deverão ser seguidas pelo projeto hidrossanitário.
§ 1º Os projetos arquitetônicos para obras habitação multifamiliar ou coletiva, edificações
comerciais, de serviços,industriais ou mistas, devem apresentar locação e especificação
do(s) sistema(s) adotado(s) para uso racional das águas, bem como o uso da água das
chuvas na edificação.
§ 2º Para obras residenciais unifamiliares também será exigida a adoção de sistema para
aproveitamento das águas das chuvas, devendo apresentar no projeto arquitetônico a
locação, especificação e o uso dessa água na residência ou no terreno.
§ 3º Fica passível ao proprietário adotar sistema de reutilização das águas servidas, devido
o sistema de utilização das águas das chuvas, ser mais econômico e sanitariamente mais
adequado.
§ 4º Fica passível ao proprietário adotar ou não o sistema de utilização das águas das
chuvas, quando a área edificada no terreno não passar de 100,00m² (cem metros
quadrados) e, houver pelo menos 50% de área permeável no terreno.
Art. 168. As cisternas para armazenamento das águas das chuvas coletadas pela edificação
devem ser locadas, preferencialmente, no nível da rua (via pública) que possibilite o
escoamento do excedente por gravidade para as galerias pluviais.
Parágrafo único. Nos casos em que a cisterna for prevista no projeto em pavimento subsolo
e abaixo do nível das galerias pluviais, o profissional responsável pelo projeto arquitetônico
deverá apresentar especificação para solução do destino do excedente das águas pluviais.
Art. 169. O não cumprimento das disposições da presente lei implicará na negativa de
concessão da Licença de Construção requerida e a não execução, mesmo previsto em
projeto, implicará na negativa da expedição do habite-se da obra.
SEÇÃO IV
Das Instalações para Depósitos de Lixo
SEÇÃO V
Das Instalações Elétricas
SEÇÃO VI
Das Instalações de Gás
Art. 173. As canalizações a gás serão executadas de acordo com o que dispuserem as
normas da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.
§ 1º É obrigatória a instalação de chaminés para descarga no espaço exterior dos gases de
combustão dos aquecedores de gás, executada de acordo com as normas da ABNT -
Associação Brasileira de Normas Técnicas.
§ 2º Nos edifícios que não forem dotados de instalações centrais de gás, será obrigatória a
previsão, nos apartamentos, de locais, com ventilação permanente, para a colocação do
botijão de gás, se Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Corpo de Bombeiros
Militar do Paraná assim permitir.
SEÇÃO VII
Das Instalações de Para-Raios
Art. 174. Será obrigatória a instalação de para-raios nos edifícios em que se reúnem grande
número de pessoas ou que contenham objetos de grande valor, como escolas, fábricas,
hospitais, quartéis, cinemas e semelhantes. Também será obrigatória a instalação em
fábricas ou depósitos de explosivo ou inflamáveis, em torres ou chaminés elevadas, em
construções isoladas e muito expostas, de acordo com as normas da ABNT - Associação
Brasileira de Normas Técnicas e do Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do
Corpo de Bombeiros Militar do Paraná.
SEÇÃO VIII
Das Instalações Telefônicas
CAPÍTULO VII
Das Edificações Residenciais
SEÇÃO I
Disposições Gerais
Art. 179. As edificações residenciais, tanto verticais como horizontais classificam-se em:
I - Unifamiliares;
II – Multifamiliares.
§ 1º As edificações unifamiliares são todas aquelas que possuem acesso individual,
podendo ser geminadas.
§ 2º As edificações multifamiliares são todas aquelas que possuem acesso comum, com no
mínimo, duas unidades habitacionais.
Art. 180. As residências poderão ter dois ou mais compartimentos conjugados, desde que o
compartimento resultante tenha, no mínimo, a soma das dimensões mínimas exigidas para
cada um deles.
Art. 181. Toda a habitação deverá dispor, pelo menos, de um dormitório, uma cozinha e um
compartimento sanitário.
Art. 182. Não será permitida a comunicação direta, através de porta ou janela, das cozinhas
com sanitários.
Art. 183. Para cada compartimento das edificações residenciais são definidas a área mínima
do piso do compartimento, as áreas mínimas para aberturas para ventilação e iluminação, o
diâmetro mínimo do compartimento, o pé direito mínimo, a largura das portas mínimas, os
revestimentos de suas paredes e de seu piso, e observações conforme tabela constante do
anexo 04 - Parâmetros Mínimos dos Compartimentos – Residências.
SEÇÃO II
Dos Edifícios Multifamiliares
Art. 184. Além de outras disposições do presente Código que lhes forem aplicáveis, os
edifícios multifamiliares deverão obedecer as seguintes condições:
I - possuir local acessível para coleta de lixo, com terminal e armazenamento, interno ao
lote;
II - possuir canalização própria para extinção de incêndio bem como todos os detalhes
previstos no projeto aprovado no órgão competente.
SEÇÃO III
Habitações Populares
Art. 185. Para casas populares de área acima de 70m² (setenta metros quadrados) deverão
ser atendidas as exigências de área mínima para os Compartimentos conforme Anexo 04 -
Parâmetros Mínimos dos Compartimentos – Residências.
Art. 186. Para casas populares com área inferior a 70m² (setenta metros quadrados) fica a
cargo do departamento competente da Prefeitura decidir quais os parâmetros mínimos dos
compartimentos levando em consideração a área total da edificação.
CAPÍTULO VIII
Das Edificações Comerciais
SECÃO I
Do Comércio Em Geral
SEÇÃO II
Dos Restaurantes, Bares, Cafés, Confeitarias, Lanchonetes e Congêneres
CAPÍTULO IX
Das Edificações Industriais
Art. 194. As edificações destinadas à indústria em geral, fábricas e oficinas, além das
disposições constantes na Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, normas da ABNT e
Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego pertinentes a cada caso,
deverão:
I - ser de material incombustível, tolerando-se o emprego de madeira ou outro material
combustível apenas nas esquadrias e estruturas de cobertura;
II - ter os dispositivos de segurança contra incêndio e pânico de conformidade com as
determinações do CSCIP – Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Corpo de
Bombeiros Militar do Paraná;
III - quanto ao pé-direito deverá obedecer, no que couber, o Anexo 05 ou legislação
específica;
IV - Quando seus compartimentos forem destinados à manipulação ou depósito de
inflamáveis, os mesmos deverão localizar-se em lugar convenientemente separados, de
acordo com normas específicas relativas à segurança na utilização de inflamáveis líquidos
ou gasosos, ditados pelos órgãos competentes.
Art. 195. Os fornos, máquinas, caldeiras, estufas, fogões ou quaisquer outros aparelhos
onde se produza ou concentre calor deverão ser dotados de isolamento térmico, admitindo-
se, desde que não contrarie normas específicas:
I - uma distância mínima de 1,00m (um metro) do teto, sendo esta distância aumentada para
1,50m (um metro e cinquenta centímetros), pelo menos, quando houver pavimento
superposto;
II - uma distância mínima de 0,70m (setenta centímetros) das paredes da própria edificação
ou das divisas do terreno/edificações vizinhas.
CAPÍTULO X
Das Edificações Especiais
SEÇÃO I
Das Escolas e Estabelecimentos Congêneres
SEÇÃO II
Dos Hotéis e Congêneres
SEÇÃO III
Dos Locais de Reunião e Salas de Espetáculos
Art. 200. As edificações destinadas a auditórios, cinemas, teatros, salões de baile, ginásio
de esportes, templos religiosos e similares, deverão atender as seguintes disposições:
I - ter instalações sanitárias separadas para cada sexo, com as proporções mínimas
conforme Anexo 09;
II - para efeito de cálculo do número de pessoas será considerado, quando não houver
lugares fixos a proporção de 1,00m² (metro quadrado) por pessoa, referente a área
efetivamente destinada as mesmas.
III - as portas deverão abrir de dentro para fora e atender ao disposto no Código de
Segurança Contra Incêndio e Pânico do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná;
IV - os corredores de acesso e escoamento, cobertos ou descobertos, terão largura mínima
para atender ao disposto no Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Corpo de
Bombeiros Militar do Paraná;
V - as circulações internas à salas de espetáculos deverão atender ao disposto no CSCIP -
Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná.
VI - quando o local de reunião ou salas de espetáculos estiver situado em pavimento que
não seja térreo, a circulação vertical através de escadas, rampas, plataformas ou elevadores
deverão obedecer às condições do Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do
Corpo de Bombeiros Militar do Paraná e da NBR 9050 – Norma Brasileira da ABNT –
Associação Brasileira de Normas Técnicas.
SEÇÃO IV
Dos Ginásios de Esportes
Art. 201. As edificações destinadas a ginásio de esportes, além das disposições da presente
Lei que lhes forem aplicáveis deverão:
I - ser construídos de material incombustível, admitindo-se o emprego de madeira ou outro
material combustível nas esquadrias, no revestimento do piso, como também, na estrutura
da cobertura e nas arquibancadas, desde que o espaço sob estas não seja utilizado;
II - ter superfície de ventilação, no mínimo, igual a 1/10 (um décimo) da área do piso;
III - ter instalações sanitárias de uso público, com fácil acesso para ambos os sexos, nas
relações previstas no Anexo 08 desta Lei;
IV - ter instalações sanitárias para uso exclusivo dos atletas, separadas por sexo,
obedecendo às relações previstas no Anexo 08 desta Lei;
V - ter instalação preventiva contra incêndio de acordo com o que dispuser a ABNT -
Associação Brasileira de Normas Técnicas e as normas do Corpo de Bombeiros.
Parágrafo único. Em ginásio de estabelecimentos de ensino, poderão ser dispensadas as
exigências constantes dos incisos III e IV do presente artigo, quando houver possibilidade de
uso de sanitários existentes no estabelecimento, desde que atendidas normas pertinentes.
SEÇÃO V
Dos Hospitais, Clínicas, Consultórios e Congêneres
SEÇÃO VI
Das Oficinas Mecânicas, Postos de Serviços e Abastecimento para Veículos e Motos
Art. 204. As edificações destinadas a oficinas mecânicas ou chapeação deverão ter área,
coberta ou não, capaz de comportar os veículos e motos em reparo.
Art. 205. Os postos de serviços destinam-se às atividades de abastecimento, lubrificação,
limpeza e lavagem de veículos, que podem ser exercidos em conjunto ou isoladamente.
Art. 206. A instalação de dispositivos para abastecimento de combustíveis será permitida
somente em postos de serviços, garagens comerciais, estabelecimentos comerciais e
indústrias, empresas de transporte e entidades públicas.
Art. 207. Nas edificações destinadas a postos de serviços ou naquelas que possuam
abastecimento de veículos destinado à frota própria, deverá ser atendido o que segue:
I - os tanques enterrados deverão estar afastados entre si, no mínimo, 1,00m (um metro), e
instalados à profundidade mínima de 1,00m (um metro);
II - os tanques de armazenamento e as bombas de abastecimento deverão obedecer
afastamentos mínimos de 4,00m (quatro metros) do alinhamento e das divisas do lote,
observados os recuos da Lei de Uso e Ocupação do Solo Urbano e Rural do Município;
III - os acessos de veículos e rebaixamento de meios-fios deverão ser limitados a uma
entrada e saída com largura máxima de 6m (seis metros), mesmo que a localização seja em
terreno de esquina e esteja prevista mais de uma fila de veículos para abastecimento
simultâneo e não será permitido acesso ou saída pela esquina do terreno;
IV- quando os serviços de lavagem e lubrificação estiverem localizados a menos de 4,00m
(quatro metros) do alinhamento ou das divisas do lote, deverão os mesmos estar em
recintos cobertos e fechados nestas faces;
V - haverá calha coletora, coberta com grelha, em toda a extensão dos limites do lote onde
não houver muro de vedação;
VI - deverão ser executadas construções e instalações de tal forma que os vizinhos ou
logradouros públicos não sejam atingidos pelos vapores, jatos e aspersão de água ou óleo
originados dos serviços de abastecimento, lubrificação ou lavagem;
VII - vestiário e instalação sanitária com chuveiro para uso dos empregados;
VIII - instalação sanitária para os usuários, separada da dos empregados.
Parágrafo único. As bombas de combustíveis e os tanques enterrados não poderão ser
instaladas nos passeios ou qualquer logradouro público.
Art. 208. Os postos de serviços só poderão ser construídos em terrenos com área superior a
500,00m² (quinhentos metros quadrados) e testada mínima de 20,00m (vinte metros).
Art. 209. As instalações para lavagem, ou lubrificação, deverão obedecer também às
seguintes condições:
I - estar localizadas em compartimentos cobertos, e fechadas em 02 (dois) de seus lados, no
mínimo;
II - ter as partes internas das paredes, revestidas de material impermeável, liso e resistente a
frequentes lavagens até a altura de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros), no mínimo;
III - ter pé direito mínimo de 3,00m (três metros) ou de 4,50m (quatro metros e cinquenta
centímetros) quando houver elevador para veículo;
IV - ter as paredes externas fechadas em toda a altura ou ter caixilhos fixos sem aberturas;
V - ter filtro de areia destinado a reter óleos e graxas provenientes da lavagem de veículos,
localizado antes do lançamento no coletor de esgoto.
Art. 210. Os postos situados às margens das estradas de rodagem poderão ter dormitórios
ou serviços de hospedagem localizados em edificação isolada, distante 10,00m (dez
metros), no mínimo, de sua área de serviço, obedecidas as prescrições deste Código,
referentes aos hotéis e congêneres.
Art. 211. A exploração da atividade de revenda de combustíveis para automóveis depende
da obtenção de registro e autorização de funcionamento, junto à Agência Nacional do
Petróleo - ANP.
Art. 212. Os depósitos de combustível dos postos de serviços e abastecimento deverão
obedecer as normas da ANP - Agência Nacional do Petróleo, da ABNT, Normas
Regulamentadoras e demais legislação pertinente.
Art. 213. Os postos de serviço e abastecimento deverão dispor de equipamentos contra
incêndio e pânico, de conformidade com as exigências do Conselho Nacional do Petróleo –
CNP e do CSCIP - Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Corpo de Bombeiros
Militar do Paraná.
SEÇÃO VII
Dos Depósitos e dos Almoxarifados
SEÇÃO VIII
Dos Depósitos de Inflamáveis
SEÇÃO IX
Dos Depósitos de Explosivos
Art. 218. Os pedidos de aprovação dos projetos para construção de depósitos de explosivos
ficam condicionados à permissão prévia do Ministério da Defesa Exército Brasileiro, cuja
autorização deverá fazer parte integrante do processo.
Art. 219. As edificações destinadas a depósitos, manuseios e armazenagem de explosivos,
além das disposições da presente Lei que lhes forem aplicáveis, devem atender:
I – a Portaria 18-D Log, de 07 de novembro de 2005 do Ministério da Defesa do Exército
Brasileiro – Departamento de Logística que aprova as Normas Administrativas relativas às
atividades com explosivos e seus acessórios;
II – a NR-19 Norma Regulamentadora 19 do Ministério do Trabalho e Emprego no que se
refere a depósitos, manuseio e armazenagem de explosivos;
III - ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas;
IV - CSCIP – Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Corpo de Bombeiros Militar
do Paraná.
Art. 220. Somente será permitido este tipo de construção fora do perímetro urbano e
afastado, no mínimo, de 50m (cinquenta metros) das demais construções e também
observando distanciamento de armazenagem permitido pela NR-19 e demais normas
pertinentes.
CAPÍTULO XI
Das Edificações Mistas
Art. 221. Caracteriza-se a edificação mista pela exigência de:
I - superposição ou intercalação de andares com usos diversos;
II - área ou instalações comuns a diferentes usos;
III - possuírem acesso independente.
Parágrafo único. Uma mesma edificação somente poderá conter diferentes usos, quando
nenhum deles puser em risco a segurança, higiene e salubridade dos usuários, nem lhes
causar incômodo, além de serem admitidos pela legislação municipal sobre o uso do solo.
Art. 222. As exigências previstas nesta Seção referem-se ao agrupamento, na mesma
edificação, de diferentes usos, autônomos ou distintos, não alcançando as destinações
notoriamente assessoriais do uso principal da edificação, tais como:
I - residência do guarda ou zelador, em edificações não residenciais;
II – restaurantes, lanchonetes ou bares de utilização restrita ou privativa em hospitais,
escolas, indústrias e outras;
III - ambulatórios ou serviços de saúde em edificações para escolas, locais de reuniões
esportivas, oficinas, indústrias e outras atividades;
IV - depósito de combustível em oficina, indústrias e outras atividades.
Art. 223. Para aprovação dos projetos de edificações de uso misto, além das disposições
deste Código que lhes forem aplicáveis em cada caso, deverão ser dotadas de:
I - reservatório de água, de acordo com as exigências do órgão ou empresa encarregado do
abastecimento de águas, totalmente independente da parte residencial, quando houver;
II - acessos independentes para cada tipo de uso.
Art. 224. A aprovação dos projetos de edificação de que trata esta Seção ficará sujeita a Lei
do Zoneamento e de Uso e Ocupação do Solo Urbano e Rural do Município.
CAPÍTULO XII
Das Instalações Complementares
SEÇÃO I
Das Passagens Cobertas
Art. 226. Será admitida a construção de coberturas sem vedações laterais, para proteção de
passagens entre blocos ou edificações ou entre o alinhamento e as entradas das edificações
desde que:
I - tenham pé direito mínimo de 2,10m (dois metros e dez centímetros);
II - tenham largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros);
III - não sejam executadas nas áreas de afastamento mínimo obrigatório das divisas laterais;
IV - não impeçam a iluminação e a ventilação obrigatória dos compartimentos;
V - quando construídas sobre as áreas de afastamento frontal, a largura máxima permitida
seja 2,50 m (dois metros e cinquenta centímetros), utilizando estruturas leves.
§ 1º Não serão permitidos toldos ou outras construções cobertas com estrutura fixa sobre o
passeio público.
§ 2º A cobertura frontal das edificações sobre os passeios públicos, será sempre em balanço
e deverá atender o disposto sobre corpos avançados permitidos nesta Lei.
§ 3º Será admitida a construção de passagens cobertas junto às divisas laterais, se a parede
na divisa for cega e a inclinação da cobertura sobre a passagem coberta tenha caimento
para o terreno.
§ 4º Nas edificações destinadas para escolas e centros de educação infantil poderá ser
projetado e executado acesso coberto no recuo frontal obrigatório e entre blocos com largura
e pé-direito específicos para cada caso, obedecidas às demais restrições desta Lei.
SEÇÃO II
Das Portarias, das Guaritas e das Bilheterias
Art. 227. As guaritas e bilheterias, quando justificadas pela categoria da edificação, poderão
ser construídas na área de recuo/afastamento obrigatório e obedecerão ao disposto neste
Código e legislação pertinente.
SEÇÃO III
Dos Parques de Diversões e Circos
Art. 228. Os parques de diversões e circos deverão ter um afastamento mínimo de 100,00m
(cem metros) de escolas, bibliotecas, hospitais, casa de saúde, asilos e outras edificações
de utilização semelhante.
§ 1º As licenças para instalação serão concedidas mediante requerimento acompanhado de
indicação do local e ART do profissional responsável pelas instalações dos parques de
diversões e circos.
§ 2º Os parques de diversões e circos não poderão ser franqueados ao público sem vistoria
do departamento competente da Prefeitura Municipal e do Corpo de Bombeiros.
Art. 229. Os circos deverão possuir saídas proporcionais à lotação máxima e equipamentos
de segurança contra incêndio e pânico, conforme CSCIP - Código de Segurança Contra
Incêndio e Pânico do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná.
SEÇÃO IV
Das Piscinas de Natação
Art. 230. As piscinas deverão ser construídas conforme dispõe o Código de Saúde do
Paraná e demais normas pertinentes.
Art. 231. Para efeito de aplicação da presente Lei, as piscinas serão classificadas em duas
categorias:
a) piscinas de uso coletivo: quando destinadas ao uso do público em geral, a membros de
instituições públicas ou privadas, ou moradores de uma habitação coletiva;
b) piscinas particulares: quando em residência unifamiliar, para uso de seus moradores.
§ 1º As piscinas sejam de uso coletivo ou particular, deverão observar afastamento de, no
mínimo, 1,00m (um metro) das divisas.
§ 2º As piscinas podem ser construídas no recuo frontal obrigatório.
Art. 232. As piscinas em geral deverão satisfazer as seguintes condições:
I - revestimento interno de material impermeável, de superfície lisa e de cor clara, que
possibilite a visualização total do fundo do tanque;
II - fundo com declividade adequada, sem reentrâncias, saliências ou degraus, para se evitar
acidentes;
III - lava-pés, com solução desinfetante, e chuveiros em todos acessos dos usuários à área
do tanque, quando de uso coletivo;
IV - dispositivos que produzam circulação uniforme da água;
V - vestiários, instalações sanitárias e chuveiros separados para cada sexo, quando de uso
coletivo;
VI - dispositivo que impeça o refluxo das águas da piscina para a rede de abastecimento;
VII - ter aparelhamento para tratamento e renovação d'água.
CAPÍTULO XIII
Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos
Art. 233. As edificações destinadas ao uso público deverão atender o disposto na NBR 9050
da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas para se adequar às pessoas com
deficiência ou mobilidade reduzida, bem como demais normas técnicas e legislação
pertinentes, principalmente:
I – NBR 9050/2004 – Acessibilidade a edificações, espaços, mobiliário, espaços e
equipamentos urbanos;
II - Decreto Federal nº 5.296 de 02 de dezembro de 2004 que regulamenta as Leis Federais
citadas nos incisos VI e VII quanto a aprovação de projetos arquitetônicos e urbanísticos ou
qualquer obra que tenha destinação pública ou coletiva;
III – NBR 9283/86 – Mobiliário Urbano;
IV – NBR 9284/86 – Equipamento Urbano;
V - NBR 13994/00 – Elevadores de passageiros – elevadores para transporte de pessoa
com deficiência;
VI – NBR 9077/01 – Saídas de emergência em edifícios;
VII - Lei Federal nº 10.048 de 08 de novembro de 2000;
VIII - Lei Federal nº 10.098 de 19 de dezembro de 2000;
IX - NBR 12892/93 – Projeto, fabricação e instalação de elevador unifamiliar;
X - NBR 13994/00 – Elevadores de passageiros – elevadores para transporte de
pessoa com deficiência;
XI - ISO/DIS 9386-1 – Plataforma elevatória com acionamento mecânico para pessoas
com mobilidade prejudicada – normas de segurança, dimensões e funcionamento;
§ 1º A expressão “pessoas com deficiência” e a sigla “PcD” se equivalem para designar
pessoas que tem deficiência.
§ 2º Alterações ou atualizações das normas estaduais e federais sobre acessibilidade
deverão ser levadas em consideração para aplicação desta Lei.
Art. 234. Atribuir a CPA – Comissão Permanente de Acessibilidade criada pela Lei nº
217/2013 todos os assuntos relacionados com a acessibilidade.
Parágrafo único. Os casos omissos em legislação ou quando houver dúvidas sobre as
exigências das normas referente a acessibilidade nas edificações e mobilidade nas áreas
urbanas serão encaminhadas para análise da CPA – Comissão Permanente de
Acessibilidade.
Art. 235. A acessibilidade e o acesso em todos pavimentos das edificações deve atender
essa Lei e demais normas pertinentes.
Parágrafo único. Além dos meios eletromecânicos, os projetos podem ter o acesso aos
pavimentos solucionados através de rampas com inclinação máxima prevista pela NBR 9050
ou vigente.
Art. 236. A acessibilidade e a execução das calçadas e rampas nos passeios e logradouros
públicos serão normalizadas em legislação específica.
§ 1º Deverá atender norma de padronização dos passeios e normas vigentes federais e
estaduais pertinentes.
§ 2º Nos projetos de pavimentação dos novos loteamentos ou vias existentes sem
pavimentação, as bocas de lobo deverão ser localizadas após a faixa de cruzamento
(mínimo 4 metros de largura ou a largura do passeio quando for maior que 4 metros) para
possibilitar locação das rampas de acesso para a calçada.
§ 3º Os projetos de pavimentação do município onde está prevista a execução de calçadas
nos passeios deverão atender normas vigentes do Plano Diretor e padronização dos
passeios.
Art. 237. A acessibilidade e a execução dos passeios para edificações construídas no
alinhamento do terreno deverão observar nos projetos arquitetônico:
I – observar o correto nível da(s) sala(s) comercial(is) do pavimento térreo ou acessos à
edificação levando em consideração o nível do meio-fio existente e a inclinação da via
pública na elaboração de projetos e também na execução das obras;
II - não projetar e nem executar rampa na faixa livre que pode ter inclinação transversal
máxima de 3% (três por cento), sendo considerado ideal até 2% (dois por cento);
III - a inclinação transversal do passeio que não pode ter inclinações maiores em cada faixa
que o permitido na NBR 9050 para acesso ao terreno ou para a edificação;
IV - para aprovação do projeto arquitetônico: apresentar níveis do meio-fio e da obra
pretendida, cortes em todos os acessos e fachadas com o perfil do meio-fio existente
mostrando a inclinação na via urbana e os acessos ao terreno e à edificação;
V - o passeio não deve ser utilizado para vencer desníveis para o terreno ou para a
edificação, principalmente, para acesso de veículos ou para solucionar o acesso das salas
comerciais existentes;
VI – Para calcular o nível dos acessos da obra o profissional deve verificar as larguras
necessárias para as faixas do passeio, conforme norma de padronização dos passeios,
onde a edificação for construída, ficando divididas em faixas de serviço com inclinação
máxima de 8,33%, faixa livre com inclinação máxima de 3% e faixa de acesso com
inclinação máxima de 8,33%.
§ 1º Os perfis do passeio devem ser apresentados nos projetos arquitetônicos, desde o
meio-fio ao alinhamento do terreno, passando por todos acessos ao terreno ou edificação,
principalmente, nas aberturas do tipo porta para a via pública, para o profissional destacar os
níveis do meio-fio e da(s) sala(s) comercial(os) ou acessos para a edificação ou terreno e
calcular exatamente as inclinações das faixas de serviço, faixa livre e faixa de acesso, além
de marcar um nível de referência para a implantação da obra no local para que a execução
siga o projeto aprovado.
§ 2º Todos os projetos com obra no alinhamento do terreno ou recuo frontal menor que 4
metros deverão apresentar os níveis sobre o meio-fio em frente ao terreno e do nível da obra
ou acesso em todas as entradas para o terreno ou edificação, seja para veículos ou
pessoas.
Art. 238. Os projetos arquitetônicos (obra nova, reforma ou ampliação) deverão prever a
instalação de equipamento eletromecânico de deslocamento vertical para uso de pessoas
com deficiência ou mobilidade reduzida, com acesso em todos pavimentos previstos nos
projetos para todas as edificações, excetuando, residências unifamiliares e aquelas onde for
exigido elevador por lei federal, estadual ou municipal.
§ 1º Para a previsão de acesso a todos pavimentos nos projetos das edificações, deverá ser
indicada em planta, o espaço reservado para a instalação do equipamento eletromecânico,
devidamente assinado pelo autor do projeto com especificação do tipo de equipamento a ser
instalado, dimensões internas, entre outras exigências previstas pelo Decreto Federal nº
5296/2004 ou norma vigente pertinente.
§ 2º Será exigida a instalação do equipamento eletromecânico para a liberação do habite-se,
visando garantir o acesso aos pavimentos previstos das edificações nos casos em que a
atividade for da área de saúde, educacional, ou ainda, se os pavimentos superiores forem
destinados para o atendimento ao público nas atividades em geral.
CAPÍTULO XIV
Da Fiscalização
Art. 239. A fiscalização das obras será exercida pelo órgão competente da Prefeitura
Municipal, inclusive para o fim de se reprimir as não licenciadas e as irregularidades que se
verificarem nas licenciadas.
Art. 240. Será considerado infrator todo aquele que cometer ou concorrer de qualquer modo
para a prática de infração e, ainda, os encarregados da execução deste Código que, tendo
conhecimento da infração, deixarem de autuar o infrator.
Art. 241. A licença concedida com infração aos preceitos deste Código será cassada pela
autoridade competente, que promoverá a imediata apuração de responsabilidade e aplicará
as penalidades ao servidor responsável pela sua concessão.
CAPÍTULO XV
Das Sanções
Art. 242. As infrações aos dispositivos deste Código serão punidas com as seguintes
sanções:
I - multa;
II - apreensão de material;
III - embargo de obra;
IV - interdição de edificação ou dependência;
V - demolição.
§ 1º A imposição das sanções não se sujeita à ordem em que estão relacionadas neste
artigo.
§ 2º A aplicação de uma das sanções previstas neste artigo não prejudica a aplicação de
outra, se cabível.
Art. 243. A aplicação de sanção de qualquer natureza não exonera o infrator do
cumprimento da obrigação a que esteja sujeito, nos termos deste Código.
Art. 244. Nas infrações ao disposto neste Código, será imposta multa de 100 (cem) a 10.000
(dez mil) vezes o valor da Unidade Fiscal vigente no Município.
SEÇÃO I
Das Multas
Art. 245. As multas previstas neste Código serão calculadas com base em múltiplos inteiro
da UFIME – Unidade Fiscal do Município de Medianeira;
Art. 246. A aplicação da multa poderá ter lugar em qualquer época, durante ou depois de
constatada a infração.
Art. 247. Na imposição da multa e para graduá-la, ter-se-á em vista:
I - a maior ou menor gravidade da infração;
II - as suas circunstâncias;
III - os antecedentes do infrator.
§ 1º Para as infrações de obras sem projeto aprovado na Prefeitura ou obras com projetos
aprovados alterados na obra sem aprovação na Prefeitura, a aplicação da multa será
cobrada em relação à área construída.
§ 2º Para as infrações citadas no parágrafo anterior, a multa será de 10 UFIME por metro
quadrado (10 UFIME/m²), nunca inferior a 100 (cem) UFIME’s.
§ 3º Obras em desacordo com a legislação vigente, principalmente, este Código e a Lei de
Uso e Ocupação do Solo Urbano, além da aplicação da multa, a obra deverá ser demolida
ou interditada até que sejam realizadas as adequações necessárias.
§ 4º A obra em situação irregular, depois de notificada pela Administração Pública, terá
prazo de 15 dias para protocolizar processo de regularização, antes da aplicação da multa
prevista nesta seção.
Art. 248. Para o empréstimo de documentos relativos aos projetos de edificações aprovados
no Município aos proprietários das referidas obras incidirá multa de 10 UFIME por dia de
atraso na devolução.
Art. 249. A multa será cobrada judicialmente se o infrator se recusar a pagá-la no prazo
legal.
§ 1º A multa não paga no prazo legal será inscrita em dívida ativa.
§ 2º Os infratores que estiverem em débito relativo à multa não paga não poderão receber
quaisquer quantias ou créditos que tiverem com a Prefeitura, participar de licitações,
celebrarem contratos ou termos de qualquer natureza ou transacionar, a qualquer título com
a Administração Municipal.
Art. 250. Nas reincidências, as multas cabíveis serão aplicadas em dobro.
Parágrafo único. Reincidente é aquele que violar preceito deste código por cuja infração já
tiver sido autuado e multado.
SEÇÃO II
Da Apreensão de Material
Art. 251. O material depositado sobre o passeio em desacordo com a legislação vigente ou
na via pública, poderá ser apreendido pela Prefeitura e removido para o depósito municipal.
§ 1º O proprietário da obra poderá, dentro do prazo de 03 (três) dias, retirar o material
apreendido, mediante o pagamento da multa devida e das despesas de transporte.
§ 2º Esgotado o prazo referido no parágrafo anterior, a Prefeitura promoverá o leilão do
material apreendido, colocando à disposição do proprietário da obra o produto da venda,
deduzindo o valor da multa e das despesas incorridas.
SEÇÃO III
Do Embargo da Obra
Art. 252. Obras em andamento sejam elas construções, ampliações ou reformas, serão
embargadas, quando:
I - estiverem sendo executadas sem a respectiva Licença de Construção, emitida pela
Prefeitura;
II - estiverem sendo executadas sem a responsabilidade de profissional legalmente
habilitado e registrado na Prefeitura;
III - estiver em risco a sua estabilidade, com perigo para o pessoal que a execute, ou para as
pessoas e edificações vizinhas;
IV - se for construída, reconstruída ou ampliada em desacordo com o projeto aprovado pela
Prefeitura;
V - se não for observado o alinhamento ou demais parâmetros urbanísticos previstos na Lei
de Uso do Solo.
§ 1º Ocorrendo qualquer das infrações especificadas neste artigo, e a qualquer dispositivo
deste Código, o encarregado pela fiscalização comunicará o infrator através de Notificação
de Embargo, para regularização da situação no prazo que lhe for determinado, ficando a
obra embargada até a solução dos problemas.
§ 2º A notificação de embargo será levada ao conhecimento do infrator - proprietário e/ou
responsável técnico.
§ 3º Se ocorrer decurso do prazo ou descumprimento do embargo comunicado ao infrator
através da Notificação de Embargo, o encarregado da fiscalização lavrará o Auto de
Infração.
§ 4º O embargo só será levantado após o cumprimento das exigências da Prefeitura,
decorrentes do que especifica este Código e a Lei de Uso e Ocupação do Solo.
§ 5º Se não houver alternativa de regularização da obra, após o embargo seguir-se-á a
demolição total ou parcial da mesma.
Art. 253. A obra será embargada nos casos previstos neste código.
Parágrafo único. Verificada a infração que determine o embargo, o responsável será
intimado a regularizá-la em prazo não inferior a 15 (quinze) nem superior a 60 (sessenta)
dias, sob pena do embargo da obra, sem prejuízo do disposto no art. 247, § 2º.
SEÇÃO IV
Da Interdição
Art. 254. A edificação, ou qualquer das suas dependências, poderá ser interditada com
impedimento de sua ocupação, nos seguintes casos:
I - se for utilizada para o fim diverso do declarado no respectivo projeto aprovado, verificado
o fato pela fiscalização da Prefeitura ou pelo Corpo de Bombeiros;
II - se o proprietário não fizer, no prazo que lhe for assinalado, os consertos ou reparos
julgados necessários à segurança do imóvel em inspeção procedida pela Prefeitura ou pelo
corpo de Bombeiros;
III - estiver em risco a sua estabilidade, com perigo para o pessoal que a ocupe, ou para as
pessoas e edificações vizinhas.
Art. 255. Constatada a infração que determine a interdição, o proprietário da edificação será
intimado a regularizar a situação, em prazo não inferior a 30 (trinta) dias nem superior a 90
(noventa) dias.
Parágrafo único. O prazo mínimo estabelecido neste artigo não prevalecerá no caso de a
infração constatada oferecer risco para a segurança dos usuários da edificação ou de outras
pessoas.
Art. 256. Não atendida a intimação no prazo assinalado, será expedido auto de interdição da
edificação ou de sua dependência, que permanecerá interditada até a regularização da
infração e o pagamento da multa cabível.
SEÇÃO V
Da Demolição
Art. 257. A demolição total ou parcial será imposta nos seguintes casos:
I - construção clandestina, entendendo-se como tal aquela que não possua a necessária
Licença de Construção;
II - construção feita sem observância das cotas de afastamento obrigatório, do alinhamento
ou nivelamento fornecido pela Prefeitura, ou sem as respectivas notas ou, ainda, com
desrespeito ao projeto aprovado nos seus elementos essenciais;
III - obra julgada em risco, quando o proprietário não tomar a providência que a Prefeitura
exigir para a sua segurança;
IV - construção que ameace ruína, quando o proprietário não demoli-la ou repará-la no prazo
fixado pela Prefeitura.
Parágrafo único. O auto de demolição fixará prazo não inferior a 05 (cinco) dias nem
superior a 15 (quinze) dias, ressalvado o disposto no artigo 249.
Art. 258. A demolição não será imposta, no caso do inciso I do artigo anterior, se o
proprietário, submetendo à Prefeitura projeto da construção, dentro do prazo fixado para a
demolição demonstrar:
I - que a construção observa o disposto neste Código;
II - que, embora não observando, poderá sofrer modificações que satisfaçam as exigências
deste Código e que tem condições de realizá-las.
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, após verificação de construção ou do projeto
das modificações, será expedido pela Prefeitura a respectiva Licença de Construção,
mediante pagamento prévio da multa e emolumentos devidos.
Art. 259. Constatada a ameaça de ruína, intimar-se-ão imediatamente os moradores do
prédio, quando houver, para desocupá-lo em 24 (vinte e quatro) horas.
Parágrafo único. O proprietário será, em seguida, intimado a promover a demolição ou as
reparações que foram consideradas necessárias, dentro das 24 (vinte e quatro) horas
seguintes.
Art. 260. Não sendo atendida a intimação para demolição, em qualquer caso, esta poderá
ser efetuada pela Prefeitura, correndo por conta do proprietário as despesas dela
decorrentes.
CAPÍTULO XVI
Dos Procedimentos Administrativos
SEÇÃO I
Do Auto de Infração
Art. 261. O auto de infração será lavrado pelo agente de fiscalização da Prefeitura, em
formulário oficial da Prefeitura, em 03 (três) vias e deverá conter:
I - o endereço da obra ou edificação;
II - o número e a data da Licença de Construção (Alvará);
III - o nome do proprietário, do construtor e do responsável técnico;
IV - a descrição da ocorrência que constitui infração a este Código;
V - a preceito legal infringido;
VI - a multa aplicada;
VII - a intimação para a correção da irregularidade, dentro do prazo finado;
VIII - a notificação para o pagamento da multa ou apresentação de defesa dentro do prazo
legal.
§ 1º A primeira via do auto será entregue ao autuado e a segunda via servirá para a abertura
de processo administrativo, permanecendo a última no talonário próprio, em poder do fiscal.
§ 2º As omissões ou incorreções do auto não acarretarão sua nulidade quando do processo
constar elementos suficientes para a identificação da infração e do infrator.
Art. 262. Quando não houver fiscalização ou quando houver omissão por parte do agente
fiscalizador, qualquer pessoa pode representar contra toda ação ou omissão contrária a
disposição deste Código.
§ 1º A representação, feita por escrito, mencionará, em letra legível, o nome, a profissão, o
endereço do seu autor, os elementos ou circunstâncias das quais se tornou conhecida a
infração, as eventuais provas e deverá ser assinada.
§ 2º Recebida a representação, a autoridade competente providenciará imediatamente as
diligências para verificar a respectiva veracidade e, conforme couber, autuará o infrator ou
arquivará a representação.
SEÇÃO II
Dos Autos de Embargo, de Interdição e de Demolição
Art. 263. O auto de embargo, demolição ou interdição será lavrado pelo agente fiscal, após
a decisão da autoridade competente e obedecerá as disposições da Seção anterior.
SEÇÃO III
Da Defesa do Autuado
Art. 264. O autuado terá o prazo de 10 (dez) dias para apresentar defesa contra a autuação,
contado da data do recebimento da notificação.
Art. 265. A defesa far-se-á por petição, facultada a juntada de documentos e será anexada
ao processo administrativo iniciado pelo órgão municipal competente.
Art. 266. A apresentação de defesa no prazo legal suspenderá a exigibilidade da multa até
decisão de autoridade administrativa competente.
SEÇÃO IV
Da Decisão Administrativa
Art. 267. O processo administrativo, uma vez decorrido o prazo para a apresentação da
defesa, será imediatamente encaminhado à autoridade competente.
§ 1º Se entender necessário, a autoridade competente poderá determinar a realização de
diligência, para esclarecer questão duvidosa, bem como solicitar o parecer da Assessoria
jurídica.
§ 2º Da decisão a que se refere o presente artigo será lavrado relatório contendo a decisão
final.
Art. 268. A decisão definitiva, quando mantiver a atuação, produz os seguintes efeitos,
conforme o caso:
I - autoriza a inscrição das multas em dívida ativa e a subsequente cobrança judicial;
II - autoriza a demolição do imóvel;
III - mantém o embargo de obra ou a interdição de edificação, até a correção da
irregularidade contestada.
Art. 269. A decisão que tornar insubsistente a autuação produz os seguintes efeitos,
conforme o caso:
I - autoriza o autuado a receber a devolução da multa paga indevidamente, no prazo de 10
(dez) dias após requerê-la;
II - suspende a demolição do imóvel;
III - retira o embargo de obra ou interdição da edificação.
CAPÍTULO XVII
Das Disposições Finais e Transitórias
Ricardo Endrigo
Prefeito
ANEXO 01
Documentação mínima para Consultas Prévias e Licenças de Construção
1. Consulta prévia para Requerimento no protocolo da Prefeitura com solicitação deste tipo de consulta
índices urbanísticos e a especificação do:
a) Nome e endereço do proprietário;
b) Endereço da obra (lote, quadra, loteamento e bairro);
c) Destino da obra (residencial, comercial, industrial, etc.);
d) Natureza da obra (alvenaria, madeira, mista, outros);
e) Croqui de situação do lote (se houver necessidade ou obras existentes)
2. Consulta prévia para Requerimento no setor de protocolos da Prefeitura
análise de projetos 01 cópia do projeto arquitetônico completo (assinada pelo profissional autor do
arquitetônicos projeto)
Cópia da matrícula do Registro de Imóveis atualizada (comprovação da
propriedade)
3. Licença de Requerimento no setor de protocolos da Prefeitura
Construção para 03 vias do projeto arquitetônico completo (mínimo) e 05 para obras financiadas
Residências Indicação no selo do projeto da finalidade, natureza e local da obra
Unifamiliares Indicação no selo do projeto do(s) proprietário(s) e respectivos CPF ou CNPJ
RRT/ART dos projetos necessários e execução da obra (CAU/CREA)
Cópia da matrícula do Registro de Imóveis atualizada (comprovação da
propriedade)
Termo de Responsabilidade Técnica (Anexo 11)
Anexar todo procedimento da Consulta Prévia para análise de projetos
arquitetônicos.
4. Licença de Requerimento no setor de protocolos da Prefeitura
Construção para 03 vias do projeto arquitetônico completo (mínimo) e 05 para obras financiadas
edificações RRT/ART dos projetos necessários e execução das obras (CAU/CREA)
multifamiliares, Cópia do Certificado de aprovação do Corpo de Bombeiros (conforme PSCIP)
comerciais, de
Cópia do Projeto aprovado na vigilância sanitária municipal (para
serviços, industriais
Estabelecimentos Assistenciais de Saúde e de Interesse da Saúde)
Cópia da matrícula do Registro de Imóveis atualizada (comprovação da
propriedade)
Termo de Responsabilidade Técnica (Anexo 11)
Anexar todo procedimento da Consulta Prévia para análise de projetos
arquitetônicos
5. Certidão de Requerimento no setor de protocolos da Prefeitura especificando motivo da
Antiguidade solicitação (para comprovar data de obras existente ou desmembramento de
terrenos)
Cópia da matrícula do Registro de Imóveis atualizada (comprovação da
propriedade)
Planta com implantação da obra existente em A4 (medidas da obra, recuos e
área)
5. Requerimento de Requerimento no setor de protocolos da Prefeitura
Habite-se Cópia do projeto arquitetônico aprovado (carimbado pelo Seplan)
Cópia do Laudo de Vistoria do Corpo de Bombeiros para as edificações
multifamiliares, comerciais, de serviços, industriais ou conforme CSCIP.
Notas:
1. Licença de Construção e Habite-se para edificações multifamiliares, comerciais, de serviços, industriais:
1.1. Para projetos a serem apresentados para Licença de Construção de edificações multifamiliares,
comerciais, de serviços e industriais, (item 4 da tabela acima) toda edificação nova área igual ou superior a
100,00m² e os casos previstos no CSCIP - Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Corpo de
Bombeiros Militar do Paraná antes de protocolar o projeto para expedição da Licença de Construção devem
aprovar o PSCIP - Plano de Segurança Contra Incêndio e Pânico junto ao Corpo de Bombeiros e anexar uma
cópia do Certificado de Aprovação de Projetos expedido pelo Corpo de Bombeiros.
1.2. Para as obras aprovadas conforme o item anterior, para requerimento do habite-se, devem apresentar o
laudo de vistoria expedido pelo corpo de bombeiros para conformidade da obra quanto à segurança contra
incêndio e pânico.
2. Certidão de Antiguidade:
2.1. Para solicitações da Certidão de Antiguidade, a obra deverá comprovadamente ter sido edificada até 1996,
sendo possível comprovar sua existência em foto aérea de abril de 1991 ou novembro de 1996, desde que
apareça com clareza na foto aérea.
2.2. Caso houver dúvidas referente a metragem e houver ampliações, a Certidão de Antiguidade poderá ser
parcial ou, ainda, passível de ser liberada.
2.3. A emissão da Certidão de Antiguidade para comprovar data de obra não isenta o proprietário da
regularização da edificação junto ao Município e para fins de registro da benfeitoria.
3. Documentos propriedade terrenos:
3.1. Caso a matrícula do Registro de Imóveis atualizada do terreno não esteja no nome do proprietário, poderá
anexar, além do mesmo, escritura(s) pública(s) ou contrato(s) de compra e venda, devidamente registrado(s),
para comprovar a propriedade do comprador do imóvel.
3.2. Contratos de compra e venda serão preferencialmente aceitos em loteamentos novos, devendo nos
demais casos, vir necessariamente, acompanhado da matrícula do terreno.
3.3. Substituem a matrícula, outros documentos de posse, de comprovado valor legal, como formal de partilha
e inventários devidamente averbados.
4. Dados do(s) proprietário(s) das obras e/ou terrenos.
4.1. Informação sobre Proprietários: dados dos requerentes e CPF/CNPJ (pessoa física, pessoa jurídica,
cônjuges, propriedades em condomínio, inventários, herdeiros, procurações registradas) e requerimentos para
obter autorizações e aprovações sempre no nome do proprietário(s) legítimo(s) ou autorização por procuração
registrada em cartório.
5. Projetos com Reforma/Demolição parcial ou total/Reconstrução.
5.1. Nos projetos de Reforma ou Reconstrução: além da documentação especificada, nos casos de reforma
parcial ou total o profissional deverá anexar um memorial descritivo da reforma pretendida para não ser
caracterizada como reconstrução (obra nova), bem como, apresentar no projeto, legenda diferenciada para
paredes existentes, à demolir, à construir ou ampliar.
ANEXO 02
Apresentação de projetos arquitetônicos
Projeto Apresentação mínima Escala
1. Selo do a) Dados do projeto arquitetônico (tipo/natureza da obra, atividade/finalidade
projeto da área, especificação da área da obra a ser aprovada e/ou estatística
completa) Dobrar em
b) Dados do local da obra (identificar rua, lote, quadra, loteamento e/ou formato A4
bairro)
c) Dados do(s) proprietário(s) da obra (CPF/CNPJ) Ocupar
d) Dados do(s) profissional(is) autor(es) do projeto com os respectivos folha de
números de registro profissional (CAU e/ou CREA) rosto
e) Espaço para assinaturas com dados do proprietário e profissionais dobrada
responsáveis pelo projeto arquitetônico e execução em
f) Espaço para aprovações públicas (carimbos) formato A4
g) Dados complementares: conteúdo da prancha; numeração das pranchas;
data; escala.
2. Projeto Planta(s) Baixas(s): Planta baixa de cada pavimento não repetido, contendo:
a) As dimensões externas e internas da obra (compartimentos);
b) Indicação das espessuras das paredes (conforme tipo: alvenaria, concreto,
blocos, madeira, metal, misto, ou outro material em acordo com normas
técnicas);
c) Dimensões dos vãos de iluminação e ventilação;
d) Dimensões das garagens, vagas de estacionamento cobertas ou
descobertas;
e) Área de cada compartimento da obra e das áreas de estacionamento;
f) A finalidade de cada compartimento;
g) O tipo de piso utilizado nos compartimentos, poços de luz e áreas calçadas 1:50
do terreno;
h) Níveis da obra;
i) Os traços indicativos dos cortes longitudinais e transversais;
j) projeção dos beirais, marquises, platibandas, sacadas e outros elementos
em balanço;
k) Locar equipamentos dos compartimentos úmidos (lavatórios, vasos
sanitários, chuveiros e tanques.
l) Plantas Baixas para projetos de reconstrução parcial, reforma e/ou
ampliação, devem apresentar em legenda: paredes existentes, paredes à
reformar, paredes à demolir, paredes à ampliar, conforme o caso.
Cortes transversais e/ou longitudinais (mínimo 02 cortes), com a indicação
dos elementos necessários à compreensão do projeto com:
a) Altura do pé-direito dos compartimentos;
b) Altura das portas, janelas e peitoris;
c) Altura dos degraus/escada, rampa, corrimão(s) e guarda-corpo(s), quando
houver;
d) Altura livre sobre escadas e rampas, quando houver;
e) Níveis da obra e do terreno nos acessos;
1:50
f) Perfis do telhado/cobertura e detalhe das coberturas quando localizados
nas divisas dos terrenos;
g) Perfis do terreno existente e modificado (sempre que necessário);
h) Especificar revestimento das paredes dos compartimentos úmidos e altu
mínima;
i) Altura de chaminés, quando houver;
j) Altura dos reservatórios ou volumes dos reservatórios, quando houver;
k) Outros detalhes e especificações que se fizerem necessários.
Elevações ou Fachadas Frontais (mínimo 01 por testada), com:
a) Vista das edificações voltadas para as vias públicas;
b) Nível da edificação (desenho);
1:50
c) Perfil do meio-fio existente (desenho);
d) Especificação dos materiais utilizados;
e) Cotas e níveis (se houver necessidade).
Planta de Cobertura, com:
a) Indicação e especificação dos caimentos,
b) Dimensão dos beirais, marquises, platibandas, reservatórios, chaminés e,
1:50 a
outros elementos da obra aparentes com vista de cima, na escala que se fizer
1:500
necessário para a compreensão do projeto;
c) Especificação dos materiais utilizados (tipo de telhas, beirais, calhas,
algeroz/rufo;
Implantação (planta da obra no lote/terreno), quando não apresentado junto
da planta baixa do pavimento térreo, onde constarão:
a) Perímetro do terreno e da obra a ser edificada no térreo, com a projeção
do subsolo e pavimentos superiores quando maior que o pavimento térreo
(quando for o caso);
b) Identificação da(s) testada(s) e o nome das vias;
c) Dimensões do terreno e do perímetro da obra;
d) Dimensões dos recuos/afastamentos em relação ao alinhamento e às
divisas do terreno (frontais, laterais, fundos) medidos do ponto mais próximo
da obra até a divisa do terreno, perpendicularmente ao alinhamento e divisas;
e) Projeto do passeio, com representação das faixas calçadas e destinadas
1:100 a
para vegetação nos passeios públicos, rampas para acessibilidade nos lotes
1:500
de esquina, guias rebaixadas, inclinação transversal do passeio, tipo de
pavimento e localização de bueiros e arborização existente, conforme norma
municipal específica.
f) Localização de postes e do eixo da rede elétrica e a distância do
alinhamento e meio-fio quando forem apresentados projetos de edificações
junto ao alinhamento com sacadas projetadas sobre a área do passeio
público;
e) Especificar destinação do esgoto sanitário, se destinado para rede pública
de esgoto ou por meio de fossa séptica e sumidouro, devendo localizar no
terreno conforme normas vigentes, caso não for destinado para a rede
pública.
Situação (planta de localização do lote na quadra e da quadra na cidade),
devendo constar:
a) Indicação da numeração do lote/terreno a ser construído na quadra ou
contexto urbano próximo e dos lotes/terrenos vizinhos.
b) Denominação das vias no entorno da quadra ou área urbana no entorno;
c) Orientação Norte;
d) Localização de cursos d`água, canais ou outros elementos que possam
orientar a decisão das autoridades municipais, quando for o caso.
Detalhes passeio público, deve constar:
a) perfil(s) do passeio público, com as faixas de calçada e vegetação 1:20 a
conforme apresentado na implantação ou planta baixa em todos acessos ao 1:100
terreno e edificação.
3. a) Área do terreno
Estatística b) Áreas da edificação (por pavimento e área total da obra)
c) Área da edificação (existente, ampliada e reformada), quando for o caso
d) Área da projeção da obra sobre o terreno (todas as áreas utilizadas,
inclusive sacadas) para fins de cálculo da taxa de ocupação da obra, quando
tiver mais de um pavimento.
Tabela
e) Áreas do terreno permeável (área do terreno que não será edificada ou
com calçamento impermeável)
f) Taxa de Ocupação da obra
g) Coeficiente de Aproveitamento da obra (especificar quais áreas do projeto
não foram computáveis)
h) Taxa de permeabilidade do Solo
4. Cálculo Para todos os projetos onde houver mais de uma unidade autônoma
de fração residencial e/ou comercial/serviços/indústrias, devendo relacionar as áreas
Tabela(s)
predial privativas, comuns e vagas de garagem para cada unidade
e territorial residencial/comercial da obra, conforme normas vigentes.
Notas:
1. Os projetos arquitetônicos somente serão aceitos para consulta prévia e expedição da Licença de
Construção quando legíveis e de acordo com as normas técnicas para representação de projetos de
arquitetura – NBR 6492 e outras pertinentes da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT e
apresentados conforme este anexo.
2. Na Implantação da obra no terreno ou Localização da obra no terreno, se não houver rede pública de
esgoto, locar FS – Fossa Séptica e sumidouro no terreno e especificar suas distâncias das divisas e testadas
do terreno com mínimo de 2,00 (dois) metros de afastamento das divisas e testadas, considerando a
viabilidade para ligação com futura rede pública de esgoto.
2. Para projetos onde há exigências de vaga de estacionamento e área de lazer, especificar as vagas
necessárias e a área de lazer, numerar cada vaga de estacionamento e relacionar com a unidade residencial
e/ou comercial no cálculo de fração predial e territorial (se for o caso). As vagas deverão atender aos critérios
da tabela constante no anexo 06.
3. Nos projetos de reforma, ampliação e demolição, especificar em legenda nas plantas baixas e implantação,
as mudanças pretendidas com clareza gráfica.
4. Edificações de madeira que serão substituídas por edificações de alvenaria, mesmo que edificada com
mesma área construída e no mesmo local da obra de madeira, serão consideradas como reconstrução
devendo ser apresentado novo projeto para nova aprovação.
5. As edificações devem atender, além do disposto no Código de Edificações e Obras, normas técnicas,
normas regulamentadoras, no caso de edificações não residenciais (locais de trabalho) e legislações vigentes
pertinentes.
6. Apresentação dos projetos:
6.1. No projeto deverão constar as especificações dos materiais utilizados.
6.2. Nos casos de projetos para a construção de edificações de grandes proporções, as escalas mencionadas
poderão ser alteradas devendo, contudo ser consultado previamente a equipe técnica da Secretaria Municipal
de Planejamento, devendo em alguns casos apresentar uma planta total esquemática e plantas parciais
(segmentos de plantas baixas, cortes, fachadas) completas em escala legível.
6.3. Todas as pranchas deverão ser apresentadas em, no mínimo, 03 (três) vias do projeto completo para
execução da obra, uma das quais será arquivada na Secretaria Municipal de Planejamento e as outras serão
devolvidas ao requerente após aprovação, contendo em todas as folhas os carimbos de aprovação e as
rubricas dos funcionários encarregados.
6.4. Para projetos de obras financiadas, o requerente deverá apresentar, no mínimo, 05 (cinco) vias do projeto
completo.
ANEXO 03
Classificação dos Compartimentos
Classificação Compartimentos
Permanência Prolongada Noturna Quartos, Suítes
Permanência Prolongada Diurna Salas de jantar, de visitas, de televisão, vídeo, som, de
jogos, de costura, de estudo, de leitura, salas de gabinetes
de trabalho, cozinhas, copas e todos compartimentos para
expediente e atividades de trabalho nas edificações
comerciais, de prestações de serviços e industriais.
De Utilização Transitória Os vestíbulos, halls, corredores, passagens, caixas de
escadas, sanitários, despensas, lavanderia, áreas de
serviço, depósitos e almoxarifados.
De Utilização Especial Àqueles que, por sua destinação específica, não se
enquadrem nas demais classificações.
Nota:
1. Os casos omissos serão analisados pelo COMUR – Conselho Municipal de Uso e Ocupação Urbana e Rural
de Medianeira.
ANEXO 04
Parâmetros Mínimos dos Compartimentos - Residências
Abertura
Revestiment Revestiment
mínima Círculo
Pé- Porta o o
Área para inscrito
direito interna Parede Piso
Compartimento mínima iluminação mínimo
Mínimo (cm) Impermeável Impermeável
(m²) e (diâmetr
(m) largura x Mínimo (m)
ventilação o (m)
altura (m)
externas **
Salas Estar/TV 8,00 1/8 2,40 2,50 80x210 - -
Sala Jantar 6,00 1/8 2,20 2,50 80x210 - -
Sala de
4,00 1/8 1,60 2,50 80x210 - -
estudos/gabinete
Quartos 6,00 1/6 2,00 2,50 80x210 - -
Copas 4,00 1/8 1,60 2,50 80x210 - -
Cozinhas 4,00 1/12 1,60 2,30 80x210 até 1,50 impermeável
Banheiro (com
2,40 1/12 1,00 2,30 60x210 até 1,50 impermeável
chuveiro)
Lavabo
1,20 1/12 1,00 2,30 60x210 até 1,50 impermeável
(lavatório e WC)
Lavanderia/Serviço 2,00 1/12 1,00 2,30 80x210 até 1,50 impermeável
Garagem 12,50 1/12 2,50 2,30 250x210 - impermeável
Despensa/Depósito 1,00 - 0,80 2,10 60x210 até 1,50 impermeável
Circulação horizontal
em residências - 1/12 0,80 2,20 - - -
unifamiliares
Circulação horizontal
em residências - 1/12 1,20 2,20 - - -
multifamiliares
Escada/rampa em altura
edificações - 1/12 0,80 livre - - -
unifamiliares 2,10
Escada/rampa em altura
edificações - 1/12 1,20 livre - - _
multifamiliares 2,10
** em relação à área do piso do compartimento.
Notas:
1. Estes são parâmetros mínimos a serem observados nos projetos residenciais ou das unidades residenciais
dos edifícios multifamiliares.
2. Porta externa principal para a residência unifamiliar ou da unidade de residência nas edificações
multifamiliares: prever, pelo menos, uma porta de acesso pelo exterior para a residência com o mínimo de 90
cm de largura e para acesso às edificações multifamiliares deverá atender o CSCIP - Código de Segurança
Contra Incêndio e Pânico do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná.
3. Sanitários (Banheiros e lavabos não podem abrir direto para cozinhas).
4. Compartimentos úmidos, principalmente, sanitários, banheiros e compartimentos para limpeza e lavagem de
roupas, devem ter piso e paredes revestidos de material resistente, liso, impermeável e lavável.
5. Rampa para acessibilidade deverá atender NBR 9050 – Norma Brasileira da ABNT – Associação Brasileira
de Normas Técnicas.
6. Todas as residências unifamiliares deverão prever, independente da área construída, a implantação de pelo
menos, uma vaga de estacionamento fora do recuo frontal obrigatório e de acordo com o anexo 06 desta lei.
6.1. As vagas para estacionamento por unidade residencial deverão prever a vaga mínima de 2,50x5,00
metros para a única ou principal vaga, para uma segunda vaga da mesma unidade residencial, será permitido
que a vaga mínima tenha 2,40x4,00m, ou poderá haver 50% das vagas exigidas com o mínimo de
2,40x4,00m.
6.2. Rampa para veículos poderá ter inclinação máxima de 50%, prevendo patamar para espera no acesso
de, no mínimo 3,50 metros, antes da inclinação da rampa e observadas curvaturas nas extremidades para
não causar danos aos veículos.
6.3. Será passível a exigência de patamar de espera no acesso de rampa de veículos, especificado no item
anterior, se o acesso estiver situado em via local, conforme definido pela Lei do Sistema Viário e com baixo
fluxo de pedestres.
7. Os projetos arquitetônicos e as obras das edificações residenciais unifamiliares e das unidades residenciais
dos edifícios multifamiliares, além do disposto no Código de Edificações e Obras, devem atender normas
técnicas da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, normas do Corpo de Bombeiros do Paraná e
demais legislação vigente específica para cada atividade.
ANEXO 05
Parâmetros Mínimos dos Compartimentos - Comércio - Serviço - Indústrias
Abertura
Revestiment Revestiment
mínima Círculo Porta
Área o o
para inscrito Pé-direito interna
mínim Parede Piso
Compartimento iluminação mínimo Mínimo (cm)
a Impermeável Impermeável
e (diâmetr (m) largura
(m²) Mínimo (m)
ventilação o (m) x
(m)
externas ** altura
Salas comerciais, 12,00 1/8 2,40 2,50 80x210 - -
serviços e indústrias.
Salas comerciais, Acima 1/8 4,00 3,00 80x210 - -
serviços e indústrias. de
100,00
Escritórios para 8,00 1/8 2,40 2,50 80x210 - -
serviços autônomos
Copas 4,00 1/8 1,60 2,50 80x210 - -
Cozinhas 4,00 1/12 1,60 2,30 80x210 até 1,50 impermeável
Banheiro 2,40 1/12 1,00 2,30 60x210 até 1,50 impermeável
(com chuveiro)
Lavabo 1,20 1/12 1,00 2,30 60x210 até 1,50 impermeável
(lavatório e WC)
Lavanderia/Serviço 2,00 1/12 1,00 2,30 80x210 até 1,50 impermeável
Garagem 12,50 1/12 2,50 2,30 250x210 - impermeável
Despensa 1,00 - 0,80 2,10 60x210 - impermeável
Depósito/almoxarifado - 1/12 - 2,50 80x210 - impermeável
até 30,00m²
Depósito/almoxarifado - 1/12 - 3,00 100x210 - impermeável
acima de 30,00m²
Circulação horizontal - 1/12 1,20 2,20 - - -
Escada/rampa - 1/12 1,20 altura livre - - -
2,10
** em relação à área do compartimento.
Notas:
1. Estes são parâmetros mínimos a serem observados nos projetos comerciais, de serviço ou industriais.
2. Porta externa principal para a edificação: verificar normas de segurança contra incêndio e pânico do CSCIP -
Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná.
3. Compartimentos destinados a Estabelecimentos Assistenciais de Saúde e de Interesse da Saúde, devem ter
piso e paredes revestidos de material resistente, liso, impermeável e lavável.
4. Compartimentos úmidos, principalmente, sanitários, banheiros e compartimentos para limpeza e lavagem de
roupas, devem ter piso e paredes revestidos de material resistente, liso, impermeável e lavável.
5. Sanitários não podem abrir direto para copas/cozinhas.
6. Rampa para acessibilidade deverá atender NBR 9050 – Norma Brasileira da ABNT – Associação Brasileira
de Normas Técnicas.
7. Todas as edificações deste anexo devem atender o anexo 06 quanto a exigência de vagas mínimas de
estacionamento ou garagem.
7.1. As vagas comerciais podem estar localizadas no recuo frontal quando obrigatório, desde que não seja
coberta e não seja rebaixado mais que 50% do meio-fio na testada do terreno.
7.2. As vagas para estacionamento deverão prever a vaga mínima com 2,50x5,00 metros, podendo prever
50% das vagas exigidas com o mínimo de 2,40x4,00 metros.
7.3. Rampa para veículos poderá ter inclinação máxima de 50%, prevendo patamar para espera no acesso
de, no mínimo 3,50 metros, antes da inclinação da rampa e observadas curvaturas nas extremidades para
não causar danos aos veículos.
7.4. Será passível a exigência de patamar de espera no acesso de rampa de veículos, especificado no item
anterior, se o acesso estiver situado em via local, conforme definido pela Lei do Sistema Viário e com baixo
fluxo de pedestres.
8. Os projetos arquitetônicos e as obras das edificações comerciais, de serviços, industriais ou mistas, além do
disposto no Código de Edificações e Obras, devem atender normas técnicas da ABNT – Associação Brasileira
de Normas Técnicas, normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego, normas da ANVISA –
Agência Nacional de Vigilância Sanitária, normas da SESA - Secretaria de Saúde do Paraná, normas do Corpo
de Bombeiros do Paraná e demais legislação vigente específica para cada atividade.
ANEXO 06
Vagas para estacionamento ou garagem
Vagas para
Número de vagas mínimas para
acessibilidade
estacionamento ou garagem interna
Finalidade da Edificação conforme NBR
(cobertas ou descobertas)
9050
Vaga mínima 2,50 x 5,00 metros = 15,00m²
Vaga/total previsto
01 vaga para cada unidade residencial
Residências Unifamiliares ou Geminadas _
(independente da área)
01 vaga para cada unidade residencial acima
de 60,00m² e até 200,00m² de área privativa.
02 vagas para cada unidade residencial acima
de 200,00m² de área privativa. 2%
Edifícios Multifamiliares ou coletivos
01 vaga para cada unidade residencial até
200,00m² de área privativa.
(*) Dispositivo alterado pela Lei Municipal nº
390/2014 de 21 de agosto de 2014.
01 vaga para cada 02 unidades, sendo 50% de
Quitinetes (unidades residenciais com até
vagas de estacionamento das unidades 2%
35,00m²)
previstas
Restaurantes, Churrascarias, Casas
01 vaga para cada 50,00 m² de área construída
noturnas, ou similares, com área superior a 2%
300 m² (trezentos metros quadrados)
Supermercados com área superior a 300 01 vaga para cada 50,00 m² de área construída
2%
m² (trezentos metros quadrados)
Hotéis, albergues ou similares. 01 vaga para cada 03 quartos 2%
01 vaga para cada 150,00 m² de área
Hospitais, clínicas e casa de saúde. 2%
construída
01 vaga para cada 20,00 m² da área
Auditórios, Centros de Eventos 2%
construída a ser utilizada pelo público
Outras edificações comerciais, de
01 vaga para cada 150,00 m² de área
prestação de serviços e industriais não 2%
construída
especificadas nesta tabela.
Número de vagas para carga e descarga
Finalidade da Edificação
Vaga mínima 4,00 x 10,00 metros = 40,00m²
Comércio Atacadista 01 vaga _
Comércio de materiais de construção 01 vaga _
Supermercados e similares com área Pátio interno de manobras, com proposta a ser
superior a 300 m² (trezentos metros analisada pelo órgão competente da prefeitura _
quadrados) municipal.
Outras edificações comerciais, de
Pátio interno de manobras, com proposta a ser
prestação de serviços e industriais não
analisada pelo órgão competente da prefeitura _
especificadas nesta tabela, atendidas por
municipal.
veículos grandes.
Notas:
Notas:
Poço de luz
Diâmetro
Classificação Uso do compartimento Área mínima
mínimo
Quartos, suítes, dormitórios, alojamentos
Sala de estar, visitas, jogos,
costura, estudo, leitura, televisão,
vídeo e som e outras de uso prolongado
Salas de gabinetes de trabalho 5,00 m² 1,50 m
Compartimento uso
Todos os compartimentos para expediente,
Prolongado
trabalho e atendimento ao público nas
Noturno e Diurno
edificações comerciais, de prestação de
serviços e industriais e outros de uso
prolongado
Sala de jantar e copas
3,00 m² 1,50 m
Cozinha
Vestíbulos e halls
Circulações horizontais e verticais
Compartimento uso
Sanitários 1,50 m² 1,00 m
transitório
Lavanderias/áreas de serviço
Despensas/depósitos/almoxarifados
Dutos para ventilação
Classificação Uso do compartimento Equipamento
Vestíbulos e halls
Circulações horizontais e verticais Somente poderão ser
aprovados dutos para
Sanitários
ventilação, se for projetado e
Compartimento uso Despensas/depósitos/almoxarifados executado com equipamento
transitório Incluído: áreas de serviço em para ventilação forçada
estabelecimentos comerciais. (mecânica)
Exceto: lavanderias/áreas de serviço em
residências unifamiliares e multifamiliares
Sistema de renovação/troca de ar
Classificação Uso do compartimento Equipamento
Projeto/Execução: instalações
Cinemas, auditórios, teatros, ambientes da para renovação e troca de ar
área de saúde e em estabelecimentos com equipamentos para
industriais e comerciais (lojas) climatização nos ambientes de
compartimentos:
permanência prolongada, cujo
comercial,
projeto completo seja elaborado
residencial,
por profissional engenheiro
Industrial, exceto
Adequação de salas comerciais para mecânico que será apresentado
residências
Consultórios, Clínicas, Escritórios, Serviços, juntamente com o projeto
Indústrias arquitetônico para fins de
licença de construção ou licença
sanitária.
Notas:
1. Estes são parâmetros mínimos a serem observados nos projetos, quando os compartimentos não forem
ventilados e iluminados diretos ao exterior, sendo necessário poço de luz, e em situações restritas, o uso de
dutos para ventilação com equipamento para ventilação forçada (mecânica) ou sistemas de renovação/troca de
ar.
2. O diâmetro mínimo refere-se a permitir a inscrição de um círculo com diâmetro mínimo no poço de luz, não
sendo exigido o formato ortogonal.
3. Os poços de luz destinados para iluminação e ventilação de compartimentos de edificações de utilização
permanente diurna e noturna não poderão ser cobertas, podendo ter beirais, desde que não ocupem mais de
50% de sua projeção.
4. Os poços de luz para iluminação e ventilação de compartimentos das edificações deverão ser visitáveis pela
base, exceto os destinados para sanitários que serão passíveis de serem exigidos, no entanto, é recomendável
que haja um acesso pela base para limpeza, inclusive, para os poços de luz que atendem somente
compartimentos destinados para sanitários.
5. Os poços de luz devem ter parede cega na divisa, com parede ou muro com altura mínima de 2,50 metros.
6. Os poços de luz para compartimentos de circulação transitória, como: sanitários e circulações internas
horizontais ou verticais, podem ter círculo inscrito mínimo de 01 (um) metro.
6.1. Nesses casos, em que o poço de luz for locado junto às divisas do terreno, quando necessário que o recuo
lateral/fundos tenha menos que 1,50 metro ou o exigido para edificações acima de 2 (dois) pavimentos, deverá
obrigatoriamente ter parede cega na altura total da edificação, do nível do terreno até a cobertura.
7. Para cálculo da área do poço de luz e do círculo inscrito mínimo exigido conforme a classificação deste anexo,
nos poços de luz que estiverem localizados nas divisas, poderá ser incluída na área mínima/diâmetro mínimo,
parede/muro junto à divisa, tanto na altura mínima de 2,50m como nas paredes até a cobertura, exceto, para os
poços de luz destinados para compartimentos de uso transitório, com diâmetro mínimo com 01 (um) metro,
devendo considerar somente o vão livre entre paredes para efeitos de cálculo da área do poço de luz e do
círculo inscrito mínimo.
8. Somente nos casos com compartimentos de utilização transitória, expressos em Lei, a ventilação poderá ser
feita por dutos horizontais ou verticais, desde que especificado no projeto arquitetônico:
8.1. Os compartimentos de utilização transitória poderão ser ventilados por dutos, se for projetado e executado
com equipamento para ventilação forçada (mecânica).
8.2. Excetuam-se, as lavanderias e áreas de serviço em residências unifamiliares e multifamiliares, podendo ser
executado duto com ventilação mecânica somente para os compartimentos destinados para áreas de serviço em
estabelecimentos comerciais.
8.3. Qualquer compartimento das edificações poderá ter ventilação zenital natural, por meio de dutos sem
ventilação mecânica, desde que a área da boca e da saída do duto possua a área mínima exigida para
ventilação nos anexos 04 e 05, não podendo o duto se estender por outro pavimento acima da área ventilada,
devendo ter saída pela laje de forro e sobre a cobertura imediatamente acima do compartimento.
9. Poderá ser dispensada a abertura de vãos para o exterior em cinemas, auditórios, teatros, ambientes da
área de saúde e, em estabelecimentos industriais e comerciais (lojas), desde que:
9.1. Sejam dotados de instalações para troca de ar e equipamentos para climatização, cujo projeto completo
elaborado por profissional competente será apresentado juntamente com o projeto arquitetônico para fins de
licença de construção;
9.2. Tenham iluminação artificial conveniente;
9.3. Possuam gerador elétrico próprio.
10. Projetos de adequação e/ou reforma de salas comerciais existentes, para uso comercial/serviços/indústrias,
quando houver ambientes internos sem ventilação direta para o exterior, mesmo que sejam compartimentos de
permanência prolongada, devem ser acompanhados de projeto de sistema de renovação/troca de ar e
climatização elaborado por engenheiro mecânico com a respectiva ART do profissional para aprovação na
Secretaria Municipal de Planejamento ou Vigilância Sanitária Municipal.
10.1. Não serão admitidos para os ambientes descritos no item anterior, a adoção de somente sistemas de ar
condicionado ou exaustão para a finalidade de renovação/troca de ar.
11. Todas as edificações devem atender o disposto neste Código e em legislação vigente específica.
ANEXO 09
Sanitários – Equipamentos e Acessibilidade
Quantidade mínima de equipamentos
Além do disposto nesse anexo, verificar normas vigentes pertinentes a cada atividade
Sanitários para Acessibilidade
Conjuntos Sanitários Comuns
NBR 9050
Uso/Atividade Vaso
Lavatório Vaso Sanitário Chuveiro Lavatório
sanitário Chuveiro
(01 unidade) (01 unidade) (01 unidade) (01 unidade)
(01 unidade)
Residência Unifamiliar 01 01 01
ou Unidade residencial para toda a para toda a para toda a
Isento isento isento
de edificação unidade unidade unidade
multifamiliar residencial residencial residencial
Áreas sociais e de 01 01
01 01 Isento se não Isento se não houver
lazer nas edificações Área comum Área comum houver piscina
para toda para toda
piscina
multifamiliares edificação edificação
01 para cada 01 para cada
Edificações para
300,00m² ou 20 300,00m² ou 20 NR - 24 01 01 NR -24
Comércio e Serviços funcionários funcionários
Indústrias com 01 para cada 20 01 para cada 20
Isento 01 01 Isento
atividades salubres funcionários funcionários
Indústrias com 01 para cada 10 01 para cada 10 01 para cada 10
01 01 01
atividades insalubres funcionários funcionários funcionários
01 por sexo 01 por sexo
Edificações Serviços
para cada para cada Isento 01 por sexo 01 por sexo Isento
Públicos 20 funcionários 20 funcionários
Restaurantes, 01 por sexo 01 por sexo
Lanchonetes, Casas para cada para cada Isento 01 por sexo 01 por sexo Isento
Noturnas. 40 lugares 40 lugares
Estabelecimentos 01 01
Conforme
Assistenciais de Conforme normas Conforme normas Conforme Conforme Conforme normas
normas
Saúde e de Interesse ANVISA/SESA ANVISA/SESA normas normas ANVISA/SESA
ANVISA/SESA
da Saúde ANVISA/SESA ANVISA/SESA
Conforme Conforme Conforme
Estabelecimentos de Conforme normas Conforme normas Conforme normas
normas normas normas
Educação Infantil SESA SESA SESA
SESA SESA SESA
Edificações de ensino Conforme Conforme Conforme
Conforme normas Conforme normas Conforme normas
com ou sem SESA SESA
normas normas normas
SESA
educação física SESA SESA SESA
01 por sexo 01 por sexo
Ginásio de Esportes
para cada 300 1 para cada 300 Isento 01 por sexo 01 por sexo Isento
(uso do público) pessoas pessoas
Ginásio de Esportes
05 05 05 01 01 01
(uso exclusivo atletas)
01 por sexo 01 por sexo 01 por sexo para
Clubes Esportivos
para cada para cada 40 cada 100 01 por sexo 01 por sexo 01
com piscinas 40 pessoas pessoas pessoas
01 por sexo 01 por sexo
Centros de Eventos,
para cada para cada 100 Isento 01 por sexo 01 por sexo Isento
Auditórios. 100 pessoas pessoas
Observação:
Coeficiente de Aproveitamento
(Lei de Uso e Ocupação do Solo Urbano e Rural de Medianeira)
Para o cálculo do Coeficiente de Aproveitamento máximo:
Áreas
I - A área construída da obra, excluindo as áreas não computáveis.
computáveis
I - terraço de cobertura, de uso comum dos condôminos ou pavimento livre destinado para
lazer comum dos moradores do prédio residencial e/ou comercial;
II – sacadas, terraços e varandas (abertas) para lazer das unidades de moradia/comércio;
III - área comum para circulação horizontal e vertical nas edificações coletivas;
IV - poço de elevadores, casas de máquinas, de bombas, de transformadores e geradores,
Áreas não caixa d'água, centrais de ar condicionado, instalações de aquecimento de águas, instalações
computáveis de gás, contadores e medidores em geral e instalações para depósito de lixo;
V - área de recreação equipada conforme exigência da Lei de Uso e Ocupação do Solo
Urbano e Rural de Medianeira;
VI - áreas de estacionamento ou garagem, principalmente, se localizadas nos pavimentos
subsolo e/ou pilotis, exceto, edifício-garagem.
Taxa de Ocupação
(Lei de Uso e Ocupação do Solo Urbano e Rural de Medianeira)
Para o cálculo da Taxa de Ocupação máxima:
I - A projeção de todos os pavimentos a serem edificados sobre o terreno, e;
II – Incluindo as vagas mínimas exigidas para estacionamento de residências unifamiliares ou
Áreas
multifamiliares e quitinetes, tanto cobertas, como descobertas, e;
computáveis
III – Incluindo os pavimentos subsolos, sacadas, varandas e terraços de cobertura utilizados
para habitação/lazer/outras atividades.
I - Projeção dos beirais de cobertura, marquises e platibandas.
Áreas não
computáveis
Taxa de Permeabilidade
(Lei de Uso e Ocupação do Solo Urbano e Rural de Medianeira)
Para o cálculo da Taxa de Permeabilidade mínima:
I – a área livre e remanescente das áreas não computáveis para a taxa de ocupação;
II - Os pisos utilizados para calçadas, nas áreas não edificadas do terreno, poderão ser
considerados parcialmente permeáveis, nos seguintes casos:
a) Pisos executados com blocos de concreto intertravados poderão ser computados em 50%
(cinquenta por cento) de sua área como permeável.
Áreas
b) Pisos executados com blocos de concreto intertravados vazados para plantio de grama
computáveis
poderão ser computados em 75% (setenta e cinco por cento) de sua área como permeável.
c) pisos projetados e executados com material 100% (cem por cento) drenante poderão ser
considerados 100% permeáveis para o cálculo da taxa de permeabilidade, desde que sejam
especificados no projeto e executados com material ecologicamente comprovado com essas
características.
I – Área computável para a taxa de ocupação, e;
Áreas não II – Incluindo as demais áreas impermeáveis, como calçadas e pavimentos impermeáveis (ver
computáveis se parcial ou total nas áreas computáveis), piscinas, depósitos de lixo, entre outros elementos
projetados e executados no terreno.
Número de Pavimentos
(Lei de Uso e Ocupação do Solo Urbano e Rural de Medianeira)
Para o cálculo do Número de Pavimentos máximo:
I – Todos os pavimentos utilizáveis, a partir do pavimento térreo que terá acesso direto para a
via pública (piso de descarga), considerando o seguinte:
a) Para efeito de cálculo do número de pavimentos, considera-se a partir do hall de entrada,
desde que não haja construções abaixo deste, exceto para fins de garagem, depósitos, áreas
de serviço, sanitários para funcionários e casa de máquinas.
b) Quando o subsolo for utilizado para compartimento de permanência prolongada, será
computado como pavimento.
Pavimentos e c) No caso da existência de mezanino, jirau e/ou sobreloja, o mesmo contará como um
áreas pavimento.
computáveis d) Se o pé-direito do pavimento térreo for superior a 5,00 m (cinco metros) contará como dois
pavimentos. A partir daí, a cada 3,00 m (três metros) acrescido a esse pé-direito,
corresponderá a um pavimento a mais.
e) Será considerado o último pavimento, quando este for uso exclusivo do penúltimo;
destinado a servir de salão de festas e/ou moradia do zelador.
f) Barracões ou edificações de pavimentos elevados para fins industriais, comerciais ou
prestação de serviços, contarão como 01 (um) pavimento, exceto, as áreas onde houver
pavimentos intermediários e/ou sobrepostos utilizáveis ou para fins de depósito.
Pavimentos e I – Pavimento(s) subsolo que ficam abaixo do pavimento térreo, desde que tenham finalidade
áreas não para garagem, depósitos, áreas de serviço, sanitários para funcionários e casa de máquinas.
computáveis II – Casa de máquinas e Reservatórios localizados no último pavimento.
Recuo Frontal
(Lei de Uso e Ocupação do Solo Urbano e Rural de Medianeira)
Referente ao recuo frontal obrigatório:
I – Poderá ser construído ou locado:
a) projeção de beirais e sacadas;
b) piscinas e cisternas (observar recuo lateral/fundos com 01 (um) metro);
c) acesso coberto para edificações escolares e creches e para edificações em geral, atendido
o disposto nesta lei sobre passagens cobertas;
Permitido d) locar vagas de garagem comercial descobertas, observado o rebaixo máximo de 50% do
meio-fio no alinhamento/testada do terreno;
e) os elementos avançados da fachada somente poderão ser executados sobre o recuo
frontal, se forem projetados e executados em balanço.
f) executar fossas sépticas e sumidouros quando não houver rede pública de esgoto
(observar afastamento do alinhamento e divisas do terreno com mínimo de 02 (dois) metros).
I – Não poderá ser construído ou locado:
a) corpo das edificações;
b) edículas;
Não permitido c) pilares;
d) elementos avançados da fachada (somente permitido se projetados e executados em
balanço);
e) locar vagas de garagem residencial (cobertas ou descobertas).
Recuo Lateral/Fundos
(Lei de Uso e Ocupação do Solo Urbano e Rural de Medianeira)
Referente ao recuo lateral/fundos obrigatório:
Verificar informações na Nota 02
I – Poderá ser construído ou locado:
a) corpo das edificações com parede cega na divisa ou com recuo (mínimo 70 cm de
afastamento);
b) Churrasqueiras, fornos e fogões (mínimo 70 cm de afastamento)
c) projeção de beirais;
Permitido
d) vagas de garagem descobertas residenciais ou comerciais;
e) piscinas e cisternas (observar afastamento mínimo, com 01 (um) metro das divisas do
terreno);
f) Residências em madeira com parede cega em alvenaria na divisa ou recuada, no mínimo,
70 cm (ver nota 2.5.1).
I – Não poderá ser construído ou locado:
a) corpo das edificações com esquadrias, vãos de aberturas ou áreas/ambientes abertos;
b) edículas;
c) pilares;
d) elementos avançados da fachada (somente permitido se projetados e executados em
Não permitido
balanço e não forem computáveis como área construída);
e) executar fossas sépticas e sumidouros quando não houver rede pública de esgoto
(observar afastamento do alinhamento e divisas do terreno com mínimo de 02 (dois) metros);
f) Residências em madeira;
g) Barracões com fechamento lateral em estrutura metálica/chapas (total ou parcial).
Cálculo de Área Construída
1. Os Índices urbanísticos estão normalizados pela Lei de Uso e Ocupação do Solo Urbano e Rural de Medianeira no
seu anexo 13.
2. O recuo lateral/fundos deve observar a seguinte exigência da Lei de Uso e Ocupação do Solo Urbano e Rural de
Medianeira:
2.1. Os recuos laterais/fundos mínimos dependem da altura da edificação e da existência de esquadrias, quaisquer
vãos de aberturas ou áreas/ambientes abertos das áreas utilizáveis para fins de iluminação/ventilação:
2.1.1. 0s recuos laterais/fundos com divisas de terrenos são obrigatórios quando a parede da edificação receber
esquadrias ou for aberta (com vãos de aberturas ou áreas abertas) para ventilação e iluminação dos ambientes
internos ou externos da edificação, da seguinte forma:
2.1.2. Para edificações de até 02 (dois) pavimentos, o recuo lateral/fundos mínimo, será de 1,50 m (um metro e
cinquenta centímetros).
2.1.3. Para edificações superiores a 02 (dois) pavimentos, a partir do nível do passeio público, deverá haver um
acréscimo de 0,20 m (vinte centímetros) além do recuo mínimo exigido com 1,50 m (um metro e cinquenta
centímetros) para cada pavimento a mais que for construído.
2.1.4. O subsolo não contará como pavimento, para acréscimo de recuo lateral/fundos mínimo (ver nota 2.1.3).
2.2. A edificação poderá ser construída nas divisas laterais/fundos do lote, quando não houver parede com
esquadrias/vãos de aberturas para ventilação e iluminação ou áreas/ambientes abertos, estando todas as paredes
cegas junto às divisas e/ou a menos de 1,50 m (um metro e meio) das divisas, obedecidas às demais disposições
desta Lei e normas pertinentes:
2.2.1. As áreas abertas com cobertura como, varandas, sacadas e terraços, junto às divisas laterais/fundos, devem
ter parede cega na divisa com fechamento total entre piso e cobertura.
2.2.2. As áreas abertas sem cobertura como, varandas, sacadas e terraços, junto às divisas laterais/fundos, devem
ter parede cega na divisa com altura mínima de 2,50 m (dois metros e meio).
2.3. Nos projetos onde houver parede cega voltada para a divisa lateral/fundos de terrenos vizinhos, caso a obra não
for projetada e executada junto às divisas, prever recuo/afastamento mínimo de 70 cm (setenta centímetros) para
passagem e limpeza entre a obra e à divisa, a fim de evitar problemas sanitários.
2.4. Nos projetos onde houver churrasqueiras, fornos e fogões, na locação dos mesmos, deverá ser observado um
recuo/afastamento de, no mínimo, 70 cm (setenta centímetros) das divisas lateral/fundos de terrenos vizinhos.
2.5. Residências de madeira ou com paredes externas em madeira devem observar um recuo/afastamento mínimo
das divisas laterais/fundos com 1,50m (um metro e meio) por medidas de segurança.
2.5.1. As Residências com paredes mistas (madeira e alvenaria/concreto) poderão ser aprovadas e executadas junto
à divisa lateral/fundos, desde que, a parede na divisa seja em alvenaria e/ou concreto, devendo a mesma avançar
1,0 m (um metro) em cada extremidade além do perímetro da obra em madeira.
2.6. Barracões para uso comercial/serviços/industrial devem observar requisitos de segurança para a edificação e os
terrenos vizinhos:
2.6.1. Barracões com fechamento lateral em estrutura metálica/chapas (total ou parcial) não podem ser executados
nas divisas laterais/fundos do terreno, devendo prever um recuo/afastamento mínimo das divisas em 1,50m (um
metro e meio) no perímetro urbano do Município.
2.6.2. Somente barracões com paredes mistas (alvenaria/concreto/metálico) poderão ser aprovados e executados
junto às divisas laterais/fundo, desde que, a parede na divisa seja em alvenaria e/ou concreto e a cobertura atenda
os requisitos desta lei.
2.6.3. Barracões para usos diversos com estrutura e/ou fechamento em madeira, somente serão permitidos nas
áreas rurais, com afastamento de, no mínimo, 5 m (cinco metros), das divisas dos terrenos vizinhos.
ANEXO 11
TERMO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA
SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO
DIVISÃO DE PLANEJAMENTO URBANO
IDENTIFICAÇÃO DO PROPRIETÁRIO:
Proprietário(s):
CPF/CNPJ nº:
Endereço (rua/avenida/número):
Bairro/Município/Estado:
Telefone/Celular:
IDENTIFICAÇÃO DO TERRENO DA OBRA:
Loteamento: Quadra: Lote:
Bairro Matrícula RI:
IDENTIFICAÇÃO DA OBRA:
Área a obra: Número de pavimentos:
Finalidade (uso residencial/comercial/outros):
Os abaixo assinados, na qualidade de proprietário do imóvel e responsável técnico pela autoria do projeto declaram, para fins
de obtenção da Licença de Construção para execução de obra, que o projeto e a execução atendem integralmente à
legislação vigente e assumem total responsabilidade quanto às informações sobre o terreno e aos parâmetros arquitetônicos
construtivos, principalmente, as normas do Plano Diretor do Município de Medianeira, Normas da ANVISA – Agência
Nacional de Vigilância Sanitária, Normas da SESA – Secretaria de Saúde do Estado do Paraná e Código de Saúde do
Paraná, Normas da ABNT, CSCIP - Código de Segurança contra Incêndio e Pânico do Corpo de Bombeiros Militar do
Paraná, Normas Ambientais relativas à matéria, NR - Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho, Códigos de Ética
Profissionais e demais normas federais, estaduais e municipais pertinentes para edificações de obras:
Assinatura do Proprietário
Nome:
CPF:
Definições