Dissertação Teorema Chines Dos Restos
Dissertação Teorema Chines Dos Restos
Dissertação Teorema Chines Dos Restos
BARREIRAS
2021
Diandra Chisa Tanaka
BARREIRAS
2021
1
FICHA CATALOGRÁFICA
55f.: il
Banca Examinadora
1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
3 DIVISIBILIDADE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.1 Divisão Euclidiana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3.2 O Máximo Divisor Comum . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3.3 Algoritmos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
3.4 Algoritmo de Euclides . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
3.5 Propriedades do mdc . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
3.6 Equações Diofantinas Lineares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
3.7 Mı́nimo Múltiplo Comum . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
4 NÚMEROS PRIMOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
4.1 Teorema Fundamental da Aritmética . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
5 CONGRUÊNCIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
5.1 Congruência Linear . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
5.2 Sistemas de Congruências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
8 CONCLUSÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
1 Introdução
9
O trabalho está estruturado da seguinte maneira: no capı́tulo 2, apresentamos um relevante
histórico acerca do Teorema Chinês dos Restos, mencionando aquele que se acredita ser o
primeiro problema da história envolvendo sistemas de congruências e como, naquele momento,
foi solucionado.
No capı́tulo 3, tratamos sobre a divisão de números inteiros, sendo evidenciados os conceitos
de divisibilidade, algoritmos de um modo geral, algoritmo de Euclides, equações diofantinas
lineares, máximo divisor comum e mı́nimo múltiplo comum.
No capı́tulo 4, abordamos o conceito de números primos e o Teorema Fundamental da
Aritmética e no capı́tulo 5 estudamos as congruências lineares e seus sistemas.
No sexto capı́tulo, é enunciado e demonstrado o Teorema Chinês dos Restos e, em seguida,
propõe-se um algoritmo computacional e um fluxograma para ele.
O capı́tulo 7 exemplifica com exercı́cios o funcionamento do programa proposto, além de
expor o arquivo gerado por ele com o valor das variáveis calculadas e o resultado final. No
último capı́tulo, são discutidas as conclusões.
10
2 Histórico: Teorema Chinês dos Res-
tos
Segundo Matkovic (1988), o registro mais antigo sobre o problema dos restos é do ma-
temático chinês Sun-Tsu, no século IV. O referido autor escreveu a obra: ”Sun-Tsu Suan-Ching”,
que significa: Aritmética Clássica de Sun-Tsu, composta por três volumes. No terceiro volume,
problema 26, ele relatou:
”Nós temos um número desconhecido de objetos, se nós os contarmos de três em três, deixa
resto dois; se nós os contarmos de cinco em cinco, deixa resto três; se nós os contarmos de
sete em sete, o resto é dois. Quantos são os objetos?”
Em seguida, o matemático fornece a resposta: 23, e descreve o método utilizado no cálculo:
Para cada unidade que sobra quando se conta de três em três, considere 70.
Logo, se você conta a cada três e tem resto dois, tome 140.
Para cada unidade que sobra quando se conta de cinco em cinco, considere 21.
Logo, se você conta a cada cinco e tem resto três, tome 63.
Para cada unidade que sobra quando se conta de sete em sete, considere 15.
Logo, se você conta a cada sete e tem resto dois, tome 30.
Se a soma for 106 ou mais, subtraia múltiplos de 105 (resultado da multiplicação entre 3, 5, 7)
e você terá o resultado.
No exemplo, tem-se 140+63+30 = 233.
Daı́, subtraia 2x105 = 210 e você tem o resultado. [3]
N ≡ 2 mod 3
N ≡ 3 mod 5
N ≡ 2 mod 7
Resolução:
21 ≡ 1 mod 5 ⇒ 63 ≡ 3 mod 5
11
15 ≡ 1 mod 7 ⇒ 30 ≡ 2 mod 7
N = 140 + 63 + 30 − n.105 = 23
Embora o cálculo acima tenha se apresentado de forma mais direta, no decorrer dos
próximos capı́tulos, serão abordados conteúdos importantes para a resolução de problemas
desse tipo e resolvidos mais exemplos de modo detalhado.
O fato é que através desse problema, a intenção por trás do Teorema Chinês dos Restos estava
estabelecida. Vale lembrar que existem infinitas soluções, de acordo com o valor assumido por
n, mas, no caso, Sun-Tsu estava procurando pela menor solução positiva, assim, n assume o
valor 23. Em seu livro, não há a generalização do Teorema, tampouco sua prova. [7]
No decorrer do tempo, os chineses deram vários nomes para o Teorema Chinês dos Restos ou
Teorema dos Restos Chinês. Os diferentes nomes vinham dos métodos computacionais ou das
diferentes aplicações dadas ao teorema por cada autor. [7]
12
3 Divisibilidade
A notação a|b não representa uma operação em Z. Trata-se de uma sentença que afirma
ser verdade que existe c inteiro tal que b = ca. A negação dessa sentença é representada por
a - b isto é, não existe nenhum inteiro c tal que b = ca.
1|0 , pois 0 = 0 · 1.
2|8 , pois 8 = 4 · 2.
13
(i) 1|a, a|a e a|0, pois, por definição, se a|b, então b = ca. Assim: a = a · 1, a =
1 · a, 0 = 0 · a.
(ii) a|b ⇒ ∃f ∈ Z tal que b = fa e b|c ⇒ ∃g ∈ Z tal que c = gb. Substituindo o valor de
b obtido da primeira equação nessa última, tem-se:
c = g(fa) ⇒ c = (gf)a
O que significa que a|c.
(iii) a|b ⇒ ∃f ∈ Z tal que b = fa e c|d ⇒ ∃g ∈ Z tal que d = gc. Multiplicando entre si
os membros das equações, tem-se: bd = (fa)(gc) = (fg)(ac).
Portanto, ac|bd.
(iv) Se a|b e a|c, tem-se que ∃f, g ∈ Z tal que b = fa e c = ga, respectivamente. Daı́,
xb + yc = x(fa) + y(ga) = a(xf) + a(yg) = a(xf + yg).
Portanto, como xb + yc = a(xf + yg), então a|(xb + yc).
(v) Se a|b ⇒ ∃c ∈ Z tal que b = ca. Em módulo, |b| = |c||a|. Como |b| 6= 0, tem-se que
|c| 6= 0. Consequentemente, 1 6 |c| e, portanto, |a| 6 |a||c| = |b|.
14
Axioma 1 (Axioma de Indução). Seja S um subconjunto de N tal que
(i) 0 ∈ S
(ii) S é fechado com respeito à operação de ”somar 1”a seus elementos, ou seja,
∀n, n ∈ S ⇒ n + 1 ∈ S
Então S = N.
Teorema 3.1 (Princı́pio da Indução Matemática). Seja a ∈ N e seja p(n) uma sentença
aberta em n. Suponha que:
Teorema 3.2 (Princı́pio da Boa Ordenação). Todo subconjunto não vazio S ⊂ N, possui um
menor elemento, isto é, existe a ∈ S tal que a 6 x, ∀x ∈ S.
15
Demonstração. A demonstração será feita por absurdo, utilizando o Princı́pio da Indução
Matemática (teorema 3.1). Seja S um subconjunto não vazio de N e suponha, por absurdo,
que S não possui um menor elemento. Portanto, o que se quer mostrar é que S é vazio, o que
seria uma contradição.
Considere o conjunto T complementar de S em N. Deve-se mostrar que T = N. Dado o
conjunto:
In = {k ∈ N; k 6 n} ,
considerando a sentença aberta:
p(n) : In ⊂ T .
Como 0 6 n, ∀n, segue que 0 ∈ T , pois, caso contrário, 0 seria um menor elemento de S.
Portanto, p(0) é verdade.
Supondo agora que p(n) seja verdade. Se n + 1 ∈ S, como nenhum elemento de In está em
S, n + 1 seria um menor elemento de S, o que não é permitido. Assim, n + 1 ∈ T , daı́
In+1 = In ∪ {n + 1} ⊂ T ,
o que prova que ∀n, In ⊂ T ; portanto N ⊂ T ⊂ N, consequentemente, T = N.
Teorema 3.3 (Divisão Euclidiana). Dados dois inteiros a e b, b 6= 0, existe um único par de
inteiros q e r tais que:
Se b|a, r = 0.
16
c = a − qb − b ⇒ c = a − (q + 1)b ∈ S, com c < r, o que é uma contradição com o fato
de r ser o menor elemento de S. Portanto, a = bq + r com r < b, o que prova a existência de
q e r.
Para provar a unicidade, note que, dados dois elementos distintos de S, a diferença entre
o maior e o menor desses elementos, sendo um múltiplo de b é, pelo menos, b. Logo, se
r = a − bq e r 0 = a − bq 0 , com r < r 0 < b, teria que r 0 − r > b, o que acarretaria
r 0 > r + b > b, que é um absurdo. Portanto r = r 0 .
Daı́ segue que a − bq = a − bq 0 , o que implica que bq = bq 0 , portanto, q = q 0 .
A Divisão Euclidiana pode ser aplicada em diversas situações, como as representadas a seguir:
16 = q · 3 + r
Uma maneira de resolver esse problema é por tentativa e erro. Isto é, atribuindo, mentalmente,
números para q até encontrar o maior deles tal que 0 6 r < 3. Assim:
Para q = 5, r = 16 − 5 · 3 = 1
Para q = 6, r = 16 − 6 · 3 = −2
Mas 0 6 r < 3, portanto, q = 5, r = 1.
297 = q · 4 + r
De forma semelhante ao que foi feito no exemplo anterior, procura-se o maior q tal que
0 6 r < 4.
Para q = 74, r = 297 − 74 · 4 = 1
Para q = 75, r = 297 − 75 · 4 = −3
Como o resto não pode ser negativo, q = 74.
17
Definição 3.2. Na obra Os Elementos de Euclides, o autor, essencialmente, define que o
inteiro d > 0 é o máximo divisor comum (mdc) de a e b se atender às propriedades:
De forma simplificada, o máximo divisor comum de dois ou mais números inteiros é o maior
divisor inteiro comum a todos eles.
Lema 3.1. Sejam a, b, n ∈ Z. Se existe (a, b−na), então (a, b) existe e (a, b) = (a, b−na).
Demonstração. Seja d = (a, b−na). Como d|a e d|(b−na), então, d divide b = b−na+na
(Proposição 3.1 (iv)). Isto é, d é um divisor comum de a e b. Supondo que c seja divisor
comum de a e b, então, c é um divisor comum de a e b − na (Proposição 3.1 (iv)) e, portanto,
c|d. Isso prova que d = (a, b).
18
O Lema 3.1 é fundamental para estabelecer o Algoritmo de Euclides, que será estudado na
Seção 3.4.
3.3 Algoritmos
Um algoritmo é qualquer procedimento computacional bem definido, que toma um valor ou
conjunto de valores como entrada e produz algum valor ou conjunto de valores como saı́da [4].
Contudo, o conceito de algoritmo não foi criado para satisfazer às necessidades da computação.
Pelo contrário, a programação é apenas um dos campos da aplicação dos algoritmos.
Algoritmos iterativos estão associados ao conceito de iteração ou aproximação sucessiva.
Caracterizam-se por envolver os seguintes passos:
1. Inicialização
Consiste em coletar os dados iniciais e estabelecer as condições do problema.
2. Passo Iterativo
Repetição sucessiva de um determinado processo.
Definição 3.3 (Algoritmo de Euclides). O Algoritmo de Euclides consiste nos três passos a
seguir:
1. Inicialização
Dados a, b ∈ N.
Se a < b, o resultado é imediato: q = 0 e r = a.
Para o caso b 6 a, segue:
Defina r0 = a, r1 = b e tome k = 2.
2. Critério de Parada
Se rk−1 |rk−2 , então está atendido o critério de parada, tendo (a, b) = rk−1 . Se não, vá
para o passo iterativo.
19
3. Passo Iterativo
Sejam rk , qk ∈ N, faça:
A referida condição é garantida, pois, caso contrário, haveria uma sequência de números
naturais b > r1 > r2 > ... sem menor elemento, o que contraria o Princı́pio da Boa Ordenação
(teorema 3.2).
q1
a b
r1
q1 q2
a b r1
r1 r2
Generalizando:
Como 372 > 162, tem-se que: 372 = 2.162 + 48. A tabela é preenchida da seguinte forma:
20
2
372 162
48
2 3
372 162 48
48 18
48 = 2.18 + 12.
2 3 2
372 162 48 18
48 18 12
18 = 1.12 + 6.
2 3 2 1
372 162 48 18 12
48 18 12 6
12 = 2.6 + 0.
2 3 2 1 2
372 162 48 18 12 6
48 18 12 6 0
dZ = {ld; l ∈ Z} .
21
Teorema 3.4. Sejam a, b ∈ Z não ambos nulos. Se d = min I(a, b) ∩ N, então:
(i) d é o mdc de a e b e
Demonstração. (i) Suponha que c divida a e b, logo, c divide todos os números naturais da
forma xa + yb, portanto, c divide todos os elementos de I(a, b) e, consequentemente,
c|d.
Para mostrar que d divide todos os elementos de I(a, b), considere z ∈ I(a, b) e suponha,
por absurdo, que d - z. Logo, pela divisão euclidiana,
z = dq + r ⇒ r = z − dq ⇒ r = xa + yb − (ma + nb)q
⇒ r = xa − qma + yb − qmb ⇒ r = (x − qm)a + (y − qn)b ∈ I(a, b) ∩ N,
(ii) Dado que todo elemento de I(a, b) é divisı́vel por d, tem-se que I(a, b) ⊂ dZ. Por
outro lado, para todo ld ∈ dZ, tem-se que
O Teorema 3.4 dá mais uma demonstração da existência do mdc de dois números a e b e
da existência de inteiros m e n, de modo que
(a, b) = ma + nb.
Diferente do Algoritmo de Euclides, aqui não há uma forma prática de encontrar o mdc de
dois números, tampouco os inteiros m e n.
22
Demonstração. Note que
I(na, nb) = nI(a, b)
O resultado segue do teorema anterior e do fato:
min(nI(a, b) ∩ N = n min(I(a, b) ∩ N).
Proposição 3.2. Dois números inteiros a e b são primos entre si se, e somente se, existem
números inteiros m e n tais que ma + nb = 1.
Demonstração. Suponha que a e b sejam primos entre si. Logo, (a, b) = 1. Como pelo
Teorema 3.4, tem-se que existem números inteiros m e n tais que ma + nb = (a, b) = 1,
segue a primeira parte da proposição. Reciprocamente, suponha que existam números inteiros
m, n tais que ma + nb = 1. Se d = (a, b), temos que d|(ma + nb), o que mostra que d|1
e, portanto, d = 1 .
Essa proposição estabelece uma relação fundamental entre estruturas aditiva e multiplicativa
dos números naturais, o que permitirá provar, entre outros resultados, o importante Lema de
Gauss:
Teorema 3.5 (Lema de Gauss). Sejam a, b, c números inteiros. Se a|bc e (a, b) = 1, então
a|c .
23
Demonstração. Se a|bc, então existe e ∈ Z tal que bc = ae.
Se (a, b) = 1, então, pela proposição anterior, existem m, n ∈ Z tais que
ma + nb = 1.
Multiplicando por c ambos os lados da igualdade acima:
c = mac + nbc.
Substituindo bc por ae nesta última igualdade, tem-se:
c = mac + nae = a(mc + ne).
Portanto, a|c.
Exemplo 11. 4|(27 · 20), logo 4|20, uma vez que (4, 27) = 1.
ax + by = c
onde a, b ∈ Z, não simultaneamente nulos. Uma solução é (x0 , y0 ) ∈ ZXZ para qual
ax0 + by0 = c é verdade.
Proposição 3.3. Uma equação diofantina ax+by = c, em que a e b não são simultaneamente
nulos, admite solução se, e somente se, d = (a, b) divide c.
Demonstração. ⇒) Se (x0 , y0 ) ∈ ZXZ é solução, vale: ax0 + by0 = c. Como d|a e d|b então
d|c.
⇐) Como d = (a, b), d = ax0 + by0 para um conveniente par (x0 , y0 ) ∈ ZXZ. Mas, por
hipótese, d|c, logo: c = dt, para algum t ∈ Z. Assim:
24
c = dt = (ax0 + by0 )t = a(x0 t) + b(y0 t)
O que mostra que (x0 t, y0 t) é solução.
25
43 = 5 · 8 + 3
5=3·1+2
3=2·1+1
Tem-se que:
1 = 3 − 2 · 1 = 3 − (5 − 3 · 1) = 3 · 2 + 5 · (−1) = (43 − 5 · 8) · 2 + 5 · (−1) = 43 · 2 + 5 · (−17),
portanto,
Logo, (250x0 , 250y0 ) = (500, −4250) é uma solução particular. A solução geral é:
x = 500 + 5t
y = −4250 − 43t
onde t ∈ Z
Exemplo 14. Considerando a = 4 e b = 6, os números 12, 24, 36, 132 são alguns dos múltiplos
comuns de a e b.
Definição 3.4. n > 0 é um mı́nimo múltiplo comum (mmc) dos números inteiros a e b, se
atender às seguintes condições:
26
Denota-se o múltiplo comum de a e b por [a, b].
De modo simplificado, o mı́nimo múltiplo comum entre dois ou mais números é representado
pelo menor valor comum pertecente aos múltiplos dos números.
Exemplo 16. Para determinar o mmc de 20 e 30, encontramos os mútiplos de 20: 0, 20, 40, 60, 80, ...
e os múltiplos de 30: 0, 30, 60, 90, ... . É fácil observar que o menor múltiplo comum é 60.
Outra forma calcular o mmc é por meio da fatoração em números primos, na qual devemos
selecionar os fatores comuns e não comuns de menor expoente: 20 = 2 · 2 · 5 = 22 · 5
30 = 2 · 3 · 5
[20, 30] = 22 · 3 · 5 = 60
Para efeito do cálculo do mmc de dois números, supõe-se que sempre são não negativos.
A próxima porposição tem um resultado interessante, pois relaciona o cálculo do mmc com
o Algoritmo de Euclides.
Proposição 3.7. Dados dois números inteiros a e b, afirma-se que [a, b] existe e [a, b](a, b) =
|ab|.
27
Demonstração. Se a = 0 ou b = 0, a igualdade acima é trivialmente satisfeita, pois [0, 0] = 0,
daı́ 0 · (0, 0) = 0 = |0 · 0|.
ab
Sem perda de generalidade, supõe-se a, b ∈ N. Tome m = . Como
(a, b)
b a
m=a =b ,
(a, b) (a, b)
tem-se que a|m e b|m, logo, m é múltiplo comum de a e b.
Seja c um múltiplo comum de a e b, assim, c = na = n 0 b. Segue que
a b
n = n0
(a, b) (a, b)
a b a
Pelo Corolário 2, e são primos entre si, segue do Teorema 3.4, que divide
(a, b) (a, b) (a, b)
a
n 0 e, portanto, m = b divide n 0 b que é igual a c .
(a, b)
Isso significa que, para encontrar o mmc de dois inteiros ambos não nulos, basta dividir o
módulo do produto dos dois números pelo seu mdc.
45 = 1.27 + 18
1
45 27
18
27 = 1.18 + 9
1 1
45 27 18
18 9
18 = 2.9 + 0
1 1 2
45 27 18 9
18 9 0
28
|ab| |45 · 27|
[a, b] = ⇒ [45, 27] = ⇒ [45, 27] = 135 .
(a, b) 9
Portanto, o mmc de 45 e 27 é 135.
29
4 Números Primos
O conceito de números primos será indispensável no estudo do Teorema Chinês dos Restos.
Por esse motivo, vale a pena abordar objetivamente o assunto, com suas aplicações.
Definição 4.1. Um número inteiro n, (n > 1), que possui somente dois divisores positivos,
sendo eles: n e 1, é chamado primo. Caso possua mais divisores, n é dito composto.
Exemplo 18. O número 23 é primo, pois seus únicos divisores positivos são 1 e 23. Já o
número 14 é composto, pois pode ser dividido por 1, 2, 7, 14.
Dois números são primos entre si, quando o máximo divisor comum é 1.
Exemplo 19. Os números 41 e 22 são primos entre si, pois o único inteiro positivo que divide
ambos é 1.
Dados dois números primos p e q e um número inteiro a qualquer. Pelo exposto, decorrem
as seguintes afirmativas:
Proposição 4.1 (Lema de Euclides). Sejam a, b, p ∈ Z, com p primo. Se p|ab, então p|a
ou p|b .
30
Demonstração. Basta provar que se p|ab e p - a, então p|b. Mas, se p - a, tem-se que
(p, a) = 1, pelo Lema de Gauss (Teorema 3.4), então p|b .
Teorema 4.1. Todo número natural maior do que 1 ou é primo ou se escreve de modo único
(a menos da ordem dos fatores) como um produto de números primos.
Demonstração. O teorema será provado por indução. Supondo o resultado válido para todo
número natural menor do que n, deve-se provar que vale para n. Se n é primo, nada precisa
ser demonstrado, por esse motivo, considere n composto. Logo, existem números naturais
n1 e n2 tais que n = n1 n2 , com 1 < n1 < n e 1 < n2 < n. Pela hipótese de indução
(suposição de que todo número menor que n se escreve como produto de números primos),
tem-se que existem números primos p1 , ..., pr e q1 , ..., qs tais que n1 = p1 ...pr e n2 = q1 ...qs ,
por conseguinte, n = p1 ...pr q1 ...qs .
Deve-se provar a unicidade da escrita (exceto pela ordem dos fatores). Suponha, agora,
n = p1 ...pr = q1 ...qs , novamente, com pi e qj primos. A unicidade fica provada se for
mostrado que s = r e que cada parcela pi é igual a algum qj . Como p1 |q1 ...qs , ele divide, ao
menos, um dos fatores de qj . Sem perda de generalidade, supõe-se que p1 |q1 , mas se eles são
primos, então p1 = q1 . Assim,
p2 ...pr = q2 ...qs
Como p2 ...pr < n, pela hipótese de indução, r = s e os pi e qj são iguais aos pares.
usando o mesmo conjunto de números primos, mas permitindo que os expoentes variem em
N ∪ {0} .
31
Exemplo 21. A decomposição dos números 30 e 69 utilizando o mesmo conjunto de números
primos pode ser da seguinte maneira:
30 = 21 · 31 · 51 · 230 e 69 = 20 · 31 · 50 · 231 .
20 = 22 · 51 · 70 e 70 = 21 · 51 · 71 .
32
5 Congruência
A aritmética com os restos da Divisão Euclidiana (vista na Seção 3.1) por um número
fixado é uma das noções introduzidas por Gauss no livro Disquisitiones Arithmeticae, de 1801
[6].
Nesse capı́tulo será definida a congruência entre números inteiros módulo m > 1, além de
suas propriedades mais importantes.
Definição 5.1. Sejam a, b, m números inteiros, m > 1. Diz-se que a é côngruo a b, módulo
m, se a e b deixam o mesmo resto quando divididos por m.
Notação: a ≡ b( mod m).
(i) 7 ≡ 9 mod 2, pois 7 e 9, quando divididos por 2, deixam o mesmo resto que é 1.
(iii) 13 ≡ 41 mod 7, pois ao dividir 13 por 7 e 41 por 7, obtém-se o mesmo resto que é 6.
Na definição anterior foi considerado m > 1, pois, como o resto da divisão de um número
inteiro por 1 é sempre nulo, ou seja a ≡ b mod m para quaisquer a, b ∈ Z, torna-se trivial a
aritmética dos restos módulo 1.
Quando a relação a ≡ b mod m for falsa, diz-se que a e b não são congruentes (ou
incongruentes) módulo m. Em notação: a 6≡ b mod m.
Nota-se, imediatamente, que congruência é uma relação de equivalência. Valendo, portanto,
as proposições a seguir:
(i) a ≡ a mod m,
Mas não será preciso sempre dividir a e b por m a fim de comparar seus restos para verificar
se existe congruência entre eles. Basta aplicar o resultado que segue:
33
Proposição 5.2. Suponha que a, b, m ∈ Z, com m > 1. Tem-se que a ≡ b mod m se, e
somente se, m|b − a.
Perceba que todo número inteiro é congruente módulo m ao seu resto pela divisão euclidiana
por m e, por conseguinte, é congruente módulo m a um dos números: 0, 1, ..., m − 1, que
são os possı́ves restos. É claro que dois desses números distintos não são congruentes módulo m.
Exemplo 25. Na divisão euclidiana de 11 por 5, obtem-se resto 1. Note que 11 ≡ 1 mod 5.
Exemplo 26. Se m = 3, as classes que formam o sistema completo de resı́duos módulo 3 são:
{..., −9, −6, −3, 0, 3, 6, 9, ...} , formado pelos números que deixam resto 0 na divisão por 3.
{..., −8, −5, −2, 1, 4, 7, 10, ...} formado pelos números que deixam resto 1 na divisão por 3.
{..., −7, −4, −1, 2, 5, 8, 11, ...} formado pelos números que deixam resto 2 na divisão por 3.
Dessa maneira, para construir um sistema completo de resı́duos módulo 3, basta escolher um
representante de cada classe, por exemplo: {−9, 1, −4} .
Em particular, o conjunto formado por números consecutivos também será um sistema completo
de resı́duos módulo 3 : {3, 4, 5} .
34
A escolha conveniente de um elemento em cada uma das classes para representá-la, em
muitas oportunidades, poderá facilitar os cálculos.
Lema 5.1. Dados p primo e a inteiro de tal modo que (p, a) = 1 e dado o conjunto
A = {an; ∀n ∈ N com n < p} . O conjunto dos restos das divisões dos elementos de A por
p forma um sistema completo de resı́duos módulo p.
Havendo duas congruências de mesmo módulo, é possı́vel fazer operações entre elas,
conforme proposições abaixo:
(i) Basta observar que m|(b − a) + (d − c) e, portanto, m|(b + d) − (a + c), o que prova
essa parte do resultado.
35
(ii) Basta notar que bd − ac = d(b − a) + a(d − c) e concluir que m|bd − ac.
2 ≡ 9 mod 7 e 6 ≡ 13 mod 7.
A proposição a seguir diz que, para as congruências, vale o cancelamento de parcelas com
relação à adição:
a + c ≡ b + c mod m ⇔ a ≡ b mod m.
7 − 3 ≡ 12 − 3 mod 5 ⇒ 4 ≡ 9 mod 5
7 + 11 ≡ 12 + 11 mod 5 ⇒ 18 ≡ 23 mod 5
O cancelamento multiplicativo não vale da mesma maneira, embora ainda seja possı́vel
fazer a seguinte equivalência:
36
m c m
ac ≡ bc mod m ⇔ m|(b − a)c ⇔ |(b − a) ⇔ |b − a
(c, m) c, m (c, m)
m
⇔ a ≡ b mod .
(c, m)
ac ≡ bc mod m ⇔ a ≡ b mod m.
É válido, ainda, observar propriedades adicionais das congruências, relacionadas com multi-
plicação:
Demonstração. (i) Se a ≡ b mod m, então m|b − a. Como n|m, segue que n|b − a. Logo,
a ≡ b mod n.
37
(ii) Se a ≡ b mod mi , i = 1, ..., r, então mi |b − a, para todo i. Sendo b − a um múltiplo
de cada mi , segue-se que [m1 , ..., mr ]|b − a, o que prova que a ≡ b mod [m1 , ..., mr ].
Por outro lado, tem-se que a ≡ b mod [m1 , ..., mr ] e mi |[m1 , ..., mr ], i = 1, ..., r, logo,
pela proposição anterior, a ≡ b mod mi .
ax ≡ b mod m
Exemplo 30. Dada a congruência de primeiro grau 2x ≡ 3 mod 5, tem-se como uma solução
x = 4. Mas, na realidade, todos os elementos do conjunto {4 + 5t, t ∈ Z} são representações
da mesma solução.
Exemplo 31. Encontre o menor múltiplo positivo de 7 que deixa resto 1 quando dividido por
2, 3, 4, 5 e 6. [6]
7X ≡ 1 mod 2
7X ≡ 1 mod 3
7X ≡ 1 mod 4
7X ≡ 1 mod 5
7X ≡ 1 mod 6
Pela Proposição 5.7 (ii), essas congruências lineares têm a mesma solução que
38
Logo, deve-se achar a solução positiva mı́nima u de: 70X ≡ 1 mod 60. Transformando essa
congruência em equação diofantina (assunto visto na Seção 3.6), tem-se: 7X − 60Y = 1.
Pelo algoritmo de euclides: 60 = 7 · 8 + 4
7=4·1+3
4=3·1+1
Portanto,
Uma solução do sistema é o inteiro x0 que é solução de cada uma das congruências que
pertencem ao sistema. Ou seja, se uma das congruências não tem solução, por conseguinte,
todo o sistema não possui solução.
Uma das soluções da primeira congruência é 2 e da segunda é 6. Daı́, as soluções gerais são:
Em congruências, tem-se:
39
x ≡ 2 mod 5
x ≡ 6 mod 9
2 + 5t ≡ 6 mod 9
⇒ 5t ≡ 4 mod 9
é a solução do sistema.
Como foi executado no exemplo anterior, toda equação linear pode ser transformada
em outra equivalente com coeficiente 1. Portanto, a partir de agora, neste trabalho, serão
estudados exclusivamente os sistemas com os coeficientes de x iguais a 1.
admite solução se, e somente se, a1 − a2 é divisı́vel por d = (m1 , m2 ). Neste caso, se x0 é
uma solução particular do sistema e se m = [m1 , m2 ], então x ≡ x0 mod m é sua solução
geral.
40
então a1 + m1 y0 é solução do sistema.
Se x0 é solução particular e x é geral, então x0 ≡ a1 mod m1 e x ≡ a1 mod m1 . Assim,
x ≡ x0 mod m1
isto é m1 |(x − x0 ). Analogamente, m2 |(x − x0 ). Então m|(x − x0 ), o que é equivalente a
x ≡ x0 mod m
Será dedicado todo o Capı́tulo 6 para abordar o Teorema Chinês dos Restos, tema principal
desse trabalho, que é uma das formas de resolver sistemas de congruências.
41
6 Teorema Chinês dos Restos
X ≡ a1 mod m1
X ≡ a2 mod m2
...
X ≡ an mod mn
Teorema 6.1 (Teorema Chinês dos Restos). Para que tal sistema possua solução, é suficiente
que mi e mj sejam primos entre si, isto é (mi , mj ) = 1, para todo par mi , mj com i 6= j. A
solução será única módulo z = m1 m2 ...mr como segue:
S = a1 x1 y1 + ... + an xn yn
S = a1 x1 y1 + ... + an xn yn ≡ ai xi yi ≡ ai mod mi
Portanto, a solução existe e tem essa forma. Provaremos, por absurdo, que ela é única.
Considerando que S’ é outra diferente solução para o sistema, então:
42
S ≡ ai mod mi
S 0 ≡ ai mod mi
Ou seja:
S ≡ S 0 mod mi , i = 1, ..., n.
O enunciado do Teorema Chinês dos Restos traz informações que roteirizam o cálculo para
encontrar a solução do sistema. A partir dos exemplos a seguir, fica claro a linha de raciocı́nio
a ser seguida.
X ≡ 2 mod 3
X ≡ 3 mod 5
X ≡ 2 mod 7
X ≡ 1 mod 5
X ≡ 2 mod 7
X ≡ 3 mod 11
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Cálculo de y1 , y2 , y3 :
77y1 ≡ 1 mod 5 ⇒ y1 = 3
55y2 ≡ 1 mod 7 ⇒ y2 = 6
35y3 ≡ 1 mod 11 ⇒ y3 = 6
Cálculo de S:
S = 1 · 77 · 3 + 2 · 55 · 6 + 3 · 35 · 6 = 1521 ≡ 366 mod 385
Dessa forma, tem-se que 366 é uma solução e qualquer outra solução é da forma:
x = 366 + 385k, k ∈ Z
6.1 Algoritmo
A proposta de algoritmo, a seguir, foi elaborada pela autora, para aplicação do Teorema
Chinês dos Restos na resolução de sistemas de congruências. Trata-se de um algoritmo com
muitos passos iterativos, todavia, a fim de simplificar, ocultou-se as iterações para obter os
dados de entrada da inicialização e do item 4.
1. Inicialização
2. Passo iterativo
Faça:
z
a) Cálculo de xi = ;
mi
b) Cálculo de wi = resto de xi dividido por mi ;
c) Cálculo de yi ;
i. Inicialização
t = 1.
ii. Passo Iterativo
(wi · t)
Faça:
mi
iii. Critério de Parada
Se o resto da divisão for 1, então o critério de parada está atendido e yi = t.
Se não, volte ao passo iterativo com t + 1 em vez de t.
44
3. Critério de Parada
Se i = n, o critério de parada está atendido. Senão, volte para o passo iterativo com
i + 1 em vez de i.
4. Cálculo de S = a1 x1 y1 + ... + an xn yn ;
onde:
n é o número de congruências que formarão o sistema;
an , mn são os números que compõe as congruências;
Na Figura 1 é apresentado o fluxograma que ilustra as etapas dos cálculos que serão
realizados.
45
Figura 1 – Fluxograma para resolução de sistemas de congruências pelo Teorema Chinês dos
Restos
46
7 Aplicações com uso de software
47
Figura 2 – Captura de tela do programa para resolução do Exemplo 33 (Parte 1)
48
Figura 3 – Captura de tela do programa para resolução do Exemplo 33 (Parte 2)
Nota-se que os resultados obtidos foram os mesmos de quando o problema foi resolvido de
forma manual, embora, agora, em poucos segundos.
49
Os próximos exemplos de sistemas de congruências foram extraı́dos da lista de exercı́cios do
site do Portal da OBMEP, no módulo referente a Teorema Chinês dos Restos.
X ≡ 1 mod 3
X ≡ 2 mod 5
X ≡ 3 mod 7
50
Figura 6 – Captura de tela do programa para resolução do Exemplo 35 (Parte 2)
X ≡ 1 mod 3
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X ≡ 2 mod 5
X ≡ 3 mod 11
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Figura 9 – Captura de tela do programa para resolução do Exemplo 36 (Parte 2)
X ≡ 2 mod 10
X ≡ 7 mod 11
X ≡ 5 mod 13
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Figura 11 – Captura de tela do programa para resolução do Exemplo 37 (Parte 1)
54
Figura 12 – Captura de tela do programa para resolução do Exemplo 37 (Parte 2)
Após conferência, percebe-se que o programa forneceu todos os resultados de forma correta.
É válido ressaltar que, durante todos os processos de resolução, há a verificação pelo próprio
programa da condição imposta no Teorema Chinês dos Restos, de que os números atribuı́dos
a mi tem de ser primos entre si. Caso os números não atendam à condição, é solicitado ao
usuário que digite novamente os dados do sistema de congruências. Para demonstrar, será
feito o teste com o Exemplo 38:
55
Exemplo 38. Encontre as soluções do sistema:
X ≡ 2 mod 12
X ≡ 7 mod 8
X ≡ 5 mod 13
Fica demonstrado que o programa faz as verificações relativas ao Teorema Chinês dos
Restos e que, caso os dados inseridos não se enquadrem, é solicitado que o usuário digite
novamente.
O programa fica disponı́vel para download clicando abaixo:
Programa Teorema Chinês dos Restos
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8 Conclusões
57
Referências
[1] BATISTA JÚNIOR, Claudenildo Castro O Teorema Chinês dos Restos: uma abor-
dagem voltada para olimpı́adas de Matemática com aplicações em Criptografia
RSA. 81f. Dissertação (Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional - PROF-
MAT) - Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 2020. 9
[3] CHANG, I-Chen. The ancient Chinese pearl in number theory: the Chinese remain-
der theorem. International Journal of Mathematical Education and Science Technology,
Vol. 11, No. 4, p. 545-556, 1980. 11
[4] CORMEN, Thomas H et al. Algoritmos: teoria e prática. 239 p. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2002. 19
[5] GLÓRIA, Walace da Silva. Teorema Chinês dos Restos: Ensino e Aplicações. 72f.
Dissertação (Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional - PROFMAT) -
Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2019. 9, 42
[6] HEFEZ, Abramo. Aritmética. 298 p. Rio de Janeiro: SBM, 2016. 24, 33, 38
[8] NASCIMENTO, Adriano Sales Teorema Chinês do Resto: Sua aplicação no ensino
médio. 63f. Dissertação (Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional -
PROFMAT) - Universidade Federal do Mato Grosso, Cuiabá, 2014. 9
[9] PRAZERES, Sidmar Bezerra dos O Teorema Chinês dos Restos e a Partilha de
Senhas. 71f. Dissertação (Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional -
PROFMAT) - Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 2014. 9
[10] SANTOS, Audemir dos Teorema Chinês dos Restos e Aplicações. 79f. Dissertação
(Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional - PROFMAT) - Universidade
Federal do Amazonas, Manaus, 2017. 9
[11] SOUTO FILHO, Antônio Luı́s de O Teorema Chinês dos Restos. 37f. Dissertação
(Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional - PROFMAT) - Universidade
Federal do Maranhão, São Luı́s, 2015. 9