Aula 01
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Apresentação
Vivemos uma realidade cada vez mais digital. A maior parte de nossas atividades envolve
dispositivos digitais. Pode-se encontrar qualquer pessoa em qualquer lugar e a qualquer hora com
um celular, e é possivel se localizar com aplicativos, pedir comida, receber indicação de filmes e
muito mais. A vida moderna tem sido marcada pela presença constante de telas, aplicativos e
aparelhos conectados à rede mundial de computadores.
A comunicação nunca foi tão rápida; a informação hoje dá a volta ao mundo em segundos.
Fronteiras físicas e distâncias hoje são relativas. Há uma grande circulação de dados que servem a
vários destinos. Nessa realidade o ser humano tem estabelecido relações tanto com outros seres
humanos quanto com máquinas. Esta é a sociedade em que se vive agora, e o Direito precisa
acompanhar o novo panorama.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar os conceitos de algoritmo, dados, inteligência
artificial, big data e blockchain. Também vai acompanhar o que é direito ao esquecimento e o
posicionamento do Supremo Tribunal Federal (STF).
Por fim, vai compreender o que é e como se faz o compartilhamento de dados, além da respectiva
cooperação entre os países.
Bons estudos.
Quando isso ocorre, pode haver um incômodo ou até um prejuízo a quem tem seu nome vinculado
à notícia. No Direito Digital, muitas interpretações são possíveis. Em casos como esse, o Poder
Judiciário é chamado a analisar o caso, verificar o cabimento do pedido e decidir.
Esse médico te procurou para saber se pode ingressar com um pedido de direito ao esquecimento
para excluir da internet todo e qualquer registro sobre o caso.
Hoje as informações e os dados tiveram sua circulação ampliada. Por isso, algumas vezes
se reconhece o direito ao esquecimento, requerido por um processo judicial, cuja manifestação do
STF já sinalizou como a legislação brasileira verifica a aplicabilidade desse instituto.
No capítulo Introdução ao Direito Digital, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, conheça os
principais conceitos relacionados ao tema e reconheça sua importância no mundo jurídico e na
sociedade.
Boa leitura.
DIREITO DIGITAL
Introdução ao
Direito digital
Louise Heine
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Introdução
Há quem sustente que, atualmente, vivemos a Quarta Revolução Industrial, cuja
pedra fundamental seria a inovação tecnológica. Como toda transformação dis-
ruptiva da sociedade, esta não pode ser ignorada pelas ciências jurídicas: é preciso
entender como o Direito se relaciona com as inovações que vêm impactando a
sociedade de uma forma geral, alterando, de maneira profunda, a vida humana,
o Estado, a regulação e os direitos. Nesse contexto, o Direito Digital surge como
um meio de adequar a realidade judicial e legislativa a essa nova realidade, sem
abandonar princípios essenciais, como o da segurança jurídica.
Como a Era Digital avança em um ritmo mais rápido do que o ordenamento
jurídico, surgem lacunas legais, que não abarcam os comportamentos e as relações
oriundas da tecnologia. Até que o Estado se adapte, criando regras, a regulamen-
tação existente e novas dinâmicas tendem a encontrar solução no Poder Judiciário.
Diante da ausência de legislação específica, não é raro que o Poder Judiciário,
sendo provocado, termine por legislar por meio de uma decisão.
2 Introdução ao Direito digital
Conceitos fundamentais
Antes de mais nada, tratando-se de tecnologia da informação, é preciso definir
alguns termos essenciais para entender como funcionam os sistemas e as
máquinas. Para o Direito, essa conceituação é indispensável, pois os regra-
mentos e as decisões judiciais deverão levar em consideração o significado
de cada termo e a que se refere.
Algoritmos
Os algoritmos são imprescindíveis para os sistemas digitais. Embora hoje
sejam amplamente empregados na informática, o conceito surgiu de aplicações
matemáticas. Grosso modo, caracterizam-se por conter, obrigatoriamente,
uma norma estabelecida para um procedimento que, quando empregada,
produzirá um resultado, passando por algumas etapas. Assim, os algoritmos
formam uma sequência de atos lógicos, raciocínios, instruções, operações,
todos ordenados para alcançar um objetivo, de modo que todas as etapas
devem ser seguidas.
O algoritmo deve sempre ter claros seu objetivo e a finalidade para a qual
se destina. Assim, quando as informações são fornecidas, o processamento
delas segue um padrão de tratamento para fornecer um resultado. Com base
nisso, é possível perceber que o algoritmo tem uma entrada (input) e uma
saída (output) de informações, a exemplo das instruções do que e de como
algo deve ser feito. Segundo Frazão (2018), os algoritmos têm sido utilizados
para respostas de questões objetivas e, ainda, para decidir sobre questões
subjetivas, complexas e que envolvem juízos sofisticados de valor, como estas:
Quem deve ser contratado para trabalhar em uma empresa? Que contrato
deve ser celebrado e em quais bases? Qual é a probabilidade de reincidência
de determinado criminoso?
Introdução ao Direito digital 3
Dados
Os dados, em um conceito adequado à realidade digital, são as informações
coletadas, inseridas e fornecidas para determinada finalidade. Atualmente,
essas informações são valiosas e circulam mundialmente. São os dados que
abastecem os algoritmos, de modo que a inclusão daqueles nos sistemas são
os inputs, que receberão tratamento para chegar a uma resposta: o output.
Os dados são o principal ativo de boa parte das organizações e movem
a economia digital, de modo que protegê-los de forma consistente é funda-
mental para a preservação do Estado Democrático de Direito e das liberdades
públicas. Portanto, proteger os dados é uma forma de proteger os cidadãos
e a sociedade. No Brasil, o Marco Civil Regulatório da Internet (Lei nº 12.965,
de 23 de abril de 2014) e a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (Lei nº
13.709, de 14 de agosto de 2018 [LGPD]) trazem previsões legais sobre como
os dados devem ser tratados, direitos e obrigações das pessoas físicas e
4 Introdução ao Direito digital
Inteligência artificial
Inteligência artificial é uma tecnologia utilizada por sistemas, máquinas e
computadores que simulam o pensamento humano para a tomada de decisões,
o aprendizado e a execução de tarefas, no intuito de prever comportamentos
e resultados, entre vários outras aplicabilidades, de forma autônoma. A in-
teligência artificial, então, abastecida com dados, funciona com a utilização
de algoritmos, produzindo previsões. Algumas das decisões automatizadas,
quando se referem a um indivíduo, são baseadas em métodos para a análise
de grande volume de dados. Essas informações podem resultar em riscos ou
ofensas aos direitos individuais, como autonomia, igualdade e personalidade.
Lyon (2003) refere que a sociedade, hoje, caracteriza-se pelas relações
remotas, de modo que os dados pessoais se transformaram em uma forma
de representação das pessoas, sendo determinantes para abrir ou fechar
as portas de oportunidades e acessos. Nesse sentido, Doneda et al. (2018)
atentam para o fato de que as decisões automatizadas também têm poten-
cial para violar os direitos fundamentais, o que pode ser minimizado pelo
cumprimento de determinados parâmetros éticos e legais que assegurem
a transparência a respeito do uso das informações, bem como a correção e
atualização das informações que servem como input do algoritmo.
Introdução ao Direito digital 5
Big data
Muito se ouve falar sobre big data, uma das palavras do momento quando o
assunto é tecnologia. O termo é utilizado para remeter a uma grande quan-
tidade de dados, um conjunto que expressa uma coleção imensa de tipos de
dados com qualidade diversificada, com fontes variadas e enorme capacidade
de processamento rápido. Seu uso serve para diversos fins, tanto para entes
privados quanto públicos. Segundo Hoffmann-Riem (2019), os dados não são
coletados, acumulados, analisados e utilizados apenas no âmbito da economia
privada, mas, também, em âmbito estatal. Porém, os dados pessoais também
integram o big data, então a preocupação da LGPD é extensiva a ele.
Blockchain
No ano de 2018, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) analisou um caso conside-
rado paradigma envolvendo instituição financeira. No voto, ao se manifestar,
a Ministra Nancy Andrighi definiu que blockchain é um tipo de tecnologia
que não depende de organização centralizada de dados para intermediar o
armazenamento de dados e as operações digitais. Nas palavras de Porto, Lima
Júnior e Silva (2019, p. 12), blockchain “[...] corresponde à base de armazena-
mento e registro de dados integralmente digital, na qual podem ser realizados
negócios e operações financeiras por meio da codificação computacional”.
Silva e Sousa (2019) mencionam que essa ferramenta foi desenvolvida
para servir às áreas financeiras e empresariais, promovendo garantias, como
a segurança jurídica, para os smart contracts. Funciona, portanto, como
blocos de informações e transações regidos por um código, autoexecutável,
que permite a execução de contratos e negociações. De fato, o blockchain foi
criado para servir como suporte para a criação do Bitcoin, uma criptomoeda.
É como se fosse um livro-registro cujos dados podem ser acessados por to-
dos, permitindo a transação de valores sem uma instituição financeira como
intermediária. Essa cadeia de dados é armazenada e reunida em blocos com
uma função hash, que Narayanan et al. (2016) definem como a característica
de imutabilidade, uma vez que os dados são armazenados e submetidos a
uma função e, depois disso, não podem ser alterados.
Aqueles que utilizam a tecnologia do blockchain desempenham um papel
importante, visto que podem monitorar o cumprimento e a execução dos
termos codificados, mantendo o anonimato, o que fortalece a noção de
segurança do sistema. O uso dessa tecnologia, assim, como enfatiza Lafarre
e Elst (2018 apud PORTO; LIMA JÚNIOR; SILVA, 2019, p. 14), torna possível que
haja a “[...] transparência e a confiabilidade das informações reunidas na
rede sem a necessidade de uma instituição centralizadora para outorgar
autorização e assumir a responsabilidade pela verificação da veracidade dos
dados inseridos e das transações efetuadas”. Porto, Lima Júnior e Silva (2019)
comentam que essa tecnologia tem vasta possibilidades de aplicações, além
da criptomoeda, como o registro de propriedades, comprovações de autoria
e propriedade intelectual, contratos automatizados, remessas internacionais
de valores, emissão de títulos privados, organizações descentralizadas au-
tônomas, etc. O Governo do Brasil, por exemplo, utiliza essa tecnologia para
autenticar documentos.
Introdução ao Direito digital 7
Cidadania digital
Falar em cidadania é falar no exercício de direitos por parte dos indivíduos.
Em uma sociedade, todos os indivíduos que têm direitos também têm deve-
res. Assim, surgem as noções de obrigações e responsabilidades. Quando se
transporta isso para a área do Direito Digital, entendendo o indivíduo como
um cidadão digital, na medida em que consome dados, fornece dados e tem
acesso a eles o tempo todo por meio de informações, percebe-se o quão
necessária é a observância aos princípios da privacidade, da intimidade e
da liberdade de expressão. Todos esses direitos, como fundamentais, são
capazes de limitar o outro quando extrapola, no caso concreto, seu bom
uso, causando dano moral ou patrimonial. Surge, daí, o dever de indenizar.
A cidadania digital é conectada com a noção da ética e das boas práticas
no ambiente digital. Com o crescente aumento das redes sociais, todos os
indivíduos têm a possibilidade de se expressar, de opinar e de se manifestar
sobre algum assunto. É o pleno exercício da liberdade de expressão. Todavia,
não deve servir de justificativa para constranger o outro. A ética e a boa-fé
objetiva devem prevalecer tanto nas relações pessoais quanto nas relações
virtuais.
Outro aspecto a se considerar é a solução de conflitos pelos meios digitais.
Isso ocorre tanto pelo acesso ao Poder Judiciário pelos meios digitais quanto
por mediações e negociações feitas pela internet. Já existem, inclusive, ser-
viços de mediação de conflitos por meio da internet. Seja qual for o meio, as
pessoas cada vez mais estão praticando atos da vida cotidiana pela internet.
Na esfera pública, os órgãos administrativos já divulgam, no ambiente virtual,
seu portal da transparência, empresas privadas divulgam seus balancetes
anuais, é possível declarar o imposto de renda pela internet, as notas fiscais
já são eletrônicas, há serviços relativos à Previdência Social que apenas são
prestados por meios digitais, etc. Enfim, há uma vasta utilização dos meios
digitais pelas pessoas, de modo que dados pessoais são fornecidos a todo
momento.
Para Doneda (2011), é fundamental que se reconheça a necessidade de
proteção de dados como um direito autônomo e fundamental para a prote-
ção da personalidade em prol das garantias constitucionais de igualdade,
liberdade e dignidade da pessoa humana, proteção da intimidade e da vida
privada. A cidadania digital é uma realidade e uma necessidade para otimizar
a vida das pessoas e informar, de maneira transparente, dados do Poder
Público, além de uma ferramenta de acesso a serviços e informações. Por
meio de senhas e assinaturas digitais, é possível transitar, virtualmente,
8 Introdução ao Direito digital
pelos mais diversos setores, praticando os mais variados atos. Porém, não
se deve esquecer de que, para que isso aconteça, dados pessoais são inse-
ridos e circulam nesse ambiente. Nesse sentido, medidas protetivas sobre
o tratamento e a finalidade desses dados devem ser cumpridas por todos,
sejam entes privados ou públicos.
Tal decisão do STF pode ser entendida como na contramão das tendências
mundiais. Isso porque, no mundo atual do fluxo de informações, há uma
tendência cada vez maior à proteção de dados e informações individuais.
Ainda que haja muito espaço para discussões sobre os direitos envolvidos,
pela fixação da tese acima, a tendência é que o posicionamento do STF seja
adotado pelo Judiciário brasileiro nos demais casos que versarem sobre o tema.
O Brasil ainda não reconheceu qualquer outro país como tendo o desejado
nível de proteção. Da mesma forma, também não teve esse reconhecimento
por parte de autoridades estrangeiras. Assim, a transferência internacional
de dados deve ser avaliada caso a caso, possibilitando a autorização ou a
medida compensatória a ser adotada.
Introdução ao Direito digital 15
Referências
ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO. Guia de boas práticas: Lei Geral de Proteção de Dados
(LGPD). Brasília: Advocacia Geral da União, 2020. Disponível em: https://www.gov.br/
governodigital/pt-br/governanca-de-dados/GuiaLGPD.pdf. Acesso em: 29 abr. 2021.
BRASIL. Conselho da Justiça Federal. Enunciado 531. A tutela da dignidade da pessoa
humana na sociedade da informação inclui o direito ao esquecimento. VI Jornada de
Direito Civil. Coordenador-Geral: Ministro Ruy Rosado de Aguiar. Brasília: Conselho da
Justiça Federal, [2013]. Disponível em: https://www.cjf.jus.br/enunciados/enunciado/142.
Acesso em: 28 abr. 2021.
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
Brasília: Presidência da República, [2020a]. Disponível em: http://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 28 abr. 2021.
BRASIL. Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990. Dispõe sobre a proteção do consumidor
e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, [2017]. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8078compilado.htm. Acesso em: 28 abr. 2021.
BRASIL. Lei nº 12.414, de 9 de junho de 2011. Disciplina a formação e consulta a bancos
de dados com informações de adimplemento, de pessoas naturais ou de pessoas
jurídicas, para formação de histórico de crédito. Brasília: Presidência da República,
[2019]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/
l12414.htm. Acesso em: 28 abr. 2021.
BRASIL. Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011. Regula o acesso a informações previsto
no inciso XXXIII do art. 5º , no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da Consti-
tuição Federal; altera a Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990; revoga a Lei nº 11.111,
de 5 de maio de 2005, e dispositivos da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991; e dá outras
providências. Brasília: Presidência da República, [2021]. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm. Acesso em: 28 abr. 2021.
BRASIL. Lei nº 12.965, de 23 de abril de 2014. Estabelece princípios, garantias, direitos
e deveres para o uso da Internet no Brasil. Brasília: Presidência da República, 2014.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l12965.
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BRASIL. Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018. Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais
(LGPD). Brasília: Presidência da República, [2020b]. Disponível em: http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/l13709.htm. Acesso em: 28 abr. 2021.
16 Introdução ao Direito digital
Leituras recomendadas
FERNANDES, R. V. C.; COSTA, H. A.; CARVALHO, A. G. P. (coord.). Tecnologia jurídica e
direito digital: I Congresso Internacional de Direito e Tecnologia — 2017. Belo Horizonte:
Fórum, 2018.
MARTINI, S. R.; BERGSTEIN, L. G. Aproximações entre o direito ao esquecimento e a lei
geral de proteção de dados pessoais (LGPD). Revista Científica Disruptiva, v. 1, n. 1, p.
160-176, 2019. Disponível em: http://revista.cers.com.br/ojs/index.php/revista/article/
view/14. Acesso em: 28 abr. 2021.
NAKAMOTO, S. Bitcoin: a peer-to-peer electronic cash system. Bitcoin, 2008. Disponível
em: https://bitcoin.org/bitcoin.pdf. Acesso em: 28 abr. 2021.
NUNES, D. H.; LEHFELD, L. S. Cidadania digital: direitos, deveres, lides cibernéticas e
responsabilidade civil no ordenamento jurídico brasileiro. Libertas: Revista de Pesquisa
em Direito da UFOP, v. 4, n. 2, p. 1-12, 2018. Disponível em: https://periodicos.ufop.
br:8082/pp/index.php/libertas/article/view/1300. Acesso em: 28 abr. 2021.
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Exercícios
1) "A crypto art, ou arte criptográfica, está promovendo uma grande mudança no
mercado artístico. Desde o segundo semestre de 2020, o conceito vem se tornando cada vez
mais popular e despertando a atenção do público.
"Vista como uma revolução digital, diversos artistas estão adotando essa nova forma de
vender arte pela internet. A crypto art é uma arte digital com um código único anexado à
obra, o que permite que seja exclusiva, como uma arte física — algo semelhante às pinturas
originais de Picasso, que têm a assinatura dele para comprovar sua autenticidade. Na arte
digital, essa verificação ocorre através de um NFT, um token não fungível. Garantindo a
originalidade, ele é um 'selo criptográfico' vinculado a uma peça e não pode ser replicado.
"O artista pode anexar um NFT a qualquer coisa: imagem, vídeo ou música, e as informações
do token são armazenadas no blockchain, um 'livro-razão' permanente que pode ser acessado
em qualquer computador do mundo" (CHARLEAUX, 2021).
E) No que tange à LGPD, pela maneira de organizar os blocos de dados, é impossível aplicar o
blockchain.
Por isso,
Afirmação 2: O direito ao esquecimento pode ser requerido quando se comete algum ato
ofensivo contra o requerente desde que as informações divulgadas sejam falsas. Cabe ainda
indenização por dano moral.
A) 1. Titular
2. Algoritmo
3. Consentimento
4. Big data
5. Dados
B) 1. Big data
2. Titular
3. Algoritmo
4. Dados
5. Algoritmos
C) 1. Big data
2. Programador
3. Algoritmos
4. Dados
5. Algoritmos
D) 1. Consentimento
2. Titular
3. Big data
4. Dados
5. Algoritmos
E) 1. Big data
2. Titular
3. Consentimento
4. Algoritmos
5. Programas
Tais serviços surgiram a reboque do uso das TICs pelo setor privado, especialmente pelo
setor financeiro, levando à criação das empresas públicas de prestação de serviços de
informática para lidar inicialmente com o processamento de dados e informações de
natureza fiscal.
Não por acaso, os primeiros avanços expressivos nesse campo vieram da máquina
arrecadadora do Estado, notadamente com a opção da entrega da Declaração do Imposto
sobre a Renda da Pessoa Física (DIRPF) via internet.
Sobre o uso de dados e inteligência artificial pelo governo, analise as afirmações a seguir:
III. Se um país (ou organismo internacional) comprovar que tem o mesmo grau de segurança
e proteção de dados da lei brasileira, pode haver transferência internacional de dados
pessoais.
IV. O Brasil pode fazer transferência internacional de dados se isso for necessário para
proteger a vida ou garantir a incolumidade física do titular ou terceiro.
A) II e V.
B) I, III e V.
C) I, IV e V.
D) IV e V.
E) III, IV e V.
5) Afirmação 1: A utilização cada vez mais ampla de dados pessoais para as mais variadas
atividades torna sua tutela jurídica um elemento essencial na atual sociedade da
informação. Qualquer infração no tratamento desses dados necessariamente comporta risco
de abuso, como sua exposição ou utilização indevida.
Por isso,
B) ambas as afirmações são verdadeiras, porém uma não tem relação com a outra.
Se isso não acontece, é possível requerer indenização. Há uma grande circulação de dados na
internet, e dados pessoais e sensíveis são vulneráveis, por isso merecem maior proteção.
Na Prática, veja como é possível agir caso esse dados não sejam respeitados.
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Saiba +
Para ampliar seu conhecimento no assunto, veja a seguir as sugestões do professor:
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Privacidade e proteção de dados no Brasil
Neste TED, acompanhe a explicação sobre a privacidade dos dados pessoais no Brasil com base na
LGPD e nas aplicações na vida cotidiana.
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