Ensaio Sobre o Modo de Produção Jê e A Formação Do Paraná
Ensaio Sobre o Modo de Produção Jê e A Formação Do Paraná
Ensaio Sobre o Modo de Produção Jê e A Formação Do Paraná
CURITIBA
2023
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DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO
NA PUBLICAÇÃO (CIP)
Marcelino, Fernando
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SUMÁRIO
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ENSAIO SOBRE O MODO DE PRODUÇÃO JÊ E A FORMAÇÃO DO PARANÁ
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aproximadamente 410-415 milhões de anos (início do Período Devoniano), em um
ambiente marinho relativamente raso.
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Sul. Em cavernas de Doutor Ulysses foi encontrado um cachorro extinto, restos de
cervídeos, antas, uma espécie extinta de porco-do-mato e duas ainda viventes, o catitu e
o pecari. Em Mangueirinha, foram coletados restos de um cavalo extinto associados a
preguiças gigantes e mastodontes.
Os estudos sobre a ocupação dos territórios do sul do Brasil, como por exemplo,
estudos arqueológicos e antropológicos concordam que as populações humanas estão
presentes na região, desde cerca de 11000 a 12000 anos AP.
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No Brasil, um caso notório é a arqueóloga paulista Niède Guidon, que desde 1978
realiza escavações no sul do Piauí. Ela defende a hipótese de que os primeiros seres
humanos a pôr os pés no país vieram diretamente da África, entre 150 mil e 110 mil
anos atrás, “saltando” de ilha em ilha pelo meio do oceano Atlântico, que, devido a
glaciações, estava cerca de 120 metros mais baixo que hoje.
Outra visão – que nos embasamos - é que primeiros brasileiros chegaram ao país
pelo noroeste, ou mais precisamente pela Amazônia. A partir dessa região, eles foram
paulatinamente ocupando o resto do território, alguns grupos pelo interior, outros
margeando a costa. Estes, mais tarde, também podem ter conquistado o interior a partir
do litoral, seguindo os cursos dos rios. Seja como for, hoje há praticamente um
consenso entre os estudiosos de que a primeira ocupação do território que viria a ser o
Brasil ocorreu há pelo menos 12 mil anos. Trata-se do povo de Luzia, o fóssil mais
antigo de que se tem registro no país, com 11,3 mil anos. Pode ser que tenham até
aparecido índios antes, mas o certo é que há 10 mil anos praticamente todo o território
brasileiro já era habitado. A prova disso são vários sítios arqueológicos com vestígios
ao redor dessa idade encontrados em diversas partes do país. Sítios com vestígios
humanos de mais de 10 mil anos foram encontrados na Amazônia, Piauí, Bahia, Mato
Grosso e São Paulo.
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“Tradição” é o nome que se dá às populações que ocuparam os territórios
brasileiros no período anterior à chegada dos europeus, em épocas bem remotas. São
elas:
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Os sambaquis, sítios arqueológicos pré-históricos inseridos na paisagem holocênica do Período
Quaternário, segundo Schmitz (1984), são lugares onde populações indígenas acamparam, temporária ou
permanentemente, para explorar os recursos litorâneos, sendo, portanto, acumulações artificiais
principalmente de conchas de moluscos e, em menor escala, de ossos de mamíferos, répteis, aves e
peixes, devido às menores taxas de preservação no registro arqueológico. Ocorrem da costa Sul do
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paisagem sofreu grandes transformações, com matas mais densas e uma maior
disponibilidade de recursos naturais, como peixes, moluscos, aves, mamíferos e árvores
frutíferas2.
A segunda fase é marcada pelas grandes expansões dos povos amazônicos, com
o desenvolvimento da agricultura. Esses povos se expandiram sobre áreas ocupadas
pelos primeiros, sendo absorvidos ou dizimados pela ampliação da população agrícola.
Em quase todo Brasil não-amazônico, a transformação na forma de vida dos habitantes
foi profunda, fora algumas áreas dos sambaquis e do interior. É neste momento que os
povos jês se espalham. Cerca de 5 mil anos atrás, Jês se deslocam gradualmente da
Amazônia para o sul, atraído por clima, alimentos e/ou por disputas internas. Pesquisas
arqueológicas mais recentes indicam que o planalto meridional, desde o planalto
paranaense até o sulino, foi povoado por grupos ligados aos tronco Macro-Jê vindos da
Amazônia, a procura de terra e alimentos. E foram se estruturando no Sul com
características próprias, se adaptando a região. Registros arqueológicos e etno-históricos
registram a antiguidade da ocupação. Aponta-se que estes movimentos populacionais
para fora da Amazônia seriam derivados de um importante aumento demográfico que os
teria pressionado para fora de suas áreas originais (BROCHADO, 1984). Através da
linguística histórica, aponta-se que a família Jê teria se separado em algum ponto do
planalto central brasileiro (URBAN, 1992, p. 90). A partir daí, Kaingáng e Xokleng
teriam migrado em direção ao Brasil Meridional. As relações entre as línguas Jê, no
âmbito do tronco linguístico Macro-Jê, mostram que o Kaingáng estaria mais próximo
ao conjunto Akwén (Xakriabá, Xavante e Xerente) e Apinayé, enquanto que o Xokleng
estaria incluído no grupo das línguas Kayapó, Timbira, KrenAkarôre e Suyá (NOELLI,
1999, p. 292). Os grupos Kaingáng e Xokleng teriam colonizado o sul brasileiro com
suas línguas consolidadas. Outro dado importante neste sentido, provém de análises
biológicas, as quais atestam que os dois povos possuem características diferentes.
Estudos etnográficos apontam que existem diferenças culturais entre estes dois povos,
ainda que mantenham características semelhantes, por exemplo, quanto aos seus
sistemas sociais.
Espírito Santo até o Norte do Rio Grande do Sul, e datam, no geral, de 8.000 a 500 anos A.P., apesar de a
maioria estar situada entre 5.000 e 3.000 A.P. (PROUS, 1992). Com muito menor freqüência também
aparecem no litoral Norte do país e no baixo rio Amazonas (FAJARDO, 2002).
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Disponível em http://www.museuparanaense.pr.gov.br/Pagina/Departamento-de-Arqueologia
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Francisco Noelli propõe que a expansão dos Jê do Sul estaria associada,
sobretudo, à expansão Guarani no Brasil meridional e as consequentes disputas
territoriais. Seriam três movimentações territoriais da população Jê meridional no
período pré-colonial. A primeira, ocorrida entre 2000 e 1000 A. P., ocasionada pela
pressão dos Guarani que estavam se estabelecendo nas margens dos grandes rios e
afluentes, fez com que os Jê do Sul migrassem da várzea dos cursos d’água volumosos
em direção as terras altas e frias do planalto meridional. A segunda, acontecida a partir
de 1200 A. P., também ocasionada pelos embates frente aos Guarani, fez com que os Jê
do Sul fossem expulsos do litoral entre o Paraná e o Rio Grande do Sul, o que acarretou
na migração destes povos para áreas mais altas próximas a faixa litorânea. A terceira,
ocasionada pelos contatos conflituosos entre europeus e Guaranis – que culminou com
uma diminuição numérica drástica desta última população –, implicou em uma nova
configuração territorial, onde os Jê do Sul passaram a ocupar os vales dos rios Tibagi,
Piquiri e Ivaí, no Paraná, o noroeste do Rio Grande do Sul, e os baixos vales da vertente
Atlântica catarinense, bem como o litoral (NOELLI, 2004, p. 39-40)
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fonte de alimento para os indígenas e atrativo para os animais por eles caçados,
possibilitou a disseminação dos proto-Jê.
Jonas Gregório de Souza aponta que a floresta de araucárias passou por uma fase
inicial de expansão entre 4 500 e 3 000 anos atrás, época em que ainda havia poucos
sinais de atividade agrícola e sedentarismo na região. Nessa fase, o crescimento das
araucárias se concentrou principalmente à beira de rios do planalto. Depois disso, há um
longo período de estagnação desse avanço, que retorna, de modo rápido e amplo, entre 1
500 e 1 000 anos atrás, coincidindo com uma fase de expansão e aumento da
complexidade e tamanho dos assentamentos Proto-Jê. Os ancestrais dos Kaingang e
Xokleng, portanto, de alguma forma estavam atuando como semeadores da floresta,
levando-a para locais onde não cresceria naturalmente e usufruindo dos muitos recursos
que ela oferece, como os saborosos e nutritivos pinhões. Coletando grandes quantidades
de pinhão e carregando-as consigo quando fundavam novos assentamentos, os indígenas
fatalmente deixariam de consumir algumas das sementes, que acabariam germinando.
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Por volta de 4500 AP (antes do presente), inicia-se o processo de expansão das
matas de araucária a partir das florestas de galeria ao longo dos rios devido ao aumento
progressivo da umidade no sul do Brasil. Ademais, entre 1410 e 910 AP, o clima
tornou-se ainda mais úmido, situação que teria implicado na expansão das florestas de
araucárias sobre as áreas de campo do planalto meridional (BEHLING, 2007). Para
além da Araucária angustifolia (Pinheiro-do-Paraná), na Mata de Araucárias há grande
representatividade de outras espécies, tais como Podocarpos Lambertini (Pinheiro-
Bravo), Ilex paraguayensis (Erva-mate), Drymis brasiliensis (Casca-de-anta),
Symplocos uniflora (Pau-de-canga / Sete-sangrias) e Mimosa scabrella (Bracatinga),
além de outras das famílias Myrtaceae e Lauraceae. Há que se ter em mente, ainda, que
existem variedades de Araucária angustifolia que produzem em períodos distintos do
ano. Corteletti (2012, p. 173) aponta que existem diferentes variedades que se tomadas
em conjunto oferecem sementes ao longo de 11 meses de um mesmo ano.
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região. Os índios teriam empregado um corte seletivo de árvores e favorecido a difusão
das araucárias. Os proto-Jê, tinham grande conhecimento do meio natural, sabiam
manejar, em alguma medida, a floresta de araucária e eram capazes de moldar a
paisagem local. As árvores de araucária lhes forneciam, por exemplo, uma parte
importante de seu cardápio, os pinhões.
A araucária devia ser objeto de culto dos povos jês. Na história, a dedicação de
povos por certas espécies vegetais é extrema, integrando a cultura. Diversas lendas
apontam que na floresta era para tudo que precisassem. A floresta exercia sobre o
espírito dos jês profunda influência. A floresta mantém o equilíbrio climático e o regime
das águas – precipitações, nutrição das fontes e dos arroios -, amparo a encostas e
manutenção da paisagem.
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3. MODO DE PRODUÇÃO AGROFLOESTRAL JÊ
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arqueológico deste período. Cabe lembrar que ocupavam também o litoral sul/sudeste
alguns séculos antes da chegada dos primeiros colonizadores europeus.
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Idade Antiga (antiguidade), caracteriza os primeiros Estados surgidos no Oriente
Próximo (egípcios, babilônios, assírios, fenícios, hebreus, persas), na Europa Meridional
no final da Antiguidade, na China, Índia e África antiga e também na América pré-
colombiana nas sociedades incas, astecas e maias. Todos teriam desenvolvido esse tipo
de sociedade.
Isso nos leva a crer que os povos Proto-Jê – do território de São Paulo ao Rio
Grande do Sul – criaram um modo de produção complexo, cuja principal marca é a
progressiva produção do bioma. As florestas onde predominava a araucária, pinheiro e
imbuia foram produzidas para manutenção por gerações foram obra de ação humana,
por alguns séculos. A base econômica do modo de produção Jê era a floresta, mantendo
viável a ocupação do território por várias gerações.
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4. UM PARANÁ SEM ÍNDIOS?
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utilizando não apenas sua mão de obra de forma escravista, mas sua cultura, suas
estradas, sua floresta, suas comidas, seu mate, sua rede, sua alimentação e costumes.
Quando olhamos o povo paranaense – fora algumas elites cosmopolitas – vemos a
aculturação formada fundamentalmente pela cultura jê. Não foram os índios que
acabaram aculturados, mas os imigrantes portugueses e depois de outras
nacionalidades. Até hoje, as culturas imigrantes são mais ou menos nichos quase
exóticos, mantendo suas tradições em seus grupos. Enquanto isso, a cultura jê forma
a base do vocabulário, nomes, alimentação, trejeitos, hábitos e costumes.
Chega a ser absurda suas tentativas de recontar a história para comprovar sua
tese de “Paraná branco e europeu”. Wilson fala que o mate tem origem incerta.
Comer pinhão teria sido inventado pelos portugueses pobres. A farinha teria vindo
de colonos fazendeiros. O charque uma invenção gaúcha. O hábito de comer frutas e
hortaliças teria surgido pelos hábeis imigrantes na luta pela sobrevivência. A batata
e a mandioca teriam sido introduzidas pelos alemães. A influência da imigração
estrangeira seria total. O papel da comida indígena na construção da identidade
paranaense não é sequer citado. Não se sabe se Wilson omite deliberadamente a
origem dos alimentos. Seja como for, o que foge na explicação da aculturação do
Paraná formada exclusivamente pelos imigrantes é porque a base da alimentação
paranaense é indígena até nossos dias.
O pinhão era parte importante da dieta dos povos indígenas desta região. Foi
inserido na culinária paranaense pelos indígenas e, posteriormente, muito apreciado
pelos tropeiros e colonos. Muitos pratos são feitos à base desse ingrediente, como
por exemplo o entrevero de pinhão comum na região dos campos gerais e sul do
Paraná. O chimarrão é uma bebida arcaica feita de erva-mate e caracterizada como
bebida típica dos indígenas da região. A erva-mate chegou a ser o principal produto
de exportação do Paraná em finais do século XIX e início do XX. Grande parte dos
alimentos que temos na mesa, provém do manejo ambiental indígena, como a
mandioca, o milho, a abóbora, o inhame, a pimenta, amendoim, moranga, palmito,
paçoca, a batata, abóboras, feijão, palmitos, o mate chimarrão, frutas do mato
(guabiroba, guamirim, jabuticaba, pitanga, ariticum, etc.), a pimenta essencialmente
como tempero, o pescado, a caça (de pena e pata) silvestre e as técnicas de forno
subterrâneo. Dentre as ervas medicinais, destaca-se o boldo, copaíba, catuaba,
sucupira, entre outros, para curar enfermidades.
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5. EXPROPRIANDO A FLORESTA DE ARAUCÁRIAS
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madeiras usadas pela construção civil na Europa e extraída de florestas ao redor do Mar
Báltico, foi uma dessas matérias primas afetadas. A madeira de pinho das Araucárias,
com características muito similares ao pinho-de-Riga, rapidamente foi transformada em
matéria de exportação. A partir da década de 1920, a derrubada de áreas de matas para a
implantação de grandes campos agrícolas veio se juntar ao processo de devastação
florestal já em andamento há várias décadas por conta da exploração madeireira. A
partir de 1920, passou-se a dizimar imensas regiões florestadas do Segundo Planalto
paranaense, para implantação da agricultura extensiva, denominadas “roças-de-toco”,
em vista da expansão da população sertaneja, quase sempre entregue a um “nomadismo
atávico”.
Em 1926, o então deputado estadual Romário Martins alertava para a sistemática
dilapidação dos pinhais e propôs um projeto de lei que alterava o Código Florestal do
Estado. Esse projeto previa a desapropriação de áreas, destinadas à perpetuação do
sertão paranaense, isento de alteração em sua fisionomia natural, e não permitia
qualquer exploração econômica, sendo sua finalidade exclusivamente científica, moral e
estética. Mas este projeto de lei não foi aprovado e a medida preservacionista, inédita
para a época, não foi levada a efeito. Um artigo publicado em alemão, de 1931, de
autoria de Reinhard Maack, falava que:
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próprias palavras: o Paraná transformar-se-ia então de estado exportador a importador
de madeiras. Peroba, cedro, pinheiro, imbuia, marfim e outras madeiras-de-lei, se
tornarão raridades botânicas, se o Estado não criar o mais depressa possível as reservas
florestais necessárias (MAACK, 1968).
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Das exuberantes matas encontradas no Estado nos primeiros tempos da
colonização da Brasil, restam hoje remanescentes florestais na Serra do Mar e no Parque
Nacional do Iguaçu, respectivamente no Leste e Oeste do Paraná, ao longo da Escarpa
Devoniana e da Serra da Esperança, além de outros fragmentos florestais transformados
em parques e Unidades de Conservação. Atualmente resta no Paraná apenas cerca de
3% da extensão original da Floresta de Araucárias. A espécie corre risco de extinção, de
acordo com a União Internacional para Conservação da Natureza e com a Relação das
Espécies Ameaçadas de Extinção no Paraná, do Instituto Água e Terra (IAT).
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6. REFERÊNCIAS
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