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Bruna e Victor e Weverton 117 Pronto

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Análise dos índices de estrutura e

lucratividade das demonstrações contábeis da


empresa Raia Drogasil S.A.
Analysis of the structure of rates and profitability of the company's financial
statements Raia Drogasil S.A.

Bruna da Silva Serafim1


Victor Antônio Alves Moreira2
Weverton Cesar Silva3
Walcir Gonçalves de Lima4
Cleide Henrique Avelino do Vale5
Fabiane Cristina Spironelli6

RESUMO

A pesquisa desenvolvida neste artigo aborda a avaliação do desempenho


econômico-financeiro da rede de drogarias Raia Drogasil por meio de técnicas e
fórmulas usuais de índices, tais como os de liquidez, estrutura patrimonial e
endividamento, e de rentabilidade aplicados nas demonstrações contábeis, Balanço
Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício. O estudo pretende
demonstrar que a aplicação dos índices auxiliam os gestores na análise da situação
econômica e financeira da empresa e no processo de tomada de decisão. A
metodologia utilizada foi pesquisa bibliográfica e estudo de caso.

Palavras-chave: Demonstrações Contábeis; Econômico-financeira; Tomada de


Decisão.

ABSTRACT

The research developed in this article addresses the evaluation of the economic
and financial performance of the Raia Drogasil drugstores chain through the usual
techniques and formulas of indexes, such as liquidity, equity structure and
indebtedness, and profitability applied in the financial statements, Balance Sheet
and Statement of Income for the Year. The study intends to demonstrate that the
application of the indices helps the managers in the analysis of the economic and
financial situation of the company and in the process of decision making. The
methodology used was bibliographic research and case study.
Keywords: Financial Statements; Economic and Financial; Decision Making.
1 Acadêmica do 8 º termo do curso de Ciências Contábeis no Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium de Araçatuba.
2 Acadêmico do 8 º termo do curso de Ciências Contábeis no Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium de Araçatuba.
3 Acadêmico do 8 º termo do curso de Ciências Contábeis no Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium de Araçatuba.
4 Contador; Mestrado em Contabilidade Avançada; Docente do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium de

Araçatuba.
5 Contadora; Especialização em Contabilidade, Administração e Finanças; Docente do Centro Universitário Católico Salesiano

Auxilium de Araçatuba.
6 Contadora; Especialização em Contabilidade, Administração e Finanças; Docente do Centro Universitário Católico Salesiano

Auxilium de Araçatuba.
Introdução
A análise dos índices de estrutura e lucratividade das demonstrações
contábeis trazem benefícios à empresa, de modo a relatarem a situação financeira
econômica da entidade, auxiliando no processo de tomada de decisões que foram
utilizadas pela empresa no passado, bem como fornecer subsídios para o
planejamento financeiro, visando ao futuro.
Dentre os métodos de gestão utilizados para tomada de decisão, a análise
das demonstrações contábeis é uma das mais relevantes, pois através dela é
possível avaliar o desempenho financeiro, econômico e de endividamento da
empresa, tendo como base as informações coletadas a partir da análise do balanço
patrimonial, demonstração do resultado do exercício, entre outros documentos
contábeis que possam evidenciar a situação atual da empresa. Sendo assim, a
análise das demonstrações contábeis torna-se uma ferramenta essencial na gestão,
auxiliando na tomada de decisões.
O trabalho pretende mostrar que a análise dos índices de estrutura e
lucratividade das demonstrações contábeis traz benefícios à empresa, de modo
que relatam a situação financeira e econômica da entidade, auxiliando no processo
de tomada de decisão. Usando como estudo de caso a empresa Raia Drogasil, onde
é feita uma análise exploratória do seu balanço patrimonial e da demonstração do
resultado do exercício, a fim de avaliar e identificar seus pontos fortes e fracos no
aspecto econômico e financeiro.

Demonstrações Contábeis

As Demonstrações Contábeis são relatórios em que é apresentada a


situação patrimonial e financeira da empresa em certo momento, com a finalidade
de fornecer informações aos acionistas, governos e todos os interessados ao
cenário em que a empresa encontra-se.
Segundo o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil - IBRACON
(2005, NPC 27),

O objetivo das demonstrações contábeis de uso geral é fornecer informações


sobre a posição patrimonial e financeira, o resultado e o fluxo financeiro de uma
entidade, que são úteis para uma ampla variedade de usuários na tomada de
decisões. As demonstrações contábeis também mostram os resultados do
gerenciamento, pela Administração, dos recursos que lhe são confiados.
De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, a Lei nº 6.404 de 1976,
alterada pela Lei nº 11.638 de 2007 e Lei nº 11.941 de 2009, as demonstrações
obrigatórias são: Balanço patrimonial; Demonstração do resultado do exercício;
Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; Demonstração das mutações
do patrimônio líquido; Demonstração dos fluxos de caixa; Demonstração do valor
adicionado, se divulgado pela entidade; Notas explicativas, incluindo a descrição
das práticas contábeis.

Balanço Patrimonial - BP
O balanço é composto em três partes fundamentais: ativo, passivo e
patrimônio líquido. Cada uma dessas partes demonstra suas várias contas
classificadas em grupos que, por sua vez, são organizados em ordem decrescente
de grau de liquidez para o ativo e em ordem decrescente de exigibilidade para o
passivo.
O BP apresenta a posição patrimonial e financeira de uma empresa em
dado momento. A informação que esse demonstrativo fornece é totalmente
estática e, muito provavelmente, sua estrutura apresentar-se-á relativamente
diferente algum tempo após seu encerramento. No entanto, pelas relevantes
informações de tendências que podem ser extraídas de seus diversos grupos de
contas, o balanço servirá como elemento de partida indispensável para o
conhecimento da situação econômica e financeira de uma empresa. (ASSAF NETO,
2015)

Demonstração do Resultado do Exercício - DRE


A DRE é um tipo de demonstração econômica que tem como foco principal
compilar as informações econômicas da empresa a fim de formar o resultado
líquido do exercício, ou seja, o lucro ou prejuízo resultante da operação. A
formação desse resultado dá-se através da definição de todas as receitas da
empresa, seus custos e despesas conforme o princípio contábil do Regime de
Competência.
Segundo Assaf Neto (2015, p. 83), o objetivo da DRE:

A demonstração de resultados do exercício - DRE visa fornecer, de maneira


esquematizada, os resultados (lucro ou prejuízo) auferidos pela empresa em
determinado exercício social, os quais são transferidos para contas do
patrimônio líquido. O lucro (ou prejuízo) é resultante de receitas, custos e
despesas incorridos pela empresa no período e apropriados segundo no regime
de sua competência, ou seja, independentemente de que tenham sido esses
valores pagos ou recebidos.

Análise das Demonstrações Contábeis


A análise de demonstrações contábeis é uma técnica bastante utilizada por
acionistas, investidores, credores, agências governamentais e pela gerência com a
finalidade de ajudar os responsáveis a tomar decisões acertadas, de investimento,
operacionais ou de financiamento, em um contexto econômico relevante.
(HELFERT, 2000).
O profissional de contabilidade precisa estar totalmente convicto dos
números representados nas Demonstrações Contábeis e quem de fato representa a
real situação líquida e patrimonial da entidade para que a análise possa refletir a
realidade de uma empresa.

Análise baseada em indicadores


Trata-se do exame da situação financeira da empresa. É necessário aplicar
técnicas que permitam recolher informações relevantes. É o tipo de análise mais
aplicado ao estudo da solvência, da rotação e da rentabilidade. (FERREIRA, 2010, p.
02)
Indicadores econômicos procuram avaliar a capacidade da empresa em
gerar valor de forma a remunerar adequadamente todos de que dela participam.
Quanto aos indicadores financeiros, estes procuram avaliar a capacidade da
empresa em honrar seus compromissos financeiros com terceiros.

Índices de Liquidez
Os índices de liquidez avaliam a capacidade de pagamento da empresa
frente suas obrigações, sendo de importância para a continuidade desta.
Segundo Ferreira (2010, p.03):

Os índices de liquidez são aplicados na análise da avaliação da capacidade de


pagamento das exigibilidades. Interessam aos credores em geral, tanto na
avaliação dos riscos envolvidos na concessão de novos créditos quanto na
análise das perspectivas de recebimento dos créditos já concedidos.

Estes índices são classificados como liquidez corrente, liquidez imediata,


liquidez seca e liquidez geral. Os índices de liquidez avaliam a capacidade de
pagamento da empresa frente suas obrigações.
O Índice de Liquidez Corrente - ILC é aplicado na avalição da capacidade
de pagamento das obrigações de curto prazo considerando todos os itens que
compõem o Ativo Circulante. (ASSAF NETO, 2015)

Liquidez Corrente = Ativo Circulante / Passivo Circulante

O Índice de Liquidez Seca – ILS exclui do cálculo os estoques, por não


apresentarem liquidez compatível com o grupo patrimonial onde estão inseridos.
O resultado deste índice será invariavelmente menor ao de liquidez corrente.
[...] É utilizado na avaliação da capacidade de pagamento das obrigações de
curto prazo sem considerar os estoques [...]. (FERREIRA, 2010, p. 05)

Liquidez Seca = (Ativo Circulante - Estoques) / Passivo Circulante

O Índice de Liquidez Imediata – ILI considera apenas as disponibilidades,


ou seja, as contas caixa, saldos bancários e aplicações financeiras, indicando o
quanto a empresa tem de capacidade para cumprir com suas obrigações de curto
prazo.
[...] É utilizado na avaliação do nível de recursos que precisam ser mantidos
para cumprimento dos compromissos mais imediatos e também dos eventuais [...].
(FERREIRA, 2010, p. 04). Seu cálculo é:

Liquidez Imediata = Disponível / Passivo Circulante

Índice de Liquidez Geral - ILG leva em consideração a situação a longo


prazo da empresa, incluindo, no cálculo, os direitos e obrigações a longo prazo.
[...] É utilizado na avaliação da capacidade de pagamento de todas as
obrigações, tanto de curto quanto de longo prazo, mediante o uso de recursos não
permanentes (AC e ARLP) [...]. (FERREIRA, 2010, p. 06)
Liquidez Geral = _____Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo_____
Passivo Circulante + Passivo Exigível a Longo Prazo

Índices de estrutura e endividamento


Os indicadores de estrutura são obtidos relacionando os valores do capital
próprio a de terceiros para fins de análise e tomada de decisões sobre estruturas
de capital. Eles são divididos em imobilização do patrimônio líquido, composição
de endividamento, imobilização de recursos não correntes e participação de capital
de terceiros sobre recursos próprios.

Quanto mais recursos próprios a empresa investir em ativos de baixa


liquidez, menos sobrará para investir em ativos circulantes,
consequentemente, terá que financiar as aplicações de curto prazo com
recursos de terceiros. (MARTINS & MIRANDA & DINIZ, 2014, p. 141)

Sua fórmula é a seguinte:

Imobilização Patrimônio Líquido = (Ativo Permanente)


(Patrimônio Líquido)

A Composição de Endividamento – CE verifica se a maior parcela do


endividamento da empresa está no curto ou longo prazo.

Uma empresa com menores níveis de endividamento no curto prazo, via


de regra, oferece menor risco. (MARTINS & MIRANDA & DINIZ, 2014, p.
140)

Este índice mostra as características do endividamento quanto ao


vencimento das dividas, então é necessário conhecer a estrutura geral da empresa
quanto a participação de capitais de terceiros, sua capacidade de geração de
recursos e também sua condição de negociação das dividas junto aos credores.
Para encontrar esse índice usa- se a seguinte fórmula:

Composição do endividamento = _Passivo Circulante___


Passivo Exigível Total
A Imobilização de Recursos Não Correntes – IRNC revela, em porcentual, o
quanto de recursos de longo prazo a empresa investiu no ativo imobilizado.

A parcela de recursos não correntes que financia o Ativo Circulante é o


Capital Circulante Líquido (CCL), que representa a parcela das aplicações
de curto prazo que são financiadas por recursos de longo prazo, portanto
são “folga financeira.” (MARTINS & MIRANDA & DINIZ, 2014, p. 142)

Quanto menor o valor desse índice, melhor para empresa. Índices de


imobilização de recursos não correntes maiores do que 1,0 evidenciam que a
empresa está usando recursos de curto prazo, ou seja, passivo circulante, para
financiar parte do ativo imobilizado, o que é um sinal de desequilíbrio financeiro.
Para encontrar esse índice, usa- se a seguinte fórmula:

Imobilização de Recursos Não Correntes = Ativo Permanente / PL +


Exigível LP

A Participação de Capital de Terceiros Sobre Recursos Próprios relaciona


as duas fontes de recursos da empresa: capital próprio e capital de terceiros; e tem
por finalidade mostrar a dependência da empresa em relação a capital de terceiros.
A interpretação deste índice é no sentido de que quanto maior, pior.

O índice de endividamento mostra quanto a empresa tem de dividas com


terceiros para cada real de recursos próprios. Indica a dependência que a
entidade apresenta com relação a terceiros e, nesse sentido, o risco a que
está sujeita. (MARTINS & DINIZ & MIRANDA, 2014, p. 139)

Para encontrar esse índice, usa- se a seguinte fórmula:

Participação de Capital de Terceiros = Exigível Total / Patrimônio Líquido

Índices de rentabilidade
Os índices de rentabilidade mostram qual foi o retorno que a empresa
obteve através de seus investimentos. São classificados em giro do ativo, margem
bruta, margem líquida, rentabilidade do ativo e rentabilidade do patrimônio
líquido. (MARTINS & MIRANDA & DINIZ, 2014)
O giro do ativo é um indicador de eficiência, pois mede o volume de vendas
da empresa em relação ao capital total investido. Quanto maior for o valor deste
índice, melhor será para a empresa.

Esse índice compara as vendas da empresa com seu investimento. [...] Esse
índice indica quanto a empresa vendeu para cada real investido.
(MARTINS & MIRANDA & DINIZ, 2014, p. 196)

Sua fórmula é:

Giro do Ativo = Vendas Líquidas / Ativo Total Médio

O índice de Margem Bruta mostra o quanto a empresa conseguiu gerar de


retorno das vendas, excluindo o custo que a mesma obteve na venda de
mercadorias ou na prestação de serviços. Ela evidencia a relação entre o resultado
bruto da empresa e sua receita líquida de vendas, indicando o percentual de cada
R$ 1,00 de venda, o que restou após o pagamento dos custos de produção diretos e
indiretos necessários para produzir seu produto. É calculada da seguinte forma:

Margem Bruta = Lucro Bruto / Vendas Líquidas

A margem líquida é um índice no qual mostra o lucro líquido obtido pela


empresa para cada unidade de venda realizada.

Esse indicador é um importante sinalizador de rentabilidade da empresa.


No entanto, é preciso cuidado quando se faz comparações entre empresas
de diferentes setores, pois a margem é bastante influenciada pelo giro dos
produtos. Empresas com alta rotatividade de estoques, como empresas
comerciais, tendem a apresentar margens menores que empresas com
baixos giros, como geradoras de energia elétrica, refinarias de petróleos,
indústrias automobilísticas etc. A análise apenas da margem, sem
considerar a estrutura de capitais, pode conduzir a conclusões
enviesadas. (MARTINS & MIRANDA & DINIZ, 2014, p. 197)

Portanto, indica o percentual das vendas convertido em lucro, ou seja, o


percentual representado pelo lucro líquido operacional sobre as receitas líquidas.
Sua fórmula é:

Margem Líquida = Lucro Líquido / Vendas Líquidas

O índice da Rentabilidade do Ativo conhecido também como Retorno


Sobre o Investimento - ROI mede quanto a empresa obtém de lucro para cada R$
1,00 de investimento total.

Esse é um dos indicadores mais utilizados na prática, por isso a


importância da sua análise. Ele evidencia o quanto a empresa obteve de
resultados em relação aos investimentos nela realizados; ou seja, a
rentabilidade do negócio é fortemente dependente do capital investido na
atividade. (MARTINS & MIRANDA & DINIZ, 2014, p. 190)

Para encontrar esse índice, usa-se a seguinte fórmula:

Rentabilidade do Ativo = Lucro Líquido / Ativo Total Médio

A Rentabilidade do Patrimônio Líquido – RPL indica a capacidade da


empresa em gerar valor a ela mesma, utilizando seus próprios recursos.

O retorno sobre o patrimônio líquido é o mais importante dos indicadores


porque demonstra a capacidade da empresa remunerar o capital que foi
investido pelos sócios! Só isso. Quem remunera bem esse capital, cumpriu
seu grande dever para com os que a criaram e nela [na empresa]
investiram. Nesse caso, não há dúvida, o relevante é mesmo o lucro
líquido, líquido de todos os encargos relativos a capitais de terceiros. É o
que sobra para os sócios. (MARTINS & MIRANDA & DINIZ, 2014, p. 200-
201)

Na análise financeira, o índice de rentabilidade do patrimônio líquido é o


indicador mais importante, pois evidencia qual e a taxa de rendimento do capital
próprio. Quanto menos imobilização dos recursos próprios a empresa tiver, menos
dependência de capitais de terceiros para a movimentação de seus negócios ela
terá. Seu cálculo é:

Rentabilidade do PL = Lucro Líquido / Patrimônio Líquido Médio

Aplicação dos índices econômico-financeiros no Balanço Patrimonial e


Demonstração do Resultado do Exercício na empresa Raia Drogasil S.A.
A empresa escolhida no presente estudo de caso foi a Raia Drogasil,
empresa que atua no setor de varejo farmacêutico, que foi criada em novembro de
2011, a partir da fusão entre Raia S.A. e Drogasil S.A. Segundo o jornal Valor
Econômico, jornal de economia, finanças e negócios brasileiro, a Raia Drogasil é a
maior rede de drogarias do Brasil em receita e número de lojas, possuindo mais de
mil e duzentas lojas em operação.
A pesquisa refere-se ao levantamento de dados na empresa. Estes dados
foram obtidos em consulta ao endereço eletrônico Raia Drogasil. Foram feitas
análises econômicas e financeiras com base no Balanço Patrimonial e
Demonstração do Resultado do Exercício correspondente aos períodos de 2014 e
2015.

Quadro 1 – Balanço Patrimonial da empresa Raia Drogasil S.A. referente aos


períodos de 2014 e 2015.

BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO 31/12/2014 31/12/2015
Ativo Circulante 2.272.497,0 M 2.686.018,0 M
Caixa e Equivalentes de caixa 281.467,0M 266.051,0 M
Clientes 482.840,0 M 601.831,0 M
Estoque 1.350.971,0 M 1.650.453,0M
Outras Contas a Receber 147.067,0 M 157.791,0 M
Impostos de Renda e Contribuição Social Diferidos 180,0 M 174,0M
Despesas do Exercício Seguinte 9.972,0 M 9.718 M
Ativo Não Circulante 1.807.006,0 M 2.007.414,0 M
Outros Créditos 33.369,0 M 44.499,0 M
Investimentos 0M 30.317,0 M
Imobilizado 648.360,0 M 801.985,0 M
Intangível 1.125.277,0 M 1.130.613,0 M
ATIVO TOTAL 4.079.503,0 M 4.693.432,0 M
PASSIVO 31/12/2015 31/12/2014
Passivo Circulante 1.298.611,0 M 1.648.766,0 M
Passivo Não Circulante 322.051,0 M 389.481,0 M
Patrimônio Líquido 2.458.841,0 M 2.655.185,0 M
PASSIVO TOTAL E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 4.079.503,0 M 4.693.432,0 M
Fonte: Estudo de Caso, (2016).

Quadro 2 – Demonstração do Resultado do Exercício da empresa Raia Drogasil


nos períodos de 2014 e 2015.

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 31/12/2014 31/12/2015


Receita bruta de vendas e serviços 7.658.890,0 M 9.295.978,0 M
Deduções (307.434,0) M (398.129,0) M
Receita líquida de vendas e serviços 7.351.456,0 M 8.887.849,0 M
Custo das mercadorias vendidas (5.207.625,0) M (6.183.289,0) M
Lucro Bruto 2.143.831,0 M 2.714.560,0 M
Despesas Operacionais (1.613.498,0) M (1.986.000,0)M
Lucro Operacional antes do resultado financeiro 342.765,0 M 500.862,0 M
Despesas/ Receitas financeiras (40.541,0) M (64.961,0) M
Lucro antes do IR e da contribuição social 302.224,0 M 435.901,0 M
Lucro líquido do exercício 221.386,0 M 339.785,0 M
Fonte: Estudo de Caso, (2016).
Aplicabilidade dos índices

Tabela 1 – Índices de liquidez conforme os períodos de 2014 e 2015.


Índices 2014 2015
Liquidez Corrente 1,75 1,63
Liquidez Seca 0,71 0,63
Liquidez Imediata 0,22 0,16
Liquidez Geral 1,42 1,34
Fonte: Estudo de Caso, (2016).
Os índices de liquidez evidenciam a situação financeira da empresa,
medindo a capacidade de assumir com suas obrigações e sua solidez. O resultado
da liquidez corrente mostra que os recursos presentes no ativo circulante são
capazes de pagar as dívidas de curto prazo e possibilitar uma folga de 75% e 63%
dos anos de 2014 e 2015 respectivamente. Porem essa queda entre 2014 e 2015 é
devido ao crescimento do passivo circulante que cresceu 26,9% enquanto o valor
ativo circulante aumentou 18,2%.
No exercício de 2015, o índice de liquidez seca cai para 63% da capacidade
de pagar suas obrigações em curto prazo, descartando o estoque. Isso se deve ao
fato de que mesmo o valor de seu ativo circulante, com exceção do estoque de
mercadorias ter aumentado para R$ 1.650.453.000,00, o passivo circulante
aumentou significativamente para R$ 1.648.766.000,00, o qual, no mesmo período
do ano anterior, foi de R$ 1.298.611.000,00.
Em 2014, a Raia Drogasil tinha capacidade de liquidar 22% de suas dividas
de curto prazo, usando apenas seu capital disponível. Já em 2015, houve um
decréscimo em honrar essas dívidas, caindo para 16%, em decorrência do valor de
suas disponibilidades terem sido diminuídas, totalizando R$ 266.051.000,00,
enquanto, em 2014, foram de R$ 281.467.000,00.
A Raia Drogasil obteve uma satisfatória capacidade em liquidar suas
obrigações no curto e longo prazo, visto que os resultados dos índices nos dois
anos foram maior que 1. Porém, no ano subsequente ao ano base analisado,
apresentou-se uma pequena redução em seu quociente.

Tabela 2 - Índices de Estrutura Patrimonial e Endividamento nos períodos de


2014 e 2015.
Índice 2014 2015
Imobilização do Patrimônio Líquido 0,72 0,74
Imobilização de Recursos Não
0,64 0,64
Correntes
Participação de Capital de Terceiros 0,66 0,77
Composição do Endividamento 0,80 0,81
Fonte: Estudo de Caso, (2016).

No ano de 2014, a Raia Drogasil tinha 72% de recursos próprios,


financiando o ativo permanente da empresa. Em 2015, este índice teve uma leve
alta, chegando a 74% de recursos próprios aplicado no seu imobilizado. Este
comparativo entre os dois períodos mostra que, em relação ao longo prazo, a
empresa tem uma baixa dependência à capital de terceiros sobre seu imobilizado.
O indicador de Imobilização de Recursos Não Correntes em 2014
mostrava que 64% dos recursos de longo prazo sendo eles próprios ou de
terceiros financiavam o ativo permanente da empresa. No ano seguinte, em 2015, o
índice continuou com 64%, demonstrando que, nestes dois anos, a empresa
manteve um equilíbrio em relação ao financiamento de seu ativo permanente.
Na análise do índice de Participação de Capital de Terceiros, observou-se
que, em 2015, houve um aumento em relação ao ano anterior, sendo que, para
cada R$ 100,00 de recurso próprio, a empresa contava com R$ 77,00 de terceiros.
Este aumento mostra que o endividamento total da empresa cresceu comparado
com seu patrimônio líquido. Em 2014, o passivo exigível era de R$
1.620.662.000,00; já em 2015, aumentou para R$ 2.038.247.000,00, um
crescimento de 25,8%.
O indicador de Composição de Endividamento mostra que, nos dois
períodos analisados, mais de 80% das dívidas da empresa tem seus vencimentos
no curto prazo; este percentual equivale a R$ 1.648.766.000,00 no ano de 2015,
sendo que, deste valor, R$ 1.203.382.000,00 são dívidas com fornecedores. Com
base nestas informações, a empresa poderia negociar prazos de vencimentos
maiores.

Tabela 3 – Índices de Rentabilidade nos períodos de 2014 e 2015.

Índice 2014 2015


Giro do Ativo 1,91 2,03
Margem Bruta 0,29 0,31
Margem Líquida 0,03 0,04
Rentabilidade do Ativo 0,06 0,08
Rentabilidade do Patrimônio Líquido 0,09 0,13
Fonte: Estudo de Caso, (2016).

De acordo com a tabela, o volume de vendas em 2015 atingiu 2,03 vezes o


volume de investimento, ou seja, para cada R$ 1,00 investido, a empresa vendeu $
2,03.
No exercício de 2014, a empresa apresentou o resultado de 29% de
margem bruta e, no ano de 2015, um resultado de 31%, o que demonstra que a
empresa obteve uma lucratividade bruta de R$ 0,31 para cada real vendido no
exercício apurado.
Houve um aumento de 1% na margem líquida, comparando 2014 com 2015,
elevando o resultado para 4%, ou seja, a empresa gerou um lucro líquido de R$
0,04 para cada R$ 1,00 vendido por ela. Consideram-se estas margens muito
baixas, pois significa que a empresa auferiu menor lucro e ganhou muito menos
por unidade vendida.
Com o resultado do índice de rentabilidade do ativo, mostra-se que, para
cada R$ 1,00 investido, a empresa lucrou R$ 0,06 no exercício de 2014 e R$ 0,08 no
exercício de 2015. Houve, portanto, um aumento mínimo na rentabilidade do ativo
de um período para o outro.
O quociente de Rentabilidade do Patrimônio Líquido em 2014 foi de 9%,.
No ano seguinte, este percentual subiu para 13%, indicando que, para cada real de
capital próprio investido, a empresa gerou R$ 0,13 de lucro liquido, ou seja, houve
um aumento na rentabilidade do capital que os sócios da empresa investiram no
empreendimento.
Por meio dos diversos índices, a análise das demonstrações contábeis
mostram os diversos ângulos da situação econômica e financeira da empresa.
Os índices de liquidez mostraram uma piora nos resultados de um período
para outro, o que evidencia um aumento maior no endividamento da empresa
comparado com seus recursos. Os índices de liquidez corrente e liquidez geral,
apesar de regredirem no período analisado, apresentaram resultados satisfatórios;
porém, o índice de liquidez seca que exclui o valor do estoque mostra que apenas
63% das dívidas de curto prazo seriam pagas em 2015, indicando que a empresa
depende do giro do seu estoque, ou seja, de suas vendas para poder quitar suas
dividas.
Na análise dos índices de estrutura e endividamento, é possível verificar o
crescimento das dívidas da empresa que, entre 2014 e 2015, obteve um
crescimento de 25,8% enquanto, no mesmo período, o capital próprio da mesma
cresceu 7,9%.
Baseado nos resultados obtidos nas análises dos índices constatou-se que
a empresa utiliza capital de terceiros para financiar-se no curto prazo, pois mais de
80% de suas dívidas estão no passivo circulante, enquanto ela utilizou 74% de seu
capital próprio para financiar o ativo imobilizado no longo prazo, ou seja, a
empresa deveria rever sua política de gestão de risco e buscar um maior equilíbrio
diminuindo sua dependência do capital de terceiros no curto prazo e negociá-los
com prazos de vencimento no médio e longo, e assim utilizar uma maior parte de
seu capital próprio para financiar suas atividades no curto prazo, o que diminuiria
seu risco de liquidez.
Analisando os índices de rentabilidade, verifica-se que as margens líquida
e bruta apresentaram variação positiva, mas se mantiveram baixas, apesar do
lucro líquido ter crescido 53,48%. Em 2015, as despesas também aumentaram,
principalmente as relacionadas com vendas que cresceram 23,6%, como também
as financeiras que cresceram 73,2% em 2015. Outro fator que contribuiu para esse
resultado é analisado no giro do ativo que mostra uma alta rotatividade do
estoque, o que leva a empresa a sempre estar renovando o mesmo e assim
destinando parte do seu lucro para aquisição de novas mercadorias.
Os resultados obtidos na analise da rentabilidade do ativo, assim como do
patrimônio líquido, mostraram que a empresa foi rentável nos dois períodos
analisados. Essa rentabilidade gerada deve ser usada como um parâmetro de
avaliação na obtenção de crédito no mercado, pois caso a empresa necessite obter
recursos de terceiros, só é interessante se os custos de captação forem menores do
que as taxas de rentabilidade gerada pela mesma. Assim, a empresa obteria um
maior controle sobre seu endividamento e continuaria a ser rentável, gerando
valor para seus acionistas e, consequentemente, atraindo novos investidores.

Conclusão
O setor varejista tem sentido os efeitos da crise no país. O segmento
farmacêutico, no entanto, está passando longe dessas tribulações por vender
artigos de primeira necessidade, como remédios e produtos de higiene; as
farmácias costumam ser as últimas a sentirem a retração do consumo. Além disso,
o envelhecimento da população brasileira faz com que o mercado seja maior a cada
ano.
Com os resultados apresentados através da análise dos índices de
estrutura e lucratividade das demonstrações contábeis, é possível extrair
importantes indicadores econômicos e financeiros e relatórios que possibilitam
uma visão geral da saúde e solidez da empresa, que proporcionam benefícios
quanto à administração e projeção dos recursos financeiros e, dessa forma,
asseguradamente venha a contribuir no processo de tomada de decisão dentro da
organização.

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2015.

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