Lição 1 A Missão de Deus Nos Alcança - Parte 1
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Lição 1
30 de setembro a 06 de outubro
Sábado à tarde
Verso para memorizar: “E o Senhor Deus chamou o homem e lhe perguntou: – Onde você
está?” (Gn 3:9).
Leituras da semana: Gn 3:9-15; 28:15; Êx 29:43, 45; Mt 1:18-23; Jo 1:14-18; 3:16; 14:1-3
Amissão tem origem e propósito somente em Deus. A missão não começou com o
chamado de Abrão (Gn 12:1-4) nem com o Êxodo (Êx 12:31-42). Não começou com
Jesus Cristo na Terra (Mt 1:18-25) nem com as viagens missionárias de Paulo (At 13:4–
14:26). A missão começou por iniciativa do próprio Deus, quando Ele trouxe o Universo à
existên- cia e mais tarde criou a humanidade (Gn 1:26, 27).
Nas Escrituras, vemos um Deus que intencionalmente abre os braços para Seus filhos e
deseja estar com eles. Desde o início, Ele estabeleceu um relacionamento com Adão e
Eva. Mesmo depois que o pecado entrou, seguiu com Sua missão, porém o alvo agora
era restabelecer Seu relacio- namento com a humanidade. No fim, a missão de Deus será
cumprida (Ap 21–22). Por isso, devemos estar motivados na obra de proclamar o
evangelho eterno ao mundo (Ap 14:6, 7).
Domingo, 01 de outubro
Segunda-feira, 02 de outubro
2. Leia Gênesis 17:7; 26:3 e 28:15. Qual foi o foco principal da promessa de Deus a
Abraão e seus descendentes nesses versos?
No AT, Deus continuou a agir de acordo com Sua natureza missionária a fim de cumprir
Seus propósitos. Por exemplo, após o dilúvio, o povo de Babel decidiu se reunir em um só
lugar para construir uma cidade e uma torre que chegassem aos céus. Deus interveio,
confundindo a linguagem deles com o objetivo de espalhá-los pelo mundo (Gn 11:1-9).
Ele, então, ampliou Sua missão, chamando Abrão (que mais tarde se tornou Abraão) para
ser um canal de Suas bênçãos para o mundo inteiro (Gn 12:1-3). As promessas de Deus
a Abraão e a seus descendentes foram múltiplas, mas uma se sobressai. Várias vezes
Deus declarou a eles: Eu serei “o seu Deus”. “Estarei com você” (ver Gn 17:7, 8; 26:3;
28:15).
À medida que a história avançou, José acabou no Egito, mas como um instrumento de
salvação para o povo de Deus. Em cada passo da experiência de José – mesmo nos
momentos mais difíceis de sua vida – a Bíblia afirma que “o Senhor Deus estava com”
ele (Gn 39:2, 21, 23). Gerações mais tarde, no cumprimento de Sua missão, Deus enviou
Moisés a Faraó para libertar Seu povo da escravidão egípcia. Durante o
“comissionamento” de Moisés, Deus lhe disse: “Eu estarei com você” (Êx 3:12). Vez após
vez, Yahweh confirmou o profundo desejo de estar com Seu povo.
Leia Êxodo 29:43, 45. Qual foi um dos principais propósitos do santuário do AT? Deus
decidiu estar com Seus filhos de maneira diferente. Ele confirmou a Moisés Seu anseio
de habitar entre os filhos de Israel na construção do tabernáculo e no estabelecimento
de um sistema muito intencional e proposital que apontava para o instrumento máximo
de Sua missão: Jesus Cristo. “As ofertas de sacrifício e o sacerdócio do sistema judaico
foram instituídos para representar a morte e a obra mediadora de Cristo. Todas essas
cerimônias não tinham significado algum, nem virtude alguma, a não ser quando
relacionadas a Cristo” (Ellen G. White, The Advent Review and Herald of the Sabbath, 17 de
dezembro de 1872).
O AT mostra como o Criador começou a implementar um plano por meio de um povo que
deveria representar Sua natureza e Seu propósito para o mundo. Tudo o que Deus fez
estava de acordo com Sua estratégia missionária. Por meio de Isaías, Ele disse: “Eu sou
Deus, e não há outro; Eu sou Deus e não há outro semelhante a Mim. Desde o princípio
anuncio o que há de acontecer […]. Eu digo: o Meu conselho permanecerá em pé, e farei
toda a Minha vontade” (Is 46:9, 10). Contudo, no NT, o desejo de Deus de estar com a
humanidade assume uma nova dimensão. Aquilo que foi apenas uma promessa no Éden
(Gn 3:15) tornou-se realidade por meio da encarnação de Cristo.
“Deus conosco”. Emanuel. Deus tinha habitado entre o Seu povo no santuário e habitou
com eles na pessoa física de Jesus de Nazaré. Com o nascimento de Jesus, Deus
mostrou de modo concreto Seu desejo contínuo de estar conosco em natureza e missão:
o Filho de Deus era plenamente humano e totalmente divino. Ele afirmou: “Eu sou o
caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por Mim” (Jo 14:6).
4. Leia João 1:14-18. O que podemos aprender sobre a missão de Deus para conosco
com a encarnação de Cristo?
Deus avançou com Sua missão e, por meio de Cristo, esteve presente em carne entre
Seus filhos. O “Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1:14, NVI)
cumpriu as profecias do AT e, de acordo com o plano divino, tornou-Se Um conosco. O
Deus da missão continuava a cumprir Seu propósito.
Reflita: o amor de Deus por nós é tão grande que Ele veio a nós em nossa própria
humanidade. Como devemos reagir a esse amor, especialmente em se tratando de
missão para com os outros?
Quarta-feira, 04 de outubro
A vida e o ministério de Jesus foram a revelação máxima de Deus. Em três anos e meio,
Deus revelou mais sobre quem Ele é e sobre a essência de Sua missão do que em tudo o
que havia feito por outros métodos nas gerações anteriores. Cristo é a perfeita “imagem
do Deus invisível”, em quem “Deus achou por bem” “residisse toda a plenitude, […]
havendo feito a paz pelo sangue da Sua cruz” (Cl 1:15, 19, 20). Em Cristo, a natureza
missionária de Deus foi conhecida por completo. Jesus revelou Sua missão dizendo: “O
Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido” (Lc 19:10).
5. Leia e reflita sobre João 3:16. Como você vê o amor e a missão de Deus interagindo
nesse texto?
Pouco antes de Sua última semana de vida, o destino final da humanidade estava em
jogo. Os acontecimentos daqueles dias ligavam a expectativa do passado com a
esperança para o futuro. Durante a Páscoa, a qual apontava para a liberdade da opressão
egípcia, Jesus, o Deus encarnado, entregou a vida para nos libertar da escravidão do
pecado. Paulo escreveu: “Aquele que não conheceu pecado, Deus O fez pecado por nós,
para que, Nele, fôssemos feitos justiça de Deus” (2Co 5:21).
6. Leia Mateus 28:18-20. Qual promessa encontramos na Grande Comissão? Ela nos
traz segurança ao nos envolvermos na missão de Deus?
A morte de Cristo foi parte do processo de reconciliação, não o fim dele. Por Sua
ressurreição, Jesus venceu a morte e recebeu “toda a autoridade [...] no Céu e na Terra”
(Mt 28:18). Com base nessa realidade, Ele comissionou Seus seguidores a fazer
discípulos ao redor do mundo, com uma promessa maravilhosa: “E eis que estou com
vocês todos os dias até o fim dos tempos” (Mt 28:20, ênfase acrescentada).
De que maneira você já viu a promessa de Jesus de estar sempre conosco se cumprindo
na sua vida enquanto estava empenhado na missão?
Quinta-feira, 05 de outubro
7. Leia João 14:1-3. De que maneira essa passagem está conectada com a mensagem
do tempo do fim encontrada nas Escrituras?
Uma das promessas mais preciosas de Cristo, a bendita esperança, reflete mais uma vez
o desejo do Criador de estar conosco eternamente. Ele afirmou: “Voltarei e os receberei
para Mim mesmo, para que, onde Eu estou, vocês estejam também” (Jo 14:3, ênfase
acrescentada). De acordo com o apóstolo João, a promessa finalmente se tornará
realidade: “Então ouvi uma voz forte que vinha do trono e dizia: – Eis o tabernáculo de
Deus com os seres humanos. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus
mesmo estará com eles e será o Deus deles” (Ap 21:3).
“A obra da salvação estará completa. Onde prevaleceu o pecado, a graça de Deus
transbordou (Rm 5:20). A Terra, o próprio lugar que Satanás reivindica como seu, será
não apenas redimida, mas também exaltada. [...] Aqui, onde o Filho de Deus habitou na
humanidade, onde o Rei da Glória viveu, sofreu e morreu – aqui, quando Ele tiver feito
novas todas as coisas –, estará o tabernáculo de Deus com os homens; [...]. E, ao longo
dos séculos sem fim, enquanto os remidos andarem na luz do Senhor, vão louvá-Lo por
Sua Dádiva indescritível – Emanuel, ‘Deus Conosco’” (Ellen G. White, O Desejado de Todas
as Nações [CPB, 2021], p. 15).
Essa é a mais bela imagem da redenção. O Deus da missão finalmente cumprirá Seu
desejo de estar com Seus filhos eternamente. Que privilégio fazer parte disso!
Desafio: Ore a cada dia para que Deus o motive a fazer parte da missão.
Desafie-se: Aprenda o nome de alguém que você ainda não conhece – um vizinho,
colega, comerciante e outros. Ore pela pessoa escolhida todos os dias.
Sexta-feira, 06 de outubro
Estudo adicional
“Cristo não disse aos Seus discípulos que a obra seria fácil. […] Mas não seriam deixados
a lutar sozinhos. Assegurou-lhes que estaria com eles e, se avançassem com fé, seriam
protegidos pelo Onipotente. [...] Enquanto obedecessem à Sua Palavra e trabalhassem
em harmonia com Ele, não fracassariam. ‘Vão a todas as nações’, Ele ordenou, ‘até as
mais distantes partes do mundo habitado, e estejam certos de que Minha presença
estará com vocês ali também. Trabalhem com fé e confiança, pois nunca os deixarei.
Estarei sempre ajudando vocês a executar suas tarefas; estarei guiando, confortando,
santificando e sustendo vocês, e tornando-os bem-sucedidos quando falarem, de
maneira que suas palavras atraiam a atenção dos outros para o Céu’” (Ellen G. White,
Atos dos Apóstolos [CPB, 2021], p. 19).
1. As primeiras palavras de Deus ao ser humano caído foram: “Onde você está?” Que
consolo essa verdade nos dá a respeito da intenção de Deus para conosco?
2. O próprio Deus, na Pessoa de Jesus, veio ao mundo para nos salvar. A cruz foi a
manifestação máxima do Deus da missão. O que isso nos diz sobre Seu caráter?
Respostas e atividades da semana: 1. “Onde você está?” Deus foi em busca do ser
humano. 2. Deus sempre estaria com eles. 3. Deus mostrou de maneira concreta Seu
desejo contínuo de estar conosco em natureza e missão. 4. Deus desejava estar entre
nós e ser Um conosco. 5. Comente com a classe. 6. Jesus estará conosco até o fim. Ele
nos capacita e nos conforta sempre. 7. Jesus está preparando um lugar para nós, e Ele
habitará conosco nesse lugar.
Resumo da Lição 1
ESBOÇO
O Deus da Bíblia é um Deus missionário. Sua natureza e Seu caráter missionários estão
fundamentados, acima de tudo, na iniciativa de criar a humanidade à Sua imagem e no
desejo de Se relacionar com Suas criaturas. Antes da queda, o relacionamento de Deus
com Adão e Eva era caracterizado pela comunhão diária no jardim do Éden (Gn 3:8). Ellen
G. White observa que, enquanto Adão e Eva “permanecessem fiéis à lei divina, sua capa-
cidade para saber, vivenciar e amar cresceria continuamente. Estariam constantemente
adquirindo novos tesouros de saber, descobrindo novas fontes de felicidade e obtendo
concepções cada vez mais claras do incomensurável e infalível amor de Deus”
(Patriarcas e Profetas [CPB, 2022], p. 27). Infelizmente, o pecado interrompeu esse
contato face a face.
A queda não pôs fim à missão de Deus em relação à humanidade, mas deu à Sua missão
uma nova dimensão: a missão de Deus passou a estar fundamentada em Sua iniciativa
de redimir a humanidade caída. Por causa da promessa de redenção contida em Gênesis
3:15, a Bíblia como um todo é a narrativa dos inúmeros esforços missionários
empreendidos por Deus para resgatar a humanidade pecadora e restaurá-la ao Seu
projeto original para ela. Pelo fato de que a missão é um atributo de Deus (isto é, está
alicerçada em Sua natu- reza e caráter), Ele Se recusa a desistir de nós.
COMENTÁRIO
De Gênesis a Apocalipse, a Bíblia possui uma mensagem unificada: Deus está deter-
minado a reverter as consequências da queda. Se a Bíblia como um todo trata da busca
incessante de Deus pela humanidade, Gênesis 3:9 pode ser considerada a pergunta que
impulsiona essa busca. Gênesis 3 apresenta a narrativa da trágica tentativa feita por
Adão e Eva, em espírito de autoafirmação e determinação, de serem independentes de
Deus. Esse capítulo também é um lembrete da realidade do pecado e suas
consequências. As con- sequências da escolha de Adão e Eva os levaram a se esconder
de Deus. A primeira res- posta de Deus à nova condição da humanidade veio na forma de
uma pergunta dirigida a Adão: “Onde você está?” (Gn 3:9). Compreender o propósito
dessa pergunta é essencial para entender a nota dominante de toda a Escritura.
Para começar, “Onde você está?” não é exatamente uma pergunta teológica, e sim mis-
siológica. Essa pergunta revela que, apesar da escolha errada, Deus não abandonou
Adão e Eva. A rebelião humana não diminuiu em nada o Seu desejo de Se relacionar de
maneira íntima com os seres humanos. Deus continua amando e buscando Seus filhos
errantes.
A pergunta “Onde você está?”, a primeira que a Bíblia atribui a Deus, está mais ligada a
uma condição do que a um local. Deus não pretendia descobrir onde exatamente Adão e
Eva estavam se escondendo Dele. O Senhor nunca faz perguntas como meio de obter
informações. Em Sua onisciência, Ele possui conhecimento ilimitado, incluindo
conhecimento daquilo que ainda não existe. Sendo onisciente, Deus sabia exatamente
onde Adão e Eva estavam se escondendo, o que eles haviam feito e a condição em que
se encontravam.
A ausência de Adão em seu local habitual de encontro com Deus era uma evidência clara
de que alguma coisa estava errada. Portanto, a pergunta que Deus fez a Adão, “Onde
você está?”, não dizia respeito à localização geográfica do homem. Ela tinha a ver com
relacionamento: “Onde você está em termos relacionais?” Após as primeiras
consequências do pecado serem reveladas nos versículos anteriores, a pergunta de Deus
tinha como objetivo principal fazer Adão e Eva pensarem sobre seu relacionamento com
Ele. Com isso, o Senhor pretendia fazê-los pensar sobre as consequências da
desobediência. Adão e Eva tiveram a oportunidade de se examinar e reconhecer sua
culpa. A pergunta de Deus é equivalente à seguinte linha de investigação: “Por que vocês
não estão em nosso encontro habitual? O que aconteceu com nosso relacionamento
para que vocês estejam tentando manter distância de Mim? O que significam essas
folhas de figueira com as quais vocês estão se cobrindo?” A falsa promessa de Satanás
a Adão e Eva foi de que, pela desobediência, eles se tornariam como deuses. Em outras
palavras, o pecado melhoraria a vida deles. Sabemos como isso acabou: Adão e Eva
acabaram nus em vez de se tornarem deuses. A solução para essa nova condição foi
costurar folhas de figueira para esconder a nudez. No entanto, se essa solução tivesse
resolvido a situação deles, não teriam tentado se esconder da presença de Deus. Em vez
disso, teriam confrontado a Deus por não querer o máximo bem-estar deles.
Além disso, “Onde você está?” foi o clamor ardente de um Deus missionário cuja
pergunta angustiada revela Sua consciência do abismo que havia sido criado entre Ele e
os seres humanos. A pergunta também foi o convite de Deus para que Seus filhos
perdidos retornassem a um relacionamento de amor e confiança com Ele. À luz da
promessa de Gênesis 3:15, a pergunta de Deus contém uma promessa de esperança.
Embora o pecado tenha lançado sombra sobre o plano divino para a humanidade por
causa da desobediência de Adão e Eva, o plano de Deus não foi arruinado. Em meio ao
juízo, é feita a promessa de um Redentor.
As últimas palavras de Jesus na Bíblia são: “Certamente venho sem demora” (Ap 22:20).
A segunda vinda de Cristo encerrará a divina missão pós-queda e dará início à fase da
Sua missão na nova Terra. A volta de Jesus para reivindicar a Terra como Seu Reino é a
concretização da promessa do Redentor contida em Gênesis 3:15.
A fase da missão de Deus na nova Terra marca a reversão completa das consequências
da queda: Ele estará novamente no meio de Seu povo, e o sofrimento e a morte não mais
existirão (Ap 21:3, 4), e os seres humanos terão acesso à árvore da vida (Ap 22:2).
“Onde você está?” Essa pergunta inicial de Deus também se dirige a cada um de nós
hoje. A Bíblia diz: “Todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus” (Rm 3:23, NVI).
Em vez de tentar fugir de Deus por causa da culpa de nossos pecados, como Adão e Eva
fizeram sem sucesso, precisamos examinar de maneira objetiva como está o nosso
relacionamento com o Senhor e confessar a Ele qualquer pecado que tenhamos
cometido.
Deus nos oferece a certeza: “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para
nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1Jo 1:9). Sem essa certeza,
realmente não seríamos capazes de mudar o rumo de nossa vida espiritual. Toda
tentativa de cobrir nossa própria nudez diante de Deus é tão insensata quanto a tentativa
de Adão e Eva de cobrirem sua nudez com folhas de figueira. Todas as soluções
projetadas pelo ser humano para lidar com o pecado e a culpa são completamente
inadequadas e inúteis. As folhas de figueira de nossas boas obras, reputação e cargos
na igreja não são suficientes como coberturas espirituais. Somente Deus pode nos
fornecer a cobertura espiritual adequada. A única solução duradoura é a cobertura que
Ele nos oferece por meio de Jesus. Deus não cobre nosso pecado e culpa: Ele primeiro
os remove e depois nos cobre com a justiça de Cristo.
Assim como Deus saiu em busca de Adão e Eva, Ele também está nos procurando, não
para nos punir, mas para nos oferecer a reconciliação que nos salva do juízo que nossos
pecados merecem.
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Vendo Deus
Camarões | Jacques
"Eu sou adventista do sétimo dia", disse Jacques aos professores que aplicavam as
provas na sexta e no sábado em um centro de testes nos arredores da capital de
Camarões, laundé. "Eu não posso fazer as provas no sábado."
"Não", Jacques disse. "Eu quero que vocês saibam que, se não me virem amanhã, é
porque estou na igreja."
Jacques voltou para casa. Ele havia entregado seu coração a Jesus através do batismo
um ano antes e estava determinado a honrar o Senhor do sábado. Ele decidiu jejuar e
orar durante as horas do sábado. No sábado, ele foi para a igreja em vez de ir para o
centro de testes. Após o põr do sol, ele voltou ao centro. Não havia ninguém ali. As
provas haviam sido distribuídas, e os professores haviam ido embora.Jacques voltou
para casa.
Domingo de manhã, ele voltou para o centro de testes. Ninguém estava lá. Ele esperou o
dia todo que alguém aparecesse. Segunda-feira de manhã, ele foi para o centro de testes
novamente. Ninguém estava ali. Ele se sentou e esperou.
"Tudo está bem, com exceção do sacerdote aqui", disse um professor, apontando para
Jacques.
O professor explicou que Jacques havia se recusado a fazer a prova no sábado. "Deixe-o
fazer agora", disse o diretor. "Não tem problema."
Pergunte-me outra coisa", disse Jacques. "Por favor, pergunte-me mais alguma coisa."
"Não haverá mais perguntas",disse o professor. "Você não vai passar."
Enquanto Jacques continuava suplicando, o professor caminhou até a porta para sair da
sala.
Então, ele parou na porta. Era como se alguém o estivesse bloqueando ou impedindo de
passar. Ele não conseguia sair. Sem olhar para Jacques, o professor de repente deixou
escapar: "Não se preocupe". Então, ele conseguiu se mover e saiu.
Jacques levou a pergunta como se fosse uma questão da prova e resolveu que
responderia bem
"O sábado está nos Dez Mandamentos",disse ele, pegando uma Bíblia em sua mochila.
Ele disse que Jacques havia sofrido uma lavagem cerebral e que Administração Pública,
História e Geografia eram muito mais importantes do que religião. Jacques respondeu
que havia estudado as três matérias durante o ano todo e não havia aprendido nada que
fosse tão importante quanto a religião.
"Religião é uma questão de consciência e pode influenciar toda a minha vida", afirmou.
Naquele momento, outro professou entrou na sala. O primeiro professor pediu que
Jacques saísse. O exame havia acabado.
Mais tarde, naquele mesmo dia, enquanto Jacques caminhava de volta ao centro de
testes para ver os resultados, um carro parou na frente dele. O professor que havia
aplicado a prova de inglês colocou a cabeça para fora da janela do carro.
Jacques procurou o professor de inglês para agradecer-lhe. "Você não acreditou em mim
quando eu disse para você se alegrar", disse o professor. "Queríamos que você não
passasse."
"Eu queria reprová-lo, mas não consegui", disse ele. "Não consigo entender porque não
consegui reprová-lo."
Jacques ficou maravilhado. Ele não entendia o que havia acontecido. Tudo o que ele
sabia era que Deus havia ouvido suas orações. Deus o honrou por ele ter honrado o
sábado.
Jacques tem 56 anos hoje, mas nunca esqueceu aquele dia. "Não tenho dúvidas de que
vi Deus", diz ele.
Uma pergunta na lição dos adultos desta semana é: "De que maneiras você
experimentou a presença de Deus em sua vida?" (ver segunda-feira, 2 de outubro).
Discuta com a classe da Escola Sabatina como e por que Jacques viu a presença
de Deus. Pergunte como Deus pode Se revelar de maneira semelhante em sua vida.
Baixe as fotos no Facebook: bit.ly/fb-mq.
Baixe publicações e fatos rápidos sobre a Divisão Africana Centro-Ocidental:
bit.ly/wad-2023
Objetivos específicos:
1. Entender que o plano da salvação já havia sido traçado por Deus muito antes da
fundação do mundo e que envolve o resgate de uma humanidade apartada Dele
pelo pecado.
2. Demonstrar que no decorrer da história bíblica, Deus sempre levantou personagens
que apontavam para esse plano de resgate: Abraão, Moisés e muitos outros.
3. Destacar que Jesus é o cumprimento da missão divina de resgatar o que se havia
perdido. Sendo Ele Emanuel (Deus conosco), Sua presença se manifestou por meio
da Sua primeira vinda à Terra no passado; da Sua presença hoje por meio do
Consolador e culminará com o cumprimento da maravilhosa promessa de Sua
volta em breve.
Introdução
Uma das maiores certezas que envolvem a natureza de Deus está no fato de que Ele é
amor (1Jo 4:8). Nesse amor encontramos uma mensagem de esperança e consolo para
a humanidade. Diferente das religiões pagãs, onde as divindades apresentam pouco ou
nenhum interesse por seus adoradores, a declaração da Primeira Epístola de João
aponta para um Deus supremo que não apenas ama Seus filhos, mas Ele próprio é a
essência desse amor verdadeiro, um amor altruísta e abnegado.
A restauração do plano original divino envolve um contato pessoal com o Criador, como
acontecia no Éden antes da queda. Adão e Eva podiam ver o Senhor face a face, receber
a visita Dele sempre ao entardecer de cada dia (Gn 3:8). Porém o pecado ocasionou essa
separação e afastou o homem da fonte da salvação. Por isso, necessitamos entender
que a iniciativa da redenção vem do alto e nunca parte do ser humano, pois somos nós
que sempre nos distanciamos de Deus, nunca o contrário.
Uma das grandes certezas neste mundo de dor e sofrimento é a de que não estamos
sozinhos, temos um Deus misericordioso e compassivo. Contudo, nas religiões pagãs as
divindades são apresentadas como seres distantes ou quase inatingíveis. Diversas vezes
a preocupação humana está em satisfazer a vontade dos deuses, na tentativa de aplacar
a sua ira.
Conclusão
No dia 5 de agosto de 2010, o Chile viveu um dos seus maiores dramas e que contagiou
o restante do mundo. Em uma mina isolada no deserto do Atacama, 33 operários ficaram
presos a 700 metros de profundidade após o colapso de uma parede de granito, que
fechou a boca de saída da mina onde trabalhavam, prendendo-os por aproximadamente
70 dias.
Nos primeiros 17 dias dessa terrível tragédia, os mineiros ficaram incomunicáveis até a
descoberta do desmoronamento pelas autoridades locais. Durante esse período, os
mineiros presos ali racionavam a comida que haviam levado em suas marmitas e
bebiam o pouco de água que vazava das fendas das rochas e do sistema de refrigeração
dos maquinários.
Após diversas tentativas frustradas para alcançar o local onde estavam os operários
presos, as equipes optaram por uma técnica de salvamento que consistia no uso de
cápsulas de metal que seriam inseridas por meio de dutos escavados paralelamente ao
túnel de entrada e saída da mina. Nos primeiros minutos do dia 13 de outubro, o primeiro
mineiro foi retirado com vida e o último trabalhador foi resgatado quase 22 horas depois.
O Senhor fez a Sua parte e cabe a cada um de nós fazer a sua, a de aceitar essa
maravilhosa salvação conquistada por Cristo na cruz e de se colocar à disposição Dele
para fazer parte da equipe de resgate deste mundo perdido. Você aceita esse convite de
Deus para sua vida?
Marcelo Ferreira Cardoso é casado com Elda Cardoso, cirurgiã-dentista, e pai de dois
maravilhosos filhos, Rafael e Helena Cardoso. Graduou-se em Teologia no UNASP-EC
(2000), é mestre (2018) e doutorando em Ciências das Religiões pela FUV – Faculdade
Unida de Vitória. No início do seu ministério, trabalhou como capelão no Colégio
Adventista de Taguatinga-DF (2001), foi pastor distrital em Araguatins-TO (2002-2003) e
Formosa-GO (2004). Atuou também como evangelista na Associação Paulista Sul (2005-
2008) e União Sul Brasileira (2009-2016). Atualmente é professor de Teologia e
coordenador da área aplicada do SALT com sede na Faculdade Adventista do Paraná.