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Relatório 2 - Rochas Ornamentais

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CENTRO TECNOLÓGICO
ARQUITETURA E URBANISMO

ANA LUIZA MONTEIRO MARTINS, GABRIELA GILLES, NATÁLIA DE PAULA


MENEZES, NATHAN DOS SANTOS SILVA, SARA DE MEDEIROS PEREIRA

RELATÓRIO REFERENTE AOS ENSAIOS REALIZADOS DE


ROCHAS ORNAMENTAIS

Vitória, 23 de dezembro de 2022.


ANA LUIZA MONTEIRO MARTINS, GABRIELA GILLES, NATÁLIA DE PAULA
MENEZES, NATHAN DOS SANTOS SILVA, SARA DE MEDEIROS PEREIRA

RELATÓRIO REFERENTE AOS ENSAIOS REALIZADOS DE


ROCHAS ORNAMENTAIS

Trabalho apresentado na disciplina de


Tecnologia das Construções I no curso de
graduação em Arquitetura e Urbanismo da
Universidade Federal do Espírito Santo.

Orientadora: Dra. Letícia Oliveira de Souza

Vitória, 23 de dezembro de 2022


SUMÁRIO

1. ENSAIO DE RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO UNIAXIAL 4


1.1. INTRODUÇÃO 4
1.2. OBJETIVOS 4
1.3. MATERIAIS E MÉTODOS 4
1.4. RESULTADOS
1.5 ANÁLISES 5
1.6. CONCLUSÃO 5

2. ENSAIO DE FLEXÃO POR CARREGAMENTO EM 4 PONTOS 6


2.1. INTRODUÇÃO 6
2.2. OBJETIVOS 6
2.3. MATERIAIS E MÉTODOS 6
2.4. RESULTADOS
2.5. ANÁLISE 8
2.6. CONCLUSÃO 8

3. ENSAIO DE RESISTÊNCIA AO IMPACTO DE CORPO DURO 9


3.1. INTRODUÇÃO 9
3.2. OBJETIVOS 9
3.3. MATERIAIS E MÉTODOS 9
3.4. RESULTADOS
3.5. ANÁLISE 9
3.6. CONCLUSÃO 9
1. ENSAIO DE RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO UNIAXIAL

1.1. INTRODUÇÃO
O ensaio de compressão consiste na aplicação de uma carga compressiva em
uma face do corpo de prova, com o intuito de obter a relação entre a deformação
linear e a carga de compressão aplicada. Os resultados obtidos neste ensaio são
de extrema importância para a área da construção civil, visto que é a partir dele
que define-se o comportamento do material sob aplicação de cargas, de modo a
observar sua resistência à compressão e a dilatação das faces em função da
aplicação da carga.
Para estudo desses indicadores, foi feito um ensaio de resistência à compressão
uniaxial, a fim de observar como o corpo de prova selecionado se comportaria.

1.2. OBJETIVOS
Os objetivos deste relatório englobam analisar o comportamento de um cubo de
rocha ornamental quando submetido a carga de compressão por meio dos
resultados obtidos no ensaio realizado no Laboratório de Ensaios em Materiais de
Construção (LEMAC) da Universidade Federal do Espírito Santo, como parte da
disciplina de Tecnologia das Construções I.

1.3. MATERIAIS E MÉTODOS


Os materiais utilizados para o ensaio de resistência à compressão uniaxial foram:
● Máquina de Prensa Hidráulica da marca Amsler (ver figura 1);
● 1 Cubo de granito comercial, em tamanho 7x7 centímetros (ver figura 2),
com as medidas: Aresta 1 = 69,86 milímetros; Aresta 2 = 69,42 milímetros;
Aresta 3 = 70,21 milímetros; Aresta 4 = 69,42 milímetros; Altura = 69,06
milímetros.

Figura 1 - Máquina de Prensa Hidráulica, da Amsler.

Fonte: Acervo pessoal do grupo.


Figura 2 - Cubo de granito comercial.

Fonte: Acervo pessoal do grupo.

O método para que o ensaio seja realizado consiste em colocar a rocha na


máquina sob aplicação de carga até que haja ruptura. Diferente do que está
normatizado na ABNT NBR 15845-5:2015 - com 10 corpos de prova -, no ensaio
utilizou-se apenas 1 corpo de prova cúbico, que está nas condições de tamanho
regularizada na norma - entre 70 a 75 milímetros. Após identificar as arestas e
altura, o corpo de prova é colocado na máquina de prensa hidráulica e é aplicada
a carga para romper o corpo de prova, designando sua resistência. A máquina
utilizada possui carga máxima de aplicação de 200 toneladas (1960 quilonewton
ou 20000 quilograma-força), porém para haver ruptura do cubo, só foi preciso 54
toneladas (529,20 quilonewton ou 5400 quilograma-força). Ao atingir a aplicação
de carga suficiente para ruptura, o cubo dividiu-se em diversas partes (ver figura
3).
Figura 3 - Resultado do cubo após aplicação de carga.

Fonte: Acervo pessoal do grupo.


1.4. RESULTADOS
Para realização dos cálculos foram utilizados os dados fornecidos pelos técnicos
de laboratório, são eles: a carga aplicada quando houve ruptura que foi de 54
toneladas (para cálculo usamos na unidade de medida de Quilonewtons, sendo
assim, 529,20 kN); as dimensões do cubo que serão obtidas a partir da média dos
valores das arestas fornecidas (A1 = 69,86 mm e A2 = 69,42 mm; e A3 = 70,21
mm e A4 = 69,42 mm) e a altura do cubo que corresponde a 69,06 mm.
Em primeiro plano, para o cálculo da tensão de ruptura é preciso calcular a média
das dimensões:
Média entre a aresta 1 e aresta 2 = 69,64 mm ou 0,06964 m;
Média entre a aresta 3 e aresta 4 = 69,82 mm ou 0,06982 m.
Por conseguinte, para obter a área da secção do corpo de prova submetida ao
carregamento faz-se a multiplicação das dimensões encontradas. Sendo assim,
temos, 0,06964 x 0,06982, e encontramos a área de 0,004862 m². Com isso é
possível calcular a tensão de ruptura do granito comercial através da fórmula
mostrada na figura 4.

Figura 4 - Fórmula de cálculo da tensão de ruptura.

Substituindo os valores na fórmula temos: σ = 529,20 kN / 0,004862 m²


Assim, encontramos o valor da tensão de ruptura que foi aproximadamente
108.844,097 MPa.

1.5. ANÁLISE
Segundo a ABNT NBR 15845-5:2015 (figura 5), pode-se afirmar que a resistência
à compressão uniaxial esperada deve ser ≥ 100 MPa. Desse modo, de acordo
com os resultados obtidos por meio do cálculo realizado acima, as rochas
ornamentais para revestimento, no caso, o granito analisado demonstrou tensão
de ruptura dentro esperado.
Figura 5 - Propriedades e ensaios para especificação de granitos para revestimento de fachada

Fonte: ABNT NBR 15844.

1.6. CONCLUSÃO
Por meio desse ensaio foi possível verificar de forma prática como as rochas
ornamentais se comportam quando estão sobre compressão uniaxial. Dessa
forma, através deste relatório foi realizado o cálculo da tensão de ruptura e ao
comparar com a norma da ABNT NBR 15845-5:2015, conclui-se que o granito
analisado está dentro dos padrões esperados.
2. ENSAIO DE FLEXÃO POR CARREGAMENTO EM 4 PONTOS

2.1. INTRODUÇÃO
O ensaio de flexão consiste na aplicação de uma carga sobre uma barra
biapoiada até a sua ruptura ou até determinado estágio requerido. O intuito de tal
ensaio é analisar as propriedades mecânicas da barra de rocha quando
submetida à flexão. Este ensaio é de extrema importância para a área da
construção civil, pois é a partir dele que a rocha tem sua resistência à flexão
definida e, assim, sabe-se os indicadores e, consequentemente, onde esta rocha
pode ser aplicada.
Para estudo desses indicadores, foi feito um ensaio de flexão por carregamento
em 4 pontos, a fim de observar como a barra de rocha selecionada se
comportaria sob cargas de flexão.

2.2. OBJETIVOS
Os objetivos deste relatório englobam analisar o comportamento de uma barra de
rocha ornamental, quando submetida a carga de compressão, por meio dos
resultados obtidos no ensaio realizado no Laboratório de Ensaios em Materiais de
Construção (LEMAC) da Universidade Federal do Espírito Santo, como parte da
disciplina de Tecnologia das Construções I.

2.3. MATERIAIS E MÉTODOS


Os materiais utilizados para o ensaio de flexão por carregamento em 4 pontos
foram:
● Máquina de Prensa Hidráulica da marca Amsler com dispositivo de ensaio
de flexão de 4 pontos (ver figura 6);
● 1 Barra universal, com as medidas: 40 centímetros de comprimento, 10
centímetros de largura, e 3 centímetros de altura (ver figura 7).
Figura 6 - Máquina de Prensa Hidráulica, da Amsler.

Fonte: Acervo pessoal do grupo.

Figura 7 - Barra utilizada no ensaio.

Fonte: Acervo pessoal do grupo.

A metodologia do ensaio está normatizada na ABNT NBR 15845-7:2015. A norma


pede 10 corpos de prova, mas foi utilizado apenas um, o qual possui dimensões
diferentes da normatizada - a norma pede 20 centímetros de comprimento, 10
centímetros de largura e 5 centímetros de altura. A barra foi colocada na máquina,
acima de 2 roletes distanciados por um vão livre de 30 centímetros, e abaixo de
duas cargas distanciadas por 7,5 centímetros (ver figura 8 como exemplo). A
máquina utilizada possui carga máxima de aplicação de 5 toneladas (49
quilonewton ou 500 quilograma-força) mas, para o rompimento da barra, foi
necessário apenas 0,38 toneladas (3,724 quilonewton ou 380 quilograma-força).
Após aplicada a carga necessária, a barra rompeu-se.

Figura 8 - Exemplo de dispositivo para flexão de 4 pontos.

Fonte: CIMM - Centro de Informação Metal Mecânica.

2.4. RESULTADOS
Para realização dos cálculos foram utilizados os dados fornecidos pelos técnicos
de laboratório, são eles: o corpo de prova, comprimento de 40 cm, largura de 10
cm, altura de 3 cm, distância entre os roletes inferiores 30 cm, distância entre as
cargas (em cima) 7,5 cm; e a carga aplicada quando houve ruptura que foi de
3,72 kN.
Assim, a partir dos dados fornecidos podemos calcular resistência à tração
calculada pelo ensaio de flexão por meio da fórmula apresentada na figura.

Figura 9 - Fórmula de cálculo para calcular a resistência à tração.

Onde:
P é a força de ruptura (MPa);
a é a distância do rolete ao local de aplicação da força (kN);
b é a comprimento da base (m);
h é altura do (m).

Substituindo os valores na fórmula temos:


σR = (3 x 3,72 kN x 0,075 m) / 0,1 m x 0,03²
Assim, encontramos o valor da resistência à tração que foi aproximadamente
9.300 MPa.

2.5. ANÁLISE

Segundo a ABNT NBR 15845-7:2015 (figura 5), pode-se afirmar que a resistência
à tração esperada no ensaio de resistência à flexão por carregamento em quatro
pontos deve ser ≥ 8,0 MPa. Desse modo, de acordo com os resultados obtidos
por meio do cálculo realizado acima, as rochas ornamentais para revestimento, no
caso, o granito analisado demonstrou resultados satisfatórios, já que o valor da
resistência à tração foi aproximadamente de 9.300 MPa.

2.6. CONCLUSÃO

Por meio desse ensaio foi possível verificar de forma prática como as rochas
ornamentais se comportam quando estão sobre flexão por carregamento em 4
pontos. Dessa forma, através deste relatório foi realizado os cálculos de
resistência à tração e ao comparar com a norma ABNT NBR 15845-7:2015,
conclui-se que a peça utilizada está dentro dos padrões esperados.
3. ENSAIO DE RESISTÊNCIA AO IMPACTO DE CORPO DURO

3.1. INTRODUÇÃO
O ensaio de resistência ao impacto de corpo duro consiste em submeter uma
placa de rocha ornamental a impactos de queda livre de um determinado corpo de
massa conhecida a partir de alturas variadas. O intuito do ensaio é simular
impactos que podem vir a acontecer na peça de rocha ornamental durante seu
uso para revestimentos e, assim, determinar qual a resistência da rocha a impacto
de corpo duro e onde ela pode vir a ser utilizada.
Para analisar esses indicadores, foi feito um ensaio de resistência ao impacto de
corpo duro a fim de definir como a rocha se comporta e calcular as variáveis
advindas desse comportamento.

3.2. OBJETIVOS
Os objetivos deste relatório englobam analisar o comportamento de uma placa de
rocha ornamental, quando submetida a impactos de corpo duro em diferentes
alturas, por meio dos resultados dos ensaios obtidos no ensaio realizado no
Laboratório de Ensaios em Materiais de Construção (LEMAC) da Universidade
Federal do Espírito Santo, como parte da disciplina de Tecnologia das
Construções I.

3.3. MATERIAIS E MÉTODOS


Os materiais utilizados para o ensaio de resistência ao impacto de corpo duro
foram:
● 1 placa rochosa, com as medidas: 20 centímetros de largura, 20 centímetros
de comprimento e 3 centímetros de altura (ver figura 10);
● 1 bola esférica com 1 quilograma;
● Máquina feita para lançar a esfera a determinada altura (ver figura 11).
Figura 10 - Rocha utilizada no ensaio de resistência ao impacto de corpo duro.

Fonte: Acervo pessoal do grupo.

Figura 11 - Máquina utilizada no ensaio de resistência ao impacto de corpo duro.

Fonte: Acervo pessoal do grupo.

A metodologia do ensaio está normatizada na ABNT NBR 15845-8:2015. Por ser


uma rocha irregular, não há forma definida para a ruptura, além de haver maior
chance de ruptura na parte inferior da rocha. A norma fala para utilizar 5 corpos
de prova, mas foi utilizado apenas 1. A rocha é colocada sobre um colchão de
areia, alinhada de forma central para a esfera que está acima - a ideia é que,
quando a esfera for solta, caia no centro da rocha. A primeira queda é feita com
uma altura de 20 centímetros, e é aumentada a cada 5 centímetros a cada queda,
até que haja ruptura completa. No ensaio, as primeiras fissuras apareceram
apenas na parte inferior da rocha na 6º queda, com uma altura de 45 centímetros.
Na 7º queda (50 centímetros) e na 8º queda (55 centímetros), houve
aprofundamento das fissuras e surgimentos de fissuras na parte superior,
respectivamente. Na 9º queda, com altura de 60 centímetros, a rocha rompeu em
3 pedaços; após pegá-la na mão, rompeu em mais 1 pedaço (ver figura 12).
Figura 12a e 12b - Rompimento da rocha após impacto de corpo duro.

Fonte: Acervo pessoal do grupo.

3.4. RESULTADOS
Como resultado do presente ensaio deve-se calcular a energia de ruptura do
corpo. Para tanto devemos utilizar os dados colhidos durante o ensaio juntamente
com os dados da peça e da esfera, dados esses que foram fornecidos pelo
técnico do laboratório, são eles: a dimensão da placa de granito comercial que
tem 20 cm (comprimento), por 20 cm (largura), por 3 cm (altura); a esfera que tem
uma massa de 1kg e diâmetro 6 cm; e por fim a altura de ruptura 60 cm que foi a
altura que a placa rompeu, para cálculo usamos na unidade de medida de metros,
sendo assim, 0,6 m. Com isso é possível calcular a energia de ruptura do corpo
através da fórmula mostrada na figura 13.

Figura 13 - Fórmula de cálculo da energia de ruptura.

Onde:
W é a energia de ruptura (J);
m é a massa da esfera (kg);
g é a aceleração da gravidade (9,806 m/s²);
h é a altura de ruptura (m).
Substituindo os valores na fórmula temos: W = 1 x 9,806 m/s² x 0,6 m.
Assim, encontramos o valor da energia de ruptura que foi aproximadamente
5,884J.

3.5. ANÁLISE
Segundo a ABNT NBR 15845-8:2015 (figura 5), pode-se afirmar que o ensaio de
resistência ao impacto de corpo duro deve ser realizado com altura ≥ 0,3 m para
que haja rompimento. Desse modo, de acordo com o cálculo realizado acima,
bem como o ensaio realizado, a rocha ornamental para revestimento, no caso, o
granito analisado estava de acordo com a norma pré estabelecida, já que a altura
de ruptura foi de 0,6 m. Por isso, alcançou os resultados esperados.

3.6. CONCLUSÃO
Por meio desse ensaio foi possível verificar de forma prática como as rochas
ornamentais se comportam quando sofrem um impacto de corpo duro. Dessa
forma, através deste relatório foi realizado os cálculos da energia de ruptura.
Comparado com a norma ABNT NBR 15845-7:2015, conclui-se que a peça
utilizada está dentro dos padrões esperados, uma vez que a altura de ruptura foi
de 0,6 m.

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