Caso Pequeno Hans PDF
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Introdução
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Apreciação Crítica
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Como as dúvidas de Hans não eram esclarecidas, muito pelo contrário, eram-lhe
ditas mentiras sobre a cegonha e a omissão da existência da vagina, na busca do
conhecimento para a obtenção do prazer, Hans passa a questionar a origem dos bebés.
O grande momento na vida de Hans foi o nascimento da sua irmã Hanna e ligou
o parto da sua mãe, e o consequente diminuir da barriga, ao acto de evacuar os
intestinos, passando a acreditar que esta seria a verdadeira origem dos bebés, e que deste
modo encontraria todo o prazer e felicidade, visto que lhe seria acessível ter e cuidar dos
seus filhos.
A mãe de Hans cuidava dele com excesso de zelo e pensa-se que foi assim que
Hans criou uma dependência total da sua mãe, dado que esta atitude de “super-
protecção” e principalmente de “total atenção” impediu a integração do seu Ego.
Com o nascimento de Hanna, Hans percebeu que já não conseguia ter acesso
total à sua mãe, arranjando outros objectos de posse: amigos e amigas às quais chamava
de filhos (as) com o objectivo de obter uma relação semelhante à que tinha com a sua
mãe antes da irmã nascer. No afastamento destes objectos de posse e com a ausência da
mãe para cuidar da irmã e do pai para trabalhar, Hans encontrava na masturbação o
alívio para as suas crises de angústia. Contudo, isto só agravava a síndrome de
ansiedade pela culpa e pelo medo de castração, resultado da ameaça que a mãe lhe fez e
que ainda fora reforçado quando o menino teve de se submeter a uma cirúrgia às
amígdalas.
Apesar de tudo isto, Hans começou a aperceber-se que na ausência do pai tinha a
mãe só para ele, desenvolvendo um sentimento de destrutividade contra o pai. Contudo,
Hans também o amava e esta relação amor/ódio desencadeou um conflito de
ambivalência de emoções e levando mais uma vez à ansiedade.
A fobia que Hans desenvolveu foi em relação aos cavalos, o que na época
representava um grande transtorno visto que este era o meio de transporte mais
utilizado. Hans entrava em pânico sempre que via uma carruagem porque imaginava
que os cavalos que a puxavam iam cair e partir as pernas. A análise desta fobia revelou
que Hans transferia para os cavalos a destrutividade que sentia em relação ao pai. Na
verdade, Hans desejava que o seu pai caísse e partisse as pernas quando ia ter com a sua
mãe. A fobia de subsitituir por cavalos estava relacionada com o medo insconsciente de
ser castrado pelo pai por causa do amor que sentia pela mãe – Complexo de Édipo.
«O complexo de Édipo é uma referência à ameaça de castração ocasionada pela
destruição da organização genital fálica da criança, radicada na psicodinâmica libidinal,
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que tem como plano de fundo as experiências libidinais que se iniciam na retirada do
seio materno. Importante notar que a libido é uma energia sexual, mas não se constitui
apenas na prática sexual, mas também nos investimentos que o indivíduo faz para
obtenção do prazer.».
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Actualmente, com esta visão, o modelo mais aceite é o modelo Psicodinâmico
que tem por base teórica a Psicanálise Clássica, isto é, os psicoterapeutas desta vertente
acreditam, tal como Freud, que, neste caso concreto de Hans, a cura para os transtornos
da personalidade reside nos conflitos do insconsciente. Os tratamentos psicodinâmicos
representam métodos que actuam “em profundidade” e que operam em modificações
“estruturais”.
Na busca da descrição dos objectivos do tratamento psicodinâmico opta-se por
recorrer à descrição psicanalítica, cujo objectivo é descrito como o seguinte: «tornar
consciente o que estava inconsciente e ajudar o paciente a confrontar-se com a
realidade, a antecipar as consequências negativas das suas acções e, por isso mesmo, a
melhorar o seu juízo, a atenuar as suas tensões psíquicas e a gerir as suas contradições».
Porém, apesar dos pontos comuns, o tratamento psicodinâmico distingue-se do
psicanalítico pelo facto de considerar as sessões como um “pequeno mundo” na
totalidade da vida do paciente, encorajando-o a aplicar as lições da terapia à vida real.
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Conclusão
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Bibliografia
Webgrafia