Recuperacao Paralela de Geografia
Recuperacao Paralela de Geografia
Recuperacao Paralela de Geografia
Data: 30/10/2023
Professor: Ronaldo Borba
Aluno: Nicolas Martins Lima
Turma: 3° Ano do Ensino Médio
Recuperaçã Paralela
1° Tema "África do Sul, Nelson Mandela e o sistema político do Apartheid."
A África do Sul é um país localizado no extremo sul do continente africano e é conhecido pela
sua diversidade cultural, geográfica e política. Um dos fatos mais marcantes da sua história
recente é o fim do sistema político do apartheid e a atuação de Nelson Mandela que fez um papel
importante nesse processo.
O apartheid foi um sistema de segregação racial instituído pelo governo sul-africano em 1948 e
durou até o início da década de 1990. Este sistema discriminatório impôs a segregação em todos
os aspectos da vida, com leis que separavam brancos e negros e limitavam os direitos dos negros.
Acesso a oportunidades econômicas, educacionais e políticas. A segregação também levou a
políticas discriminatórias, incluindo restrições à mobilidade dos negros, controle de natalidade,
expulsão de comunidades inteiras e violência contra os negros.
Nelson Mandela foi o líder do Congresso Nacional Africano (ANC) e advogado de formação que
se tornou uma das imagens mais proeminentes na luta contra o apartheid. Em 1962, foi preso por
resistir ao regime opressivo e passou 27 anos na prisão de Robben Island. Mandela tornou-se um
símbolo da resistência e da luta pela igualdade racial na África do Sul. Após a sua libertação em
1990, desempenhou um papel fundamental na negociação da transição democrática e no
estabelecimento de um governo multiétnico.
Em 1994, a África do Sul realizou as suas primeiras eleições democráticas envolvendo todos os
grupos étnicos, e Nelson Mandela foi eleito o primeiro presidente negro do país. A sua
presidência foi caracterizada pela busca da reconciliação e unificação do país após décadas de
divisão racial. Ele pressionou pela criação de uma Comissão de Verdade e Reconciliação para
abordar os crimes do apartheid, trabalhou para estabelecer direitos iguais para todos os sul-
africanos e defendeu a coexistência pacífica.
A luta de Nelson Mandela e a transição da África do Sul para uma democracia multirracial são
consideradas marcos importantes na história da luta contra o apartheid e a opressão. A sua
liderança e visão de reconciliação ajudaram a evitar conflitos civis e lançaram as bases para uma
África do Sul mais inclusiva e equitativa.
Embora a África do Sul tenha feito progressos significativos desde o fim do apartheid, ainda
enfrenta desafios sociais e económicos, incluindo desigualdade, desemprego e pobreza. No
entanto, o legado de Nelson Mandela e a transição bem sucedida para uma democracia
multirracial continuam a inspirar não só este país, mas o mundo inteiro na luta contra a
discriminação racial e na procura da justiça e da igualdade.
2° Tema "Imperialismo europeu na África."
O imperialismo europeu na África é um capítulo importante na história do continente africano e
do colonialismo europeu, que se desenvolveu principalmente nos séculos XIX e XX. Este
período foi marcado pela exploração, conquista e consequentemente domínio de vastas partes do
continente africano pelas nações europeias, resultando num legado complexo e prejudicial para
as sociedades africanas.
Pontos chaves sobre o imperialismo Europeu na África:
Motivações para o Imperialismo:
Económico: As nações europeias procuraram matérias-primas valiosas, como ouro, diamantes,
borracha, marfim e minerais, para alimentar o crescimento industrial interno.
Política: O controle dos territórios africanos era visto como um meio de aumentar o prestígio e a
influência das potências europeias.
Racial e Cultural: O etnocentrismo e a crença na superioridade cultural dos europeus sobre os
africanos desempenharam um papel na justificação do imperialismo.
Conferência de Berlim (1884-1885):
Para evitar conflitos entre as nações europeias, a Conferência de Berlim foi realizada para
estabelecer regras sobre como as potências europeias deveriam dividir e colonizar África.
O resultado foi uma divisão do continente africano, ignorando as fronteiras étnicas, culturais e
geográficas existentes. Isso muitas vezes levou a disputas e conflitos nas décadas seguintes.
Impactos no continente africano:
Perda de soberania: as nações africanas perderam a sua independência e soberania, foram
governadas por potências coloniais europeias.
Exploração económica: Os recursos naturais africanos foram explorados em benefício das
potências colonizadoras, muitas vezes à custa da população local.
Exploração Humana: O imperialismo envolveu frequentemente a escravatura, o recrutamento
para trabalho forçado e a exploração das populações africanas.
Divisão Artificial: As fronteiras coloniais arbitrárias dividiram frequentemente grupos étnicos e
culturais, criando divisões étnicas e culturais que persistem até hoje.
Movimentos de Resistência:
Durante o período colonial, ocorreram vários movimentos de resistência e revoltas lideradas por
líderes africanos, como Menelik II na Etiópia, Samori Touré na África Ocidental e Jomo
Kenyatta no Quénia. Muitos destes movimentos não tiveram sucesso na expulsão dos
colonizadores, mas contribuíram para a consciência nacional e, para a independência.
O Legado do Imperialismo Europeu:
Independência: A maioria dos países africanos conquistou a independência na segunda metade do
século XX, Muitos países africanos enfrentaram desafios significativos, incluindo conflitos
étnicos, políticos e económicos, bem como o legado de exploração e divisões coloniais. O
imperialismo europeu em África teve um impacto profundo e longo nas sociedades africanas.
Embora tenha deixado um legado ruim, também deu origem a movimentos de resistência e de
busca pela independência, que contribuíram para a formação de nações africanas modernas. A
história do imperialismo em África exemplifica as complexidades e desafios do colonialismo e
da descolonização em todo o mundo.