Bioenergética e Metabolismo de Carboidratos Lipídeos e Proteínas 1
Bioenergética e Metabolismo de Carboidratos Lipídeos e Proteínas 1
Bioenergética e Metabolismo de Carboidratos Lipídeos e Proteínas 1
LIPÍDEOS E PROTEÍNAS
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SUMÁRIO
1. NOSSA HISTÓRIA ........................................................................................................................ 2
2. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 3
3. Necessidades energéticas........................................................................................................... 5
a. Digestão na Boca .................................................................................................................... 9
b. Digestão no Estômago ...........................................................................................................10
c. Digestão no Intestino Delgado ...............................................................................................11
d. Bioenergética ........................................................................................................................13
2.4.1 Sistemas De Energia ...................................................................................................15
2.4.2 ATP-CP (Metabolismo Alático)....................................................................................16
2.4.3 Sistema Glicolítico (Metabolismo Lático) ....................................................................17
2.4.4 Sistema Oxidativo (Aeróbio) .......................................................................................18
e. Mecanismos de Absorção e Transporte .................................................................................19
4. Metabolismo dos carboidratos ..................................................................................................20
5. Metabolismo das gorduras ........................................................................................................23
6. Metabolismo das proteínas .......................................................................................................24
1. ReferÊncias ...............................................................................................................................26
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1. NOSSA HISTÓRIA
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2. INTRODUÇÃO
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processo de fotossíntese, plantas verdes interceptam uma porção da luz solar que
alcança suas folhas e capturam-na nas ligações químicas da molécula de glicose.
Proteínas, lipídeos e outros carboidratos são sintetizados a partir desse carboidrato
básico para suprir as necessidades da planta. Os animais e seres humanos obtêm
esses nutrientes e a energia que eles contêm ao consumir plantas e carne de outros
animais.
O corpo faz uso da energia dos carboidratos, proteínas, lipídeos e álcool da
dieta; essa energia é presa em ligações químicas dentro dos alimentos e é liberada
por meio do metabolismo. A energia deve ser fornecida regularmente para atender às
necessidades do corpo para a sua sobrevivência. Apesar de, ao final, toda a energia
assumir a forma de calor, que se dissipa na atmosfera, processos celulares únicos
permitem primeiramente a utilização da energia para todas as tarefas exigidas pela
vida. Esses processos envolvem reações químicas que mantêm os tecidos corporais,
a condução elétrica dos nervos, o trabalho mecânico dos músculos, e a produção de
calor que mantém a temperatura corporal.
A energia é gasta pelo corpo humano na forma de gasto energético basal
(GEB), efeito térmico do alimento (ETA) e termogênese por atividade (TA). Esses três
componentes formam o gasto energético total (GET) diário de uma pessoa.
O envelhecimento pode estar associado ao maior acúmulo de lesões celulares
decorrentes das espécies reativas do oxigênio e do nitrogênio derivadas do
metabolismo mitocondrial. Com a progressão da idade, há acúmulo de proteínas,
lipídeos, carboidratos e DNA oxidados em relação a organismos jovens, de acordo
com a teoria dos radicais livres. Entretanto, nem sempre os idosos ou animais
envelhecidos apresentam maior estresse oxidativo que os jovens.
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3. NECESSIDADES ENERGÉTICAS
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Figura 1: O Sistema Digestório
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quimo, e segue do estômago ao intestino delgado, onde a maior parte da digestão
acontece.
Nos primeiros 100 cm do intestino delgado, acontece um turbilhão de
atividades, que resultam na digestão e absorção da maior parte do alimento ingerido
(figura 2). Aqui, a presença de alimento estimula a liberação de hormônios que por
sua vez estimulam a produção e liberação de enzimas poderosas do pâncreas, bem
como bile da vesícula biliar. Os amidos e proteínas são reduzidos a carboidratos de
menor peso molecular e a peptídeos de tamanho pequeno a médio.
Os lipídeos alimentares, glóbulos visíveis de gordura, são reduzidos a gotículas
microscópicas de triglicerídeos, e então a ácidos graxos livres e pequenos
monoglicerídeos. Enzimas “da borda em escova” do intestino delgado reduzem ainda
mais os carboidratos remanescentes a monossacarídeos, e os peptídeos
remanescentes a aminoácidos simples, dipeptídeos e tripeptídeos.
Utilizam-se grandes quantidades de fluidos para digerir e absorver os
nutrientes. Junto com as secreções salivares e gástricas, as secreções do pâncreas,
intestino delgado e vesícula biliar secretam 7 L de fluido dentro do lúmen doSGI a
cada dia − bem mais que os 2 L ingeridos por meio da dieta diária. Exceto por 100
mL, todo o fluido que entra no lúmen é reabsorvido: cerca de 7 L no intestino delgado
e cerca de dois litros no intestino grosso.
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Figura 2: Locais de secreção, digestão e absorção
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Por toda a extensão restante do intestino delgado, quase todos os
macronutrientes, minerais, vitaminas, oligoelementos e fluidos são absorvidos antes
de chegar ao cólon. O cólon e o reto absorvem a maior parte dos fluidos
remanescentes que chegam do intestino delgado. O cólon absorve eletrólitos e
somente uma pequena quantidade dos nutrientes remanescentes. O movimento da
matéria ingerida e secretada dento do SGI é regulado primariamente por hormônios,
nervos e músculos entéricos.
A maior parte dos nutrientes absorvidos a partir do SGI entram na veia porta
para serem transportados para o fígado, onde eles podem ficar armazenados, serem
transformados em outras substâncias ou liberados dentro da circulação. Os produtos
finais da maioria dos lipídeos alimentares são transportados para o fluxo sanguíneo
via circulação linfática.
Os nutrientes que chegam ao intestino delgado distal e ao intestino grosso,
especialmente as fibras alimentares e amidos resistentes, são fermentados pela
microbiota localizada dentro do lúmen do íleo e intestino grosso. A fermentação
produz ácidos graxos de cadeia curta (AGCCs) e gás. AGCCs fornecem uma fonte de
combustível preferível para as células do intestino, estimulam a renovação e
funcionamento das células, aumentam a função imunológica e regulam a expressão
de genes. Além disso, alguns carboidratos têm funções “prebióticas” que induzem o
crescimento e as atividades de micróbios benéficos dentro da microbiota intestinal. O
intestino grosso também fornece armazenamento temporário para resíduos. O cólon
distal, o reto e o ânus controlam a defecação.
a. Digestão na Boca
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O bolo alimentar mastigado é enviado para a faringe por controle voluntário,
mas o processo de engolir (deglutição) é involuntário por todo o esôfago. O
peristaltismo, então, move rapidamente o alimento para dentro do estômago (o
Capítulo 40 traz uma discussão detalhada sobre o ato de engolir).
b. Digestão no Estômago
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recebido gastrectomia, tiver acloridria, disfunção ou doença gastrointestinal, ou má
nutrição, ou estiver em uso de medicamentos que suprimem secreções ácidas. Isso
pode aumentar o risco de infecção patogênica no intestino.
O esfíncter do esôfago inferior (EEI), que fica acima da entrada do estômago,
evita o refluxo de conteúdos gástricos para dentro do esôfago. O esfíncter piloro da
parte distal do estômago ajuda a regular a saída de conteúdos gástricos, evitando o
retorno do quimo do duodeno para o estômago. A obesidade, determinados alimentos,
reguladores gastrointestinais e irritações de úlceras próximas podem alterar o
desempenho dos esfíncteres. Determinados alimentos e bebidas podem mudar a
pressão do EEI, permitindo o refluxo dos conteúdos do estômago para dentro do
esôfago.
O estômago mistura e agita continuamente o alimento, e normalmente libera a
mistura em pequenas quantidades para dentro do intestino delgado através do
esfíncter piloro. A quantidade esvaziada a cada contração do antro e do piloro varia
com o volume e o tipo de alimento consumido, mas somente alguns mililitros são
liberados de cada vez. A presença de ácido e nutrientes no duodeno estimula o
hormônio regulador GIP, que retarda o esvaziamento gástrico.
A maior parte de uma refeição líquida se esvazia dentro de 1 a 2 horas, e a
maior parte de uma refeição sólida se esvazia dentro de 2 a 3 horas. Quando
consumidos sozinhos, os carboidratos deixam oestômago mais rapidamente,
seguidos de proteínas, lipídeos e alimento fibroso. Em uma refeição com tipos
variados de alimentos, o esvaziamento do estômago depende do volume global e das
características dos alimentos.
Os líquidos se esvaziam mais rapidamente que os sólidos, partículas grandes
se esvaziam mais vagarosamente que partículas pequenas, e alimentos com alta
densidade energética se esvaziam mais vagarosamente do que alimentos que são
menos energéticos. Esses fatores são considerações importantes para profissionais
que aconselham pacientes com náuseas, vômitos, gastroparesia diabética ou com
problemas de controle da massa corporal.
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aproximadamente 0,5 m de extensão, o jejuno tem 2 a 3 m e o íleo tem 3 a 4 m. A
maior parte do processo digestivo é concluído no duodeno e no jejuno superior, e a
absorção da maior parte dos nutrientes já está quase completa no momento que o
material chega ao meio do jejuno. O quimo ácido sai do estômago para o duodeno,
onde é misturado com secreções do pâncreas, da vesícula biliar e do epitélio do
duodeno. O bicarbonato de sódio contido nessas secreções neutraliza o quimo ácido
e permite que as enzimas digestivas funcionem mais efetivamente nesse local.
O ingresso de alimentos parcialmente digeridos, principalmente lipídeos e
proteínas, estimula a liberação de CCK, secretina e GIP, que por sua vez estimulam
a secreção de enzimas e fluidos e afetam a motilidade gastrointestinal e a saciedade.
A bile, que é predominantemente uma mistura de água, sais biliares e pequenas
porções de pigmentos e colesterol, é secretada a partir do fígado e da vesícula biliar.
Por meio de suas propriedades tensoativas, os sais biliares facilitam a digestão e
absorção de lipídeos, colesterol e vitaminas lipossolúveis. Os ácidos biliares são
também moléculas reguladoras; eles ativam o receptor de vitamina D e os caminhos
sinalizadores de células no fígado e SGI que alteram a expressão genética das
enzimas envolvidas na regulação do metabolismo energético. Além disso, os ácidos
biliares desempenham importante papel na fome e saciedade.
O pâncreas secreta enzimas potentes capazes de digerir todos os principais
nutrientes, e as enzimas do intestino delgado ajudam a concluir o processo. As
principais enzimas que digerem lipídeos secretadas pelo pâncreas são a lipase
pancreática e a colipase. As enzimas proteolíticas incluem a tripsina e a quimotripsina,
a carboxipeptidase, aminopeptidase, ribonuclease e desoxirribonuclease.
A tripsina e a quimotripsina são secretadas em suas formas inativas e são
ativadas pela enteroquinase (também conhecida como enteropeptidase), que está na
membrana borda em escova dos enterócitos, dentro do intestino delgado. A amilase
pancreática finalmente hidrolisa moléculas grandes de amido em unidades de
aproximadamente dois a seis açúcares. As enzimas dissacaridase associadas dentro
da membrana borda em escova dos enterócitos quebram ainda mais as moléculas de
carboidratos em monossacarídeos, antes da absorção. Quantidades variadas de
amidos resistentes e a maioria das fibras ingeridas na dieta escapam à digestão no
intestino delgado e podem adicionar-se aos materiais fibrosos disponíveis para a
fermentação feita por micróbios do cólon.
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Os conteúdos intestinais movem-se pelo intestino delgado em uma velocidade
de aproximadamente 1 cm por minuto, levando de 3 a 8 horas para percorrer todo o
intestino até o esfíncter ileocecal; ao longo do caminho, substratos remanescentes
continuam a ser digeridos e absorvidos. O esfíncter ileocecal, assim como o esfíncter
pilórico, regula o fluxo de entrada do quimo dentro do cólon e limita a quantidade de
material que passa entre o intestino delgado e o cólon, em ambos os sentidos. Um
esfíncter ileocecal com problemas ou não funcional acarreta a entrada de quantidades
significativas de fluidos e substratos dentro do cólon e aumenta as chances do
aumento excessivo de micróbios no intestino delgado.
d. Bioenergética
Figura 3: Bionergética
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A energia nos sistemas biológicos é medida em quilocalorias. 1 quilocaloria é a
quantidade de energia térmica necessária para elevar 1kg de água de 1°C a 15ºC.
A necessidade energética é definida como a ingestão energética alimentar
necessária para o crescimento e a manutenção de uma pessoa de uma determinada
idade, sexo, massa corporal, estatura e grau de atividade física. Em crianças,
gestantes e lactantes, as necessidades energéticas incluem as necessidades
associadas à deposição de tecidos ou a secreção de leite em taxas compatíveis com
uma boa saúde. Em pessoas doentes ou machucadas, os fatores de estresse têm o
efeito de aumentar ou diminuir o consumo energético.
A massa corporal é um indicador da adequação ou inadequação energética. O
corpo tem a habilidade única de alterar a mistura alimentar de carboidratos, proteínas
e lipídeos para acomodar a necessidade energética. Entretanto, consumir muita ou
pouca energia ao longo do tempo resulta em mudanças na massa corporal. A massa
corporal reflete a adequação do consumo energético, mas não é um indicador
confiável da adequação de macronutrientes ou micronutrientes.
Além disso, como a massa corporal é afetada pela composição corporal, uma
pessoa com massa corporal magra mais alta do que a massa corporal gorda, ou vice-
versa, pode necessitar de consumo energético diferente em comparação com uma
pessoa normal ou “comum”. Indivíduos obesos têm necessidades energéticas mais
altas, como consequência do aumento na massa corporal gorda e magra.
A GEB, ou taxa de metabolismo basal (TMB), é a quantidade mínima de energia
gasta que é compatível com a vida. Um GEB de um indivíduo reflete a quantidade de
energia que ele utiliza em 24 horas enquanto está fisicamente e mentalmente em
repouso, em um ambiente termoneutro que evita a ativação de processos geradores
de calor, tais como tremores. Medições do GEB deveriam ser feitas antes que um
indivíduo tenha se dedicado a qualquer tipo de atividade física (preferivelmente ao
acordar pela manhã) e 10 a 12 horas após a ingestão de qualquer alimento, bebida
ou nicotina. O GEB permanece impressionantemente constante diariamente.
O gasto energético em repouso (GER), ou taxa metabólica de repouso (TMR),
é a energia gasta em atividades necessárias para manter as atividades corporais
normais e a homeostase. Essas atividades incluem a respiração e a circulação, a
síntese de compostos orgânicos e o bombeamento de íons através das membranas.
O GER, ou TMR, inclui a energia exigida pelo sistema nervoso central e para a
manutenção da temperatura corporal. Ele não inclui a termogênese, atividades ou
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outros gastos energéticos e é 10% a 20% maior do que o GEB. Os termos GER e
TMR, e GEB e TMB, podem ser utilizados de maneira intercambiável.
Numa visão funcional, as células são quem estabelecem a estrutura da maioria
dos seres vivos. Assim todas as atividades exercidas pelos organismos vivos passam
pelas ações celulares.
No interior da célula encontram-se várias organelas, suspensas em um fluído
viscoso chamado de citosol, que executam diferentes funções tais como: controle de
entrada e saída de substâncias na célula, reações de síntese e secreção, a digestão
de substâncias, produção de energia, entre outras.
As diversas organelas servem a diferentes funções da célula, de forma
semelhante a diferentes órgãos em nosso corpo. Consequentemente, a seleção e o
número de organelas de determinada célula revelam suas propriedades funcionais em
particular.
SAIBA MAIS:
Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=rA5Ig8nXcC8 para
saber mais sobre Bioenergética: conceitos e aplicações.
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unidade comum de energia, o ATP, em um processo chamado de metabolismo
energético.
Estudos evidenciam que o ATP é produzido nas mitocôndrias, usando energia
derivada de nutrientes, que resultará em trabalho na célula. A energia potencial dentro
dessa molécula de nucleotídeo aciona todos os processos celulares que necessitam
de energia.
Afirma que a molécula de ATP é constituída por um nucleotídeo denominado
adenosina, ligado a três grupos de fosfato. As ligações finais com o fosfato são muito
energéticas e instáveis e, ao serem rompidas, são fontes rápidas de energia que a
célula pode utilizar.
O ATP é a única fonte direta de energia para as contrações musculares, porém
sua quantidade nas células não atende a demanda dos esforços físicos por muito
tempo, fazendo com que sua ressíntese seja a razão da resistência e continuação da
contração muscular.
A célula só consegue realizar seu trabalho especializado a partir da energia
liberada pela desintegração do ATP.
Menciona que existem basicamente três tipos de fontes energéticas: anaeróbia
alática, utilizando as reservas de ATP-PCr, na qual fosfocreatina fornece energia para
a ressíntese de ATP; anaeróbio lático (sistema glicolítico) que envolve a degradação
incompleta de alimentos em ácido lático, ressintetizando moléculas de ATP; pelo
processo aeróbio, cuja quantidade de ATP adquirida é muito maior, pois o processo
consente degradação completa de glicose ou ácido graxo.
A quantidade de ATP nas células é limitada e o seu uso requer uma constante
regeneração da molécula. Essa regeneração também requer energia, uma vez que
existem três processos envolvidos na ressíntese de ATP: o sistema ATP-PC ou do
fosfagênio, o sistema glicolítico e o sistema aeróbio. Os dois primeiros sistemas são
anaeróbios e se realizam na ausência de oxigênio; o terceiro sistema se realiza na
presença de oxigênio e envolve a oxidação de carboidratos e ácidos graxos.
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removido através da enzima creatina cinase, libera energia suficiente para adicionar
ao ADP um radical fosfato (Pi), formando ATP.
De acordo com autores com a mesma velocidade em que o ATP é degradado
durante determinada contração, ele será formado novamente, por meio de ADP e PI,
resultantes da energia liberada na degradação da fosfocreatina estocada no músculo.
Este processo serve para a necessidade de atender às primeiras demandas
energéticas, de curta duração e alta intensidade, aumentando a concentração e a
mobilização para a atividade de compostos fosforados que contem princípios
energéticos muito fortes, como o trifosfato de adenosina e a fosfocreatina.
A duração ATPCP é de 5-7 segundos em adultos e 3-5 segundos em
crianças.As reservas de fosfocreatina são normalmente esgotadas em até 10
segundos de exercício extenuante.
Desta forma, esse é o processo mais rápido de abastecimento de ATP nos
músculos. Este sistema se caracteriza por não depender de uma longa série de
reações químicas, por não necessitar de oxigênio nos músculos que estão realizando
a atividade e também pelo trifosfato de adenosina (ATP) e da fosfocreatina (PC), já
estarem presentes armazenados dentro dos mecanismos contráteis do músculo.
Exemplificam o uso do metabolismo alático citando atividades como saltos,
lançamentos e corridas de velocidade. Citam um tiro de 100 metros como exemplo de
atividade que esgotaria as reservas de fosfagênio no músculo. Ressalta que a alta
demanda de energia nestas modalidades, faz com que a rapidez no fornecimento
desta seja extremamente importante e fundamental, levando em consideração o fato
de o processo não depender de uma longa série de reações químicas nem do
transporte do oxigênio ao músculo.
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Destaca e compara a complexidade desta ressíntese ao ATPPC por atingir
doze reações químicas precisas, catalisadas por enzimas.
Sinalizam que para continuar um exercício intenso a ressíntese de ATP deverá
acontecer num ritmo consideravelmente rápido, o que ocorre neste processo. Além
disso, a energia derivada deste sistema pode ser considerada uma reserva que se
ativa no início ou até mesmo no fim, de determinado exercício, quando feito de
maneira acelerada ou intensa.
Afirmam que neste sistema a intensidade é alta, mas não máxima, e o
organismo passa a ressintetizar ATP sem a presença de oxigênio, porém utilizando a
glicose. A glicose é a principal fonte energética para a maior parte das células, e a
única que pode ser quebrada anaerobiamente.
As reservas energéticas do metabolismo lático tem origem da decomposição
do glicogênio nos músculo e no fígado, com a conseqüente produção do ácido lático.
Sobre o ácido lático:Primeiramente, ele deve ser chamado de metabólito intermediário
em vez de produto de excreção simplesmente em razão de a maior parte da energia
originada da molécula de glicose ainda estar intacta. Em segundo lugar, uma vez que
a glicose intracelular e todos os intermediários metabólicos da via glicolítica são
incapazes de percorrer a membrana da célula muscular por estarem fosforilados, o
ácido lático assume um importante papel como energia transferível.
Uma das deficiências desta ressíntese ocorre pelo fato de os músculos terem
pouca resistência ao acúmulo de ácido lático, tolerando cerca de 60 a 70 gramas dele
antes de apresentar sinais de fadiga.
Um treinamento específico com objetivo de melhorar os estoques de glicogênio,
favorece e controla os mecanismos de produção e também de suporte ao ácido lático.
Afirmam que o acumulo de lactato sanguíneo de forma rápida ocorre em
exercícios máximos com duração entre 1 e 3 minutos.
Estudo afirma como exemplo de atividades que utilizam o sistema glicolítico as
provas de velocidade prolongada e situações que ocorrem em disputas de esportes
coletivos. Provas de corrida com distância de 400 a 800 metros, utilizam inicialmente
(largada) o sistema fosfagênio e no restante da prova o processo do ácido lático.
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O processo aeróbio de ressíntese de ATP permite uma degradação completa
de glicose ou ácido graxo, atingindo um número muito maior de ATPs. Assim a glicose
se torna ainda mais importante, tendo em vista a pouca quantidade de energia
necessária para sua degradação.
As fontes aeróbicas são responsáveis pelas atividades físicas de média e longa
duração.
Incontestavelmente, este sistema é o responsável pela maior produção de
ATPs, cuja presença do oxigênio, o glicogênio se transforma em dióxido de carbono
(CO²) e água, liberando energia capaz de ressintetizar até 39 moles de ATP. Além
disso, toda esta reação da quebra completa de glicose não produz ácido lático.
Neste processo, além da glicose, os ácidos graxos localizados no tecido
adiposo e nos músculos também sofrem reações de oxidação (TUBINO, 2003).
Nos esforços aeróbios a ressíntese de ATP pode ser obtida por meio da
glicólise aeróbia, havendo consumo das reservas de glicogênio ou oxidação das
gorduras.
Quando os esforços forem extensos ou em casos de situações extremas, as
reservas de proteína também acabam sendo uma fonte de energia ao processo
oxidativo.
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Figura 4: Caminhos de transporte através da membrana celular, e mecanismos básicos de
transporte. ATP, Trifosfato de adenosina
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As reações químicas do sistema aeróbio, realizadas na presença de oxigênio e
sem o acúmulo de ácido lático nos músculos, são divididas em três séries: glicólise
aeróbica, ciclo de Krebs e cadeia respiratória ou sistema de transporte de elétrons.
A glicólise ocorre no citoplasma, transformando glicose em ácido pirúvico e
pode ser feita por organismos aeróbios e anaeróbios, pois não necessita de oxigênio.
Seu saldo final é de 2 ATPs, pois no processo são gastos 2 ATPs e adquiridos 4 ATPs.
Neste processo são liberados elétrons com energia e hidrogênio que são
captados pelo NAD (nicotinamida adenina dinucleotídeo) se transformando em NADH,
que posteriormente ao final do processo, em combinação com oxigênio formarão
água.
Num sentido bioquímico, afirmam que a glicose aeróbia representa um sistema
que procede num ritmo estável, pois na mesma velocidade em que o hidrogênio fica
disponível ele acaba sendo oxidado.
O que difere a glicólise anaeróbica da glicose aeróbica é que o oxigênio quando
presente de forma suficiente no processo, ele age inibindo o acúmulo do ácido lático,
porém, de forma que não há ressíntese de ATP.
Afirmam que após a glicólise aeróbica o ácido pirúvico irreversivelmente é
transformado em acetil-CoA, que se introduz no ciclo de Krebs, na qual seu substrato
será degradado em dióxido de carbono e hidrogênios.
O ciclo do ácido cítrico ou ciclo de Krebs é responsável pela transformação do
ácido pirúvico (C³H4O³) em dióxido de carbono (CO²). No mesmo momento em que
está ocorrendo suas reações a energia presente na molécula de glicose está sendo
liberada.
Destacam três eventos como importantes no ciclo de Krebs: a produção de
dióxido de carbono, a oxidação (e redução), e a produção de ATP através da
conversão de um composto chamado guanosina trifosfato (GTP).
Caracteriza o ciclo descrevendo que este ocorre nas mitocôndrias onde
ocorrerão oito reações na matriz mitocondrial dos eucariotos e que o oxigênio é
necessário durante as reações. A liberação de elétrons energizados e hidrogênio que
são capturados por NAD e FAD, que conseqüentemente são reduzidos também são
fatores característicos do ciclo.
Durante a glicólise e o ciclo de Krebs, a molécula de glicose é completamente
oxidada, originando ATP – utilizado pela célula como fonte de energia, CO², -
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eliminado pelos pulmões na expiração, e íons H+ - que são levados às cristas
mitocondriais para a realização da cadeia respiratória. Figura 5.
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Alguns autores da teoria mitocondrial do envelhecimento sugerem que
mutações ocorridas no genoma mitocondrial alteram o metabolismo mitocondrial,
reduzindo a produção de ATP e predispondo a célula ao envelhecimento e a diversas
doenças associadas a este (degeneração macular, progeria, ataxia telangiectasia. Ao
contrário, a longevidade estaria associada à manutenção da estrutura e função
adequadas das mitocôndrias.
SAIBA MAIS:
Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=pl8S8kyrlBQpara saber
mais sobre o metabolismo de carboidratos.
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através de uma série de reações denominada oxidação-beta, para a partir daí se
introduzirem no ciclo de Krebs e na cadeia respiratória.
Se as gorduras ou lipídeos armazenassem a mesma quantidade de energia
que os carboidratos, aumentaria em cerca de cinco vezes o peso dos estoques
energéticos. Afirmam que se as células não possuíssem quantidades adequadas para
catabolizar, de imediato são as gorduras utilizadas para obtenção energética. Apesar
deste potencial energético o processo consome 15% mais de oxigênio do que a
degradação de glicídios. Figura 6.
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utilizadas quando liberam aminoácidos que aos se degradarem formam ácido pirúvico
ou ainda são transformados em acetil-CoA. Figura 7.
SAIBA MAIS:
Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=BvnM8DE4ajQ para saber
mais sobre o metabolismo de proteínas.
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1. REFERÊNCIAS
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