Carvalho (2016)
Carvalho (2016)
Carvalho (2016)
Lorena
2016
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
ESCOLA DE ENGENHARIA DE LORENA
Versão Original
Lorena, SP
2016
AUTORIZO A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO, POR QUALQUER MEIO
CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE
RESUMO
ABSTRACT
This project started from the teacher observation report in Mathematic lessons which
had shown certain degree of anxiety in student’s behavior in relation to failures of
traditional method of learning. To develop the project and the outcome of analysis was
employed Qualitative Research, to be an instrument capable to grasp the values,
beliefs and human feelings thus giving signification to their actions. Based upon the
Lorenzato guidelines is reported the implementation of the Mathematics Teaching
Laboratory in a private school which activities were carried out with students from 9th
grade of elementary school.The bringing considers the use of teaching materials,
manipulatives and other teaching methods for teaching function and trigonometry in
the Mathematics Teaching Laboratory. Data assays was based on semiotics
representations records (RRS) Duval, were considered the major trends in
mathematics teaching, its main authors like D'Ambrosio, in Ethnomathematics;
Biembengut in Mathematical Modeling; Onuchic and Allevato in Troubleshooting;
Borba and Penteado in Information and Communication Technologies; Smole in
classroom games and the guidelines of the National Curriculum Parameters. From the
results it was found, by means of questioning, report of students behavior and tests,
an improving in learning the concepts of function and trigonometry. In addition, there
was an increase in understading mathematical problems posed by the teacher/
researcher, which reduced anxiety in relation to mathematics.
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 17
2 REVISÃO DA LITERATURA .................................................................................. 21
2.1 Problemática do projeto de pesquisa ............................................................ 21
2.2 Plano de Ação .................................................................................................. 22
2.3 Metodologia: Abordagem Qualitativa ............................................................ 24
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................. 27
3.1 Sentido da sala ambiente ............................................................................... 27
3.2 Uso dos recursos manipulativos ................................................................... 30
3.3 Tendências em Educação Matemática .......................................................... 32
3.3.1 Etnomatemática ............................................................................................... 33
3.3.2 Modelagem Matemática ................................................................................... 34
3.3.3 Resolução de Problemas ................................................................................. 35
3.3.4 História no Ensino da Matemática .................................................................... 37
3.3.5 Uso de Tecnologia da Informação e Comunicação - TIC ................................. 38
3.3.6 Jogos na Aprendizagem Matemática ............................................................... 41
3.4 Registro de Representação Semiótica (RRS) ............................................... 42
4 PROCEDIMENTO DE INVESTIGAÇAO ................................................................ 45
4.1 Sujeitos da pesquisa ....................................................................................... 45
4.2 Laboratório de Ensino de Matemática (LEM) ................................................ 46
4.3 Atividades desenvolvidas no LEM ................................................................. 47
4.3.1 Jogo “Mestre e Adivinho”.................................................................................. 49
4.3.2 Resolução de problemas - Registro de Representação Semiótica (RRS)........ 51
4.3.3 Software Graficador ......................................................................................... 52
4.3.4 Trigonometria com teodolitos ........................................................................... 54
4.4 Pesquisa de opinião sobre a utilização do LEM ........................................... 56
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 58
5.1 Análise do Primeiro Questionário (1º Q) ....................................................... 58
5.2 Análise das atividades .................................................................................... 62
5.2.1 Análise do jogo “Mestre e Adivinho” ................................................................. 62
5.2.2 Análise da atividade de resolução de problemas - Registro de Representação
Semiótica (RRS)........................................................................................................ 63
5.2.3 Análise da utilização do software Graficador.................................................... 68
5.2.4 Análise da atividade de trigonometria com teodolitos ...................................... 73
5.3 Análise do Segundo Questionário (2ºQ) ....................................................... 74
6 CONCLUSÃO......................................................................................................... 78
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 80
APÊNDICE A – MODELO DE CARTAS DE CONCORDÂNCIA COM A
REALIZAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA ......................................................... 87
APÊNDICE B – PRIMEIRO QUESTIONÁRIO (1ºQ)................................................. 89
APÊNDICE C – ATIVIDADE RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS – REGISTRO DE
REPRESENTAÇÃO SEMIÓTICA (RRS) .................................................................. 90
APÊNDICE D – SEGUNDO QUESTIONÁRIO (2ºQ) ................................................ 92
17
1 INTRODUÇÃO
Para tanto, a pesquisa realizada neste projeto será apresentada com a seguinte
organização:
O Capítulo 1 contextualiza o tema abordado no projeto.
No Capítulo 2 expõe a questão central explorada no projeto, ou seja, a
problemática que envolve o medo dos alunos com a Matemática, a descrição da
metodologia qualitativa e procedimentos de coleta e análise de dados.
O Capítulo 3 discorre sobre o sentido da sala ambiente de matemática, sobre
os aspectos teóricos de diversas tendências em educação matemática de ensino, em
destaque os jogos, TIC e RRS.
No Capítulo 4 são apresentados os sujeitos da pesquisa, o Laboratório de
Ensino de Matemática e algumas atividades aplicadas para o ensino de função e
trigonometria.
20
2 REVISÃO DA LITERATURA
Todos conhecem o medo da Matemática. Ele pode até ter diminuído, pois
com o mundo em mudança, o ensino naturalmente progride. Mas, mesmo
hoje, a Matemática ensinada de maneira tradicional é a disciplina que
apresenta o mais baixo desempenho dos alunos, e é, ainda, que mais
reprova. Isso acontece no Brasil e no mundo inteiro! (IMENES; LELIS, 1997,
p.6).
Estudos das possíveis causas para esse problema apontam que esse quadro
pode ser originado por relatos de experiências traumáticas vividas por pessoas
próximas, pela cultura de que a matemática é de difícil apreensão, somente acessível
a poucos indivíduos, que exige muito esforço e dedicação para ser dominada; ou baixa
autoconfiança. Com tudo, esse aluno acredita que nem o maior esforço irá levá-lo ao
êxito, é muito sensível a críticas e opõe-se ou rechaça ajuda, pois supervaloriza o
poder da matemática formal (COSTA, 2011; CARMO, 2002; D’AMBROSIO, 1989).
O estudo das reações emocionais dos alunos em relação à matemática, tem
papel importante para fundamentar as atitudes tomadas no sentido de reverter, ou ao
menos, reduzir os efeitos da ansiedade em relação à esta disciplina (CARMO;
SEMIONATO, 2012).
Mendes e Carmo (2011) relatam que a partir de um estudo das situações que
geram graus extremos de ansiedade nos alunos pode-se identificar quais
metodologias devem ser aplicadas em determinados momentos da vida estudantil do
aluno. Uma possibilidade para reverter o quadro onde os alunos demonstram
ansiedade à matemática, seria rearranjar o ambiente escolar, com a presença de
monitores, trabalhos em pequenos grupos, acompanhamento individualizado, círculos
de conversa sobre matemática, procedimentos de ensino individualizado e ensino a
distância via computador. Os autores destacam que ainda são escassos estudos
brasileiros que implementam mudanças no ambiente escolar visando amenizar a
ansiedade quanto à matemática.
Espera-se que esse projeto apresente uma proposta metodológica de um novo
meio de assimilação do conhecimento matemático pela interação dos alunos com uma
nova abordagem de ensino, onde o discente poderá a partir de experiências concretas
com os objetos manipulativos e da interação com colegas em trabalhos em grupos,
possa compreender o conteúdo, adquirindo autoconfiança para novos desafios
matemáticos.
24
Na pesquisa qualitativa
[...] é natural que cientistas sociais se interessem por pesquisar aquilo que
valorizam. Estes cientistas buscam compreender os valores, crenças,
motivações e sentimentos humanos, compreensão que só pode ocorrer se a
ação é colocada dentro de um contexto de significado.
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Para muitos professores, todas as salas de aula e todas as suas aulas devem
ser um laboratório onde se dão as aprendizagens da Matemática. Essa é uma
utopia que enfraquece a concepção possível e realizável do LEM, porque ela
pode induzir professores a não tentarem construir o LEM num certo local da
escola em que trabalham [...] (LORENZATO, 2006, p. 7)
A sala ambiente surge como um espaço ideal para estimular o gosto pela
matemática, reforçando ações positivas em relação a matéria. Os alunos passam a
perseverar na busca de soluções já que passam a confiar em sua capacidade de
aprender e fazer matemática; a compreender conceitos, utilizando procedimentos e
habilidades matemáticas; visualizar conceitos de relações, propriedades e
regularidades; desperta o espírito investigativo e a autonomia (GONÇALVES, 2003).
O objetivo geral de um LEM passa pela construção do conhecimento
matemático, por meio da utilização de recursos didáticos e práticas de atividades
lúdicas que propiciem o desenvolvimento de técnicas intelectuais e sobretudo de
relações sociais (LORENZATO, 2006; LOPES; ARAÚJO, 2007; GONÇALVES, 2003).
Além desse, Gonçalves (2003) destaca os seguintes objetivos específicos:
Estimular o prazer pela matemática;
Estimular o aluno a pensar ativamente;
Demonstrar concretamente conceitos e teoremas matemáticos;
Construir raciocínio lógico e dedutivo;
Aprender Geometria de forma lúdica e prazerosa;
Desenvolver no aluno a visão espacial, explorando formas geométricas e suas
dimensões;
Estimular a atenção e a concentração, promovendo a interação entre os alunos.
O LEM justifica-se por proporcionar ao aluno o acesso a uma maior diversidade
de recursos e materiais pedagógicos, tendo com isso a possibilidade de se relacionar
com o mundo com mais segurança e eficácia. Os materiais manipulados dentro desse
ambiente podem estimular a curiosidade, a observação, a investigação e a troca de
experiências, desconstruindo o mito de que a matemática é apenas para os
“superdotados” minimizando a ansiedade e o medo da disciplina por ter acesso a uma
nova abordagem do ensino da matemática.
O LEM não pode ser apenas um ambiente físico com materiais concretos, as
atividades desenvolvidas nele é que darão vida ao local, tornando-o uma ferramenta
eficiente para a construção do conhecimento matemático (LORENZATO, 2006;
LOPES; ARAÚJO, 2007; GONÇALVES, 2003).
29
3.3.1 Etnomatemática
Mais uma questão a ser exposta é a de que os computadores trariam uma nova
dinâmica dentro da sala de aula, um incentivo maior aos alunos, porém, há indícios
de que, depois de determinado tempo usando um certo software em sala de aula pode
se tornar enfadonho da mesma forma que para muitos o uso de giz ou outras formas
de ensino pode também desmotivar (BORBA; PENTEADO, 2007).
O mercado de trabalho também pode ser um argumento para a utilização das
mídias eletrônicas nas escolas. Já que é natural pensar que quem tem um
conhecimento maior em informática, terá maior chance de se colocar no mercado de
trabalho.
D'Ambrosio (1996) afirma que o grande desafio enfrentado pela educação é
colocar em prática hoje o que irá servir amanhã.
Para Borba e Penteado (2005, p. 17) “deve ser enfatizado que, embora o
acesso a informática na escola possa contribuir para promover a cidadania, ela não
surgiu como resposta a esse tipo de problema”.
Agora, devemos atentar também para os limites e as possibilidades da inserção
das tecnologias nas escolas. É preciso oferecer cursos de capacitação aos
professores que irão trabalhar com esse tipo de mídia com seus alunos, além de
40
aluno a aprender com seus erros e a aprender junto com seus colegas, trocando suas
produções e comparando-as (BRASIL, 1997).
“O computador é um instrumento de mediação que possibilita o
estabelecimento de novas relações para a construção do conhecimento e novas
formas de atividade mental” (BRASIL,1997, p.147).
Assim como as calculadoras também exercem um papel importante no
conhecimento matemático, ao serem usadas como um instrumento motivador na
realização de tarefas exploratórias e de investigação, também abre novas
possibilidades educativas, como a de levar o aluno a perceber a importância do uso
dos meios tecnológicos disponíveis na sociedade contemporânea.
estrutura matemática implícita no jogo e que pode ser percebida pelo aluno, quando
ele joga, elabora estratégias testando-as a fim de vencer o jogo.
Smole, Diniz e Milani (2007) sugerem formas de utilização dos jogos: realizar o
mesmo jogo várias vezes, para que o aluno tenha tempo de aprender as regras e
obter conhecimentos matemáticos com esse jogo; incentivar os alunos na leitura,
interpretação e discussão das regras do jogo; propor o registro das jogadas ou
estratégias utilizadas no jogo; propor que os alunos criem novos jogos, utilizando os
conteúdos estudados nos jogos que ele participou.
4 PROCEDIMENTO DE INVESTIGAÇAO
Essa pesquisa foi realizada em uma classe do nono ano com vinte e oito alunos
(faixa etária de treze a quinze anos de idade) de uma escola particular no interior do
estado de São Paulo. Neste trabalho, o pesquisador, que também é professor de
matemática da turma, desenvolveu com os alunos ao longo de todo ano letivo as
atividades no laboratório de matemática. As atividades foram aplicadas ao longo do
ano atendendo ao plano de ensino da disciplina, e é válido ressaltar que não
comprometeram o desenvolvimento do conteúdo.
Nessa pesquisa é destacada uma sequência de atividades considerando o
ensino de função e trigonometria, por meio de jogos, resolução de problemas, uso de
Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) e realização de tarefas no
laboratório com formação de grupos colaborativos.
Uma solicitação de autorização à direção da escola, bem como uma carta aos
pais foi emitida para a concordância e aceitação do projeto, sendo comunicado que o
referido projeto faria parte de uma dissertação de mestrado (Apêndice A). Nos
46
modelos apresentados foi omitido o nome da escola sendo colocado em seu lugar
“escola da pesquisa”.
Em um primeiro momento foi exposto para a turma o que é, como funciona e
quais os objetivos de um LEM. A seguir foi informado que no planejamento do
conteúdo de matemática do ano estavam previstas atividades para serem
desenvolvidas no LEM. Nesse momento foi distribuído um questionário com a
finalidade de investigar, por meio de três questões fechadas, se os alunos gostam ou
não, se sentem ansiedade durante as aulas de matemática ou enquanto realizam uma
avaliação desta disciplina, e com o uso de sete questões abertas analisar opinião dos
estudantes acerca do LEM e do uso de diferentes recursos pedagógicos (Apêndice
B).
Ao serem questionados sobre como se sentem durante as aulas e avaliações
de matemática, se demonstravam ansiedade ou não, os estudantes solicitaram uma
definição para a palavra ansiedade, e foi apresentada segundo o minidicionário da
Língua Portuguesa de Silveira Bueno (2000) s.f. Angústia; incerteza aflitiva; desejo
ardente; aflição.
O jogo “Mestre e Adivinho” foi proposto por Smole, Diniz e Milani (2007) na
Série Cadernos do Mathema - Ensino Fundamental e está presente no livro didático
adotado pela rede de ensino na qual a escola desta pesquisa está inserida.
Esse jogo tem como objetivo introduzir noções de álgebra, estabelecendo
relações entre as palavras usadas na língua natural e a linguagem algébrica simbólica.
A Figura 2 ilustra o momento da realização da atividade no LEM.
Figura 3 – Encarte com as frases do grupo 1 e grupo 2 para o jogo “Mestre e Adivinho”.
Figura 4 – Tabela para registro, individual de cada aluno, das ações durante as etapas
do jogo.
Aluno 2: Software
h1
d
h2
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Figura 10 – Gráficos dos resultados das três primeiras questões que demonstram a
possível relação entre gostar de matemática e sentir-se ansioso.
Sim Não
As sugestões apresentadas para que a aula seja
melhor foram: mais atividades interativas; fora da
19% sala de aula; fazer mais uso dos computadores;
que os colegas fizessem silêncio durante as
aulas; além de aprenderem brincando, ou seja,
através de jogos educativos. Os alunos que
81% colocaram não como resposta justificaram que a
aula já é interessante.
Fonte: Próprio autor
60
ótimo/interessante/muito boas
Nesta questão vinte e cinco alunos (92%)
depende do conteúdo responderam que acham ótimas, muito boas,
indiferente interessantes, por ser um ambiente diferente que
favorece a interação entre os colegas, destacam
4% 4%
a necessidade de uma boa orientação e
monitoramento quanto ao método de ensino para
que não dispersem. Já um aluno (4%) diz que em
algumas matérias acha interessante como a
geometria, porém em álgebra, por exemplo, que
exige mais atenção do aluno, ele entende que o
92%
melhor modo seria na sala convencional. Um
aluno (1%) diz que na opinião dele nada
mudaria.
Fonte: Próprio autor
disciplina durante o trabalho e que esse não se torne apenas uma brincadeira. Esse
fato reforça o cuidado que o professor/pesquisador precisa ter ao planejar as
atividades realizadas neste projeto (FIORENTINI; MIORIM, 1990).
A Figura 13 apresenta o resultado da questão dez do 1ºQ.
divertido/diferente
As respostas de vinte e três alunos foram palavras
indiferente como: divertido e diferente. Três alunos
precisa conhecer mais responderam que não viam nenhuma diferença na
4%
forma de aprender. Um aluno respondeu que
11%
precisava conhecer mais sobre o projeto.
85%
Figura 16 – Resposta representativa dos alunos que não utilizaram a variável para
representar o preço da corrida de táxi da questão 2 (Apêndice C).
Na letra b nota-se que 96% dos alunos obtiveram o resultado correto, a maioria
utilizou a mesma fórmula do item conforme (Figura 18). Sendo que apenas um aluno
efetuou a sequência de operações sem colocar na forma de expressão conforme
Figura 19.
Segundo Vale e Pimentel (2005, p.15) “os alunos devem estar cientes de que
há mais que uma representação da mesma situação e que devemos ser capazes de
passar de uma para outra compreendendo que as regras são equivalentes”.
67
responderam “ser positivo”, e concluíram que a pergunta seria “Para quais valores de
x o valor de f(x) é positivo?”. Ao compreenderem o que era solicitado o aluno 2
deslizou o botão retangular novamente, e os alunos perceberam que f(x) era positivo
quando o valor de x também era positivo. O aluno 1 registrou na lousa essa resposta,
e o professor/pesquisador solicitou que também fosse utilizada a linguagem algébrica,
ou seja, f(x)>0 para x>0.
Para a questão “E f(x)<0?” o professor/pesquisador questionou o significado do
símbolo “<”, os alunos responderam menor, e compreenderam que ser menor que
zero é o mesmo que ser negativo, então formularam juntos a questão “Para quais
valores de x o valor de f(x) é negativo?”. O aluno 2 deslizou o botão retangular
novamente, e os alunos perceberam que f(x) era negativo quando x também era
negativo. O aluno 1 registrou na lousa essa resposta, e o professor/pesquisador
solicitou que também fosse utilizada a linguagem algébrica, ou seja, f(x)<0 para x<0.
O próximo comando a ser atendido foi:
e) Apaguem a função f(x) = 2x, clicando em Reiniciar. Em seguida, digitem a função
f(x)=-x+1 e respondam, para essa função, as questões dos itens c e d.
Ao visualizarem a projeção da função f(x)=-x+1 (Figura 24) os alunos
observaram que quando x = 0 o valor de f(x) para esta função é 1.
Os alunos observaram que o gráfico era diferente das outras funções, não era
uma reta, e que para x = 0 o valor de f(x) era -1.
Depois de observarem na projeção o botão retangular se movendo da
extremidade esquerda para a extremidade direita da barra e o ponto azul deslizando
sobre a curva obtida ao digitar f(x) = x² -1, os alunos apresentaram as respostas para
as questões do item d.
A primeira resposta apresentada pelos alunos foi f(x)=0 para x=1, então o
professor/pesquisador questionou se não tinha outro valor de x em que f(x) era igual
a zero, o aluno 2 deslizou novamente a barra e encontrou outro valor, f(x) também era
igual a zero quando x era igual a -1. O professor/pesquisador solicitou que o aluno 2
deslizasse o botão retangular da esquerda para a direita e que os demais alunos
observassem atentamente o que acontecia com os valores de f(x). Após este
processo, os alunos relataram que primeiro os valores de f(x) eram positivos, ficavam
72
Tabela 2 – Registros do aluno 1 referente aos resultados que a turma obteve durante
a aplicação da atividade com o uso de TIC.
Função
f ( x) 2 x f ( x) x 1 f ( x) x 2 1
Condição
x=0 0 1 -1
x = -2 -4 3 3
x=3 6 -2 8
x = -1 -2 2 0
x=5 10 -4 24
O valor de f(x) diminui
O que ocorre com O valor de f(x) O valor de f(x)
até o botão chegar na
o valor f(x) à aumenta à medida diminui à medida
posição em que x=0,
medida que o valor que o valor de x que o valor de x
depois desse ponto o
de x aumenta? aumenta. aumenta.
valor de f(x) aumenta.
Para quais valores f(x)=0 para x=-1 ou para
f(x)=0 para x=0. f(x) = 0 para x=1
de x, f(x)=0? x=1
Para quais valores f(x)>0 para x<-1 ou para
f(x)>0 para x>0 f(x)>0 para x<1
de x f(x)>0? x>1
Para quais valores
f(x)<0 para x<0 f(x)<0 para x>1 f(x)<0 para -1<x<1
de x f(x)<0?
Fonte: Próprio autor
64%
favorável indiferente
Dezenove alunos responderam que foi favorável
no seu processo de construção do
14% conhecimento, pois as aulas ficaram mais
divertidas e diferentes, os trabalhos em grupo
possibilitaram compartilhar conhecimentos. Três
alunos que responderam que o LEM foi
indiferente.
86%
As respostas da questão dez do 1ºQ e das questões seis e sete do 2ºQ indicam
que os alunos aprovaram o uso do LEM, por ser um ambiente que promove atividades
em grupo, troca de ideias e discussões.
78
6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
FIORENTINI, D.; MIORIM, M. Â. Uma reflexão sobre o uso dos materiais concretos e
jogos no ensino da matemática. In: Boletim SBEM-SP, v. 4, n. 7. p. 5-10, 1990.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
Eu, ____________________________________________________________
autorizo o aluno (a) _______________________________________________
pelo qual sou responsável a participar das atividades de pesquisa propostas pela
professora Diana Vieira de Carvalho nos termos da solicitação feita.
Guaratinguetá, _____ de março de 2015.
________________________________________
Assinatura de um dos responsáveis pelo aluno(a)
88
________________________________
Diana Vieira de Carvalho
89
6. Qual a sua opinião sobre aulas realizadas fora da sala de aula tradicional?
11. Descreva as relações que você observa entre a matemática e seu cotidiano.
90
ATIVIDADE DE MATEMÁTICA
3º TRIMESTRE
Professora Diana Vieira de Carvalho 9º Ano A
NOTA: _____
Nomes:_______________________________________________Data:___/___/___
Objetivos: Identificar quando a relação entre duas grandezas é uma função e utilizar os conceitos
de variáveis dependente e independente na resolução de problemas. Utilizar diversas representações
para resolver problemas.
Critérios: As respostas devem ser feitas com caneta azul ou preta. Evitar o uso de corretivo. Não é
permitido o uso de calculadora.
1. Observe a tabela e responda as questões.
x y
0 -1
3 14
-1 -6
13 64
3 5 3 -1
0,1 - 0,5
a) Escreva uma frase que traduza a operação que está sendo feita com os números da primeira coluna
para obter os números que estão na segunda coluna.
2. Em algumas cidades, você pode alugar um carro por 154 reais por dia mais um adicional de 16 reais
por km rodado. Diante dessa situação:
a) Determine a função por um dia de aluguel do carro.
b) Calcule o preço para se alugar por um dia e dirigi-lo por 200 km.
91
3. Preencha as tabelas com o número de bolinhas presentes em cada posição das sequências e escreva
uma fórmula que relacione o número N de bolinhas com a posição P que ocupa a figura na sequência.
a)
Posição 1 2 3 4 5 6
Número de
bolinhas
FÓRMULA: _________________
b)
Posição 1 2 3 4 5 6
Número de
bolinhas
FÓRMULA: _________________
4. Sabendo que x e y pertencem ao conjunto dos números reais, preencha a tabela e construa o gráfico
da função y = 2x – 1.
x y
-1
0
1,5
2
92
2. Qual a sua opinião sobre o uso do Graficador para análise do comportamento dos
gráficos de funções?
4. Como você se sentiu sabendo que estava sendo avaliado enquanto realizava a
atividade com o teodolito?