Uso de Sensoriamento Remoto Na Detecção de Alterações Na Vegetação: Uma Revisão
Uso de Sensoriamento Remoto Na Detecção de Alterações Na Vegetação: Uma Revisão
Uso de Sensoriamento Remoto Na Detecção de Alterações Na Vegetação: Uma Revisão
INPE
São José dos Campos
2023
RESUMO
3
USE OF REMOTE SENSING IN VEGETATION CHANGE DETECTION: A
REVIEW
ABSTRACT
This work explores how remote sensing can be used to detect changes in
vegetation. Remote sensing techniques and data are crucial for investigating
and interpreting phenomena and objects on the Earth's surface. This enables
the detection, description, and understanding of physical, biological, and
social changes. To understand the vectors responsible for spatial alterations,
various techniques such as synoptic vision and digital manipulation are
necessary. These tools are powerful for analyzing different contexts, including
the detection of vegetation changes. Characterizing vegetation provides
valuable information about its ecological condition and behavior over time.
Therefore, monitoring recurring changes is crucial. Remote sensing, through
multi-temporal images obtained by multispectral sensors on satellites, is an
important tool for detecting and quantifying these changes. This allows for a
comprehensive analysis of the temporal effects of the phenomena under
study. This work will present a theoretical foundation of remote sensing and
its applications in detecting vegetation changes. It will address the types of
sensors and commonly used techniques and conduct a literature review to
identify advances, limitations, and trends in this research area.
4
LISTA DE FIGURAS
5
LISTA DE TABELAS
6
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..............................................................................................................8
2 FUNDAMENTAÇÃO TEORICA..................................................................................9
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA......................................................................................22
4 CONCLUSÃO............................................................................................................25
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA...............................................................................27
7
1 INTRODUÇÃO
8
vegetação. Será feita uma fundamentação teórica abrangendo o sensoriamento
remoto tanto em suas aplicações gerais, quanto especificamente na detecção
de mudanças na vegetação, abordando também os tipos de sensores e
técnicas comumente utilizadas. Por fim, uma breve revisão bibliográfica será
realizada para identificar avanços, limitações e tendências nessa área de
pesquisa.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEORICA
9
remotos acoplados em satélites se consolidou como uma importante ferramenta
em diferentes esferas do conhecimento. A partir desse momento, o
sensoriamento remoto orbital desenvolveu-se, permitindo estudos dos mais
diversos sistemas terrestres.
10
De maneira semelhante, Florenzano (2007) propõe uma definição mais
restrita para o SR. De acordo com a pesquisadora, o sensoriamento remoto é
11
A aplicação dessas ferramentas fora da esfera militar ficou conhecida
como "sensoriamento remoto do ambiente". Nesse contexto, as práticas se
concentram na investigação de uma gama de variáveis ambientais, como, por
exemplo, estudos atmosféricos que mensuram a temperatura, precipitação,
distribuição de nuvens, entre outras propriedades. Nos oceanos, inúmeros
trabalhos lidam com a temperatura da superfície oceânica, correntes marinhas,
material em suspensão, etc. Além disso, na superfície, pode-se verificar a
topografia, umidade do solo, assim como determinar a natureza da cobertura da
terra com detalhes consideráveis, como, por exemplo, a caracterização dos
tipos de vegetação, sua saúde e alterações ao longo do tempo, escopo deste
trabalho.
Como Rees (2013) enfatiza, a lista de variáveis ambientais que podem ser
observadas e mensuradas pelo sensoriamento remoto orbital é extremamente
vasta. Isso é um indicativo de que inúmeras áreas da ciência utilizam os
produtos de sensores remotos em suas investigações e que cada vez mais se
torna multidisciplinar, interdisciplinar e transdisciplinar. Alguns exemplos são:
geografia, biologia, cartografia, ecologia, geologia, glaciologia, oceanografia,
arquitetura e urbanismo, geomorfologia, engenharia, dentre outras.
12
componente dos ecossistemas terrestres (PRENTICE et al., 2000; SITCH et al.,
2003; JAMILI et al., 2015). De acordo com autores como Higgins (2002) e
Lambin (2003), os distúrbios a esses ecossistemas, como a própria conversão
florestal em pastagens e áreas cultivadas, bem como os incêndios, ampliam a
complexidade das variações da vegetação em uma ampla gama de resoluções
e escalas espaço-temporais. A consequência disso é a correspondente
necessidade de dados e ferramentas capazes de capturar e representar essas
alterações em um nível de detalhe adequado (JAMILI et al., 2015).
13
uma resolução espectral composta por sete bandas distribuídas na região do
visível e do infravermelho próximo (Tabela 2.1) (MARKHAM et al., 1985), esse
tipo de sensor pertence ao grupo de sensores ópticos ou passivos. Ele utiliza a
radiação solar para medir as propriedades espectrais dos alvos, considerando
no caso da vegetação, as informações sobre a quantidade de clorofila e
biomassa, por exemplo.
Fonte: NASA
14
Tabela 2.2 – Bandas espectrais e seus respectivos comprimentos de onda do sensor
AVHRR em diferentes satélites NOAA e MetOp.
O MODIS aparece a bordo dos satélites Terra (EOS AM-1) e Aqua (EOS
PM-1) e combina características do AVHRR e do Thematic Mapper. Possui uma
sensibilidade radiométrica de 12 bits em 36 bandas espectrais, que variam em
comprimento de onda de 0,4 a 14,4 µm. Além disso, apresenta uma resolução
nominal de 250 metros a nadir em duas bandas, 500 metros em cinco bandas e
1 quilômetro nas 29 bandas restantes (JUSTICE et al., 1998).
15
A figura 2.3 apresenta as características espectrais de alguns sensores
remotos ópticos amplamente utilizados em satélites para fins de comparação.
Vale ressaltar que esses sensores mencionados representam apenas uma parte
das diversas constelações disponíveis atualmente. Assim, fica evidente a
capacidade que esses sensores possuem na detecção de mudanças na
vegetação.
Figura 2.3 – Comparação dos sensores e suas respectivas bandas a bordo do Landsat
7/8, Sentinel 2, ASTER e MODIS.
Fonte: USGS
16
O satélite SEASAT, lançado em outubro de 1978, foi o pioneiro na
utilização de um sensor de SAR em órbita, abrindo caminho para futuros
satélites. No entanto, foi na década de 1990 que houve uma ampla difusão dos
sensores de SAR. Em julho de 1991, a Agência Espacial Europeia (ESA)
inaugurou o seu programa "European Remote Sensing Satellite" (ERS) com o
lançamento do ERS-1 (Banda C), que foi utilizado para monitorar florestas
tropicais e outras formações vegetais. Posteriormente, a ESA lançou a segunda
missão, o ERS-2 (Banda C), dando continuidade ao programa (RIGNOT & VAN
ZYL, 1993).
17
Ainda no grupo dos sensores ativos, destaca-se o LiDAR, que é capaz de
medir diretamente a distribuição tridimensional dos componentes do dossel
vegetal utilizando pulsos de laser para obter informações sobre a altura e a
estrutura da vegetação (WULDER et al., 2008). Um exemplo comum de sensor
LiDAR é o LVIS (Laser Vegetation Imaging Sensor) da NASA, que funciona
como um altímetro de pulso laser. O LVIS utiliza um único detector, digitalizador
e relógio de tempo para digitalizar o histórico dos pulsos de laser emitidos e
refletidos, permitindo uma análise precisa da distância até a superfície e da
distribuição vertical das superfícies em cada pulso de laser (BLAIR et al., 1999).
18
No entanto, essas etapas são consideradas como pré-procedimentos
necessários para a utilização de técnicas mais específicas. Uma abordagem
amplamente adotada e já estabelecida é o uso de índices de vegetação. Em
geral, esses índices fornecem informações sobre o comportamento espectral
da vegetação em relação a outros elementos presentes na superfície terrestre,
além de serem eficazes na avaliação do seu vigor e dinâmica (XUE e SU, 2017;
DA SILVA et al., 2019).
𝑁𝐼𝑅 − 𝑅𝑒𝑑
𝑁𝐷𝑉𝐼 =
𝑁𝐼𝑅 + 𝑅𝑒𝑑
Eq. 1
De acordo com BARROS et al. (2020), o uso desse índice se justifica pois
permite o monitoramento temporal do crescimento e das mudanças da
vegetação associadas ao uso e cobertura da terra causada pelas atividades
antrópicas. Para Kalisa et al. (2019), o NDVI, derivado de dados de satélite, se
manifesta como um importante indicador da dinâmica vegetativa, mas também
da variabilidade climática. Portanto, tal índice, se apresenta como indispensável
no monitoramento espaço-temporal da vegetação.
19
do solo por meio de um fator de correção, sendo frequentemente empregado
em regiões áridas com cobertura vegetal baixa (ESRI, 2023).
Portanto, cada índice tem características e aplicações específicas,
permitindo uma análise abrangente da vegetação. A interpretação dos valores
deve considerar as condições locais, o clima e outras influências. Combinar
índices com técnicas adicionais, como classificação de imagens e análise
temporal, pode fornecer uma compreensão mais completa das alterações na
vegetação.
A perspectiva temporal requer levar em consideração as condições
fenológicas gerais da vegetação. Geralmente, duas abordagens são utilizadas
para o monitoramento: a primeira envolve uma análise em escala de tempo
dupla, onde se busca detectar mudanças entre dois momentos específicos; a
segunda é uma abordagem em escala de tempo contínua, conhecida como
trajetória temporal. Enquanto a primeira abordagem demonstra mudanças entre
duas imagens em uma determinada sazonalidade, a segunda possui a
capacidade de identificar mudanças entre diferentes sazonalidades ao longo do
tempo (COPPIN et al., 2004).
No contexto da detecção de mudanças bitemporais, é crucial considerar
cuidadosamente o processo de aquisição das datas das imagens, levando em
conta o período selecionado e a duração do intervalo de mudança. Nesse
sentido, a escolha de datas ou janelas de aniversário é frequentemente adotada
para minimizar as diferenças na reflectância causadas pelos ciclos sazonais da
vegetação. No entanto, fatores como disparidades fenológicas e variações na
precipitação e temperatura local podem apresentar desafios significativos na
compreensão das alterações (COPPIN et al., 2004).
Como forma de lidar com esses problemas, é possível realizar o
monitoramento e a detecção de mudanças por meio da comparação de perfis
sazonais de alterações. Uma excelente alternativa é a análise de trajetórias ou
séries temporais que são construídas a partir da aquisição histórica de imagens.
A vantagem dessa abordagem está na coleta de dados sazonais, permitindo
20
que as alterações relacionadas a esse fenômeno sejam separadas de outras
alterações observadas (COPPIN et al., 2004).
É importante ressaltar que a implementação de um método específico
carrega consigo uma resposta única. Tanto as estimativas qualitativas quanto as
quantitativas estão totalmente condicionadas à abordagem selecionada, uma
vez que a detecção de alterações é limitada por restrições espaciais, espectrais
e temporais. Consequentemente, diferentes técnicas aplicadas à mesma área
podem produzir resultados diversos. Nesse sentido, a maioria dos métodos
empregados utiliza classificadores de pixel como forma de mitigar essas
restrições, permitindo a incorporação de informações sobre alterações nos
domínios espectral e radiométrico das imagens (COPPIN et al., 2004).
21
métodos, são realizadas diferenciações nos índices de vegetação, análises de
vetores de mudança e textura, além da aplicação de técnicas como
comparação pós-classificação, redes neurais e árvores de decisão, entre
outras. Cada uma dessas abordagens e técnicas apresenta suas vantagens e
limitações específicas, e cabe ao analista fazer uma escolha criteriosa, levando
em consideração o contexto e os objetivos do estudo (HUSSAIN et al., 2013).
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
22
Ao longo do tempo, a detecção de alterações na cobertura vegetal
evoluíram, passando de técnicas que comparavam pares de imagens, como a
detecção bitemporal, para a abordagem multitemporal, que atualmente é
amplamente adotada em estudos nessa área (SOUZA, 2022). Diversos estudos,
como os de Bayma e Sano (2015), Gómez (2016), White (2016), Zhu (2017),
Mojica (2022) e muitos outros, têm explorado o uso de séries temporais de
imagens, empregado diferentes técnicas de análise. Essas pesquisas abordam
estratégias para a seleção de pixels de alta qualidade, isentos de nuvens, na
composição de imagens temporais, bem como a obtenção de variações intra-
anuais, a aplicação de índices de vegetação e a implementação de algoritmos
para a análise de mudanças vetoriais.
23
etapas principais: uma análise individual seguida por uma análise de séries
temporais. A aplicação desse algoritmo pode ser observada em estudos como
os de Zhao & Zhu (2015), Obata (2018) e Diao et al. (2020).
Outro método que vem sendo utilizado é o algoritmo Breaks For Additive
Season and Trend (BFAST). Nesta abordagem, o algoritmo detecta tendencias
e mudanças dentro de uma sazonalidade mediante a uma série temporal. O
método foi desenvolvido por Verbesselt, Zeileis e Herold (2012) e já se
apresenta em diversos trabalhos, como os de Watts e Laffan (2014), DeVries et
al. (2015), Browning et al. (2017), Geng et al. (2019) e Rhif et al. (2022).
Uma área de estudo central nesse contexto está voltada para a detecção
da degradação da terra por meio de mudanças na produtividade da vegetação.
Muitos desses estudos têm utilizado dados provenientes de sensores, como o
AVHRR e o MODIS, que fornecem informações diárias, e empregam o Índice de
Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI) para realizar essa análise. Esses
24
conjuntos de dados específicos são capazes de capturar tendências lineares do
NDVI, que são indicativos da dinâmica da vegetação, e são amplamente
utilizados como indicadores para avaliar a degradação do solo (SOUZA, 2022).
Ao longo dos anos, tem havido uma clara evolução das técnicas e
abordagens utilizadas na detecção de mudanças na cobertura vegetal.
Inúmeros estudos foram realizados com o objetivo de revisar essas abordagens,
revelando a necessidade de adaptação de cada método de acordo com a
aplicação e as áreas de estudo específicas. A quantidade de estudos
mencionados evidencia essa busca por aprimoramento. Porém, é importante
destacar uma das principais limitações encontradas nesse processo: a
presença frequente de nuvens, especialmente em regiões tropicais, torna o
monitoramento contínuo da vegetação uma tarefa desafiadora. Portanto, será
necessário dedicar esforços futuros no desenvolvimento de metodologias e
técnicas que possam superar essa limitação.
4 CONCLUSÃO
25
espectrais, tridimensionais e de distribuição de energia, revelando aspectos
importantes das mudanças que ocorrem na cobertura vegetal
26
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