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Conducao Segura

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1

CADERNO DO ESTUDANTE
CONDUÇÃO SEGURA

PRIMEIRA HABILITAÇÃO

Porto Alegre

DETRAN/RS

2022

2
© 2022 Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul (DETRAN/RS). Qualquer parte desta publicação pode ser reprodu-
zida, desde que citada a fonte.

Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-Não Comercial-Compartilha Igual 4.0 Internacional.

GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO – DETRAN/RS


Ranolfo Vieira Júnior

SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA DIRETOR-GERAL


Vanius Cesar Santarosa Marcelo Soletti

DIRETORIA INSTITUCIONAL
Diza Gonzaga

Material Organizado por: Escola Pública de Trânsito do DetranRS.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

D419c

Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul.

Condução segura: primeira habilitação / Departamento Estadual de Trânsito do RS;


Escola Pública de Trânsito do DetranRS. – . Porto Alegre : DETRAN/RS, 2022. 1.ed.(Coleção
Caderno do Estudante, v.3)

[Recurso Eletrônico - PDF] Disponível em: https://escola.detran.rs.gov.br/wp-


content/uploads/2022/11/conducao_segura.pdf

ISBN Coleção Completa: 978-65-999134-3-3

ISBN: 978-65-999134-0-2 – volume 3.

80p. : il.

1. Formação de Condutores. 2. Instrutor de Trânsito. 3. Prática Educativa. 4. Edu-


cação de Trânsito. I. Escola Pública de Trânsito do DetranRS. II. Título. III. Série.

CDU 377.8:656.052.8

Biblioteca da Escola Pública de Trânsito – DETRAN/RS - Caroline Bergter - CRB10/1988

Departamento Estadual de Trânsito – DETRAN/RS


Rua Washington Luiz, 904/908 – Porto Alegre/RS

Escola Pública de Trânsito do DetranRS


Site: https://escola.detran.rs.gov.br/ E-mail: escola@detran.rs.gov.br

Coleção Caderno do Estudante:

v.1 – Convívio Social /v.2 – Legislação/v.3 – Condução Segura/v.4 – Primeiros Socorros/v.5 – Meio Ambien-
te/v.6 – Funcionamento do Veículo

Imagem de capa: Foto de Tatiana Syrikova no Pexels

3
CONDUÇÃO SEGURA

SUMÁRIO
DIREÇÃO DEFENSIVA X CONDUÇÃO SEGURA 5
CONDUÇÃO SEGURA 12
CONDIÇÕES ADVERSAS 14
SITUAÇÕES DE RISCO 33
COMO EVITAR ACIDENTES – VEÍCULOS DE 2 RODAS 37
ABORDAGEM TEÓRICA DA CONDUÇÃO DE MOTOCICLETAS COM PASSAGEIROS E/OU CARGAS 39
EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA DO CONDUTOR MOTOCICLISTA 41
COMO EVITAR ACIDENTES – VEÍCULOS DE 4 RODAS OU MAIS 44
CUIDADOS COM OS DEMAIS USUÁRIOS DA VIA 46
CINTO DE SEGURANÇA 52
ESTADO FÍSICO E MENTAL DO CONDUTOR, CONSEQUÊNCIAS DA INGESTÃO E CONSUMO DE BEBIDA
ALCOÓLICA E SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS 56
REFERÊNCIAS 75
REFERÊNCIAS CONSULTADAS 77

4
CONDUÇÃO
SEGURA
(Direção Defensiva)

DIREÇÃO DEFENSIVA X CONDUÇÃO SEGURA

Antes de começarmos o próximo conteúdo, cabe aqui um breve esclarecimento, que apesar de
parecer uma simples troca de nomenclatura, traz consigo uma inversão de princípios. O termo dire-
ção defensiva pode passar a ideia de que o condutor precisa se defender de riscos causados por
outros. Embora ainda se use em normativas vigentes o termo direção defensiva, neste material será
utilizado o termo condução seguro, que traz para cada condutor a responsabilidade na sua forma
de conduzir.

5
CONDUÇÃO SEGURA

Condução segura

É a análise e a aplicação, pelo condutor, das melhores técni-


cas de condução de veículos automotores a fim de evitar sinis-
tros, pois ajuda a preservar a vida, a saúde e o meio ambiente.

CONDUÇÃO SEGURA DO VEÍCULO: DESAFIO E PRÁTICA CONSTANTE


DO BOM CONDUTOR

Foi a partir da Revolução Industrial que surgiram os veículos automotores e, com a sua populariza-
ção, ocorreu uma grande transformação nas formas de deslocamento, trazendo maior agilidade e
rapidez. Nesse contexto, nós seres humanos, somos as peças mais importantes dentro da dinâmica
do trânsito.

Você, FUTURO MOTORISTA, pode e


deve todos os dias, aperfeiçoar seu
modo de dirigir,
praticando a condução segura, com o
objetivo de tornar o trânsito mais se-
guro, harmonioso e solidário.
Fonte imagem1

1
Disponível em: https://pixabay.com/pt/. Acesso em: 02 ago.2022.

6
TERMO “ACIDENTE DE TRÂNSITO”

“Em alinhamento aos conceitos da abordagem de Sistemas Seguros, adotada


pelo PNATRANS, entende-se que o uso do termo “acidente de trânsito” deve ser revis-
to. A palavra “acidente” remete, semanticamente, a algo inevitável ou que não poderia
ter sido evitado. A velocidade, o desenho das vias, as leis e as condições de mobilida-
de disponíveis para as pessoas, que contribuem decisivamente para os riscos de uma
colisão ou atropelamento ocorrer, são fatores que podem ser controlados. Apesar dis-
so, a mídia, os governos, as políticas públicas, o meio jurídico e a sociedade em geral
habituaram-se a considerar esses eventos “acidentes”, como se fossem fortuitos e
aleatórios – mas não o são. No fim de 2020, a revisão da norma NBR 106971, da As-
sociação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), atualizou o termo “acidentes de trân-
sito” para “sinistros de trânsito”.
O novo texto determina a adoção do termo “sinistro” em pesquisas e relatórios
estatísticos e operacionais sobre o tema. Segundo o texto atualizado, sinistro de trân-
sito é “todo evento que resulte em dano ao veículo ou à sua carga, e/ou em lesões a
pessoas e/ou animais, e que possa trazer dano material ou prejuízos ao trânsito, à via
ou ao meio ambiente, em que pelo menos uma das partes está em movimento nas
vias terrestres ou em áreas abertas ao público”. A “nova versão do texto também ex-
clui a antiga qualificação desses eventos como “não premeditados”.” (SENATRAN,
2021)
Neste Caderno usaremos o termo SINISTRO DE TRÂNSITO, por entendermos
que reflete a situação de fato. Entretanto, ressaltamos que o termo ACIDENTE DE
TRÂNSITO é o que consta no Código de Trânsito Brasileiro.

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CONDUÇÃO SEGURA

QUANDO ESTAMOS DIRIGINDO, TRÊS FATORES PODEM


PROVOCAR SINISTROS DE TRÂNSITO:

 AS AÇÕES INCORRETAS DOS OUTROS

 AS CONDIÇÕES ADVERSAS INTERNAS E EXTERNAS AO VEÍCULO

 E VOCÊ, O MOTORISTA

Fonte imagem2

2
Disponível em: https://pixabay.com/pt/. Acesso em: 02 ago.2022.

8
EXERCÍCIO
Analise as situações e complete com os comportamentos a serem adotados pelo condu-
tor:

Condições adversas da via, clima, veículo ou trânsito/Responsabilidade do condutor.


Em um cruzamento de grande movimento, o semáforo está estragado, apenas com a
luz amarela piscante.
Nessa situação, um condutor responsável deve

Responsabilidade dos outros.


O veículo da frente está andando em ziguezague e em velocidade acima do limite.
Nessa situação, um condutor responsável deve

Condições adversas da via, clima, veículo ou trânsito.


Durante uma viagem longa, em rodovia com limite de 110 quilômetros por hora, uma
chuva forte começa.
Nessa situação, um condutor responsável deve

Responsabilidade dos outros/Responsabilidade do condutor.


Em uma via de grande movimento, uma senhora idosa está atravessando fora da faixa
de pedestres.
Nessa situação, um condutor responsável deve

Responsabilidade do condutor.
Em um bairro residencial, um grupo de crianças brinca na calçada.
Nessa situação, um condutor responsável deve

9
CONDUÇÃO SEGURA

PARA PENSAR!
Você percebeu que, no exercício acima, independente do que causa o risco, o comporta-
mento do condutor pode evitar um sinistro?

Isso quer dizer que devemos aceitar os erros dos outros? NÃO!!!

Isso quer dizer que não temos controle sobre o comportamento dos outros, mas podemos
controlar nosso comportamento.

UM BOM MOTORISTA DIRIGE CUIDANDO DE SI E DOS OUTROS.

Conduzir um veículo com segurança significa realizar cada deslocamento sem causar sinistros, sem
cometer infrações de trânsito, sem abusos ao volante, com responsabilidade e respeito aos demais
usuários da via.

A principal coisa que precisamos aprender é que os sinistros de trânsito não acontecem por obra do
destino, por acaso ou por azar. Na grande maioria dos sinistros, o comportamento inadequado está
presente, ou seja, os participantes do trânsito (condutores, passageiros, pedestres, ciclistas, moto-
ciclistas...), ao transitarem sem atenção, responsabilidade e respeito pela própria vida e dos outros,
podem ser seus causadores.
Todo sinistro, quando previsível, é evitável.

Quando dizemos que a grande maioria dos sinistros ocorre por “falha humana”, estamos dizendo o

óbvio: humanos erram.

Entretanto, para reduzirmos a possibilidade de errar, devemos agir com prudência, desenvolvermos
nossa habilidade de conduzir e estarmos sempre atentos.

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NO TRÂNSITO, NÃO PODEMOS AGIR COM:

Falta de cautela, de cuidado, é mais que falta de atenção, é a ação


IMPRUDÊNCIA precipitada que pode gerar consequências drásticas, as quais pode-
riam ter sido previstas.

Falta de habilidades necessárias para realização de determinada


IMPERÍCIA
ação ou tarefa.

Desleixo, descuido, desatenção, menosprezo, omissão ou inobser-


NEGLIGÊNCIA vância do dever em realizar determinado procedimento, com as
precauções necessárias.

EXERCÍCIO
Considerando o que aprendeu, analise as situações abaixo e defina se são imprudência,
imperícia ou negligência:

_________________________ - excesso de velocidade


_________________________ - não calibrar os pneus
_________________________ - pilotar uma motocicleta tendo apenas categoria B
_________________________ - atravessar no sinal vermelho
_________________________ - não realizar a manutenção preventiva
_________________________ - dirigir pela contramão
_________________________ - conduzir veículo sem habilitação
_________________________ - dirigir alcoolizado

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CONDUÇÃO SEGURA

CONDUÇÃO SEGURA

Existem cinco elementos que você precisa ter sempre em mente quando
está dirigindo – CONHECIMENTO, HABILIDADE, ATENÇÃO, PREVISÃO E
AÇÃO.

CONHECIMENTO
Dirigir um veículo é muito mais do que simplesmente dominar o veículo e sair andando. É preciso
conhecer o Código de Trânsito, as normas de circulação e conduta, conhecer o veículo, saber reco-
nhecer os riscos e perigos e as maneiras de como evitá-los. É importante manter-se informado,
lendo revistas, livros e portais especializados sobre trânsito e veículos, participar de cursos sobre
segurança no trânsito, mecânica básica etc. Tudo isso contribui para melhorar o seu modo de dirigir
e a segurança de todos.

HABILIDADE
A habilidade do condutor desenvolve-se através da aprendizagem e do treinamento. Dominar o
veículo, realizar ultrapassagens e transitar em curvas com segurança, estacionar corretamente, es-
tar sempre atento ao comportamento dos demais condutores, pedestres, ciclistas, posicionar o
veículo de forma adequada na via quando está transitando, entre outros procedimentos, são fato-
res que garantem uma condução segura.

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ATENÇÃO
O condutor deve estar sempre atento e focado no ato de dirigir, cuidando a sinalização, o painel do
veículo e o comportamento dos demais usuários da via, olhando pelos espelhos, pois, durante cada
segundo, se houver distrações mesmo que pequenas, o risco de sinistros é muito grande.

PREVISÃO
Ela pode ser exercida sobre aquilo que está acontecendo próximo ou distante de nós. O condutor
deve desenvolver a habilidade de prever eventualidades e ser capaz de evita-las. Para isso, por
exemplo, o condutor seguro tem a responsabilidade de realizar a manutenção preventiva do veícu-
lo.

AÇÃO (Decisão)
No trânsito, temos que tomar decisões rápidas. Exige, portanto, que o condutor reconheça alterna-
tivas diante de situações e tenha a habilidade de fazer escolhas corretas, a tempo de evitar sinis-
tros. O condutor deve estar pronto para agir corretamente ao verificar os perigos a fim de evitar os
sinistros.

C H A P A

13
CONDUÇÃO SEGURA

C H A P A
Conhecimento Habilidade de Atenção. Estar Previsão. Pre- Ação. Estar
de si próprio, dominar a sempre aten- ver eventuali- pronto para
da legislação, máquina, de to e focado no dades e ser agir correta-
do veículo, se relacionar ato de dirigir capaz de evi- mente ao
das vias, das com os outros ta-las verificar os
condições perigos a fim
de evitar os
sinistros

Os riscos e perigos a que estamos sujeitos no trânsito estão relacionados com veículos, condutores,
vias de trânsito, ambiente, comportamento das pessoas. É nesse ponto que se aplica a condução
segura: ter conhecimento das normas de circulação e conduta e, também, dos fatores que repre-
sentam perigo na condução do veículo automotor. Identificar as condições adversas e saber o que
fazer nessas circunstâncias contribui para a segurança.

CONDIÇÕES ADVERSAS

São situações indesejáveis ou inesperadas que podem prejudicar a condução do veículo, aumen-
tando a chance de um sinistro. Se houver mais de uma condição adversa, maiores serão os riscos.
Por exemplo, se estiver chovendo forte, essa é uma condição que aumenta o risco. Porém, se os
pneus estiverem “carecas”, a situação se agrava; e se a velocidade estiver acima do limite, será mui-
to difícil evitar um sinistro.

14
Segundo o Dicionário Aurélio (2009), o termo “adversa” indica algo desfavorável, que traz
infortúnio. Nesse sentido, identificar as condições adversas possibilita ao condutor ter maior
probabilidade de adotar comportamentos adequados a fim de evitar uma ocorrência mais
grave.

As principais condições adversas que podem causar sinistros de trânsito são:

AMBIENTAIS (ILUMINAÇÃO E TEMPO), VIA, TRÂNSITO, VEÍCULO E CONDU-


TOR(A).

Condições adversas de iluminação

A falta ou o excesso de luminosidade pode au-


mentar os riscos no trânsito. Ver e ser visto é
uma regra básica para a condução segura, seja
com iluminação natural ou artificial. Se dirigir
durante o dia já exige muita atenção, à noite os
cuidados devem ser redobrados. Se for inevitável
viajar durante a noite, não dirija por mais de duas
horas seguidas sem fazer um repouso.
Fonte imagem3

A luz baixa do farol deve ser utilizada obrigatoriamente à noite, mesmo onde houver iluminação
pública.

3
Disponível em: https://pixabay.com/pt/. Acesso em: 02 ago.2022.

15
CONDUÇÃO SEGURA

Além disso, em rodovias de pista simples também é obrigatório o uso da luz baixa do veículo duran-
te o dia e aconselhável em qualquer rodovia.

Esteja mais atento em estradas desconhecidas e use o farol alto quando necessário, mas nunca
quando estiver vindo um veículo no sentido contrário ou quando houver um veículo de mesmo sen-
tido a sua frente. Porém, usar o farol desregulado quando estiver atrás de outros veículos ou ao
cruzá-los, pode ofuscar a visão do outro motorista. Por isso, mantenha sempre os faróis regulados
e, ao cruzar com outro veículo, altere com antecedência para a luz baixa.

EXERCÍCIO
O que você pode fazer para alertar o condutor de um veículo que vier no sentido con-
trário que ele está com o farol alto?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______

Quando ficamos de frente a um farol alto ou a um farol desregulado, perdemos momentaneamente


a visão, o que chamamos de ofuscamento. Nessa situação, procure orientar-se principalmente pela
sinalização horizontal da pista, desviando o olhar e acompanhando a margem direita da rodovia.
Quando a luz do farol do veículo que vem atrás refletir no espelho retrovisor interno, ajuste-o para
desviar o facho de luz.

Mantenha os faróis sempre regulados.

Conserve o para-brisa, os faróis e as lanternas limpos.

Complete o reservatório do limpador de para-brisa.

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Mesmo que ainda não tenha anoitecido, a penumbra prejudica a visibilidade.

A penumbra é uma ocorrência frequente na passagem do final da tarde para o início da noite ou do
final da madrugada para o início do dia ou, ainda, quando o céu está nublado ou chovendo. Nesses
casos, acenda sempre o farol.

O sol, devido a sua inclinação, também pode causar ofuscamento, reduzindo sua visão ou a do mo-
torista que está vindo em sentido contrário. Então, tome cuidado! Muitas vezes o sol dificulta a
identificação da sinalização do semáforo. Em todos os casos, reduza a velocidade, redobre a aten-
ção e garanta a sua segurança e dos demais.

Fonte imagem4

4
Disponível em: https://pixabay.com/pt/. Acesso em: 02 ago.2022.

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CONDUÇÃO SEGURA

Condições adversa s de tempo

Fonte imagem5

Algumas condições climáticas afetam as condições de segurança no trânsito. Nesses casos, o con-
dutor deve adotar atitudes que garantam a sua segurança e a dos demais.
A chuva, o vento, o granizo e a neblina aumentam os riscos e exigem maior controle do veículo.

A CHUVA reduz a visibilidade, deixa a pista escorregadia, aumenta a distância percorrida na fre-

nagem, prejudica a visualização de buracos na pista e pode criar poças de água. No caso de chuvas
intensas, quando a visibilidade é ainda mais reduzida e a pista é recoberta por uma lâmina de água,
a condução se torna muito perigosa, podendo ocorrer a aquaplanagem ou hidroplanagem.

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Disponível em: https://pixabay.com/pt/. Acesso em: 02 ago.2022.

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VOCÊ SABIA!

Aquaplanagem ou hidroplanagem é quando o carro perde o contato com


o solo, por conta de uma camada de água que fica debaixo do pneu.

EM CASO DE CHUVA INTENSA:

 redobre sua ATENÇÃO;


 acione a LUZ BAIXA do farol;
 AUMENTE A DISTÂNCIA do veículo a sua frente;
 REDUZA A VELOCIDADE até sentir conforto e segurança;
 evite pisar no freio de maneira BRUSCA, para não travar as rodas e não deixar o veículo der-
rapar pela perda de aderência.
 se o seu veículo tem freio ABS (que não deixa travar as rodas), aplique força no pedal, man-
tendo-o pressionado até seu controle total.

Mantenha os limpadores de para-brisa sempre em bom estado.

Conserve o desembaçador e o sistema de sinalização do veículo

funcionando perfeitamente.

O estado de conservação dos pneus e a profundidade dos seus

sulcos são muito importantes para evitar a perda de aderência

sob a chuva.

19
CONDUÇÃO SEGURA

NO CASO DE CHUVA MUITO INTENSA OU CHUVA DE GRANIZO (CHUVA DE PEDRA), O


MELHOR A FAZER É PARAR O VEÍCULO EM LOCAL SEGURO E AGUARDAR O FIM DA
CHUVA.

A NEBLINA é um fator climático de risco e pode provocar,

principalmente, engavetamentos nas rodovias. Dirigir sob


neblina é algo que requer muita atenção e perícia do condu-
tor.

Nessas condições, o correto é:

LIGAR O FAROL BAIXO - o farol alto reflete a luz nas partí-


culas de água, reduzindo ainda mais a visibilidade. Então use
o farol baixo. Quando disponível no veículo, utilizar o farol de
neblina (farolete).
Fonte imagem6

REDUZIR A VELOCIDADE - nessas condições o pavimento fica úmido e escorregadio, reduzindo a


aderência dos pneus.

EVITAR FREADAS BRUSCAS - além de ser perigoso para quem vem atrás, o chão pode estar es-
corregadio por causa da umidade e seu carro pode rodar, causando algum sinistro mais sério.

6
Disponível em: https://pixabay.com/pt/. Acesso em: 02 ago.2022.

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NÃO LIGAR O PISCA ALERTA COM O CARRO EM MOVIMENTO - os outros motoristas po-
dem achar que você está parado e tentar desviar causando sinistros.

EVITAR PARADA NA RODOVIA - é muito perigoso parar o carro, mesmo que seja no acosta-
mento, enquanto estiver na estrada com neblina. Caso sinta muita dificuldade em continuar trafe-
gando, pare em local seguro como, por exemplo, postos de serviço. Use o acostamento somente
em caso extremo e de emergência e utilize, nestes casos, o pisca-alerta.

MANTER DISTÂNCIA – manter a distância segura dos outros veículos é funda-


mental caso tenha que fazer alguma manobra.

NÃO ULTRAPASSAR OUTROS VEÍCULOS Os mesmos cuidados que devemos ter ao dirigir sob
neblina, devem ser tomados no caso de fumaça intensa nas vias. No entanto, a principal diferença
entre a fumaça causada por incêndios e a neblina é que, no primeiro caso, não se pode respirá-la,
uma vez que pode causar asfixia. Por isso, é preciso também: fechar os vidros, diminuir a velocidade
antes de entrar na cortina de fumaça e não parar o veículo dentro dela.

Um VENTO muito forte, ao atingir o veículo em movimento, pode empurrar o carro ou desviá-lo

do trajeto. Há trechos de rodovias onde são frequentes os ventos fortes. Em alguns casos, esses
trechos encontram-se sinalizados. Notando movimentos fortes da vegetação ou vendo a sinalização
correspondente, reduza a velocidade para não ser surpreendido e para manter a estabilidade. Nun-
ca faça movimentos repentinos na direção e tenha atenção com objetos que podem ser arremes-
sados contra o veículo.

21
CONDUÇÃO SEGURA

Em muitos casos, ventos laterais que incidem sobre parte do ve-


ículo podem causar um deslocamento lateral. Nesse caso, o
condutor pode perder o controle do veículo quando duas ou
mais rodas saem da estrada e o condutor efetua uma manobra
para retomar a estrada. Se o veículo sair da estrada, não vire
acentuadamente a direção. Em vez disso, reduza a velocidade
antes de voltar para dentro das marcações da via.

Condições adversas da via

Segundo o CTB, via é a “superfície por onde transitam veículos, pessoas e animais, compreendendo
a pista, a calçada, o acostamento, ilha e canteiro central”. Cada via tem suas características, que
devem ser observadas para diminuir os
riscos de sinistros.

O condutor tem a obrigação de diri-


gir respeitando os limites de veloci-
dade, embora algumas circunstân-
cias exijam que a velocidade seja
reduzida: condições de tráfego, más
condições da via, movimentação de
pedestres, clima, entre tantos outros.
Fonte imagem7

7
Disponível em: https://pixabay.com/pt/. Acesso em: 02 ago.2022.

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A sinalização viária é resultado de estudos de enge-

nharia e do comportamento humano. Por essa razão,

a sinalização deve ser respeitada e obedecida.

Condições adversas do trânsito

As condições adversas de trânsito referem-se a situações apresentadas pela dinâmica do trânsito


que podem interferir na condução segura do veículo, em um determinado local, num determinado
horário. Esse tipo de condição está
relacionado a situações de circula-
ção e condições de local, que em
determinados momentos prejudi-
cam a fluidez segura e exigem do
condutor maior atenção no ato de
sua condução. Por exemplo, engar-
rafamentos, transitar perto de esco-
las, próximo a pontos de ônibus,
circular onde houver manifestações
ou blocos de carnaval, entre outros.
Fonte imagem8

8
Disponível em: https://pixabay.com/pt/. Acesso em: 02 ago.2022.

23
CONDUÇÃO SEGURA

Condições adversas do veículo


Para manter o veículo em condições seguras, deve-se fazer periodicamente a manutenção preven-
tiva, pois esta é uma atitude fundamental para reduzir os riscos de sinistros de trânsito. Siga os pra-
zos e as orientações do manual de instruções do veículo e, sempre que necessário, consulte profis-
sionais habilitados. Uma manutenção feita em dia evita quebras, custos com consertos e, princi-
palmente, sinistros. Verifique se os equipamentos obrigatórios estão em boas condições de uso,
assim como a condição do veículo.

Um veículo em mau estado de conservação, além da pos-

sibilidade de deixá-lo na mão, pode causar um sinistro.

Também pode resultar em penalidades previstas no CTB.

São muitos os riscos ao se conduzir um veículo defeituoso. Os defeitos mais comuns que podem
causar sinistros são:

 pneus gastos;
 limpadores de para-brisa com defeito;
 freios desregulados;
 falta de buzina;
 sistema de suspensão com problemas;
 lâmpadas queimadas;
 espelhos retrovisores deficientes;
 defeito nos equipamentos obrigatórios;
 cinto de segurança defeituoso.
Fonte imagem9

9
Disponível em: https://pixabay.com/pt/. Acesso em: 02 ago.2022.

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Revisões periódicas e manutenção completa mantêm o veículo em boas condições de uso e peque-
nos cuidados diários garantem sua segurança no trânsito e o cumprimento da legislação. Muitos
itens de segurança podem e devem ser vistoriados pelo próprio condutor para verificar as condi-
ções gerais do veículo. Porém, existem meca-
nismos eletrônicos e mecânicos que só podem
ser conferidos com equipamentos especializa-
dos através de uma vistoria profissional sem-
pre que houver suspeita de funcionamento
incorreto do veículo, alerta através dos lumi-
nosos do painel ou de acordo com os prazos
do manual de instruções do automóvel.
Fonte imagem10

ANTES DE CONDUZIR

 Antes de entrar no veículo, certifique-se de que os vidros, espelhos exteriores e luzes exte-
riores estejam limpos e funcionando corretamente.

 Inspecione a parte inferior do veículo para detectar sinais de furos.

 Se for necessário engatar marcha à ré, certifique-se de que não haja obstáculos atrás do ve-
ículo.

 Os níveis dos líquidos e óleos (óleo do motor, líquido de refrigeração do motor, fluido dos
freios e líquido limpa-vidros) devem ser verificados regularmente.

 Verifique o estado de conservação dos pneus, se possuem bolhas, cortes e deformações


que possam causar um estouro ou uma rápida perda de pressão e realize a calibragem pelo
10
Disponível em: https://pixabay.com/pt/. Acesso em: 02 ago.2022.

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CONDUÇÃO SEGURA

menos uma vez por semana. Não se esqueça de verificar o estepe. Pneus murchos duram
menos, prejudicam a estabilidade e aumentam o consumo de combustível; pneus muito
cheios também duram menos e prejudicam a estabilidade, reduzem a aderência e danificam
a suspensão. Procure realizar a medição com os pneus ainda frios. As tampinhas das válvulas
de ar impedem vazamentos e a entrada de impurezas.

VOCÊ SABE O QUE É TWI?

Essas saliências dentro dos sulcos da banda de


rodagem dos pneus se chamam TWI (Tread Wear
Indicator) e servem como marcadores de profun-
didade dos sulcos. Se o desgaste chegou nessa
marcação, é hora de realizar a troca do pneu.

Para saber mais consulte o Caderno Funcionamen-


to do Veículo de 2 ou mais rodas.

Fonte imagem11

ANTES DE INICIAR A CONDUÇÃO

● Feche e tranque as portas.

● Certifique-se de que as luzes estão todas funcionando.

● Verifique todos os indicadores.

● Para garantir uma condução segura, familiarize-se com o veículo e o seu equipamento.

11
Disponível em: https://pixabay.com/pt/. Acesso em: 02 ago.2022.

26
● Ajuste o banco do motorista de maneira que permita alcançar os pedais e manter os joelhos um
pouco flexionados, não totalmente estirados. O mesmo vale para os braços: eles devem estar
com uma leve flexão. Essa posição é a mais segura para garantir a reação em momentos de
emergência. Outro ponto importante é o ajuste do conforto. Além de estar na posição correta
de dirigir, é preciso estar confortável.

● Posicione bem os retrovisores. A principal razão da falta de visibilidade é o mau posicionamento


dos retrovisores. A função deles é exatamente fazer com que o motorista enxergue o máximo
possível da via e, por isso, é importante saber regulá-los.

ATENÇÃO
Jamais comece a condução sem se certificar que todos os ocupantes do veículo
estejam usando corretamente o cinto de segurança ou os dispositivos de reten-
ção, como as cadeirinhas para crianças.

DURANTE A CONDUÇÃO

● Tenha cuidado com veículos grandes. Evite dirigir ao lado de caminhões e ônibus. O tamanho
deles atrapalha sua visibilidade e pode esconder alguns perigos da via. Além disso, os motoristas
que dirigem esses veículos podem ter dificuldade em enxergar seu carro, trazendo riscos de aci-
dente caso trafeguem lado a lado. Se você precisar ultrapassar, faça sempre pela esquerda e
com segurança.

27
CONDUÇÃO SEGURA

● Aumente a atenção na troca de faixa. A maioria dos acidentes ocorre quando se tenta mudar de
faixa. Muitas vezes, uma olhada rápida no retrovisor pode enganar. Por isso, depois de sinalizar a
mudança, tenha muita atenção na visibilidade e, quando tiver segurança, vá para a outra faixa.
Lembre-se de que ligar a seta não garante a passagem, por isso, não coloque o bico do carro sem
ter certeza de que não há veículos ao seu lado.

● É preciso ter cuidado principalmente com motociclistas — eles são os que mais correm risco por
causa de pontos cegos de carros ou veículos maiores. Como as motos são pelo menos quatro vezes
menores, existe uma tendência maior de sumirem do retrovisor.

O que é ponto cego?

O termo é usado para se referir aos locais do veículo onde o condutor não possui visibilidade
externa. Em um carro, essas áreas são as duas colunas frontais que sustentam o teto, as duas
laterais e as duas traseiras. Além disso, o mau posicionamento dos retrovisores internos e ex-
ternos também pode criar outros pon-
tos cegos. Em motos, o ponto cego é ge-
rado pelo próprio capacete, que limita a
visão periférica do motociclista. Já em
veículos grandes, como caminhão e ôni-
bus, a obstrução da visão é gerada pela
posição elevada de dirigir, que dificulta
a visibilidade dos automóveis menores
ao seu redor.
Fonte imagem12

12
Disponível em: https://pixabay.com/pt/. Acesso em: 02 ago.2022.

28
Condições adversas do condutor(a)

A falta de atenção poderá ter como resultado a perda de controle do veículo, podendo provocar
um acidente, ferimentos graves e até a morte. A principal responsabilidade do condutor está em
conduzir de forma segura e responsável. São situações que diminuem a atenção:

 SONO
 PREOCUPAÇÕES
 REMÉDIOS
 CELULAR
 MEDO
 CANSAÇO
 ESTRESSE
 ÁLCOOL

Conduzir veículos é um ato complexo e exige muito de nossas capacidades mentais. Com o passar
do tempo e à medida que vamos adquirindo experiência, pode parecer que dirigir é algo automáti-
co, que fazemos “sem pensar”.

Mas o fato é que nosso cérebro está sendo exigido ao extremo, pois precisamos estar atentos aos
outros veículos, aos pedestres, ciclistas, animais, controlar o veículo, saber o destino, sinalizar.

Ufa!

Dirigir quando sentir-se sem condições físicas ou emocionais

põe em risco, não só a sua vida, mas a de todos os usuários

do trânsito.

29
CONDUÇÃO SEGURA

Se, somado a tudo isso, nosso cérebro estiver ocupado com outros assuntos, certamente os riscos
aumentam. O tema “condições adversas do motorista” é tão sério que trabalharemos um capítulo
inteiro sobre ele: Estado Físico e Mental do Condutor. Além disso, o assunto será tratado em ou-
tros pontos deste material.

Como já foi dito anteriormente, mesmo que não possa-

mos mudar o comportamento dos outros, podemos re-

fletir e mudar o nosso comportamento. O pensamento

correto deve ser: Eu NÃO serei responsável por danos

causados em objetos, bens e, principalmente, pessoas.

SIM, eu serei um condutor responsável e solidário.

Resumidamente, pois trataremos desses temas em outros módulos, COMO PODEMOS SER AFETA-
DOS POR QUESTÕES PESSOAIS NA FORMA DE DIRIGIR?

O SONO causa a perda da capacidade de concentração e os pensamentos ficam sem sentido. Não
há saída segura para o motorista que queira ficar acordado quando o sono chega (café, vento, mú-
sica...). A única maneira de manter a segurança é parar em local seguro e dormir.

30
VOCÊ SABIA!

19 HORAS SEM DORMIR

=
OU
FONTE: QUATRO RODAS

O cinto diminui o cansaço ao dirigir!


Ao usar o cinto de segurança, a pessoa se vê obrigada a adotar
uma postura mais ereta para dirigir. Isso evita dores lombares
e melhora a circulação sanguínea e a oxigenação muscular.
Fonte imagem13

Se estiver estressado, cansado, preocupado, evite dirigir. Se a per-


turbação for emocional, como morte na família, notícias ruins e/ou
problemas, consiga alguém para dirigir no seu lugar, faça uso do
transporte coletivo, de aplicativos ou táxi, pois esta é uma atitude
segura para você e para os outros.
Fonte imagem14

Se você não se sente seguro em conduzir em algumas situações, como em rodovias à noite ou em
locais de muito movimento, evite fazê-lo. O medo pode afetar sua concentração e colocá-lo em
situação de risco.

13
Disponível em: https://pixabay.com/pt/. Acesso em: 02 ago.2022.
14
Disponível em: https://pixabay.com/pt/. Acesso em: 02 ago.2022.

31
CONDUÇÃO SEGURA

CELULAR
Você sabe o risco que está correndo?

A distração do pedestre com O uso de dispositivos móveis ao volante


o aparelho celular pode AUMENTA EM 400% o risco de um
AUMENTAR ATÉ 80% acidente.
a chance de atropelamentos
FONTE: DETRAN/PR e Acesse o Trânsito (2022)

PARA PENSAR!

Ler ou responder mensagem à velocidade de 50 km/h equivale a percorrer às cegas o espaço


de 10 MOTOCICLETAS ENFILEIRADAS.

Destravar o celular à velocidade de 50 km/h equivale a percorrer às cegas o espaço de 13


BICICLETAS ENFILEIRADAS.

Abrir o Facebook conduzindo à velocidade de 50 km/h equivale a deixar o carro “dirigir sozi-
nho” por uma extensão equivalente a 12 VEÍCULOS POPULARES enfileirados.

Entrar no Instagram estando à velocidade de 50 km/h equivale a percorrer a extensão


de DUAS CARRETAS enfileiradas (dois eixos) com os olhos fechados.

FONTE: CESVI -Centro de Experimentação e Segurança Viária, 2016.

32
SITUAÇÕES DE RISCO

Como já vimos até aqui, muitas são as situações de risco ao se


transitar. Além da diversidade de pessoas e de seus variados
comportamentos, outros fatores interferem na segurança. Ca-
da condutor deve estar atento para reduzir os riscos que ve-
nham a aparecer.
Fonte imagem15

Entretanto, sabemos que alguns perigos surgem com fre-


quência, entre eles: ultrapassagem, derrapagem, ondula-
ções, buracos, cruzamentos, curvas, frenagem normal e de
emergência. Veremos a seguir como conduzir nessas situa-
ções.

Fonte imagem16

CURVAS

Diminua a velocidade usando o freio e, se necessário, reduza a marcha antes de entrar na curva
e de iniciar o movimento do volante.

15
Disponível em: https://pixabay.com/pt/. Acesso em: 02 ago.2022.
16
Disponível em: https://pixabay.com/pt/. Acesso em: 02 ago.2022.

33
CONDUÇÃO SEGURA

ACOSTAMENTO

É proibido e perigoso trafegar pelo acostamento. Ele se destina a paradas de emergência e ao


tráfego de pedestres e ciclistas (quando não houver local apropriado para esse fim)!

ONDULAÇÕES, BURACOS OU ALTERAÇÕES NA VIA

Ao perceber antecipadamente essas ocorrências na pista, reduza a velocidade, usando os frei-


os. Mas evite acioná-los durante a passagem por buracos, depressões e lombadas, porque isso
vai aumentar o desequilíbrio de todo o conjunto do veículo.

CALÇADAS OU PASSEIOS

As calçadas ou passeios públicos são de uso exclusivo de pedestres e só podem ser utilizados
pelos veículos para acesso a lotes ou garagens.

ESTREITAMENTO DE PISTA

Pontes estreitas ou sem acostamento, obras, desmoronamento de barreiras, por exemplo,


provocam estreitamentos. Assim que você enxergar a sinalização ou perceber o estreitamen-
to, redobre sua atenção, reduza a velocidade.

34
DECLIVES

Nunca desça com o veículo desengrenado, porque, em caso de necessidade, você não vai ter a
força do motor para ajudar a parar ou a reduzir a velocidade, e os freios podem não ser sufici-
entes.

ANIMAIS NA RODOVIA

Ao avistar animais na pista, a primeira atitude a tomar é reduzir a velocidade e jamais buzinar,
para não assustar os bichos a fim de preservar a vida de todos.

DERRAPAGEM

O atrito do pneu com o solo é reduzido pela presença de água, óleo, barro, areia, outros lí-
quidos ou materiais na pista, e essa perda de aderência pode causar derrapagens e descon-
trole do veículo. Evite mudanças abruptas de velocidade e frenagens bruscas.

Parar o veículo de forma segura é um dos aspectos mais importantes na condução, seja em situa-
ções previsíveis, como chegar a um cruzamento com sinal fechado, ou em situações de emergência,
como um pedestre atravessando a via distraidamente.

Também é necessário dominar o veículo em situações em que haja a necessidade de reduzir a velo-
cidade, mesmo sem parar totalmente, como em uma descida íngreme.

35
CONDUÇÃO SEGURA

Além de manter o sistema de freios regulados (verificação do nível do fluido, checagem e troca de
pastilhas e discos dentro das especificações do fabricante), as atitudes do condutor também podem
contribuir ou prejudicar o desempenho do veículo.

Inclinar o corpo um pouco Pisar no pedal de forma


para trás, tentando deixar suave e ir reduzindo as
o peso no centro da moto, marchas.

FRENAGEM equilibrando o atrito.


Reduzir a velocidade em
NORMAL Acionar os freios dianteiro situações que prejudicam a
e traseiro de forma simul- aderência ao piso e au-
tânea e progressiva, ao mentam a distância de
mesmo tempo em que frenagem, como ondula-
reduz as marchas. ções, chuva ou óleo.

FRENAGEM Acionar rapidamente o


Acionar os comandos com
mais força, sem reduzir as
DE EMER- freio e, ao mesmo tempo,
marchas, até porque você
apertar a embreagem.
GÊNCIA não terá tempo para isto.

FRENAGEM Em descidas, usar a mesma marcha que usaria para subir.

MOTOR
Fonte imagens17

17
Disponível em: https://pixabay.com/pt/. Acesso em: 02 ago.2022.

36
COMO EVITAR ACIDENTES – VEÍCULOS DE 2 RODAS

PARA PENSAR!
NO BRASIL, ENTRE 2009 E 2018:

SINISTROS DE MOTO DEIXARAM 2,5 MILHÕES DE PESSOAS COM IN-


VALIDEZ PERMANENTE.

200 MIL PESSOAS MORRERAM VÍTIMAS DE SINISTROS DE

MOTOCICLETAS

Fonte: Seguradora Líder, 2022.

Com certeza, se você está se habilitando para conduzir motocicleta, não quer fazer parte dessas
estatísticas. Os motociclistas que foram vítimas ou
provocaram os sinistros, os pedestres e passageiros
vitimados também não queriam fazer parte das
estatísticas. Mas acontece que, no dia a dia, muitos
vão esquecendo a importância de respeitar as re-
gras de segurança, ficam mais imprudentes e aca-
bam se tornando mais um nas estatísticas.
Fonte imagem18

18
Disponível em: https://pixabay.com/pt/. Acesso em: 02 ago.2022.

37
CONDUÇÃO SEGURA

Assim como podemos contar os números, é possível calcular os custos com a falta do trabalhador
por atestado ou licença-saúde e com óbitos ou invalidez em idade produtiva.

O que não é possível calcular são as sequelas físicas e emocionais que cada um desses sinistros dei-
xa na vida das pessoas, seja nas próprias vítimas ou de seus familiares e amigos. O trânsito tem cau-
sado uma tragédia social e os motociclistas são um dos grupos de maior risco.

Regras de segurança para condutores de motocicletas e ciclomotores:

 É obrigatório o uso de capacete de segurança para o condutor e o passageiro;


 É obrigatório o uso de viseiras ou óculos de proteção;
 É proibido transportar crianças menores de dez anos ou que não tenha condições de cuidar da
própria segurança;
 É obrigatório manter o farol aceso quando em circulação, de dia ou de noite;
 As ultrapassagens devem ser feitas sempre pela esquerda;
 A velocidade deve ser compatível com as condições e circunstâncias do momento, respeitando
os limites fixados pela regulamentação da via;
 Deve-se segurar o guidom com as duas mãos.

A regra básica para a segurança do motociclista é:

VER E SER VISTO.

38
ABORDAGEM TEÓRICA DA CONDUÇÃO DE MOTOCICLETAS COM
PASSAGEIROS E/OU CARGAS

Se você está se habilitando para a categoria B, pode estar pensando: por que tenho que saber os
perigos de conduzir motocicletas? Simples, porque você vai compartilhar com motociclistas as vias.
É muito importante que todos saibam como agir, quais as dificuldades encontradas pelos motoci-
clistas e quais as características desse tipo de condução. Portanto, esse assunto também é de seu
interesse.

Conduzir motocicleta exige muita atenção e perícia. Se estiver transportando passageiro ou carga, a
exigência será maior. Para conduzir com segurança, preste atenção nas informações abaixo:

A GRANDE MAIORIA DOS SINISTROS É EVITÁVEL. CUIDE-SE.

INVISTA EM EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA.

USE SEMPRE O CAPACETE COM O TAMANHO CORRETO E AFIVELADO, SEJA CON-


DUTOR OU PASSAGEIRO.

USE ROUPAS CLARAS PARA MELHOR VISUALIZAÇÃO E DE MATERIAIS MAIS GROS-


SOS, QUE PROTEJAM DE ESCORIAÇÕES.

MANTENHA O VEÍCULO EM BOM ESTADO, REALIZANDO MANUTENÇÕES.

VERIFIQUE E CALIBRE OS PNEUS PELO MENOS UMA VEZ POR SEMANA.

SÓ TRAFEGUE COM OS FARÓIS ACESOS.

REDOBRE A ATENÇÃO EM VIAS ESBURACADAS, COM ONDULAÇÕES, COM ÓLEO,


AREIA OU SUJEIRA.

39
CONDUÇÃO SEGURA

NÃO ESQUEÇA QUE VEÍCULOS POSSUEM PONTOS CEGOS.

OS LIMITES DE VELOCIDADE TAMBÉM VALEM PARA VOCÊ.

OS SEMÁFOROS TAMBÉM VALEM PARA VOCÊ.

NÃO É PROIBIDO TRAFEGAR PELOS CORREDORES ENTRE VEÍCULOS, MAS É PE-


RIGOSO.

A REGRA PARA PASSAR POR CORREDOR É: DESDE QUE MANTIDA DISTÂNCIA DE


SEGURANÇA LATERAL E FRONTAL (ART. 192 DO CTB).

O PASSAGEIRO DEVE SUBIR NA MOTOCICLETA DEPOIS DO CONDUTOR.

ORIENTE O PASSAGEIRO A REALIZAR O MOVIMENTO CORPORAL ACOMPANHANDO


O CONDUTOR.

CARGAS E PASSAGEIRO INFLUENCIAM NO EQUILÍBRIO.

O PESO, A FIXAÇÃO E A LOCALIZAÇÃO DA CARGA PODEM INFLUENCIAR MUITO NA


ESTABILIDADE DA MOTOCICLETA E CAUSAR QUEDAS.

CRUZAMENTOS SÃO ÁREAS DE RISCO: ESPERE O SEMÁFORO ABRIR, OLHE PARA


A VIA QUE FECHOU E CERTIFIQUE-SE DE QUE TODOS PARARAM.

AO CONDUZIR EM DISTÂNCIAS MAIS LONGAS, DESCANSE A CADA DUAS HORAS.

FREAR MOTOS EXIGE MUITA CAUTELA PORQUE VARIA CONFORME O TIPO DE MO-
TO E PISO.

RESPEITE A CAPACIDADE MÁXIMA DE PESO E DIMENSÕES DA CARGA QUE O MO-


DELO DA MOTO PERMITE.

40
Não há desculpa para a imprudência e para a irresponsabilidade. É
muito comum, depois de um sinistro, ouvirmos justificativas do
tipo: foi ele quem não parou, eu estava sinalizando que ia dobrar,
tinha espaço para a manobra, o semáforo estava amarelo, a liga-
ção era importante, eu ia ali pertinho... O fato é que todo condutor
deve conhecer os riscos a que está correndo e que coloca os ou-
tros. Após ocorrer um sinistro, desculpas são apenas desculpas.
Fonte imagem19

EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA DO CONDUTOR MOTOCICLISTA

Mesmo tomando todos os cuidados necessários, ainda podemos ser vítimas das situações adversas
no trânsito. Para que os riscos sejam minimizados, tanto o motociclista quanto o passageiro devem
usar equipamentos de proteção. O CTB descreve os equipamentos obrigatórios:

Art. 54. Os condutores de motocicletas, motonetas e ciclomotores só poderão circular nas vias:
I - utilizando capacete de segurança, com viseira ou óculos protetores;
II - segurando o guidom com as duas mãos;
III - usando vestuário de proteção, de acordo com as especificações do CONTRAN.

Art. 55. Os passageiros de motocicletas, motonetas e ciclomotores só poderão ser transportados:


I - utilizando capacete de segurança;
II - em carro lateral acoplado aos veículos ou em assento suplementar atrás do condutor;
III - usando vestuário de proteção, de acordo com as especificações do CONTRAN.

19
Disponível em: https://www.canva.com/photos/. Acesso em: 02 ago.2022.

41
CONDUÇÃO SEGURA

EXERCÍCIO
Sobre descumprir as normas acima, complete:
Fonte imagem20

INFRAÇÕES

PENALIDADES

MEDIDAS ADMINISTRATIVAS

DANOS PARA A VIDA

20
Disponível em: https://pixabay.com/pt/. Acesso em: 02 ago.2022.

42
PARA PENSAR!
Se você acha que o pior que pode acontecer no trânsito é
ser autuado, fiscalizado, ter que pagar multa, ter o veículo
recolhido, está na hora de ler jornais, notícias, se informar.
Se os números são preocupantes, a realidade é assustado-
ra. Veja alguns dados disponibilizados pela Seguradora Lí-
der (2022), responsável pelo DPVAT no Brasil, correspon-
dente aos anos entre 2009 e 2018:
Fonte imagem21

 ao comparar 2009 com o ano de 2018, os pagamentos feitos pelo Seguro DPVAT
cresceram 28%;
 3,2 milhões de indenizações foram pagas às vítimas de acidentes de trânsito envol-
vendo motocicletas e ciclomotores;
 quase 200 mil pessoas morreram nas ocorrências com motocicletas e ciclomotores;
 nas ocorrências com motocicletas e ciclomotores, o aumento no mesmo período foi
de cerca de 145 mil indenizações em 2009 para 250 mil em 2018;
 os casos de invalidez permanente cresceram 142% no período, de cerca de 76 mil
indenizações pagas para mais de 185 mil;
 2,5 milhões de benefícios foram para vítimas que ficaram com algum tipo de invali-
dez permanente;
 em 2018, os motoristas de motocicleta representaram 68% de todas as indenizações
pagas por ocorrências envolvendo motocicletas e as “cinquentinhas”;
 70% dos condutores ficaram com algum tipo de invalidez permanente após o aciden-
te;
 21% das vítimas nos acidentes com veículos de duas rodas são pedestres;

21
Disponível em: https://pixabay.com/pt/. Acesso em: 02 ago.2022.

43
CONDUÇÃO SEGURA

 53.120 pedestres foram indenizados por acidentes com motos;


 46.058 sinistros pagos a pedestres vítimas de invalidez permanente após acidente
com motocicletas, um aumento de 254% em relação a 2009;
 em 2009, os jovens de 18 a 34 anos já eram a maioria atingida, com mais de 92 mil
benefícios pagos; e em 2018, foram 130.365 indenizações pagas para a mesma faixa
etária.

COMO EVITAR ACIDENTES – VEÍCULOS DE 4 RODAS OU MAIS

Na sua opinião, sinistros ocorrem por:

( ) AZAR ( ) DESGRAÇA ( ) DESTINO

Pode até ser que algum destes aspectos possa ser "culpado" por algumas situações na sua vida,
mas certamente não é nada disso que causa um sinistro. Como já dissemos antes, a grande totali-
dade dos casos ocorre por erro humano. Tenha sempre em mente: humanos erram.

Já vimos que conduzir exige atenção, perícia, prudência e muita responsabilidade. Um condutor
responsável evita situações de risco, sabe como agir em situações adversas e respeita a vida.

Para você, o que é ser um bom motorista?


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44
Mesmo um condutor experiente deve redobrar sua atenção em algumas situações, por serem de
maior risco. Sinistros ocorridos durante as ultrapassagens, por exemplo, são potencialmente fatais,
ainda mais quando ocorrem em rodovias. Os motivos dos riscos serem maiores estão relacionados
à velocidade e ao fato de geralmente serem colisões frontais, o que multiplica a violência da coli-
são. Portanto, seja cauteloso e siga sempre as orientações abaixo:

ULTRAPASSAGENS

A ultrapassagem é o movimento de passar a frente de outro veículo que se desloca no mesmo sen-
tido, em menor velocidade e na mesma faixa de trânsito, necessitando sair e retornar à faixa de
origem.

Onde houver sinalização proibindo a ultrapassagem, não ultrapasse. A sinalização é a representação


da lei e foi implantada por pessoal técnico, que já calculou que naquele trecho não é possível a ul-
trapassagem, porque há perigo de sinistro, além de sujeitar o condutor, pelo desrespeito à sinaliza-
ção, ao pagamento de multa.

Nas subidas, só ultrapasse quando estiver disponível a terceira faixa, destinada a veículos lentos.
Não existindo essa faixa, siga as mesmas orientações anteriores, mas considere que a potência exi-
gida do seu veículo vai ser maior que na pista plana.

Nas descidas, a velocidade de todos os veículos é maior. Para ultrapassar, tome cuidado adicional
com a velocidade necessária. Lembre-se que você não pode exceder a velocidade máxima permiti-
da naquele trecho da via.

Ao perceber que outro condutor que o segue tem o propósito de ultrapassá-lo, não dificulte a ul-
trapassagem, mantenha a velocidade do seu veículo, ou até mesmo reduza-a ligeiramente.

45
CONDUÇÃO SEGURA

Não tenha pressa. Aguarde uma condição que permita realizar a ultrapassagem com segurança!
Lembrando sempre que todos os movimentos pretendidos, como as ultrapassagens, devem ser
antecedidos de indicação por gestos convencionais de braços ou luz indicadora de direção do veícu-
lo (pisca-pisca).

CRUZAMENTOS DE VIAS

A circulação de veículos e de pessoas se altera a todo instante. Quanto mais movimentado, mais
conflito há entre veículos, pedestres e ciclistas, aumentando os riscos de colisões e atropelamentos.

Se houver a placa PARE no seu sentido de direção, você deve parar, observar se é possível atraves-
sar e só então movimentar o veículo.

Se não houver sinalização, a preferência de passagem é do veículo que se aproxima do cruzamento


pela direita.

Numa rotatória ou rodovia a preferência de passagem é do veículo que nela já estiver circulando.

CUIDADOS COM OS DEMAIS USUÁRIOS DA VIA

Conduzir exige atenção total, o tempo todo. Muitos são os fatores que podem exigir ação rápida e
cuidadosa ao transitar. O ideal seria que todos estivessem atentos para
evitar os riscos, mas sabemos que nem sempre isso acontece. Lembre-se,
um condutor responsável deve ter sempre em mente cinco elementos:
conhecimento, habilidade, atenção, previsão e ação (decisão).
Fonte imagem22

22
Disponível em: https://pixabay.com/pt/. Acesso em: 02 ago.2022.

46
Trânsito seguro é um direito de todos! Apesar de muitas vezes estar associado somente a veículos,
o trânsito, acima de tudo, é composto por pessoas, independentemente da maneira como se loco-
movem. O condutor de um veículo automotor torna-se responsável pela segurança dos outros, se-
jam pedestres, ciclistas, skatistas, uma vez que sua condição oferece maior risco aos demais usuá-
rios da via. O CTB, em seu art. 29, § 2°, regulamenta:

Artigo 29 [...]
§ 2º Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas neste artigo, em ordem decres-
cente, os veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os mo-
torizados pelos não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres.
Independente do comportamento dos outros, o condutor tem a responsabilidade de cuidar dos
demais em razão do risco que oferece à vida dos usuários. Algumas situações são previsíveis e exi-
gem atitudes preventivas do condutor. Vejamos alguns exemplos:

PEDESTRES – mesmo sendo condutores, ciclistas ou motociclistas, em determinados momen-


tos todos transitamos a pé, significando que os cuidados relacionados à proteção do pedestre afe-
tam a cada um de nós. O andar é tão automático em nossa
rotina que, talvez, não tenhamos a real percepção das im-
plicações e do risco de sermos pedestres. Assim, a falta de
percepção da vulnerabilidade, somada ao despreparo, pois
não recebemos curso sobre a segurança para transitar, fa-
vorece para que o pedestre subestime as situações de peri-
go, podendo colocar-se em risco.
Fonte imagem23

23
Banco de imagens ACS - DETRAN/RS.

47
CONDUÇÃO SEGURA

Do lado de fora, o pedestre não consegue identificar o ponto de visão e o grau de atenção do moto-
rista, sendo ainda dificultado por alguns fatores como a
velocidade que o veículo trafega, seu tamanho, vidros
escuros etc. Logo, a percepção parcial ou equivocada po-
de fazer com que o pedestre realize uma travessia, inclu-
sive na faixa a ele destinada, de forma arriscada, ainda
que não tenha consciência do risco.
Fonte imagem24

Com relação à circulação de pedestres, existem lugares específicos, tais como calçadas (ou pas-
seios), passarelas e acostamentos. Quando não
existirem ou quando não apresentarem condições
de uso, o pedestre pode caminhar pela rua “com
prioridade sobre os veículos, pelos bordos da pis-
ta, em fila única” (Art. 68, § 2º do CTB). Cabe ao
pedestre utilizar faixas a ele destinadas, quando
existirem numa distância de até 50 metros.
Fonte imagem25

Sempre que as vias forem regidas por semáforos, deve-se obedecer à indicação das luzes.

Durante a travessia do pedestre, caso mude o sinal para dar a passagem aos veículos, os pedestres
que não tenham concluído o trajeto têm a preferência. Muitas vezes o tempo do semáforo pode
não ser suficiente para completar a travessia. Esta situação pode ser agravada pelo fato de algumas
pessoas apresentarem restrições na locomoção, aparentes ou não.

24
Disponível em: https://pixabay.com/pt/. Acesso em: 02 ago.2022.
25
Disponível em: https://pixabay.com/pt/. Acesso em: 02 ago.2022.

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Quando o pedestre é uma criança, a situação pode se complicar devido
às características de seu desenvolvimento. Por exemplo, a percepção
infantil do trânsito é diferenciada, devido à sua estatura, ao seu campo
de visão, à sua capacidade limitada de avaliação dos riscos, dentre outros
fatores. Ela pode pensar que o veículo é capaz de parar instantaneamen-
te ao frear. A criança pode iniciar a travessia da via mesmo que esteja
vendo o veículo a uma curta distância por pensar assim: “estou aqui que-
rendo atravessar, o motorista me viu e vai parar quando eu passar, por-
que ele não vai querer me machucar”.
Fonte imagem26

Já o pedestre idoso possui outras características específicas. Muitos são indivíduos com grande vita-
lidade, que trabalham, auxiliam a cuidar dos netos, frequentam a academia, ou seja, possuem vida
social ativa. Entretanto, alguns possuem dificuldades em perceberem suas novas limitações físicas,
assim como a necessidade de se adaptar a elas, o que pode muitas vezes contribuir para o aumen-
to dos acidentes de trânsito. Com o processo natural do
envelhecimento, o idoso precisa aprender a lidar com no-
vas condições físicas como, por exemplo, o comprometi-
mento na visão e audição, na habilidade motora, diminui-
ção do equilíbrio, maior lentidão para atravessar a faixa de
pedestres.
Fonte imagem27

Destacamos a seguir alguns comportamentos que os condutores precisam assumir para não coloca-
rem o pedestre em risco.

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Disponível em: https://pixabay.com/pt/. Acesso em: 02 ago.2022.
27
Disponível em: https://pixabay.com/pt/. Acesso em: 02 ago.2022.

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CONDUÇÃO SEGURA

● Respeito à mudança do sinal luminoso,


com atenção ao amarelo, e parando antes da
linha de retenção para não obstruir a traves-
sia, somente prosseguindo ao certificar-se de
que os pedestres já a concluíram.

Fonte imagem28

● Em saídas ou entradas de gara-


gem/estacionamento, dar a preferência ao pe-
destre que estiver transitando pela calçada, uma
vez que este é o espaço destinado ao seu deslo-
camento.

Fonte imagem29

● Redução da velocidade ao aproximar-se de escolas, hospitais, faixas de pedestres e locais de


maior circulação, pois quanto maior o número de pessoas circulando em um local, maior será o
risco.

● O condutor deve redobrar o cuidado na presença de fatores que podem prejudicar sua percep-
ção e a do pedestre, tais como: reflexos de luminosidade, pouca luminosidade, obstáculos (contai-
ners, lixeiras, postes de luz, guarda-chuvas...).

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Disponível em: https://pixabay.com/pt/. Acesso em: 02 ago.2022.
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Disponível em: https://pixabay.com/pt/. Acesso em: 02 ago.2022.

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● Cuidado com as poças d’água para não molhar os pe-
destres. Esta atitude é de tamanho desrespeito que, in-
clusive, é considerada uma infração de trânsito, assim
como arremessar detritos.

Fonte imagem30

Em rodovias, o risco de animais na pista aumen-


ta, o que pode provocar sérios sinistros. Conduza
sempre com atenção, respeitando a velocidade e,
ao ver animais na pista, reduza a velocidade ain-
da mais. Se o animal se assustar, pode reagir se-
guindo em direção ao veículo.
Fonte imagem31

● Sempre que o ciclista estiver em ciclovias ou ci-


clofaixas, terá preferência de passagem, exceto
quando houver sinalização semafórica.

● O condutor deve respeitar a distância lateral de


1,5m sempre que for ultrapassar ciclistas.

Fonte imagem32

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Disponível em: https://pixabay.com/pt/. Acesso em: 02 ago.2022.
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Disponível em: https://pixabay.com/pt/. Acesso em: 02 ago.2022.

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CONDUÇÃO SEGURA

● O condutor deve reduzir a velocidade ao ultrapassar o ciclista. A alta velocidade do veículo tam-
bém é um fator de risco para o ciclista por provocar deslocamento de ar e, consequentemente,
desequilíbrio, uma vez que a soma dos pesos da bicicleta e do ciclista é significativamente menor
que o peso do veículo automotor.

● Não é permitido ao ciclista transitar nas calçadas, passeios e corredores de ônibus. Porém, con-
sidera-se que o ciclista empurrando a bicicleta equivale a um pedestre e, assim, poderá utilizar a
calçada.

● O CTB permite que as bicicletas, assim como outros veículos não motorizados, ultrapassem veí-
culos em fila, parados em razão de sinal luminoso, cancela, bloqueio viário parcial ou qualquer ou-
tro obstáculo. Dessa forma, em caso de congestionamento, o ciclista pode ultrapassar os veículos
que estiverem parados no trânsito.

CINTO DE SEGURANÇA

POR QUE VOCÊ NÃO CUIDARIA DA SUA VIDA E DAS PESSOAS QUE VOCÊ QUER
BEM?

O uso do cinto de segurança é obrigatório para todos os ocupantes do veículo. Tem a função de
manter o condutor e os passageiros seguros aos bancos, evitando que eles se choquem contra as
partes internas do veículo (para-brisa, direção, teto...) ou que sejam lançados para fora, em caso de
incidentes. Ele protege tanto a pessoa que o está usando quanto os demais ocupantes, pois podem
se chocar entre si caso algum deles não esteja usando o cinto.

O cinto de três pontos evita que a pessoa seja projetada para cima e para frente, pois passa pelo
ombro, tórax e quadril (partes resistentes do corpo humano, capazes de aguentar impactos fortes).

52
Já os cintos de dois pontos, quando passam na cintura, protegem de ser arremessado para fora do
veículo e para frente, porém não evita que o corpo se dobre.

Para que o cinto consiga proteger o


usuário, deve ser usado corretamente, ajusta-
do para passar pelas partes mais resistentes do
corpo (ombros e quadris), o que não é possível
para pessoas com altura inferior a 1,45m (ge-
ralmente crianças).
Fonte imagem33

Conforme o art. 64 do CTB, alterado pela Lei Federal 14.071/2020, “crianças com idade inferior a 10
(dez) anos que não tenham atingido 1,45m (um metro e quarenta e cinco centímetros) de altura
devem ser transportadas nos bancos traseiros, em dispositivo de retenção adequado para cada
idade, peso e altura, salvo exceções relacionadas a tipos específicos de veículos regulamentadas
pelo Contran.”

Mesmo tendo altura suficiente para serem transportadas nos bancos da frente do veículo, é reco-
mendado que o transporte de crianças continue sendo realizado nos bancos traseiros, consideran-
do-se sua fragilidade e vulnerabilidade, tendo em vista as características próprias ao desenvolvi-
mento infantil relacionadas tanto à maturidade emocional e cognitiva quanto à constituição física,
ainda com órgãos e ossos em formação.

Nesse sentido, o Projeto Diretrizes - Segurança no Transporte Veicular de Crianças - Parte I, da As-
sociação Brasileira de Medicina de Tráfego – ABRAMET (2006) esclarece que “o local em que a crian-
ça é transportada no interior do veículo pode representar um risco adicional. Nos casos de impacto
frontal, crianças transportadas no banco traseiro têm menor risco de morrer, ou sofrer ferimentos
graves.” Esse material identifica, inclusive, que “benefício significativo do transporte no banco tra-

33
Disponível em: https://pixabay.com/pt/. Acesso em: 02 ago.2022.

53
CONDUÇÃO SEGURA

seiro foi observado para crianças de 5 a 12 anos utilizando apenas o cinto abdominal, quando com-
paradas a crianças transportadas no banco da frente e utilizando o cinto de 3 pontos.”

A Resolução CONTRAN n.º 819/21, em seu Anexo, determina quais são os dispositivos de retenção
para transporte de crianças (DRC) em veículos automotores particulares e a forma adequada de uso
conforme segue:

BEBÊ CONFORTO OU CONVERSÍVEL – deve ser utilizado nas seguintes condições:


a) crianças com até um ano de idade; ou b) crianças com peso de até 13 kg, con-
forme limite máximo definido pelo fabricante do dispositivo. Deve ser fixado vol-
tado para trás no banco do carro, preso com o cinto de segurança de 3 pontos
para garantir o conforto e segurança do bebê. É preciso seguir as orientações do
fabricante. O formato de concha auxilia a absorver a força do impacto.

CADEIRINHA – deve ser utilizada nas seguintes condições: a) crianças com idade
superior a um ano e inferior ou igual a quatro anos; ou b) crianças com peso en-
tre 9 a 18 kg, conforme limite máximo definido pelo fabricante do dispositivo.
Deve ser fixada no banco do carro de frente para o movimento e presa com o
cinto de segurança de 3 pontos. É preciso seguir as orientações do fabricante.

ASSENTO DE ELEVAÇÃO ou BOOSTER – deve ser utilizado nas seguintes condições:


a) crianças com idade superior a quatro anos e inferior ou igual a sete anos e
meio; ou b) crianças com até 1,45 m de altura e peso entre 15 a 36 kg, conforme
limite máximo definido pelo fabricante do dispositivo. É importante observar se o
cinto de segurança do veículo está passando sobre o ombro e quadris da criança
que são as partes mais duras e resistentes.
Fonte imagens34

34
Banco de Imagens ACS – DETRAN/RS

54
CINTO DE SEGURANÇA DO VEÍCULO – deve ser utilizado nas seguintes condições:
a) crianças com idade superior a sete anos e meio e inferior ou igual a dez anos;
ou b) crianças com altura superior a 1,45m.

Fonte imagem35

LUGAR DE CRIANÇA É NA CADEIRINHA!

Assim como as pessoas, os animais também não podem ser transportados soltos dentro do veículo
visando à segurança destes e dos demais ocupantes. Animais domésticos podem ser acomodados
em caixas específicas para seu transporte, que devem ser presas ao cinto de segurança do veículo
ou ainda o animal pode utilizar outros dispositivos próprios
para ele, como o cinto de segurança feito para pets que
deve ser associado a uma coleira peitoral e jamais a uma
coleira de pescoço sob o risco de enforcar o animal em
caso de frenagem ou sinistro.

Fonte imagem36

Já as bolsas e malas devem ser transportadas no porta-malas e, quando não for viável, fixadas no
interior do veículo (atrás dos bancos dianteiros ou sobre o banco com cinto de segurança).

35
Banco de Imagens ACS – DETRAN/RS
36
Disponível em: https://pixabay.com/pt/. Acesso em: 02 ago.2022.

55
CONDUÇÃO SEGURA

ESTADO FÍSICO E MENTAL DO CONDUTOR, CONSEQUÊNCIAS DA


INGESTÃO E CONSUMO DE BEBIDA ALCOÓLICA E SUBSTÂNCIAS
PSICOATIVAS

SE UMA PESSOA ESTÁ COM SEU DOCUMENTO DE HABILITAÇÃO EM DIA, ISSO


SIGNIFICA QUE ELA PODE DIRIGIR EM QUALQUER LUGAR DO PAÍS?

Sim! Desde que ela tenha condições para isso.

Dirigir pode parecer uma tarefa fácil, mas não é, pois exige constantemente que o condutor tenha
suas capacidades físicas e mentais disponíveis, pois precisa analisar o ambiente, os demais veículos,
as pessoas circulando na via (seja em veículos ou não) e as condições de seu próprio veículo. Por
isso, é muito importante que cada condutor esteja em boas condições físicas e mentais, para que
consiga, sempre que necessário, diminuir ao máximo os riscos no trânsito.
A seguir serão discutidos alguns fatores que costumam interferir e comprometer o desempenho na
condução de veículos automotores.

Aspectos Emocionais (Psicológicos)

Dirigir pode parecer algo simples, mas exige bastante de nossas capacidades mentais. Precisamos
ter em mente que em todo o contexto que participamos e convivemos, os valores, as emoções e a
concepção de mundo que temos, nos levam a agir de determinada maneira e a julgar os outros por
suas atitudes.

56
Fonte imagem37

Muitas vezes temos a tendência de sermos severos no julgamento dos erros dos outros, mas tole-
rantes com as nossas próprias falhas. Por exemplo, situações de disputa de vaga de estacionamen-
to, falhas de comunicação (vidros fechados e escuros) e de interpretação, podem gerar conflitos.
Mesmo que a outra pessoa não tenha tido a intenção de nos agredir ao ocupar a vaga que estáva-
mos aguardando, podemos agir agressivamente, sem refletirmos sobre outras possibilidades que
tenham motivado esse comportamento para além da ideia do desejo de nos prejudicar.

Somos influenciados pelo nosso estado emocional, isto é, emoções e traços de personalidade (jeito
de perceber os fatos, compreensão da realidade, capacidade de empatia, de percepção do risco, de
adiar a busca pelos desejos) interferem nas escolhas e ações que adotamos. Nesse sentido, ser de-
fensivo também significa entender que as pessoas podem estar estressadas, com medo, raiva, ansi-
edade e que necessitamos ser tolerantes.

Na verdade, esses sentimentos se somam. Por exemplo: um indivíduo que não dormiu bem à noite,
logo pela manhã, iniciou uma discussão com um filho, em seguida lembrou-se do trabalho estres-
sante que tem a realizar naquele dia. Esse sujeito estará menos tolerante e muito mais propenso a
se irritar quando outro condutor realizar alguma manobra inadequada que, porventura, o afete, do
que aquela pessoa que teve uma noite de sono reparador, iniciando o dia sem maiores problemas
e/ou conflitos.

37
Disponível em: https://pixabay.com/pt/. Acesso em: 02 ago.2022.

57
CONDUÇÃO SEGURA

A máxima de que os problemas de casa devem


ficar em casa não funciona. O ser humano, suas
emoções, sua maneira de interpretar as situações
e toda sua história, não podem ser compreendidas
nem expressas de forma compartimentada, pois
somos uma pessoa só.

Fonte imagem38

Se você acha que seu estado emocional não atrapalha para dirigir, está engana-
do. Na verdade, muitos sinistros acontecem por pessoas terem optado por diri-
gir em uma condição psicológica que não era a ideal (muito irritado, muito tris-
te, ou até em estado de completa euforia). Por isso, convidamos você a desen-
volver o hábito de se autoavaliar desde o início como condutor.

Fonte imagem39

ANTES DE COMEÇAR A DIRIGIR, QUE TAL FAZER UMA AUTOAVALIAÇÃO SO-


BRE AS SUAS CONDIÇÕES EMOCIONAIS PARA DIRIGIR?

Estados emocionais muito intensos, fortes, costumam alterar diversas funções mentais que temos e
que fazem parte de um conduzir seguro. Por isso, sempre que estiver em uma condição psicológica
alterada, o ideal é evitar a direção de um veículo, pois isto pode levar você a não identificar perigos
ou não conseguir reagir adequadamente e acabar se envolvendo em um sinistro indesejado.

38
Disponível em: https://pixabay.com/pt/. Acesso em: 02 ago.2022.
39
Disponível em: https://www.canva.com/photos/. Acesso em: 02 ago.2022.

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Quando conduzimos emocionalmente perturbados, tendemos a descarregar no outro nossas frus-
trações e medos, com agressão e xingamentos. Essa situação pode, ainda, se exacerbar pela condi-
ção de anonimato que o trânsito proporciona, pois nos permite extravasar nossa raiva e fúria em
quem não conhecemos e não estabelecemos nenhum
vínculo. Se você não estiver com sua condição psicológica
alterada de forma muito intensa, pode ao menos, ao fazer
esta avaliação antes de dirigir, pensar sobre como a forma
que está se sentindo pode interferir nas relações que es-
tabelece com as demais pessoas no trânsito (pedestres,
ciclistas, condutores, motociclistas).
Fonte imagem40

Quanto mais desenvolvermos autoconhecimento e discernimento, refletindo sobre como expres-


samos nossos sentimentos e nos relacionamos, a tendência é de que não sejamos controlados por
nossos impulsos, não estando tão propensos a nos irritarmos. Neste caso, provavelmente teremos
atitudes menos agressivas, não deixando a emoção aumentar e “tomar conta”, e saberemos agir e
reagir de forma mais adequada e segura.

Sono e fadiga

Para que possamos dar conta de todas as tarefas que temos dia-
riamente, seja no ambiente familiar, trabalho, estudos, na comu-
nidade em que estamos inseridos, precisamos de um sono de
qualidade e tempo adequados.
Fonte imagem41

40
Disponível em: https://pixabay.com/pt/. Acesso em: 02 ago.2022.
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Disponível em: https://pixabay.com/pt/. Acesso em: 02 ago.2022.

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CONDUÇÃO SEGURA

Apesar de realizarmos em nosso cotidiano diversas atividades, mesmo em situações em que esta-
mos cansados e sonolentos, quando necessitamos conduzir um veículo isso se torna um risco, pois
é indispensável que as nossas capacidades físicas e mentais nos possibilitem agir imediatamente a
situações vivenciadas no trânsito.

QUANDO FALAMOS DA CONDUÇÃO DE VEÍCULO, A FALTA OU MÁ QUALIDADE


DO SONO PODEM SER PERIGOSOS.

Por mais que a pessoa pense estar em condições de dirigir após uma noite mal dormida ou ativida-
des cansativas, o organismo necessita estar suficientemente descansado para desempenhar de
forma segura o ato de dirigir. Estimativas apontam que a cada três sinistros de trânsito, um é pro-
vocado pelo sono do motorista, o que demonstra o quão importante é abordar este assunto duran-
te o processo de formação de condutores (SANTOS JR. e KOMNITSKI, 2017).

PARA PENSAR!
Viu como é importante que todo condutor, antes de iniciar a
tarefa de dirigir um veículo, avalie a sua condição quanto ao sono
e cansaço? Já se imaginou envolvido em um sinistro pelo simples fato de estar
com sono durante seu trajeto?

60
Quando falamos de sono, é importante considerarmos que:

1. Existem doenças relacionadas ao sono, que podem trazer


resultados no desempenho do condutor;

2. Existem situações em que o sono pode estar presente


por outros fatores, mesmo sem haver doenças envolvidas.

Fonte imagem42

TRANSTORNOS DO SONO

SEU SONO REALMENTE É DE QUALIDADE? QUANDO ACORDA, VOCÊ REALMENTE


DESCANSOU?

Existem diversos transtornos do sono que afetam as condições físicas e mentais para conduzir um
veículo em segurança. Dentre estes transtornos estão alguns que normalmente as pessoas não
consideram preocupantes como a apneia do sono (parada respiratória súbita durante o sono), po-
dendo ser acompanhada de ronco, que pode causar dores de cabeça, sonolência excessiva durante
o dia, atividade mental diminuída e, finalmente, insuficiência cardíaca e pulmonar (SANTOS JR,
KOMNITSKI, 2017). Todos esses sintomas podem transformar a atividade de conduzir veículos em
algo perigoso.

Além da apneia existem outros transtornos do sono que afetam consideravelmente as capacidades
para dirigir em segurança, tais como:

● insônia - incapacidade de adormecer ou de manter o sono. Possui muitas causas diferentes, in-
cluindo distúrbios emocionais e físicos e o uso de medicamentos;

42
Disponível em: https://pixabay.com/pt/. Acesso em: 02 ago.2022

61
CONDUÇÃO SEGURA

● hipersonia - aumento das horas de sono, aproximadamente de 25% acima do padrão de sono
normal do indivíduo. Menos comum que a insônia, a hipersonia é um sintoma que frequente-
mente indica a possibilidade de uma lesão grave;
● narcolepsia – episódios de sono súbito e incontrolável, aparentemente sem motivo, que ocorrem
várias vezes ao dia, inclusive podendo ocorrer durante a condução de veículo (SANTOS JR, KOM-
NITSKI, 2017).

PROCURE DORMIR E ESTAR DESCANSADO QUANDO FOR

DIRIGIR, PRINCIPALMENTE SE FOR CONDUZIR POR LONGA

DISTÂNCIA.

OUTROS FATORES

Existem outros fatores que você deve conhecer para que possa prevenir os perigos de seus efeitos.

● Fatores externos tais como a via e o entorno podem gerar cansaço e sonolência. Exemplos des-
ses fatores são: muitos veículos trafegando, via pouco conhecida, tipos de pista (pista irregular,
malconservada) e condições climatológicas adversas (MINISTERIO DEL INTERIOR, 2007).

● Fatores do veículo como má ventilação ou calor, iluminação deficiente, posição e conforto do


banco.

● Fatores do condutor, por exemplo, longos períodos dirigindo com descanso insuficiente ou ina-
dequado, iniciar a condução após atividades cansativas, posturas inadequadas.

62
VAI VIAJAR?
RECOMENDAMOS:

 Parar por pelo menos 15 minutos para descanso a cada hora e meia ou duas horas

viajadas;

 Evitar alimentos “pesados” antes da viagem;

 Evitar longas distâncias após um dia cansativo;

 Descansar antes de iniciar viagens longas.

(OBSERVATÓRIO, 2017))

MEDICAMENTOS E DROGAS TAMBÉM AFETAM


NOSSA FORMA DE DIRIGIR

VOCÊ TOMA MEDICAÇÃO PARA DORMIR? PARA ANSIEDADE?


PARA DEPRESSÃO?

SE VOCÊ TOMA ALGUMA MEDICAÇÃO DESSAS CATEGORIAS,


CONVERSE COM SEU MÉDICO SOBRE OS PERIGOS DE DIRI-
GIR USANDO ESSAS MEDICAÇÕES.

Nosso sistema nervoso central (SNC), que podemos dizer que é quem “comanda” nosso estado
físico e mental, pode ser afetado por diversas substâncias. Drogas e uso de medicamentos podem

63
CONDUÇÃO SEGURA

comprometer o nosso estado físico e mental ao conduzir. O efeito das drogas, tanto as permitidas,
como os medicamentos, quanto as ilegais, conhecidas popularmente como “drogas”, pode ser clas-
sificado em três categorias: depressor, estimulante e perturbador. Cada um desses apresenta efei-
tos específicos.

Quando falamos do assunto "drogas” no contexto do trânsito, não temos a


intenção de convencer as pessoas que usam drogas a deixarem de fazer uso
delas, mas principalmente de alertar que há prejuízos causados às condi-
ções físicas e mentais para conduzir um veículo.

As DROGAS DEPRESSORAS agem sobre importantes estruturas cerebrais, tornando mais len-
to o funcionamento, causando sonolência, lentidão nos movimentos e do pensamento, diminuição
da reatividade à dor, diminuição da ansiedade, dos reflexos e da atenção; e aumento no tempo até
a pessoa reagir diante de algo (PECHANSKY et al, 2010). Dentre as drogas depressoras está o álcool,
que será abordado separadamente em virtude de sua significância.

Já as DROGAS ESTIMULANTES, são aquelas que aceleram o funcionamento do organismo.


Estas drogas têm como sinais e sintomas: a agitação, excitabilidade, insônia/hipervigilância e outros
efeitos. Podemos elencar nesta categoria a cocaína e o crack, as anfetaminas, a nicotina e a cafeína
(PECHANSKY et al, 2010).

As DROGAS PERTURBADORAS, como é o caso da maconha e do ecstasy, produzem altera-


ções no funcionamento do cérebro, alterando a percepção da realidade. Podem ocorrer delírios,
alucinações e alteração na capacidade de discriminar medidas de tempo e espaço.

64
SE VOCÊ É USUÁRIO DE ALGUMA DROGA, MENCIONADA OU

NÃO, O IMPORTANTE ALERTA QUE QUEREMOS DEIXAR É SO-

BRE AS CONSEQUÊNCIAS NOCIVAS AO TRÂNSITO.

Já se perguntou por que se fala tanto do assunto álcool e


direção?

A resposta a essa pergunta não é tão simples, pois envolve compreendermos diversos fatores rela-
cionados ao assunto. Infelizmente as mortes por sinistro envolvendo condutores alcoolizados não
são raras. Como já foi visto anteriormente, a maior parte dos sinistros ocorrem devido a erros hu-
manos. O comportamento de dirigir após ter ingerido bebida de álcool tem sido apontado como
responsável por muitos sinistros de trânsito envolvendo mortes e lesões. Conforme uma pesquisa
internacional, divulgada em uma publicação da
Global Road Safety Partnership (GRSP, 2007) em
conjunto com outras organizações, como a
OMS, aponta que, em países de baixa e média
renda, como é o caso do Brasil, de 33% a 69%
de condutores mortos e 8% a 29% de conduto-
res feridos estão sob o efeito do álcool ao sofre-
rem um sinistro.

Fonte imagem43

Não podemos ignorar que na nossa cultura beber é socialmente estimulado e que, beber e dirigir, é
visto como normal pelas pessoas que acreditam que beber não interfere na condição para dirigir

43
Disponível em: https://pixabay.com/pt/. Acesso em: 02 ago.2022

65
CONDUÇÃO SEGURA

um carro, uma motocicleta, ou outro veículo. O que estamos tentando convidar você a pensar, não
é sobre deixar de beber, mas sobre não dirigir, ou aceitar que outras pessoas dirijam, após ter inge-
rido bebidas alcoólicas.

Qualquer quantidade de bebida alcoólica ingerida aumenta o risco de envolvi-


mento em sinistros.

A probabilidade de ocorrerem mortes em sinistros de trânsito cresce à


medida que a pessoa aumenta o consumo de álcool.

(EXPERMED, [2015])

Não estamos falando somente das pessoas que são consideradas dependentes de álcool (alcoolis-
tas), mas de qualquer cidadão que ingere bebida alcoólica, mesmo que esporadicamente. Além
disso, em função do álcool não ser visto como uma droga, as pessoas acabam sendo mais toleran-
tes, pois tem o apoio social. E, acreditando que sua capacidade de dirigir não é prejudicada pelo
álcool, agem de maneira ainda mais arriscada ao conduzir um veículo sob o efeito do álcool.

Você já deve ter observado que, às vezes, duas pessoas


ingerem mais ou menos a mesma quantidade de bebi-
da e o efeito sobre o comportamento delas é comple-
tamente diferente. Isso ocorre porque os efeitos do
álcool e o nível de alcoolemia não funcionam igualmen-
te para todas as pessoas. Este é um dos motivos para a
lei ser de tolerância zero de álcool para motoristas!
Fonte imagem44

44
Disponível em: https://pixabay.com/pt/. Acesso em: 02 ago.2022

66
Os efeitos variam em função de uma série de fatores: da pessoa (complexidade do corpo, peso,
estrutura), da quantidade de álcool ingerido, rapidez com que bebe, tipo de alimentação, circuns-
tâncias em que se dá o consumo, tolerância, entre outros fatores (PECHANSKI ET AL, 2010).

O PERIGO DO ÁLCOOL E DIREÇÃO


ELE PRODUZ EM QUEM BEBEU:

 Euforia;

 Falsa segurança de si mesmo;

 Sentimento de acreditar que tem uma melhor capacidade para dirigir, aumentando a

tolerância ao risco, o que o leva a tomar decisões mais perigosas do que o habitual;

 Diminui o senso de responsabilidade e prudência;

 Aumenta as chances de reações impulsivas, agressivas e pouco educadas;

 Retarda funções do cérebro, o que leva a deixar as reações mais lentas.

VOCÊ AINDA NÃO SE CONVENCEU DE QUE BEBER QUAL-


QUER QUANTIDADE DE BEBIDA ALCOÓLICA E DEPOIS DIRI-
GIR É PERIGOSO?

Se esse é o seu caso, você não é o único a pensar assim. Na realidade, muitas pessoas têm dificul-
dade em entender por que quantidades pequenas de álcool não são toleradas para conduzir veícu-
los.

67
CONDUÇÃO SEGURA

QUALQUER QUANTIDADE DE BEBIDA PREJUDICA O TEMPO DE


REAÇÃO DO CONDUTOR.

Por exemplo, se ele reagiria diante de um obstáculo em 1 segundo, sob efeito de álcool esse
tempo iria para 3 segundos. Nos 2 segundos a mais, dependendo da velocidade do veículo,
são muitos metros percorridos que poderiam ser a diferença entre o sinistro ou não.

O principal motivo dessa dificuldade de compreensão é que estamos acostumados a ver as pessoas
beberem e continuarem realizando diversas atividades. Porém, a Organização Mundial da Saúde
orienta que não se deve realizar nenhuma atividade alcoolizado, pois o risco aumenta significativa-
mente.

PARA PENSAR!
Imagine que uma pessoa muito importante para você está doente e necessitando
de uma cirurgia. Você ficaria tranquilo se soubesse que o cirurgião bebeu SÓ
UMA CERVEJINHA antes de ir para a cirurgia?

Temos certeza de que muitas pessoas não ficariam tranquilas nessa situação
e que nem permitiriam que o cirurgião realizasse o procedimento se sou-
bessem desse fato. Esse modo de pensar demonstra que, de alguma forma,
sabemos que beber pode prejudicar algumas capacidades importantes para
que o cirurgião desempenhe seu trabalho adequadamente.
Fonte imagem45

45
Disponível em: https://pixabay.com/pt/. Acesso em: 02 ago.2022.

68
Pois é, por que será que quando falamos de trânsito não conseguimos reconhecer esse
mesmo perigo?

Sim, pois no trânsito muitos sinistros com mortes acon-


tecem porque alguém bebeu ‘só uma cervejinha’. Essas
pessoas não pensaram que poderiam causar um sinistro
que tiraria a vida de alguém, ou deixaria com sequelas
para sempre; elas somente queriam ir a algum destino
depois de uma festa, encontro com amigos e familiares,
ou outra situação, mas o resultado foi este.
Fonte imagens46

PARA PENSAR!
Agora imagine que um condutor estava em casa e bebeu uma ou duas cervejas. Logo de-
pois, lembrou-se que precisava ir ao supermercado. Pegou as chaves de seu carro e saiu
em direção ao supermercado como havia planejado. Na esquina seguinte estava alguém
que você gosta muito (seu filho(a), mãe, pai, companheira(o) etc). Vamos usar o irmão para
facilitar a explicação. Seu irmão estava em um carro que dobrava a esquina. Porém, aquele
condutor não percebeu que o condutor do veículo em que estava seu irmão iria desviar de
um cachorro que adentrou a via de repente. Quando percebeu, tinha segundos para reagir
freando, porém, como estava sob efeito de álcool demorou um pouco mais que o normal
para pisar no freio e isso provocou uma colisão. Nessa colisão, a pessoa que você ama foi
gravemente ferida e está correndo risco de morte no hospital.

46
Disponível em: https://www.pexels.com/pt-br/ e https://pixabay.com/pt/. Acesso em: 02 ago.2022

69
CONDUÇÃO SEGURA

NESTA SITUAÇÃO VOCÊ ACHARIA TUDO BEM O FATO

DO CONDUTOR TER BEBIDO?

QUANTO OS CONDUTORES QUE DIRIGEM SOB EFEITO DE ÁLCOOL SABEM SO-


BRE O RISCO A QUE SE EXPÕEM?

Não podemos desconsiderar que:

[...] muita gente morre em acidentes de trânsito depois de ter bebido álcool; muita gente mor-
re depois de não ter bebido nada; e muita gente dirige depois de beber e não se envolve em
acidente nenhum. Quantas vezes vimos pessoas irem para uma festa, beberem, pegarem o
carro e chegarem vivas em casa? Não é correto dizer que o álcool necessariamente causa o
acidente, mas é verdade que a chance de se envolver em um acidente será muito maior ao se
conduzir um veículo depois de ter bebido. (BIAVATI, 2007, p. 61)

Isso nos remete ao que já foi discutido no conceito de direção defensiva, especificamente sobre a
definição de acidentes. Podemos observar que no caso de um condutor dirigindo alcoolizado, por
exemplo, este não terá como controlar os demais elementos do trânsito (outros condutores, outros
partícipes do trânsito, as condições dos veículos que estão circulando e uma série de outros fato-
res) que podem gerar exigências acima de suas capacidades - que estão prejudicadas pelo álcool -
gerando aumento nas chances de acontecer um sinistro de trânsito. Além do problema da percep-
ção equivocada, que subestima os riscos associados ao beber e dirigir, ainda há a crença que o con-
dutor poderá desenvolver ao ter a “sorte” de não sofrer sinistro ao conduzir alcoolizado: “se não
me acidentei é porque não há perigo”. Isso o leva a repetir o comportamento cada vez com mais
frequência. Será que este é o pensamento mais correto? Ou teríamos que inverter: se bebo e dirijo
com frequência é só uma questão de tempo para que acabe sofrendo sinistro. Quando será a mi-
nha vez? (MINISTÉRIO DEL INTERIOR, 2007).

70
Vai seguir tentando a sorte?

É importante esclarecer que álcool é um tipo de droga, ou seja, é uma substância capaz de alterar a
função dos organismos, resultando em mudanças no funcionamento do corpo ou do comporta-
mento (BIAVATI, 2007). Por isso, vamos explicar algumas questões técnicas sobre os efeitos do ál-
cool no organismo e o que isto pode gerar de consequências para o trânsito.

Ao ser absorvido, o álcool, por ser uma droga, não é reconhecido pelo organismo humano como
algo normal, como a água. Por consequência, o corpo faz um esforço buscando “livrar-se” dessa
substância tóxica. Porém, até eliminar o álcool, muito é absorvido pelo organismo e afeta o com-
portamento do indivíduo.

O tempo e a taxa de alcoolemia dependem de vários fatores:

 a rapidez com que se ingere a bebida;


 as características da bebida que se toma;
 estar com estômago vazio ou ter se alimentado;
 a idade (mais de 65 anos são mais sensíveis aos efeitos do álcool);
 o sexo da pessoa;
 a massa corporal (peso) da pessoa;
 a hora do dia (ciclos de atividade biológica que variam durante o dia/noite);
 as circunstâncias pessoais (ansiedade, estresse, fadiga, outras enfermidades) (MINISTERIO DEL
INTERIOR, 2007).

71
CONDUÇÃO SEGURA

Dá para confiar no teste do bafômetro (etilômetro)?

Sim, dá. O ar que é expirado no bafômetro e que é utilizadopara detectar a presença


de álcool no organismo de um indivíduo é o ar que se encontra nos alvéolos dos pulmões.
Os alvéolos são irrigados pelo sangue que circula nas artérias dos pulmões. Se houver ál-
cool no sangue, haverá álcool no ar que se encontra nos alvéolos.

Muitas pessoas acham que apenas o fígado é atingido pelo álcool. Porém, um dos órgãos atingidos
é primordial para a condução de veículos: o cérebro. Por isso a tontura, a fala arrastada, o equilíbrio
prejudicado, a visão borrada, entre outros sintomas. Até que todo o álcool seja eliminado do orga-
nismo, todo o corpo está sob a sua influência. Ressalta-se que para o fígado metabolizar uma dose
padrão de bebida alcoólica (veja a figura a seguir sobre dose para diferentes tipos de bebidas) é
necessário em torno de uma hora, e não há nada que se possa fazer para acelerar esse processo.

DOSE PADRÃO DE ÁLCOOL CONFORME ESTIPULADO PELA ORGANIZAÇÃO


MUNDIAL DE SAÚDE (OMS)

DOSE PADRÃO (ÁL-


CERVEJA/CHOPP VINHO DESTILADOS
COOL PURO)

OMS 330ml 100ml 30ml 10-12g

Fonte imagem47

47
Disponível em: http://www.cisa.org.br/artigo/4405/padroes-consumo-alcool.php. Acesso em: 05 set. 2018.

72
Sabemos que o mais comum é que as pessoas que ingerem bebidas alcoólicas o fazem sem ficar
“contando nos dedos” quantas doses padrão estão ingerindo dentro de um determinado período.
Por exemplo, um jovem não irá para a festa ingerir uma dose, ou seja, uma lata de cerveja, e aguar-
dar em torno de 1h45min para então consumir nova dose. Neste caso, então ele irá beber mais do
que o fígado é capaz de metabolizar em uma hora, absorvendo o álcool mais rápido do que elimi-
nando. Desse modo, excedendo a capacidade do órgão, necessitará de mais tempo para a elimina-
ção. Observe a seguir os efeitos do álcool exemplificados nas ilustrações, demonstrando a diminui-
ção da capacidade de conduzir veículo automotor em homens e mulheres e a massa corporal (peso)
correspondente.

DIMINUIÇÃO DA CAPACIDADE DE CONDUZIR VEÍCULO AUTOMOTOR

73
CONDUÇÃO SEGURA

Fonte imagens48

PARA PENSAR!
Em geral, as pessoas têm muita curiosidade sobre a
medida possível de bebida para dirigir respeitando às leis de trânsito.

A resposta a essa pergunta é: NÃO HÁ MEDIDA SEGURA!

48
PERÍCIAS Médicas Administrativas e Judiciais. EXPERMED. Parecer: impactos da ingestão do álcool no corpo humano: análise casuística e conse-
quências na condução de veículo automotor. Porto Alegre: EXPERMED, [2015].

74
REFERÊNCIAS

ACESSA TRÂNSITO. Celular ao volante aumenta riscos de acidente em até 400%.


Disponível em: https://acessatransito.com.br/2018/10/29/celular-ao-volante-aumenta-
riscos-de-acidente-em-ate-
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