TMC I - CAPÍTULO 6 - Materiais Cerâmicos
TMC I - CAPÍTULO 6 - Materiais Cerâmicos
TMC I - CAPÍTULO 6 - Materiais Cerâmicos
6- Materiais Cerâmicos
Louça sanitária
6.2. Definição
➢ Cerâmica é a pedra artificial obtida pela
moldagem, secagem e cozedura de argilas ou
misturas contendo argilas
Argila é um material natural, terroso, de
baixa granulometria (com elevado teor de
partículas com diâmetro inferior a 2 μm),
que apresenta plasticidade quando
misturados com quantidades adequadas de
água.
- úmidas alta plasticidade
- secas torrões duros e resistentes
➢ As argilas são provenientes da decomposição de
rochas. São constituídas por argilominerais e
minerais acessórios.
➢ Os argilominerais são silicatos hidratados de
alumínio, ferro e magnésio com pequenas
quantidades de álcalis e alcalinos terrosos.
➢ Na composição das argilas os silicatos
hidratados encontram-se juntamente com a
sílica, alumina, ferro, magnésio, cálcio e
materiais orgânicos.
Formulação das massas cerâmicas
Telha
Extrusão de tijolo furado
Propriedades dos principais constituintes das argilas
Sais solúveis
(K2SO4, Na2SO4, NaCl, Na2CO3)
➢ Um dos critérios mais tradicionais para
classificação das cerâmicas é a cor da massa,
que pode ser branca ou vermelha
➢ Caulim – argila com muita caulinita. É a
forma mais pura da argila, mas pode estar
misturada com grãos de areia, óxido de ferro e
outros elementos. Conforme sua pureza é
usada para a produção de porcelana, louças,
refratários, etc.
- Cerâmica Branca
Materiais constituídos por um corpo branco, geralmente
recobertos por uma camada vítrea
✓ Louça sanitária
✓ Churrasqueiras e fornos
➢ Óxido de ferro – argila com altos teores de
compostos de ferro apresentam cor avermelhada
após a queima.
- Cerâmicas Vermelhas
Utilizadas na fabricação de tijolos, blocos, telhas,
tubos, dentre outros.
6.2.1. Propriedades Importantes das Argilas
- Plasticidade
Propriedade de se deformar quando submetido à uma
força e conservar a deformação quando esta é
retirada.
- Atração entre partículas coloidais
- Umidade “excessiva” elimina a plasticidade
- Retração
Ocorre devido à evaporação da água e formação de
vazios.
- Retração não uniforme provoca deformação
e fissuras
- Influência da Temperatura
* Estudadas na fase
da queima, durante a
produção da cerâmica
6.3. Produção
6.3.1. Fabricação de Componentes de Cerâmica
Vermelha
❖ Extração realizada
com o auxílio de
retroescavadeiras,
pás carregadeiras e o
transporte feito em
caminhão basculante
- Camada superficial descartada % de matéria orgânica
- Encontram-se diferenças acentuadas na mesma jazida
a) Preparação da massa
a.2) Sazonamento
• exposição da argila às intempéries f (alterações de suas
características, como a desagregação dos torrões e a lixiviação
de sais solúveis)
a.3) Mistura
• corrigir deficiências na argila
adequando ao produto fabricado
a) Preparação da massa
a.4) Homogeneização
• amassamento com auxílio de laminadoras f (reduzir
dimensões dos grãos e adequar o teor de água da mistura)
b) Conformação (ou Moldagem)
b.1) Extrusão
b) Conformação (ou Moldagem)
b.2) Prensagem
c) Secagem
c.1) Natural
c) Secagem
c.2) Artificial
d) Queima
O calor sobre as argilas gera alterações físico-químicas irreversíveis:
- Até cerca de 110º C, perde água de capilaridade e amassamento
- Entre 200º C à 300º C, ela perde água adsorvida, e argila vai se
enrijecendo.
A partir desta temperatura começam as alterações químicas:
- Entre 400 e 800º C, desidratação química, a água de constituição é
expulsa, resultando o endurecimento, e as matérias orgânicas são
queimadas,
- Entre 800 e 950º C, ocorre a oxidação, os carbonetos são calcinados
e se transformam em óxidos;
- A partir de 950º C, ocorre a vitrificação, aparecendo a cerâmica
propriamente dita.
d) Queima (Forno contínuo)
❖ Perda da água e
fusão de minerais
internos
e) Resfriamento e
expedição
6.3.2. Fabricação de Revestimentos Cerâmicos
6.3.3. Fabricação de Louças Sanitárias
- Etapas:
1- Preparação da massa: o material argiloso é disperso em
água (barbotina).
2- Conformação: a pasta fluida é vazada para um molde. São
dois os tipos de molde: gesso e resina acrílica.
3- Secagem: estufa (100oC por aproximadamente 8 hs) e
após as peças são inspecionadas.
4- Queima: forno contínuo e tempo de passagem de 15 hs.
Temperatura ambiente no início e final do forno e em torno de
1250°C no meio. A aplicação do esmalte pode ser manual (com
revólver de ar comprimido) ou por máquinas. A esmaltação é
feita individualmente em quase todos os produtos.
- Moldagem de Louças Sanitárias
- Secagem de Louças Sanitárias
- Inspeção de Louças Sanitárias
- Esmaltação de
Louças Sanitárias
- Queima de Louças Sanitárias
- Inspeção para Expedição de Louças Sanitárias
6.4. Produtos Cerâmicos para Construção
6.4.1. Blocos Cerâmicos
- Tipos:
✓ Tijolos maciços
✓ Blocos vazados
✓ Blocos estruturais
Normas:
✓ ABNT NBR 15270-1: 2017 Componentes cerâmicos – Blocos e tijolos para
alvenaria Parte 1: Requisitos
✓ ABNT NBR 15270-2:2017 Componentes cerâmicos – Blocos e tijolos para
alvenaria Parte 2: Métodos de ensaios.
Inspeção e Aceitação (NBR 15270:2017)
✓ Blocos
saturados
Apresentação dos Resultados
Especificações (NBR 15270:2017)
Especificações (NBR 15270:2017, continuação)
Especificações (NBR 15270:2017, continuação)
Especificações (NBR 15270:2017, continuação)
Especificações (NBR 15270:2017, continuação)
Especificações (NBR 15270:2017, continuação)
Especificações (NBR 15270:2017, conclusão)
6.4.2. Telhas Cerâmicas
Inspeção e Aceitação (NBR 15310:2009)
Determinação da retilineidade
Inspeção e Aceitação (NBR 15310:209)
Planaridade ≤ 5 mm
A massa da telha seca não deve superar em mais de 6%
Massa
o valor declarado no projeto do modelo da telha
Tolerância ± 2% em relação às dimensões de fabricação
dimensional especificadas na norma
Determinação da planaridade
Inspeção e Aceitação (NBR 15310:209)
Não deve apresentar vazamentos ou formação de gotas em
sua face inferior, sendo tolerado o aparecimento de manchas
Impermeabilidade de umidade.
A telha que atender ao item anterior será qualificada como
impermeável á água, caso contrário, como permeável á água.
Determinação da Resistência à Flexão
Carga de ruptura à flexão (por 3 pontos)
Cargas de ruptura à flexão mínimas para telhas
cerâmicas (NBR 15310:2009)
Carga de ruptura
Tipo de telha Exemplo
a flexão (N)
Plana de encaixe Telha francesa 1000
Composta de encaixe Telha romana 1300
Telha capa e canal
colonial
Simples de
Telha plana 1000
sobreposição
Telha paulista
Telha Piauí
Plana de
Telha alemã 1000
sobreposição
6.4.3. Tubos Cerâmicos
Resistência mínima de tubos cerâmicos, em ensaio
de compressão diametral, em função do diâmetro
nominal (NBR 5645:1991)
Diâmetro 75,100,
250 300 350 375 400 450 500 600
nominal (mm) 150 e 200
Resistência à
compressão 15000 16000 17000 19000 20000 22000 25000 28000 35000
diametral (N/m)
6.4.4. Revestimentos ou Placas Cerâmicas
• Norma ABNT NBR 13818:1997
Características Geométricas
➢ I até 3%
➢ II acima de 3%
até 10%
➢ III acima de 10%
6.4.5. Louças Sanitárias