Quarta Aula de Direito Civil II
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Direito Civil II
Obrigações Divisíveis
As obrigações divisíveis são aquelas que admitem o cumprimento fracionado ou
parcial da prestação.
ART 257 CC “havendo mais de um devedor ou mais de um credor em obrigação
divisível, esta presume-se dividida em tantas obrigações, iguais e distintas, quantos os
credores ou devedores”
Assim, se a obrigação é de dar 100 sacas de café e tiver quatro devedores, todos
terão que dar 25 sacas.
Obrigações Indivisíveis
As obrigações indivisíveis, por sua vez, só podem ser cumpridas por inteiro.
ART. 258 CC “A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma
coisa ou um fato não suscetível de divisão, por sua natureza, por motivo de ordem
econômica, ou dada a razão determinante do negócio jurídico”
A indivisibilidade poderá ser:
a) Natural ou material: quando decorre da própria natureza da prestação, ex:
entrega de um touro reprodutor;
b) Legal ou jurídica: quando decorre de norma legal ex: terreno de uma casa em
determinado bairro.
c) Convencional: quando decorre da vontade das partes, ex: contrato.
O Código Civil, em linhas gerais, delimita alguns traços marcantes das obrigações
solidárias a partir do artigo 264, denominando essas delimitações de “disposições
gerais”.
FONTE DA SOLIDARIEDADE
urbano, quando existir mais de um locador ou mais de um locatário (artigo 2º, da Lei
8.245/91).
Neste sentido, podemos afirmar que a palavra subsidiária se refere a alguma coisa
que se coloca em reforço de outra coisa. Como ensinam Pablo Stolze Gagliano e
Rodolfo Pamplona Filho (2009, p. 78), na responsabilidade subsidiária, um sujeito tem a
dívida originária e o outro a responsabilidade por essa dívida. Assim, não sendo
possível executar o efetivo devedor, quando ocorrer o inadimplemento da obrigação,
podem ser executados os demais sujeitos envolvidos na relação obrigacional.
culpa concorrente demanda a revisão de provas. Incidência da Súmula n.º 7/STJ. 6. A divergência entre julgados do
mesmo Tribunal não enseja recurso especial (Súmula n.º 13/STJ). 7. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO." (AgRg
no REsp 1561894/ES, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA, julgado em 01/03/2016,
DJe 11/03/2016)
Professora: Fernanda Santos Sampaio Santoro
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Assim, cada devedor é obrigado a pagar apenas parte da dívida, mas, em virtude da
solidariedade, pode ser constrangido a oferecer toda a prestação. Exemplo dessa
situação pode ser encontrada no artigo 7º, parágrafo único, do CDC e no artigo 8º do
CDC.
devedores não tem condição, quando acionado, de pagar inteiramente a dívida. Neste
caso, o credor poderá aceitar o fracionamento da dívida. No entanto, permanecerá a
solidariedade perante os demais.
Da análise do artigo 275 podemos concluir que, ainda que o legislador tenha
idealizado a unidade objetiva, possibilitou também a sua flexibilidade, já que aceitou a
distinção para o caso de pagamento parcial em relação aos vários sujeitos abarcados na
relação jurídica.
SOLIDARIEDADE INDIVISIBILIDADE
Cada devedor solidário pode ser compelido a O devedor só deve a sua quota-parte. Pode
pagar sozinho a dívida inteira, por ser devedor ser compelido ao pagamento da totalidade do
do todo objeto somente porque é impossível fracioná-
lo
Mesmo que a obrigação venha a se converter Perde a qualidade de indivisível a obrigação
em perdas e danos, continuará indivisível o que se resolver em perdas e danos.
seu objeto no sentido de que não se dividirá
entre todos os devedores ou todos os
credores, porque a solidariedade decorre da
lei ou da vontade das partes e independe da
divisibilidade ou indivisibilidade do objeto.
Caracteriza-se por sua feição subjetiva. Tem índole objetiva: resulta da natureza da
Advém da lei ou do contrato, mas recai sobre coisa, que constitui objeto da prestação.
Professora: Fernanda Santos Sampaio Santoro
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as próprias pessoas.
GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo curso de direito civil: obrigações. 11. ed. São Paulo:
Saraiva, 2010. v 2.
VENOSA, Silvio de Salvo. Direito civil: teoria geral das obrigações e teoria geral dos
contratos. 10 ed. São Paulo: Atlas, 2010. v. 2.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. 8. ed. São Paulo: Saraiva,
2010, v.