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Impacto da acidificação dos

oceanos nos recifes de coral


de águas-quentes

Nuno Rodrigues n º113076


Filipe Borges nº 113683
David Rodrigues n º113729
Recifes de Coral
● Corais são invertebrados marinhos do Filo Cnidaria e da Classe Anthozoa que possuem um esqueleto calcário interno
ou externo.
● Recifes de coral são grandes estruturas subaquáticas compostas por esqueletos de vários corais.
● A nível ecológico, são ecossistemas altamente dinâmicos que regularmente são expostos a perturbações naturais.
● Ao longo dos últimos 200 anos, as atividades antropogénicas aumentaram a frequência, a intensidade e a amplitude
destes distúrbios para com os corais.
● Como por exemplo, a poluição das águas oceânicas e a exploração excessiva de recursos naturais, como a pesca
ilegal.
Corais de água quente
● Os recifes de coral de águas quentes são ecossistemas proeminentes dentro de áreas costeiras dos oceanos
Pacífico, Índico e Atlântico, onde são tipicamente encontrados numa grande amplitude geográfica (30º S a 30º N)
de águas oceânicas quentes, iluminadas pelo sol, alcalinas, claras e relativamente deficientes em nutrientes
(Kleypas et al., 1999b).
● Recifes de coral de águas-quentes dependem principalmente das mudanças físicas e químicas que ocorrem a
superfície do oceano.

Fig. 1 – Localização de células e províncias de recifes de coral de águas quentes, de Hoegh-Guldberg et al. (2014)
Acidificação dos oceanos
● O aumento do dióxido de carbono atmosférico(CO2), vindo primariamente da combustão de combustíveis fósseis, reduz o pH
do oceano e faz variar a composição química do mesmo.
● “This rate of increase, driven by human fuel combustion and deforestation, is at least an order of magnitude faster than has
occurred for millions of years” (Doney & Schimel 2007)
● A concentração atual é superior que a experienciada pelo menos de há 800,000 anos.

Fig. 2 – Relação entre a concentração de CO2 oceânica e o nível de pH


do mesmo.
De que maneiras são os corais prejudicados pela acidificação?

● Medições de calcificação retiradas de núcleos de coral de 328 colônias do enorme coral denominado de Porites que cresce
na Grande Barreira de Corais na Austrália, por exemplo, revelaram que a calcificação desses corais diminuiu em 14,2%
desde 1990. Isso aparenta ser um caso único na Grande Barreira de Corais, pelo menos nos últimos 400 anos (De’ath et al.,
2009).
● Taxas elevadas de calcificação são suficientes para superar taxas significativas de bioerosão e erosão física causada por
ondas.
● Provas experimentais mostram que a redução de iões de carbonato com o aumento da acidificação dos oceanos é
biologicamente significativa, pois pode afetar a velocidade com que organismos marinhos, como os corais, constroem suas
estruturas calcárias (Kroeker et al., 2013).

Fig. 3 – Gráficos dos efeitos parciais que mostram a variação da calcificação (gramas por centímetro quadrado por ano),
extensão linear (centímetros por ano) e densidade (gramas por centímetro cúbico) em Porites da Grande Barreira de Corais
(GBR), Austrália, ao longo do tempo. De De’ath et al. (2009)
● À medida que o CO2 entra no oceano, vai reagindo
com a água o que aumenta a concentração de iões de
hidrogênio (diminuindo assim, o pH do oceano) e
reduzindo a concentração de iões de carbonato.
● O estado de saturação da aragonite (uma forma de
carbonato de cálcio) é essencialmente a relação entre
as concentrações de cálcio e iões de carbonato
(Doney et al., 2009).
● Há evidências substanciais de que a acumulação de
carbonato em recifes de coral de águas quentes
aproxima-se de zero ou torna-se negativa quando a
aragonite cai abaixo de 3,3 (Hoegh-Guldberg et al.,
2007; Chan and Connolly, 2013), um nível que
provavelmente será atingido nas águas superficiais
tropicais dentro das próximas décadas, com as atuais
taxas de emissão de gases de efeito estufa (Hoegh-
Guldberg et al., 2007; Ricke et al., 2013).

Fig. 4 – O estado de saturação de aragonite na superfície do oceano


simulado pelo Modelo do Sistema Terrestre da Universidade de Victoria,
com 280 ppm, representa os níveis pré-industriais, e com 394 ppm em
2012.
De que maneiras os corais prejudicados pela acidificação
afetam o ecossistema
● Uma meta-análise de 17 estudos independentes, realizada por Wilson et al (2006), revelou que as espécies de peixes
dependentes da cobertura de coral vivo para alimentação e abrigo (cerca de 62% das espécies de peixes de recife)
diminuíram em abundância dentro de 3 anos após eventos de perturbação.
● A perda de calcificadores, como corais e algas calcárias, devido ao aquecimento e outros fatores de stress, contribui para
uma taxa reduzida de calcificação da comunidade, que é exacerbada pelo aumento da dissolução e bioerosão à medida que
a coluna de água se torna mais acidificada.

Figura 5- Relação entre a queda de corais e a riqueza de espécies de


junções de peixes nos recifes de coral, Wilson et al. (2006)
Community change and evidence for variable warm-water temperature
adaptation of corals in Northern Male Atoll, Maldives

● De acordo com o estudo, o impacto da acidificação dos oceanos nos recifes de coral de águas-quentes pode ser
observado através de uma série de efeitos, incluindo a redução da capacidade de recuperação dos recifes de coral,
mudanças na composição taxonómica e na densidade de recrutamento de corais, bem como respostas atípicas ao
branqueamento.

● Além disso, a acidificação dos oceanos pode influenciar a resistência de certas espécies de corais ao estresse
térmico, resultando em respostas variáveis e potencial reorganização ecológica da comunidade de corais. Esses
impactos podem ter consequências significativas para a dinâmica e resiliência dos recifes de coral em ambientes de
águas-quentes.
Notícia

● O que acontece aos corais em água quente?


● El Niño — ventos mais fracos, águas mais quentes.
● Recifes artificiais, híbridos e sistemas de som subaquáticos.
● A inovação não é suficiente para salvar os recifes.
Fim
Referências
Wilson, S. K., Graham, N. A. J., Pratchett, M. S., Jones, G. P., and Polunin, N. V. C. (2006). Multiple disturbances and the global degradation of
coral reefs: are reef fishes at risk or resilient? Glob. Change Biol. 12, 2220–2234. doi: 10.1111/j.1365-2486.2006.01252.x

Hoegh-Guldberg O, Poloczanska ES, Skirving W and Dove S (2017) Coral Reef Ecosystems under Climate Change and Ocean Acidification. Front.
Mar. Sci. 4:158. doi: 10.3389/fmars.2017.00158

De’ath G,Lough MJ,Fabricius EK (2009) Declining Coral Calcification on the Great Barrier Reef

https://www.newworldencyclopedia.org/entry/Coral

https://www.livescience.com/40276-coral-reefs.html

https://www.nationalgeographic.pt/meio-ambiente/corais-como-aumento-temperaturas-mar-esta-afecta-los_4012

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