EAG Recifes de Coral - Backup
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Fig. 1 – Localização de células e províncias de recifes de coral de águas quentes, de Hoegh-Guldberg et al. (2014)
Acidificação dos oceanos
● O aumento do dióxido de carbono atmosférico(CO2), vindo primariamente da combustão de combustíveis fósseis, reduz o pH
do oceano e faz variar a composição química do mesmo.
● “This rate of increase, driven by human fuel combustion and deforestation, is at least an order of magnitude faster than has
occurred for millions of years” (Doney & Schimel 2007)
● A concentração atual é superior que a experienciada pelo menos de há 800,000 anos.
● Medições de calcificação retiradas de núcleos de coral de 328 colônias do enorme coral denominado de Porites que cresce
na Grande Barreira de Corais na Austrália, por exemplo, revelaram que a calcificação desses corais diminuiu em 14,2%
desde 1990. Isso aparenta ser um caso único na Grande Barreira de Corais, pelo menos nos últimos 400 anos (De’ath et al.,
2009).
● Taxas elevadas de calcificação são suficientes para superar taxas significativas de bioerosão e erosão física causada por
ondas.
● Provas experimentais mostram que a redução de iões de carbonato com o aumento da acidificação dos oceanos é
biologicamente significativa, pois pode afetar a velocidade com que organismos marinhos, como os corais, constroem suas
estruturas calcárias (Kroeker et al., 2013).
Fig. 3 – Gráficos dos efeitos parciais que mostram a variação da calcificação (gramas por centímetro quadrado por ano),
extensão linear (centímetros por ano) e densidade (gramas por centímetro cúbico) em Porites da Grande Barreira de Corais
(GBR), Austrália, ao longo do tempo. De De’ath et al. (2009)
● À medida que o CO2 entra no oceano, vai reagindo
com a água o que aumenta a concentração de iões de
hidrogênio (diminuindo assim, o pH do oceano) e
reduzindo a concentração de iões de carbonato.
● O estado de saturação da aragonite (uma forma de
carbonato de cálcio) é essencialmente a relação entre
as concentrações de cálcio e iões de carbonato
(Doney et al., 2009).
● Há evidências substanciais de que a acumulação de
carbonato em recifes de coral de águas quentes
aproxima-se de zero ou torna-se negativa quando a
aragonite cai abaixo de 3,3 (Hoegh-Guldberg et al.,
2007; Chan and Connolly, 2013), um nível que
provavelmente será atingido nas águas superficiais
tropicais dentro das próximas décadas, com as atuais
taxas de emissão de gases de efeito estufa (Hoegh-
Guldberg et al., 2007; Ricke et al., 2013).
● De acordo com o estudo, o impacto da acidificação dos oceanos nos recifes de coral de águas-quentes pode ser
observado através de uma série de efeitos, incluindo a redução da capacidade de recuperação dos recifes de coral,
mudanças na composição taxonómica e na densidade de recrutamento de corais, bem como respostas atípicas ao
branqueamento.
● Além disso, a acidificação dos oceanos pode influenciar a resistência de certas espécies de corais ao estresse
térmico, resultando em respostas variáveis e potencial reorganização ecológica da comunidade de corais. Esses
impactos podem ter consequências significativas para a dinâmica e resiliência dos recifes de coral em ambientes de
águas-quentes.
Notícia
Hoegh-Guldberg O, Poloczanska ES, Skirving W and Dove S (2017) Coral Reef Ecosystems under Climate Change and Ocean Acidification. Front.
Mar. Sci. 4:158. doi: 10.3389/fmars.2017.00158
De’ath G,Lough MJ,Fabricius EK (2009) Declining Coral Calcification on the Great Barrier Reef
https://www.newworldencyclopedia.org/entry/Coral
https://www.livescience.com/40276-coral-reefs.html
https://www.nationalgeographic.pt/meio-ambiente/corais-como-aumento-temperaturas-mar-esta-afecta-los_4012