Diretrizes Metodologicas PTC 4
Diretrizes Metodologicas PTC 4
Diretrizes Metodologicas PTC 4
DIRETRIZES METODOLÓGICAS
Elaboração de Pareceres Técnico-Científico
4ª edição
Brasília – DF
2014
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos
Departamento de Ciência e Tecnologia
DIRETRIZES METODOLÓGICAS
Elaboração de Pareceres Técnico-Científico
4ª edição
Brasília – DF
2014
2014 Ministério da Saúde.
Esta obra é disponibilizada nos termos da Licença Creative Commons – Atribuição – Não
Comercial – Compartilhamento pela mesma licença 4.0 Internacional. É permitida a repro-
dução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.
A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério
da Saúde: <www.saude.gov.br/bvs>.
Este trabalho foi desenvolvido no âmbito do termo de cooperação nº 47 entre o Departamento de Ciência e Tecnologia e a
Organização Panamericana da Saúde
Ficha Catalográfica
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Ciência e
Tecnologia.
Diretrizes metodológicas : elaboração de pareceres técnico-científicos / Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência,
Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Ciência e Tecnologia. – 4. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2014.
80 p. : il.
ISBN 978-85-334-2185-1
CDU 614:001.8
Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora MS – OS 2014/0591
1 Introdução 15
9 Considerações finais 59
Referências 61
Glossário 65
Anexos 67
Anexo A – Exemplo de tabela descrevendo a estratégia de busca 67
Anexo B – Fichas de avaliação crítica 67
Anexo C – Histórico de desenvolvimento da diretriz de 2006 até 2014 75
DIRETRIZES METODOLÓGICAS: Diretriz de Elaboração de Pareceres Técnico-Científico
Apresentação
O Parecer Técnico-Científico (PTC) é uma ferramenta de resposta rápida que dá
suporte à gestão e à tomada de decisão em saúde, baseada em evidências científicas. 13
Sua execução e conteúdo devem ser simplificados e de linguagem acessível. Além de
subsidiar a tomada de decisão, os resultados de um PTC podem sugerir a realização de
novos estudos quando a evidência é insuficiente.
Tal lei inclui a análise baseada em evidências como fundamental à tomada de decisão,
levando em consideração aspectos como eficácia, acurácia, efetividade e segurança da
tecnologia, além da avaliação econômica comparativa dos benefícios e dos custos em
relação às tecnologias já existentes. Visando atingir esse objetivo, o regimento interno
da Conitec (Portaria nº 2.009, de 13 de setembro de 2012) orienta que a “apresentação
de evidências científicas relativas à (...) tecnologia proposta (...) deve se dar por meio
de Revisão Sistemática ou Parecer Técnico-Científico (PTC), desenvolvido de acordo
com a edição atualizada da Diretriz Metodológica de Elaboração de PTC do Ministério
da Saúde”. Isso reforçou a importância da elaboração de pareceres técnico-científicos
sobre as tecnologias para as quais exista demanda no sistema de saúde.
Ministério da Saúde
A ATS é o processo contínuo de análise e síntese dos benefícios para a saúde, das
consequências econômicas e sociais do emprego das tecnologias, considerando os
seguintes aspectos: segurança, acurácia, eficácia, efetividade, custos, custo-efetividade
e aspectos de equidade, impactos éticos, culturais e ambientais envolvidos na sua
utilização (BRASIL, 2009).
Entretanto, o uso do PTC não se limita às novas tecnologias, que são aquelas
ainda não incorporadas ao SUS, mesmo disponíveis para uso no país. Ao contrário,
pode e deve ser utilizado para a análise das tecnologias em saúde em qualquer fase,
pois configura elemento útil para a avaliação de tecnologias estabelecidas e às que
se propõem adaptações ou novos usos, em fase de potencial obsolescência, pela
incorporação de outras mais seguras, efetivas ou custo-efetivas.
O conteúdo do PTC deve ser breve, redigido em média em 20 páginas, acrescido dos
anexos. Deve considerar alguns pontos fundamentais: a pergunta a ser respondida
pelo parecer; a descrição dos aspectos epidemiológicos da condição de saúde à qual a
tecnologia será destinada; a descrição do tratamento recomendado e da tecnologia a
ser avaliada; a descrição mínima do método; as evidências disponíveis; os resultados
encontrados e as recomendações.
Os autores devem lembrar-se de que o PTC será produzido para os gestores, assim,
é preciso observar as seguintes regras:
• A linguagem deve facilitar a plena compreensão e utilização dos resultados na
prática de atuação.
18 • A terminologia utilizada deve ser compreensível ao público não especializado.
• As abreviaturas devem ser evitadas, exceto as amplamente conhecidas (por
exemplo, AIDS, HIV). Se essenciais, as abreviaturas devem ser explicitadas por
extenso em seu primeiro uso.
• Sempre que possível, as intervenções devem ser nomeadas quanto a sua
denominação adotada por órgãos oficiais (Anvisa, MS; ex.: Denominação
Comum Brasileira para medicamentos).
• Os autores e revisores de PTC devem declarar potenciais conflitos de interesses,
conforme item 3.3.
O PTC deve conter todos os elementos que possibilitem ao leitor avaliar a validade
da análise, incluindo informações que permitam esclarecer ou reduzir incertezas.
Portanto, devem compreender o método adotado, averiguar as fontes de informação e
a qualidade da evidência selecionada, atestar a validade interna, verificar a relevância
das informações e contextualizar as recomendações em termos de implicações para
a prática clínica, para os serviços e para a pesquisa. Os tópicos futuros de pesquisa
devem ser apontados, em função dos resultados obtidos na análise, fundamentando
as prioridades a serem investigadas em virtude de lacunas do conhecimento.
Os PTC devem ser redigidos em times new roman tamanho 12 ou arial tamanho 11.
O texto deve ser justificado e com espaçamento 1,5. O documento deve ser impresso
em folha de tamanho A4.
Capa
Folha de rosto
Contracapa
Ficha catalográfica
Declaração de potenciais conflitos de interesse
Resumo executivo
Sumário
Contexto: objetivo e motivação do PTC
Introdução: descrição da pergunta e seus detalhamentos, incluindo aspectos regulatórios
Informações econômicas
Bases de dados consultadas com estratégias de busca
Continua
Ministério da Saúde
Conclusão
Seleção de estudos
Caracterização dos estudos selecionados
Avaliação crítica dos estudos selecionados
20 Síntese dos resultados
Qualidade da evidência
Recomendação
Considerações finais
Referências
Anexos
Título/pergunta
População-alvo
Tecnologia
Comparador
Local de utilização da tecnologia
Processo de busca e análise de evidências científicas
Resumo dos resultados dos estudos selecionados
Qualidade da evidência
Desfecho __________________________ ( ) Alta ( ) Moderada ( ) Baixa ( ) Muito baixa
Desfecho __________________________ ( ) Alta ( ) Moderada ( ) Baixa ( ) Muito baixa
Desfecho __________________________ ( ) Alta ( ) Moderada ( ) Baixa ( ) Muito baixa
Desfecho __________________________ ( ) Alta ( ) Moderada ( ) Baixa ( ) Muito baixa
Potenciais conflitos de interesses podem ser suspeitados pela relação entre local de
trabalho, o tema e a conclusão do estudo. Inferências similares são feitas pelo nome
da instituição que financia o parecer ou de pessoas que constem nos agradecimentos.
Considerando o assunto em epígrafe, sua posição e os seus últimos cinco anos, responda as questões:
Sim Não
1. Você já aceitou de uma instituição, que pode se beneficiar ou se prejudicar financeiramente, algum
dos benefícios abaixo?
a) Reembolso por comparecimento a eventos na área de sua pesquisa
b) Honorários por apresentação, consultoria, palestra ou atividades de ensino
c) Financiamento para redação de artigos ou editorias
d) Suporte para realização ou desenvolvimento de pesquisa na área
e) Recursos ou apoio financeiro para membro da equipe
f) Algum outro benefício financeiro
2. Você possui apólices ou ações de alguma empresa que possa de alguma forma ser
beneficiada ou prejudicada?
3. Você possui algum direito de propriedade intelectual (patentes, registros de marca,
royalties)?
4. Você já atuou como perito judicial?
5. Você participa, direta ou indiretamente, de algum grupo citado abaixo cujos interesses possam ser
afetados pela sua atividade?
a) Instituição privada com ou sem fins lucrativos
b) Organização governamental ou não-governamental
c) Produtor, distribuidor ou detentor de registro
Continua
Ministério da Saúde
Conclusão
d) Partido político
e) Comitê, sociedade ou grupo de trabalho
22 f) Outro grupo de interesse
6. Você poderia ter algum tipo de benefício clínico?
7. Você possui uma ligação ou rivalidade acadêmica com alguém cujos interesses possam
ser afetados?
8. Você possui profunda convicção pessoal ou religiosa que pode comprometer o que você
irá escrever e que deveria ser do conhecimento público?
9. Existe algum aspecto do seu histórico profissional, que não esteja relacionado acima,
que possa afetar sua objetividade ou imparcialidade?
10. Sua família ou pessoas que mantenha relações próximas possui alguns dos conflitos
listados acima?
3.4 Contexto
A finalidade do PTC deve estar bem definida. O objetivo do PTC é responder a uma pergunta
estruturada, explícita e específica através da síntese da melhor evidência científica disponível
em relação à eficácia, efetividade e segurança de determinada (s) tecnologia (s) em saúde.
P - população: cita qual população de interesse para o estudo e sua situação clínica.
I - intervenção: menciona a tecnologia avaliada no PTC.
C - controle: refere-se ao comparador ou controle definido, podendo ser o padrão ouro
ou placebo, por exemplo.
DIRETRIZES METODOLÓGICAS: Diretriz de Elaboração de Pareceres Técnico-Científico
EXEMPLO: Para pacientes com infarto agudo do miocárdio com supra do segmento ST o
uso de trombolíticos comparado à angioplastia com stent diminui a taxa de mortalidade?
3.5.2 Intervenção
Medicamentos Endereço
<http://portal.anvisa.gov.br/wps/portal/
26 Bula de medicamentos autorizados pela Anvisa anvisa/home/medicamentos>
MICROMEDEX® Healthcare Series <http://www.periodicos.capes.gov.br>
Produtos para saúde
Anvisa – rotulagem e instruções de uso de produtos <http://portal.anvisa.gov.br/wps/portal/
para saúde anvisa/home/medicamentos>
SomaSUS – sistema de apoio à elaboração de projetos <http://portal.saude.gov.br/portal/saude/
de investimento em saúde profissional/area.cfm?id_area=1258>
ECRI – Emergency Care Research Institute (acesso <http://www.ecri.org.br>
restrito mediante assinatura)
Fonte: elaboração própria.
3.5.3 Comparador
Se a pergunta a ser respondida pelo PTC diz respeito a uma nova indicação da
tecnologia, para a qual não possui registro, isto deve ser claramente especificado.
Para obter essa informação, no caso de medicamentos, deve-se consultar a bula
autorizada pela Anvisa. Nesses casos, sugere-se consulta ao manual “Monitoramento
do horizonte tecnológico em saúde no âmbito da Rebrats” (disponível em <www.
saude.gov.br/rebrats>).
DIRETRIZES METODOLÓGICAS: Diretriz de Elaboração de Pareceres Técnico-Científico
www.saude.gov.br
3.5.5 Desfecho
Embora exista uma forte preferência para que a tomada de decisão esteja
baseada em revisões sistemáticas ou ECR, deve-se reconhecer que diversas
tecnologias ou intervenções (por exemplo, procedimentos cirúrgicos ou programas
de saúde) raramente são investigadas por este tipo de estudo, comum para os
medicamentos. Também é comum inexistir estudos clínicos de alta qualidade já
disponíveis nas fases iniciais do ciclo de vida das tecnologias. Assim, outros tipos
de estudos podem ser ponderados se forem única opção e de maior qualidade
disponível para a intervenção em questão, dependendo da pergunta que motivou
o PTC. Se aspectos de segurança precisam ser investigados, sugere-se adoção de
dados de prática clínica, informações sobre segurança de pacientes e estudos
observacionais e ensaios clínicos fase iv.
Devem ser citados os preços por unidade de compra da tecnologia analisada e das
alternativas sob comparação. Para as tecnologias em uso pelo sistema de saúde,
deve-se estimar este valor pela média ponderada de preços do último ano, por
DIRETRIZES METODOLÓGICAS: Diretriz de Elaboração de Pareceres Técnico-Científico
Medicamentos Endereço
Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos <http://www.anvisa.gov.br/>
(CMED/Anvisa)
Banco de Preços em Saúde (BPS) do Ministério da Saúde <http://www.saude.gov.br/banco>
Procedimentos
Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos <http://www.amb.org.br>
Médicos, da Associação Médica Brasileira
Produtos para saúde
BIONEXO (Acesso restrito) <http://www.bionexo.com/pt/faq.htm>
<http://www.comprasgovernamentais.gov.
COMPRASNET br/>
Ferramenta de consulta de preços de produtos para <http://www.anvisa.gov.br>
saúde – Anvisa
Austrália – Therapeutic Goods Administration: <http://www.tga.gov.au/>
Japão – Pharmaceuticals and Medical Devices Agency: <http://www.pmda.go.jp/english>
Fonte: elaboração própria.
Ministério da Saúde
<www.guideline.gov>
<www.uptodate.com> (acesso restrito)
<http://brasil.bestpractice.bmj.com/best-
2ª Busca por diretrizes clínicas e recomendações practice/welcome.html> (acesso restrito)
<https://dynamed.ebscohost.com/> (acesso
restrito)
<www.thecochranelibrary.com> (acesso
Busca por revisões sistemáticas, relatórios de restrito)
agências de avaliação de tecnologias em saúde,
3ª <http://cochrane.bvsalud.org>
estudos de avaliação econômica baseadas em <www.inahta.org>
revisões sistemáticas na literatura <www.crd.york.ac.uk/CRDWeb/>
<www.tripdatabase.com>
4ª Busca por sinopses baseadas em evidências <www.evidence.nhs.uk>
<www.pubmed.gov>
<www.embase.com> (acesso restrito)
<www.scopus.com> (via Portal Periódicos
5ª Busca por estudos primários Capes)
<http://lilacs.bvsalud.org/>
<www.scielo.br>
Publicações adicionais
Publicações identificadas através da identificadas por meio de
pesquisa nas bases de dados (n = ) outras fontes (n = )
Estudos incluídos
(n = )
Assim, nesta diretriz foram inseridos questionários para cada tipo de estudo,
permitindo ao parecerista avaliar sistematicamente a “força” da evidência,
principalmente na identificação de potenciais vieses e seus impactos na conclusão do
estudo. As fichas de avaliação crítica encontram-se no final deste documento.
A avaliação crítica dos estudos considerados no PTC deve ser apresentada em forma
de tabela, contendo uma breve descrição do texto do parecer. Conforme detalhado no
tópico “qualidade da evidência” sugere-se ponderação de outros aspectos que podem
aumentar ou diminuir a qualidade da evidência sobre o efeito de uma intervenção para
um desfecho, como a presença de heterogeneidade, evidência indireta, imprecisão,
viés de publicação, magnitude do efeito, efeito implausível de confundimento e
gradiente dose-resposta (GUYATT et al., 2008c).
Qualidade da evidência diz respeito ao grau de confiança que se pode ter em uma
determinada estimativa de efeito. Ou seja, se uma evidência é de alta qualidade é
improvável que novas pesquisas produzam mudanças substanciais na estimativa
de efeito. Por outro lado, se uma evidência é muito baixa, futuros estudos com
delineamentos mais apropriados poderão confirmar ou refutar os efeitos observados.
Considere evidência de
qualidade moderada, Sim Considere evidência de baixa qualidade
baixa ou muito baixa
3.14 Recomendação
Outra indicação possível da recomendação dos autores se for o caso, diz respeito
à elaboração de estudos de custo-efetividade, custo-utilidade ou de impacto
orçamentário. No caso de equipamentos, se for identificada a necessidade de
análise mais completa de aspectos não abordados, pode-se recomendar a realização
38 de estudos complementares adequados. Em ambos os casos, a Rede Brasileira de
Avaliação de Tecnologias em Saúde possui diretrizes específicas.
3.16 Referências
Quadro 7 – Normalização
Normalização
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – <http://www.abnt.org.br/>
Norma CB26 (Acesso Restrito)
Normas de Vancouver <http://www.icmje.org/>
Fonte: elaboração própria.
3.17 Anexos
* Preenchimento Obrigatório
Passo 1 de 5
Entendem-se como tecnologias em saúde: medicamentos, equipamentos e procedimentos técnicos,
sistemas organizacionais, educacionais, de informação e de suporte e os programas e protocolos
assistenciais, por meio dos quais a atenção e os cuidados com a saúde são prestados à população.
A descrição da tecnologia deve ser cuidadosa e completa. A população a ser atendida refere-se às
indicações da tecnologia.
* Tecnologia em saúde que deve ser avaliada:
Exemplo 1: antipisicóticos atípicos (aripiprazol, clozapina,
olanzapina, quetiapina, risperidona e ziprasidona).
Exemplo 2: associação de medicamentos antiretrovirais a
antiparasitários.
* População atendida:
Exemplo 1: portadores de esquizofrenia refratária.
Exemplo 2: pessoas com a co-infecção HIV e T. cruzi.
Ministério da Saúde
Passo 2 de 5
Serão considerados os seguintes critérios de priorização:
1. Relevância epidemiológica: estimar a magnitude do problema ou a carga de doença, por meio da
utilização de métodos já padronizados. Analisar os fatores de risco responsáveis pela persistência das
doenças, agravos ou problemas.
40 2. Relevância para os serviços/políticas – probabilidade de redução de custos e aumento do acesso:
refere-se às possíveis alterações, de aumento ou redução, nos custos de procedimentos/intervenções
geradas e aumento de acesso aos serviços.
3. Fase do conhecimento – suficiente disponibilidade de evidência científica: refere-se à análise da
disponibilidade de estudos de qualidade na área e da necessidade de realização de novos estudos.
4. Viabilidade operacional: calcular e identificar a quantidade de recursos (financeiros, humanos
e infraestrutura) atualmente disponíveis para um grupo de doenças e agravos, para uma doença
específica, ou para fatores de risco.
5. Demanda social/judicial – Exigência de ações do Estado: refere-se à análise da existência de
pressão política (associações de portadores de doenças, pesquisadores, Ministério Público, Judiciário,
organismos internacionais, países do Mercosul, etc.) e ações judiciais para que dada tecnologia seja
avaliada ou rapidamente incorporada. Relaciona-se também à análise da necessidade de tomada de
decisão reguladora, de incorporação ou de abandono da tecnologia, bem como sua consonância com a
Agenda Nacional de Prioridades de Pesquisa em Saúde.
* Importância da pesquisa ou necessidade de evidência para o SUS:
Exemplo 1: a esquizofrenia afeta 2 a 4 pessoas/1000 em todo o mundo. Dessas,
cerca de 30% ficam refratárias ao tratamento. Em 2007, foram gastos R$134
milhões com olanzap ina para o atendimento de aproximadamente 20 mil
pacientes. Novos medicamentos, como o aripiprazol, são alvos frequentes de
ação judicial.
Exemplo 2: no Brasil, a doença de Chagas é endêmica e a prevalência da infecção
por HIV é crescente. É provável que a coinfecção por Trypanosoma cruzi e HIV
torne-se mais frequente.
* Evidências disponíveis sobre tema:
Exemplo 1: em contexto internacional, existem vários estudos que avaliaram
a relação de custo-efetividade entre os antipsicóticos atípicos. Entretanto,
não foram identificadas evidências na perspectiva do SUS sobre o uso dessas
tecnologias.
Exemplo 2: não existem diretrizes baseadas em evidências sobre o manejo
diagnóstico e terapêutico da coinfecção HIV e T. cruzi.
Passo 3 de 5
Os dados aqui solicitados (nome, e-mail, telefone, estado, formação profissional e instituição)
serão armazenados em uma base de dados. A sugestão de pesquisa e as formas de contato serão
compartilhadas apenas no Departamento de Ciência e Tecnologia. Em outras instâncias, será preservada
a confidencialidade.
* Nome:
* E-mail:
* Telefone (com DDD):
* Estado:
* Formação Profissional:
* Instituição:
DIRETRIZES METODOLÓGICAS: Diretriz de Elaboração de Pareceres Técnico-Científico
Passo 4 de 5
Selecione o setor de sua principal atividade profissional e a natureza da instituição onde a exerce.
* Setor de atividade profissional: * Natureza da Instituição:
Administração direta do Ministério da Saúde Autarquia
Agência Reguladora Filantrópica 41
Secretaria Estadual ou Municipal de Saúde Fundação
Universidade, hospital de ensino ou centro de Organização Não Governamental
pesquisa Empresa Privada
Prestador de serviço de saúde Empresa Pública
Ministério Público Cooperativa
Poder judiciário ou legislativo Administração Pública
Entidade de controle social Outros
Órgão executivo (fora do Ministério da Saúde)
Sociedade Científica
Operadoras de planos de saúde
Associação, conselho ou sociedade profissional
Câmara setorial ou entidade
Passo 5 de 5
Se possível, detalhe algumas informações que poderão fornecer subsídio para o processo de priorização.
Informações adicionais:
Sugerem-se as seguintes informações, quando disponíveis: motivação para o
estudo, tipo de tecnologia, contraindicações, riscos ou efeitos adversos, registro
na Anvisa, gravidade e frequência da condição de saúde; comparação com as
tecnologias alternativas existentes, outras tecnologias necessárias, custo unitário
ou agregado frente à demanda de utilização. Tipos de estudos necessários
(parecer técnico-científico, pesquisa clínica, revisão sistemática, avaliação
econômica, diretriz clínica, etc.).
5 FLUXO DE ELABORAÇÃO, REVISÃO E ATUALIZAÇÃO DO PARECER
TÉCNICO-CIENTÍFICO
Assim que a elaboração do PTC for finalizada é importante submeter o texto à revisão
43
por pares. O indicado nesta diretriz é que seja feita uma revisão por um especialista e
uma revisão gestora. Os critérios das revisões também estão descritos abaixo.
A todo momento surgem novas tecnologias e novos estudos são publicados. Com
isso, as recomendações baseadas em evidências podem mudar, tanto positiva quanto
negativamente, com relação a uma dada tecnologia. Por isso, é de extrema importância
que os PTC sejam revisados e atualizados periodicamente.
Elaboração do PTC
Revisão gestora
» Revisão gestora
• Analisa a clareza das medidas de resultado;
• Confere informações sobre preços (quando aplicável);
• Confere informações sobre conflitos de interesse;
• Verifica a clareza e coerência entre os resultados e recomendações.
6 DEMAIS FONTES DE INFORMAÇÃO SOBRE TECNOLOGIAS EM SAÚDE
Quadro 8 – Agências selecionadas para busca de estudos em avaliação de tecnologias
em saúde 45
Agências Endereço
Agencias y Unidades de Evaluación de Tecnologías <http://aunets.isciii.es/web/guest/home>
Sanitarias – AUnETS (Espanha)
Canadian Agency for Drugs and Technologies in Health – <http://www.cadth.ca/>
CADTH (Canadá)
National Institute for Clinical Excellence and Health – <http://www.nice.org.uk/>
NICE (Reino Unido)
Health Technology Assessment Programme – NIHR <http://www.hta.ac.uk/>
(Reino Unido)
Fonte: elaboração própria.
Continuação
Base Endereço Acesso/Observações
ACP Journal Club <http://www.acpjc.org> Restrito.
<http://cochrane.bvsalud.org/ Livre via BVS
Cochrane Library cochrane/> 47
<www.thecochranelibrary.com> Restrito.
<http://www.uptodate.com/home/
Uptodate Restrito via assinatura
index.html>
Acesso via Portal Saúde Baseada em
Dynamed <http://periodicos.saude.gov.br> Evidências.
Mycromedex Health Acesso via Portal Saúde Baseada em
<http://periodicos.saude.gov.br>
Care Series Evidências.
Trip database <http://www.tripdatabase.com/> Livre
Centre for Reviews
and Dissemination <http://www.york.ac.uk/inst/crd/> Livre
(CRD)
Clinical Trials <http://clinicaltrials.gov/> Livre
Restrito. Contém registros de tecnologias
de saúde em suas diversas fases e traz
<http://www.imshealth.com/ informações sobre mercado mundial,
IMS Health portal/site/ims> por região do mundo e país, por fases
de estudos clínicos, artigos e patentes
relacionadas.
Restrito. Mercado e Pipe Line. Base
voltada à análise do pipeline de
desenvolvimento de fármacos (P&D).
<http://www.periodicos.capes.
Integrity Integra informações sobre estudos
gov.br> clínicos, farmacocinética, síntese orgânica,
vias e alvos, biomarcadores, modelos
experimentais, artigos, patentes, etc.
Informações em patentes. Combinação de
Derwent World Patents Index, a Patents
Citation Index e o Chemistry Resource
(banco de dados da estrutura química que
Derwent <http://www.periodicos.capes. pode ser usado para localizar patentes
Innovations Index gov.br> contendo informações químicas). Muito
útil para tecnologias em fases precoces
de desenvolvimento. Pode ser acessada
através do portal da Capes.
ECRI (Emergency <https://www.ecri.org/Pages/ Livre. Para estudos de equipamentos
Care Research default.aspx> biomédicos
Institute)
Rebrats <http://www.saude.gov.br/rebrats> Livre
<http://www.evidence.nhs.uk/
NHS Evidence Livre
default.aspx>
INAHTA <http://www.inahta.org/> Livre
HTAi <http://www.htai.org/> Livre
Busca otimizada nos Desenvolvida no laboratório do
sites dos membros Google: <http://by.ly/ats> ou Livre
da INAHTA# <http://ats.by.ly>
SCIRUS <http://www.scirus.com/> Livre
Continua
Ministério da Saúde
Conclusão
Base Endereço Acesso/Observações
CENETEC Para
estudos de <http://www.cenetec.salud.gob.
48 equipamentos mx/interior/equipo_medico.html>
Livre
biomédicos
AAMI
Para estudos de <http://www.aami.org/> Restrito
equipamentos
biomédicos
BBO <http://odontologia.bvs.br/> Livre
ADOLEC – Base
de dados de <http://www.adolec.br/> Livre
adolescentes e
jovens
BDENF <http://enfermagem.bvs.br> Livre
Fonte: elaboração própria.
7 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE PARECERES TÉCNICO-CIENTÍFICOS
Elaborou-se um formulário para avaliar se o PTC atendeu a critérios de qualidade
em sua elaboração. O objetivo não é atribuir pontuação aos PTC, pois podem ser úteis 49
mesmo sem completarem todos os critérios abordados. Ao preencher o formulário,
solicita-se que os comentários sejam registrados nos itens que foram solicitados.
Conclusão
Como?
Os métodos de avaliação da qualidade das evidências foram
10. 2 descritos?*
50
Os resultados do PTC foram claramente apresentados? (ex.
10.3 tabela de resultados etc.)*
O autor do PTC utilizou medidas de resultado apropriadas de
acordo com a tecnologia avaliada (RR, RRR, NNT, OR, etc.),
10.4 além de medidas de significância e precisão (valor de P e
Intervalo de Confiança)?*
*Caso responda parcialmente ou não, registrar comentários:
Outros aspectos Sim Parcialmente Não
11 Os resultados dos estudos incluídos foram discutidos?*
As conclusões/recomendações do PTC foram claramente
12 descritas?*
As recomendações do autor apresentam relevância clínica
13 e política, de acordo com as dimensões da prática clínica,
pesquisa e tomada de decisão?*
14 Há recomendações para ações futuras?*
*Caso responda parcialmente ou não, registrar comentários:
Os resultados e recomendações são aplicáveis a que
15 contextos?
Fonte: Adaptado do checklist da INAHTA.
Por isso, informações detalhadas sobre a estratégia de busca por evidências utilizada
devem estar contidas no PTC, especificando as bases de dados utilizadas, a descrição do
algoritmo empregado, incluindo os descritores, as palavras-chave, suas combinações
e utilização de termos MeSH na pesquisa eletrônica, o período de tempo considerado
e qualquer restrição sobre o idioma dos artigos. A cada fase da busca por evidência,
devem-se mencionar quantos estudos foram obtidos e quantos foram selecionados.
Os resultados dos estudos obtidos e selecionados em cada base de dados devem ser
apresentados em forma de tabela. O uso de dados primários e de outras fontes de
informação devem ser detalhados. Além disso, os critérios de inclusão e de exclusão
de estudos no PTC devem ser descritos clara e detalhadamente.
Para conferir a adequação de cada etapa da busca, o revisor deve refazer a busca,
atentando para a adequação das palavras-chave e descritores utilizados pelo autor;
e verificar se a avaliação da qualidade da evidência está adequada; no caso de as
palavras-chave não estarem adequadas, propõe nova busca, justificando cada passo.
DIRETRIZES METODOLÓGICAS: Diretriz de Elaboração de Pareceres Técnico-Científico
10.3 Os resultados do PTC foram claramente apresentados (ex: tabela de resultados, etc.)
Os resultados dos estudos considerados no PTC deverão ter sido apresentados em
formato de tabela, contendo a identificação do estudo, número de participantes,
tipo de estudo, intervenção realizada com alternativas de comparação, descrição dos
desfechos e resultados obtidos.
necessário para causar dano, RRR: redução do risco relativo, etc.), além de medidas de
significância (valor de P) e de precisão (Intervalo de Confiança).
OUTROS ASPECTOS
54
11. Os resultados dos estudos incluídos foram discutidos?
Os resultados dos estudos selecionados e utilizados no PTC devem ter sido
interpretados claramente, sempre tomando por base a pergunta que orientou a
realização do PTC (pode ser que a informação obtida na literatura não responda
totalmente a pergunta inicial). Deve ter sido levada em consideração a significância
estatística e clínica dos resultados, o tamanho do efeito e o intervalo de confiança
das medidas analisadas. É também recomendável que haja um comentário sobre
informações não disponíveis ou duvidosas, assim como a confiabilidade da análise.
Além disso, seria fundamental que o autor comparasse suas recomendações àquelas
formuladas pelas agências internacionais de avaliação de tecnologias em saúde.
Como o curso possui um caráter quase que exclusivamente prático, a estrutura mínima
exige um laboratório de informática com acesso a internet. Em média, é destinado um
tutor para cada dez participantes. Sugere-se que os participantes tenham conhecimento
de conceitos básicos em epidemiologia, consigam ler e interpretar textos em inglês e que
tenham certa familiaridade com softwares e edição de texto.
A programação é variada, uma vez que ela é montada de acordo com as necessidades,
especificidades e disponibilidade do público-alvo. A programação básica consiste nos
seguintes tópicos:
• Introdução a Avaliação de Tecnologias em Saúde
• Apresentação e papel do PTC
• Formulação de perguntas para o PTC
• Terminologia de busca
• Busca em bases secundárias
• Busca em bases primárias
• Avaliação crítica de ensaio clínico randomizado
• Avaliação crítica de revisão sistemática
• Síntese dos resultados
• Qualidade da evidência
• Recomendação
Para opinar sobre este documento, encontra-se abaixo a ficha para avaliação da clareza,
conceitos e métodos das “Diretrizes Metodológicas: Elaboração de Pareceres Técnico-
Científicos”. Todos os usuários (gestores, profissionais de saúde, consultores e técnicos
do Ministério da Saúde, suas agências e demais níveis de administração do SUS e da
saúde suplementar) estão convidados a responder e remeter-nos sugestões e dúvidas,
pelo e-mail: <rebrats@saude.gov.br>, visando à reavaliação periódica do documento.
Identificação
Nome:
Área (agência/instituição) a qual está vinculada:
Endereço:
CEP: Cidade: UF:
E-mail:
Tel. Res: ( ) Tel. Cel: ( ) Tel. Com: ( )
Parcialmente
Critérios a serem avaliados Inadequado* Adequado
adequado*
Consegue orientar bem o leitor a elaborar um PTC?
Apresenta os conceitos de maneira fácil e
adequada?
Os métodos descritos e propostos para a
elaboração de um PTC são adequados?
O documento foi escrito com clareza?
*Se inadequado ou parcialmente adequado, por favor, justifique, indicando os pontos que
necessitam de mudanças.
Continua
Ministério da Saúde
Conclusão
Questões abertas
Comentários gerais:
60 Pontos positivos:
Pontos negativos:
Qual o n° de exemplares que a instituição precisa (tiragem)?
Fonte: <http://200.214.130.94/rebrats/diretriz.php>.
REFERÊNCIAS
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (Brasil). Site. Disponível em: <www.
anvisa.gov.br>. Acesso em: 13 set. 2010. 61
BRASIL. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Política Nacional de
Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde – PNCTIS. Brasília: Ministério da Saúde, 2005a.
GANANN, R.; CILISKA, D.; THOMAS, H. Expediting systematic reviews: methods and
implications of rapid reviews. Implementation Science, London, v. 19, p. 5:56, 2010.
GUYATT, G. et al. GRADE: o que é “qualidade das evidências” e por que isso é
importante para os médicos? British Medical Journal, London, v. 1, n. 4, p. 217-
220, 2008b.
DIRETRIZES METODOLÓGICAS: Diretriz de Elaboração de Pareceres Técnico-Científico
MAUSKOPF, J. A. et al. Principles of good practice for budget impact analysis: report
of the ISPOR task force on good research practices-budget impact analysis. Value in
Health, Edinburgh, v. 10, n. 5, p. 336-347, 2007.
MILNE, R.; CLEGG, A.; STEVENS, A. HTA responses and the classic HTA report. J Public
Health Med, [S. l.], v. 2, p. 102-106, 2003.
OXMAN, A. D.; COOK, D. J.; GUYATT, G. H. Users’ guides to the medical literature VI:
how to use an overview. The Journal of the American Medical Association, Chicago,
v. 272, n. 17, p. 1367-1371, 1994.
SORINOLA et al. Instructions to authors for case reporting are limited: a review of a
core journal list. BMC Medical Education, London, v. 4, n. 4, 2004. Disponível em:
<www.biomedcentral.com/1472-6920/4/4>. Acesso em: maio 2014.
GLOSSÁRIO
Acurácia: grau em que uma medida de um teste diagnóstico representa o valor
verdadeiro do efeito medido (adaptado de FLETCHER, 2006). 65
Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS): processo abrangente por meio do qual
são avaliados os impactos clínicos, sociais e econômicos das tecnologias em saúde,
levando-se em consideração aspectos como eficácia, efetividade, segurança, custos,
custo-efetividade, entre outros (GOODMAN, 1998, HUNINK; GLASZIOU, 2001). Seu
objetivo principal é auxiliar os gestores em saúde na tomada de decisões coerentes
e racionais quanto à incorporação de tecnologias em saúde (PANERAI; MOHR, 1989).
Avaliação Econômica em Saúde: análise comparativa de diferentes tecnologias no
âmbito da saúde, referentes aos seus custos e aos efeitos sobre o estado de saúde
(BRASIL, 2005c).
Custo em saúde: valor dos recursos empregados no uso de uma alternativa terapêutica, de
um programa ou de um serviço de saúde, durante um período de tempo (BRASIL, 2005c).
Custo-efetividade: tipo de avaliação econômica na qual as consequências (resultados)
das tecnologias em saúde são medidas em unidades naturais em saúde, tais como
anos de vida ganhos ou eventos clínicos evitados; este termo é também utilizado por
vezes para referir-se a todos os tipos de avaliações econômicas (BRASIL, 2005c).
Custo unitário: valor pago por unidade da tecnologia (BRASIL, 2005c).
Custo-utilidade: tipo de avaliação econômica na qual as consequências (resultados)
das tecnologias em saúde são mensuradas como preferências relacionadas à saúde,
frequentemente expressas como anos de vida ajustados por qualidade (BRASIL, 2005c).
Efetividade: probabilidade de que indivíduos de uma população definida obtenham
um benefício da aplicação de uma tecnologia em saúde direcionada a um determinado
problema em condições reais de uso (OTA, 1978).
Eficácia: probabilidade de que indivíduos de uma população definida obtenham um
benefício da aplicação de uma tecnologia em saúde direcionada a um determinado
problema em condições controladas de uso (OTA, 1978).
Ensaio clínico controlado randomizado: estudos clínicos com seleção aleatória de
pacientes (HULLEY et al., 2006).
Ensaio clínico controlado não randomizado: estudos clínicos sem seleção aleatória de
pacientes (HULLEY et al., 2006).
Equidade: ausência de diferenças injustas, evitáveis ou remediáveis na saúde de
populações ou grupos definidos com critérios sociais, econômicos, demográficos ou
geográficos (OMS, 2005).
Especificidade: habilidade do teste em identificar corretamente aqueles que não têm
a doença.
Estudo de coorte (estudo de seguimento, cohort study): estudo longitudinal onde o
pesquisador, após distribuir os indivíduos como expostos e não expostos a um dado
fator em estudo, segue-os durante um determinado período de tempo para verificar
a incidência de uma doença ou situação clínica entre os expostos e não expostos
(HULLEY et al., 2006).
Ministério da Saúde
Domínios Itens
O(s) objetivo(s) geral(is) da(s) diretriz(es) está(ão) especificamente
1. descrito(s).
A(s) questão(ões) de saúde coberta(s) pela diretriz está(ão)
1. Escopo e finalidade 2. especificamente descrita(s).
A população (pacientes, público etc.) a quem a diretriz se destina
3. está especificamente descrita.
A equipe de desenvolvimento da diretriz inclui indivíduos de todos os
4. grupos profissionais relevantes.
2. Envolvimento das
partes interessadas 5. Procurou-se conhecer as opiniões e preferências da população-alvo
(pacientes, público etc.).
6. Os usuários-alvo da diretriz estão claramente definidos.
7. Foram utilizados métodos sistemáticos para a busca de evidências.
8. Os critérios para a seleção de evidências estão claramente descritos.
Os pontos fortes e limitações do corpo de evidências estão
9. claramente descritos.
Os métodos para a formulação das recomendações estão claramente
10. descritos.
3. Rigor do
desenvolvimento Os benefícios, efeitos colaterais e riscos à saúde foram considerados
11. na formulação das recomendações.
Existe uma relação explícita entre as recomendações e as evidências
12. que lhe dão suporte.
A diretriz foi revisada externamente por experts antes da sua
13. publicação.
14. Um procedimento para atualização da diretriz está disponível.
15. As recomendações são específicas e sem ambiguidade.
4. Clareza da As diferentes opções de abordagem da condição ou problema de
16.
apresentação saúde estão claramente apresentadas.
17. As recomendações-chave são facilmente identificadas.
Continua
Ministério da Saúde
Conclusão
A diretriz descreve os fatores facilitadores e as barreiras para a sua
18. aplicação.
A diretriz traz aconselhamento e/ou ferramentas sobre como as
68 19. recomendações podem ser colocadas em prática.
5. Aplicabilidade
Foram consideradas as potenciais implicações quanto aos recursos
20. decorrentes da aplicação das recomendações.
A diretriz apresenta critérios para o seu monitoramento e/ou
21. auditoria.
O parecer do órgão financiador não exerceu influência sobre o
22.
6. Independência conteúdo da diretriz.
editorial Foram registrados e abordados os conflitos de interesse dos
23. membros da equipe que desenvolveram a diretriz.
Fonte: (KHAN; STEIN, 2014).
Estudos de avaliação econômica.
a. Delineamento do estudo
( ) Sim
1. A pergunta do estudo foi feita de forma adequada, clara e passível de ser ( ) Não
respondida? ( ) Não está claro
( ) Sim
2. A população-alvo do estudo foi descrita de forma clara? ( ) Não
( ) Não está claro
( ) Sim
3. As principais alternativas foram incluídas no estudo, bem como foi fornecida uma ( ) Não
descrição abrangente das alternativas analisadas? ( ) Não está claro
( ) Sim
4. O horizonte temporal do modelo foi longo o suficiente para refletir as principais ( ) Não
diferenças – de custo e de desfecho em saúde – entre as estratégias analisadas? ( ) Não está claro
( ) Sim
5. A perspectiva do estudo foi informada? ( ) Não
( ) Não está claro
( ) Sim
6. O estudo analisa tanto custos quanto desfechos em saúde? ( ) Não
( ) Não está claro
( ) Sim
7. O tipo de avaliação econômica foi informado? ( ) Não
( ) Não está claro
b) Mensuração dos desfechos em saúde e dos custos
( ) Sim
Desfechos em saúde ( ) Não
( ) Não está claro
( ) Sim
9. As medidas de desfecho em saúde foram descritas de forma clara e são ( ) Não
pertinentes à pergunta do estudo? ( ) Não está claro
( ) Sim
10. As fontes das estimativas dos desfechos em saúde foram descritas e justificadas ( ) Não
e estão em consonância com a população alvo? ( ) Não está claro
Continua
DIRETRIZES METODOLÓGICAS: Diretriz de Elaboração de Pareceres Técnico-Científico
Continuação
( ) Sim
11. Foram utilizados métodos e suposições para extrapolar resultados de curto prazo ( ) Não
em resultados finais (de médio ou longo prazos), sendo eles descritos e justificados? ( ) Não está claro
( ) Sim
12. Se as estimativas dos desfechos em saúde provieram de ensaio clínico, o
protocolo de pesquisa reflete o que ocorreria regularmente na prática clínica? ( ) Não 69
( ) Não está claro
( ) Sim
13. Se as estimativas dos desfechos em saúde provieram de revisão sistemática, a ( ) Não
qualidade da evidência foi informada? ( ) Não está claro
14. Se as estimativas dos desfechos em saúde provieram de estudos observacionais ( ) Sim
ou de suposições, o uso dessas informações deveu-se pela ausência de evidência de ( ) Não
melhor qualidade? ( ) Não está claro
Custos
( ) Sim
15. Os custos foram descritos de forma clara? ( ) Não
( ) Não está claro
( ) Sim
16. A mensuração dos custos está de acordo com a perspectiva adotada no estudo? ( ) Não
( ) Não está claro
( ) Sim
17. O método adotado para apuração dos custos foi descrito e adequado? ( ) Não
( ) Não está claro
( ) Sim
18. Houve informação sobre a moeda e o período em que os custos foram ( ) Não
coletados? ( ) Não está claro
( ) Sim
19. Se os custos foram coletados em diferentes períodos, houve ajuste pela inflação? ( ) Não
( ) Não está claro
( ) Sim
20. Custos e desfechos futuros foram ajustados pela mesma taxa de desconto, e esta ( ) Não
foi adequada? ( ) Não está claro
c) Análise e interpretação dos resultados
Modelo analítico
( ) Sim
21. Foi utilizado um modelo analítico e este é adequado aos objetivos propostos no ( ) Não
estudo? ( ) Não está claro
( ) Sim
22. Os estados de saúde representados no modelo analítico refletem o processo ( ) Não
biológico da doença e as consequências do uso das tecnologias em investigação? ( ) Não está claro
( ) Sim
23. A incerteza metodológica foi contornada? ( ) Não
( ) Não está claro
( ) Sim
24. A incerteza estrutural foi contornada? ( ) Não
( ) Não está claro
( ) Sim
25. A incerteza quanto à heterogeneidade foi contornada? ( ) Não
( ) Não está claro
( ) Sim
26. A incerteza quanto aos parâmetros foi contornada? ( ) Não
( ) Não está claro
Continua
Ministério da Saúde
Conclusão
Resultados
( ) Sim
27. A apresentação dos resultados do estudo foi baseada em algum tipo de razão ( ) Não
70 entre custos e desfechos em saúde? ( ) Não está claro
( ) Sim
28. A discussão dos resultados do estudo foi ampla o suficiente, incluindo os ( ) Não
principais aspectos relevantes aos pacientes e ao tomador de decisão? ( ) Não está claro
( ) Sim
29. Houve informação sobre a consistência interna do modelo? ( ) Não
( ) Não está claro
( ) Sim
30. Houve informação sobre a consistência externa do modelo? ( ) Não
( ) Não está claro
d) Informações gerais
( ) Sim
31. A fonte de financiamento do estudo foi descrita de forma adequada? ( ) Não
( ) Não está claro
( ) Sim
32. Os autores declararam seus potenciais conflitos de interesse? ( ) Não
( ) Não está claro
( ) Sim
33. O estudo foi aprovado por alguma instituição habilitada em ética em pesquisa? ( ) Não
( ) Não está claro
Fonte: (SILVA et al., 2014).
( ) Sim
1. Um projeto foi definido a priori? ( ) Não
A questão de pesquisa e os critérios de inclusão foram estabelecidos antes da ( ) Sem resposta
realização do estudo. ( ) Não aplicável
2. Foi possível replicar a seleção e a extração de dados do estudo? ( ) Sim
Havia pelo menos dois avaliadores independentes e foi estabelecido um consenso ( ) Não
para as eventuais divergências encontradas. ( ) Sem resposta
( ) Não aplicável
3. Foi realizada uma pesquisa abrangente na literatura?
Pelo menos duas fontes eletrônicas foram pesquisadas. O relatório inclui a data e os ( ) Sim
bancos de dados utilizados (por exemplo, Central, EMBASE e MEDLINE), as palavras- ( ) Não
chave e/ou termos MeSH e, sempre que possível, fornecer a estratégia de busca. A ( ) Sem resposta
pesquisa foi complementada por literatura cinzenta e busca manual por: resenhas, ( ) Não aplicável
livros-texto, registros especializados, consulta a especialistas, outros conteúdos
atuais e revisão das referências dos estudos encontrados.
4. O status de publicação (por exemplo, literatura cinzenta) foi usado como um dos ( ) Sim
critérios de inclusão? ( ) Não
Os autores declararam que procuraram por relatórios, independentemente do seu tipo ( ) Sem resposta
de publicação. Os autores indicaram se foram ou não excluídos quaisquer relatórios ( ) Não aplicável
(desde revisão sistemática), com base no estado de publicação, idioma, e etc.
( ) Sim
5. Foi apresentada uma lista de estudos (incluídos e excluídos)? ( ) Não
A lista de estudos incluídos e excluídos foi apresentada. ( ) Sem resposta
( ) Não aplicável
Continua
DIRETRIZES METODOLÓGICAS: Diretriz de Elaboração de Pareceres Técnico-Científico
Conclusão
6. Foram apresentadas as características dos estudos incluídos?
De uma forma agregada, como uma tabela, foram fornecidos os dados dos ( ) Sim
estudos originais, tais como: participantes, intervenções e resultados. A gama de ( ) Não
características em todos os estudos analisados como, por exemplo, idade, raça, sexo, ( ) Sem resposta
dados socioeconômicos relevantes, estado da doença, duração, gravidade ou outras ( ) Não aplicável 71
doenças foram apresentadas.
7. A qualidade dos estudos incluídos foi avaliada e documentada? ( ) Sim
“A priori”, foram fornecidos métodos de avaliação (por exemplo, para os estudos ( ) Não
de eficácia ou efetividade, caso o autor tenha optado por incluir apenas os estudos ( ) Sem resposta
controlados randomizados, duplo-cegos, com placebo e que abordem sigilo da ( ) Não aplicável
alocação, como critérios de inclusão), para outros tipos de estudos relevantes.
8. A qualidade dos estudos incluídos foi utilizada adequadamente na formulação das ( ) Sim
conclusões? ( ) Não
Os resultados de qualidade do rigor metodológico e científico foram considerados ( ) Sem resposta
na análise e nas conclusões da revisão e, explicitamente, na formulação das ( ) Não aplicável
recomendações.
9. Os métodos utilizados para combinar os resultados de estudos foram
apropriados? ( ) Sim
Para os resultados agrupados, foi feito um teste para garantir que os estudos ( ) Não
podiam ser associados e que avaliasse a homogeneidade (ou seja, teste de qui- ( ) Sem resposta
quadrado de homogeneidade, I²). Se heterogêneos, um modelo de efeitos aleatórios ( ) Não aplicável
foi usado e/ou foi levado em consideração à adequação clínica da combinação (ou
seja, foi adequado combinar?).
10. A possibilidade de vieses de publicação foi avaliada? ( ) Sim
Na avaliação de viés de publicação incluiu uma combinação gráfica auxiliar (por ( ) Não
exemplo, gráfico de funil, ou outros testes disponíveis) ou testes estatísticos (por ( ) Sem resposta
exemplo, teste de regressão de Egger). ( ) Não aplicável
( ) Sim
11. Foram declarados os conflitos de interesses? ( ) Não
As potenciais fontes de financiamento do estudo foram claramente expostas tanto ( ) Sem resposta
na revisão sistemática como nos estudos incluídos. ( ) Não aplicável
Fonte: (SHEA et al., 2007. Adaptado AMSTAR)
Formulário de Avaliação de Qualidade de Estudos Clínicos Randomizados
Conclusão
( ) Bem coberto ( ) Não abordado
6. A única diferença entre os dois grupos foi o tratamento ( ) Adequadamente ( ) Não reportado
sob investigação? abordado ( ) Não aplicável
( ) Pouco abordado
72
( ) Bem coberto ( ) Não abordado
7. Todos os resultados relevantes clinicamente foram ( ) Adequadamente ( ) Não reportado
mensurados de forma padronizada, validada e confiável? abordado ( ) Não aplicável
( ) Pouco abordado
( ) Bem coberto
8. Qual o percentual de indivíduos ou grupos recrutados ( ) Não abordado
( ) Adequadamente
para o estudo, em cada braço/grupo de tratamento, que ( ) Não reportado
abordado
desistiram antes que o estudo fosse concluído? ( ) Não aplicável
( ) Pouco abordado
( ) Bem coberto
9. Todos os sujeitos foram analisados nos grupos para os ( ) Não abordado
( ) Adequadamente
quais foram alocados inicialmente (avaliação por intenção de ( ) Não reportado
abordado
tratar – ITT). ( ) Não aplicável
( ) Pouco abordado
( ) Bem coberto
10. Quando o estudo é realizado em mais de um local ( ) Não abordado
( ) Adequadamente
Em caso de estudos multicêntricos, os resultados foram ( ) Não reportado
abordado
comparáveis para todos os centros de pesquisa? ( ) Não aplicável
( ) Pouco abordado
Fonte: SIGN – < http://www.sign.ac.uk/methodology/checklists.html >
Formulário de Avaliação de Qualidade de Estudos de Coorte
Conclusão
( ) Bem coberto
8. Qual o percentual de indivíduos ou grupos recrutados ( ) Não abordado
( ) Adequadamente
para o estudo, em cada braço/grupo de tratamento, que ( ) Não reportado
abordado
desistiram antes que o estudo fosse concluído? ( ) Não aplicável
( ) Pouco abordado
73
( ) Bem coberto
9. Todos os sujeitos foram analisados nos grupos para os ( ) Não abordado
( ) Adequadamente
quais foram alocados inicialmente (avaliação por intenção de ( ) Não reportado
abordado
tratar – ITT). ( ) Não aplicável
( ) Pouco abordado
( ) Bem coberto
10. Quando o estudo é realizado em mais de um local ( ) Não abordado
( ) Adequadamente
Em caso de estudos multicêntricos, os resultados foram ( ) Não reportado
abordado
comparáveis para todos os centros de pesquisa? ( ) Não aplicável
( ) Pouco abordado
Fonte: SIGN – < http://www.sign.ac.uk/methodology/checklists.html >
Conclusão
( ) Bem coberto
10. Os principais fatores de confusão em potencial foram ( ) Não abordado
( ) Adequadamente
identificados e levados em conta no desenho do estudo e nas ( ) Não reportado
abordado
análises? ( ) Não aplicável
( ) Pouco abordado
74
( ) Bem coberto ( ) Não abordado
( ) Adequadamente
11. Os intervalos de confiança foram fornecidos? ( ) Não reportado
abordado ( ) Não aplicável
( ) Pouco abordado
Fonte: SIGN – < http://www.sign.ac.uk/methodology/checklists.html >