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FACULDADE BEZERRA DE ARAÚJO

EPIDEMIOLOGIA DOS DISTÚRBIOS NUTRICIONAIS

RIO DE JANEIRO
2022

KAREN RAÍSSA DOCAS DOS SANTOS


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EPIDEMIOLOGIA DOS DISTÚRBIOS NUTRICIONAIS

Trabalho para a disciplina de Epidemiologia do Curso de


Graduação de Enfermagem da FABA – Faculdade
Bezerra de Araújo.

RIO DE JANEIRO
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RESUMO

Este trabalho apresenta considerações sobre métodos epidemiológicos, do estado


nutricional e do consumo alimentar de grupos populacionais ao longo das etapas da
vida, assim como a investigação de sua evolução, de seus determinantes e de seus
impactos à saúde, também de fatores socioeconômicos, comerciais, demográficos, de
estilo de vida e biológicos, de forma que possa contribuir com evidências para
promoção da saúde e da alimentação adequada, e de como a falta desse tipo de
estudo pode dificultar a qualidade de vida da população.
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MÉTODO DE PESQUISA E PRINCIPAIS AUTORES

Essa pesquisa foi realizada por meio de artigos científicos, tendo como principais :

KAC, G., SICHIERI, R., and GIGANTE, DP., orgs. Epidemiologia nutricional [online].
Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ/Atheneu, 2007.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Síntise dos indicadores sociais:


uma análise das condições de vida da população brasileira 2013 Rio de Janeiro: IBGE;
2013.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de


Atenção Básica. Marco de referência da vigilância alimentar e nutricional na atenção
básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2015.

Gonçalves VSS, Silva SA, Andrade RCSD, Spaniol AM, Nilson EAF, Moura IFD.
Marcadores de consumo alimentar e baixo peso em crianças menores de 6 meses
acompanhadas no Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, Brasil, 2015.
Epidemiol. Serv. Saúde 2019: 28(2):e2018358.
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Entende-se que o objetivo primeiro da epidemiologia nutricional seja medir dietas


como um fator de exposição na maior ou menor ocorrência de doenças. O alcance
desse objetivo constitui-se em tarefa complexa que requer cada vez mais
especialização. A epidemiologia nutricional no passou a incorporar um conceito
ampliado que considera tanto o estudo de outras exposições como o de alterações
nutricionais específicas. Entre as exposições, além da média do consumo alimentar,
devem ser incluídos outros indicadores de avaliação nutricional e variáveis
relacionadas ao estilo de vida que exercem influência sobre as condições de saúde e
nutrição, como a prática de atividade física. Entre as alterações nutricionais, incluem-
se desde as deficiências como a desnutrição ou deficiências de nutrientes específicos
até os problemas relacionados ao excesso de peso, como a obesidade.

O estado nutricional dos indivíduos depende do balanço entre o consumo e as


necessidades fisiológicas, que variam em função da idade, o que justifica a inclusão
de uma dieta específica para diferentes fases da vida. Os mais jovens e os mais velhos
têm se revelado como os grupos que apresentam maior probabilidade de desequilíbrio
na relação de alimentação e necessidades fisiológicas, que desencadeia inúmeros
distúrbios nutricionais por falta de nutrientes. A medida em que o balanço crônico de
energia pode ser captado por meio da antropometria, um método simples, a avaliação
do consumo de nutrientes depende de métodos específicos mais aprofundados. Por
esses motivos, a aferição do consumo ou a avaliação de marcadores de consumo
alimentar tornam-se imprescindíveis, particularmente na compreensão do estado
nutricional ao longo da vida.

Mais recentemente, os estudos de validação e de identificação de um padrão de


consumo alimentar passaram a se constituir em instrumentos de grande importância
nos estudos epidemiológicos que buscam investigar a associação entre dieta e
Doenças Crônicas Não Transmissíveis.

Instrumentos de investigação do consumo alimentar devem ser validados para a


população em que se pretende aplica-lo, e para isso estudos de validação são uma
ferramenta essencial na epidemiologia nutricional. Análises sobre o padrão de
consumo são interessantes porque podem configurar-se como forma efetiva de
prevenção, diferentemente do que acontece em alguns estudos epidemiológicos que
buscam identificar o efeito de um nutriente específico na determinação das causas
das DCNT.
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No Brasil, existe um programa governamental chamado Política Nacional de


Alimentação e Nutrição (PNAN), aprovada no ano de 1999, integra os esforços do
Estado Brasileiro que, por meio de um conjunto de políticas públicas, propõe respeitar,
proteger, promover e prover os direitos humanos à saúde e à alimentação, com o
propósito de melhorar as condições de alimentação, nutrição e saúde, em busca da
garantia da Segurança Alimentar e Nutricional da população brasileira.

Está organizada, também, em diretrizes que abrangem a atenção nutricional no


Sistema Único de Saúde com foco na vigilância, promoção, prevenção e cuidado
integral de agravos relacionados à alimentação e nutrição, atividades integradas às
demais ações de saúde nas redes de atenção, tendo a Atenção Básica como principal
foco das ações.
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DADOS ESTATÍSTICOS DO BRASIL EM RELAÇÃO A EPIDEMIOLOGIA NUTRICIONAL

Este gráfico do IBGE destaca que a obesidade cresce conforme o avanço das
faixas de idade, exceto no grupo de pessoas com 60 anos ou mais. Em relação à
obesidade, a gente observa esse mesmo movimento, à medida que a idade vai
avançando, a prevalência aumenta. Na faixa de idade de 60 ou mais, o percentual
recua. Observamos também que as mulheres têm maior prevalência de obesidade
que os homens em todos os grupos de idade.
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DISPONIBILIDADE DOMICILIAR DE ALIMENTOS

Orçamentos Familiares 2017-2018 do IBGE! A publicação traz uma avaliação


nutricional dos alimentos adquiridos pelas famílias e mostra que a disponibilidade de
alimentos in natura ou minimamente processados e ingredientes culinários
processados perdeu espaço para a comida processada e, sobretudo, a
ultraprocessada.
Quando se compara a evolução da aquisição de alimentos na série histórica,
observa-se que entre as edições de 2002- 2003 e 2008-2009, os alimentos
ultraprocessados subiram de 12,6% para 16% das calorias totais, chegando agora a
18,4%, um aumento de cerca de seis pontos percentuais em todo o período.
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CONCLUSÃO

O conjunto desses dados apresentados de diferentes grupos etários confirma que o


Brasil convive com a desnutrição e com prevalências preocupantes de excesso de
peso e obesidade, resultantes da má-alimentação. Essa situação não apenas afeta o
sistema de saúde nacional, mas todo o contexto cultural, social e econômico do
país, sendo reconhecidamente o maior impedimento à concretização do potencial
nutricional.
A grande maioria dos estudos apontam a enorme necessidade de medidas de
promoção da alimentação saudável como fundamental para a resolução da
desnutrição e das deficiências de nutrientes, ainda, da prevenção da obesidade e
doenças crônicas não transmissíveis relacionadas a nutrição. É importante que
essas medidas estejam em comum acordo com as políticas nacionais que têm
interface com os determinantes do estado nutricional de uma população e também
com os programas de transferência de renda.

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