Português Instrumental
Português Instrumental
Português Instrumental
INSTRUMENTAL
PORTUGUÊS INSTRUMENTAL
Reflexões
Preconceito Linguístico - Marcos Bagno
1. Por que estudar a Língua Portuguesa?
2. O brasileiro sabe português?
3. Só em Portugal se fala bem português?
4. Português é muito difícil?
5. As pessoas sem instrução falam tudo errado?
6. O certo é falar assim porque se escreve assim
7. É preciso saber gramática para falar e escrever
bem
8. O domínio da norma culta é um instrumento de
ascensão social
Reflexões
“Achar que basta ensinar a norma culta a uma criança pobre para
que ela “suba na vida” é o mesmo que achar que é preciso
aumentar o número de policiais na rua e de vagas nas
penitenciárias para resolver o problema da violência urbana.”
“É preciso garantir, sim, a todos os brasileiros o reconhecimento
(sem o tradicional julgamento de valor) da variação lingüística,
porque o mero domínio da norma culta não é uma fórmula
mágica que, de um momento para outro, vai resolver todos os
problemas de um indivíduo carente. É preciso favorecer esse
reconhecimento, mas também garantir o acesso à educação em
seu sentido mais amplo, aos bens culturais, à saúde e à
habitação, ao transporte de boa qualidade, à vida digna de
cidadão merecedor de todo respeito.” (BAGNO, Marcos, p.70)
Comunicação
Conceito
Emissor
1. LINGUÍSTICA
sistema de representação constituído por palavras e por
regras que as combinam em frases que os indivíduos de
uma comunidade linguística usam como principal meio
de comunicação e de expressão, falado ou escrito.
o idioma nacional.
Linguagem e Língua
Variações Linguísticas
– Norma culta (língua padrão): a variedade linguística
de maior prestígio social. É padronizada em função
da comunicação pública e da educação;
– Dialetos: variações faladas por comunidades
geograficamente definidas, originadas das
diferentes entre região, idade, sexo, classes ou
grupos sociais, incluindo a própria evolução
histórica da língua;
– Socioletos: variações faladas por comunidades
socialmente definidas;
Linguagem e Língua
– Idioletos: variação linguística particular de uma
pessoa;
– Registros: o vocabulário especializado e/ou a
gramática de certas atividades ou profissões;
– Etnoletos: variações linguísticas adotadas por um
grupo étnico; e,
– Ecoletos: idioleto adotado por uma casa.
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Linguagem e Língua
Algumas definições são importantes para entender
um pouco sobre comunicação, segundo Monteiro &
Monteiro (2009):
– linguagem é a representação do pensamento por
meio de sinais que permitem a comunicação e a
interação entre as pessoas;
– língua é um sistema abstrato de regras, não só
gramaticais, mas também semânticas e
fonológicas, por meio das quais a linguagem (ou
fala) se revela;
Linguagem e Língua
Variações Linguísticas
– Variedades linguísticas são as variações que uma
língua apresenta, de acordo com as condições
sociais, culturais, regionais e históricas em que é
utilizada;
– Norma culta é a língua padrão, a variedade
linguística de maior prestígio social;
– Norma popular são todas as variedades
linguísticas diferentes da língua padrão.
Linguagem e Língua
A gramática da Língua Portuguesa está dividida em
grandes campos de estudo: a fonética, a morfologia, a
semântica e a sintaxe. A fonética estuda os sons da
fala. A morfologia estuda a forma das palavras e a
representação gráfica. A semântica preocupa-se não só
com a representação gráfica do vocábulo, mas com seu
significado. A sintaxe estuda os termos que compõem
uma oração. A oração pode apresentar um sujeito,
terá sempre um predicado, e pode ter ou não
complementos. (MONTEIRO & MONTEIRO, 2009)
Língua Oral e Língua Escrita
Definição
RESERVA CULTURAL
[Autor anônimo]
Argumentativo
Descritivo
TIPOS
TEXTUAIS
Dissertativo Narrativo
Tipologia Textual e Gênero Textuais
Tipologia Textual e Gênero Textuais
Tipologia Textual e Gênero Textuais
Texto Descritivo
• É classificado em dissertativo-argumentativo e
dissertativo-expositivo.
• Possui uma ideia central a ser trabalhada, a
fundamentação do tema e o fechamento da ideia
desenvolvida no decorrer do texto.
• O texto dissertativo-argumentativo apresenta um ponto
de vista e tem como objetivo persuadir e convencer o
leitor a concordar com a ideia defendida.
Tipologia Textual e Gênero Textuais
Texto Dissertativo
Notícia Resenha
Regra, Norma Música
Guia ou Regulação
turístico
Currículo
Lenda Piada
Lista de
compras
Autobiografia
Ensaio
Carta
Carta
Entrevista ou
Texto
Menu Biografia
publicitário Editorial
HQ
Novela Crônica
Notícia Resenha
Música
GÊNEROS
TEXTUAIS
Texto Folheto
mais Conto
editorial recorrentes
no ENEM
Texto
publicitário
Estudo do texto
Tanto andam agora preocupados em definir o conto que não sei bem se o que
vou contar é conto ou não, sei que é verdade. Minha impressão é que tenho
amado sempre... Depois do amor grande por mim que brotou aos três anos e
durou até os cinco mais ou menos, logo o meu amor se dirigiu para uma
espécie de prima longínqua que freqüentava a nossa casa. Como se vê, jamais
sofri do complexo de Édipo, graças a Deus. Toda a minha vida, mamãe e eu
fomos muito bons amigos, sem nada de amores perigosos.
Maria foi meu primeiro amor. Não havia nada entre nós, está claro, ela como
eu nos seus cinco anos apenas, mas não sei que melancolia nos tomava, se
acaso nos achávamos juntos e sozinhos. A voz baixava de tom, e
principalmente as palavras é que se tornavam mais raras, muito simples. Uma
ternura imensa, fi rme e reconhecida, não exigindo nenhum gesto. Aquilo
aliás durava pouco, porque logo a criançada chegava. Mas tínhamos então
uma raiva impensada dos manos e dos primos, sempre exteriorizada em
palavras ou modos de irritação. Amor apenas sensível naquele instinto de
estarmos sós.
Estudo do texto
1. Descrever, em poucos itens (não mais que cinco), algumas
características do texto que lhe tenham chamado a atenção.
2. Qual é a posição do narrador? Ele está em primeira, segunda
ou terceira pessoa? Ele é isento – ou seja, conta uma
história a partir de uma posição imparcial – ou tem relação
direta com o conteúdo da história?
3. De que tipo de linguagem ele se utiliza para narrar a
história?
4. Você é capaz de dizer a “idade” do texto? Ou seja, você
poderia supor quando ele foi escrito?
5. Que tipo de texto é este? Parece um texto literário ou um
texto acadêmico? Justifique sua resposta usando elementos
textuais que a confirmem.
Classe de Palavras
Variáveis
• Artigo.
• Substantivo (comum e próprio, simples e composto, concreto e
abstrato).
• Verbo (tempo e modo, regular e irregular)
• Adjetivo (simples, composto, primitivo, derivado, uniforme,
biforme).
• Numeral.
• Pronome.
Classe de Palavras
Invariáveis
• Advérbio.
• Proposição.
• Conjunção.
• Interjeição.
Pontuação
Uso da vírgula entre os termos da oração:
– para separar os núcleos de um termo. Ex.: O milharal, a horta,
o pasto e a mata ficaram mais verdes com as chuvas.
– para isolar o aposto. Ex.: Rubem Braga, o maior cronista
brasileiro, nasceu no Espírito Santo.
– para isolar o vocativo. Ex.: Joel, você acompanhou o processo?
– para isolar adjuntos adverbiais deslocados. Ex.: O advogado
analisou o documento com muito cuidado. Com muito
cuidado, o advogado analisou o documento.
– para indicar a elipse do verbo. Ex.: A igreja era grande e pobre.
Os altares, humildes.
– para isolar determinadas expressões explicativas. Ex.: Os
bombeiros salvaram toda a família, isto é, o casal e os dois
filhos.
Pontuação
Uso da vírgula entre os termos da oração:
Em alguns casos, a vírgula é proibida. São eles:
– entre o sujeito e o predicado. Ex.: A irmã de Maria não tinha
interesse pelo padeiro;
– ente o verbo e o objeto (direto ou indireto);
– ente o nome e seus adjuntos adnominais;
– entre o nome e seu complemento nominal.
Pontuação
Ponto e vírgula :
O ponto e vírgula indica uma pausa um pouco mais longa que a
vírgula e um pouco mais breve que um ponto no texto (FERREIRA,
2007). É usado em 3 casos, conforme descrito e exemplificado a
seguir:
– entre orações coordenadas que já apresentam vírgulas. Ex.: A
juíza atribuiu ao réu, depois de analisadas as provas
constantes dos autos, a responsabilidade pelo crime; as
testemunhas foram ouvidas em separado para confrontar as
informações.
Pontuação
Ponto e vírgula :
– entre orações coordenadas longas. Ex.: Os velhos cronistas
são unânimes em dizer que o marido consolou grandemente
a esposa do boticário; e notam com perspicácia...;
– entre os itens de leis, decretos, regulamentos, etc. Ex.: Art.
153. Compete à União instituir impostos sobre: I. Importação
de produtos estrangeiros; II. Exportação de produtos
nacionais;...
Pontuação
Dois Pontos:
Em relação a dois pontos, estes são usados para iniciar citações,
explicações, esclarecimentos; para iniciar sequência de elementos
discriminativos (enumerativos); no discurso direto, caracterizando
um diálogo (SIMÕES, 2012).
Pontuação
Dois Pontos:
Em relação a dois pontos, estes são usados para iniciar citações,
explicações, esclarecimentos; para iniciar sequência de elementos
discriminativos (enumerativos); no discurso direto, caracterizando
um diálogo (SIMÕES, 2012).
Pontuação
Reticências (...)
As reticências indicam uma interrupção na sequência
normal da frase e são empregadas para: indicar indecisão,
surpresa ou dúvida na fala de uma pessoa; indicar em
diálogo a interrupção de uma fala; sugerir ao leitor que
complete um raciocínio; indicar a exclusão de trechos de um
texto (FERREIRA, 2007).
Pontuação
Parênteses:
Os parênteses são utilizados para marcar a intercalação de
palavras, expressões ou orações explicativas que se queira
destacar; na transcrição de siglas após o nome da entidade
ou órgão em extenso; para indicar referências e datas
(SIMÕES, 2012).
Ponto:
O ponto é usado para indicar o fim de um período; em
abreviaturas; na separação de casas decimais; em leis,
decretos e artigos (SIMÕES, 2012).
Crase
Uso da crase, segundo Zambeli (2014):
– preposição A + artigo A. Ex.: Eles foram à praia no fim de
semana;
– preposição A + pronome relativo A QUAL. Ex.: A aluna à qual
me refiro é estudiosa;
– preposição A + pronome demonstrativo. Ex.: A minha blusa é
semelhante à de Maria (no sentido de àquela).
– preposição A + pronome demonstrativo AQUELE. Ex.: Ele fez
referência àquele aluno
Crase
Dicas sobre o emprego da crase:
– antes de nome próprio de lugares, deve-se colocar o verbo
VOLTAR; se disser VOLTO DA, haverá acento indicativo de
crase; se disser VOLTO DE, não ocorrerá o acento. Ex.: Vou à
Bahia (volto da). Vou a São Paulo (volto de). Se o nome do
lugar estiver acompanhado de uma característica (adjunto
adnominal), o acento será obrigatório. Ex.: Vou a Portugal.
Vou à Portugal das grandes navegações;
Crase
Dicas sobre o emprego da crase:
– substitua a palavra feminina por outra masculina correlata.
Surgindo a combinação AO, haverá crase. Ex.: Nunca fui
indiferente às professoras (AOS PROFESSORES);
– substitua o demonstrativo Aquele(s), Aquela(s), Aquilo por ‘a
este(s)’, ‘a esta(s)’, ‘a isto’. Mantendo-se a lógica, haverá
crase. Ex.: Ele fez referência àquele aluno. Não entregarei isso
àquelas turmas;
Crase
Dicas sobre o emprego da crase:
– nas locuções prepositivas, conjuntivas e adverbiais. Ex.: à
frente de; à espera de; à procura de; à noite; à tarde; à
esquerda; à direita; às vezes; às pressas; à medida que; à
proporção que; à toa; à vontade, etc.;
– na indicação de horas determinadas: deve-se substituir a
hora pela expressão “meio-dia”; se aparecer AO antes de
“meio-dia”, deve colocar o acento, indicativo de crase no A.
Ex.: Ele saiu às duas horas e vinte minutos (ao meio dia). Ele
está aqui desde as duas horas (o meio-dia).
Crase
Uso opcional da crase:
– antes de nomes próprios femininos. Ex.: Entreguei o presente
a Ana (ou à Ana);
– antes de pronomes possessivos femininos adjetivos no
singular. Ex.: Fiz alusão a minha amiga (ou à minha amiga).
Mas não fiz à sua;
– depois da preposição ATÉ. Ex.: Fui até a escola (ou até à
escola).
Crase
Não ocorre crase:
– antes de palavras masculinas. Ex.: Ele saiu a pé. Só
vendem a prazo nesta loja;
– antes de verbos no infinitivo. Ex.: Estou disposto a
colaborar com ele. Começou a chover agora;
– antes de artigo indefinido. Ex.: Fomos a uma lanchonete
no centro. Encaminhou o documento a uma gerente;
– antes de pronomes pessoais, indefinidos e
demonstrativos. Ex.: Passamos os dados do projeto a
ela. Eles podem ir a qualquer restaurante. Refiro-me a
esta aluna;
– antes de QUEM e CUJA. Ex.: A pessoa a quem me dirigi
estava atrapalhada. O restaurante a cuja dona me referi
é ótimo;
Acentuação Gráfica
Apresentação:
As regras de acentuação devem ser respeitadas na elaboração de
um texto (ZAMBELI, 2014), bem como deve ser dada atenção ao
Novo Acordo Ortográfico, que acrescentou ao alfabeto as letras,
K, Y e W, aboliu o uso do trema, além alguns acentos em casos
específicos, e também modificou o uso do trema.
Acentuação Gráfica
Palavras proparoxítonas:
Todas as palavras proparoxítonas recebem acento. Ex.: lâmpada –
rápido – córrego – rígido – pânico.
Palavras paroxítonas:
São acentuadas as palavras paroxítonas, de acordo com as
seguintes regras:
– palavras terminadas em ditongo crescente (seguidas ou não
de “s”). Ex.: sábio – régua – farmácia – espontâneo – mágoa;
– palavras terminadas em: Ã, ÃS, ÃO, ÃOS. Ex.: ímã – órfãs –
órgão – bênçãos;
Acentuação Gráfica
Palavras paroxítonas:
– palavras terminadas em: EI, EIS. Ex.: jóquei – pônei – fósseis – úteis;
– palavras terminadas em: I, IS. Ex.: táxi – biquíni – lápis – júri – íris;
– palavras terminadas em: ON, OM, NOS. Ex.: Nélson – rádom – próton
– nêutrons;
– palavras terminadas em: L, N, R, X, PS. Ex.: sensível – hífen – caráter –
tórax – bíceps;
– palavras terminadas em: UM, UNS, US. Ex.: Ônus, álbum, médiuns
Atenção: é importante observar que não se acentuam os vocábulos
paroxítonos terminados em EM, ENS. Ex.: item, homem, itens, hifens,
homens.
Acentuação Gráfica
Palavras oxítonas :
– São acentuadas as palavras oxítonas terminadas em: A, E, O
(seguidas ou não de “s”), EM, ENS. Ex.: sofá – café – cipó – você –
porém – parabéns.
Hiato:
– Acentuam-se o I e o U tônicos, quando formam sílabas sozinhos ou
com “s” e vêm precedidos de vogal. Ex.: saída – faísca – uísque –
influí – reúne – egoísta – destruí-lo – baú – juízes – saúde.
Acentuação Gráfica
Hiato:
Atenção: é importante observar que não se acentuam o I e U quando
seguidos de NH: rainha, bainha, ladainha; não se acentuam o I e U quando
formarem sílabas com outra letra que não seja “s”: cairmos, juiz, ruim,
defini-lo; não se acentuam o I e U quando formarem ditongo: gratuito, fluido,
fortuito, intuito. De acordo com a nova regra, as palavras paroxítonas que têm
i ou u tônicos precedidos por ditongos não serão mais acentuadas. Assim,
escreve-se feiura, baiuca. Esta regra não vale quando se trata de palavras
oxítonas. Nestes casos, o acento permanece. Assim, continua correto Piauí,
teiús, tuiuiú. Observa-se ainda que foram eliminados os acentos circunflexos
nos hiatos OO/EE: enjoo, perdoo, magoo, voo, abençoo; creem, deem, leem,
releem, veem, preveem
Acentuação Gráfica
Ditongos abertos:
– Acentuam-se os ditongos tônicos e abertos ÉI, ÓI, ÉU. Ex.: anzóis –
chapéu – troféu – lençóis – pincéis. De acordo com a nova regra, o
acento agudo foi eliminado nos ditongos abertos "ei" e "oi" de
palavras paroxítonas, tais como assembleia, boleia, epopeia, ideia,
jiboia, paleozoico, paranoia, onomatopeia.
Trema:
– O trema foi abolido de todas as palavras da língua portuguesa.
Porém, o trema é mantido em nomes próprios estrangeiros e suas
derivações, tais como Bündchen, Schönberg, Müller e mülleriano.
Acentuação Gráfica
Acento diferencial:
– O acento diferencial, conforme o próprio nome diz, diferencia a
intensidade de alguns vocábulos com relação a seus homógrafos
átonos. De acordo com a nova regras, permanecem apenas
aqueles relativos ao vocábulo ‘por’ para diferenciar o verbo
(pôr) da preposição (por), bem como na flexão verbal ‘pode’
(presente do indicativo) e ‘pôde’ (pretérito perfeito do
indicativo.
Acentuação Gráfica
Acento diferencial:
Deixaram de existir nos seguintes casos:
– para (verbo), que se diferenciava da preposição para;
– pelo (substantivo), que se diferenciava da preposição pelo;
– polo (substantivo), que se diferenciava da preposição polo
(grafia antiga, em desuso);
– pera (substantivo), que se diferenciava da preposição pera
(grafia antiga, em desuso).
Ortografia e Emprego de Algumas
Palavras e Expressões
Cessão/Sessão/Seção (ou Secção):
Cessão é o ato de ceder. Ex.: A cessão do terreno para a
construção de uma creche agradou a todos. Ele fez a cessão de
seus direitos autorais àquela instituição; sessão é o intervalo de
tempo que dura uma reunião, uma assembleia. Ex.: A Câmara
reuniu-se em sessão extraordinária. Assistimos a uma sessão de
cinema; e seção (ou secção) significa parte de um todo, corte,
subdivisão. Ex.: Compramos os presentes na seção de brinquedos.
Lemos na seção de Economia que a gasolina vai aumentar.
Ortografia e Emprego de Algumas
Palavras e Expressões
Porquê/Porque/Por quê/Por que:
Porquê: quando for um substantivo, equivale à causa, motivo,
razão, e vem precedido dos artigos o(os), um(uns). Ex.: Não me
interessa o porquê de sua ausência. Porque: quando se introduz
uma explicação. Equivale a ‘pois’. Ex.: Carlos, venha porque
preciso de você! Por quê: no final de perguntas. Ex.: Ademar não
veio, por quê?
Ortografia e Emprego de Algumas
Palavras e Expressões
Porquê/Porque/Por quê/Por que:
Por que: a) na frase interrogativa direta. Ex.: Por que você não
veio?; b) quando equivale a ‘pelo qual’ e suas flexões. Ex.: Esta é a
rua por que meu filho e eu passamos; c) na construção igual à
anterior, no entanto, fica subentendido o antecedente do
pronome relativo (razão, motivo, causa). Ex.: Eis (a razão, o
motivo) por que não te amo mais. Obs.: Lembre-se de que a
palavra QUE, em final de frase, deve ser acentuada por ser um
monossílabo tônico terminado em E. Ex.: Você vive de quê?
Ortografia e Emprego de Algumas
Palavras e Expressões
Onde/Aonde:
Emprega-se aonde com os verbos que dão ideia de movimento.
Equivale sempre a ‘para onde’. Ex.: Aonde você nos leva com tal
rapidez? Aonde você vai com tanta pressa? Caso o verbo não dê
ideia de movimento, emprega-se onde. Ex.: Onde você mora?
Não sei onde encontrá-lo.
Ortografia e Emprego de Algumas
Palavras e Expressões
Mau/Mal:
Mau é sempre um adjetivo (seu antônimo é bom). Refere-se a um
substantivo. O seu plural é ‘maus’, e a forma feminina é ‘má’. Ex.:
Escolheu um mau momento para sair. O senhor não é mau aluno.
Mal pode ser: a) advérbio de modo (seu antônimo é bem). Ex.:
Essa carta está mal redigida. Na festa, ele se comportou mal; b)
conjunção temporal (equivale a assim que). Ex.: Mal começou a
cantar, todos vaiaram. Mal ela chegou, o casal foi embora; c)
substantivo (nesse caso, virá precedido de artigo ou outro
determinante); o seu plural é ‘males’. Ex.: Era um mal para o qual
não havia remédio. Estava acometida de um mal incurável.
Ortografia e Emprego de Algumas
Palavras e Expressões
Há/A/Ah:
Na indicação de tempo, emprega-se ‘Há’ para significar tempo
transcorrido (equivale a faz). Ex.: Há dois anos que ela não aparece
por aqui. Luciana formou-se em Psicologia há quatro anos. ‘A’ é
empregado para indicar futuro. Ex: A formatura será daqui a duas
semanas. Daqui a um mês devo tirar férias. Embora menos usual,
emprega-se ‘Ah’ em frases exclamativas ou que demonstrem
espanto, surpresa. Ex.: Ah, que lindo dia amanheceu!
Ortografia e Emprego de Algumas
Palavras e Expressões
Senão/Se não:
Senão equivale a ‘caso contrário’. Ex.: Devemos entregar o
trabalho no prazo, senão o contrato será cancelado. Espero que
faça bom tempo amanhã, senão não poderemos ir à praia. Existe
também o substantivo ‘senão’, que significa mácula, defeito.
Nesse caso, vem precedido de artigo ou outro determinante. Ex.:
Ele só tem um senão: não gosta de trabalhar. Em relação a ‘se
não’, equivale a caso não, se por acaso não: inicia orações
adverbiais condicionais. Ex.: A festa será amanhã à noite, se não
ocorrer nenhum imprevisto. Se não chover amanhã, poderemos ir
à praia.
Ortografia e Emprego de Algumas
Palavras e Expressões
Ao invés de/Em vez de:
Ao invés de significa ‘ao contrário de’. Ex.: Ao invés do que previu
a meteorologia, choveu muito ontem. Em vez de significa ‘no
lugar de’. Ex.: Em vez de jogar futebol, preferimos ir ao cinema.
Ortografia e Emprego de Algumas
Palavras e Expressões
Ao encontro de/De encontro a:
Ao encontro rege a preposição de e significa estar ‘a favor
de’, ‘caminhar para’. Ex.: Aquelas atitudes iam ao encontro
do que eles pregavam. De encontro rege a preposição a e
significa ‘em sentido oposto’, ‘contra’. Ex.: Sua atitude veio
de encontro ao que eu desejava: meus planos foram por
‘água abaixo’.
Ortografia e Emprego de Algumas
Palavras e Expressões
Acerca de/Há cerca de:
Acerca de é uma locução prepositiva, que equivale a ‘a
respeito de’. Ex.: Discutimos acerca da melhor saída para o
caso. Há cerca de é uma expressão em que o verbo haver
indica tempo transcorrido; equivale a ‘faz’. Ex.: Há cerca de
uma semana, discutíamos a melhor decisão a tomar’.
Ortografia e Emprego de Algumas
Palavras e Expressões
A fim de/Afim:
A fim de é uma locução prepositiva que indica finalidade.
Ex.: Ele saiu cedo, a fim de não perder a carona. Afim é
adjetivo e significa ‘semelhante’, que apresenta ‘afinidade’.
Ex.: O genro é um parente afim. Tratava-se de ideias afins.
Ortografia e Emprego de Algumas
Palavras e Expressões
Demais/De mais:
Demais é advérbio de intensidade e equivale a ‘muito’. Ex.: Elas
falam demais. Demais também pode ser usado como substantivo
(neste caso, virá precedido de artigo ou outro determinante),
significando os restantes. Ex.: Chamaram onze jogadores para
jogar; os demais ficaram no banco. De mais é locução prepositiva
e possui sentido oposto a ‘de menos’. Ex.: Não haviam feito nada
de mais.
Ortografia e Emprego de Algumas
Palavras e Expressões
À-toa/À toa:
À-toa é um adjetivo (refere-se, pois, a um substantivo) e significa
‘impensado’, ‘inútil’, ‘desprezível’. Ex.: Ninguém lhe dava valor, era
considerada uma pessoa à-toa. À toa é um advérbio de modo,
significa ‘a esmo’, ‘sem razão’, ‘inutilmente’. Ex.: Andavam à toa
pelas ruas.
Ortografia e Emprego de Algumas
Palavras e Expressões
A par/Ao par:
A par é usado, normalmente, com o sentido de estar bem
informado, ter conhecimento. Ex.: Após a confissão, ficamos a par
de tudo. Ao par é usado para indicar equivalência cambial. Ex.: O
dólar e o marco estão ao par (isto é, têm o mesmo valor).
Ortografia e Emprego de Algumas
Palavras e Expressões
Tampouco/Tão pouco:
Tampouco é advérbio e significa ‘também não’. Ex.: Não
realizou a tarefa, tampouco apresentou qualquer
justificativa. Em Tão pouco, temos o advérbio de intensidade
‘tão’ modificando ‘pouco’, que pode ser advérbio ou
pronome indefinido. Ex.: Estudamos tão pouco esta semana!
(tão modifica o advérbio pouco). Ex.: Tenho tão pouco
Ortografia e Emprego de Algumas
Palavras e Expressões
Ter de/Ter que:
Ter de indica obrigatoriedade. Ex.: Para ser aprovado, tenho de
fazer o teste.
Ter que indica permissividade. Ex.: Tenho que ser eleito para ser
respeitado (é uma probabilidade, não uma imposição).
Concordância e Regência
Concordância Nominal:
Refere-se à concordância nominal o princípio no qual toda
palavra variável referente ao substantivo deve se flexionar para
se adaptar a ele. Como regra geral, toda palavra variável
associada a um substantivo concorda com ele. Ex.: Ganhei de
presente estes dois antigos livros italianos.