Manual HumanGuide 092021
Manual HumanGuide 092021
Manual HumanGuide 092021
MANUAL
Teste HumanGuide
Manual
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Agradecimentos
Kenmo, autor do teste, que se dispôs a fazer as alterações requeridas para a pesquisa, do
Dr. Rodrigo Neman, no tratamento estatístico dos resultados, dos docentes do Programa
Prof. Dr. Ricardo Primi, e da Profa. Dra. Sonia Regina Pasian, da Faculdade de
Filosofia Ciências e Letras da USP de Ribeirão Preto. A todos que contribuíram direta e
indiretamente para a coleta e análise dos dados e com contribuições de valor inestimável
Silésia M. V. Delphino Tosi, pela sua leitura crítica e atenta do presente manual.
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Sumário
Ficha Síntese 6
Apresentação .......................................................................................................... 7
Introdução ............................................................................................................... 8
Fundamentação teórica do HumanGuide ............................................................... 12
O desenvolvimento do HumanGuide 31
Características psicométricas do HumanGuide ........................................................ 34
Estudos psicométricos.............................................................................................. 41
Descrição do teste.......................................................................................................43
Participantes............................................................................................................... 44
Resultado do estudo com a primeira versão em português........................................ 47
Análise dos itens da segunda versão em português................................................... 50
Análise da estrutura interna....................................................................................... 50
Evidências de validade convergente......................................................................... 52
HumanGuide e o 16PF.............................................................................................. 53
HumanGuide e o BBT............................................................................................... 57
2 - Análise Fatorial e análise de consistência interna................................................ 62
3- Evidências de fidedignidade.................................................................................. 78
Teste-Reteste..............................................................................................................78
Normas..................................................................................................................... 80
Aplicação................................................................................................................... 81
População alvo........................................................................................................... 81
Material necessário para a realização do teste........................................................... 82
Instruções................................................................................................................... 82
Apuração do resultado............................................................................................... 83
Acesso à base de dados eletrônica e importação do resultado............................... 84
Interpretação do Perfil Pessoal ..................................................................................84
Significado dos fatores do HumanGuide................................................................... 88
Sensibilidade ............................................................................................................. 88
Força ......................................................................................................................... 89
Qualidade.................................................................................................................. 90
Exposição.................................................................................................................. 92
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Estrutura ................................................................................................................... 94
Imaginação ............................................................................................................... 95
Estabilidade .............................................................................................................. 97
Contatos .................................................................................................................... 98
Referências ...............................................................................................................117
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Ficha Síntese
Objetivo
População
Material
Aplicação do Teste
A aplicação é realizada via Internet, sem supervisão direta, por meio de senha de
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Apresentação
informatizados.
Achtnich (1991).
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Introdução
realizar mal suas tarefas ou até de deixar de fazê-las, comprometendo a sua qualidade, o
Embora esses fatores não constituam fatores motivacionais per se, a sua ausência pode
dos determinantes da motivação passou a ser foco de interesse das empresas. Com isso,
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solicitados no cotidiano profissional e a afinidade natural com determinadas tarefas e
objetivos.
é a forma mais satisfatória de trabalho, pois gera gratificação pela atividade em si, não
pelos benefícios materiais que acarreta. Dessa forma, a atividade exige que o indivíduo
atue da forma como lhe é natural. Em geral, as pessoas reconhecidas como possuidoras
alguma coisa e dedicaram bastante tempo para estudar, treinar e aprender. Por esse
utilização adequada dos pontos fortes e não concentrar energia na superação das
indivíduos. Isso significa que a qualidade dos testes aplicados tem forte impacto sobre a
valorizadas, pois, como candidato a uma vaga, o respondente tem interesse em criar
uma impressão favorável. Nesses testes a maioria dos itens tem uma resposta
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socialmente mais conveniente ou desejável. Assim, o respondente consegue parecer
melhor do que é, escolhendo respostas que criem uma impressão favorável em situações
competitivas, como nos processos seletivos. Quando há forte motivação por parte do
respostas para causar uma boa impressão (Anastasi, 1975; Anastasi, 2003; Dilchert &
cols., 2006; Heggestad & cols, 2006a e b; Meade, 2004; Stark, Cherneyshenko &
medidas da personalidade ressurgiu nos últimos anos, a partir de estudos que mostraram
bastante eficaz. Nos testes com formato de escolha forçada, o respondente deve escolher
entre dois ou mais termos ou frases descritivas, igualmente aceitáveis (Anastasi, 1975;
e na avaliação ocupacional, por ser considerado pouco óbvio e mais difícil de ser
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O Teste HumanGuide tem por objetivo apreender o perfil motivacional de
realiza pela Internet. Essa característica da coleta de dados resulta dos avanços da
testes informatizados e a crescente sofisticação dos produtos nessa área torna cada vez
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Fundamentação teórica
quais interagem entre si (Dorsch, 2001; Sillamy, 1996). A este conjunto de fatores é
atribuído o termo motivação. Trata-se de uma tensão persistente que leva o indivíduo a
ausência que sentimos dentro de nós mesmos (Allport, 1974; Cattell, 1975; Hanns,
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necessidades fisiológicas preponderam sobre as psicológicas, que por sua vez são
por Allport (1974), quando afirma que a inteligência está orientada para canais que
correspondem aos interesses, sem, contudo, determinar o seu efeito. Para ele, a
questão antiga, ainda não resolvida satisfatoriamente, relativa à distinção entre impulsos
origem dos motivos, esse vocábulo não consta nos dicionários da Psicologia (Laplanche
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& Pontalis, 1967, Sillamy, 1996). O termo impulso foi emprestado da Física, com o
sentido de aplicação de uma força sobre um corpo, impelindo-o para algum lugar. Na
espontâneo e alheio à razão” (Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa 1986, pp.
energética, fator de motricidade) dirigindo o organismo para um alvo, cuja fonte é uma
excitação corporal (estado de tensão) e o alvo é suprimir o estado de tensão que reina na
fonte pulsional (Laplanche & Pontalis, 1967). O termo Trieb, usado por Freud em seus
impelente dos seres viventes, manifestada em todos os níveis de existência dos seres
vivos (Hanns, 1999). Nos dicionários alemães os significados comuns de Trieb são
muito parecidos. Há sempre um “núcleo básico de sentido: algo que propulsiona, coloca
em movimento, aguilhoa, toca para frente, não deixa parar e empurra” (Hanns, 1999, p.
29). Para Freud, a raiz do conflito psíquico é o conflito pulsional, pois, para que o
sistema de forças pulsionais possa ser impelente, deve gerar tensão, ou, na linguagem
afetiva, conflito.
interior que nos leva em direção a uma atividade particular por meio de um motivo.
Evoca a ação: vocação. A palavra motivo, do latim motivus, significa algo que pode
fazer mover, que causa ou determina alguma coisa, traz a ideia de movimento em
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Emoção e motivo têm a mesma origem etimológica. A emoção é o colorido
subjetivo dos motivos, sobretudo dos que são bloqueados ou entram em conflito; ou que
conseguem avanços súbitos e inesperados para o seu objetivo. As emoções nos movem
algo no mundo externo por meio de suas escolhas. Embora continuamente façamos
que adotamos, raramente temos consciência do que nos move nessa direção (Szondi,
1975). Sentimo-nos atraídos por uma determinada pessoa ou situação sem que saibamos
o porquê disso. Ou, ao contrário, sentimos aversão por uma determinada situação
determinada opção não altera o seu poder de influência. Dessa forma, o indivíduo é
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É possível experienciar profundo prazer e alegria no trabalho, um sentimento de
‘fluxo’, desde que se tenha controle sobre a própria consciência, ou seja, possa
as pessoas encarem o trabalho como algo penoso e desprazeroso, é nele que realmente
experimentam o sentimento de ‘fluxo’. Seja qual for a atividade exercida, como esporte,
envolvimento e satisfação com o que está sendo feito. A possibilidade de discernir o que
concentração naquilo que se está fazendo. Esse direcionamento, por sua vez, acontece a
e ligadas à sua origem, fornecem indicadores mais precisos sobre quem somos,
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humanos disponíveis, ao estilo de liderança adotado e assim por diante. Esses aspectos
(1972), denominada Análise do Destino ou Teoria das Pulsões. Segundo essa teoria, as
escolhas que fazemos em nossa vida delineiam nosso destino pessoal. O destino se
constitui quando o indivíduo é chamado a tomar posição em face dos grandes problemas
2001; Szondi, 1972). Szondi (1975), que foi bastante influenciado pela teoria biológica
que o homem seria feliz ao escolher os caminhos importantes de sua vida (entre os quais
se inclui a escolha profissional) em conformidade com suas pulsões. Uma vez satisfeitas
mais defendido contra desequilíbrios psíquicos eventuais (Benko, 1955). De outra sorte,
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Nessa perspectiva, as escolhas visam à satisfação de necessidades pulsionais, que atuam
(Ichtrieb). O homem é capaz de tornar conscientes suas pulsões e de tomar uma posição
Szondi (citado por Borg, 2001, 2005) postula que a personalidade humana está
estruturada sobre quatro vetores pulsionais. Cada qual é constituído de dois fatores
polares (tendências), que têm, por sua vez, uma orientação centrífuga e centrípeta, ou
seja, uma orientação para fora e uma para dentro. Ele considera que os fenômenos
psíquicos nos quais a polaridade estrutural está ausente não constituem fenômenos
Não se pode determinar a quantidade e a qualidade das pulsões possíveis, pois elas
portanto, uma síntese. No entanto, sempre é possível estabelecer mais sínteses, misturas
1965/1987).
fotografadas têm por função fazer o indivíduo reagir a elas. O modo de ação das
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fotografias procede do fato de que toda percepção ou representação de um movimento
desperta naquele que o percebe a tendência ao mesmo movimento. Assim, cada face
indivíduo.
O termo pulsão (Trieb), concebido por Freud (Hanns, 1999), foi adotado por
um dualismo das pulsões, aceitando apenas duas pulsões fundamentais opostas, Szondi
socializada ou sublimada de uma tendência não é uma mera inversão da sua polaridade”
fatoriais polares:
Vetor Sexual (S) – Esse vetor diz repeito à relação com o corpo, suas atitudes em
relação à corporeidade. A dinâmica do Vetor S está centrada no conflito entre Eros, que
rege toda união ou formação de elos, e Thanatos, responsável pela destruição dos elos
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pelos sinais + (valência erótica) e – (valência tanática). Para Szondi os fatores polares
binômio presente nesse vetor trata do direcionamento em relação ao objeto, que pode
experiência da frustração e da privação, como raiva, ódio, ira, vingança, inveja e ciúme.
também, fazer com que a pessoa direcione a raiva acumulada, passivamente, contra si
mesmo. Dessa forma, primeiro é atacado, para depois atacar (Szondi, 1963/1998). É
singular, seja por meio da consciência do erro (e), seja pelo que pode comprometer sua
relação com o outro (hy). Este vetor traz em seu bojo a ética e a moral, enquanto
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bíblicas de Caim, Abel e Moisés. A temática básica desse vetor refere-se ao “vir a ser
humano”, à humanização das pulsões, por meio do interdito e das leis que visam
ética, uma adaptação da lei aos diferentes grupos e etnias no decurso da civilização. A
Lekeuche & Mélon, 1991): Fator e (epilepsia), ética, com as tendências e+, Abel,
tendência para fazer o bem, a justiça coletiva e tolerância, e e-, Caim, tendência para o
valorização moral, exibicionismo, com as duas tendências hy+ , tendência para exibir-se
Vetor do Ego (Sch) – Esse vetor é a instância central, da qual a elaboração teórica
lugar dos mecanismos de defesa diante dos perigos pulsionais, representados pelos
demais vetores. Este vetor é da ordem do sujeito e exprime o estilo da pessoa no seu
realidade. A constelação desse fator reflete a estrutura do Ego, e pode ser considerada
uma resultante das pulsões parciais correspondentes aos seis fatores que compõem os
demais vetores. O conceito de Ego empregado por Szondi se inspira nos conceitos
desenvolvido por Jung (Deri, 1949). A função do Ego é fazer a mediação entre as
motor, o Ego regula a forma de canalização das exigências instintivas do Id. E busca, ao
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conflitos advindos das várias origens em uma resultante que satisfaça as demandas
originais do Id, permitindo evitar o embate doloroso com os limites determinados pela
realidade externa ou com o Superego. O Ego dispõe de vários mecanismos para fazer
isso, como a identificação ou a repressão. O Vetor do Ego indica a força dinâmica das
são integradas coerentemente na vida mental do Ego. Assim, os dois fatores que
coletivo, para a mentalização do Ego, para a expansão do Ego, e p-, tendência para unir-
Vetor do Contato (C) – Esse vetor traduz como o indivíduo se conduz no mundo,
como ele se mantém sem deixar-se levar pelas sensações que o habitam. É a inserção
naquilo que o cerca, sua relação com os outros e com o mundo. É o vetor do ambiente e
das sensações, da união com o mundo que o rodeia (Gayral, 2006). O termo que o
uso corrente: tocar algo, apreender, pegar; tocar alimentos, experimentar, fruir
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Contato tem relação com quatro funções elementares: agarrar-se ao objeto; desprender-
segundo Freud.
expressam, de uma maneira geral, a capacidade do ser humano para se ligar a outras
pessoas e permanecer ligado a elas, sem qualquer conotação sexual ou erótica, embora
essas pulsões estejam relacionadas. O Vetor do Contato é a condição sine qua non que
tendências d+, tendência para aquisição de novos objetos, infidelidade, e d-, tendência
para a renúncia ao novo objeto, fidelidade; Fator m (mania), necessidade de apoio, com
as tendências m+, tendência para apoiar-se nas coisas e nas pessoas, para a verbalização
e hedonismo e m-, tendência para separar-se, para a solidão (Benko, 1955; Leitão,
1984). As sintomatologias associadas a esse vetor são as distimias (Lekeuche & Mélon,
1991).
civilização (s); à religião e à ética (e); à arte dramática (hy); à filosofia, metafísica,
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arte (d); à arte de falar, oratória e canto (m). Estas são tendências de sublimação;
(Benko, 1955). A canalização adequada das pulsões por meio da satisfação das
presente na visão de Csikszentmihalyi (1992), ao afirmar que não se pode negar os fatos
seu teste, mas foi convencido pelo próprio Szondi a usar fotografias, por terem um
saúde. Para ele, as exigências da profissão àquele que irá exercê-la englobam, além das
escolhas nas diversas áreas desperta o olhar para a atividade enquanto atmosfera
a estrutura fatorial do indivíduo, mas reconhecer que suas tendências estarão ativas na
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maneira como estabelece suas relações com os parceiros profissionais e, portanto,
embora Szondi tenha desenvolvido sua teoria com base em análises clínicas de
fatores do seu teste com a psicopatologia szondiana. Ele adotou apenas os conceitos
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Tabela 1 - Caracterização dos fatores HumanGuide segundo Kenmo (2005)
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A Tabela 2 apresenta o quadro comparativo entre os fatores pulsionais concebidos
por Szondi (1972), os adotados por Achtnich (1991) no BBT e traduzidos por Kenmo
pulsionais dos fatores S (Sh e Se) – Senso Social e O (Or e On) – Oralidade ao
desenvolver o seu instrumento. Kenmo (2005), por sua vez, preferiu ater-se a uma
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Tabela 2 – Comparação dos fatores segundo Achtnich, Kenmo e Szondi
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No Vetor Sexual aparecem alinhados os fatores relativos ao princípio feminino
entre o Superego e o Id; entre a tendência à constrição, face aos limites impostos pela
imaginação. Achtnich (1991) adota o termo Razão para expressar a necessidade de ter
controle sobre a realidade, enquanto Kenmo (2005) prefere adotar a expressão Estrutura
ao se referir aos conteúdos relativos ao fator k-. O fator pulsional p+ de Szondi (1972)
por Achtnich (1991), para expressar o intangível, longínquo, para além da realidade dos
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objetiva, constrição do Ego) representa a possibilidade de realização das ideias e a
fixação, retenção (d-, Depressão). Achtnich (1991) preferiu adotar o termo oralidade
Kenmo (2005) ateve-se apenas à oralidade (Fator O), intitulando esse fator de Contatos
fator Depressão (d-), na teoria de Szondi, (1972), Achtnich (1991) preferiu representá-lo
por meio do termo Matéria (Fator M), trazendo a imagem de algo perene e estável, cujo
estado se transforma sob a ação do tempo. Esse fator apresenta em seu bojo a ideia de
escolhas que o indivíduo faz em todos os âmbitos da sua existência. Dessa forma, a
motivação pode ser observado por meio da atitude, esta pode ser apreendida e medida
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por meio de instrumentos de avaliação psicológica (Cattell, 1975), atendendo à
(Abrahão, 2000; Chiavenato, 2005, Dias, 2005; Drucker, 1996, 1999; Franco, 2001;
O desenvolvimento do HumanGuide
uma empresa sueca, organizadora de excursões de ônibus para os Alpes, que queria
aperfeiçoar suas rotinas de recrutamento e seleção dos seus guias. Como o trabalho de
guia de turismo alpino é popular na Suécia, as vagas tiveram muita procura. A empresa
maneira que não necessitasse despender muito tempo e dinheiro nesse processo.
Com essa demanda em mente, Kenmo (2005) procurou desenvolver um teste que
permitisse ajudá-las a ampliar seu autoconhecimento. Para tanto, queria que o teste
fosse fácil e rápido, que os resultados fossem facilmente compreensíveis pelas pessoas e
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introduzido no Brasil por Jacquemin (Achtnich, 1991), que também está apoiado na
teoria de Szondi. O formato de inventário de escolha forçada foi adotado como forma de
social presente nesse contexto, todos os itens que compõem o HumanGuide são
Louvain-la-Neuf, na Bélgica, onde foi muito bem recebido. Esse momento foi decisivo
(Kenmo, 2001).
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O teste ganhou novo impulso com a criação de uma versão em português,
suas filiais nos EUA e na Ásia. Como a aplicação do teste é feita por meio da Internet, o
qualquer lugar.
aplicação do piloto do teste no Brasil contou com a participação de 191 pessoas. Ali
compuseram essa primeira versão do teste. Também foi avaliada a receptividade dos
testandos. A revisão dos itens contou com a colaboração de dois juízes (linguistas), que
escolheram como critério de formulação das frases constituintes dos itens do teste a
73% proposto por Anastasi (2003). Os resultados obtidos nesse estudo serão
com o perfil motivacional do indivíduo. O original em sueco foi traduzido para o inglês
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Características psicométricas do HumanGuide
Likert (Anastasi, 2003; Baron; 1996; Meade, 2004; Heggestad & cols. 2006). No
entanto, esse tipo de medida apresenta sérias limitações, pois os dados obtidos dessa
para todos os respondentes (Dorsch, 1992; Meade, 2004). Embora muitos fatores
possam contribuir para a criação de dados ipsativos, na prática esse termo é usado de
matrizes ipsativas de covariância, resultante das propriedades dos dados obtidos por
decisão entre os itens de cada conjunto de itens (Baron, 1996; Meade, 2004). O
processo de escolha é afetado pelo nível latente dos construtos avaliados presentes no
respondente.
escolha de cada item também podem afetar a consistência das respostas (Baron, 1996;
Meade, 2004). Cabe destacar que as distorções decorrentes da desejabilidade social são
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menos frequentes nas escalas interdependentes de escolha forçada, pois nelas os
respondentes são obrigados a atribuir um valor diferente aos itens, sem a possibilidade
de concordar com todos eles. Além disso, a escolha forçada resulta numa maior
diferenciação dos escores no respondente, pois não é possível lhes atribuir um valor
igual (Baron, 1996). Por outro lado, o teste não fornece os dados normativos necessários
ipsativo, pois nele o testando deve escolher entre oito itens diferentes e também
socialmente desejáveis. No total há nove conjuntos com oito itens cada. Essa construção
pretende simular uma situação semelhante ao processo de escolha real que a pessoa tem
que fazer na vida. Os escores ipsativos obtidos no HumanGuide refletem a força relativa
parâmetro.
frequentemente empregadas, como a análise fatorial, por exemplo, diversos autores são
unânimes ao afirmar que dados ipsativos não devem ser submetidos à análise fatorial
(Bartram, 2008; Loo, 1999; Baron, 1996; Dunlap & Cornwell, 1994; Froman, 2001).
ipsativos a análises estatísticas que pressupõem uma distribuição normal das respostas
(Baron, 1996; Chan, 2003; Chan & Cheung, 2002; Hammond & Barrett, 1996;
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Heggestad, 2006; Heggestad & cols., 2006a, 2006b; Karpatschof & Elkær, 2000;
McCloy, Waugh & Medsker, 1999; McCloy, Heggestad & Reeve, 2005, Meade, 2004;
caso, o item selecionado não depende só do nível de latência do traço que está sendo
medido pelo item, mas, também, do conjunto de itens do qual faz parte e das suas
competição entre os itens de cada conjunto de itens (Meade, 2004; McCloy, Waugh &
encontradas nas escalas Likert, o que traz implicações importantes para a análise
(McCloy e cols., 2006). Nos testes ipsativos, os valores de consistência interna são
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atenuados devido ao fato de a maioria das correlações inter-itens serem negativas,
fazendo com que escores elevados em uma determinada dimensão provoquem escores
baixos nas outras dimensões (Kayes, 2006). A fidedignidade dos testes com
características ipsativas, obtida por meio da consistência interna, é em geral baixa, com
valores medianos ao redor de 0,20, o que pode contribuir, também, para a redução dos
índices de correlação com outros instrumentos (Greer & Dunlap, 1997; McCloy, Waugh
derivadas da Teoria Clássica dos Testes não é compatível com dados ipsativos (Meade,
2004).
ipsativos não é incomum (Hammond & Barrett, 1996; Meade, 2004; Clark & Watson,
entre as escalas ipsativas e normativas (Baron, 1996; McCloy e cols., 2006), o mesmo
De uma maneira geral, o escore ipsativo pode ser entendido como uma pontuação
medida de escore total em todas as escalas do HumanGuide, ele mostra apenas quais
traços são mais fortes e mais fracos no indivíduo. É possível observar o formato do
perfil, mas não os valores absolutos das oito escalas avaliadas, permitindo comparar as
dos dados ipsativos pode não ser apropriada, pois impossibilita comparações intra-
individuais.
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Ainda que a análise fatorial constitua a aproximação estatística mais importante
consideram que ela não é indicada para a análise de dados ipsativos (Bartram, 2008;
Loo, 1999; Baron, 1996; Dunlap & Cornwell, 1994; Froman, 2001). Julgam que quando
submetidos à análise fatorial, os resultados obtidos não são passíveis de análise, por
que esta não seja realizada em dados ipsativos ou nos quais possa haver indício de
obscurecendo qualquer correlação entre as medidas. Baron (1996) também coloca que a
medida em que resulta em fatores bipolares contrastantes. Froman (2001), por sua vez,
considera que determinadas escalas jamais deveriam ser submetidas à análise fatorial.
Ele cita, como exemplo, as medidas ipsativas, pois o fato de cada indivíduo atribuir um
pois ela se apresenta mais robusta com medidas ipsativas, embora ainda seja sujeita a
distorções. No entanto, estas serão menores quanto mais escalas fizerem parte da
medida ipsativa. De um modo geral, Baron coloca que a ipsatividade tem menos
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O emprego do formato de escolha forçada adotado no HumanGuide minimizou o
obtidos foram analisados com base no exposto, como sugerem McLean e Chisson
citados por Bimler e Kirkland (2006), também recomendam cautela na análise dos
dados com propriedades ipsativas, como é o caso do HumanGuide, pois qualquer fator
ipsatizados.
forçada é bastante atual, constituindo objeto de debate sobre suas implicações teóricas e
dos instrumentos, uma vez que suas vantagens superam as limitações, quando há risco
Baron, 1996; Chan, 2003; Chan & Cheung, 2002; Clark & Watson, 1995; Dilchert &
cols., 2006; Greer & Dunlap, 1997; Hammond & Barrett, 1996; Heggestad, 2006;
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Heggestad & cols., 2006a, 2006b; McCloy & cols., 2006; McCloy, Waugh & Medsker,
1999; McCloy, Heggestad & Reeve, 2005; Meade, 2004; Price, L. R., 2006; Stark,
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Estudos Psicométricos
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Os estudos psicométricos realizados com o Teste HumanGuide abrangeram
análise dos itens, análise da estrutura interna, evidências de validade por meio do estudo
Personalidade (Russell & Karol, 2002) e BBT- Teste de Fotos de Profissões (Achtnich,
reteste.
passíveis de análise, como esperado (Baron, 1996; Fronam, 2001, Moreira, 2000), tendo
matriz de correlação e com eigenvalues muito semelhantes, o que tornou a saturação das
variáveis dos fatores instáveis. No entanto, apesar disso, quando analisados em detalhe e
com base nas considerações sobre dados ipsativos encontradas na literatura pesquisada
(Baron, 1996; Bartram, 2008; Bimler & Kirkland, 2006, Dunlap & Cornwell, 1994;
Froman, 2001; Loo, 1999; McLean e Chisson,1986; Martinussen, Richardsen & cols.,
2001; Moreira, 2000, e interpretados sob a ótica da teoria subjacente ao teste (Achtnich,
1991; Borg, 2001, 2005; Deri, 1949; Gayral, 2006; Lekeuche & Mélon, 1990; Szondi,
fatores constituídos, cada qual por fatores polares contrastantes. Em vista do exposto, o
resultado da análise fatorial será discutido com base nas considerações sobre dados
ipsativos dos diferentes autores pesquisados e interpretado sob a ótica szondiana. Como
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critério de validade de construto optou-se pela análise da consistência interna, que
constitui uma alternativa proposta por Baron (1996), por ser indicador mais robusto para
centrípeta).
Descrição do teste
podem ser de três tipos: sim (escolha), não (rejeição) e em branco (neutra). As respostas
assinaladas com “sim” são representadas pelo sinal de mais (+), as respostas assinaladas
como “não” são representadas pelo sinal de menos (-) e as respostas neutras são
assinaladas por zero (0). O resultado obtido no teste resulta da soma das respostas
verificar o número de escolhas e/ou rejeições que incidiu nos itens de cada um dos oito
fatores. Deve-se atentar para o fato de as escolhas neutras resultarem em zero, não
dispondo de representação gráfica. O número de respostas neutras por fator pode ser
calculado a partir da soma do número total de escolhas + e -, sendo que a diferença para
nove (9) corresponde ao número de itens do fator que ficaram em branco. Esse cálculo é
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realizado eletronicamente, exigindo apenas a conversão da base de dados no gráfico de
Participantes
de ambos os sexos, com 51,3% de homens (n=418) e 48,7% mulheres (n=397). A idade
média dos participantes do estudo foi de 31,1 anos (dp=8,8), variando de 18 a 60 anos.
140
120
100
Freqüência
80
60
40
20
0
16
21
26
31
36
41
46
51
56
,3
,3
,3
,3
,3
,3
,3
,3
,3
-1
-2
-2
-3
-3
-4
-4
-5
-5
8,
3,
8,
3,
8,
3,
8,
3,
8,
8
Idade
Figura 1. Distribuição dos participantes por idade.
44
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Considerando a escolaridade dos participantes, observou-se maior presença de
profissionais com ensino superior completo (74%), dos quais 22% com curso de pós-
graduação. Apenas 11,7% dos participantes informaram ter somente o ensino médio
completo, sendo que 2,6% ainda o estava cursando. A amostra do estudo contou com a
forte presença da área de exatas (33,4%), e pouca presença da área de biológicas (6,7%).
Sob a rubrica “não informado” foram classificados 13,5% dos participantes, que
deixaram em branco o campo “formação” ou que registraram nele o nome do cargo que
formação e sexo.
Sexo Total
Formação
Feminino Masculino
Biológicas 49 6 55
(4,6%), educacional (3,0%), saúde (1,7%), químico (2,2%) e construção civil (2,5%),
45
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totalizando 34,3% da amostra. Não foi possível atribuir um ramo de atividade a 7,9%
sendo que 43,2% trabalham na capital, 9% no Grande ABC, 10,6% no interior do estado
brasileiros, que atuam nas filiais das empresas contatadas, com maior presença de
participantes de Minas Gerais (6,5%), Santa Catarina (2,3%), Rio Grande do Sul (1,6%)
e Rio de Janeiro (1,2%). Os demais são provenientes dos estados do Amazonas, Bahia,
Com relação aos cargos ocupados nas diferentes empresas que participaram do
46
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(40,2%), com idade média de 29,4 anos (dp 8,2), variando de 18 a 58 anos. Esses
ambos os sexos, com 56,3% de mulheres (n=35) e 43,7% de homens (n=28). A idade
média dos participantes desse estudo foi de 32,1 (dp=8,9), variando de 18 a 58 anos.
aplicada em uma amostra composta por 191 testandos adultos, 51,8 % do sexo
HumanGuide para, se necessário, fazer ajustes. Foi adotado o índice de 27% superior e
inferior da distribuição do critério dos itens, como sugerido por Anastasi (2003).
HumanGuide revelou que a atribuição positiva dos itens variava de 5,9% a 94,4%, a
resultado mostrou que havia maior variabilidade na atribuição neutra do que nas
quatro “sim”, dois “não” e dois “neutro” aos oito itens que compõem cada página do
teste, fazendo com que o total de escolhas positivas, negativas e neutras seja sempre o
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mesmo para todos os testandos. Há, portanto, maior probabilidade de atribuição positiva
(sim) aos itens, do que de atribuição negativa (não) ou neutra (em branco).
A análise descritiva dos dados identificou nove itens com baixa variância, ao se
adotar como critério de variância o índice de 73% (Anastasi, 2003). Nessa análise foram
quatro itens, fazendo com que a escolha positiva de um item por mais de 73% dos
menos de 27%.
cuja variância foi inferior a 73% ou que não estivessem em consonância com a temática
escolhas positivas nos itens do fator Qualidade (e+), relativo à participação social por
meio de ações positivas e comprometidas com a ética. Como esse aspecto é bastante
positiva a esse fator tenha sofrido forte influência da desejabilidade social. Para tornar a
Outro fator que apresentou itens com baixa variabilidade foi Imaginação (p+),
que expressa a expansão do Ego por meio do contato com o novo, da descoberta, da
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envolvimento com o que faz (Achtnich, 1991). Esse aspecto tem sido muito valorizado
pelas empresas, como condição necessária para lidar com mudanças constantes e com a
2005; Drucker, 1999; Franco, 2001; Herzberg, 1993). Os itens com elevado porcentual
capacidade criativa.
Um item do fator Estrutura (k+), que expressa necessidade de ter controle sobre
pelos testandos. Dois itens do Vetor Contato (d- e m+) apresentaram variância baixa,
visaram conferir maior ênfase aos aspectos representados pelos itens, aumentando sua
intensidade.
houve rejeição de um item do fator Exposição (hy+) por 87,1% dos testandos. Esse item
– Atitude frente aos Outros; Página 9 – Expressão Máxima. Os novos itens visaram
49
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contextualizar o fator nesses temas, sendo que os itens da página 9 deveriam servir
como medida de coerência interna, no sentido em que os quatro itens com atribuição
substituição dos itens problemáticos pelos reformulados, foi feita com base no banco de
itens atenderam ao índice de variância proposto por Anastasi (2003), com índice de
escolhas positivas inferior a 73%, exceto seis itens, sendo que todos apresentaram
variância inferior a 80%. Observou-se que os itens relativos ao fator Qualidade (e+),
social.
teórico no qual está baseada a interpretação dos escores obtidos por meio deles. Como a
motivação, um importante objetivo desse estudo foi investigar sua estrutura fatorial,
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considerados significantes os valores que obtiveram nível de significância estatística
menor do que 0,05, sendo muito significantes os que obtiveram níveis menores que
51
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Esses resultados mostram que o padrão de associação entre as oito subescalas do
ausência do indicador “-” antes dos coeficientes informa se as duas variáveis aumentam
correlações positivas indicam que quando o valor de uma variável aumenta, o mesmo se
indicando que o valor de uma variável aumenta à medida que o valor da variável
correlacionada diminui.
Personalidade (Russell & Karol, 2002) e BBT - Teste de Fotos de Profissões (Achtnich,
52
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1991). As relações entre essas medidas foram estudadas pela prova de correlação
0,05, sendo muito significantes os que obtiveram níveis inferiores a 0,01. Os valores
foi realizada análise fatorial heurística com inclusão total dos itens que compõem o teste
HumanGuide.
HumanGuide e 16PF
Fatores da Personalidade (Russell & Karol, 2002), cujas magnitudes são baixas ou
descritas e discutidas na página 34. A Tabela 5 apresenta os valores que tiveram maior
53
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Tabela 5. Síntese da matriz de correlação entre os fatores do HG e 16 PF (Spearman
rho)
HumanGuide
16PF Sens For Qua Exp Estr Imag Estab Cont
A 0248* -0,276**
Expansividade
E 0,279** -0,299**
Afirmação
M -0,219* 0,285**
Imaginação
N 0,298** 0,241* -0,318** 0,250*
Requinte
encontradas entre o fator Força e os fatores do 16PF dizem respeito ao aspecto direto,
16PF, sugerindo que a empatia está associada à consciência (fator G), enquanto freio
ético. A análise das concomitâncias dos fatores que compõem o Vetor Paroxismal,
54
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Qualidade e Exposição, revelou que estes se correlacionaram com os mesmos fatores do
O mesmo foi observado em relação aos fatores que compõem o Vetor do Ego,
relações interpessoais (Achtnich, 1991; Borg, 2001; Cattell, 1989; Kenmo, 2005; Núñez
o fator que apresentou menos correlações foi o Sensibilidade, que diz respeito à
pessoas, com apenas duas correlações significantes, uma positiva e uma negativa. Há
(Disciplina) do 16PF, com uma média de cinco correlações encontradas por fator. Os
conteúdos representados por cada um desses fatores do 16PF dizem respeito aos
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enfrentamento de ameaças, às máscaras sociais (aceitação social) e ao contato com a
cognitivos para lidar com a realidade, dimensões estas presentes no 16PF e ausentes no
HG.
participação nos diferentes contextos, apreendidos pelo 16PF, pode ser motivado por
fatores de ordem mais profunda, apreendidos pelo HumanGuide. Esses fatores fazem
dimensões apreendidas pelo 16PF não sejam diretamente as mesmas apreendidas pelo
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exemplo, podendo ser compreendidos como manifestações diferentes ou em diferentes
HumanGuide e BBT
Teste de Fotos de Profissões (Achtnich, 1991), uma vez que ambos se baseiam na
57
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Tabela 6. Correlação de Spearman rho bi-caudal entre os testes HG e BBT
HumanGuide
Força, e qualquer um dos fatores primários do BBT. Esse fato provavelmente se deve a
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diferenças de conteúdo dos estímulos de ambos os testes. No BBT, as fotos relativas ao
correlação desses fatores sugere que pessoas com acentuado senso de responsabilidade
exatidão. Essa correlação coincide com a correlação positiva também encontrada entre
59
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correlação sugere adaptação à demanda externa, seja ela necessidade ou expectativa do
meio ambiente.
Imaginação e Fator G, o que pode ser atribuído a diferenças de conteúdo dos estímulos
dos dois testes. Enquanto no BBT as fotos relativas ao fator V representam pessoas
O estudo realizado por Leitão (1984) mostrou que há correlação do BBT com
versões do mesmo teste usando indutores verbais, quando os itens apresentam igual
de conteúdo dos itens (frases e fotos, respectivamente), seria uma explicação para a
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Considerando o Vetor do Contato (Szondi, 1975), foram observadas correlações
sugere que pessoas com pontuação elevada no fator S sentem necessidade de se deslocar
sugere que indivíduos com escores elevados no fator Z estejam mais voltados para o
que é efêmero e virtual, para a imagem de uma maneira geral (Achtnich, 1991). Tal
tendência contraria a orientação para o passado e para a origem das coisas, com
Embora essas correlações não sejam esperadas, não há incompatibilidade entre elas na
correspondem aos fatores polares do Vetor do Contato (Szondi, 1972). Escores elevados
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polaridade positiva (Achtnich, 1991; Szondi, 1972). Por fim, foi observada correlação
Considerando a diversidade dos estímulos nas fotos relativas aos fatores W e K no BBT
dimensões, apesar das limitações decorrentes das diferenças entre as características dos
correlações nos demais fatores pode ser decorrente de diferenças relativas aos conteúdos
expressos nos itens, como descrito anteriormente. A baixa magnitude presente nas
na sétima rotação. A carga dos fatores foi obtida por meio do Método de Regressão,
sendo que a matriz de fatores foi obtida após a sétima iteração. A primeira análise
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dos itens. O gráfico scree (scree plot) demonstra a distribuição da variância observada
entre os componentes. Com base nele (Figura 2), observa-se que a variação dos
pouco para explicar a variância. Portanto, eles podem ser descartados. Esse resultado
sugere que a solução de quatro componentes seria a adequada para explicar a variância
4
Autovalores
-1
41
46
6
21
26
31
36
51
56
61
66
71
1
11
16
Número do componente
tabela 7. No entanto, como se trata de dados ipsativos, esses resultados devem ser
relativizados.
63
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Tabela 7 - Total da variância explicada dos componentes do teste HumanGuide
após a rotação Varimax
Porcentagem Porcentagem
Componentes acumulada
1 6,7 6,7
2 6,0 12,7
3 5,2 17,9
4 4,7 22,6
Uma das características da análise fatorial é que nela são extraídos fatores por
ordem decrescente a partir dos autovalores (eigenvalue). Quando dois ou mais fatores
idênticas, pequenas variações aleatórias tendem a dar primazia ora a um, ora a outro
fator. Essa instabilidade na ordem de extração dos fatores criou uma aparente
instabilidade nas saturações das variáveis dos fatores, pois os fatores foram
padrão das saturações (Moreira, 2000). Esse fenômeno já era esperado, tendo sido
itens agrupados em um determinado componente, como pode ser observado nas tabelas
8, 9, 10 e 11 (a seguir).
obscurecem qualquer correlação entre as medidas. Baron (1996) também adverte que a
64
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análise fatorial é problemática com medidas ipsativas, pois a ipsatividade cria
pois esta resulta em fatores bipolares contrastantes. Como previsto, esse fenômeno foi
obtidos após rotação Varimax apresentam correlação negativa entre itens com
correlação dos itens constituintes do teste. Segundo a teoria de Szondi, cada vetor
pulsional é constituído de dois fatores polares, cujas valências expressam a direção, que
pode ser centrípeta (negativa) ou centrífuga (positiva). Dessa forma, é esperado que
escolhas positivas (sim) dos itens relativos aos fatores centrípetos se correlacionem com
65
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Tabela 8- Matriz fatorial do primeiro componente
negativa (itens d37, d47, d88, d94, d78, d24, d55, d17), Imaginação na polaridade
positiva (itens p26, p74, p66, p57, p36, p48), com presença moderada de Exposição na
66
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centrípeta, como entre os itens dos fatores centrípetos Estabilidade e Estrutura e os
uma vez que esta resultou em fatores artificiais bipolares contrastantes (Baron, 1996;
Dunlap & Cornwell, 1994). O mesmo fenômeno pode ser observado na matriz fatorial
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Neste componente houve maior incidência dos fatores Contatos na polaridade
negativa (itens m92, m18, m85, m46, m71, m25, m38), Estrutura na polaridade positiva
(k44, k72, k95, k86, k34, k14, k54) e Qualidade na polaridade positiva (e43, e91 e e12).
Qualidade e Sensibilidade).
polaridade negativa (itens hy75, hy87, hy33, hy64), Sensibilidade na polaridade positiva
(h82, h13, h31, h21, h76), Qualidade na polaridade positiva (e51, e77, e22), com
68
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negativas examinadas foram, mais uma vez, entre itens com orientação centrífuga
exceção do item m61 que aparece na polaridade positiva, em oposição aos itens de
positiva (itens s73, s42, s62, s11, s96, s27), Imaginação na polaridade negativa (p15,
positiva (e32, e83, e63). Não foram observadas correlações negativas entre itens de
podem ser mais bem visualizados na Tabela 12, na qual se observa a presença de fatores
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bipolares contrastantes, como descrito por Baron (1996), Dunlap e Cornwell (1994). Os
fatores bipolares são representados pela correlação negativa dos itens com orientações
opostas, ou seja, itens referentes aos fatores centrífugos e centrípetos, segundo a teoria
Eles são considerados não passíveis de interpretação, segundo a Teoria Clássica dos
Testes.
Clássica dos Testes, prejudicando a interpretação dos mesmos sob essa ótica, embora
70
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tenham se apresentado como esperado por serem dados ipsativos. A distorção
dados ipsativos não devem ser submetidos à análise fatorial (Bartram, 2008; Baron,
1996; Dunlap & Cornwell, 1994; Froman, 2001; Loo, 1999), pois estes apresentam
(Baron, 1996; Chan, 2003; Chan & Cheung, 2002; Hammond & Barrett, 1996;
Heggestad, 2006; Heggestad & cols., 2006a, 2006b; Karpatschof & Elkær, 2000;
McCloy, Waugh & Medsker, 1999; McCloy, Heggestad & Reeve, 2005, Meade, 2004;
homogêneos são os itens que compõem cada uma das oito subescalas ou dimensões do
teste. Idealmente, os itens que compõem cada subescala deveriam ter correlação
moderada ou alta entre si. Os resultados obtidos se mostraram bastante positivos por
calculada mediante correlações entre cada item e o total de pontos em cada subescala a
parâmetros: 1) coeficientes abaixo de 0,35 (em valores absolutos) refletem baixo nível
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de associação; 2) coeficientes entre 0,35 e 0,65 (em valores absolutos) refletem
forte associação.
Tabela 13 - Correlação entre item e escore total nos fatores Sensibilidade e Força
Sensibilidade Força
Item Item
h13 0,376(**) s11 r 0,317(**)
p 0,000 p 0,000
h21 r 0,360 (**) s27 r 0,282(**)
0,000 p 0,000
h31 r 0,477(**) s35 r 0,472(**)
p 0,000 p 0,000
h45 r 0,545(**) s42 r 0,582(**)
p 0,000 p 0,000
h56 r 0,323(**) s52 r 0,368(**)
p 0,000 p 0,000
h68 r 0,384(**) s62 r 0,586(**)
p 0,000 p 0,000
h76 r 0,489(**) s73 r 0,510(**)
p 0,000 p 0,000
h82 r 0,479(**) s84 r 0,560(**)
p 0,000 p 0,000
h97 r 0,492(**) s96 r 0,524(**)
p 0,000 p 0,000
** Correlação muito significativa ao nível 0,01.
72
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Tabela 14 - Correlação entre item e escore total nos fatores Qualidade e Exposição
Qualidade Exposição
e12 r 0,408(**) hy16 r 0,428(**)
p 0,000 p 0,000
e22 r 0,407(**) hy28 r 0,484(**)
p 0,000 p 0,000
e32 r 0,371(**) hy33 r 0,549(**)
p 0,000 p 0,000
e43 r 0,499(**) hy41 r 0,239(**)
p 0,000 p 0,000
e51 r 0,287(**) hy53 r 0,375(**)
p 0,000 p 0,000
e63 r 0,251(**) hy64 r 0,372(**)
p 0,000 p 0,000
e77 r 0,248(**) hy75 r 0,638(**)
p 0,000 p 0,000
e83 r 0,464(**) hy87 r 0,625(**)
p 0,000 p 0,000
e91 r 0,427(**) hy98 r 0,477(**)
p 0,000 p 0,000
** Correlação muito significativa ao nível 0,001.
73
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Tabela 15 - Correlação entre item e escore total nos fatores Estrutura e Imaginação
Estrutura Imaginação
k14 r 0,396(**) p15 r 0,347(**)
p 0,000 p 0,000
k23 r 0,470(**) p26 r 0,404(**)
p 0,000 p 0,000
k34 r 0,528(**) p36 r 0,444(**)
p 0,000 p 0,000
k44 r 0,426(**) p48 r 0,513(**)
p 0,000 p 0,000
k54 r 0,431(**) p57 r 0,439(**)
p 0,000 p 0,000
k65 r 0,264(**) p66 r 0,511(**)
p 0,000 p 0,000
k72 r 0,453(**) p74 r 0,448(**)
p 0,000 p 0,000
k86 r 0,547(**) p81 r 0,445(**)
p 0,000 p 0,000
k95 r 0,583(**) p93 r 0,443(**)
p 0,000 p 0,000
** Correlação muito significativa ao nível 0,001.
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Tabela 16 - Correlação entre item e escore total nos fatores Estabilidade e Contatos
Estabilidade Contatos
d17 r 0,425(**) m18 r 0,530(**)
p 0,000 p 0,000
d24 r 0,461(**) m25 r 0,406(**)
p 0,000 p 0,000
d37 r 0,628(**) m38 r 0,445(**)
p 0,000 p 0,000
d47 r 0,603(**) m46 r 0,484(**)
p 0,000 p 0,000
d55 r 0,428(**) m58 r 0,340(**)
p 0,000 p 0,000
d67 r 0,421(**) m61 r 0,201(**)
p 0,000 p 0,000
d78 r 0,505(**) m71 r 0,534(**)
p 0,000 p 0,000
d88 r 0,567(**) m85 r 0,602(**)
p 0,000 p 0,000
d94 r 0,522(**) m92 r 0,571(**)
p 0,000 p 0,000
** Correlação muito significativa ao nível 0,001.
valores apresentaram magnitudes entre 0,20 e 0,30, refletindo associação fraca entre os
itens e as escala da qual fazem parte. No fator Qualidade houve concentração de três
deles, embora o nível de significância tenha se mantido menor do que 0,001. Os demais
itens apresentaram correlações item-fator moderadas, entre 0,30 e 0,60, o que é bastante
Meade, 2004; Price, 2006), que tendem a diminuir os valores devido à forte presença de
intercorrelações inter-itens (Clark e Watson, 1995; Greer & Dunlap, 1997; Kayes,
2006).
mediante valores de alfa (Cronbach), conforme pode ser observado na Tabela 17.
75
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Tabela 17 - Coeficientes alfa de Cronbach para os oito fatores do HumanGuide
Os valores de alfa (Cronbach) de cada escala estão acima de 0,50, exceto nos
fatores Qualidade (0,279) e Sensibilidade (0,421). Tendo em conta que nos testes
quando comparados aos testes normativos, já era esperado que estes se mostrassem
abaixo dos valores citados na literatura para testes normativos, pois a ipsatividade afeta
forçada, o valor do alfa será puxado para baixo, proporcionalmente ao número de itens
que compõe cada escala (Clark & Watson, 1995; Greer & Dunlap, 1997; Kayes, 2006;
cada escala, os quais são bastante amplos como, por exemplo, princípio feminino
alfa obtidos estão abaixo dos valores esperados para dados normativos, estes devem ser
conceitos apreendidos por cada escala (Clark & Watson, 1995; Greer & Dunlap, 1997;
76
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Kayes, 2006; McCloy & cols, 2006; Meade, 2004). Assim, os valores de alfa obtidos no
que suas vantagens superam suas limitações quando há risco de falseamento de resposta
HumanGuide (Anastasi, 1975; Anastasi, 2003; Baron, 1996; Chan, 2003; Chan &
Cheung, 2002; Clark & Watson, 1995; Dilchert & cols., 2006; Greer & Dunlap, 1997;
Hammond & Barrett, 1996; Heggestad, 2006; Heggestad & cols., 2006a, 2006b;
McCloy & cols., 2006; McCloy, Waugh & Medsker, 1999; McCloy, Heggestad &
Reeve, 2005; Meade, 2004; Price, L. R., 2006; Stark, Cherneyshenko & Drasgow, 2005;
literatura consultada.
77
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Evidência de fidedignidade
Teste-Reteste
teste nas mesmas pessoas após um período de tempo, permitindo avaliar a magnitude da
sendo que o intervalo típico adotado nesse tipo de análise costuma ser de algumas
O reteste foi realizado com um intervalo médio de 14,5 meses (dp=0,8) entre a
precisão dos oito fatores do instrumento, foi utilizado o Alfa de Cronbach, cujo valor
uma medida de não conformidade das variâncias entre itens pareados. Os resultados
78
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Tabela 18. Índice de precisão por fatores
Coeficiente de
Fator Alfa de Cronbach Sperman-Brown
Os índices de precisão foram considerados bons para cinco dos oito fatores
(Força, Exposição, Estrutura, Imaginação e Contatos), que variaram entre 0,80 e 0,87.
entre 0,74 e 0,75, sendo que apenas o fator Qualidade revelou precisão moderada de
79
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Normas
80
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Aplicação
convite terá sido enviado por um psicólogo licenciado e cadastrado no site do teste,
o seu consentimento, será apresentada uma tela com os dados pessoais do respondente
(nome, data de nascimento, sexo, escolaridade e formação), para que sejam corrigidos
nove telas, com oito opções de escolha cada, dando início ao teste propriamente dito. O
pelo respondente.
População alvo
81
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Material necessário para realização do teste
HumanGuide.
Instruções
mail, enviado pelo psicólogo responsável pela avaliação. O convite contém uma chave
instruções do teste são simples e por escrito, e serão visíveis no ato do aceite do convite
eletrônico. O respondente deverá completar seus dados pessoais antes de iniciar o teste.
Ele terá, no máximo, 20 minutos para assinalar nas nove telas as frases que melhor o
de cada página eletrônica aparecem as instruções sobre como proceder para responder
respondente assinalar uma opção a mais ou a menos, receberá uma mensagem acusando
o erro e solicitando que reveja suas respostas. Ao concluir a nona página aparecerá uma
82
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tecla virtual de envio. Ao clicar sobre essa tecla virtual, a página do teste é fechada e os
Apuração do resultado
aplicativo instalado no sistema, bem como a conversão da base de dados das respostas
em um perfil gráfico. Esse aplicativo efetua a soma das respostas “SIM” e “NÃO”
atribuídas aos itens de cada fator. Imediatamente após o envio das respostas pelo
responsável pelo envio do convite eletrônico ao respondente) tem acesso a uma página
que lhe permite verificar se o teste foi concluído. Todos os acessos, tanto do psicólogo,
violação ou alteração.
positivo para as escolhas positivas (SIM) ou típicas, 1 (um) ponto negativo para as
escolhas negativas (NÃO) ou atípicas, e 0 (zero) para as respostas que foram deixadas
que consiste de um gráfico de barras (ver exemplos adiante), resultante da soma das
83
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escolhas positivas (SIM) e negativas (NÃO) do respondente para cada fator,
Relatório Sintético, que ilustra o Perfil Pessoal por meio de ícones gráficos; 3) Relatório
iniciando com os fatores predominantes (típicos), até chegar aos fatores menos
pressupostos teóricos de Szondi (Achtnich, 1991; Borg, 2001, 2005; Deri, 1949; Gayral,
2006; Lekeuche & Mélon, 1990; Szondi, 1965/1987, 1963/1998, 1972). Como se trata
relação aos oito fatores, não permitindo comparações interpessoais no sentido de mais
quanto aos fatores motivacionais. Dessa forma, não é possível estabelecer valores
com oito linhas de diferentes cores. Cada linha, ou cor, corresponde a um fator ou
positivas (SIM). No campo atípico, à esquerda da linha central ou valência zero, são
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cujas barras se encontram no campo típico expressam o comportamento usual do
Assim, quando a barra maior estiver do lado direito, típico, significa que há acentuada
barra tender para o lado esquerdo. Nesse caso, é pouco provável que o indivíduo
está ambivalente a respeito dessa necessidade específica, fazendo com que, às vezes,
expresse essa necessidade e, às vezes, não. Por exemplo, se isso acontecer no fator
Força, pode ser que, às vezes, o respondente se incumba de uma tarefa e, às vezes,
significa que ele recebeu a valência neutra nas escolhas efetuadas. Tal situação expressa
aspecto aversivo para ele. Tal resultado pode ser interpretado como grande
satisfação dessa necessidade, mas tampouco evitará situações que o confrontem com
associados a esse fator, quando solicitado ou necessário, lidando bem com as situações
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correspondentes, mas sem constituir o foco dos seus interesses. O fator neutro pode ser
A cada fator foi atribuída uma cor: o fator Sensibilidade é representado pela cor
laranja; o fator Força é representado pela cor cinza; Qualidade é representada pela cor
verde; Exposição é representada pela cor magenta; Estrutura é representada pela cor
azul; a cor amarela representa o fator Imaginação; Estabilidade é representada pela cor
Do lado direito do gráfico aparece, ainda, uma breve descrição das características
grande em branco: fator típico moderado. O resultado da soma das respostas SIM e
da soma das respostas varia de -1 a +1, sem clara definição de tendência. A barra
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Quadrado totalmente em branco, com a moldura na cor do fator: fator
respondente.
segundo os vetores pulsionais da teoria de Szondi. O quatro fatores na parte de cima são
se considerar não só a intensidade com que cada fator aparece nele, mas, também,
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refletindo, dinamicamente, o jogo de forças das diferentes pulsões na personalidade do
respondente.
Sensibilidade
necessidade de tocar e ser tocado pelas pessoas, tendo como símbolo a pele. A pele é
quente e maleável, cede ao mais leve toque, absorve o impacto, estabelece o limite
estabelece uma relação próxima ou de intimidade com o outro, como a área clínica,
empática. A acentuação desse fator faz com que o indivíduo seja disponível, prestativo e
adaptável, pois tem grande necessidade de captar e atender as necessidades das outras
pessoas. Como é bastante sensível e afetuoso, gosta de estar próximo das pessoas,
sentimentos e os desejos das pessoas à sua volta, ficando feliz quando pode atendê-los.
O tato e a diplomacia são importantes recursos internos para desempenhar bem o seu
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atenuando-o. Essa característica confere ao indivíduo elevada facilidade para atuar no
quando pode ou deve antecipar as necessidades do cliente para que possa bem atendê-lo.
Caso este seja o fator menos típico, trata-se de uma pessoa que não gosta de ficar
Com pouca disponibilidade interna para se adaptar ao outro, costuma esperar que os
outros se adaptem a ele. Em geral é movido pelas próprias necessidades, com tendência
caracterizadas pela prestação de serviços ou que exijam diplomacia e tato apurado. Pode
Força
inerente a este fator é usar a própria força física ou instrumentos com poder de
instrumentos com poder de destruição e corte para que possam ser transformados.
Atacar, superar, dominar, romper, lutar, vencer, bem como demolir, perfurar e aplainar
médica cirúrgica, odontologia, área militar, marketing; atividades que exigem força e
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esportes competitivos ou que exigem autossuperação ou o uso da força física constituem
encontra voltada para o lado direito (típico), o respondente é uma pessoa bastante
obstáculos que se interpõem ao êxito de suas metas. Costuma ser bastante ativo e
realidade, deixar uma marca, abrir caminhos, tomar a iniciativa e conquistar espaços.
situações de conflito e de confronto direto, com tendência a assumir uma posição mais
passiva e reativa, atuando em conformidade com o meio. Não se sente atraído por
quais tenha que enfrentar situações de conflito e ter uma atitude mais firme e
impositiva. Diante de situações de conflito pode ceder ou abrir mão da sua meta,
prefere transformar-se para se adaptar a ela, adotando uma atitude de conformidade com
Qualidade
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O fator Qualidade é regido pelo senso ético, que tem por base a preservação e o
respeito pela vida de uma maneira geral. A necessidade principal é fazer a diferença na
disposição para prestar algum tipo de ajuda ou auxílio. Procura garantir a qualidade
naquilo que faz por temer as consequências negativas dos próprios atos, caracterizando-
se pela confiabilidade. Este fator exerce controle sobre o comportamento, tendo como
favorecendo o seu crescimento. Isso faz com que, muitas vezes, as próprias
necessidades sejam deixadas em segundo plano e tenha dificuldade para expressar sua
pessoas, ficando, assim, preso a elas por meio do seu forte senso de responsabilidade,
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respondentes com forte presença do fator Qualidade no perfil, pois a atividade
natureza.
Quando o fator aparece como não típico no perfil, revela acentuada necessidade
de autonomia e independência, evitando situações nas quais tenha que ficar preso aos
movimento de cunho social ou político. Caso se sinta forçado a fazê-lo, pode ficar
Exposição
O fator Exposição é regido pelo senso moral, pelos códigos sociais e pelos
costumes. A necessidade representada por este fator é de fazer parte do grupo, de ser
visto e aceito pela comunidade, de ser reconhecido e admirado pelo outro. A ação é
determinada pela necessidade de expor e mostrar, tendo no senso estético seu principal
dominantes no meio ambiente ou no grupo social, uma maneira de ser aceito e de fazer
parte dele. Outra característica diz respeito ao cuidado com a forma como é visto pelo
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outro em situações percebidas como ameaçadoras, podendo tanto aparentar ser mais
forte do que é, como o cachorro que eriça o pelo e arreganha os dentes, ou fingir-se de
morto, um jeito de escapar dos ataques do outro. Este fator também expressa a
de expor e de mostrar pode ser satisfeita diretamente, quando a pessoa ocupa posição de
importante ter a possibilidade de expor aquilo que faz, obtendo, dessa maneira, o
reconhecimento das demais pessoas. O impacto que causa nas pessoas e a impressão
que deixa nelas são muito importantes para ele. Gosta de lidar com coisas voltadas para
aceitação da sua produção junto a ele. Sente-se atraído por ambientes de trabalho
social, podendo fazer com que tenha dificuldade para dizer não e adote uma postura
ambígua quando não consegue predizer a reação do outro e teme o risco de desagradá-
lo.
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Se este fator não é típico, revela um indivíduo reservado, modesto e discreto,
que não gosta de se expor e se apresentar, que evita situações que o colocam em
mais interno, que não aparece, pois evita colocar a ênfase na própria pessoa. Pode
parecer tímido, com certa dificuldade para lidar com as expectativas das outras pessoas
realização de seus objetivos na medida em que não assume a autoria do que faz, deixa
de expor suas ideias, competências e habilidades, preferindo estar nos bastidores dos
acontecimentos.
Estrutura
necessidade expressa por este fator é a de ter controle sobre o meio ambiente e sobre si
Estrutura pode ser canalizado por meio de atividades da área de exatas, como o
Quando é o fator principal ou mais típico, trata-se de uma pessoa que se destaca
pela necessidade de ter controle sobre a realidade e de realizar algo concreto, passível
atividades nas quais possa avaliar, monitorar e checar, com o objetivo de evitar erros.
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Para isso, utiliza instrumentos de precisão e recursos tecnológicos, como calculadora,
para que se sinta seguro quanto aos objetivos da tarefa. Aprecia a segurança daquilo que
sistemático, atém-se às tarefas que recebe, focando sua atenção nas metas e objetivos
determinados.
Caso este seja o fator não típico, o indivíduo se mostra pouco voltado para
atividades de controle e verificação, revelando ter pouca afinidade com o que é técnico,
com o estabelecimento de metas e planos, tem uma dificuldade natural para aceitar
independência, com tendência a sonhar com um negócio próprio, quando imagina poder
fazer seu próprio horário e desenvolver as coisas à sua própria maneira. Em geral, tolera
mal ser monitorado, controlado, supervisionado e cobrado pelas outras pessoas, como
Imaginação
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compromisso com a realidade concreta e objetiva. No entanto, este fator frequentemente
esoterismo.
criativa, com necessidade de lidar com coisas novas. Bastante ambicioso e com
procura da perfeição e do absoluto. Seu interesse por novidade leva a atração por
elaboração de suas hipóteses. A motivação parte de suas ideias, fazendo que procure
externá-las de alguma maneira e, com isso, exercer influência sobre o meio através
delas.
Quando o fator Imaginação é não típico, revela uma pessoa com tendência ao
ceticismo, que prefere lidar com coisas práticas e objetivas, onde tudo está previsto e
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geral, prefere atividades profissionais nas quais não seja necessário conceber projetos ou
Estabilidade
sofrer a ação do tempo. Está associado à lei de Lavoisier, segundo a qual, “nada se cria,
nada se perde, tudo se transforma”. A necessidade principal que corresponde a este fator
orgânico, químico, histórico ou financeiro, são atraentes, pois permitem voltar-se para o
passado, para a origem das coisas e, assim, recuperar o que se foi por meio da coleta de
busca de novos objetos. Expressa a necessidade de ter contato direto com o objeto de
afinidade com atividades cíclicas e rotineiras, bem como interesse pela posse e dinheiro.
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Quando este é o fator principal, o indivíduo expressa necessidade de lidar com
prático, tendo a base do seu trabalho nas atividades rotineiras e mais simples. Bastante
estável e constante no que faz, tem necessidade de dar continuidade àquilo que iniciou,
dispondo de visão de longo prazo e paciência para realizar tarefas cujo resultado pode
lidar com perdas de qualquer espécie ou para se desfazer daquilo que é conhecido e faz
parte do seu dia a dia. Sente-se seguro ao realizar atividades rotineiras e repetitivas e
Caso este seja o fator não típico, trata-se de uma pessoa bastante maleável e
aberta a mudanças, que lida bem com perdas e que prefere objetivos a curto prazo. Não
sente necessidade de ter contato direto com seu objeto de trabalho, revelando-se pouco
mundo das ideias, principalmente quando a polaridade negativa deste fator aparece
pareada com a polaridade positiva do fator Imaginação. Não gosta de colocar a “mão na
Assim, mostra-se instável e maleável, podendo ser caracterizado pelas demais pessoas
Contatos
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O fator Contatos corresponde à oralidade, na medida em que visa ao contato
com outras pessoas e à apreciação das coisas boas da vida, por meio da busca da
elas. Como o primeiro contato com o mundo é de natureza oral, ele expressa o
sociável, falante e comunicativo, com necessidade de ter contato com muitas pessoas e
principais recursos, por meio dos quais conquista colaboradores para seus projetos, ao
expor suas ideias, negociar ou exercer liderança participativa. Tem grande necessidade
de ser aceito pelas pessoas, podendo, eventualmente, ficar tenso quando se sente
oralmente, como por meio da comida, bebida, fumo, falar em demasia, roer unhas, entre
outras.
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Quando este é o fator não típico, a comunicação e a linguagem oral não
se sentir útil (Qualidade). No geral, prefere ambientes com poucas pessoas e atividades
nas quais possa trabalhar só, sem a necessidade de conversar, trocar ideias ou negociar
necessário.
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Exemplos de perfis e interpretação
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D.R.
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D. R. - Sexo masculino, formado em Ciências Contábeis e Administração de
Análise qualitativa
lidar com coisas concretas e palpáveis, expressando, com isso, acentuado senso prático.
Costuma ver nas atividades rotineiras e mais simples a base de sua atividade, com
disponibilidade para colocar a “mão na massa” e refazer o trabalho tantas vezes quanto
for necessário. Como tem necessidade de dar continuidade àquilo que iniciou, apresenta
dificuldade para se desapegar do que faz. Essa qualidade adesiva faz com que por vezes
se torne um pouco lento, pois não abandona a questão ou tarefa enquanto não a tiver
muito apegado à tradição, tem certa dificuldade para lidar com perdas de qualquer
espécie ou para se desfazer daquilo que é conhecido e faz parte do seu dia a dia.
atender ao voto de confiança nele depositado. D. busca uma atividade que lhe permita
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serviços, tanto internos como externos. O tato, no trato pessoal ou no manuseio de
tolerante. No entanto, não gosta de ficar em uma posição passiva e dependente do outro,
vontade interna para pesquisar e lidar com coisas novas, embora não as procure. O
como elementos secundários, como interesse pela pesquisa da origem das coisas e pela
inovação.
pelo trabalho mais interno, que não aparece, evita colocar a ênfase na própria pessoa.
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Por vezes pode parecer tímido ou com dificuldade para lidar com as expectativas das
ambientes com poucas pessoas e atividades em que possa trabalhar só, sem a
longamente sobre as questões e sobre o impacto que as decisões e/ou ações terão sobre
as pessoas. Tende a ficar preso ao conhecido, evitando mudanças e riscos, o que pode
conhecidas, apegando-se tanto às tarefas como às pessoas com quem convive. É uma
atividades conhecidas. Tem preferência pelo trabalho individual, quando pode realizá-lo
que aprecia o trabalho rotineiro, cíclico e metódico. Como busca a segurança daquilo
sente-se atraído pelo novo, com necessidade de empreender algo, o que nem sempre faz.
documentação, com tendência a guardar tudo, porém nem sempre de uma maneira
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organizada e sistemática.
Conclusão
exigido na área contábil financeira, na medida em que deve realizar atividades rotineiras
que D. seja uma pessoa pouco afeita a atividades de controle e verificação, com pouco
atividades mais técnicas e que exigem forte senso de organização, bem como a
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F.B.D.L.
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F. B. D. L.- Sexo masculino, 19 anos, formado em Engenharia de Produção, candidato
Análise qualitativa
recursos, por meio dos quais conquista colaboradores para seus projetos, expondo suas
novas, seja implementando projetos, seja criando conceitos. Intuitivo, procura soluções
hipóteses. Como boa parte da motivação tem origem em suas ideias, F. apresenta grande
vontade de externá-las, exercendo, com tais ideias, influência sobre o seu meio
ambiente.
Bastante maleável e aberto a mudanças, F. tem boa capacidade para lidar com
perdas e prefere objetivos a curto prazo. Não apresenta necessidade de ter contato direto
com seu objeto de trabalho, revelando-se pouco concreto e pragmático. Prefere lidar
com a abstração da realidade, com o mundo das ideias, em vez de colocar a “mão na
massa”. Não tem afinidade com temas ligados ao passado ou à origem das coisas,
podendo descartar ou não aproveitar o que já existia. Da mesma forma não sente
o âmbito financeiro.
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F. é uma pessoa moderadamente vaidosa, que precisa se sentir aceito e admirado
pelas pessoas. Cuida da própria imagem, revelando-se atento às expectativas dos outros.
reconhecimento externo por meio dele. Da mesma maneira gosta de lidar com o que é
contribuição positiva para quem está à sua volta. Embora tenha disponibilidade para
prestar ajuda e para se engajar em ações nas quais as pessoas possam depender dele,
isso não constitui o foco dos seus interesses. Em geral, ocupa-se mais teoricamente
dessas questões, com tendência a não se deter em detalhes e a não colocar a ênfase na
meticuloso.
agressividade por meio do seu sentido ético, capacidade de empatia e necessidade de ser
aceito e admirado pelas pessoas. Assim, F. não se caracteriza pela vontade de afirmação
proximidade das pessoas e ambientes de trabalho que lhe permitam expressar sua
ao cliente.
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Mostra-se menos voltado para atividades de controle e verificação, com pouca
F. é uma pessoa com um perfil mais voltado para a atividade comercial, que
permite ter contato com muitas pessoas, com o objetivo de expor suas ideias e
conquistar seu apoio para colocá-las em prática. É uma pessoa muito sociável,
uma pessoa ativa e determinada, movida pelas próprias ideias e pela necessidade de
conhecer ou criar coisas novas. Sua inconstância e falta de estabilidade podem fazer
como forma de se adaptar às pessoas e ser aceito e valorizado por elas. Falta-lhe, porém
expectativas externas ou pelo momento presente. Da mesma forma, pode perder de vista
seus projetos.
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Conclusão
e disciplina, associada à forte presença de imaginação e atração pelo novo, o que faz
com que possa perceber as coisas como fruto do acaso e da sorte. Seu perfil está mais
voltado para a área comercial ou marketing, com especial interesse pelo planejamento
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L.C.P.
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L. C. P. – Sexo feminino, 29 anos, formada em Psicologia, candidata ao cargo
Análise qualitativa
L. é uma pessoa muito racional e objetiva, tem necessidade de lidar com o que é
com a tarefa, trabalha segundo planos e princípios, com um objetivo bem definido. Não
gosta de ficar a esmo ou divagando, preferindo trabalhar com metas e estar no controle e
no comando da situação. Sua necessidade de controle faz com que aprecie atividades de
L. busca uma atividade inserida no contexto social mais amplo, por meio da qual
possa dar uma contribuição à coletividade. Prefere direcionar seus esforços para grupos
de pessoas em vez de trabalhar com indivíduos, situação que requer uma relação de
responsabilidade, onde sente que faz a diferença. Sua disponibilidade para assumir
confiança nela depositado, revelando-se muito crítica e exigente consigo mesma e com
as outras pessoas.
apresenta comportamento assertivo e afirmativo. Por vezes, pode ser bastante incisiva e
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direta em suas colocações, sendo percebida pelas outras pessoas como fria, dura,
impaciente e impositiva. Dispõe de muita energia física, com boa tolerância ao estresse.
informal, é uma pessoa otimista e bem humorada, aberta para a negociação e troca de
serviços, nas quais pode estabelecer uma relação com o cliente interno ou externo,
sua agressividade e impaciência. No entanto, não gosta de ficar em uma posição passiva
e dependente do outro, preferindo orientar sua ação por metas e para a solução de
problemas significativos.
problemas com os quais se depara. Como sua motivação surge em grande parte de suas
ideias, procura expô-las às outras pessoas, exercendo assim influência sobre elas.
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ambivalente quanto à forma de lidar com as expectativas das outras pessoas com relação
a ela mesma. Assim, de um lado, procura a aprovação das pessoas, mas por outro não
discreta.
prazo. Não sente necessidade de ter contato direto com seu objeto de trabalho,
abstração da realidade, com o mundo das ideias, sendo que o seu senso de realidade está
depositado. Para ela é fundamental realizar algo significativo e dentro dos parâmetros,
com a qualidade do seu trabalho, torna-se uma pessoa exigente e crítica, que costuma
ficar insatisfeita com o nível de qualidade atingido e com a velocidade da ação, podendo
impacientar com o ritmo de trabalho das outras pessoas. Tende a imprimir um ritmo
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acelerado ao seu ambiente de trabalho, dando diretrizes e cobrando respostas e ações.
organizada, disciplinada e comprometida, o que faz com que tenha disponibilidade para
transmitir diretrizes de maneira clara e sistemática e para prestar ajuda às pessoas com
quem trabalha. Gosta de se sentir útil e de realizar algo útil. De uma maneira geral, L.
não gosta de ficar em uma posição passiva e reativa, atrelada a práticas consagradas ou
implementar projetos.
Conclusão
uma vez que sua ação deve estar voltada para o desenvolvimento das pessoas no
presença do fator Exposição revela pouca afinidade com atividades nas quais tenha que
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Sobre a autora
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