Ebook Da Creche Ao Colegio de Aplicacao 2023
Ebook Da Creche Ao Colegio de Aplicacao 2023
Ebook Da Creche Ao Colegio de Aplicacao 2023
Simone Cunha
Revisão
CONSELHO EDITORIAL
Erivaldo Moreira Barbosa (CCJS)
Janiro Costa Rego (CTRN)
José Wanderley Alves de Sousa (CFP)
Marcelo Bezerra Grilo (CCT)
Mário de Sousa Araújo Filho (CEEI)
Marisa de Oliveira Apolinário (CES)
Naelza de Araújo Wanderley (CSTR)
Railene Hérica Carlos Rocha (CCTA)
Rogério Humberto Zeferino Nascimento (CH)
Saulo Rios Mariz (CCBS) Campina Grande - PB
Valéria Andrade (CDSA)
2023
APRESENTAÇÃO
AUTORES/AS 333
ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: AS CRIANÇAS E A LINGUAGEM
MUSICAL NA UAEI/UFCG NO PÓS-PANDEMIA 201
ESPAÇO PARA HOMENAGEM DAQUELES/AS QUE FIZERAM
A UAEI/UFCG AO LONGO DOS SEUS 45 ANOS 349
A UAEI E A ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL 219
O
presente texto traz o percurso da Unidade Acadêmica de
Educação Infantil da Universidade Federal de Campina
Grande (UAEI/UFCG)3 no contexto de seu ingresso na
Portaria ME nº 694, de 23 de setembro de 2022, que “altera a Portaria
MEC nº 959, de 27 de setembro de 2013, que trata sobre os Colégios
de Aplicação vinculados às Universidades Federais” (Brasil, 2022).
O referido documento atualiza a lista das instituições de Educação
Básica que passam a figurar como Colégios de Aplicação (CAp) das
Instituições Federais de Ensino Superior (IFES).
3 Entre maio e junho de 2023, a Assembleia da UAEI aprovou a alteração do nome da instituição, que passou a
se chamar Unidade Acadêmica de Educação Básica/Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Campina
Grande (UAEI/CAp-UFCG).
INTRODUÇÃO
E
m 2023, a Unidade Acadêmica de Educação Infantil da Uni-
versidade Federal de Campina Grande (UAEI/UFCG) com-
pleta 45 anos de existência e, muito mais que isso, celebra e
reafirma um trabalho pedagógico de excelência, sendo uma institui-
ção de Educação Infantil de referência na cidade, desde sua fundação.
A escolha pelo registro escrito de parte do percurso histórico
da criação da UAEI/UFCG decorre do lugar que nela ocupamos, das
1 Professora efetiva da Unidade Acadêmica de Educação Infantil (UAEI/UFCG). Mestra em Educação (UFCG).
Especialista em Educação Básica, práticas e processos educativos (UFCG). Licenciada em Pedagogia (UEPB).
2 Pedagoga da Unidade Acadêmica de Educação Infantil (UAEI/UFCG). Mestra e doutora em Educação (UFPB).
Especialista em Orientação e Supervisão Educacional (UEPB). Especialista em Educação Infantil (UFPB).
intitulado “Educação Infantil: rumos para o ensino de produção Educação Infantil: instrumento de formação docente”, coordenado por Ivanilda Dantas de Oliveira; e em 2020
e 2021, o projeto “UAEI em ação: dialogando e construindo vínculos com crianças e famílias da instituição em
textual”, coordenado pelas professoras Maria Gorete de Medeiros e tempos de pandemia”, coordenado pela professora Simone Patrícia.
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confluências. In: SARMENTO, Manuel Jacinto; GOUVÊA, Maria
INTRODUÇÃO
A
A leitura é uma porta aberta para a inserção dos sujei-
tos no mundo e para a compreensão deste. No caso das
crianças pequenas, a leitura literária favorece essa inser-
ção por intermédio de uma experiência lúdica e prazerosa. Nesse
sentido, defendemos a importância da presença da literatura in-
fantil em todos os espaços que circulam a infância, pois sua leitura,
2 Professora efetiva da Unidade Acadêmica de Educação Infantil (UAEI/UFCG). Pedagoga (UEPB). Mestra em
Educação (UFPB). Doutoranda em Educação pelo PPGLE (UFCG).
3 Graduada em Letras e Especialista em Formação de Professores (UEPB). Aposentada pela Unidade Acadêmica
de Educação Infantil (UAEI/UFCG).
INTRODUÇÃO
O
presente texto tem por objetivo refletir acerca da rela-
ção entre literatura infantil, racismo e Educação Infantil,
estabelecendo ligações entre a construção da identidade
negra, o debate acerca do racismo na educação infantil, bem como
a importância da abordagem de questões étnico-raciais no trabalho
com a literatura infantil, pelo viés da humanização dos processos
educativos. No decorrer do texto, discorreremos acerca de uma
vivência na Unidade Acadêmica de Educação Infantil (UAEI), na
contação de história da obra literária Sulwe, de Lupita Nyon’g, para
um grupo de crianças entre 3 e 4 anos. Por fim, abordaremos, de
1 Graduada em Pedagogia (UFCG). Atuou como apoio pedagógico na Unidade Acadêmica de Educação Infantil
(UAEI/UFCG).
2 Graduada em Pedagogia e mestra em Educação (UFCG). Atuou como professora substituta da Unidade Aca-
dêmica de Educação Infantil (UAEI/UFCG).
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CADEMARTORI, Ligia. O professor e a literatura: para peque-
nos, médios e grandes. Belo Horizonte: Autêntica, 2009.
E
ste texto é uma narrativa reflexiva a respeito de duas vivên-
cias, uma enquanto criança negra na Educação Infantil (EI)
e outra enquanto professora negra, atuando na EI ao longo
de quase 30 anos. Durante esse período atuando como professora,
coordenadora, formadora e pesquisadora nessa área, nunca aden-
trei a temática das relações étnico-raciais de maneira teórica, como
foco de pesquisa, apesar de já termos um vasto leque de autores
e autoras mais atuantes nas duas primeiras décadas do século 21,
que elucidam e escancaram a necessária luta por uma educação
antirracista.
Entretanto, essa é uma questão pela qual sou atravessada en-
quanto mulher negra desde a infância e em experiências profissio-
nais mais remotas e outras mais recentes. Atualmente, encontro-me
atuando na Unidade Acadêmica da Educação Infantil (UAEI) da
Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), como professora
da Educação Infantil, e essa temática tem me provocado e instiga-
do a me posicionar de maneira mais veemente na luta antirracista
1 Professora efetiva da Unidade Acadêmica de Educação Infantil (UAEI/UFCG), doutora em Educação (UFAL),
mestra em Educação (UFES), graduada em Pedagogia (UEFS)..
A
PINHEIRO, Bárbara Carine Soares. Como ser um educador Educação Infantil tem por finalidade o desenvolvimento
antirracista. São Paulo: Planeta do Brasil, 2023. integral da criança, considerando seus aspectos afetivos,
psicológicos, emocionais, sociais e intelectuais, em com-
SOUZA, Neusa Santos. Tornar-se negro ou as vicissitudes da plementaridade à ação da família. Considerando que a instituição
identidade do negro brasileiro em ascensão social. Prefácios de de Educação Infantil é o primeiro espaço formal de vida coletiva
Maria Lúcia da Silva e Jurandir Freire Costa. 1. ed. Rio de Janeiro: fora do contexto familiar, referendamos a necessidade de diálogo
Zahar, 2021. entre essas duas instituições basilares nos processos de aprendiza-
gem das crianças.
TIBURCIO, Edleide dos Santos. Racismo e primeira infância:
o cabelo crespo e a construção da autoestima da menina negra.
USP. São Paulo, 2021. Disponível em: http://celacc.eca.usp.br/ 1 Mestra em Educação e graduada em Pedagogia (UFRGS). Atuou como professora na Unidade Acadêmica de
sites/default/files/media/tcc/2021/01/tcc_edleide_dos_santos_ti- Educação Infantil entre 2018 e 2021. Atualmente é professora de Educação Especial e coordenadora do Núcleo
de Acessibilidade (CNAE/IFSC).
burcio.pdf Acesso em: 15 jun. 2023.
2 Professora efetiva no Núcleo de Educação da Infância (NEI-CAp/UFRN). Atuou como professora substituta na
Unidade Acadêmica de Educação Infantil (UAEI/UFCG). Graduada em Pedagogia e mestra em Educação (UFCG)..
sobre a importância da apresentação dos relatórios de avaliação Barbosa (2018) intitulado “Uma docência sem autoria, o uso do livro didático na Educação Infantil”, publicado
no livro Eu ainda sou criança, educação infantil e resistência, organizado por Maria Walburga dos Santos, Cleonice
numa perspectiva dialógica, individualizada entre a escola e a famí- Maria Tomazetti e Suely Amaral Mello, pela editora Edufscar.
O
ZERO, Project. Tornando visível a aprendizagem: crianças que relato de experiência tem como objetivo descrever vivên-
aprendem individualmente e em grupo. Reggio Children; Tradu- cias realizadas no projeto didático intitulado “Pista de
ção Thais Helena Bonini. 1. ed. São Paulo, Phorte, 2014. quê? Entre traçados e trajetos”, desenvolvido na Unidade
Acadêmica de Educação Infantil (UAEI), na Universidade Federal
SILVA, Ana Tereza Galvão Almeida Marques da. A construção de Campina Grande (UFCG), no ano letivo de 2023, tendo duas pro-
da parceria família-creche: expectativas, pensamentos e fazeres fessoras como mediadoras.
no cuidado e educação das crianças. 2011. Tese (Doutorado em O desencadeamento do referido projeto teve início após obser-
Psicologia em Educação) - Faculdade de Educação, Universidade vações e escuta atenta na sala de referência do Grupo 3 (manhã),
de São Paulo, São Paulo, 2011. o que corresponde a um grupo na faixa etária de 3 anos de idade.
Nesse sentido, foi possível perceber, durante as interações e brin-
cadeiras das crianças no parque, na quadra, no pátio, nas vivências
1 Professora efetiva e atual coordenadora pedagógica da Unidade Acadêmica de Educação Infantil (UAEI/UFCG).
Graduada em Pedagogia (UEPB). Mestra em Educação (UFCG).
2 Graduada em Pedagogia e mestra em Educação (UFCG). Atuou como professora substituta na Unidade Acadê-
mica de Educação Infantil (UAEI/UFCG). Atualmente está como coordenadora da Educação Infantil no município
de Lagoa Seca/PB..
O
(Mestrado em Educação) - Programa de Pós-Graduação em Edu- rganizar o cotidiano de trabalho na Educação Infantil,
cação, Universidade Federal de Campina Grande, 2019. buscando atentar para os marcos legais e teóricos, con-
figura-se como um grande desafio, mas que pode se tor-
nar empolgante quando orientado para práticas participativas nas
quais os sujeitos, sobretudo as crianças, se envolvem em contextos
de investigações significativas. Nesse bojo, consideramos que uma
das formas de garantir tal organização é a busca por construir per-
cursos educativos por meio de projetos de trabalho (Barbosa; Horn,
2008; Fonsêca, 2011), que, na referida etapa da Educação Básica,
além de atender as definições curriculares da legislação, propiciam
1 Professor efetivo na Unidade Acadêmica de Educação Infantil (UAEI/UFCG). Graduado em Pedagogia e mestre
em Educação (UFCG). Doutorando em Educação (UFPB).
2 Professora efetiva na Unidade Acadêmica de Educação Infantil (UAEI/UFCG). Graduada em Pedagogia (UFRPE)
e mestra em Educação (UFPE). Especialista em Alfabetização e Letramento (Faculdade São Luís). Doutoranda
em Educação (UFPE).
4 Consideramos importante destacar que contamos também com a participação de um estagiário do curso de
3 Na UAEI/UFCG, os grupos de crianças são organizados por idade. Nesse caso, o Grupo 3 vespertino referido Psicologia da UFCG, que atuou como acompanhante terapêutico de uma das crianças do nosso grupo, diagnos-
é composto por 18 crianças. ticada com autismo.
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caminhos percorridos. Goiânia: FUNAPE, 2009. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2009.
INTRODUÇÃO
E
ste artigo tem como objetivo apresentar um conjunto de
propostas desenvolvidas na Unidade Acadêmica de Edu-
cação Infantil (UAEI) em 2021, durante o período de isola-
mento social, a fim de construir e manter o vínculo com as crianças
e garantir o direito à educação. Trata-se do relato de experiência
de duas docentes que atuaram com crianças na faixa etária de 5
anos desta Unidade. Para tanto, o estudo ancora-se na perspectiva
sócio-histórica e na sociologia da infância para discorrer sobre as
ações construídas com as crianças.
1 Professora efetiva da Unidade Acadêmica de Educação Infantil (UAEI/UFCG). Graduada em Pedagogia (UFPE).
Doutora e mestra em Psicologia (UFPE). Especialista em Psicologia (UFPE).
2 Graduada em Pedagogia e mestra em Educação (UFCG). Atuou como professora substituta na Unidade Aca-
dêmica de Educação Infantil (UAEI/UFCG).
BOCK, Ana Mercês Bahia. A psicologia sócio-histórica: uma MALAGUZZI, Loris. História, ideias e filosofia básica. In:
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INTRODUÇÃO
E
ste artigo é um recorte do projeto de extensão “UAEI em
ação: dialogando e construindo vínculos em tempos de
pandemia com crianças e famílias da instituição”, aprovado
pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Extensão (PROPEX), desenvolvido
entre julho e dezembro de 2021, durante o período de isolamento
social, que objetivou garantir o direito à educação das crianças e
preservar o vínculo entre elas, as suas famílias e a escola, tendo
em vista o desenvolvimento cognitivo, físico e socioemocional dos
pequenos. Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de ex-
periência, que abordará o desenvolvimento de propostas com lite-
ratura infantil junto às crianças durante a pandemia, procurando
analisar como as práticas educativas e ações organizadas a partir da
1 Professora efetiva da Unidade Acadêmica de Educação Infantil (UAEI/UFCG). Graduada em Pedagogia (UFPE).
Doutora e mestra em Psicologia (UFPE). Especialista em Psicologia (UFPE).
2 Graduanda em Pedagogia (UFCG). Colaborou como apoio pedagógico na Unidade Acadêmica de Educação
Infantil (UAEI/UFCG).
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pp109-126. Disponível em: https://www.seer.ufal.br/index.php/
debateseducacao/article/view/12676. Acesso em: 14 jun. 2023.
INTRODUÇÃO
N
a Educação Infantil, é importante que o fazer pedagógi-
co oriente-se por práticas que considerem as múltiplas
linguagens. É por meio da música, da fotografia, da mo-
delagem, da escrita, da matemática, da dança, da brincadeira, do
desenho, entre outras linguagens que a criança poderá desenvolver-
se nas dimensões expressivo-motora, afetiva, cognitiva, linguística,
ética, estética e sociocultural (Brasil, 2009)
Possibilitar o desenvolvimento integral da criança por meio
de diferentes linguagens é buscar garantir que o sujeito acesse o
patrimônio cultural da humanidade. As instituições de Educação
Infantil têm função importante na formação das novas gerações,
pois podem facilitar ou negligenciar o acesso da criança à cultura
1 Mestra em Educação pela Universidade Federal de Campina Grande (2019); especialista em Educação Infantil
e Anos Iniciais pela Faculdade Venda Nova do Imigrante (2020); graduada em Pedagogia pela Universidade
Federal de Campina Grande (2016); técnica pedagoga na Secretaria de Educação de Campina Grande (2023).
E-mail: janiceanacletols@gmail.com. Lattes ID: http://lattes.cnpq.br/6523109604539997. Orcid iD: https://orcid.
org/0000-0002-6170-3717.
A proposta 1 – Produção e escrita de palavras que rimam foi Fonte: Acervo da autora, 2021.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
INTRODUÇÃO
O
artigo apresenta um recorte do projeto didático4 promo-
vido por duas professoras e uma aluna de apoio peda-
gógico da Unidade Acadêmica de Educação Infantil da
Universidade Federal de Campina Grande (UAEI/UFCG), desenvol-
vido com um grupo de crianças de dois anos (Grupo 2), de maio
1 Graduada em Pedagogia e mestra em Educação (UFCG). Atuou como professora substituta na Unidade Aca-
dêmica de Educação Infantil (UAEI/UFCG). Atualmente, é professora efetiva da Rede Municipal de Educação de
Campina Grande/PB.
2 Graduanda de Pedagogia (UFCG). Colaborou como apoio pedagógico na Unidade Acadêmica de Educação
Infantil (UAEI/UFCG).
3 Professora efetiva da Unidade Acadêmica de Educação Infantil (UAEI/UFCG). Graduada em Pedagogia (UEPB).
Mestra em Educação (UFCG). Especialista em Educação de Jovens e Adultos (Unb).
4 O título do projeto é “Que som é esse?”, em referência às falas das crianças que, sempre que ouviam o som de
um instrumento musical ou manuseavam um material não estruturado, nos faziam tal pergunta.
Considerando o contexto pós-pandêmico, frente aos desafios BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Edu-
impostos pela pandemia, com destaque para a reclusão das crianças cação. Câmara de Educação Básica. Resolução n° 5, de 17 de
e suas famílias nos espaços domésticos, observamos que as expe- dezembro de 2009, que fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais
riências com sons e a musicalidade com as crianças do Grupo 2 para a Educação Infantil.
da UAEI/UFCG possibilitaram, além da criação de vínculos entre as
professoras e as crianças, importantes momentos de interações e BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Cur-
brincadeiras entre elas. Tais experiências contribuem para que, des- ricular: Educação Infantil e Ensino Fundamental. Brasília: MEC/
de muito cedo, as crianças desenvolvam o senso estético e crítico, o Secretaria de Educação Básica, 2017. Disponível em: http://base-
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INTRODUÇÃO
O
presente trabalho se caracteriza como um relato de expe-
riência a respeito da arte na Educação Infantil, refletindo
sobre as experiências de uma ex-monitora e uma ex-pro-
fessora da Unidade Acadêmica de Educação Infantil (UAEI/UFCG)
sobre as vivências artísticas com crianças e professores nesta insti-
tuição. O objetivo do capítulo, portanto, é discutir o trabalho com
crianças pequenas na perspectiva da arte, considerando-as como
apreciadoras, produtoras e propositoras de experiências artísticas
juntamente com seus professores (Souza; Campos; Oliveira, 2021).
Partimos, neste trabalho, do entendimento da arte como lin-
guagem – uma das múltiplas linguagens das crianças (Malaguzzi,
1999). Enquanto linguagem, a arte é forma de expressão, repre-
sentação e comunicação, como coloca Albano (2021, p. 21), “uma
forma de representação e expressão, que opera por meio de cores,
2 Graduada em Pedagogia (UFCG). Foi professora substituta na Unidade Acadêmica de Educação Infantil (UAEI/
UFCG).
INTRODUÇÃO
O
presente trabalho é resultado da vivência durante o es-
tágio não obrigatório em Educação Infantil na Unidade
Acadêmica de Educação Infantil (UAEI) durante o ano
letivo de 2017. A instituição educativa em questão assume, enquanto
missão, ações voltadas à consolidação da Educação Infantil como
etapa inicial da educação e o desenvolvimento de atividades de en-
sino, pesquisa e extensão, buscando, prioritariamente, a produção
de conhecimento na área da Educação Infantil.
Em sua proposta pedagógica, aponta como um de seus objeti-
vos o oferecimento de campo de observação, pesquisa e estágio aos
1 Professora da Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de Blumenau/SC. Graduada em Pedagogia pela
Universidade Federal de Campina Grande/PB, com especialização em Educação Infantil e Letramento, pela
Faculdade Metropolitana do Estado de São Paulo.
2 Docente no Núcleo de Educação da Infância, Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte (NEI/CAP-UFRN). Mestra em Educação pela Universidade Federal de Campina Grande na linha Práticas
Educativas e Diversidades. Especialista em Educação Infantil (FIP) e licenciada em Pedagogia pela Universidade
Federal de Campina Grande.
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação PRADO, Edna. Estágio na licenciatura em Pedagogia: gestão
Infantil. Secretaria de Educação Básica. Ministério da Educação. educacional. Petrópolis, RJ: Vozes; Maceió, AL: Edufal, 2012.
Secretaria de Educação Básica Brasília. MEC, SEB, 2010. Dispo- Série Estágios.
nível em: http://ndi.ufsc.br/files/2012/02/Diretrizes-Curriculares
-para-a-E-I.pdf. Acesso em: maio 2023.
QVORTRUP, Jens. A infância enquanto categoria estrutural. Roberta Bezerra Santos Lima1 – UAEI/UFCG
roberta.bezerra@estudante.ufcg.edu.br
Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 36, n. 2, p. 631-643, maio/ago.
2010.
T
Infantil: uma abordagem crítico-colaborativa na produção do co- odo ato para a Educação Infantil deve ser refletido, deve ter
nhecimento. Tese (Doutorado em Linguística Aplicada e Estudos um compromisso, um porquê, um posicionamento. Para
de Linguagem) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, atuar como pedagogo(a), faz-se necessário refletir até sobre
São Paulo, 2011. a roupa que irá vestir para compartilhar algo com as crianças, seja
uma leitura, uma música, uma dança, uma brincadeira, um poema,
UAEI. Unidade Acadêmica de Educação Infantil. Projeto Peda- tudo requer reflexão e planejamento. Refletir e planejar para alguém
gógico. Campina Grande, Paraíba, 2022. que possui suas bases em uma “educação bancária” é algo muito
difícil e causa medo. Foi exatamente isto que aconteceu comigo:
medos e incertezas. Porém, eu sabia que o medo era algo normal e
que devia concentrar-me na capacidade de dominá-lo e superá-lo.
É sobre medos e incertezas, descobertas e conquistas, idas e
acolhidas, é sobre buscar seus objetivos tendo a certeza de que aqui-
lo que acreditamos e defendemos vai dar certo; é sobre acreditar
em uma educação libertadora, emancipatória, sobre sonhar, buscar,
sentir, viver; sobre querer enxergar e ouvir a criança; é sobre espe-
rançar que este artigo deseja tratar.
1 Graduada em Pedagogia (UFCG). Atualmente está como professora substituta na Unidade Acadêmica de Edu-
cação Infantil (UAEI/UFCG).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
INTRODUÇÃO
O
presente capítulo trata de reflexões acerca das experiên-
cias de Estágio não Obrigatório3 na Unidade Acadêmica
de Educação Infantil (UAEI), vinculada à Universidade
1 Graduada em Psicologia (UFCG). Atuou como acompanhante terapêutica pedagógica (ATP) na Unidade Aca-
dêmica de Educação Infantil (UAEI/UFCG)..
2 Graduanda de Pedagogia (UFCG). Atualmente, colabora como apoio pedagógico na Unidade Acadêmica de
Educação Infantil (UAEI/UFCG).
3 Ambos são Estágios não Obrigatórios, contudo, o estágio em Pedagogia se caracteriza como Estágio não
Obrigatório “Voluntário”, como foi chamado pelas profissionais da Unidade Acadêmica de Educação Infantil da
UFCG, já que não há supervisão nem remuneração, sendo a função da graduanda em Pedagogia, acordada com
as professoras, auxiliar nas atividades pedagógicas e nos cuidados básicos das crianças. No caso do estágio em
Psicologia, tratou-se de um Estágio Supervisionado não Obrigatório remunerado, em que a estagiária desenvolveu
um trabalho de Acompanhamento Terapêutico Pedagógico (ATP) com uma criança em processo de elaboração
de relatório diagnóstico de comprometimento global do desenvolvimento. Apesar da atuação como ATP, vale
salientar o envolvimento com toda a turma, tendo em vista a aproximação maior com as demais crianças nos
dias em que a criança acompanhada não comparecia à UAEI, além de que não é possível (nem deve) haver uma
separação entre a criança em processo diagnóstico e as demais, sendo a ATP figura importante no processo de
mediação e interação entre elas.
e pela apresentação das experiências vivenciadas em determinado com crianças na faixa etária de 2 a 3 anos e 11 meses, no turno vespertino. No turno matutino, a Unidade possui
três grupos de crianças, com idades de 3 a 5 anos e 11 meses de idade, distribuídas de acordo com a idade entre
contexto, normalmente acadêmico e/ou profissional, a partir de os Grupos 3, 4 e 5, totalizando 6 turmas que colorem e experienciam cotidianamente a UAEI/UFCG.
A
sdum.uminho.pt/bitstream/1822/40377/1/MP_MJS_1997_crian- s práticas tradicionais da Psicologia dentro da organiza-
cas_contextos.pdf. Acesso em: jun. 2023. ção escolar eram ancoradas no paradigma clínico, com
ênfase nos problemas restritos ao fracasso escolar, evi-
SOUSA, Rayffi Gumercindo Pereira de; CAMPOS, Kátia Patrí- denciando e direcionando sua prática para os diagnósticos, o que,
cio Benevides. Estágio docência no Estágio Supervisionado em muitas vezes, inferia uma rotulação e redução da complexidade da
Educação Infantil: o eu e os nós da formação. Revista Cocar, v. problemática a uma disfunção ou desajuste da criança. Esta seria o
16, n. 34, p. 1-18, 2022. Disponível em: https://periodicos.uepa. destino individual de todas as intervenções desse profissional (An-
br/index.php/cocar/article/view/5137. Acesso em: jun. 2023. drada, 2005).
Acesso em: jun. 2023. 3 Orientadora de estágio e professora adjunta da Unidade Acadêmica de Psicologia (UAPSI)/UFCG.
O
inclusiva. Psychê, X (18), p. 167-179, 2006. riundo do período da Reforma Psiquiátrica brasileira e
com o intuito de promover a desinstitucionalização das
VYGOTSKY, Lev Seminovitch. A formação social da mente. São pessoas com transtorno mental provenientes dos hospi-
Paulo: Martins Fontes, 1984. tais psiquiátricos (Oliveira, 2022), o Acompanhamento Terapêutico
(AT) é uma modalidade de atendimento individualizado e intensivo
de pessoas com necessidades específicas em ambiente natural, tais
como casa, trabalho e escola (Araripe, 2012). Essa atuação, mais do
que um marco teórico, se caracteriza como um campo de práticas
A
escola ocupa importante espaço na primeira infância,
pois oportuniza, fora do seio familiar, a experiência da
vivência coletiva na qual a criança irá se deparar com si-
tuações de interação com seus pares e, em alguns momentos, confli-
tos de ordem afetiva e emocional. Nessa ocasião, o território escolar
convoca a criança para uma educação emocional, incentivando-a
a desenvolver inúmeras estratégias, criando ferramentas para se
FRAGUAS, Vendiana; BERLINCK, Manoel Tosta. Entre o pe- REIS NETO, Raymundo de Oliveira; PINTO, Ana Carolina
dagógico e o terapêutico: algumas questões sobre o acompanha- Teixeira; OLIVEIRA, Luiz Gustavo Azevedo. Acompanhamento
mento terapêutico dentro da escola. Estilos da Clínica, v. 6, n. 11, terapêutico: história, clínica e saber. Psicologia: ciência e profis-
p. 7-16, 2001. são, 31, p. 30-39, 2011.
1 Maura Pires; 2 Noeide Clemens; 3 Leocárdia Oliveira; 4 Beatriz Guedes; 5 Ana Paula; 6 Julita Santiago; 7 Antônia Luana; 8 Maria Fonsêca; 9 Wanessa Maciel; 10 Alberto Medeiros; 11 Rívia Diana; 12 Albanisa; 13
Renally Vital; 14 Maria Emanuela; 15 Vanila; 16 Vera Lúcia; 17 Lenimar Silva; 18 João Batista; 19 Tahis Oliveira; 20 Vera Oliveira; 21 Leny Santana; 22 Fátima Nóbrega; 23 Alexsandra Araújo; 24 Maria Azeredo; 25 Maria
Zélia; 26 Maria do Socorro; 27 Crislaine Boito; 28 Elaine Tayse;29 Juliete Ferreira; 30 Fátima Ferreira; 31 Simone Cantalice; 32 Pâmmela Sousa; 33 Socorro Silva; 34 Betânia; 35 Elisângela Sodré; 36 Francisca He-
lena; 37 Janice Anacleto; 38 Maria Ariceu; 39 Maria Amélia; 40 Marta Jordana; 41 Rita; 42 Marli Gaudêncio; 43 Paulino Santana (In Memoriam); 44 Maria das Graças (In Memoriam); 45 Maria do Socorro Oliveira
(In Memoriam). Esta homenagem se estende à Ana Lúcia, Ana Reis, Ayron, Ivone, Jane, María José Duarte, Wilma, Damião, Luisa Marillac, Robson, Carla, Valdeir, Dona Fátima, Socorro Cantalice, Rita Ferreira,
Cristina Curvello, Paulo Sabrine, Eurenice Oliveira, Terezinha Viana, Neli Fechine, Ricardo, Elizabete Barbosa, Gleide, Carmelita, Ana Lúcia, Veralucia Braga, Graça Mongiove, Regina Cláudia, Marcos Antônio (In
Memoriam), Carmem, Cristina, Elena Uema, Luiza Bortoluze, Graça Costa. Todos/as que fizeram essa história. Também estendemos nossa gratidão aos que fazem a UAED/UFCG, demais unidades acadêmicas
parceiras ao longo dos anos, administração da UFCG e todos/as os/as estudantes de Pedagogia que passaram por nossa unidade como apoio pedagógico. Muito obrigado!
Formato 15x21 cm
Tipologia Minion Pro/ Monserrat
Nº de Pág. 349