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História - Caderno 1 (Alê Lopes)

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CPF 16902932760

CADERNO 1 - HISTÓRIA

Prof. Ismael Santos

Profe. Alê Lopes

CPF 16902932760
Caderno 1 - EsPCEx
Do século V ao XVI - 2021

1. Apresentação do Professor
Olá, aluno/aluna, do Estratégia Militares!
É com grande alegria que apresentamos a você o Curso de História no SPRINT EsPCEx!
Meu nome é Alessandra Lopes e pode me chamar de Alê. Permita-me uma breve apresentação
da minha trajetória. Sou Bacharel e Licenciada na UNICAMP; Mestra em Ciência Política pela
mesma Universidade. Desde 2004, dou aulas de História, Sociologia e Humanidades em cursos
preparatórios para vestibulares e para concursos públicos, como os das Carreiras Militares.
Nesse tempo todo, tenho acompanhado tudo o que as provas de História . Essa experiência toda
me permitiu criar um método de ensino capaz de fazer você APRENDER História e GABARITAR
as questões do seu Exame Intelectual.
Neste material criei 150 questões inéditas para ajudar você na Missão 12/12.
Acredita, tenha foco e disciplina, assim, tenho certeza de que você alcançará seus sonhos.
Contem comigo!
Alê
COMO ESTUDAR POR QUESTÕES: MÉTODO T.E.T.
Quero passar para vocês um método de estudos por questões, que desenvolvi com meus
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alunos ao longo dos meus 17 anos de docência. Não deixe de testar. Ele é composto por cinco passos
1- Ao fazer a questão encontre os 3 mandamentos da história:

a- O tempo T
b- O espaço (local) E T.E.T.
c- O tema T
Identifique tudo isso no texto e no comando da questão. Com isso você já vai localizar do que
se trata cada questão.
2- A lei da prova é o comando da questão: faça exatamente o que se pede. Não procure pelo em
ovo.
3- Sempre relacione cada alternativa com os 3 mandamentos da questão (espaço, tempo e tema).
Muitas vezes podem ter alternativas certas, mas que não condizem com o tempo, espaço e
tema que estão sendo cobrados na questão. Atenção a isso, pois essa falta de atenção costuma
ser uma das principais causas de erros nas questões de história.

 Os dois últimos passos você pode explorar nos simulados e no dia da prova mesmo. Eles
servem para aumentar seu número de acertos.
4- Interprete o texto, a imagem, a frase, olhe para todas as informações trazidas na questão,
sobretudo se você estiver em dúvida entre alternativas distintas e que parecem muito parecidas.
Algumas vezes, a fonte do texto pode ajudar.

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Caderno 1 - EsPCEx
Do século V ao XVI - 2021

5- Essa dica vai para quando você não souber mesmo o assunto específico. Nesse caso, encontre
os 3 mandamentos (espaço, tempo, tema) e faça uma contextualização geral. Você precisa
lembrar dos aspectos mais gerais.
Por exemplo, todas as revoltas coloniais nativistas ocorreram contra o abuso de poder da
Metrópole e sua tentativa de aumentar a explorar por meio de cobranças de impostos excessivas,
fiscalização rígida; todas ocorreram pós União Ibérica e, por isso, no contexto da crise do sistema
colonial. Isso vai ajudar a acertar mesmo que não tenha certeza.

2. Introdução

Este Sprint está dividido em 3 Cadernos, de modo que procurei garantir a proporcionalidade de
questões conforme a incidência dos assuntos nas provas da Prep dos últimos 12 anos. Assim, para
organizar a distribuição das questões ao longo dos 3 Cadernos, fiz um levantamento de assuntos
que mais caem e combinei com os respectivos tópicos que estudamos nas Aulas do curso. Dessa
foram, fica mais fácil para você treinar e revisar.
Então, acompanha comigo o número de questões por caderno e a quantidade de questões
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conforme os assuntos que estudamos nos Livros Digitais:

Cadernos Livro Digital Qtde. Questões no Caderno


Aula 00 10
Aula 01 15
Cad. 1 Aula 02 11
Aula 03 14
Aula 04 9
Aula 05 13
Aula 06 11
Cad. 2 Aula 07 5
Aula 08 5
Aula 09 7
Aula 10 12
Aula 11 8
Aula 12 6
Cad. 3 Aula 13 14
Aula 14 5
Aula 15 5

TOTAL de Questões 150

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Então, perceba, esta divisão que fiz respeita a proporção cobrada na prova, pois das 144 questões
que analisei os assuntos das Aulas 01, 02 e 13 são os que mais aparecem nas provas da Prep. OK.
Agora veja em gráfico:
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Mas profe, eu não sou aluno do Curso Extensivo do Estratégia. Adquiri o SPRINT para aprimorar
meu treinamento. Como faço para me localizar nessa organização que você fez?

Sem problemas, meu caro! Veja abaixo quais são os assuntos cobrados no Edital da Prep que estão em
cada Aula do meu curso. Com isso, fica bem fácil se localizar. Dá um bizu:
Aula IDADE MÉDIA
00 A Sociedade Feudal (Século V ao XV). O Renascimento Comercial e Urbano. (Referente aos pontos A e B)
MODERNA I
Aula 1 Os Estados Nacionais Europeus da Idade Moderna, o Absolutismo e o Mercantilismo. O Renascimento Cultural,
o Humanismo e as Reformas Religiosas. (Referente aos pontos C e E)
MODERNA II
Aula 2 A Expansão Marítima Europeia. A Montagem da Colonização Europeia na América. Os Sistemas Coloniais
Espanhol e Inglês. (Referente aos pontos D e F)
BRASIL COLÔNIA I
Aula 3 O Sistema Colonial Português na América. Estrutura Político-Administrativa; estrutura socioeconômica; invasões
estrangeiras. (Referente ao ponto G)
MODERNA III
Aula 4 As Revoluções Inglesas (Século XVII). O Iluminismo e o Despotismo Esclarecido. A Independência dos Estados
Unidos. (Referente aos pontos H, I e J)
BRASIL COLÔNIA II
Aula 5 Expansão territorial; rebeliões coloniais. Movimentos Emancipacionistas: Conjuração Mineira e Conjuração
Baiana. (Referente ao ponto G)
Aula 6 CONTEMPORÂNEA I

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A Revolução Industrial. A Revolução Francesa e a Restauração (o Congresso de Viena e a Santa Aliança).


(Referente aos pontos ponto I e K)
BRASIL IMPÉRIO I
Aula 7 O processo da independência do Brasil: o Período Joanino; Primeiro Reinado; Período Regencial. (Referente
ao ponto L)
CONTEMPORÂNEA II
O Pensamento e a Ideologia no Século XIX. O Idealismo Romântico; o Socialismo Utópico e o Socialismo
Aula 8
Científico; o Cartismo; a Doutrina Social da Igreja; o Liberalismo e o Anarquismo; o Evolucionismo e o
Positivismo. O imperialismo e os antecedentes da Primeira Guerra Mundial. (Referente aos pontos M e N)
BRASIL IMPÉRIO II
Aula 9
Segundo Reinado; Crise da Monarquia e Proclamação da República. (Referente ao ponto L)
CONTEMPORÂNEA III
Aula
A Primeira Guerra Mundial; consequências da Primeira Guerra Mundial. O Mundo na Época da Segunda Guerra
10
Mundial. O “entreguerras”; a Segunda Guerra Mundial. (Referente aos pontos N e O)
Aula BRASIL REPÚBLICA I
11 A República Velha no Brasil; conflitos brasileiros durante a República Velha. (Referente ao ponto N)
BRASIL REPÚBLICA II
Aula
O Brasil na Era Vargas; A participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial. A República Entre 1945-1964.
12
(Referente ao ponto O)
CONTEMPORÂNEA IV
O Mundo no Auge da Guerra Fria. A reconstrução da Europa e do Japão e o surgimento do mundo bipolar; os
Aula
principais conflitos da Guerra Fria – a Guerra da Coréia (1950 – 1953), a Guerra do Vietnã (1961 – 1975), os
13
conflitos árabes-israelenses entre 1948 e 1974; A descolonização da África e da Ásia. (Referente ao ponto
P)
Aula BRASIL REPÚBLICA III
14 A República Brasileira entre 1964 até os dias atuais. (Referente aos pontos P e Q)
CONTEMPORÂNEA V
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O Mundo no Final do Século XX e Início do Século XXI. Declínio e queda do socialismo nos países europeus
(Alemanha, Polônia, Hungria, ex-Tchecoslováquia, Romênia, Bulgária, Albânia, ex-Iugoslávia) e na ex-União
Aula
Soviética; os conflitos do final 45 do Século XX – a Guerra das Malvinas (1982), a Guerra Irã-Iraque (1980 –
15
1989), a Guerra do Afeganistão (1979 – 1989), a Guerra Civil no Afeganistão (1989 – 2001), a Guerra do Golfo
(1991), a Guerra do Chifre da África (1977 – 1988); a Guerra Civil na Somália (1991); o 11 de Setembro de
2001 e a nova Guerra no Afeganistão. (Referente aos pontos Q)

 Lembro que essa é uma previsão de distribuição que pode ser alterada a critério do professor
por motivos pedagógicos.
Feita a explicação da organização dos Cadernos deste nosso SPRINT, vamos lá, partiu bateria de
questões. Lembrando que, primeiro a lista de exercícios segue sem gabarito e comentários e, depois,
vem o gabarito para, em seguida, as questões com comentários serem estudadas. OK?
Bons estudos!

Alê Lopes

Dica: Aproveitem todos os comentários. É para estudar esse Caderno. Isso não é simulado. É
estudo. Questão por questão, item por item. Safo? Fico à disposição para tirarem dúvidas 😉

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Lista de questões

Sociedade Feudal
1. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
Os povos germânicos dividiam-se em vários grupos, com grandes diferenças culturais entre si. Eram anglos, saxões,
visigodos, ostrogodos, vândalos, francos, suevos, burgúndios, lombardo, alamanos e hérulos, entre outros.

(Cotrim, Gilberto. História Global)

Sobre a organização socioeconômica dos germânicos é correto afirmar que

a) A organização social era descentralizada, baseada na família, no poder do pai que o exercia sobre os filhos e esposa;
o direito era consuetudinário.

b) Os líderes políticos organizaram grandes e centralizados estados baseados no comércio.

c) Era descentralizada, organizada a partir da família patriarcal e seus costumes eram baseados em leis escritas e rígidas.

d) A religião católica era o centro da vida social; os líderes guerreiros deram origem aos reis.

e) Era militarizada, com os chefes guerreiros escolhidos entre os soldados; o direito era consuetudinário e as mulheres
eram as chefes das famílias.
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2. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


Embora o feudalismo seja um sistema que caracterizou diversas regiões da Europa ocidental entre os séculos X e XIII,
podemos dizer que suas instituições resultaram de longa gestação, mesclando elementos romanos e germânicos.

Classifique os itens abaixo da seguinte forma:

R - para a herança do final do Império Romano

G - para a herança germânica

( ) Colonato

( ) Enfraquecimento do poder centralizado

( ) Economia agropastoril

( ) Comitatus

( ) Beneficium

Assinale a alternativa que contém a sequência correta:

a) R R R G G

b) R G G G G

c) R G G R G

d) R G G R R

e) R R G G G

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3. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


O processo de formação do feudalismo, por abranger uma área muito extensa, não foi idêntico em todos os lugares da
Europa. Apesar disso, podemos identificar elementos comuns onde atualmente é Alemanha e França.

Julgue os itens abaixo que representam os traços comuns do feudalismo em diferentes regiões da Europa Medieval:

I – Enfraquecimento do poder real e fortalecimento do poder local.

II – Existência de vínculos pessoais de obediência e proteção entre os poderosos e mais fracos, chamada de relações de
vassalagem.

III – Enfraquecimento das atividades comerciais e ruralização da sociedade.

IV – Uso generalizado do trabalho servil no campo.

Assinale a alternativa que apresente todos os itens corretos:

a) I, II, III, IV

b) I, II, IV

c) I, III, IV

d) III, IV

e) II, III, IV
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4. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


A sociedade feudal era estratificada em três ordens. Relacione as duas colunas:

1- Bellatores
( ) Trabalhadores campesinos
2- Oratores ( ) Nobres cavalheiros
3- Laboratores ( ) Membros do clero

Assinale a sequência estabelecida na coluna:

a) 1, 2, 3

b) 3, 2, 1

c) 3, 1, 2

d) 3, 2, 1

e) 1, 3, 2

5. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


No início da Idade Média, após as invasões bárbaras, instalou-se uma grande diversidade cultural na Europa Ocidental.
Aos poucos, devido à ação dos membros da Igreja Católica, foram se convertendo ao cristianismo.

Levando em consideração a informação do texto, pode-se afirmar que o papel da Igreja Católica, na Idade Média

a) Legitimou uma ordem social marcada por equidade e harmonia.

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b) Desempenhou um papel articulador entre as diferentes sociedades medievais, conferindo-lhes certa unidade
cultural.

c) Manutenção de todos os dogmas da religião romana impondo-os a todos os povos que formaram a sociedade
feudal.

d) Foi de autoridade religiosa exclusivamente, sem importante participação nos assuntos políticos.

e) Desenvolveu-se exclusivamente no campo religioso, como autoridade espiritual da cristandade.

6. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


Os sacerdotes da Igreja dividiam-se em duas grandes categorias: clero secular e regular. Tendo isso em mente avalie os
itens abaixo:

I – O clero secular era formado por sacerdotes que viviam fora dos mosteiros. Ficavam submetidos a uma ordem
hierárquica do pároco ao papa assim estabelecida: pároco, bispo, arcebispo e o papa de Roma.

II- O clero regular era formado por sacerdotes que viviam em mosteiros afastados das cidades. Exerciam muitas funções
além das religiosas, como agrícolas, pastoris, artesanais, intelectuais, por esse motivo, os mosteiros se tornaram centros
de cultura na época medieval.

III – Os dois grupos de religiosos tinham funções diferentes, mas ambos se organizavam em ordens religiosas como os
beneditinos, franciscanos, dominicanos, carmelitas e agostinianos.

Os itens I, II e III:
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a) I está correto; II e III estão errados.

b) I ,II e III estão corretos.

c) I está incorreto; II e III estão incorretos.

d) I e II estão corretos; III está incorreto.

e) I, II e III estão incorretos.

7. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


Durante o Concílio de Clermont, em 1095, o Papa Urbano II deu início às Cruzadas proferindo um discurso motivador.
Nesse sentido, aos peregrinos que se aventurassem nas Cruzadas e, porventura, fossem mortos combatendo pagãos, a
Igreja prometia:

a) um indenização às famílias.

b) uma oração especial na cidade de Jerusalém.

c) o reconhecimento do título de cavaleiro.

d) a remissão dos pecados.

e) não recrutar familiares das vítimas na peregrinação seguinte.

8. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


A respeito das Cruzadas, considere as afirmações abaixo:

I – a nobreza feudal procurava novas terras.

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II – o papa procurava restabelecer a autoridade secular e reconstruir a unidade da Igreja, quebrada com a Cisma do
Oriente, em 1054.

III – pretendia-se dar uma resposta aos problemas provocados pelo excedente populacional.

IV – foram organizadas dez Cruzadas, sendo duas bem-sucedidas.

V – o objetivo precípuo dos cavaleiros Templários era proteger reis e nobres que se aventurassem na peregrinação.

Estão corretas:

a) I e II, apenas.

b) I, II e III, apenas.

c) II e IV, apenas.

d) II, IV e V, apenas.

e) III, IV e V, apenas.

9. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


No século XIII, o comércio ganhou significativo impulso. Esse crescimento da atividade comercial não ficou restrito
localmente. Desenvolveram-se grandes rotas de comércio internacional.

São exemplos dessas rotas


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a) A rota do Mediterrâneo que controlou todo o comércio feito na Europa.


b) As rotas do norte, sendo a mais importante delas, a Hanseática.

c) As rotas do norte e do sul, respectivamente, as de Dantizig/Hamburgo/Bordeaux e as do Mediterrâneo.

d) Champagne e Flandres.

e) Veneza, Gênova e Colônia

10. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


“Durante muito tempo, a Idade Média foi considerada um período obscuro da história europeia. Dominada pelo misticismo
e pela ignorância, ela seria uma espécie de “Idade das Trevas”, durante a qual a Europa teria sofrido um retrocesso
artístico, intelectual, filosófico e institucional, com a destruição dos valore da cultura greco-romana. Hoje, contudo, os
historiadores reconhecem a importância da Idade Média para a formação do mundo contemporâneo”.

(ARRUDA, José Jobson de A., PILETTI, Nelson. Toda a História. São Paulo: Ed. Ática. 2007, p. 93)

A ressalva feita sobre o significado da Idade Média indica que houve criações intelectuais e civilizatórias positivas ao
longo desse período, considerado, durante muito tempo, como das “sombras”. Nesse sentido, qual das alternativas
abaixo expressa criações surgidas na Idade Média?

a) surgimento do Estado Moderno e das teorias contratualistas.

b) surgimento das primeiras universidades e novas formas de representação política, como o Parlamento inglês.

c) aparição das primeiras cidades cercadas por muros, destinadas à defesa militar.

d) aparição da Igreja Católica.

e) criação da escrita.

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MODERNA I

11. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

1 2
A crítica humanista pautava-se pela percepção _________________, em oposição __________________ do mundo
medieval.

Considerando as diferenças entre o pensamento humanista e o pensamento medieval, na passagem da Idade Média para
a Moderna, preenche corretamente as lacunas

a)1: de ruptura e de transformação; 2: à permanência e à continuidade

b) 1: controle do próprio destino; 2: ao antropocentrismo

c) 1: geocentrista; 2: ao heliocentrismo

d) 1: individualista e racionalista; 2: ao neoclassicismo

e) 1: orientada pela fé; 2: à percepção orientada pela razão

12. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


Ora, entre o século XIV e o XV, na verdade, houve uma mudança de equilíbrio; os “humanistas”, e com eles os artistas,
os artesãos, os homens de ação, substituíram as trilhas já sem perspectiva da especulação medieval por novas
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exigências, novos impulsos, novos fermentos, diante das perguntas até aquele momento, sem respostas.

(Eugenio Garin. Apud. COTRIM, Gilberto. História Global)

O texto acima faz referência

a) Ao Movimento iluminista

b) Ao Movimento Cartista

c) Ao Movimento da Contracultura

d) Ao Movimento Renascentista

e) Ao Movimento Protestantista

13. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


As profundas mudanças pelas quais passou a Europa no fim da Idade Média refletiram-se, no plano cultural, em uma
verdadeira revolução: o Renascimento, que se iniciou na península Itálica no século XIV e se estendeu até o começo do
século XVII por toda a Europa.

(ARRUDA, José Jobson de A., PILETTI, Nelson. Toda a História. São Paulo: Ed. Ática. 2007, p. 93)

A origem do renascimento cultural está diretamente relacionado

a) ao incentivo da Igreja Católica em reformar suas capelas e catedrais, fato que estimulou as escolas artísticas.

b) ao advento das ideais iluministas.

c) ao desenvolvimento de um centro de comércio ativo e dinâmico, capaz de gerar excedente de riqueza possível de ser
investido na produção cultural.

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d) à retomada da centralidade do homem proporcionada pelo pensamento liberal dos pensadores contratualistas.

e) ao patrocínio da nobreza feudal de artistas que passaram a ser contratados para retratar famílias e propriedades.

14. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


No período do Renascimento, não houve apenas uma mudança na qualidade da obra intelectual, mas também um
aumento na quantidade da produção cultural.

(COTRIM, Gilberto. História Global)

Entre os fatores que influenciaram a disseminação do renascimento, pode-se destacar:

a) A riqueza acumulada pelos artistas renascentistas que financiavam suas próprias obras, segundo a lógica do
individualismo.

b) O desenvolvimento de novas técnicas artísticas, como a perspectiva.

c) Retomada de elementos greco-clássicos que permitiu o aperfeiçoamento das obras renascentistas.

d) A existência concentrada de artistas brilhantes nas ricas cidades italianas.

e) O desenvolvimento da imprensa e a ação dos mecenas do setor bancário e religioso.

15. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


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Alguns humanistas cristãos, a partir do século XI, condenaram o distanciamento do clero católico do que chamavam de
“espírito do Evangelho”. Qual o nome do alemão que, a partir das suas 95 Teses, criou uma das correntes religiosas do
protestantismo?

a) Marinho Lutero.

b) Rei Henrique VIII.

c) Max Weber.

d) João Calvino.

e) Thomas Morus.

16. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


No início da Idade Moderna, ocorreram mudanças significativas no plano religioso europeu. Considerando:

I – a venda de indulgências.

II – o avanço islâmico em direção ao leste europeu.

III – a insatisfação de setores mercantis em relação à Igreja.

IV – a corrupção que reinava em setores do clero.

V – o interesse dos reis em fortalecer o poder da Igreja.

Assinale abaixo a alternativa que apresenta razões para o surgimento da Reforma Protestante:

a) I e II.

b) I, II e III.

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c) I, III e IV.

d) II, III e V.

e) IV e V.

17. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


Dentre os ideais de uma das doutrinas religiosas que rivalizou com a Igreja Católica no contexto da Reforma Protestante,
podemos elencar o estabelecimento da bíblia como fonte de fé e livre exame, a extinção da hierarquia eclesiástica, a
predestinação e a valorização do trabalho. Essas características se referem:

a) ao luteranismo.

b) ao calvinismo.

c) à Igreja Ortodoxa.

d) ao anglicanismo.

e) ao islamismo.

18. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


A Igreja católica ficou muito enfraquecida com a expansão do protestantismo. Uma de suas respostas a esse avanço foi
a formação da Companhia de Jesus, fundada pelo espanhol Inácio de Loyola em 1534. Concebida segundo um modelo
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militar, a Companhia formava seus membros, os jesuítas, como soldados de Cristo.

(ARRUDA, José Jobson de A., PILETTI, Nelson. Toda a História. São Paulo: Ed. Ática. 2007, p. 163)

Qual ação pode ser considerada de responsabilidade da Companhia de Jesus no contexto da Contrarreforma religiosa?

a) a elaboração de um programa social que fosse capaz de atender às demandas dos camponeses.

b) o aconselhamento de reis católicos a partir das ideias do despotismo esclarecido.

c) a organização de exércitos responsáveis por combater calvinistas na região sul da França.

d) a difusão do catolicismo entre povos não-cristãos por meio da catequese.

e) a criação de escolas de artes responsáveis por formar pintores que passariam a difundir o catolicismo por meio de
afrescos.

19. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


O processo de centralização política que levou à formação dos Estados Modernos não ocorreu de forma brusca ou sem
resistência por parte de grupos que não queriam perder seu poder. Apesar disso, o Estado se tornou um instrumento
importante, inclusive, no desenvolvimento econômico.

(COTRIM, Gilberto. História Global)

Foram medidas estatais que impulsionaram a economia:

I – Melhoria das estradas e da segurança pública

II – Uniformização das moedas

III – Criação de leis e regras para regular a economia

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IV- Padronização de pesos e medida

Estão corretas apenas

a)I, II, III

b)I, II, IV

c)II, III, IV

d)I, II, III, IV

e)II, IV

20. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


No processo de formação das monarquias europeias, qual rei foi compelido a assinar um documento, no século XIII, se
comprometendo com a nobreza a não criar impostos sem o consentimento do Grande Conselho, o embrião do
parlamento?

a) Luís XVI.

b) Felipe II.

c) João Sem-Terra.

d) Fernando de Castela.
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e) Henrique II.

21. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


Durante a Idade Moderna, na Europa, ocorreu o fortalecimento gradual dos governos das monarquias nacionais. Desse
processo, resultou o absolutismo monárquico, o qual contou com pensadores que ajudaram a justificar o aperfeiçoamento
do poder absolutista. A Teoria da Soberania sustentou que um monarca era suficientemente poderoso para agir
livremente e de forma racional sem nenhum tipo de limitação. Nas palavras do autor: “a lei não é senão o mando do
soberano no exercício do seu poder. As limitações do poder soberano seriam a lei divina e a lei natural. ”

Assinale a alterantiva abaixo que apresenta o responsável por tal pensamento.

a) Jean Jacques Rousseau.

b) Thomas Hobbes.

c) John Locke.

d) Immanuel Kant.

e) Jean Bodin.

22. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


Fundado como condado em 1066, Portugal tornou-se soberano em 1139 pelas mãos de Dom Afonso Henriques. Assim
começava a dinastia dos Borgonha que governou o reino por mais de 200 anos. Nesse período podemos destacar o
reinado de Dom Dinis, marcado por

a) Definição das fronteiras atuais e organização interna do reino.

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b) Conflitos com muçulmanos, que acabaram dominando parte do reino.

c) Perseguição aos judeus, que passaram a se converter ao cristianismo para manter seus negócios no comércio.

d) Centralização do poder e expansão marítimo-comercial.

e) Desenvolvimento das técnicas de navegação e fortalecimento da economia pesqueira.

23. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


O conjunto de práticas econômicas ocorridas entre os séculos XV e XVIII recebeu o nome de mercantilismo. Suas práticas
variaram de país para país, mas tinham em comum

a) A aliança entre nobreza, burgueses e o clero na busca pelo livre-comércio.

b) O fortalecimento do Estado por meio do protecionismo e o intervencionismo estatal.

c) A descentralização do poder político e a busca pelo metalismo.

d) O fortalecimento da centralização monárquica a partir do Colbertismo.

e) O colonialismo e o industrialismo.

24. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


No contexto do mercantilismo, o pacto colonial, também chamado de exclusivo comercial, estabelecia que
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a) as mercadorias importadas ou exportadas deveriam ser transportadas pelos navios ingleses.

b) a balança comercial das metrópoles deveria ser superavitária.

c) as companhias de comércio deveriam ser formadas metade pelo capital estatal e metade pelo capital privado.

d) todos os produtos que chegassem à colônia ou saíssem dela tinham que passar pela metrópole.

e) as colônias não podiam manter barreiras alfandegárias, priorizando o livre comércio.

25. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


Faça a associação abaixo e, em seguida, marque a alternativa correta:
I – mercantilismo metalista
II – Colbertismo ou mercantilismo industrial
III – mercantilismo comercial
A – tipo de mercantilismo que priorizou a prática de comprar barato e vender caro, ganhar no frete, estimular a
construção naval e a formação de companhias de comércio.
B – tipo de mercantilismo que priorizou o mercado de produtos luxuosos, uma política proposta por um dos
Ministros de Luís XIV.
C – tipo de mercantilismo que acentuava a importância da acumulação de ouro e prata.
a) I – A; II – B; III – C.
b) I – A; II- C; III – B.
c) I – C; II – A; III – B.
d) I – B; II – C; III – A.

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Do século V ao XVI - 2021

e) I – C; II – B; III – A.

Moderna II
26. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
Os mercadores portugueses foram beneficiados por alianças e acordos de interesse mútuo estabelecidos com a Coroa
Portuguesa. Por meio de decretos, leis e incentivos às pessoas que atuavam no comércio.

AZEVEDO, G e SERIACOPI. História – Série Brasil.; Ed. Ática.

Essa relação entre a Coroa e a burguesia mercantil

a) Se consolidou entre 1383 e 1385, com a Revolução de Avis, na qual os comerciantes colocaram no trono Dom João I.

b) Produziu a conquista de Ceuta, já em 1385, sob o comando de Dom João I, Mestre de Avis.

c) Garantiu a construção da maior escola náutica do século XIV, a Escola de sagres.

c) Possibilitou a conquista de Gibraltar, em 1415, retirando o controle do comércio das mãos dos muçulmanos.

d) Garantiu a expansão marítimo-comercial tão acelerada que ninguém conseguiu competir com Portugal, no século XVI.

27. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


Entre os séculos XIII e XV, os genoveses e venezianos monopolizam o comércio de produtos chegados à Europa pelo
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Mediterrâneo e, em 1453, Constantinopla foi tomada pelos Turcos Otomanos. Considerando a ação desse grupo, a
principal consequência econômica, para os europeus foi

a) Sair em busca de novas rotas comerciais primeiramente pelo mar do norte da Europa.

b) Carência econômica, que só foi resolvida com a as Cruzadas.

c) Dificuldade de comércio de especiarias com o Oriente devido aos bloqueios impostos.

d) Falta de metais precisos, já que os Turcos fecharam os portos do Norte da África que fornecia esse metal para o
continente europeu.

e) Um grande conflito militar entre europeus e muçulmanos pelo controle da rota da seda.

28. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


Na Era Moderna, teve início o Período das Grandes Navegações – termo usado para designar o ciclo de viagens marítimas
de longa distância realizadas pelos europeus – principalmente portugueses e espanhóis -, que expandiram os limites do
mundo conhecido, até então, pelas sociedades brasileiras.

São causas desse projeto expansionista:

I – Necessidade de novos mercados

II – Propagação da fé católica e protestante

III – Ambição material e econômica

IV – Falta de metais preciosos

V – Falta de conhecimento sobre outros povos

Estão incorretos

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a) I, III, IV

b) II, III, V

c) I, II, IV

d) II, V

e) II, III

29. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


São motivos do pioneirismo português, exceto:

a) Centralização administrativa

b) Interesses socioeconômicos

c) Périplo Africano

d)Posição Geográfica favorável

e) Ausência de Guerras e equilíbrio de interesses

30. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


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Enquanto a navegação marítima portuguesa se desenvolvia, no início do século XV, e, consequentemente, o comércio
se ampliava em novas direções, os espanhóis

a) Estavam envolvidos com Colombo e seu Projeto de circum-navegação para chegar às Índias.

b) Ainda estavam divididos em dois reinos distintos e lutavam pela reconquista da Península Ibérica que permanecia
controlada por mouros.

c) Celebravam a união dos reinos de Aragão e Castela a partir de várias negociações com os mouros muçulmanos que
ocupavam a Península Ibérica.

d) Desenvolviam seu projeto de contorno à África em direção às Índias a fim de garantir abertura de novas rotas
comerciais.

e) Organizava a centralização da administração e do exército para conquistar a América.

31. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


O feito de Colombo levou o governo de Portugal e o da Espanha a se envolverem em uma disputa a respeito de qual dos
dois países teria primazia sobre as “novas terras”. Como não chegavam a um acordo, os reis de Portugal e Espanha
pediram ao Papa Alexandre VI que servisse de juiz de disputa. Em 1494, assinaram o Tratado de Tordesilhas.

AZEVEDO, G e SERIACOPI. História – Série Brasil.; Ed. Ática, p. 149

O Tratado de Tordesilhas foi precedido por

a) Acordo de Cabo Verde-Açores

b)Tratado de Aliança Comércio e Amizade.

c) Tratado de Lisboa

d) Bula Inter Coetera

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e) Segundo Tratado de Utrecht

32. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


Em meados do século XVI, Portugal mantinha mais de cinquenta fortes e feitorias na rota entre a África e o Japão. Os
portugueses dominaram a maior parte do comércio ao longo do Índico por quase um século, transportando chás, sedas,
pedras preciosas e africanos escravizados.

Aos poucos, Portugal perdeu o controle do comércio com as Índias. Para esse declínio contribuiu

a) A resistência muçulmana à presença portuguesa no Oriente e a União Ibérica

b) A crise dos preços e o avanço da importância do navegação inglesa.

c) A invasão da Holandesa às feitorias na África.

d) Às invasões francesas na colônia portuguesa na América.

e) Os conflitos entre Portugal e Espanha pelas minas de Potosí.

33. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


A conquista do Império Inca deu-se a partir de 1531, por Francisco Pizarro. Em 1533, Pizarro conseguiu invadir a capital
inca, desestabilizando todo o império. O Império Inca, chegou a ter uma população de 20 milhões de habitantes.

Sobre os aspectos econômicos dos povos incas, pode-se citar


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a) Eram produtores agrícolas, ceramistas e metalúrgicos.

b) Eram seminômades e coletores.

c) Desenvolveram monocultura e comércio.

d) Eram grandes agricultores, mas não sabiam talhar minérios.

e) Comercializavam sal, ouro, peles e tecidos.

34. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


O colonialismo mercantilista baseava-se no relacionamento entre uma metrópole e a região por ela dominada, a colônia. A
relação entre elas determinava o tipo de colonização implementada.
(Cotrim, Gilberto. História Global)
Analise as proposições abaixo:
I – A metrópole impunha o “direito exclusivo” de fazer comércio com a região colonizada, comprando os produtos dela pelo
preço mais baixo e vendendo-lhe o mercadorias pelo valor mais alto. Verdadeiro controle econômico
II – Destaca-se uma produção econômica mais voltada para o consumo interno com predominância da pequena propriedade
rural familiar e policultora.
III – Produção mais voltada para o mercado externo, organizada em grandes latifúndios escravistas.
Qual delas se enquadram perfeitamente no modelo colonial-mercantilista?

a) I e II
b) I, II, III
c) I e III

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d) III
e) I

35. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


Foi na primeira metade do século XVII que, de modo efetivo, teve início a colonização inglesa da América do Norte. Ao
longo do século XVII foram fundadas 13 colônias. Esse empreendimento ocorreu em um contexto histórico mais amplo
ligado a elementos específicos da Inglaterra, como:

a)Ameaça dos interesses comerciais ingleses em virtude do avanço de espanhóis e portugueses, cercamentos

b)Criação de companhias de comércio e perseguição aos protestantes

c)Fim da dinastia dos Tudor e Guerra contra a França pelo territórios do atual Canadá

d)Cercamentos, perseguição aos protestantes

e)Cercamentos e interesses comerciais na produção de algodão para a indústria têxtil.

36. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


Ao longo dos séculos XVII e XVIII, formaram-se as chamadas 13 colônias inglesas, na América do Norte. Historiadores
as dividem em 2 blocos: Colônias do Sul e do Centro-Norte.

Associe a Coluna I com a Coluna II, de modo a caracterizar corretamente cada um dos blocos de Colônia
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COLUNA I COLUNA II

I - Colônias do Sul ( ) Colônia de povoamento


( ) Colônia de exploração
II – Colônias do Centro-Norte.
( ) Latifúndio monocultor e exportador
( ) Onde fica a Colônia da Geórgia
( ) Onde fica o Povoado de Jamestown, Virginia.
( ) Administrado por Assembleias populares

A ordem correta da associação é:

a)I, II, I, II, I, II

b)I, II, II, II, I, I

c)II, I, I, I, II, I

d)II, I, II, I, I, I

e)II, I, I, I, II, II

Brasil Colônia I

37. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

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Nos primeiros anos da ocupação portuguesa nas terras que passaram a serem chamadas de Brasil, a atividade
extrativista do pau-Brasil foi feita por meio:
a) do trabalho escravo africano.
b) de escambo.
c) de companhias de comércio.
d) do assalariamento indígena.
e) do trabalho compulsório a partir da encomienda.

38. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Apesar de descoberto pelos portugueses décadas antes, somente a partir de 1530 é que o Brasil começou a ser
encarado como um empreendimento lucrativo para a coroa portuguesa. A respeito da expedição que inaugurou essa
nova fase do processo de colonização, considere:

I - foi organizada e liderada por Duarte Coelho;

II – objetivou expulsar os franceses que, porventura, estivessem nos domínios portugueses;

III – em termos de exploração litorânea, a expedição apenas desceu o litoral Sul até chegar à foz do rio da Prata.

IV – durante esta expedição foi fundada a Vila de São Vicente, no litoral do atual estado de São Paulo.

Estão corretas:
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a) I e II.

b) I, II e III.

c) II e IV.

d) II, III e IV.

e) I, III e IV.

39. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


Em 1534, o reio dom João III dividiu a colônia portuguesa em quinze faixas de terra que iam do litoral à linha do Tratado
de Tordesilhas, com largura entre 200 e 650 quilômetros. O nomes dado a essas porções territoriais foi
a) sesmarias.
b) capitanias hereditárias.
c) vice-reinados.
d) feitorias.
e) concessão vassala.

40. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Para os portugueses, dois motivos de maior destaque justificavam a opção pela exploração do açúcar, sendo eles:
a) o produto proporcionava à metrópole uma balança comercial favorável e os portugueses já dominavam a produção
nas ilhas da Madeira e Cabo Verde.
b) o produto se adaptou bem ao longo do litoral brasileiro e era de grande apreciação pelas cortes europeias.

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c) o açúcar tinha baixo valor em relação aos custos de produção e a parceria com os holandeses na américa central
potencializou os ganhos portugueses.
d) a instalação do engenhos era relativamente simples e a mão de obra indígena escravizada se adaptou ao trabalho
compulsório.
e) a autorização da Coroa portuguesa para a escravização dos indígenas por meio das Cartas Régias e a experiência
que os portugueses já tinham no manejo do produto, desde a colonização da Ilhas da Madeira e Cabo Verde.

41. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Dos pontos de vista econômico e administrativo, o sistema de capitanias não alcançou os resultados esperados pelos
portugueses. Poucas capitanias progrediram, como São Vicente e Pernambuco. Nesse sentido, a Metrópole implantou
o sistema de governos-gerais, o qual
a) substituiu a divisão territorial das capitanias e alterou a forma de distribuição de terras.
b) transferiu o poder de concessão de terras às Câmaras Municipais.
c) elevou a categoria da colônia a Reino Unido de Portugal.
d) tinha o objetivo de centralizar a defesa do território e a administração da colônia.
e) transferiu a capital da colônia Salvador para Rio de Janeiro.

42. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


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Durante o período conhecido como União Ibérica (1580-1640), uma consequência do domínio espanhol que favoreceu
as atividades dos colonos no Brasil foi
a) o fim do pacto colonial, permitindo o livre comércio, principalmente com França e Inglaterra.
b) a abolição, na prática, das demarcações do Tratado de Tordesilhas, favorecendo a interiorização em busca de metais
preciosos.
c) a alteração da forma administrativa para um governo autônomo comandado pelo Conselho Ultramarino.
d) a liberação para a escravização indígena, resultando na diminuição do tráfico negreiro e, consequentemente, a dos
custos de produção.
e) o fortalecimento da fiscalização territorial a partir do deslocamento de efetivos da guarda espanhola para assegurar
as atividades exploratórias na colônia.

43. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Segundo os líderes da Igreja, como não tinham religião definida, os índios deveriam ser iniciados na fé cristã. Já os
africanos eram associados ao islamismo. Vistos como “infiéis”, sua escravização e transferência para a América eram
convenientemente interpretadas como uma forma de purgar supostos pecados cometidos por esses povos.

(ARRUDA, José Jobson de A., PILETTI, Nelson. Toda a História. São Paulo: Ed. Ática. 2007, p. 239)

A justificativa religiosa para a escravização de negros africanos

a) foi a mesma que os jesuítas utilizaram para a escravização dos indígenas.

b) foi articulada pelos reis católicos, à revelia do poder papal.

c) reforçou os interesses econômicos ligados ao tráfico negreiro.

d) foi construída após os colonizadores sofrerem resistência dos indígenas.

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e) estava condicionada à destinação de parte do lucro das atividades econômicas da colônia ao Vaticano, por meio
do quinto.

44. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Durante o século XVI e início do século XVII, o Brasil tornou-se o maior produtor de açúcar do mundo; ele foi o
responsável pela riqueza dos senhores de engenho, da Coroa e de comerciantes portugueses. Mas foram sobretudo os
holandeses que mais se beneficiaram com a atividade açucareira. Responsáveis pelas etapas de refinação e
comercialização, eles ficavam com um terço do valor do açúcar vendido. Uma vez refinado em Flandres, o açúcar era
comercializado na Europa por holandeses e portugueses.
(VICENTINO, Cláudio. DORIGO, Gianpaolo. VICETI, José. História. Parte 2, XXX, p. 328)
A parceria entre holandeses e portugueses a que o texto se refere foi abalada porque
a) a Espanha, que era inimiga dos Países Baixos, transferiu o conflito com os holandeses durante o período da União
Ibérica.
b) os portugueses passaram a construir alianças com o reino da França após o estreitamento das relações durante a
permanência de francês nas lavouras da França Antártida.
c) as companhias de comércio dos ingleses obtiveram êxito na produção do açúcar em sua colônia, deixando para trás
o monopólio de Portugal e Holanda.
d) os holandeses passaram a ter interesse em negociar com os espanhóis nas colônias da Antilhas.
e) a administração de Maurício de Nassau em Pernambuco comprou dos portugueses os engenhos produtores de açúcar
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refinado.

45. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

No processo de estabelecimento do território brasileiro, acerca do Primeiro Tratado de Utrecht é correto afirmar que
a) ele atualizou as demarcações do Tratado de Tordesilhas.
b) foi resultado de um acordo tríplice entre os reinos da Espanha, Portugal e França para solucionar questões na tríplice
fronteira na bacia do Prata.
c) foi assinado entre França e Portugal para estabelecer limites entre os territórios coloniais dois reinos, sendo que os
franceses aceitaram o rio Oiapoque como limite entre a colônia portuguesa e a Guiana Francesa.
d) restabeleceu a posse da Colônia do Sacramento a Portugal.
e) tornou nula todas as disposições e feitos decorrentes do Tratado de Madri.

46. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


O conflito entre indígenas de Sete Povos das Missões, liderados por jesuítas, contra os governos da Espanha e de
Portugal em função das redefinições territoriais e ameaças de aprisionamento indígenas ficou conhecido como
a) Guerra do Contestado.
b) Conjuração das Missões.
c) Guerra dos Emboabas.
d) Batalha de Guararapes.
e) Guerra Guaranítica.

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47. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


Durante a administração do conde Maurício de Nassau no nordeste brasileiro (1637-1644), seu governo
a) proibiu manifestações religiosas dos católicos.
b) concedeu liberdade aos escravos que se alistassem na guarda urbana.
c) concedeu liberdade de credo e promoveu modernização urbanística.
d) proibiu a concessão de créditos aos senhores de engenho portugueses.
e) recuperou territórios da colônia francesa no Maranhã, conhecida como França Equinocial.

48. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


A subordinação à metrópole não impediu que houvesse certo dinamismo nas relações econômicas e comerciais na
América portuguesa. Houve até mesmo um comércio direto com áreas que não pertenciam ao domínio português, como
a região do rio da Prata, no sul da América, e com regiões africanas, como Angola, Costa da Mina e Moçambique, além
de Goa e Macau, na Ásia.
(VICENTINO, Cláudio. DORIGO, Gianpaolo. VICETI, José. História. Parte 2, XXX, p. 413)
Considerando o texto, no período da economia açucareira, quais produtos eram utilizados para as negociações do tráfico
negreiro?
a) drogas do sertão e ouro.
b) ouro e charque.
c) charque e fumo.
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d) drogas do sertão e aguardente.


e) aguardente e fumo.

49. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


A necessidade de mão de oba era cada vez maior. Os holandeses, em 1637, ocuparam os mais importantes portos
africanos de fornecimento de africanos escravizados para o Brasil.Com exceção de Pernambuco, que também estava
sob o domínio holandês, a colônia não tinha acesso a carregamentos de escravos.
(VICENTINO, Cláudio. DORIGO, Gianpaolo. VICETI, José. História. Parte 2, XXX, p. 416)
Diante dessa situação de relativa escassez de mão de obra, comerciantes e proprietários de terra investiram em qual
alternativa?
a) contratação de bandeirantes para aprisionar nativos e negros fugidos aquilombados.
b) contratação de colonos a salários baixos para substituir temporariamente a mão de obra escrava.
c) busca por novos produtos rentáveis que não dependessem do uso direto da mão de obra escrava, como o ouro.
d) estabelecimento de parcerias com jesuítas para que fornecessem indígenas catequizados a preços justos.
e) financiamento de viagens aos portugueses que quisessem imigrar e construir uma nova vida na colônia.

50. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


Dentre os motivos da crise da economia açucareira no Brasil colônia, é possível citar:
a) a substituição da preferência do mercado consumidor europeu por drogas do sertão e algodão.
b) as investidas dos quilombolas contra os engenhos, o que levou à destruição dos meios de produção.
c) a entrada de açúcar mascavo das 13 colônias produzidos a menor custo.
d) o aumento da oferta do produto no mercado e o aumento da demanda por escravos, diminuindo a rentabilidade.

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e) a descoberta dos metais preciosos nas Minas Gerais.

Questões comentadas

1. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


Os povos germânicos dividiam-se em vários grupos, com grandes diferenças culturais entre si. Eram anglos, saxões,
visigodos, ostrogodos, vândalos, francos, suevos, burgúndios, lombardo, alamanos e hérulos, entre outros.

Sobre a organização socioeconômica dos germânicos é correto afirmar que

a) A organização social era descentralizada, baseada na família, no poder do pai que o exercia sobre os filhos e esposa;
o direito era consuetudinário.

b) Os líderes políticos organizaram grandes e centralizados estados baseados no comércio.

c) Era descentralizada, organizada a partir da família patriarcal e seus costumes eram baseados em leis escritas e rígidas.

d) A religião católica era o centro da vida social; os líderes guerreiros deram origem aos reis.

e) Era militarizada, com os chefes guerreiros escolhidos entre os soldados; o direito era consuetudinário e as mulheres
eram as chefes das famílias.

Comentários:

Os germanos eram uma população de origem indo-europeia que surgiu aproximadamente em 1800 a.C. no norte da
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atual Alemanha. Socialmente, eles se caracterizavam como comunidades agrícolas, pastorais e politeístas. Com o passar
dos séculos, os germanos se dividiriam em dois grupos: ocidentais e orientais. Os povos germânicos ocidentais entraram
em contato com a civilização romana, enquanto os povos germânicos orientais tiveram um papel importante na queda
do Império Romano do Ocidente. Apesar das várias diferenças entre os muitos povos germânicos, podemos traçar
algumas características em comum entre essas tribos: estavam organizadas em tribos e clãs, cujas terras pertenciam a
toda a população. Organizados em regimes patriarcais, as decisões políticas e econômicas eram responsabilidade do
guerreiro chefe do clã.

a) Correta! A ordem social dos germânicos era estabelecida por meio de clãs e tribos patriarcais que se mantinham
unidas através de relações consanguíneas. Exerciam o direito consuetudinário, que é baseado em costumes a partir das
tradições dos povos de determinado local e que passaram a ser aceitas como norma. Assim, da mesma maneira que sua
cultura, as leis germânicas eram passadas oralmente, de geração em geração.

b) Incorreta! Nas sociedades germânicas não havia centralização de estados baseados em comércio ou poder político
concentrado nas mãos de líderes políticos, como ocorria, por exemplo, no Império Romano. A base de sua economia
era a agricultura e criação de animais e não havendo, portanto, produção excedente para a comercialização.

c) Incorreta! Apesar de possuir uma organização social patriarcal e uma organização política descentralizada, os povos
germânicos não contavam com leis escritas, sendo que estas eram passadas de geração em geração e baseadas na
tradição, que é a forma de transmissão do direito consuetudinário.

d) Incorreta! Adeptos do politeísmo, a religião germânica é o conjunto de concepções mitológicas e religiosas comuns
aos povos que falavam qualquer dos dialetos germânicos e que, no decorrer dos primeiros séculos da Idade Média, se
expandiram por toda a Europa. Não havia entre eles, centralização de poder. Politicamente, os líderes guerreiros tinham
papel de destaque, contudo, as relações pessoais e a autonomia individual prevaleciam. Com o passar do tempo, uma
elite de guerreiros foi tomando um papel político de maior expressividade que os diferenciou dos camponeses que
trabalhavam em suas terras. Essa classe de líderes guerreiros deu origem aos senhores feudais, subordinados uns aos
outros por uma hierarquia de vínculos de dependência.

e) Incorreta! Apesar de a sociedade germânica contar com o direito consuetudinário, como vimos na resposta “a”, a
questão se torna incorreta ao afirmar que as mulheres eram chefes guerreiras. Os povos germânicos tinham uma
organização social patriarcal. O chefe do clã era o guerreiro, sempre um homem, responsável pelas principias decisões

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referentes à família, aos conflitos e as terras. Sem bases políticas centralizadas, as tribos germânicas gozavam de grande
autonomia política.

Gabarito: A
2. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
Embora o feudalismo seja um sistema que caracterizou diversas regiões da Europa ocidental entre os séculos X e XIII,
podemos dizer que suas instituições resultaram de longa gestação, mesclando elementos romanos e germânicos.

Classifique os itens abaixo da seguinte forma:

R para a herança do final do Império Romano

G para a herança germânica

( ) Colonato

( ) Enfraquecimento do poder centralizado

( ) Economia agropastoril

( ) Comitatus

( ) Beneficium

Assinale a alternativa que contém a sequência correta:


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a) R R R G G

b) R G G G G

c) R G G R G

d) R G G R R

e) R R G G G
Comentários

A invasão do Império Romano pelos povos germânicos (chamados de bárbaros pelos romanos), que ocorreu a partir do
século V, gerou o isolamento de várias regiões europeias, que deram origem posteriormente aos feudos, sendo esta a
origem do feudalismo. Além disso, temos a junção de instituições romanas (como o colonato) e germânicas (como o
comitatus, por exemplo). No sistema de colonato, os trabalhadores rurais e seus descendentes estavam ligados de
maneira perpétua às terras do senhor-proprietário, porém não eram escravos, e sim, seus servos. Em troca do uso das
terras e da proteção, retribuíam com trabalho obrigatório. No sistema germânico conhecido como comitatus, havia uma
relação entre guerreiros e proprietários de terra, baseada na honra, lealdade e proteção mútua. Isso deu origem ao
sistema de suserania e vassalagem na Idade Média junto com o beneficium, recompensa dada pelos chefes militares
germânicos aos guerreiros, em forma da posse de terras, que dariam origem aos feudos.

a) Incorreta! Apesar do colonato ser uma herança que o feudalismo herdou do Império Romano, e o enfraquecimento
de poder ter possibilitado a descentralização desse último, esta alternativa se torna incorreta ao colocar a economia
agropastoril como romana. Esse era o modelo germânico por excelência, que, somado aos saques e invasões, eram
importantes fontes de renda.

b) Incorreta! Todas as alternativas estão corretas, exceto o enfraquecimento do poder centralizado, que foi uma
característica romana e não de povos germânicos, conforme dissemos anteriormente. Os povos germânicos não possuiam
bases políticas centralizadas, as tribos germânicas desfrutavam de grande autonomia política, tinham uma organização
social patriarcal na qual o chefe familiar era responsável pelas principias decisões.

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c) Incorreta! O Império Romano (e não os povos germânicos) é que teve o enfraquecimento de seu poder centralizado.
Já o comitatus, foi uma herança germânica, na qual guerreiros se ligavam por juramento aos chefes das tribos e clãs,
para servi-los até a morte, o que mais tarde vai influenciar fortemente as relações de poderes feudais.

d) Incorreta! Conforme vimos na alternativa anterior, os povos germânicos não possuíam poder centralizado, sendo esta
uma característica do Império Romano. Por sua vez, o comitatus (a ligação dos guerreiros ligados por juramento ao
chefe) e o beneficium (recompensa dada pelos chefes militares germânicos aos guerreiros, através da posse de terras)
são formas sociopolíticas germânicas.

e) Correta! O colonato é uma herança romana, onde um senhor oferecia terra e proteção ao colono, que recebia um
rendimento do seu trabalho. Ao final do Império, a administração romana não impunha mais a sua autoridade em todas
as regiões, desta forma, com o poder central enfraquecido, os servos ampliaram seus poderes locais. Sobre o legado
germânico, do ponto de vista econômico, esses povos possuíam uma economia agrícola e pastoril; outra forma de sua
economia diz respeito aos saques e invasões, que se transformavam em outra importante fonte de renda. A ordem social
dos germânicos era estabelecida por meio de clãs e tribos patriarcais que se mantinham unidas pelas relações
consanguíneas. O comitatus, que estipulava a união militar dos guerreiros, ligava os guerreiros ao chefe, através de
juramento, para servi-lo até a morte, em troca de uma parte do saque e de sua proteção. Já o beneficium, era a
recompensa dada pelos chefes militares germânicos aos guerreiros, em forma da posse de terras, onde o guerreiro
oferecia fidelidade ao senhor.

Gabarito: E

3. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


O processo de formação do feudalismo, por abranger uma área muito extensa, não foi idêntico em todos os lugares da
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Europa. Apesar disso, podemos identificar elementos comuns onde atualmente é Alemanha e França.

Julgue os itens abaixo que representam os traços comuns do feudalismo em diferentes regiões da Europa Medieval:

I – Enfraquecimento do poder real e fortalecimento do poder local.

II – Existência de vínculos pessoais de obediência e proteção entre os poderosos e mais fracos, chamada de relações de
vassalagem.

III – Enfraquecimento das atividades comerciais e ruralização da sociedade.

IV – Uso generalizado do trabalho servil no campo.

Assinale a alternativa que apresente todos os itens corretos:

a) I, II, III, IV

b) I, II, IV

c) I, III, IV

d) III, IV

e) II, III, IV

Comentários

O feudalismo foi um modelo social e econômico que vigorou dos séculos V ao XV, na Europa Ocidental, e que marcou
profundamente a Idade Média. Esse modelo era baseado na terra e, por meio dela, constituíam-se a atividade econômica
e a estrutura social.

I – Correto. O surgimento dos reinos germânicos, no século V, contribuiu para aprofundar o processo de ruralização
europeia. Além desse movimento de saída das cidades para o campo, o enfraquecimento do poder político centralizado
contribuiu para o surgimento do feudalismo, promovendo o fortalecimento dos nobres. A nobreza era formada pelos

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senhores feudais, por cavaleiros que garantiam a segurança dos feudos e por outros donos de terras. Assim, enquanto os
imperadores concentravam poderes nos tempos de domínio romano, no feudalismo, o poder foi descentralizado nas mãos
desses senhores donos das terras.

II – Incorreto! A vassalagem era parte do sistema socioeconômico da Idade Média. Nesta relação de reciprocidade, o
vassalo recebia terra e bens materiais de seu suserano, a partir de um juramento de fé e prestação de serviços militares.
Em troca, deveria oferecer fidelidade absoluta e proteção ao seu suserano. Já na relação de servidão acontecia quando
pessoas sem posses (os mais fracos) prestavam serviços obrigatórios e perpétuos a senhores feudais em busca de
moradia e proteção.

III – Correto. Um dos motivos que levou ao surgimento do feudalismo foi a invasão dos povos bárbaros ao Império
Romano. A insegurança e violência fez com que nobres proprietários de terras, os feudos se espalhassem por diversas
regiões. Como os reis não tinham subsídios econômicos e nem militares para proteger as populações dessas áreas, a
responsabilidade passou a ser dos senhores feudais.

IV – Correto. Com a ruralização e o surgimento dos feudos, iniciava-se o sistema baseado no regime de servidão, no qual
os trabalhadores (servos), realizariam trabalhos agrícolas dentro de uma grande propriedade rural, onde havia terras para
cultivo, um castelo fortificado, aldeias, pastos e bosques, em troca de proteção do senhor feudal.

Portanto, com base nessas análises, podemos afirmar que a resposta correta é a letra “c”

Gabarito: C

4. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


A sociedade feudal era estratificada em três ordens. Relacione as duas colunas:

4- Bellatores
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( ) Trabalhadores campesinos
5- Oratores ( ) Nobres cavalheiros
6- Laboratores ( ) Membros do clero

Assinale a sequência estabelecida na coluna:

a) 1, 2, 3

b) 3, 2, 1

c) 3, 1, 2

d) 3, 2, 1

e) 1, 3, 2

Comentários

O feudalismo promoveu uma reestruturação no modelo de organização social, política, econômica e cultural dos
países da Europa Ocidental. O sistema criou um modo de produção que marcou o início da Idade Média após a queda
do Império Romano. A sociedade do feudalismo era dividida em três classes sociais: o clero (oratores, latim,
“rezadores”), tendo como principal membro a igreja católica; a nobreza (bellatores, latim, “guerreiros), composta
pelos senhores feudais; e os servos (laboratores, latim, “trabalhadores”), preenchida pela classe mais baixa e os
camponeses. Nesse sistema não havia mobilidade social, ou seja, os servos eram obrigados a passarem o resto de
suas vidas servindo aos senhores. A nobreza, formada pelos senhores feudais, era a classe mais alta do feudalismo.
Dona das grandes propriedades rurais (assim como a Igreja), ela exercia poder absoluto sobre as demais classes.
Portanto, a resposta correta é a letra “c”, pois vincula corretamente os termos com seus pares.

Gabarito: C
5. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

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No início da Idade Média, após as invasões bárbaras, instalou-se uma grande diversidade cultural na Europa Ocidental.
Aos poucos, devido à ação dos membros da Igreja Católica, foram se convertendo ao cristianismo.

Levando em consideração a informação do texto, pode-se afirmar que o papel da Igreja Católica, na Idade Média

a) Legitimou uma ordem social marcada por equidade e harmonia.

b) Desempenhou um papel articulador entre as diferentes sociedades medievais, conferindo-lhes certa unidade
cultural.

c) Manutenção de todos os dogmas da religião romana impondo-os a todos os povos que formaram a sociedade
feudal.

d) Foi de autoridade religiosa exclusivamente, sem importante participação nos assuntos políticos.

e) Desenvolveu-se exclusivamente no campo religioso, como autoridade espiritual da cristandade.

Comentários

Entre os séculos III e IV, a Igreja Católica realizava a disseminação do Cristianismo com o apoio do Império Romano,
que oferecia enormes facilidades para que populações inteiras paulatinamente se voltassem para a nova religião.
Contudo, essa situação veio a se transformar com o advento das invasões bárbaras, as quais trouxeram uma
variedade de povos, culturas e crenças para os antigos domínios imperiais. A partir de então, diferentes estratégias
deveriam ser elaboradas para que os clérigos cristãos conseguissem penetrar no interior dos recém-formados reinos
bárbaros e, de tal forma, garantir a sobrevivência da religião. A Igreja Católica teve papel preponderante na formação
do feudalismo; além de grande proprietária de terras, estruturou a visão de mundo do homem medieval. Na
realidade, foi a instituição que sobreviveu às inúmeras mudanças ocorridas na Europa no século V e, ao promover a
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evangelização dos bárbaros, concretizou a simbiose entre o mundo romano e o bárbaro.

a) Incorreta! Não havia equidade e harmonia na ordem social medieval. O poder estava fragmentado em diversos
feudos, controlados por senhores feudais. Esses senhores representavam o poder local, que estava submetido ao
poder da Igreja. O feudalismo foi organizado de acordo com o teocentrismo, teoria que entende Deus como o centro
de tudo. Essa teoria justificava e reforçava o poder da Igreja Católica e da nobreza, enquanto mantinha o regime de
servidão e ignorância para a maior parte da população.

b) Correta. No século V, já durante a Idade Média, a instituição tinha uma organização hierárquica definida – com
padres e sacerdotes na base da pirâmide, bispos logo acima e o papa no topo – e estava bem instalada no continente.
Os religiosos dedicaram-se a converter os bárbaros e a promover sua integração com os romanos, ganhando prestígio
e passando a assumir funções administrativas nos novos reinos. Ao mesmo tempo em que as conversões aconteciam,
o processo de unificação de tribos em reinos unificados, as novas rivalidades experimentadas e a modificação das
estruturas sociais bárbaras também atuavam na formação de um novo mosaico cultural. Dessa forma, a Igreja
garantiu uma unidade religiosa, política e cultural em uma sociedade altamente desagregada.

c) Incorreta! É possível perceber a influência cultural em ambos os lados, com a cristianização dos bárbaros e a
influência de traços culturais dos bárbaros na Igreja Romana, como alguns movimentos heréticos. Assim, devemos
salientar que esse processo de diálogo para com os povos bárbaros, aconteceu muito mais em função de práticas
que não só apresentavam uma nova religião, mas também colocavam em voga vários hábitos, instituições e modelos
provenientes da própria cultura clássica que se mostrava viva, apesar da crise romana.

d) Incorreta! Inicialmente, vemos que a ação da Igreja se concentrou na formação de mosteiros em regiões rurais,
na promoção de estratégias que aproximassem os clérigos dos monarcas e na melhoria da formação dos membros
cristãos que promoveriam o diálogo junto às populações pagãs. Na verdade, os mosteiros acabaram se tornando o
centro da vida cultural e intelectual da Idade Média e também cumpriram funções econômicas e políticas importantes.

e) Incorreta! Conforme dissemos na alternativa anterior, o poder da Igreja Católica no mundo feudal deu-se através
da sua forte estrutura política e econômica, ultrapassando o campo religioso. Essa estrutura tinha como tarefa
difundir a fé cristã; tarefa que executou de maneira efetiva e eficaz. A Instituição era a responsável pela vida cultural
e religiosa, além de legitimar o poder da nobreza.

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Gabarito: B

6. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


Os sacerdotes da Igreja dividiam-se em duas grandes categorias: clero secular e regular. Tendo isso em mente avalie os
itens abaixo:

I – O clero secular era formado por sacerdotes que viviam fora dos mosteiros. Ficavam submetidos a uma ordem
hierárquica do pároco ao papa assim estabelecida: pároco, bispo, arcebispo e o papa de Roma.

II- O clero regular era formado por sacerdotes que viviam em mosteiros afastados das cidades. Exerciam muitas funções
além das religiosas, como agrícolas, pastoris, artesanais, intelectuais, por esse motivo, os mosteiros se tornaram centros
de cultura na época medieval.

III – Os dois grupos de religiosos tinham funções diferentes, mas ambos se organizavam em ordens religiosas como os
beneditinos, franciscanos, dominicanos, carmelitas e agostinianos.

Os itens I, II e III:

a) I está correto; II e III estão errados.

b) I ,II e III estão corretos.

c) I está incorreto; II e III estão incorretos.

d) I e II estão corretos; III está incorreto.

e) I, II e III estão incorretos.


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Comentários

A Igreja Católica Apostólica Romana, cujo poder se estendia pela Europa ocidental durante a Idade Média, se divide em
duas categorias principais, para além das várias hierarquias. Essa divisão se baseava no fato dos sacerdotes terem ou
não contato com a sociedade. Lembra-se que na aula vimos um pouco sobre a vida monástica, isto é, como alguns
clérigos viviam em mosteiros relativamente afastados das demais feudos e vilas? Então, a questão é sobre isso! Vejamos
as alternativas:

I – Verdadeira! Justamente, o clero secular era aquele que mantinha o contato com a sociedade, administrando paroquias
e bispados, além de negociar as relações da Igreja com as nações mundo afora.

II – Verdadeira! Os mosteiros eram praticamente feudos autossuficientes, com os clérigos nele residentes trabalhando
para seu próprio sustento. Lembra que nesses lugares o lema era “ora et labora” (ore e trabalhe)? A atividades deles se
dividiam entre os cultos e rituais religiosos, preservação e reprodução de textos antigos agricultura, pastoril, artesanato,
entre outras que fossem necessárias para sua sobrevivência. Além disso, esses mosteiros eram administrados pelas
ordens regulares, como os beneditinos, franciscanos, dominicanos, carmelitas e agostinianos.

III – Falsa. Realmente, as funções de cada grupo eram diferentes. Todavia, apenas o clero regular se organizava
necessariamente em ordens religiosas. Existem casos de clérigos seculares que entraram em ordens, mas não é uma
regra para eles.

Portanto, a alternativa correta é a letra “d”.

Gabarito: D

7. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


Durante o Concílio de Clermont, em 1095, o Papa Urbano II deu início às Cruzadas proferindo um discurso motivador.
Nesse sentido, aos peregrinos que se aventurassem nas Cruzadas e, porventura, fossem mortos combatendo pagãos, a
Igreja prometia:

a) um indenização às famílias.

b) uma oração especial na cidade de Jerusalém.

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c) o reconhecimento do título de cavaleiro.

d) a remissão dos pecados.

e) não recrutar familiares das vítimas na peregrinação seguinte.

Comentários

As Cruzadas foram uma série de expedições militares empreendidas pelos europeus contra territórios muçulmanos no
Oriente Médio, entre 1096 e 1270. O maior objetivo era de caráter religioso e consistia em conquistar Jerusalém, cidade
sagrada para cristãos, muçulmanos e judeus. No entanto, havia também motivos econômicos. A nobreza feudal
acreditava que as expedições podiam lhe render novas terras e títulos, enquanto comerciantes e mercadores sonhavam
em tomar o controle de rotas e entrepostos comerciais importantes no Mediterrâneo e no Oriente Médio. De qualquer
forma, as motivações religiosas se sobressaíam, até porque contavam com o incentivo da própria Igreja Católica que
fazia promessas de salvação e graça divina para os que se entregassem a causa. Pensando nisso, vejamos qual alternativa
apresenta corretamente uma das promessas feitas pelo clero aos cruzadistas:
a) Incorreta. Da parte da Igreja, não havia nenhuma promessa de recompensa em dinheiro. Na verdade, os ganhos
materiais estavam subentendidos, uma vez que a proposta era massacrar os muçulmanos e tomar Jerusalém, o que teria
como consequência a tomada de tudo que era deles, territórios e riquezas.
b) Incorreta. Em termos religiosos, o clero prometia muito mais do que uma oração na cidade sagrada. Veremos a seguir.
c) Incorreta. Apenas nobres e outros cavaleiros podiam conceder esse título às pessoas. Provavelmente, vários deles
prometeram tornar homens despossuídos em cavaleiros caso os seguissem nas Cruzadas, mas isso não foi feito pela
Igreja.
d) Correta! No cristianismo “perdão” é uma palavra-chave. Era o que poderia salvar uma alma da condenação eterna.
Assim, o papado prometeu perdão a todos os pecados daqueles que se entregassem à causa das Cruzadas, assim como
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a salvação de suas almas e um lugar garantido no paraíso.


e) Incorreta. Tal promessa também não foi feita. Na verdade, procurava-se incentivar o máximo de pessoas possíveis,
mesmo mulheres, crianças, idosos e até mendigos. Em 1096, houve um Cruzada dos Mendigos e, em 1212, ocorreu a
Cruzada das Crianças.

Gabarito: D

8. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


A respeito das Cruzadas, considere as afirmações abaixo:

I – a nobreza feudal procurava novas terras.

II – o papa procurava restabelecer a autoridade secular e reconstruir a unidade da Igreja, quebrada com a Cisma do
Oriente, em 1054.

III – pretendia-se dar uma resposta aos problemas provocados pelo excedente populacional.

IV – foram organizadas dez Cruzadas, sendo duas bem-sucedidas.

V – o objetivo precípuo dos cavaleiros Templários era proteger reis e nobres que se aventurassem na peregrinação.

Estão corretas:

a) I e II, apenas.

b) I, II e III, apenas.

c) II e IV, apenas.

d) II, IV e V, apenas.

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e) III, IV e V, apenas.

Comentários

As Cruzadas foram uma série de expedições militares empreendidas pelos europeus contra territórios muçulmanos no
Oriente Médio, entre 1096 e 1270. À princípio foram incentivas pelo próprio Papa, mas contaram com a participação de
vários setores da sociedade europeia, desde reis e a nobreza até os mais pobres. Com isso em mente, vamos avaliar as
proposições:
I – Verdadeira! Apesar do principal objetivo das Cruzadas ser a reconquista de Jerusalém e a expulsão dos muçulmanos,
por questões religiosas, a nobreza viu nelas a oportunidade de adquirir novas posses. Isso porque naquele momento a
Europa não tinha terras suficientes para serem distribuídas entre todos os herdeiros das nobrezas dos diferentes reinos,
o que muitas vezes gerava conflitos violentos e fratricidas. Por isso, as expedições representavam a possibilidade de
obter essas terras sem que a nobreza guerreasse entre si.
II – Verdadeira! A Igreja cristã havia se dividido em duas, por uma série de discordâncias políticas e doutrinárias. Assim,
em 1054, a Igreja Católica Apostólica Romana passou a ser chefiada pelo Papa em Roma, enquanto a Igreja Católica
Ortodoxa Grega passou a ser comandada pelo Patriarca, mas acima dele, pelo próprio imperador bizantino, com sede
em Constantinopla. Após aproximadamente 40 anos separadas, o papa romano viu a oportunidade de usar as Cruzadas
para restaurar o vínculo entre as duas Igrejas, fazendo dos muçulmanos um inimigo comum. Além de terem posse de
Jerusalém, sagrada para os cristãos, os califados islâmicos também avançavam sobre as fronteiras bizantinas.
III – Verdadeira! Lembre-se que no período em que ocorreram as cruzadas o feudalismo estava no auge. Ou seja, a
população europeia estava dividida em feudos, unidades territoriais agrícolas que funcionavam com base na subsistência.
No entanto, em alguns anos a população cresceu demais em decorrência da disponibilidade de comida e da ausência de
guerras. Por essas razões, as Cruzadas também pareciam uma ótima solução para resolver esse problema. Se as tropas
fossem bem-sucedidas, mais terras seriam conquistadas e poderiam servir de lar para o excedente populacional. Se
fracassem, pelo menos esse excedente seria eliminado no conflito, melhorando a distribuição de recursos entre os
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europeus sobreviventes.
IV – Falsa. Na verdade, houve apenas oito cruzadas oficiais e apenas uma foi bem-sucedida em tomar Jerusalém dos
muçulmanos: a primeira, conhecida como Cruzada dos Barões (1096-1099).
V – Falsa. O objetivo dos templários era defender qualquer cristão que se aventurasse a peregrinar para Jerusalém, após
sua conquista pelos europeus, em 1099.
Portanto, a alternativa correta é a letra “b”.

Gabarito: B

9. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


No século XIII, o comércio ganhou significativo impulso. Esse crescimento da atividade comercial não ficou restrito
localmente. Desenvolveram-se grandes rotas de comércio internacional.

São exemplos dessas rotas

a) A rota do Mediterrâneo que controlou todo o comércio feito na Europa.


b) As rotas do norte, sendo a mais importante delas, a Hanseática.

c) As rotas do norte e do sul, respectivamente, as de Dantizig/Hamburgo/Bordeaux e as do Mediterrâneo.

d) Champagne e Flandres.

e) Veneza, Gênova e Colônia

Comentários

No enunciado, é possível identificar facilmente o tempo, o espaço e o tema, respectivamente: o século XIII (Idade Média
central); Europa; renascimento comercial e urbano. Em primeiro lugar, lembre-se que nesse momento a Europa estava
dividida em reinos. Contudo, o poder era fragmentado e os reis não tinham tanto poder assim. O território era partilhado

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entre senhores feudais que eram a maior autoridade em suas próprias terras. Entre os séculos X e XIII, mais ou menos,
é o auge do que chamamos de feudalismo, recorda? A economia era de subsistência e havia pouco comércio. Inclusive,
as moedas caíram em desuso na maior parte das regiões. As regiões costeiras, no Mediterrâneo e no Mar do Norte, eram
exceções, pois seu contato com o mar lhes deu oportunidade de continuar se dedicando a atividades comerciais, mesmo
que em menor escala. Pois bem, no século XIII, essa configuração começa a mudar. As várias cruzadas que ocorriam
desde o século XI botaram os europeus em maior contato com a cultura e o comércio do Oriente Médio e da Ásia. Com
isso, as cidades italianas do Mediterrâneo voltaram a controlar rotas marítimas importantes, proporcionando um
renascimento comercial para os europeus. Comerciantes começaram a circular mais pelo continente, levando produtos
de terras longínquas. Eles também passaram a negociar os excedentes agrícolas dos senhores feudais com outras regiões.
Com o tempo, os locais onde vários comerciantes se estabeleciam temporariamente para fazer negócios (as feiras) foram
virando cidades, onde eles passaram a residir. As moedas foram voltando a circular. Com isso em mente, vejamos as
alternativas:

a) Incorreta. De fato, a rota do Mediterrâneo é uma delas, mas ela não controlava o comércio em toda a Europa,
apenas na sua porção sul.

b) Incorreta. Na verdade, no norte só havia a Liga Hanseática, nome dado a Rota Comercial do Norte. Essa rota se
desenvolveu por meio da ligação de várias associações de mercadores dessa região. Essas associações eram
conhecidas como hansas. A Liga Hanseática foi fundada no século XIII por mercadores germânicos das regiões
de Hamburgo, Lubeck, Brêmen, Dantizig, Brugues, Rostock. Durante a Baixa Idade Média se constituiu como
uma potência comercial europeia. Mas, era mais que isso. No século XV, era uma confederação político-
econômica que reunia quase 60 cidades, possuía uma das maiores frotas marítimas, exército e governo
centralizado. A Liga agrupou o que aprenderemos, daqui há algumas aulas, como os príncipes burgueses. Eles
formaram as monarquias europeias mais dinâmicas e, com isso, impulsionaram o comércio marítimo e as
reformas políticas e religiosas da Época Moderna.
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c) Correta! Repare que o comando da questão está no plural. Como essa alternativa menciona ambas as rotas
citadas anteriormente, fica evidente que ela é a correta.

d) Incorreta. Apenas Flandres fazia parte de uma das rotas mais importantes, a da Liga Hanseática.

e) Incorreta. Veneza e Gênova faziam parte da rota do Mediterrâneo. Inclusive, essas duas cidades se revezaram
no controle dessa rota. Porém, Colônia não fazia parte.

Gabarito: C

10. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


“Durante muito tempo, a Idade Média foi considerada um período obscuro da história europeia. Dominada pelo misticismo
e pela ignorância, ela seria uma espécie de “Idade das Trevas”, durante a qual a Europa teria sofrido um retrocesso
artístico, intelectual, filosófico e institucional, com a destruição dos valore da cultura greco-romana. Hoje, contudo, os
historiadores reconhecem a importância da Idade Média para a formação do mundo contemporâneo”.

(ARRUDA, José Jobson de A., PILETTI, Nelson. Toda a História. São Paulo: Ed. Ática. 2007, p. 93)

A ressalva feita sobre o significado da Idade Média indica que houve criações intelectuais e civilizatórias positivas ao
longo desse período, considerado, durante muito tempo, como das “sombras”. Nesse sentido, qual das alternativas
abaixo expressa criações surgidas na Idade Média?

a) surgimento do Estado Moderno e das teorias contratualistas.

b) surgimento das primeiras universidades e novas formas de representação política, como o Parlamento inglês.

c) aparição das primeiras cidades cercadas por muros, destinadas à defesa militar.

d) aparição da Igreja Católica.

e) criação da escrita.

Comentários

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O tempo ao qual a questão se refere é a Idade Média, entre os séculos V e XV. O espaço é a Europa. O tema é inovações
técnicas e intelectuais nesse período. Neste ponto, é bom lembrar que os critérios e a visão sobre a história muda de
acordo com o período em que a mesma é produzida. A divisão didática dos períodos da história da humanidade
(Antiguidade, Idade Média e Idade Moderna) foi criada pelos humanistas do Renascimento cultural, na Europa, durante
os séculos XIV e XVI. Como vimos com mais detalhes na Aula 04, esse movimento foi caracterizado pela redescoberta
do conhecimento da Antiguidade pelos europeus. O fim da Idade Média é marcado por uma série de crises (guerras,
fome, peste, etc.) e pelo controle ideológico da Igreja. Além disso, o contato frequente com os muçulmanos, resultante
seu domínio da Península Ibérica até o século XIV e das cruzadas ocorridas entre o XI e XIII, trouxe também uma série
de novos saberes e documentos de civilizações antigas que eles haviam preservado. O fim do Império Bizantino, em
1453, também ocasionou um fluxo migratório para a Europa cristã e com isso uma série de textos, artefatos e professores
bizantinos serviram de ponte entre europeus e a antiguidade.
Dessa forma, os europeus do Renascimento consideravam as civilizações antigas, sobretudo Grécia e Roma,
como o ápice do desenvolvimento humano em todas as áreas. Algo que só seria retomado naquele momento em que
eles estavam redescobrindo todo esse conhecimento. O período de mil anos entre o fim do Império Romano e o século
XV, que estavam vivendo, era visto por eles como um momento de decadência, estagnação e obscurantismo. Isso porque
eles consideravam que a estagnação do comércio, o abandono das cidades e o controle ideológico da Igreja contribuíram
para que o progresso fosse empacado. Por isso, deram o nome de Idade Média, pois a mesma estaria bem no meio de
dois períodos de riqueza e prosperidade. Contudo, como o texto da questão sugere, as gerações seguintes de
historiadores revisaram essa avaliação sobre o período medieval, identificando que houve diferentes inovações
importantíssimas para a sociedade europeia. Considerando esses apontamentos, vejamos:
a) Incorreta. O Estado Moderno e as teorias contratualistas só começam a se desenvolver no início da Idade
Moderna, logo depois da Idade Média. Na verdade, é difícil demarcar exatamente essa origem em um ou outro
período, pois cada país passou por esses processos no seu próprio tempo. Contudo, como o Estado com
características modernas mais antigo, Portugal, se consolidou no século XIV, considera-se como um fenômeno
que se enquadra melhor na Idade Moderna que estava prestes a se iniciar.
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b) Correta! As primeiras universidades surgiram na Idade Média pela iniciativa da Igreja Católica, que monopolizava
todas as instâncias da educação nessa época. Era do seu interesse oferecer cursos superiores para padronizar a
formação do clero e dos nobres e alinhá-los ao seu discurso e pensamento oficiais. Por sua vez, o Parlamento
Inglês foi fundado pela Magna Carta, de 1215. As resistências locais dos nobres à consolidação do poder
monárquico foram grandes. O rei João Sem Terra, governante entre 1199-1216, enfrentou uma série de revoltas
da nobreza feudal britânica, ao tentar organizar as bases tributárias do Estado Monárquico. Recusando-se a
pagar quaisquer impostos lançados unilateralmente pelo soberano, os nobres coagiram o rei a assinar a Magna
Carta, em 1215. Esse documento que o obrigava a consultar um parlamento eleito entre a nobreza antes de criar
ou aumentar qualquer tributo.
c) Incorreta. Cidades muradas para resistir à ataques militares existiam em outras regiões que não a Europa e em
momentos anteriores, inclusive no continente europeu.
d) Incorreta. A Igreja Católica foi fundada muito tempo antes da Idade Média. É possível destacar três momentos
importantes para sua fundação: 1) quando Jesus Cristo começou a professar seus ensinamentos, por volta de
30 d. C.; 2) quando o Imperador Constantino, de Roma, converteu-se ao cristianismo e legalizou o culto à esta
religião, em 312 d. C., e promoveu o Concílio de Nicéia, em 325 d. C.; 3) quando o Imperador Teodósio tornou
o cristianismo a religião oficial do Império Romano, em 383 d. C.
e) Incorreta. A criação da escrita data aproximadamente 4 mil anos a. C., provavelmente na região do Oriente
Médio, na Mesopotâmia.

Gabarito: B

MODERNA I

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1 2
A crítica humanista pautava-se pela percepção _________________, em oposição __________________ do mundo
medieval.

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Do século V ao XVI - 2021

Considerando as diferenças entre o pensamento humanista e o pensamento medieval, na passagem da Idade Média para
a Moderna, preenche corretamente as lacunas

a)1: de ruptura e de transformação; 2: à permanência e à continuidade

b) 1: controle do próprio destino; 2: ao antropocentrismo

c) 1: geocentrista; 2: ao heliocentrismo

d) 1: individualista e racionalista; 2: ao neoclassicismo

e) 1: orientada pela fé; 2: à percepção orientada pela razão

Comentários

A questão aborda a passagem da Idade Média para a Idade Moderna na Europa, especificamente o desenvolvimento do
pensamento humanista. Ou seja, estamos falando do período entre o século XIV e XVI, mais ou menos. Com isso, a questão
pede para completar as lacunas na frase apresentada, que propõe uma comparação entre as mentalidades das duas épocas.
Vamos lembrar, então, algumas características bem básicas de cada mentalidade.

O pensamento medieval era marcado pelo controle da Igreja Católica, no qual a terra era plana e o centro do
universo. Essa mentalidade também colocava Deus acima de tudo e qualquer coisa. Além disso, esse pensamento procurava
legitimar que a ordem social era uma criação divina, portanto, as pessoas eram classificadas com base em seu nascimento
e não deviam tentar mudar de classe ao longo da vida. Por sua vez, o humanismo era uma corrente filosófica que começou
a se popularizar na Europa conforme seus habitantes entravam em contado com outras culturas, graças às Cruzadas e à
queda do Império Bizantino. Com o renascimento cultural e urbano novas classes sociais ligadas ao comércio começaram a
surgir. Assim, o humanismo pregava que o centro do pensamento não devia mais ser Deus, mas sim o homem
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(antropocentrismo). A religião deveria ceder espaço à razão, ao empirismo e à ciência. É sob a influência dessa filosofia,
que alguns estudiosos começam a propor a teoria do heliocentrismo (Sol como centro do universo) e, mais adiante, a
concepção atual de que o universo é infinito e não tem um centro. Por outro lado, os humanistas valorizavam o talento e o
mérito pessoal. Apesar do nascimento ainda ser importante, esse momento é o começo da ideia de meritocracia que está
associada ao surgimento de novas classes sociais, sobretudo a burguesia. Por último, lembre-se que o humanismo está
associado ao Renascimento cultural, movimento intelectual que questionavam o domínio da Igreja sobre o pensamento.
Agora que lembramos essas diferenças, vejamos qual alternativa melhor preenche as lacunas:

a) Correta! De fato, como dito no comentário, os humanistas estavam atentos às transformações do mundo europeu
e propunham uma série de rupturas na mentalidade da época para acompanhar as mudanças sociais e econômicas.
Portanto, eles se opunham à permanência e continuidade do pensamento medieval.
b) Incorreta. De certa forma, os humanistas realmente acreditavam no livre arbítrio e da potência humana para
transformar o mundo. Contudo, antropocentrismo não era uma característica do pensamento medieval, mas sim da
filosofia humanista.
c) Incorreta. Geocentrismo é a teoria de que a Terra é o centro do universo, concepção hegemônica no período
medieval e defendida pela Igreja. O heliocentrismo seria um contraponto elaborado por Copérnico, que defendia
que o Sol era o centro do universo, logo não era uma teoria medieval, mas sim humanista. Apesar disso, o
heliocentrismo foi também descartado em pouco tempo pelos humanistas que sucederam a Copérnico propondo
que o universo era infinito e que não tinha um centro.
d) Incorreta. Realmente, os humanistas defendiam a primazia da razão e valorizavam o indivíduo. Porém,
neoclassicismo era uma tradição estilística que só seria desenvolvida no século XVIII, muito tempo depois da Idade
Média e do humanismo dos séculos XV e XVI.
e) Incorreta. Na verdade, o humanismo era orientado pela razão, enquanto o pensamento medieval se orientava
pela fé.

Gabarito: A
12. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

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Ora, entre o século XIV e o XV, na verdade, houve uma mudança de equilíbrio; os “humanistas”, e com eles os artistas,
os artesãos, os homens de ação, substituíram as trilhas já sem perspectiva da especulação medieval por novas
exigências, novos impulsos, novos fermentos, diante das perguntas até aquele momento, sem respostas.

(Eugenio Garin. Apud. COTRIM, Gilberto. História Global)

O texto acima faz referência

a) Ao Movimento iluminista

b) Ao Movimento Cartista

c) Ao Movimento da Contracultura

d) Ao Movimento Renascentista

e) Ao Movimento Protestantista

Comentários

Em primeiro lugar, vamos reparar que a questão aborda os séculos XIV e XV, na Europa. Por sua vez, o texto destacado
fala das mudanças geradas pelo pensamento humanista e o desenvolvimento de novas classes sociais. Portanto, o tema da
questão é a passagem entre a Idade Média e a Idade Moderna. Com a informação do período, podemos descartar quatro
alternativas:

a) O movimento iluminista só se iniciou no século XVII e atingiu seu auge no XVIII;


b) O movimento cartista fez parte da mobilização da classe operária inglesa, mas isso só ocorreu no século XIX, mais
especificamente entre 1837 e 1848.
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c) O movimento da Contracultura só ocorreu nos anos 1960, no século XX.

e) O Movimento Protestante se iniciou com a publicação das 95 Teses de Martinho Lutero, em 1517, no século XVI.

Portanto, a alternativa correta é a letra “e”, movimento renascentista, o qual teve início justamente entre os séculos XIV e
XV, profundamente influenciado pelo humanismo e pelo surgimento de novas classes sociais ligadas ao comércio e ao
ambiente urbano.

Gabarito: D

13. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


As profundas mudanças pelas quais passou a Europa no fim da Idade Média refletiram-se, no plano cultural, em uma
verdadeira revolução: o Renascimento, que se iniciou na península Itálica no século XIV e se estendeu até o começo do
século XVII por toda a Europa.

(ARRUDA, José Jobson de A., PILETTI, Nelson. Toda a História. São Paulo: Ed. Ática. 2007, p. 93)

A origem do renascimento cultural está diretamente relacionado

a) ao incentivo da Igreja Católica em reformar suas capelas e catedrais, fato que estimulou as escolas artísticas.

b) ao advento das ideais iluministas.

c) ao desenvolvimento de um centro de comércio ativo e dinâmico, capaz de gerar excedente de riqueza possível de ser
investido na produção cultural.

d) à retomada da centralidade do homem proporcionada pelo pensamento liberal dos pensadores contratualistas.

e) ao patrocínio da nobreza feudal de artistas que passaram a ser contratados para retratar famílias e propriedades.

Comentários

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No enunciado, é possível identificar facilmente o tempo, o espaço e o tema, respectivamente: período entre os séculos
XIV e XVII (passagem da Idade Média para Idade Moderna); Europa; renascimento cultural. Em primeiro lugar, lembre-
se que nos séculos anteriores a Europa estava dividida em reinos. Contudo, o poder era fragmentado e os reis não
tinham tanto poder assim. O território era partilhado entre senhores feudais que eram a maior autoridade em suas
próprias terras. Entre os séculos X e XIII, mais ou menos, é o auge do que chamamos de feudalismo, recorda? A
economia era de subsistência e havia pouco comércio. Inclusive, as moedas tinham caído em desuso na maior parte dos
lugares. As regiões costeiras, no Mediterrâneo e no Mar do Norte, eram exceções, pois seu contato com o mar lhes deu
oportunidade de continuar se dedicando a atividades comerciais, mesmo que em menor escala. Pois bem, no século XIII,
essa configuração começa a mudar. As várias cruzadas que ocorriam desde o século XI botaram os europeus em maior
contato com a cultura e o comércio do Oriente Médio e da Ásia. Com isso, as cidades italianas do Mediterrâneo voltaram
a controlar rotas marítimas mais importantes, proporcionando um renascimento comercial e urbano para os europeus.
Comerciantes começaram a circular mais pelo continente, levando produtos de terras longínquas. Eles também passaram
a negociar os excedentes agrícolas dos senhores feudais com outras regiões. Com o tempo, os locais onde vários
comerciantes se estabeleciam temporariamente para fazer negócios (as feiras) foram virando cidades, onde eles
passaram a residir. As moedas foram voltando a circular. Com isso em mente, vejamos qual das alternativas aponta
corretamente o fenômeno ao qual o renascimento estava relacionado:
a) Incorreta. Na verdade, a Igreja Católica em geral se colocava contra as tendências renascentistas, pois estas
muitas vezes contrariavam vários de seus preceitos. Contudo, em determinados casos, alguns clérigos e papas
recorreram aos artistas renascentistas para fazer obras de arte e ornamentar templos de forma que usassem as
inovações artísticas para valorizar certos valores do catolicismo. Contudo, essa tendência não esteve na origem
do renascimento, mas sim ao longo de seu desenvolvimento.
b) Incorreta. O iluminismo ainda não havia sido concebido entre os século XIV e início do XVII. Na realidade, o
iluminismo foi um desdobramento do Renascimento, que começou a ser formulado em meados do século XVII.
c) Correta! O renascimento comercial e urbano foi o principal fator que criou a oportunidade para o surgimento do
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renascimento cultural por ter favorecido o encontro com diferentes culturas e produtos oriundos de outras regiões.
Além disso, conforme a burguesia comercial das cidades enriquecia, investia-se nas artes e projetos
renascentistas que comungavam dos mesmos valores burgueses (meritocracia, razão, empirismo,
antropocentrismo, etc.).
d) Incorreta. De fato, a retomada da centralidade do homem era um dos elementos principais do humanismo e do
renascimento. Contudo, o pensamento liberal dos pensadores contratualistas só começou a ser formulado em
meados do século XVII, em um momento posterior.
e) Incorreta. Realmente, o mecenato era a forma mais corrente de contratação de artistas durante o Renascimento.
Particulares os contratavam para trabalhar para si e para suas famílias. Contudo, isso foi uma iniciativa da
burguesia, adotada pela nobreza em menor escala e posteriormente.

Gabarito: C
14. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
No período do Renascimento, não houve apenas uma mudança na qualidade da obra intelectual, mas também um
aumento na quantidade da produção cultural.

(COTRIM, Gilberto. História Global)

Entre os fatores que influenciaram a disseminação do renascimento, pode-se destacar:

a) A riqueza acumulada pelos artistas renascentistas que financiavam sua próprias obras, segundo a lógica do
individualismo.

b) O desenvolvimento de novas técnicas artísticas, como a perspectiva.

c) Retomada de elementos greco-clássicos que permitiu o aperfeiçoamento das obras renascentistas.

d) A existência concentrada de artistas brilhantes nas ricas cidades italianas.

e) O desenvolvimento da imprensa e a ação dos mecenas do setor bancário e religioso.

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Comentários

O Renascimento cultural foi um movimento que ocorreu entre o século XIV e início do XVII, na Europa. Seu surgimento
e desenvolvimento estão profundamente ligados à crise do mundo medieval e às transformações que resultaram no
começo da Idade Moderna. Sabendo disso, vejamos qual alternativa aponta corretamente os fatores que influenciaram
a disseminação de seus ideais:

a) Incorreta. Os artistas renascentistas não financiavam as próprias obras. Na verdade, eles contavam sempre com
um ou mais mecenas. Este costumava ser alguém rico, em geral um burguês, que contratava os serviços do
artista sob demanda. Por seu turno, apesar de ter perseguido muitos renascentistas nos primeiros anos que suas
ideias começaram a circular, a Igreja começou a contratar alguns artistas para produzir obras religiosas e
ornamentar templos, como forma de se apropriar das novas tendências estilísticas a seu favor. Chamamos essa
relação de trabalho de mecenato.

b) Incorreta. É verdade que as novas técnicas artísticas eram característica do Renascimento. Mas o simples uso
delas não implicava na disseminação dos ideais renascentistas. Lembre-se que naquela época não havia câmera
fotográfica, nem internet. Nem mesmo os correios eram tão bons, pois os meios de transporte eram de tração
animal, humana ou natural (vento no caso das embarcações). Portanto, para fazer uma obra ou uma ideia
circular era necessário investimento para bancar sua publicação e seu transporte pelo continente.

c) Incorreta, pelas mesmas razões que a “b”. Realmente, os elementos da cultura grega e romana foram
amplamente apropriados pelos artistas renascentistas. Contudo, seu uso não implicava na maior circulação.
Como já disse, era preciso muitos recursos para fazer qualquer coisa circular pelo espaço naquela época.

d) Incorreta. De fato, havia grande concentração de artistas brilhantes nas cidades italianas. Afinal, foram nelas
que o renascimento cultural se iniciou primeiro, graças a seu contato com o Mediterrâneo e o monopólio de rotas
marítimas que conectavam a península itálica com o Oriente Médio e a Ásia. Contudo, isso só garantia que as
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obras e ideias desses artistas ficassem concentradas naquela região. Para que elas se disseminassem pelo resto
do continente era preciso investimento, como disse antes.

e) Correta! Os mecenas eram quem possibilitava a grande disseminação dessas obras de arte, pois eram eles que
as encomendavam e financiavam em primeiro lugar. Sem o seu dinheiro, seria muito mais difícil esse movimento
cultural se disseminar. Por outro lado, na mesma época ocorreu o aperfeiçoamento da prensa de tipos móveis,
por Johannes Gutenberg. Com isso, ficou mais rápido e barato reproduzir e publicas textos e imagens, facilitando
a circulação de ideias e obras de arte.

Gabarito: E
15. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
Alguns humanistas cristãos, a partir do século XI, condenaram o distanciamento do clero católico do que chamavam de
“espírito do Evangelho”. Qual o nome do alemão que, a partir das suas 95 Teses, criou uma das correntes religiosas do
protestantismo?

a) Marinho Lutero.

b) Rei Henrique VIII.

c) Max Weber.

d) João Calvino.

e) Thomas Morus.

Comentários

Atenção às informações que o enunciado fornece. Algumas palavras-chave: humanistas cristãos, século XI,
protestantismo e 95 teses. O tema da questão sem dúvidas são os movimentos de questionamento à hegemonia da
Igreja Católica sobre a religião e o pensamento. Mas, veja só, o comando se refere apenas ao protestantismo e às 95
teses, de um autor alemão! A primeira parte do enunciado foi só para te contextualizar no tema, dizendo que desde pelo

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menos o século XI já havia um movimento de humanistas que propunha questionamentos e reformas em relação a
alguns dogmas da Igreja Católica e da sociedade europeia como um todo. Conforme o renascimento comercial, urbano
e cultura se espalharam pelo continente, o humanismo se disseminou e as tensões com a Igreja aumentaram, pois ela
não estava disposta a renunciar a seu controle sobre a educação, o conhecimento e a religião. Até que, em 1517, no
século XVI, um monge agostiniano, de origem burguesa, publicou suas 95 Teses que criticavam várias práticas e
doutrinas católicas propondo inaugurar uma nova corrente do cristianismo. Naquela altura, vários países e classes sociais
estavam descontentes com o clero, principalmente a burguesia e alguns reis, por razões políticas e econômicas. Então,
logo o protestantismo se espalhou pela Europa e novas outras correntes surgiram. Agora lembre-se que a questão quer
saber quem era o autor das 95 Teses. Pensando, que elas foram publicadas em 1517, podemos eliminar uma das
alternativas:
c) Max Weber. Esse sociólogo alemão viveu entre 1864 e 1920. Ele estudou a relação do protestantismo com a formação
do capitalismo. Seu livro mais famoso é A Ética Protestante, no qual argumenta que os movimentos protestantes
proporcionaram uma nova mentalidade cristã que não condenava as novas práticas capitalistas. Por isso, esse processo
também está relacionado com a formação da burguesia enquanto classe social.
Os demais viveram na mesma época em que as teses foram publicadas. Porém, podemos fazer uma eliminação com
base na nacionalidade deles. O único alemão que sobrou é Martinho Lutero. De fato, ele foi um monge agostiniano, de
origem burguesa, que estava descontente com várias práticas e doutrinas católicas. Por isso, materializou sua insatisfação
na forma das 95 Teses. Com isso, inaugurou o protestantismo alemão, também chamado de luteranismo, em sua
homenagem. Portanto, a alternativa correta é a letra “a”. Quanto às demais:
b) Rei Henrique VIII, da Dinastia Tudor, foi um monarca inglês que governou entre 1509 e 1547, quando morreu. Ele
rompeu com a Igreja Católica em 1532 e fundou sua própria religião: a Igreja Anglicana, que não diferia muito da católica,
mas tinha no rei sua autoridade máxima. Suas motivações foram mais políticas e pessoais do que religiosas. Ele tinha
interesse em confiscar as terras da Igreja para usá-las como barganha no tráfico de influência com a nobreza e burguesia
inglesas. Além disso, não gostava que o clero tivesse isenção fiscal e privilégio de foro. Por outro lado, ele queria se
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divorciar para se casar com outra mulher e o Papa não consentia.


d) João Calvino foi um teólogo e escritor francês que viveu entre 1509 e 1564. Ele era um entusiasta das ideias de Lutero,
contudo foi perseguido na França e se refugiou na Suíça. Lá, ele desenvolveu sua própria vertente do protestantismo
inaugurando um novo movimento: o calvinismo. Ele dava mais ênfase ao princípio da predestinação.
e) Thomas Morus viveu entre 1478 e 1535. Ele era filósofo, homem de estado, diplomata, escritor, advogado e homem
de leis, ocupou vários cargos públicos, e em especial, de 1529 a 1532, o cargo de "Lord Chancellor" de Henrique VIII da
Inglaterra. É geralmente considerado como um dos grandes humanistas cristãos do Renascimento.

Gabarito: A
16. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
No início da Idade Moderna, ocorreram mudanças significativas no plano religioso europeu. Considerando:

I – a venda de indulgências.

II – o avanço islâmico em direção ao leste europeu.

III – a insatisfação de setores mercantis em relação à Igreja.

IV – a corrupção que reinava em setores do clero.

V – o interesse dos reis em fortalecer o poder da Igreja.

Assinale abaixo a alternativa que apresenta razões para o surgimento da Reforma Protestante:

a) I e II.

b) I, II e III.

c) I, III e IV.

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d) II, III e V.

e) IV e V.

Comentários
Veja, o enunciado começa falando “início da Idade Moderna”, logo o tempo de referência é a virada entre o século XV e
XVI. O tema é a reforma protestante, o que é indicado no comando. Portanto, o espaço é a Europa. Agora repare que
precisamos encontrar a alternativa que apresenta as razões para o surgimento dessa reforma. Lembrando que ela
começou com a publicação das 95 Teses de Martinho Lutero, em 1517, na Alemanha. Graças ao aperfeiçoamento da
imprensa, suas ideias circularam rapidamente por todo o continente e novas vertentes do protestantismo surgiram como
o calvinismo na Suíça ou o puritanismo na Inglaterra. Com isso em mente, vejamos:
I – Verdadeira! Essa prática consistia basicamente na venda de perdão ou até mesmo de lugares no paraíso
realizada por alguns clérigos. A venda de indulgências foi uma das principais motivações para Lutero romper com a Igreja
Católica em 1517.
II – Falsa. Apesar da conquista do Império Bizantino pelo Império Turco-Otomano, em 1453, ser um dos marcos
para o início da Idade Moderna, não estava relacionado com os movimentos protestantes na Europa ocidental. Não
diretamente, pelo menos.
III – Verdadeira! Desde quando o comércio voltou a crescer e as cidades a se desenvolver, novas classes sociais
foram se formando, como mercadores, banqueiros, artesãos, etc. Contudo, algumas atividades eram condenadas pela
Igreja Católica, como o empréstimo e a usura. Além disso, lembre-se que o clero pregava que existia três ordens sociais
criadas por Deus, as quais eram definidas pelo nascimento e não deveriam mudar. As novas classes sociais ligadas ao
comércio e ao ambiente urbano, como a burguesia, desafiavam essa ordem divina, pois tinham outras oportunidades de
enriquecimento. Não à toa, muitas vertentes do protestantismo foram inauguradas por pessoas de origem burguesa,
como o próprio Martinho Lutero que era filho de um mercador.
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IV – Verdadeira! Apenas padres, frades e monges costumavam fazer um juramento de pobreza. Porém, bispos,
arcebispos, cardeais e o próprio papa viviam envoltos em riquezas e luxo. Eles também eram frequentemente
participantes de esquemas e conspirações políticas, aliados a alguns monarcas e certos setores da nobreza feudal. Muitas
vertentes protestantes que surgiram a partir do século XVI criticavam essa participação dos sacerdotes na política secular,
pois dava oportunidade para muitos deles se corromperem, o que realmente acontecia.
V – Falsa. Não havia interesse dos reis em fortalecer a Igreja nesse momento. Na verdade, muitos deles estavam
brigando com o papado a respeito de isenções de impostos, privilégios de foro, terras e jurisdição. Inclusive, muitos
monarcas queriam ser a autoridade máxima da religião em seus próprios reinos. Assim, alguns deles romperam
definitivamente com a Igreja Católica, como Henrique VIII da Inglaterra. Enquanto isso, outros mantiveram seu vínculo
mas sempre permeado de disputas e tensões, como foi o caso da monarquia francesa, que não deixou de ser católica,
mas chegou a combater as demais monarquias católicas ao lado de países protestantes, na ocasião da Guerra dos Trinta
Anos.
Portanto, a alternativa correta é a letra “c”.

Gabarito: C
17. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
Dentre os ideais de uma das doutrinas religiosas que rivalizou com a Igreja Católica no contexto da Reforma Protestante,
podemos elencar o estabelecimento da bíblia como fonte de fé e livre exame, a extinção da hierarquia eclesiástica, a
predestinação e a valorização do trabalho. Essas características se referem:

a) ao luteranismo.

b) ao calvinismo.

c) à Igreja Ortodoxa.

d) ao anglicanismo.

e) ao islamismo.

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O tema da questão são as Reformas Protestantes, iniciadas a partir do século XVI, na Europa ocidental. Sabendo disso,
já podemos eliminar duas alternativas:
c) A Igreja Ortodoxa existia desde o Cisma do Oriente, também chamado de Grande Cisma, de 1054. Esse episódio
consistiu na separação entre a Igreja de Roma (católica) e a Igreja de Constantinopla (ortodoxa), por razões políticas e
doutrinárias. Isso não estava relacionado com a Reforma Protestante do século XVI. Nesta época, a Igreja Ortodoxa
ainda era independente da católica e não passou por esse processo protestante.
e) O islamismo não era e não é uma religião cristã. É completamente independente, apesar de também ser monoteísta
e contar com um livro sagrado. O Islã só estava presente na Europa ocidental de forma minoritária, na Península Ibérica,
pois desde as Guerras de Reconquista nos séculos XIV e XV, Portugal e Espanha expulsaram os reinos islâmicos da região,
sobrando apenas alguns habitantes remanescentes. Portanto, isso também não estava relacionado com a Reforma
Protestante, no século XVI.
Quanto às que restaram, o enunciado nos dá algumas características importantes pertencentes a vertente protestante
que pede para que identifiquemos. Essas características estavam presentes tanto no luteranismo quanto no calvinismo.
Contudo, a predestinação, em especial, era mais destacada no calvinismo. Por isso, a alternativa “b” é a correta.
Quanto ao anglicanismo, esta era a religião fundada pelo rei Henrique VIII da Inglaterra. Ele governou entre 1509 e
1547, quando morreu. Ele rompeu com a Igreja Católica em 1532 e fundou sua própria religião: a Igreja Anglicana, que
não diferia muito da católica, mas tinha no rei sua autoridade máxima. Suas motivações foram mais políticas e pessoais
do que religiosas. Ele tinha interesse em confiscar as terras da Igreja para usá-las como barganha no tráfico de influência
com a nobreza e burguesia inglesas. Além disso, não gostava que o clero tivesse isenção fiscal e privilégio de foro. Por
outro lado, ele queria se divorciar para se casar com outra mulher e o Papa não consentia.
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Gabarito: B

18. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


A Igreja católica ficou muito enfraquecida com a expansão do protestantismo. Uma de suas respostas a esse avanço foi
a formação da Companhia de Jesus, fundada pelo espanhol Inácio de Loyola em 1534. Concebida segundo um modelo
militar, a Companhia formava seus membros, os jesuítas, como soldados de Cristo.

(ARRUDA, José Jobson de A., PILETTI, Nelson. Toda a História. São Paulo: Ed. Ática. 2007, p. 163)

Qual ação pode ser considerada de responsabilidade da Companhia de Jesus no contexto da Contrarreforma religiosa?

a) a elaboração de um programa social que fosse capaz de atender às demandas dos camponeses.

b) o aconselhamento de reis católicos a partir das ideias do despotismo esclarecido.

c) a organização de exércitos responsáveis por combater calvinistas na região sul da França.

d) a difusão do catolicismo entre povos não-cristãos por meio da catequese.

e) a criação de escolas de artes responsáveis por formar pintores que passariam a difundir o catolicismo por meio de
afrescos.

Comentários
Logo de cara, dá para saber que o tema da questão é a Contrarreforma. Esta foi a reação da Igreja Católica aos
movimentos que consistiram na Reforma Protestante. Portanto, o tempo ao qual a questão se refere é o século XVI e o
espaço é a Europa. Mais especificamente, o enunciado quer saber sobre as responsabilidades da Companhia de Jesus,
criada em 1534 como uma das medidas da Contrarreforma. É importante lembrar que no início da ascensão do
protestantismo, a principal forma de combater os reformistas, ou protestantes, foi punir as lideranças, como fizeram com
Lutero e Calvino. Esperava-se, com isso, sufocar as ideias no seu berço dos respectivos nascimentos. Foi em vão. Em 50
anos, aproximadamente, 40% dos europeus ocidentais se converteram ao protestantismo. Assim, a Europa viveu décadas
de conflitos e disputas religiosas que desencadearam verdadeiras guerras religiosas. Por ter sido fundada nesse contexto,
a ordem dos jesuítas tinha uma formação mais militarizada do que as outras. Com isso em mente, vejamos:

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a) Incorreta. Em nenhuma das medidas da Contrarreforma católica havia menção às demandas dos camponeses.
Na verdade, essas medidas reafirmavam doutrinas importantes da Igreja Católica e procuraram dar mais coesão
para a formação do clero.
b) Incorreta. O despotismo esclarecido é um fenômeno político do século XVIII. Portanto, é posterior à Reforma
Proteste e à Contrarreforma. Além disso, ele consistia na prática de monarcas absolutistas consultarem
iluministas para aperfeiçoar o funcionamento de seus governos, sem que cedessem na centralização do poder.
c) Incorreta. Na França, a própria monarquia católica liderou as perseguições e guerras aos protestantes, que lá
eram chamados de huguenotes.
d) Correta! Em um contexto de perda de fiéis e de expansão marítima, a Igreja Católica apostou em conquistar
almas em novos territórios, além de perseguir protestantes na Europa. Por isso, a manutenção das relações com
Portugal e Espanha foi muito importante para o clero católico nesse momento. Lembre-se que a Companhia de
Jesus a ordem era inspirada em uma estrutura militar cuja missão era impedir o avanço do protestantismo e
converter indivíduos ao catolicismo por meio da contemplação (na maioria das vezes, forçada). A principal
estratégia era criar escolas religiosas e implementar o estudo da catequese. Portanto, sua maior utilidade foi
durante a colonização da América, da África e da Índia, lugares onde portugueses e espanhóis estavam
estabelecendo colônias ou entrepostos comerciais. No entanto, na América e na África não era raro eles terem
que lidar com reações violentas dos nativos e por isso a formação militar dos jesuítas eram bem requisitadas.
e) Incorreta. Na verdade, a Igreja Católica preferiu praticar o mecenato, contratando artistas renascentistas para
fazer obras de artes e ornamentar templos com temas bíblicos e cristãos para atrair mais fiéis.

Gabarito: D
19. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
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O processo de centralização política que levou à formação dos Estados Modernos não ocorreu de forma brusca ou sem
resistência por parte de grupos que não queriam perder seu poder. Apesar disso, o Estado se tornou um instrumento
importante, inclusive, no desenvolvimento econômico.

(COTRIM, Gilberto. História Global)

Foram medidas estatais que impulsionaram a economia:

I – Melhoria das estradas e da segurança pública

II – Uniformização das moedas

III – Criação de leis e regras para regular a economia

IV- Padronização de pesos e medida

Estão corretas apenas

a)I, II, III

b)I, II, IV

c)II, III, IV

d)I, II, III, IV

e)II, IV

Comentários
Em primeiro lugar, o tema da questão é a formação dos Estados Modernos na Europa, o que ocorreu mais ou menos
entre os séculos XIV e XVI. Na verdade, se formos cavar até o fundo da questão, podemos remontar ao início do processo
de centralização no fim do feudalismo. Esta ordem econômica atingiu seu auge entre os séculos XI e XIII. Todavia, uma
série de fatores contribuíram para gerar transformações que abriram oportunidade para muitos monarcas centralizarem

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o poder em sua figura. Lembre-se que no feudalismo, o poder era fragmentado, pois os senhores feudais eram a
autoridade máxima em seus próprios territórios. As relações e hierarquias entre eles eram estabelecidas pela vassalagem.
Contudo, nem todos deviam lealdade diretamente ao rei, mas a um dos vassalos do rei, ou a um dos vassalos de um
dos vassalos do rei, sacou? Pois bem, nessa mesma época começou a rolar o renascimento comercial e urbano, recorda?
Durante o período feudal, o comércio estava estagnado. Os poucos comerciantes que negociavam excedentes agrícolas
de gêneros específicos entre os feudos encontravam muitas dificuldades para realizar suas atividades. Como cada feudo
tinha suas próprias regras e leis, cada um tinha também seus próprios tributos e suas próprias moedas. Alguns nem
moedas tinham. Por outro lado, uma das consequências das Cruzadas foi o tal do renascimento comercial e urbano, uma
vez que botou os europeus em contato com mercados do Oriente Médio e da Ásia, por meio da retomada do controle de
algumas rotas comerciais do Mediterrâneo. Assim, novos produtos e objetos de luxos passaram a circular. Os mercadores
eram mais procurados e aos pontos cidades foram crescendo nos pontos onde eles se estabeleciam para fazer suas
trocas. Porém, a dificuldade em relação a fragmentação tributária e monetária dos feudos persistia.
Então, veja, de um lado os reis estava descontentes com a descentralização do poder e de outro os mercadores
e burgueses com a fragmentação econômica. Assim, em muitos lugares monarcas e burgueses se aliaram para concretizar
seus interesses. Os reis unificavam os tributos e as moedas a nível nacional, enquanto os burgueses emprestavam
dinheiro à monarquia para financiar a formação de exércitos permanentes que pudesse bater de frente com a nobreza
feudal, entre outras medidas de centralização. Já deu pra pegar a ideia, né? Conforme o Estado Moderno se estabelecia,
um conjunto de teorias e práticas econômicas se desenvolvia: o mercantilismo. Este tinha como principais características
o metalismo, a balança comercial favorável e o protecionismo. O comércio passava a ser o eixo principal das economias
nacionais, principalmente o setor de exportações. Para isso funcionar, era necessária intervenção do Estado e o capital
da burguesia. Então, vamos avaliar as alternativas. Mas lembre-se que você precisa identificar as medidas estatais que
impulsionaram a economia:
I – Verdadeira! Veja, a solução econômica dos problemas europeus era aumentar as rotas comerciais, chegar e controlar
a fonte de distribuição de mercadoria. Como não existiam aviões ainda, as mercadorias só podiam ser transportadas por
terra ou mar. Na terra, além de projetar veículos era necessário investir em infraestrutura, ou seja, boas estradas. Por
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outro lado, era preciso evitar que os produtos fossem roubados durante o trajeto e contrabandeados, resultando em
prejuízo para os comerciantes que investiram em sua aquisição e para o Estado que deixava de lucrar com os tributos
sobre a circulação deles. Por isso, a formação de exércitos permanentes e corporações policiais foram essenciais para
garantir a segurança pública indispensável o bom funcionamento do comércio.
II – Verdadeira! Essa foi uma das coisas que disse no comentário. Enquanto o poder e a economia eram descentralizados,
havia uma infinidade de moedas e em alguns lugares nem moedas existia. Portanto, a unificação monetária foi uma das
primeiras medidas aplicadas pelas monarquias nacionais no início do processo de centralização do poder.
III – Verdadeira! Para centralizar o poder sob um Estado monárquico e absolutista, foi necessário racionalizar seu
funcionamento por meio do estabelecimento de um corpo jurídico e uma estrutura burocrática. Sem isso seria impossível
administrar a justiça e administrar a arrecadação de tributos em vastos territórios nacionais.
IV – Verdadeira! Assim como as moedas, pesos e medidas também variavam de região para região dentro de um mesmo
reino devido a descentralização dos feudos. Sabe como aqui no Brasil a gente mede peso em quilogramas e nos EUA
eles usam pounds (libras)? Então, imagina se fosse assim em cada cidade um mesmo país, ia ser uma loucura. Essa era
a situação. Os comerciantes odiavam, até porque as principais mercadorias mais importantes eram gêneros agrícolas e
metais preciosos, os quais precisavam ser pesados para se auferir algum valor. Por isso, a unificação dessas unidades
de medida foi igualmente uma das primeiras medidas centralizadoras dos monarcas.
Portanto, a alternativa correta é a letra “d”.

Gabarito: D
20. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
No processo de formação das monarquias europeias, qual rei foi compelido a assinar um documento, no século XIII, se
comprometendo com a nobreza a não criar impostos sem o consentimento do Grande Conselho, o embrião do
parlamento?

a) Luís XVI.

b) Felipe II.

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c) João Sem-Terra.

d) Fernando de Castela.

e) Henrique II.

Comentários
Antes demais nada vamos nos localizar. O tema da questão é a formação das monarquias nacionais na Europa. Ou seja,
estamos falando do período entre a Baixa Idade Média e a Idade Moderna. Mais especificamente, o enunciado fala de um
acontecimento no século XIII. Em segundo lugar, lembre-se que cada país passou por esse processo de centralização do
poder em ritmos diferentes. Pois bem, até esse período, o poder era descentralizado na maior parte dos reinos, com a
nobreza feudal sendo a maior autoridade em seus próprios feudos, apenas hierarquizados com base na vassalagem.
Contudo, não existia parlamentos em lugar algum até o século XIII, pelo menos não oficialmente. O primeiro reino a
formalizar um conselho parlamentar foi a Inglaterra. As resistências locais dos nobres à consolidação do poder monárquico
foram grandes. O rei governante entre 1199-1216, enfrentou uma série de revoltas da nobreza feudal britânica, ao tentar
organizar as bases tributárias do Estado Monárquico. Recusando-se a pagar quaisquer impostos lançados unilateralmente
pelo soberano, os nobres coagiram o rei a assinar a Magna Carta, em 1215. Esse documento o obrigava a consultar um
parlamento eleito entre a nobreza antes de criar ou aumentar qualquer tributo. Com essas informações, vamos começar
eliminando todas as alternativas que não mencionam monarcas ingleses. Assim, estão incorretas:
a) Luís XVI foi rei da França entre 1774 e 1792, quando morreu decapitado pela Revolução Francesa.
b) Felipe II foi rei da Espanha entre 1556 e 1598. Foi durante seu reinado que o reino espanhol anexou Portugal e seus
territórios, pois Felipe era o primeiro na linha de sucessão ao trono português, cujo último rei na época morreu sem deixar
herdeiros. Com isso, os dois reinos se tornaram a União Ibérica a partir de 1580 e que durou até depois da morte de Felipe
(1598), quando os portugueses tomaram seus territórios de volta, na década de 1640.
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d) Não existiu um Fernando de Castela. Na verdade, era Fernando de Aragão, um reino que existia no território espanhol
antes da unificação que resultou na fundação da Espanha. Isto ocorreu quando Fernando casou com Isabel de Castela, um
reino vizinho, em 1469.
Agora, vejamos os dois monarcas ingleses que sobraram:
c) João Sem Terra foi rei da Inglaterra entre 1199 até 1216, quando faleceu. Ele era o filho mais novo do rei Henrique II,
por isso não tinha esperanças de herdar terras significativas. Por isso, também foi apelidado de “João Sem Terra”. No
entanto, depois de seus irmãos mais velhos tentarem se rebelar contra seu pai, João foi nomeado Lorde da Irlanda e recebeu
terras na Inglaterra e no continente. Um de seus irmãos, Ricardo I, tornou-se rei em 1189, porém ele morreu durante uma
Cruzada no Oriente Médio. Com isso, João foi coroado rei em 1199.
d) Henrique II foi rei da Inglaterra entre 1154 até 1189, quando faleceu. Ele era pai de João Sem Terra. Durante seu reinado,
ele restaurou a administração real, restabeleceu a hegemonia sobre Gales e conseguiu o controle total de suas terras em
Anjou, Maine e Touraine, na Normandia.
Portanto, vemos que aquele que assinou a Magna Carta foi João Sem Terra, que de fato era um monarca inglês,
viveu e reinou no momento da assinatura desse documento.

Gabarito: C

21. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


Durante a Idade Moderna, na Europa, ocorreu o fortalecimento gradual dos governos das monarquias nacionais. Desse
processo, resultou o absolutismo monárquico, o qual contou com pensadores que ajudaram a justificar o aperfeiçoamento
do poder absolutista. A Teoria da Soberania sustentou que um monarca era suficientemente poderoso para agir
livremente e de forma racional sem nenhum tipo de limitação. Nas palavras do autor: “ a lei não é senão o mando do
soberano no exercício do seu poder. As limitações do poder soberano seriam a lei divina e a lei natural. ”

Assinale a alterantiva abaixo que apresenta o responsável por tal pensamento.

a) Jean Jacques Rousseau.

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b) Thomas Hobbes.

c) John Locke.

d) Immanuel Kant.

e) Jean Bodin.

Comentários

O tema da questão é o processo de formação das monarquias nacionais na Europa, mais especificamente os teóricos do
absolutismo que deram sustentação ideológica à centralização do poder na figura dos reis. Cada país passou por esse
processo no seu próprio ritmo e em datas variadas. Portanto, estamos falando de um período que pode se estender do
século XIV até o XVII. Sabendo dessas informações, vejamos qual pensador se enquadra nesse período e nesse tipo de
pensamento:

a) Incorreta. Jean Jacques Rousseau viveu entre 1712 e 1778, no século XVIII. Ou seja, depois que as monarquias
absolutistas já estavam consolidadas, inclusive a da França, onde ele residia. Além disso, Rousseau era um
pensador iluminista de tendência republicana, tenaz crítico do absolutismo francês. Mais que isso, ele defendia
uma democracia participativa, isto é, um governo em que de fato a maioria da população participasse ativamente,
não somente elegesse representantes.

b) Incorreta. Thomas Hobbes viveu entre 1588 e 1679, ou seja, entre os séculos XVI e XVII, portanto se enquadra
no período. Porém, o trecho destacado no enunciado não é de sua autoria. Na verdade, Hobbes justificou a
concentração do poder por ser o Estado produto de um contrato entre os homens, que não poderia ser rompido
entre os governantes e governados. Em Leviatã (1651), Hobbes argumenta que os homens teriam cedido direitos
(como a autonomia), por meio de um contrato, ao Estado. Como os homens viviam em guerra permanente no
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estado de natureza, sem sujeições a leis, o poder era disputado de forma irracional. A organização da sociedade
civil por meio do contrato permitiria racionalizar a vida dos homens, pois viabilizaria a preservação da propriedade
privada e da paz social. Porém, seria preciso a renúncia de direitos naturais em prol do soberano.

c) Incorreta. John Locke viveu entre 1632 e 1704, portanto, entre os séculos XVII e XVIII. Por pouco, ele se
enquadra no final do período que destaquei no comentário. No entanto, ele não era um teórico do absolutismo.
Na realidade, Locke foi um crítico dessa teoria do poder. Ele foi um dos fundadores do pensamento liberal na
política. Esse pensador defendia a liberdade religiosa, o princípio da tolerância, a organização política pelo
consentimento, a propriedade privada e o princípio da vontade da maioria.

d) Incorreta. Immanuel Kant viveu entre 1724 e 1804, logo, entre os séculos XVIII e XIX, fora do período que
destaquei. Além disso, Kant era um filósofo iluminista que defendia uma república representativa, isto é, que
elegesse representantes para governar.

Gabarito: E

22. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


Fundado como condado em 1066, Portugal tornou-se soberano em 1139 pelas mãos de Dom Afonso Henriques. Assim
começava a dinastia dos Borgonha que governou o reino por mais de 200 anos. Nesse período podemos destacar o
reinado de Dom Dinis, marcado por

a) Definição das fronteiras atuais e organização interna do reino.

b) Conflitos com muçulmanos, que acabaram dominando parte do reino.

c) Perseguição aos judeus, que passaram a se converter ao cristianismo para manter seus negócios no comércio.

d) Centralização do poder e expansão marítimo-comercial.

e) Desenvolvimento das técnicas de navegação e fortalecimento da economia pesqueira.

Comentários

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Vejamos, o tema da questão é a formação das monarquias nacionais na Europa, mais especificamente da monarquia
portuguesa cuja formação teve início em 1139, como diz o enunciado. Durante as guerras de Reconquista contra os
islâmicos, na Península Ibérica, formaram-se inicialmente alguns reinos católicos no norte dessa região. As terras iam
sendo reconquistadas dos árabes no avanço cristão e iam sendo transformadas em condados. Assim, surgiu o condado
de Portucale ou Portucalense, que fazia parte do reino de Leão. D. Henrique de Borgonha (1066-1112) foi nomeado para
administrar Portucale e trabalhou pela autonomia do condado. No entanto, quem realizou esse objetivo foi seu filho. D.
Afonso Henriques (1109-1185), quando declarou a independência da região e tornou-se o primeiro soberano do reino de
Portugal, em 1139. Assim, fundou-se a Dinastia dos Borgonha. Todavia, a questão direciona seu comando para o reinado
de D. Dinis (1261-1325), iniciado em 1279. Vamos às alternativas para avaliar qual delas aponta as principais
características de seu reinado:
a) Correta! D. Dinis foi o responsável por conquistar terras o suficiente para que Portugal tivesse as fronteiras que
tem hoje. Além disso, ele se dedicou a aprimorar a organização interna do reino, concedendo vários privilégios
a nobreza para garantir seu apoio.
b) Incorreta. Os mulçumanos já haviam sido expulsos dos territórios portugueses desde 1139.
c) Incorreta. A perseguição aos judeus era uma prática recorrente em vários reinos da Europa, inclusive na
Península Ibérica. Contudo, essa prática só se tornou mais intensa na região a partir do século XVI com a
publicação do Édito de Toledo, em 1449, na Espanha, que definia vários critérios para impedir pessoas com
ascendência judaica, islâmica e pagã não pudessem ocupar determinados cargos e títulos. Em Portugal, isso
também foi adotado no mesmo século, como Estatutos da Limpeza de Sangue. Esses critérios também
discriminavam aqueles que desempenhavam ou cujos ancestrais desempenharam trabalhos mecânicos
(manuais). De qualquer forma, isso ocorreu depois do governo de D. Dinis.
d) Incorreta. A centralização do poder na figura do rei só ocorreu a partir de 1385, após a Revolução de Avis. Este
episódio foi um conflito entre dois herdeiros do trono lusitano, um bastardo português do último rei, João Mestre
de Avis, e a rainha de Castela, também princesa de Portugal. Com a vitória de João, ele foi coroado rei dando
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início a Dinastia de Avis. Ele deu início a uma série de medidas para consolidar o absolutismo em seu reinado.
Além disso, a expansão marítima só se iniciou mais tarde, no século XV.
e) Incorreta. Isso se deu apenas no século XV, quando o infante D. Henrique fundou a vila de Sagres, no Algarve,
para servir como local de assistência a todos os navegadores que por ali passassem. Lá, teria sido fundada uma
escola náutica, com o objetivo de oferecer formação a navegadores portugueses e estrangeiros que estavam a
serviço do infante, provendo conhecimentos de cartografia, geografia e astronomia.

Gabarito: A
23. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
O conjunto de práticas econômicas ocorridas entre os séculos XV e XVIII recebeu o nome de mercantilismo. Suas práticas
variaram de país para país, mas tinham em comum

a) A aliança entre nobreza, burgueses e o clero na busca pelo livre-comércio.

b) O fortalecimento do Estado por meio do protecionismo e o intervencionismo estatal.

c) A descentralização do poder político e a busca pelo metalismo.

d) O fortalecimento da centralização monárquica a partir do Colbertismo.

e) O colonialismo e o industrialismo.

Comentários
No enunciado, podemos identificar que o tempo ao qual a questão se refere se localiza entre os séculos XV e XVIII na
Europa. O tema é o mercantilismo, um conjunto de práticas econômicas que vigoraram nessa época nos reinos europeus e
em suas colônias. O início dessas práticas remete ao renascimento comercial e urbano, na Baixa Idade Média. Esse fenômeno
consistia em uma série de transformações sem volta para o feudalismo. Contudo, no século XIV e início do século XV, uma
grande crise abateu-se sobre a Europa, como afirma Nicolau Sevcenko18. A Peste, a Guerra dos Cem Anos e as rebeliões
camponesas geraram um clima de insegurança e retração demográfica e econômica. Assim, a retomada do crescimento

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econômico esbarrava em diversos obstáculos, como: a escassez da moeda, a produção agrária deficitária e estagnação do
comércio com o Oriente devido ao monopólio das rotas comerciais marítimas mantido pelas cidades italianas. Perceba que
a economia da Modernidade estava relacionada ao comércio, atividade mercantil. Nesse sentido, a solução para os problemas
econômicos europeus necessariamente passava por melhorar e aumentar as rotas comerciais, chegar e controlar a fonte de
distribuição de mercadoria. Tal empreendimento demandava grande monta de recursos e coordenação arrojada para
implementá-lo. Isso justificava a necessidade da centralização política na Monarquia e uma série de práticas econômicas
que, posteriormente, foram sistematizadas como mercantilismo. Essa mentalidade também foi o que guiou a ambição dos
europeus em se aventurar no oceano em busca de novos territórios para colonizar. Agora, vejamos qual alternativa aponta
corretamente os elementos comuns nas práticas mercantilistas das diversas nações europeias do período:
a) Incorreta. Nobreza e clero geralmente eram antagonistas da burguesia, uma classe em ascensão e que enriquecia por
meios condenados pela Igreja e pelos nobres. Para estes não era interessante que houvesse livre-comércio, mas sim que
os mercadores respeitassem suas regras.
b) Correta! Como disse no comentário, o mercantilismo dependia de um Estado interventor na economia, portanto, precisava
que o poder fosse centralizado. Assim, era possível implementar medidas protecionistas para garantir a balança comercial
favorável. Em outras palavras, os países acreditavam que era necessário sempre exportar mais que importar e para isso
ocorrer o Estado precisava implementar medidas que favorecesse os comerciantes nacionais em detrimento dos
estrangeiros. Era preciso controlar as rotas comerciais, chegar e monopolizar os pontos de distribuição de mercadorias.
c) Incorreta. De fato, o metalismo era uma característica do mercantilismo. Consistia em ter como base da riqueza os metais
preciosos, sobretudo o ouro e a prata. Portanto, a acumular esses metais era garantia de riqueza. Esse era o primeiro
princípio do mercantilismo.
d) Incorreta. O Colbertismo é uma vertente do mercantilismo criado entre os séculos XVI e XVII, característica apenas da
política econômica francesa desse período. Essa vertente foi teorizada e promovida por Jean-Baptiste Colbert, controlador
geral das finanças do rei Luís XIV. Basicamente, o Colbertismo valorizava ainda mais o princípio da balança comercial
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favorável, por meio do incremento da produção de manufaturas em território nacional.


e) Incorreta. Assim como o Colbertismo, o colonialismo e o industrialismo também eram vertentes ou tipos de mercantilismo.
Todavia, eles não eram praticados por todas as nações europeias. O colonialismo, prática de conquistar, povoar e
transformar novos territórios em fonte de matérias-primas para exportação, era característico do mercantilismo de Portugal,
Espanha, Holanda, Inglaterra e França. Por seu turno, o industrialismo era centrado no desenvolvimento da produção
manufatureira, utilizando matérias-primas das colônias para conseguir uma balança comercial favorável. Originou-se na
França e pode ser entendido como sinônimo do Colbertismo. Essa prática também era comum na Inglaterra.

Gabarito: B
24. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
No contexto do mercantilismo, o pacto colonial, também chamado de exclusivo comercial, estabelecia que

a) as mercadorias importadas ou exportadas deveriam ser transportadas pelos navios ingleses.

b) a balança comercial das metrópoles deveria ser superavitária.

c) as companhias de comércio deveriam ser formadas metade pelo capital estatal e metade pelo capital privado.

d) todos os produtos que chegassem à colônia ou saíssem dela tinham que passar pela metrópole.

e) as colônias não podiam manter barreiras alfandegárias, priorizando o livre comércio.

Comentários

O tema da questão é o mercantilismo, mas especificamente o pacto colonial (exclusivo comercial metropolitano). O
mercantilismo foi o Sistema Econômico predominante no período da Modernidade (s. XV a XVIII), ou seja, foi o conjunto
de ideias e de práticas (uma doutrina) que conduziram a economia dos Estados Modernos Absolutistas. Essas práticas
não foram universalistas, ou seja, elas variaram de país para país a depender do seu contexto interno e das oportunidades
relacionadas com o domínio das rotas econômicas, especialmente, as marítimas. Contudo, os modelos locais tinham em
comum o fato de o Estado intervir fortemente na economia, em parceria com setores mercantis. Os princípios

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fundamentais do mercantilismo, comuns na maioria das nações europeias, eram o metalismo, o protecionismo e a balança
comercial favorável. O pacto colonial só existia naquelas nações que possuíam colônias em outros continentes. Com base
nisso, vejamos qual alternativa apresenta corretamente o que este último princípio estabelecia:

a) Incorreta. Na verdade, o pacto colonial determinava que as mercadorias importadas ou exportadas deveriam ser
transportadas apenas pelos navios oriundos na metrópole que controlava a colônia em questão. Por isso também é
chamado de exclusivo comercial metropolitano. Assim, era mais fácil para as metrópoles cobrarem impostos e taxas
sobre a circulação dessas mercadorias, além de garantir que os comerciantes de seu próprio reino tivessem mais
vantagens sobre aqueles de outras nações ou oriundos das colônias. Ou seja, nas colônias inglesas, apenas navios
ingleses podiam transportar as mercadorias; nas colônias portuguesas, apenas navios portugueses; nas colônias
espanholas, apenas navios espanhóis; e assim por diante.

b) Incorreta. Isso era uma característica da economia mercantilista, porém era o que determinava o princípio da balança
comercial favorável, não o pacto colonial.

c) Incorreta. Isso realmente ocorria, contudo não era o pacto colonial que determinava esse procedimento. Conforme o
Estado precisava de empréstimos e financiamentos privados para levar a cabo seus planos econômicos, recorria à
iniciativa privada por meio de concessões de monopólios.

d) Correta! Era exatamente o que determinava o pacto colonial. Além de apenas navios da metrópole poderem
transportar as mercadorias, estas tinham que passar pelo centro administrativo do império colonial para serem
devidamente tributadas.

e) Incorreta. As barreiras alfandegárias faziam parte do princípio do protecionismo, que buscava taxar muito mais
produtos estrangeiros do que aqueles de origem nacional ou das próprias colônias, com o objetivo de garantir que a
metrópole exportava mais do que importava.
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Gabarito: D

25. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


Faça a associação abaixo e, em seguida, marque a alternativa correta:
I – mercantilismo metalista
II – Colbertismo ou mercantilismo industrial
III – mercantilismo comercial
A – tipo de mercantilismo que priorizou a prática de comprar barato e vender caro, ganhar no frete, estimular a
construção naval e a formação de companhias de comércio.
B – tipo de mercantilismo que priorizou o mercado de produtos luxuosos, uma política proposta por um dos
Ministros de Luís XIV.
C – tipo de mercantilismo que acentuava a importância da acumulação de ouro e prata.
a) I – A; II – B; III – C.
b) I – A; II- C; III – B.
c) I – C; II – A; III – B.
d) I – B; II – C; III – A.
e) I – C; II – B; III – A.
Comentários
A questão aborda o mercantilismo, sistema econômico predominante no período da Modernidade (s. XV a XVIII).
Tratava-se de conjunto de ideias e de práticas (uma doutrina) que conduziram a economia dos Estados Modernos
Absolutistas. Essas práticas não foram universalistas, ou seja, elas variaram de país para país a depender do seu
contexto interno e das oportunidades relacionadas com o domínio das rotas econômicas, especialmente, as
marítimas. Contudo, os modelos locais tinham em comum o fato de o Estado intervir fortemente na economia, em
parceria com setores mercantis. Os princípios fundamentais do mercantilismo, comuns na maioria das nações

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europeias, eram o metalismo, o protecionismo e a balança comercial favorável. Com isso em mente, vamos avaliar
as proposições para associar os tipos de mercantilismo a suas respectivas descrições.
O metalismo tinha o objetivo de obter diretamente os metais preciosos. Caso clássico da Espanha que, por meio
de suas colônias latino-americanas, conseguiu extrair quantidade enorme de outro e prata.
O industrialismo tinha o objetivo de o desenvolvimento da produção manufatureira. Perceba que o nome é
industrialismo, mas não se trata (nem de longe) de algo parecido com MAQUInofatura (fenômeno do século XVIII).
Outra denominação é colbertismo, porque foi o Ministro Francês Jean-Baptiste Colbert quem sistematizou as ideias
do desenvolvimento da manufatura para garantir a balança comercial favorável. Deveria produzir mais do que
comprar. Para isso era preciso reforçar o protecionismo. Assim, o industrialismo corresponde ao modelo francês.
O mercantilismo comercial objetivava o fortalecimento do comércio, especialmente, o controle do comércio
marítimo. Esta foi uma política desenvolvida na Inglaterra que atuou no sentido de controlar o transporte dos
produtos que circulavam no Oceano Atlântico. Por isso, desenvolveram uma forte marinha mercante.
Dessa forma, as associações corretas são:
I. Mercantilismo metalista – C. tipo de mercantilismo que acentuava a importância da acumulação de ouro e prata.
II. Colbertismo ou mercantilismo industrial – B. tipo de mercantilismo que priorizou o mercado de produtos luxuosos,
uma política proposta por um dos Ministros de Luís XIV.
III. Mercantilismo comercial – A. tipo de mercantilismo que priorizou a prática de comprar barato e vender caro,
ganhar no frete, estimular a construção naval e a formação de companhias de comércio.
Portanto, a alternativa correta é a letra “e”.

Gabarito: E
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Moderna II
26. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
Os mercadores portugueses foram beneficiados por alianças e acordos de interesse mútuo estabelecidos com a Coroa
Portuguesa. Por meio de decretos, leis e incentivos às pessoas que atuavam no comércio.

AZEVEDO, G e SERIACOPI. História – Série Brasil.; Ed. Ática.

Essa relação entre a Coroa e a burguesia mercantil

a) Se consolidou entre 1383 e 1385, com a Revolução de Avis, na qual os comerciantes colocaram no trono Dom João I.

b) Produziu a conquista de Ceuta, já em 1385, sob o comando de Dom João I, Mestre de Avis.

c) Garantiu a construção da maior escola náutica do século XIV, a Escola de sagres.

c) Possibilitou a conquista de Gibraltar, em 1415, retirando o controle do comércio das mãos dos muçulmanos.

d) Garantiu a expansão marítimo-comercial tão acelerada que ninguém conseguiu competir com Portugal, no século XVI.

Comentários
A questão trata da consolidação do Estado absolutista em Portugal, o que se iniciou a partir de 1385. Nesse sentido, é
interessante lembrar que em várias nações Europas onde o absolutismo se consolidou, incluindo Portugal, a centralização
do poder na figura do rei dependeu de uma aliança com setores da burguesia. Isso porque a nobreza feudal e o clero, em
muitos casos, rivalizavam com os monarcas pela concentração de poder político e religioso. Por outro lado, a burguesia,
composta principalmente por comerciantes e banqueiros, tinha que lidar com vários obstáculos econômicos colocados pela
fragmentação econômica e política dos reinos europeus e com a perseguição da Igreja sobre algumas de suas atividades,
como a usura. Por essas razões, em muitos lugares, reis e burgueses se aliaram para realizar seus objetivos. De um lado,
os monarcas unificavam a economia (moedas, tributos, pesos e medidas) e, de outro, burgueses emprestavam dinheiro e

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investiam capitais para que os reis pudessem formar exércitos permanentes e racionalizassem a administração de seus
governos. Lembre-se que nessa época, as nações europeias também competiam pelo controle de rotas comerciais e de
pontos de distribuição de mercadorias. Evidentemente, esse empreendimento demandava uma grande monta de recursos
e uma coordenação arrojada para implementá-lo, concorda? Isso justificava a necessidade da centralização política na
Monarquia e uma série de práticas econômicas que, posteriormente, foram sistematizadas como MERCANTILISMO. É nesse
contexto que se insere a relação entre a Coroa portuguesa e a burguesia mercantil, abordada pela questão. Então, vejamos
as alternativas:
a) Correta! A Revolução de Avis (1383-1385) foi um conflito entre dois herdeiros do trono lusitano, um bastardo português
do último rei, João Mestre de Avis, e a rainha de Castela, também princesa de Portugal. O primeiro era apoiado pela
burguesia mercantil, enquanto a segunda contava com o suporte da nobreza e do clero portugueses. Com a vitória de João,
ele foi coroado rei dando início a Dinastia de Avis. Coroado sob o nome de João I, o novo rei deu início a uma série de
medidas para consolidar o absolutismo em seu reinado, com o apoio de setores da burguesia aos quais, em troca, concedia
privilégios, cargos, títulos e monopólios comerciais.
b) Incorreta. A conquista de Ceuta, cidade islâmica no Norte da África, ocorreu em 1415. Apesar de realmente ter sido
liderada por D. João I, a vitoriosa expedição não foi resultado exclusivo da relação entre a Coroa e a burguesia. Na realidade,
naquela altura da história, o monarca já conseguira estabilizar a política interna do reino. Portugal vivia um período de paz
interna. Contudo, Portugal vivia um período de crise econômica. O reino encarava a falta de produtos agrícolas, mão de
obra e sua moeda se encontrava desvalorizada. Por isso, D. João I começou a buscar alternativas para a crise econômica.
Uma das ideias foi a de expandir o reino para o Mediterrâneo, não para a Europa. Com isso e influenciado por seus filhos,
o monarca começou a construir uma enorme armada a fim de conquistar a praça de Ceuta. A expansão marítima canalizava
o espírito guerreiro da nobreza e ajudava a manter a concórdia dentro das fronteiras. Os nobres também viam na expansão
uma oportunidade para aumentar suas possessões e títulos. O clero, imaginava conquistar mais almas. O povo em geral,
acreditava que poderia ter mais demanda por trabalho. Por fim, a burguesia enxergava vantagens comerciais devido à
posição estratégica de Ceuta. Portanto, essa conquista contou com o apoio do conjunto da sociedade portuguesa, não só
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dos burgueses.
c) Incorreta. A Escola de Sagres, fundada no século XV, foi iniciativa do infante D. Henrique, com o objetivo de oferecer
formação a navegadores portugueses e estrangeiros que estavam a serviço do infante, provendo conhecimentos de
cartografia, geografia e astronomia.
d) Incorreta. O Estreito de Gibraltar foi tomado pelos portugueses na mesma ocasião que conquistaram Ceuta. Portanto,
não foi resultado exclusivo da relação entre Coroa e burguesia mercantil, mas da mobilização do conjunto da sociedade
portuguesa.
e) Incorreta. De fato, a relação entre Coroa e burguesia mercantil foi um dos elementos indispensáveis para a expansão
marítima acelerada de Portugal. No entanto, a Espanha também conseguiu tal proeza e se tornou no principal competidor
dos portugueses no século XVI.

Gabarito: A
27. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
Entre os séculos XIII e XV, os genoveses e venezianos monopolizam o comércio de produtos chegados à Europa pelo
Mediterrâneo e, em 1453, Constantinopla foi tomada pelos Turcos Otomanos. Considerando a ação desse grupo, a
principal consequência econômica, para os europeus foi

a) Sair em busca de novas rotas comerciais primeiramente pelo mar do norte da Europa.

b) Carência econômica, que só foi resolvida com a as Cruzadas.

c) Dificuldade de comércio de especiarias com o Oriente devido aos bloqueios impostos.

d) Falta de metais precisos, já que os Turcos fecharam os portos do Norte da África que fornecia esse metal para o
continente europeu.

e) Um grande conflito militar entre europeus e muçulmanos pelo controle da rota da seda.

Comentários

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Repare que o tema da questão são as disputas em torno do controle das rotas comerciais marítimas, no final da Idade Média
e início da Idade Moderna. Nesse período, a economia das nações europeias gradativamente mudava seu eixo econômico
para o comércio, no qual via a solução para a maioria de seus problemas. Para ter sucesso nesse ramo, era necessário
melhorar e aumentar as rotas comerciais, chegar e controlar à fonte de distribuição de mercadoria. Todavia, as rotas no
mar Mediterrâneo que ligavam a Europa aos mercados orientais (principais fontes de produtos luxuosos) eram controladas
pelos italianos e pelos turco-otomanos. Sabendo desse contexto, vamos analisar qual alternativa apresenta a principal
consequência econômica do monopólio italiano e turco-otomano do Mediterrâneo para os Europeus:
a) Incorreta. Realmente, a busca por novas rotas comerciais marítimas foi a principal consequência dessa conjuntura
econômica. No entanto, essa busca não foi feita no mar do Norte da Europa, mas sim no Oceano Atlântico, navegando-se
pela Costa da África e para o oeste, onde encontraram a América.
b) Incorreta. Na verdade, o monopólio italiano do Mediterrâneo e a conquista de Constantinopla pelos turco-otomanos foram
consequências das Cruzadas e não o contrário.
c) Correta! Justamente, como as principais rotas conhecidas até então que ligavam a Europa aos mercados do oriente, ricos
em especiarias, eram controladas por italianos e turco-otomanos, as demais nações europeias tinham dificuldades em
participar desse comércio.
d) Incorreta. Os turcos não fecharam todos os portos da África para a Europa. Inclusive, Portugal acabou estabelecendo
entrepostos em portos africanos importantes onde havia reinos próximos que praticavam a extração de ouro, como na
região da Costa da Mina.
e) Incorreta. Na verdade, as Cruzadas consistiram em vários conflitos pelo controle dessa rota. Portanto, como disse na
letra “b”, o monopólio italiano do Mediterrâneo e a conquista de Constantinopla pelos turco-otomanos foram resultados
disso, não o contrário.
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Gabarito: C

28. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


Na Era Moderna, teve início o Período das Grandes Navegações – termo usado para designar o ciclo de viagens marítimas
de longa distância realizadas pelos europeus – principalmente portugueses e espanhóis -, que expandiram os limites do
mundo conhecido, até então, pelas sociedades brasileiras.

São causas desse projeto expansionista:

I – Necessidade de novos mercados

II – Propagação da fé católica e protestante

III – Ambição material e econômica

IV – Falta de metais preciosos

V – Falta de conhecimento sobre outros povos

Estão incorretos

a) I, III, IV

b) II, III, V

c) I, II, IV

d) II, V

e) II, III

Comentários

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Veja, a questão faz referência ao início das grandes navegações, ou seja, estamos falando dos séculos XV e XVI, momento
em que Portugal e Espanha passaram a explorar mais rotas marítimas no Oceano Atlântico. Lembre-se que nessa mesma
época, o eixo econômico da Europa havia se tornado o comércio e as atividades mercantis. Por isso, as nações europeias
competiam pelo acesso e controle de rotas comerciais e pontos de distribuição de mercadorias. Ao mesmo tempo, a base
da medida da riqueza deixou de ser somente a terra, mas passou a incluir os metais preciosos (ouro e prata). Na verdade,
esses metais se tornaram até mais importantes que a terra, pois esta passou a ter seu valor traduzido em dinheiro, que por
sua vez tinha seu valor baseado nos metais. Além disso, o cristianismo enfrentava contestações de vários lados e, a partir
do século XVI, vários movimentos protestantes romperam com a Igreja Católica para inaugurar novas vertentes do
cristianismo. Por último, lembre-se que nessa época também ocorreu a formação das monarquias absolutistas na Europa, o
que garantiu a centralização do poder e o fortalecimento do Estado. Com essas informações básicas, vamos avaliar quais
proposições não podem ser consideradas causas do projeto expansionista europeu:
I – Verdadeira. Perceba que a questão econômica da Modernidade está relacionada com o comércio. Nesse
sentido, a solução para os problemas econômicos da Europa passava por melhorar e aumentar as rotas comerciais, chegar
e controlar à fonte de distribuição de mercadorias. Além disso, era necessário ter para quem vender, isto é, um mercado
consumidor. Por isso, o objetivo principal é achar novos territórios que possam fornecer matérias-primas e mercadorias para
que a metrópole possa beneficiar e comercializar com o resto do mundo, inclusive para o próprio fornecedor. Inicialmente,
os europeus estavam preocupados em fundar entrepostos comerciais, isto é, apenas algumas feitorias e fortalezas em
cidades costeiras para fazer trocas com os povos encontrados. Porém, com o tempo eles observaram que teriam vantagens
colonizando e instalando uma estrutura de produção de certas matérias-primas. Além disso, encontraram ouro em alguns
lugares. De uma forma ou de outra, a preocupação girava em torno de garantir o monopólio sobre o comércio e a circulação
de mercadorias.
II – Falsa! No início da expansão marítima europeia, apenas a Igreja Católica estava interessada em propagar
sua fé para os novos territórios descobertos. O principal motivo eram exatamente as Reformas Protestantes lhes roubavam
cada vez mais fiéis e até mesmo reinos inteiros, nos casos em que os monarcas se convertiam às novas vertentes do
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cristianismo. Os protestantes só se empenharam em propagar sua fé para os outros continentes a partir do século XVII,
quando Holanda e Inglaterra passaram a participar mais ativamente da expansão marítima.
III – Verdadeira, pelas mesmas razões que a I. Vale mencionar que todas as camadas da sociedade europeia se
encantavam com a expansão marítima. As monarquias e os nobres achavam que aumentariam suas posses e títulos; o clero
sonhava com a conversão de mais almas; os burgueses viam oportunidades para lucros exorbitantes; o povo em geral
acreditava que o Novo Mundo podia proporcionar aventuras fantásticas e oportunidade de enriquecimento. De uma forma
ou de outra, a ambição material e econômica eram a base de sustentação para todos essas metas.
IV – Verdadeira. À medida que a valorização dos metais preciosos aumentava na economia europeia, mais difícil
era encontrá-lo. Até porque as reservas naturais e ouro e prata na Europa nunca foram tão numerosas quanto em outros
continentes. Assim, a escassez desses metais motivou os europeus a investir na expansão marítima. Se não encontrassem
novas jazidas, pelo menos podiam encontrar novas rotas e fontes de matérias-primas e mercadorias que por meio do
comércio poderia dar acesso a mais ouro e prata.
V – Falsa. Os europeus conheciam outros povos. Árabes, africanos e asiáticos tinham contato com a Europa em
diferentes intensidades com o passar o do tempo. Portanto, conhecer ou não a existência de outros povos não foi um
motivador para a expansão. Na verdade, podemos até dizer que os europeus esperavam encontrar novos grupos humanos,
que pudessem se tornar fornecedores ou consumidores de mercadorias, ou seja, que pudessem ser novos mercados.
Portanto, a alternativa correta é letra “d”.

Gabarito: D
29. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
São motivos do pioneirismo português, exceto:

a) Centralização administrativa

b) Interesses socioeconômicos

c) Périplo Africano

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d)Posição Geográfica favorável

e) Ausência de Guerras e equilíbrio de interesses


Comentários
Em primeiro lugar, repare que a questão é sobre as grandes navegações empreendidas pelos europeus a partir do século
XV. Mais especificamente, o enunciado aborda o pioneirismo português essa empreitada. Em outras palavras, as razões que
explicam por que os portugueses foram os primeiros a investir na expansão marítima. Mas preste atenção! A questão quer
saber qual das alternativas não indica um dos motivos para o pioneirismo lusitano. Então, vejamos:
a) Correta. Portugal foi o primeiro reino a consolidar uma monarquia absolutista. Isso ocorreu em decorrência da Revolução
de Avis, entre 1383 e 1385, resultou na coroação de D. João I. Este rei conseguiu estabilizar as tensões internas da sociedade
portuguesa e implementar medidas de centralização. Ele contava especialmente com o apoio da burguesia. Além disso, foi
esse monarca que teve a ideia de dar início a expansão, começando por Ceuta, uma cidade islâmica no norte da África. Isso
garantiu que todas as camadas da sociedade lusitana apoiassem a monarquia, pois viam vantagens na expansão. Dessa
forma, sem a centralização administrativa, não seria possível organizar tropas, navios e a própria economia de modo a
possibilitar o deslocamento e a conquista de novos pontos estratégicos no mercado internacional, fora da Europa.
b) Correta. Como disse acima, todas as camadas da sociedade portuguesa tinham interesses na expansão, muitos dos quais
eram econômicos. A burguesia via oportunidade de alcançar novos mercados e mercadorias; a nobreza acreditava que
aumentaria suas posses; e o povo pensava que teriam trabalho garantido. Lembre-se que nessa época o eixo da economia
europeia era o comércio, portanto controlar rotas comerciais e pontos de distribuição de mercadoria eram vistos como
soluções para os problemas econômicos de um reino.
c) Incorreta! O Périplo Africano foi a estratégia usada pelos portugueses para executar a circunavegação do continente
africano. Assim, acreditavam que teriam acesso à Índica, principal fornecedor de especiarias e outros produtos valorizados
na Europa, o que de fato ocorreu. Portanto, veja bem, o Périplo não foi um motivo para o início da expansão, foi o plano
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usado para materializá-la.


d) Correta. Para além das razões econômicas, sociais e políticas, é evidente que a posição estratégica de Portugal na beira
do Atlântico lhe deu vantagem na largada para a exploração de novas rotas e mercados em outros mares e oceanos.
e) Correta. Quando D. João I deu início a expansão marítima portuguesa organizando a expedição à Ceuta em 1415, Portugal
já vivia um período de paz a anos. O último conflito interno vivido pelo reino foi a Revolução de Avis (1383-1385), 30 anos
antes. Naquele ponto, o absolutismo monárquico estava consolidado e encontrara um ponto de equilíbrio entre os diferentes
setores da sociedade portuguesa. Inclusive, diante da crise financeira, a expansão se mostrou uma forma de manter esse
equilíbrio, pois, como eu disse antes, todas as camadas da sociedade tinham interesses na exploração e conquista de novas
rotas e entrepostos comerciais.

Gabarito: C

30. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


Enquanto a navegação marítima portuguesa se desenvolvia, no início do século XV, e, consequentemente, o comércio
se ampliava em novas direções, os espanhóis

a) Estavam envolvidos com Colombo e seu Projeto de circum-navegação para chegar às Índias.

b) Ainda estavam divididos em dois reinos distintos e lutavam pela reconquista da Península Ibérica que permanecia
controlada por mouros.

c) Celebravam a união dos reinos de Aragão e Castela a partir de várias negociações com os mouros muçulmanos que
ocupavam a Península Ibérica.

d) Desenvolviam seu projeto de contorno à África em direção às Índias a fim de garantir abertura de novas rotas
comerciais.

e) Organizava a centralização da administração e do exército para conquistar a América.

Comentários

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O tema da questão é o início das grandes navegações empreendidas pelos europeus. O tempo citado pelo próprio
enunciado é o início do século XV. Com isso, questiona-se o que os espanhóis estavam fazendo enquanto os portugueses
já estavam explorando a costa africana. Lembre-se que a expansão marítima portuguesa foi oficialmente iniciada com a
conquista de Ceuta, em 1415. Recorde-se também que não existia Espanha nessa época, mas em seu lugar havia
diferentes reinos independentes que só se unificaram sob o nome de Espanha em 1469, com o casamento de Fernando
de Aragão e Isabel de Castela. Tanto a monarquia portuguesa quanto a espanhola foram formadas em meio à
Reconquista, nome dado às guerras entre cristãos e muçulmanos na Baixa Idade Média. Com isso em mente, vejamos:

a) Incorreta. O envolvimento com Colombo e o plano da circum-navegação do mundo para chegar às Índias só se deu
em 1492, ou seja, no final do século XV, não no início.

b) Correta! Como disse no comentário, a Península Ibérica estava imersa em guerras entre cristãos e muçulmanos
naquele período. Esses conflitos foram elemento integrante da consolidação das monarquias espanhola e portuguesa.
Portugal se tornou independente do reino cristão de Leão após seu sucesso na expulsão dos mouros de seus territórios
e a aclamação de Afonso Henrique como rei, após sua liderança na batalha de Ourique, em 1139, no século XII. Observe
que os portugueses já eram um reino unificado muito antes dos espanhóis. Estes continuaram guerreando entre si e
com os mouros até o século XV, quando os reinos católicos de Aragão e Castela se unificaram como Espanha, por meio
do casamento de seu rei e rainha, respectivamente. Ainda assim, apenas em 1492, eles conseguiram expulsar os
muçulmanos definitivamente da península, no mesmo ano em que decidiram investir no plano de Colombo.

c) Incorreta. Aragão e Castela só se unificaram no final do século XV, em 1492. Além disso, essa união foi feita justamente
para combater os mouros, não para negociar com eles.

d) Incorreta. Esse projeto era dos portugueses, não dos espanhóis. Estes, por sua vez, apostaram em navegar rumo a
Oeste acreditando que dariam a volta ao mundo, chegando às Índias.

e) Incorreta. Isso só ocorreu no século XVI, alguns depois dos espanhóis terem mais noção do que era o continente
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americano, sua geografia e os povos que nele habitavam. Por exemplo, a conquista do México só se consolidou em 1521
e a do Império Inca em 1533.

Gabarito: B

31. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


O feito de Colombo levou o governo de Portugal e o da Espanha a se envolverem em uma disputa a respeito de qual dos
dois países teria primazia sobre as “novas terras”. Como não chegavam a um acordo, os reis de Portugal e Espanha
pediram ao Papa Alexandre VI que servisse de juiz de disputa. Em 1494, assinaram o Tratado de Tordesilhas.

AZEVEDO, G e SERIACOPI. História – Série Brasil.; Ed. Ática, p. 149

O Tratado de Tordesilhas foi precedido por

a) Acordo de Cabo Verde-Açores

b)Tratado de Aliança Comércio e Amizade.

c) Tratado de Lisboa

d) Bula Inter Coetera

e) Segundo Tratado de Utrecht

Comentários

No texto destacado podemos identificar elementos importantes para nos localizar. O tema são as grandes navegações,
mais especificamente os acordos entre Espanha e Portugal sobre a posse dos novos territórios descobertos. Os autores
falam da assinatura do Tratado de Tordesilhas pelas duas monarquias, em 1494. Contudo, houve um acordo anterior,
em 1493, mediado pelo Papa Alexandre IV. A questão pede o nome deste tratado anterior. Então vejamos:

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a) Incorreta. Não existiu um acordo com esse nome. Na verdade, as ilhas de Cabo Verde e Açores foram usadas como
ponto de referência para delimitar os limites entre as possessões espanholas e portuguesas nos tratados assinados pelas
duas monarquias ibéricas. Por exemplo, o Tratado de Tordesilhas definia que seria traçada uma linha imaginária de norte
a sul a 370 léguas de Cabo Verde ou de Açores, que estavam mais ou menos na mesma longitude, um mais ao norte
outro mais a sul, no Atlântico. Tudo a oeste dessa linha imaginária seria da Espanha e tudo a leste seria de Portugal.

b) Incorreta. Esse tratado foi assinado entre Portugal e Inglaterra, em 1810 e garantiu privilégios alfandegários aos
produtos ingleses importados nos territórios portugueses, inclusive e principalmente no Brasil. Nessa época, a Corte
portuguesa estava sediada no Rio de Janeiro, pois fugira de Portugal em decorrência das invasões napoleônicas. Os
ingleses aceitaram escoltar e apoiar os portugueses conquanto os portos do Brasil fossem abertos. Em seguida, exigiram
mais vantagens econômicas no mercado luso-brasileiro, o que resultou no acordo de 1810.

c) Incorreta. O Tratado de Lisboa foi assinado em 2007 e começou a vigorar a partir de 2009. Esse documento consistia
em um acordo entre os países-membros da União Europeia com a pretensão de reformar ou alterar determinadas
características legislativas do bloco. Entre seus principais pontos podemos citar: o fortalecimento do Parlamento Europeu;
o aumento do poder político dos cidadãos com nacionalidade reconhecida; concessão maiores poderes de decisão ao
bloco em relação às unidades nacionais; criação do cargo de Presidente Europeu, que na verdade, é apenas uma liderança
do Parlamento eleito para presidir as sessões e garantir o funcionamento da instituição em questão.

d) Correta! Em 4 de maio de 1493, por meio de um documento chamado Bula Inter Coetera, o papa estabeleceu que as
terras que viriam a ser chamadas de América seriam divididas entre os reis de Portugal e Espanha com seus limites
demarcados por uma linha imaginária (meridiano) situado a 100 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde. Tudo que
ficasse a oeste desse meridiano era território espanhol, enquanto o que estava a leste seria possessão portuguesa. Com
isso, a Espanha ficava com direito a colonizar e explorar as terras já encontradas e aquelas a encontrar na América. Por
sua vez, Portugal ficaria com o continente africano. Evidentemente que o monarca lusitano não ficou contente e buscou
estabelecer um acordo diretamente com a Coroa espanhola. O resultado foi o Tratado de Tordesilhas, de 1494, com as
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características que expliquei na alternativa “a”.

e) Incorreta. O segundo Tratado de Utrecht foi assinado em 1715, por Portugal e Espanha. Seu objetivo era acordar os
limites entre os territórios espanhóis e portugueses na região que hoje fica Rio Grande do Sul e o Uruguai. A Espanha
devolvia a Portugal a Colônia do Sacramento, no Rio da Prata. Por sua vez, a Coroa portuguesa cedia aos espanhóis os
municípios de Albuquerque e Puebla de Sanabria.

Gabarito: D

32. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


Em meados do século XVI, Portugal mantinha mais de cinquenta fortes e feitorias na rota entre a África e o Japão. Os
portugueses dominaram a maior parte do comércio ao longo do Índico por quase um século, transportando chás, sedas,
pedras preciosas e africanos escravizados.

Aos poucos, Portugal perdeu o controle do comércio com as Índias. Para esse declínio contribuiu

a) A resistência muçulmana à presença portuguesa no Oriente e a União Ibérica

b) A crise dos preços e o avanço da importância do navegação inglesa.

c) A invasão da Holandesa às feitorias na África.

d) Às invasões francesas na colônia portuguesa na América.

e) Os conflitos entre Portugal e Espanha pelas minas de Potosí.

Comentários

Vejamos, a questão aborda as grandes navegações europeias, com enfoque na experiência portuguesa no século XVI.
Como o enunciado disse, nesse período Portugal estabeleceu várias feitorias e fortes na rota entre a África e o Japão.
Essas edificações serviram de entrepostos comerciais, isto é, pontos onde os portugueses podiam armazenar e

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comercializar mercadorias e escravizados com os povos nativos. Na verdade, à princípio esse era objetivo deles na
expansão marítima, não colonizar extensamente os territórios encontrados. Isso porque o eixo econômico da Europa
passou a ser o comércio e as disputas entre as nações europeias se davam em torno do controle das rotas e pontos de
distribuição de mercadorias para monopolizar o máximo possível o comércio internacional. Contudo, em pouco tempo,
outras nações se equiparam aos portugueses na expansão marítima ainda no século XVI, especialmente a Espanha. Com
isso em mente, vejamos as alternativas que melhor indicam as causas do declínio português no controle do comércio
com as Índias:

a) Correta! A Índia, como você sabe, está localizada no sudoeste asiático, na fronteira com o Oriente Médio onde os
califados islâmicos se expandiam desde a Idade Média. Eles chegaram a conquistar parte do território indiano e
representavam uma grande ameaça aos interesses europeus na região. Por outro lado, em 1580, Portugal passava por
uma crise de sucessão ao trono. O rei havia falecido sem deixar herdeiros. O próximo da linha de sucesso era ninguém
menos de Filipe II, rei da Espanha, que rapidamente agiu para assegurar seu direito e unificou as duas coroas formando
a União Ibérica. Dessa forma, todos os territórios portugueses na Europa e nos demais continentes passaram a ser dos
espanhóis. Essa unificação durou até 1640, quando os portugueses recuperaram sua independência. No entanto, saíram
muito prejudicados. Nesse meio tempo a confusão entre administração portuguesa e espanhola dificultou o controle dos
territórios. Além disso, a Holanda invadiu possessões portuguesas na América e na África, porque já estava em guerra
contra a Espanha quando esta incorporou Portugal, fazendo deste inimigo dos holandeses por extensão.

b) Incorreta. De fato, o alto custo das navegações contribuiu para o declínio português do comércio com a Índia. Contudo,
no século XVI não houve um avanço da navegação inglesa ao ponto de disputar a rota das Índias com os portugueses.
Nesse período a rainha Elizabeth I investiu na contratação de corsários, mas concentrava suas atividades no Atlântico
Norte, disputando com holandeses e espanhóis, principalmente. Somente após as revoluções inglesas do século XVII, a
marinha inglesa assumiria as grandes proporções que lhe garantiriam não só o controle do comércio com a Índia, mas
também a edificação do maior Império colonial do mundo.
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c) Incorreta. Realmente, a invasão Holandesa de portos portugueses na África contribuiu para o declínio do comércio
com a Índia. No entanto, esse fator era decorrente da União Ibérica. Se esta unificação com a Espanha não tivesse
ocorrido, é bem possível que portugueses e holandeses continuassem tendo relações comerciais amistosas, como antes.
Todavia, vale destacar que mais impactante para a crise colonial portuguesa do século XVI foi a invasão holandesa do
Nordeste brasileiro, principal colônia portuguesa.

d) Incorreta. No século XVI, a única tentativa de invasão francesa de territórios portugueses foi no Rio de Janeiro, na
América portuguesa, entre 1555 e 1570. Contudo, isso não afetava diretamente o controle de Portugal sobre o comércio
com a Índia.

e) Incorreta. Na verdade, Portugal e Espanha não disputaram o controle das minas em si, mas sim das colônias
estabelecidas em volta do delta do Rio da Praia, por onde a prata de Potosí era escoada para ser transportada para a
Europa. Logo, controlar essa região era controlar a circulação de uma grande quantidade do metal. Entretanto, as
disputas entre as duas nações sobre esse território só ocorreram depois do fim da União Ibérica, nos anos 1640,
sobretudo ao longo do século XVIII.

Gabarito: A

33. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


A conquista do Império Inca deu-se a partir de 1531, por Francisco Pizarro. Em 1533, Pizarro conseguiu invadir a capital
inca, desestabilizando todo o império. O Império Inca, chegou a ter uma população de 20 milhões de habitantes.

Sobre os aspectos econômicos dos povos incas, pode-se citar

a) Eram produtores agrícolas, ceramistas e metalúrgicos.

b) Eram seminômades e coletores.

c) Desenvolveram monocultura e comércio.

d) Eram grandes agricultores, mas não sabiam talhar minérios.

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e) Comercializavam sal, ouro, peles e tecidos.

Comentários

A civilização inca se desenvolveu por quase toda a região dos Andes que hoje corresponde a partes do Peru, do Equador,
da Bolívia e do norte do Chile. Alcançou seu maior esplendor por volta do século XIV. Os incas eram governados por um
imperador considerado um deus, o filho do Sol. Para governar, ele contava com chefes militares, governadores de
províncias, sacerdotes e muitos funcionários. Agora, vejamos os aspectos econômicos dessa civilização:

a) Correta! A economia dos incas baseava-se no cultivo de milho, batata e tabaco. Eles desenvolveram a tecelagem, a
cerâmica, a metalurgia do bronze e do cobre; sabiam trabalhar metais preciosos, como o ouro e a prata; e utilizavam a
lhama, a alpaca e a vicunha como animais de carga. Construíram palácios, templos, estradas pavimentadas, aquedutos
e canais de irrigação. Não desenvolveram um sistema de escrita, mas registravam números e acontecimentos por meio
dos quipos (um sistema de nós).

b) Incorreta. Os incas integravam uma civilização sedentária (fixa) e com uma economia bastante diversificada, como
disse na alternativa anterior.

c) Incorreta. Monocultura é quando determinada economia agrícola produz apenas um gênero. Como vimos na explicação
da alternativa “a”, os incas cultivavam milho, batata e tabaco. Portanto, não eram monocultores.

d) Incorreta. De fato, eram grandes agricultores, mas eles também conheciam o manuseio de metais e minérios.

e) Incorreta. Eles não comercializavam sal.

Gabarito: A
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34. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


O colonialismo mercantilista baseava-se no relacionamento entre uma metrópole e a região por ela dominada, a colônia. A
relação entre elas determinava o tipo de colonização implementada.
(Cotrim, Gilberto. História Global)
Analise as proposições abaixo:
I – A metrópole impunha o “direito exclusivo” de fazer comércio com a região colonizada, comprando os produtos dela pelo
preço mais baixo e vendendo-lhe o mercadorias pelo valor mais alto. Verdadeiro controle econômico
II – Destaca-se uma produção econômica mais voltada para o consumo interno com predominância da pequena propriedade
rural familiar e policultora.
III – Produção mais voltada para o mercado externo, organizada em grandes latifúndios escravistas.
Qual delas se enquadram perfeitamente no modelo colonial-mercantilista?
a)I e II

b)I, II, III

c)I e III

d)III

e)I

Comentários

O tema da questão é o mercantilismo, mas especificamente o pacto colonial (exclusivo comercial metropolitano). O
mercantilismo foi o Sistema Econômico predominante no período da Modernidade (s. XV a XVIII), ou seja, foi o conjunto
de ideias e de práticas (uma doutrina) que conduziram a economia dos Estados Modernos Absolutistas. Essas práticas
não foram universalistas, ou seja, elas variaram de país para país a depender do seu contexto interno e das oportunidades

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relacionadas com o domínio das rotas econômicas, especialmente, as marítimas. Contudo, os modelos locais tinham em
comum o fato de o Estado intervir fortemente na economia, em parceria com setores mercantis. Os princípios
fundamentais do mercantilismo, comuns na maioria das nações europeias, eram o metalismo, o protecionismo e a balança
comercial favorável. O pacto colonial só existia naquelas nações que possuíam colônias em outros continentes. Com base
nisso, vejamos as proposições:

I – Verdadeira! Esse “direito exclusivo” era o que chamamos de pacto colonial ou exclusivo comercial metropolitano.

II – Falsa. O mercantilismo colonial visava a balança comercial favorável e usava o protecionismo para alcançá-la, ou
seja, determinava que para ser próspero um país devia exportar mais do que importar. Além disso, a grande propriedade
rural monocultora voltada para a exportação com mão de obra escravizada era o que predominava, não a pequena
propriedade rural familiar e policultora.

III – Verdadeira! É como disse acima, a prioridade era incentivar a formação de grandes propriedades monocultoras que
usavam mão de obra escravizada para atender o mercado externo.

Portanto, a alternativa correta é a letra “c”.

Gabarito: C

35. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


Foi na primeira metade do século XVII que, de modo efetivo, teve início a colonização inglesa da América do Norte. Ao
longo do século XVII foram fundadas 13 colônias. Esse empreendimento ocorreu em um contexto histórico mais amplo
ligado a elementos específicos da Inglaterra, como:

a)Ameaça dos interesses comerciais ingleses em virtude do avanço de espanhóis e portugueses, cercamentos
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b)Criação de companhias de comércio e perseguição aos protestantes

c)Fim da dinastia dos Tudor e Guerra contra a França pelo territórios do atual Canadá

d)Cercamentos, perseguição aos protestantes

e)Cercamentos e interesses comerciais na produção de algodão para a indústria têxtil.

Comentários

Atente-se para o período apontado pela questão: século XVII. O tema é o início da colonização inglesa da América do
Norte. Lembra-se o que estava acontecendo na Inglaterra nesse momento? A Revolução Puritana (1642-1651), a
Commonwealth (República Puritana, 1649-1660) e a Revolução Gloriosa (1688-1689). Com base nisso, vejamos a quais
elementos específicos do contexto inglês a fundação de suas colônias estava ligada:

a) Incorreta. Na verdade, a fundação das colônias tinha ligação com a ameaça dos interesses comerciais ingleses em
virtude do avanço dos espanhóis, holandeses e franceses que também tentaram colonizar a América do Norte.

b) Incorreta. A perseguição aos protestantes realmente repercutiu na fundação por esses exilados de novas colônias na
América do Norte, como as colônias de Plymouth e de Massachusetts. No entanto, a criação de companhias de comércio
tinha o objetivo completamente relacionado ao monopólio do comércio entre a Inglaterra e suas colônias, não há
elementos específicos da Inglaterra. Inclusive, esse tipo de companhia era comum nas relações coloniais de várias nações
europeias com suas possessões além-mar.

c) Incorreta. Realmente, o fim da Dinastia dos Tudor repercutiu nas colônias, pois a Dinastia Stuart que veio depois
perseguiu muitos protestantes que buscaram refúgio na América. Por outro lado, a Guerra contra a França pelo atual
Canadá não estava relacionada com elementos específicos da Inglaterra, uma vez que disputas por territórios coloniais
eram muito frequentes entre várias nações.

d) Correta! Já comentei sobre as consequências da perseguição aos protestantes, que de fato repercutiu na colonização
da América do Norte. Quanto aos cercamentos, esta era uma prática que consistia em grandes proprietários cercar terras
comunais para transformá-las em plantações monocultoras ou pasto para criação de ovelhas. Com isso, expulsava-se
uma grande quantidade de camponeses desses espaços, gerando uma grande massa de despossuídos sem trabalho nem

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terras que migrava e lotava as cidades. Por isso, muitos deles procuraram melhores condições de vida. Outros foram
incentivados ou mesmo exilados pelo governo inglês e enviados para a América.

e) Incorreta. A parte do cercamentos está certa, como já vimos. Porém, o interesse na produção de algodão para a
indústria têxtil não era algo específico da Inglaterra. Outras nações europeias, como Portugal, tentaram instalar
plantações de algodão para o mesmo objetivo, inclusive com a intenção de vender o produto para a Inglaterra.

Gabarito: D

36. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


Ao longo dos século XVII e XVIII se formaram as chamadas 13 colônias inglesas, na América do Norte. Historiadores as
dividem em 2 blocos: Colônias do Sul e do Centro-Norte.

Associe a Coluna I com a Coluna II, de modo a caracterizar corretamente cada um dos blocos de Colônia

COLUNA I COLUNA II

I - Colônias do Sul ( ) Colônia de povoamento


( ) Colônia de exploração
II – Colônias do Centro-Norte.
( ) Latifúndio monocultor e exportador
( ) Onde fica a Colônia da Geórgia
( ) Onde fica o Povoado de Jamestown, Virginia.
( ) Administrado por Assembleias populares
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A ordem correta da associação é:

a)I, II, I, II, I, II

b)I, II, II, II, I, I

c)II, I, I, I, II, I

d)II, I, II, I, I, I

e)II, I, I, I, II, II

Comentários

A colonização inglesa na América do Norte foi bem heterogênea. Nem todas as colônias fundadas ali foram de iniciativa
da Coroa britânica, nem contavam com seu controle total. As colônias de Plymouth e de Massachusetts, por exemplo,
foram fundadas por refugiados protestantes que fugiam das perseguições impetradas por Jaime I. Por outro lado, a
colônia da Virgínia foi fundada por iniciativa da monarquia que concedeu o monopólio de sua exploração e administração
a uma companhia de comércio. Em geral, as mais parecidas com as duas primeiras se dedicavam a subsistência, apesar
de participarem do transporte de mercadorias com as colônias do sul. Aquelas mais parecidas com a da Virginia eram
inteiramente dedicadas ao latifúndio monocultor e exportador. Com isso em mente, vamos ligar os blocos apresentados:

A ordem correta seria, de cima para baixo: II; I; I; I; I; II.

Portanto, a alternativa correta é a letra “e”.

Gabarito: E

Brasil Colônia I

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37. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Nos primeiros anos da ocupação portuguesa nas terras que passaram a serem chamadas de Brasil, a atividade
extrativista do pau-Brasil foi feita por meio:
a) do trabalho escravo africano.
b) de escambo.
c) de companhias de comércio.
d) do assalariamento indígena.
e) do trabalho compulsório a partir da encomienda.
Comentários

A implantação do sistema colonial de exploração por parte de Portugal foi um processo bastante diferente em relação ao
da Espanha. Houve dois momentos desse processo marcados por interesses distintos de Portugal, em relação à terra
“descoberta” por Cabral. Além disso, os modelos de implantação do sistema de exploração colonial também se
diferenciaram. O primeiro momento se deu entre 1501 e 1530; o segundo se inicia a partir de 1530 até o fim do domínio
colonial. A presente questão está se referindo ao primeiro momento, caracterizado pela instalação de fortes e feitorias em
pontos estratégicos da costa brasileira e pela extração de pau-brasil, sem incentivar uma colonização mais profunda e
sistemática. Sabendo disso, vejamos qual alternativa apresenta corretamente o tipo de relação de troca praticada entre
portugueses e nativos na extração de pau-brasil:

a) Incorreta. Os africanos só passaram a ser importados como escravizados a partir da segunda metade do século XVI,
em decorrência das dificuldades em lidar com os indígenas e com a potencial lucratividade do comércio de cativos
africanos.
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b) Correta! O escambo consistia em trocar produtos e objetos de origem europeia que os nativos não conheciam pela
madeira tão requisitada na Europa.

c) Incorreta. As companhias de comércio só foram usadas na colonização do Brasil a partir do século XVII e em casos
específicos, como no Maranhão e em Pernambuco.

d) Incorreta. Não houve assalariamento indígena, mas sim escambo.

e) Incorreta. A encomienda era um sistema de trabalho indígena e compulsório adaptado pelos espanhóis.

Gabarito: B

38. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


Apesar de descoberto pelos portugueses décadas antes, somente a partir de 1530 é que o Brasil começou a ser
encarado como um empreendimento lucrativo para a coroa portuguesa. A respeito da expedição que inaugurou essa
nova fase do processo de colonização, considere:

I - foi organizada e liderada por Duarte Coelho;

II – objetivou expulsar os franceses que, porventura, estivessem nos domínios portugueses;

III – em termos de exploração litorânea, a expedição apenas desceu o litoral Sul até chegar à foz do rio da Prata.

IV – durante esta expedição foi fundada a Vila de São Vicente, no litoral do atual estado de São Paulo.

Estão corretas:

a) I e II.

b) I, II e III.

c) II e IV.

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d) II, III e IV.

e) I, III e IV.

Comentários

A implantação do sistema colonial de exploração por parte de Portugal foi um processo bastante diferente em relação
ao da Espanha. Houve dois momentos desse processo marcados por interesses distintos de Portugal, em relação à
terra “descoberta” por Cabral. Além disso, os modelos de implantação do sistema de exploração colonial também se
diferenciaram. O primeiro momento se deu entre 1501 e 1530; o segundo se inicia a partir de 1530 até o fim do
domínio colonial. A presente questão está se referindo ao início do segundo momento. Com base nisso, vejamos:

I – Incorreta. Duarte Coelho fez parte das expedições do primeiro momento de colonização;

II – Correta! Entre 1555 e 1571, os franceses ocuparam a baía do Rio de Janeiro, em aliança com algumas nações
indígenas contrárias a ocupação dos portugueses. A ameaça de perder seus territórios coloniais para outras nações
europeias como a França e a Espanha contribuíram para a Coroa portuguesa optar por uma colonização mais
sistemática do território;

III – Incorreta. A expedição liderada por Martim Afonso dividiu a expedição: uma parte seguiu para o norte, com o
objetivo de explorar a foz do rio Amazonas; a outra, comandada pelo próprio Martim Afonso, rumou para o sul, em
busca da foz do rio da Prata;

IV – Correta! Ao voltar do sul, Martim Afonso fundou a vila de São Vicente, no litoral do atual estado de São Paulo.

Portanto, a alternativa correta é a letra “c”.

Gabarito: C
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39. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


Em 1534, o reio dom João III dividiu a colônia portuguesa em quinze faixas de terra que iam do litoral à linha do Tratado
de Tordesilhas, com largura entre 200 e 650 quilômetros. O nomes dado a essas porções territoriais foi
a) sesmarias.
b) capitanias hereditárias.
c) vice-reinados.
d) feitorias.
e) concessão vassala.
Comentários
a) errado, pois as sesmarias era uma distribuição de terras com vistas à produção e ocupação territorial e não uma
forma de administração do território pensando na unidade territorial e defesa contra ameaças externas, o propósito
inicial das Capitanias hereditárias. O beneficiário da sesmaria recebia uma porção de terra, em nome do rei de Portugal,
com o objetivo de cultivar terras virgens.
b) correto. Lembrando que que as Capitanias eram entregues aos capitães-donatários os quais, em geral, eram por
membros da pequena nobreza, da burocracia portuguesa e comerciantes que pretendiam assumir riscos na colônia.
Porém, todos possuíam algum tipo de ligação com a Coroa, o que lhes possibilitou o benefício da nomeação e a
responsabilidade de distribuir sesmarias em nome do rei.
c) falso, pois a divisão por vice-reinados foi a forma de organização da administração da América espanhola.
d) falso, pois as feitorias foram as instalações comerciais e de mediação de negócios que os portugueses estabeleceram
ao longo da África rumo à busca por especiarias nas Índias e para operações comerciais no próprio continente africano.
e) errado, pois a relação suserano-vassalo era própria do feudalismo, de modo que não é possível transpor essa prática
para o que foi estabelecido na colonização da América. Dentre as diferenças, podemos mencionar o fato de que as
concessões de terras eram para auferir lucros e explorar riquezas, sendo que a contrapartida era repassar um percentual
ao Estado português, ao reino. Ou seja, uma relação diferente da fidelidade de honra entre suserano e vassalo.

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Gabarito: B

40. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Para os portugueses, dois motivos de maior destaque justificavam a opção pela exploração do açúcar, sendo eles:
a) o produto proporcionava à metrópole uma balança comercial favorável e os portugueses já dominavam a produção
nas ilhas da Madeira e Cabo Verde.
b) o produto se adaptou bem ao longo do litoral brasileiro e era de grande apreciação pelas cortes europeias.
c) o açúcar tinha baixo valor em relação aos custos de produção e a parceria com os holandeses na américa central
potencializou os ganhos portugueses.
d) a instalação do engenhos era relativamente simples e a mão de obra indígena escravizada se adaptou ao trabalho
compulsório.
e) a autorização da Coroa portuguesa para a escravização dos indígenas por meio das Cartas Régias e a experiência
que os portugueses já tinham no manejo do produto, desde a colonização da Ilhas da Madeira e Cabo Verde.
Comentários
a) correto. Por ser um produto de fácil adaptação ao clima e ao solo da região tropical, bem como os portugueses já
terem experiência no manejo, a cana-de-açúcar foi a grande aposta. E não podia ser diferente, pois, naquela época, o
açúcar era uma das especiarias mais bem pagas e apreciadas no mercado europeu. Nesses termos, o cálculos dos
portugueses mirou o sistema mercantilistas que vigia na época: balança comercial favorável.
b) falso, pois não foi em todo litoral brasileiro que o a cana-de-açúcar virou. Isso ocorreu principalmente no nordeste
região em que ficou concentrada a maior quantidade de engenhos.
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c) errado pois tanto a implantação dos engenhos quanto a parte técnica para o refino demandavam custos elevados, o
que levava boa parte dos senhores a contrair créditos com bancos holandeses, por exemplo, para assegurar a
construção e manutenção dos engenhos. Além disso, os holandeses passam a produzir açúcar na América Central após
a serem expulsos do Brasil e não antes.
d) errados, pois não era simples, tampouco os indígenas se adaptaram a um ritmo de trabalho nunca antes visto em
sua história, houve muita resistência indígena.
e) falso, pois a Coroa passou a proibir a escravização dos indígenas.

Gabarito: A

41. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Dos pontos de vista econômico e administrativo, o sistema de capitanias não alcançou os resultados esperados pelos
portugueses. Poucas capitanias progrediram, como São Vicente e Pernambuco. Nesse sentido, a Metrópole implantou
o sistema de governos-gerais, o qual
a) substituiu a divisão territorial das capitanias e alterou a forma de distribuição de terras.
b) transferiu o poder de concessão de terras às Câmaras Municipais.
c) elevou a categoria da colônia a Reino Unido de Portugal.
d) tinha o objetivo de centralizar a defesa do território e a administração da colônia.
e) transferiu a capital da colônia Salvador para Rio de Janeiro.
Comentários
a) errado, pois as capitanias hereditárias conviveram com o sistema de Governos-Gerais, não houve a substituição de
um pelo outro, por mais que, na prática as capitanias tenham perdido a eficiência.

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b) falso, pois as Câmaras Municipais eram organismos de administração do poder local e funcionavam, inclusive, com
espécie de órgão de justiça, pois um dos membros da Câmara assumia o papel de juiz. Veja, com o surgimento das
primeiras vilas e cidades, a administração foi entre às Câmaras Municipais, compostas, em geral, por três ou quatro
vereadores. Estes eram eleitos pelos “homens bons”, os proprietários de terra. O representante que cumpria a função
de juiz era o que presidia a Câmera. Já a concessão de terras ainda era de responsabilidade dos representantes diretos
da Corte, as autoridades que permitiam a doação das terras (primeiros os Capitães donatários, depois os Governadores).
c) errado, pois essa condição só foi alçada a partir do momento em que a Corte portugueses migrou para o Brasil em
1808, após a invasão napoleônica a Portugal.
d) correto, porque, diante da baixa eficiência das capitanias hereditárias para cumprir esse dois papeis e organizar a
colonização, foi preciso aprimorar a administração colonial, algo que foi cumprido pelo Governo-Geral.
e) falso, pois isso somente ocorreu com o ciclo do ouro, sendo que a transferência ocorreu em 1763.

Gabarito: D

42. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


Durante o período conhecido como União Ibérica (1580-1640), uma consequência do domínio espanhol que favoreceu
as atividades dos colonos no Brasil foi
a) o fim do pacto colonial, permitindo o livre comércio, principalmente com França e Inglaterra.
b) a abolição, na prática, das demarcações do Tratado de Tordesilhas, favorecendo a interiorização em busca de metais
preciosos.
c) a alteração da forma administrativa para um governo autônomo comandado pelo Conselho Ultramarino.
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d) a liberação para a escravização indígena, resultando na diminuição do tráfico negreiro e, consequentemente, a dos
custos de produção.
e) o fortalecimento da fiscalização territorial a partir do deslocamento de efetivos da guarda espanhola para assegurar
as atividades exploratórias na colônia.
Comentários
A União ibérica é o nome que se dá para o momento histórico em que houve união das coroas portuguesa e espanhola,
entre 1580 e 1640. Nesse momento, Portugal perdeu o controle direto de parte de suas feitorias e colônias. A Holanda,
antiga parceira chegou a ocupar território como o Brasil.
Assim, teremos uma dificuldade econômica que levou os colonos a buscarem outras atividades econômicas, além do
açúcar. A interiorização do território foi uma consequência desse processo.
Tendo isso em mente, vamos analisar cada alternativa:
a) Errado. O fim do Pacto Colonial ocorreu apenas em 1808, com a vinda da Família Real para o Brasil.

b) Correto. Exatamente o que ocorreu, tanto que depois disso, Portugal e Espanha protagonizaram diversos acordos
territoriais.

c) Errado. O Brasil colonial nunca foi autônomo.

d) Errado. A única possibilidade de escravização indígena era a guerra juta, mesmo antes da União Ibérica.

e) Errado. Essa transferência nunca existiu.

Gabarito: B

43. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Segundo os líderes da Igreja, como não tinham religião definida, os índios deveriam ser iniciados na fé cristã. Já os
africanos eram associados ao islamismo. Vistos como “infiéis”, sua escravização e transferência para a América eram
convenientemente interpretadas como uma forma de purgar supostos pecados cometidos por esses povos.

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(ARRUDA, José Jobson de A., PILETTI, Nelson. Toda a História. São Paulo: Ed. Ática. 2007, p. 239)

A justificativa religiosa para a escravização de negros africanos

a) foi a mesma que os jesuítas utilizaram para a escravização dos indígenas.

b) foi articulada pelos reis católicos, à revelia do poder papal.

c) reforçou os interesses econômicos ligados ao tráfico negreiro.

d) foi construída após os colonizadores sofrerem resistência dos indígenas.

e) estava condicionada à destinação de parte do lucro das atividades econômicas da colônia ao Vaticano, por meio do
quinto.

Comentários

O texto disserta sobre as motivações que levaram o clero católico a condenar a escravização de indígenas e incentivar o
cativeiro de africanos. Acreditava-se que os indígenas estavam em um estágio primitivo semelhante ao de Adão e Eva
antes de deixarem o Éden. Por isso, não haviam cometido o pecado original e deviam ser iniciados na religião cristã ao
passo que eram ensinados a trabalhar e ser civilizados. Por outro lado, os africanos eram associados ao islamismo, mas
também à maldição de Cam, filho de Abel que matou o próprio irmão e foi exilado na África. Com isso em mente,
vejamos:

a) Incorreta. Como disse acima, as justificativas para a escravização de africanos eram diferentes da usada para os
indígenas.

b) Incorreta. Na verdade, monarquia e papado foram aliados na predileção pela escravidão africana, um comércio muito
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mais lucrativo do que a escravização de indígenas ao passo que tinha uma justificativa religiosa mais consistente.

c) Correta! O principal interesse dos portugueses em usar a mão de obra africana foi porque viram o potencial lucrativo
do comércio internacional de cativos. Com a justificativa oferecida pelo clero, era a solução perfeita para o problema de
mão de obra na colônia.

d) Incorreta. Não exatamente, apesar da resistência indígena, sua escravização seguiu firme nas partes da colônia onde
o custo para transportar cativos africanos era muito alto e onde a população era mais pobre, incapaz importar mão de
obra.

e) Incorreta. O quinto foi um imposto criado no século XVIII, para ser cobrado sobre o ouro encontrado em Minas gerais.
Portanto, não tinha nada a ver com a Igreja, nem com a escravidão.

Gabarito: C

44. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Durante o século XVI e início do século XVII, o Brasil tornou-se o maior produtor de açúcar do mundo; ele foi o
responsável pela riqueza dos senhores de engenho, da Coroa e de comerciantes portugueses. Mas foram sobretudo os
holandeses que mais se beneficiaram com a atividade açucareira. Responsáveis pelas etapas de refinação e
comercialização, eles ficavam com um terço do valor do açúcar vendido. Uma vez refinado em Flandres, o açúcar era
comercializado na Europa por holandeses e portugueses.
(VICENTINO, Cláudio. DORIGO, Gianpaolo. VICETI, José. História. Parte 2, XXX, p. 328)
A parceria entre holandeses e portugueses a que o texto se refere foi abalada porque
a) a Espanha, que era inimiga dos Países Baixos, transferiu o conflito com os holandeses durante o período da União
Ibérica.

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b) os portugueses passaram a construir alianças com o reino da França após o estreitamento das relações durante a
permanência de francês nas lavouras da França Antártida.
c) as companhias de comércio dos ingleses obtiveram êxito na produção do açúcar em sua colônia, deixando para trás
o monopólio de Portugal e Holanda.
d) os holandeses passaram a ter interesse em negociar com os espanhóis nas colônias da Antilhas.
e) a administração de Maurício de Nassau em Pernambuco comprou dos portugueses os engenhos produtores de açúcar
refinado.
Comentários
O controle de Portugal sobre o Brasil foi fortemente afetado pela União Ibérica e as Invasões Holandesas. Um ano
antes da União Ibérica, a Espanha, proibiu depois as relações que a burguesia holandesa tinha com o açúcar
brasileiro, em retaliação. Em resposta, a Holanda tramou um grandioso projeto de expansão mercantil cujo foco
principal era o grande império ultramarino espanhol, incluindo a parte anteriormente portuguesa.

a) Correto. Um ano antes da União Ibérica, a Holanda, rompeu com o domínio da Espanha, que, em retaliação,
proibiu depois as relações entre a burguesia holandesa e o açúcar brasileiro. Os holandeses foram proibidos de
realizar novos empréstimos, de cobrar os empréstimos feitos anteriormente e de revender açúcar que chegava a
Portugal na Europa.

b) Incorreto! Um fator importante para permanência dos franceses no território brasileiro foi a aliança que
estabeleceram entre os indígenas Tamoios e Tupinambás, que possuíam o objetivo comum de eliminar os
portugueses de seus territórios. A Confederação dos Tamoios representou essa união. No entanto, em 1560 os
franceses acabaram expulsos pelos portugueses.

c) Incorreto! Junto com o algodão, o açúcar foi um dos produtos produzidos pelas colônias inglesas, contudo, nunca
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chegaram a superar o monopólio de Portugal e Holanda na comercialização do produto.

d) Incorreto! Em resposta à União Ibérica e ao bloqueio comercial estabelecido pela Espanha, a Holanda tramou um
audacioso projeto de expansão mercantil, cujo principal objetivo era o grande império ultramarino espanhol,
incluindo as colônias portuguesas. Em 1602, a Holanda fundou a Companhia das Índias Orientais, que controlava a
maior parte do comércio entre a região da Ásia e a Europa e, em 1621, a Companhia das Índias Ocidentais, visando
a costa atlântica da África, o nordeste brasileiro e o Caribe.

e) Incorreto! Os primeiros anos de ocupação foram marcados por conflitos entre holandeses e senhores de engenho. A
pacificação ocorreu durante o governo do holandês Maurício de Nassau, presidente da Companhia das Índias Ocidentais.
Nassau estabeleceu uma política de parceria com os senhores de engenho, convencendo-os dos benefícios do domínio
holandês. Contudo, esse não foi o motivo do rompimento de relações entre Portugal e Holanda, conforme explicamos
no item “a”.

Gabarito: A
45. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

No processo de estabelecimento do território brasileiro, acerca do Primeiro Tratado de Utrecht é correto afirmar que
a) ele atualizou as demarcações do Tratado de Tordesilhas.
b) foi resultado de um acordo tríplice entre os reinos da Espanha, Portugal e França para solucionar questões na tríplice
fronteira na bacia do Prata.
c) foi assinado entre França e Portugal para estabelecer limites entre os territórios coloniais dois reinos, sendo que os
franceses aceitaram o rio Oiapoque como limite entre a colônia portuguesa e a Guiana Francesa.
d) restabeleceu a posse da Colônia do Sacramento a Portugal.
e) tornou nula todas as disposições e feitos decorrentes do Tratado de Madri.
Comentários

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O Tratado de Utrecht (1713-1715) foi, na verdade, dois acordos que puseram fim à Guerra de Sucessão Espanhola e
mudaram o mapa da Europa e das Américas. No primeiro Tratado, de 1713, a Grã-Bretanha reconhecia como rei da
Espanha o francês Felipe d’Anjou. Por sua parte, a Espanha cedia Menorca e Gibraltar à Grã-Bretanha. O acordo também
repercutiu nas colônias da América, pois estabeleceu as fronteiras entre o Brasil e a Guiana Francesa, além de definirem
os limites do Amapá.
a) Incorreto! O limite estabelecido pelo Tratado de Tordesilhas caiu em desuso em decorrência da União Ibérica (1580-
1640). Com esta expansão territorial, foi necessário refazer os limites das colônias americanas entre Portugal e Espanha,
o que aconteceu posteriormente através do Tratado de Madri, de 1750.
b) Incorreto! A questão descreve o Tratado dos Pirenéus, de 1659, que enquadra-se no contexto das lutas da
Restauração Portuguesa, que envolveu diferentes situações políticas e interesses em conflito, entre França, Espanha
e Portugal.
c) Correto! O chamado Tratado de Utrecht, assinado em 1713, constituiu um conjunto de imposições à Espanha e à
França determinado pelos países vencedores da Guerra de Sucessão Espanhola. As resoluções desse tratado redefiniram
parte da geografia da Europa e colaboraram para acelerar o processo de ruptura com o Pacto Colonial da Espanha com
suas colônias na América.
d) Incorreto! Este foi um dos resultados do segundo Tratado de Utrecht, assinado em 6 de fevereiro de 1715, desta vez
entre Portugal e Espanha, que restabeleceu a posse da Colônia do Sacramento a Portugal.
e) Incorreto! Foi o Tratado de El Pardo, de 1761, que tornou nulas todas as disposições e feitos decorrentes do Tratado
de Madrid (1750), que havia falhado em promover a paz entre as colônias espanhola e portuguesa.

Gabarito: C
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46. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


O conflito entre indígenas de Sete Povos das Missões, liderados por jesuítas, contra os governos da Espanha e de
Portugal em função das redefinições territoriais e ameaças de aprisionamento indígenas ficou conhecido como
a) Guerra do Contestado.
b) Conjuração das Missões.
c) Guerra dos Emboabas.
d) Batalha de Guararapes.
e) Guerra Guaranítica.
Comentários
A Guerra Guaranítica (1753-1756), ou Guerra dos Sete Povos, resultante das decisões do Tratado de Madri a respeito
dos limites dos domínios de Portugal e Espanha na América do Sul. Suas principais consequências foi o genocídio de
mais de vinte mil indígenas Guarani da região dos Sete Povos das Missões, destruição dos Sete Povos das Missões em
1756 e a diminuição da influência dos jesuítas na região sul do Brasil.
a) Incorreto! A Guerra do Contestado foi um conflito ocorrido entre 1912 e 1916 na fronteira entre os estados de Santa
Catarina e Paraná, referente a disputa desses territórios, razão pela qual recebe o nome de contestado. Foi um dos
primeiros movimentos político-sociais do Brasil República, com o objetivo de lutar pelos direitos da população menos
favorecida. Terminou em um conflito sangrento com a morte do líder messiânico João Maria e a derrota das tropas
paranaenses.
b) Incorreto! O conflito mais conhecido da região dos Sete povos das missões foi a Guerra Guaranítica, descrita na
opção “e”.
c) Incorreto! A Guerra dos Emboabas foi um conflito travado entre 1707 e 1709 pelo direito de exploração das jazidas
de ouro recém-descobertas na região das Minas Gerais. O confronto se deu entre bandeirantes e forasteiros, que vieram
após a descoberta das minas.
d) Incorreto! A Batalha dos Guararapes foi um confronto que ocorreu nos anos de 1648 e 1649, na capitania de
Pernambuco, no âmbito da Guerra da Restauração da Independência de Portugal ante a Espanha, levando as tropas

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portuguesas a recuperar os territórios ultramarinos que haviam sido ocupados pelos holandeses durante o domínio
espanhol, tal como o Nordeste do Brasil e territórios em África, como o litoral de Angola e o Timor.
e) Correto. A Guerra Guaranítica foi um confronto que envolveu indígenas Guarani contra as tropas portuguesas e
espanholas, de 1753 a 1756, na região conhecida como Missões, no sul do Brasil. A causa principal da guerra foi o
Tratado de Madri, que determinava a transferência dos indígenas e jesuítas do lado brasileiro do Rio Uruguai para o
lado espanhol. Os colonizadores derrotaram os indígenas, mas tiveram que estabelecer outros acordos para determinar
as fronteiras entre os dois países colonizadores.

Gabarito: E
47. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
Durante a administração do conde Maurício de Nassau no nordeste brasileiro (1637-1644), seu governo
a) proibiu manifestações religiosas dos católicos.
b) concedeu liberdade aos escravos que se alistassem na guarda urbana.
c) concedeu liberdade de credo e promoveu modernização urbanística.
d) proibiu a concessão de créditos aos senhores de engenho portugueses.
e) recuperou territórios da colônia francesa no Maranhã, conhecida como França Equinocial.
Comentários
Conde João Maurício de Nassau-Siegen foi nomeado governador-geral do Brasil Holandês. Com o objetivo de pacificar e
retomar os negócios lucrativos, sua administração, no Brasil, ficou marcada pelo seguinte:
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 Reativação econômica: concessão de créditos aos senhores de engenho, inclusive portugueses, a partir do
dinheiro da Companhia das Índicas Ocidentais.

 Tolerância religiosa: a religião oficial dos holandeses era o calvinismo. Assim, para ampliar as possibilidades de
pacificação, essa medida amenizou conflitos com portugueses e espanhóis católicos e com outras religiões.

 Reforma urbanística: Recife foi repaginado, um grande investimento arquitetônico, com construção de casas,
pontes, ruas, saneamento básico, dentre outras obras de infraestrutura.

 Estímulo à vida cultural: foi um época em que diversos pintores retrataram a economia açucareira e o esplendor
de Pernambuco, segundo a visão pintada nos quadros.

Tendo isso em mente, vamos analisar as alternativas e ver qual delas se encaixa nesta lista de ações.

a)Errado. A característica é liberdade religiosa.

b)Errado. A dominação holandesa, no Brasil, manteve a escravidão.

c)Gabarito, conforme nosso comentário inicial.

d)Errado. Ele concedeu e foi crítico do abusivo aumento de juros.

e)Errado. Essa missão foi cumprida pelos Portugueses em aliança com indígenas.

Gabarito: C
48. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
A subordinação à metrópole não impediu que houvesse certo dinamismo nas relações econômicas e comerciais na
América portuguesa. Houve até mesmo um comércio direto com áreas que não pertenciam ao domínio português, como
a região do rio da Prata, no sul da América, e com regiões africanas, como Angola, Costa da Mina e Moçambique, além
de Goa e Macau, na Ásia.

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(VICENTINO, Cláudio. DORIGO, Gianpaolo. VICETI, José. História. Parte 2, XXX, p. 413)
Considerando o texto, no período da economia açucareira, quais produtos eram utilizados para as negociações do tráfico
negreiro?
a) drogas do sertão e ouro.
b) ouro e charque.
c) charque e fumo.
d) drogas do sertão e aguardente.
e) aguardente e fumo.
Comentários
Essa questão é bem tranquila e de memorização. O comércio negreiro era muito intenso e acabava gerando outras
atividades que subsidiavam a atividade principal de compra e venda de escravos. Os principais produtos eram a cachaça
e o fumo. Por isso, era gabarito letra E.
Vejamos os erros das demais alternativas.
a)Errado. Drogas do sertão não era atividade subsidiária do comércio negreiro, mas era atividade extrativista central na
região Norte. O ouro era atividade central e independente do comércio escravista.

b) Errado. O charque era uma atividade tanto do Nordeste como do Sul e que ajudou a abastecer a região mineradora.

c) Errado por causa do charque que, como falamos na alternativa B, era atividade de abastecimento da atividade
mineradora.
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d) Errado por causa das drogas do sertão.

e) Gabarito, conforme comentário acima.

Gabarito: E

49. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


A necessidade de mão de oba era cada vez maior. Os holandeses, em 1637, ocuparam os mais importantes portos
africanos de fornecimento de africanos escravizados para o Brasil.Com exceção de Pernambuco, que também estava
sob o domínio holandês, a colônia não tinha acesso a carregamentos de escravos.
(VICENTINO, Cláudio. DORIGO, Gianpaolo. VICETI, José. História. Parte 2, XXX, p. 416)
Diante dessa situação de relativa escassez de mão de obra, comerciantes e proprietários de terra investiram em qual
alternativa?
a) contratação de bandeirantes para aprisionar nativos e negros fugidos aquilombados.
b) contratação de colonos a salários baixos para substituir temporariamente a mão de obra escrava.
c) busca por novos produtos rentáveis que não dependessem do uso direto da mão de obra escrava, como o ouro.
d) estabelecimento de parcerias com jesuítas para que fornecessem indígenas catequizados a preços justos.
e) financiamento de viagens aos portugueses que quisessem imigrar e construir uma nova vida na colônia.
Comentários
A questão pegou um momento específico para tratar de uma questão mais estrutural da Colônia: a escravidão indígena.
Ela ocorreu o tempo todo, principalmente, nas regiões com mais dificuldade de acesso à mão de obra escrava africana.

Vejamos as alternativas:

a) Gabarito! A alternativa menciona a prática das bandeiras de apresamento, ou seja, a contratação de bandeirantes
que se embrenhavam no mato atrás dos negros fugidos e de indígenas para serem escravizados.

b) Errado. Trabalha assalariado apenas no final do século XIX.

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c) Errado. A substituição do trabalho escravo pelo livre será uma demanda do século XIX, quando a Inglaterra
pressionou pelo fim do tráfico negreiro.

d) Errado. Os jesuítas eram contrários à escravidão indígena.

e) Errado. Havia estímulo à vinda de portugueses, mas não para ocupar o lugar e o trabalho feito por escravizados.

Gabarito: A

50. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


Dentre os motivos da crise da economia açucareira no Brasil colônia, é possível citar:
a) a substituição da preferência do mercado consumidor europeu por drogas do sertão e algodão.
b) as investidas dos quilombolas contra os engenhos, o que levou à destruição dos meios de produção.
c) a entrada de açúcar mascavo das 13 colônias produzidos a menor custo.
d) o aumento da oferta do produto no mercado e o aumento da demanda por escravos, diminuindo a rentabilidade.
e) a descoberta dos metais preciosos nas Minas Gerais.
Comentários
A questão é bem objetiva, cobra as causas da crise do açúcar. Estamos falando do momento da segunda metade do
século XVII. Vamos analisar cada alternativa.

a) Errado. As drogas do sertão realmente foram mais exploradas a partir da segunda metade do século XVII, mas
foi uma consequência da crise do açúcar e a busca por outras atividades econômicas, situação que marcou o
cenário crítico. Já o algodão desponta no século XIX, devido às necessidades da economia industrial que se
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desenvolveu.

b) Errado. Embora seja verdade que, em alguns momentos, os quilombos atacaram fazendas, isso não foi a causa
da crise do açúcar.

c) Errado. Aqui o problema foi a qualificação do açúcar, como mascavo. Além disso, após a invasão Holandesa e
sua expulsão das terras coloniais da América Portuguesa, o principal concorrente do açúcar brasileiro foi o açúcar
das Antilhas.

d) Correto. Veja, a alternativa trouxe duas causas relacionadas ao mercado internacional. Enquanto o açúcar perdia
preço no mercado internacional (devido ao aumento da oferta do produto no mercado europeu), o aumento da
produção gerava aumento de demanda de mão de obra escrava. Lembra da lei básica da economia: o preço é
definido pela oferta e pela demanda. O aumento de oferta do açúcar gerava a diminuição de seu preço; e o
aumento da produção do açúcar gerava aumento da demanda por mão de obra. O açúcar perdia valor e o
escravo ficava mais caro. Conclusão: menor rentabilidade. Crise!

e) Errado. A descoberta dos metais preciosos também é fruto de uma atividade de interiorização e da busca por
alternativas econômicas.

Gabarito: D

Gabarito
1. A 6. D
2. E 7. D
3. C 8. B
4. C 9. C
5. B 10. B

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Do século V ao XVI - 2021

11. A 31. D
12. D 32. A
13. C 33. A
14. E 34. C
15. A 35. D
16. C 36. E
17. B 37. B
18. D 38. C
19. D 39. B
20. C 40. A
21. E 41. D
22. A 42. B
23. B 43. C
24. D 44. A
25. E 45. C
26. A 46. E
27. C 47. D
28. D 48. E
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29. C 49. A
30. B 50. D

Considerações finais

E aí, como foram nesse primeiro Caderno? Espero que tenha aproveitado e acertado o máximo
possível. Nos seus erros reveja a teoria. Perceba seus pontos fracos. Vire um caçador de erros!

Continuem firmes!

Abraços, e até o próximo Caderno!

Alê Lopes

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