O Que É A Adolescência
O Que É A Adolescência
O Que É A Adolescência
Surgem novos comportamentos que podem deixar os teus pais e outros familiares
frustrados e irritados. Em particular, a tua atenção vai mudar frequentemente de foco,
sendo mais difícil concentrares-te e arranjares motivação para as tarefas que te são
atribuídas, e vais ter comportamentos de risco mais elevado, possivelmente com maus
resultados.
Tudo isto são comportamentos adaptativos normais e resultam das mudanças que estão
a ocorrer no teu cérebro.
Por isso, a tomada de decisões de forma consciente e um estilo de vida saudável durante
a adolescência terão um impacto tão grande no resto da tua vida como os "maus
hábitos". Eis um exemplo: a investigação tornou claro que os adolescentes são mais
vulneráveis que os adultos aos efeitos do álcool sobre a aprendizagem e a memória, e
aqueles que consomem repetidamente álcool podem sofrer efeitos a longo prazo,
comprometendo as funções cerebrais com efeitos negativos a longo prazo na construção
dos seus cérebros.
Fatores de risco
Existem fatores que aumentam o risco de desenvolver ou
desencadeiam a depressão no adolescente, tais como:
Os principais sinais de
alarme da depressão
na adolescência
Os pais devem estar atentos e ter consciência que a depressão não é
uma “fraqueza” que pode ser ultrapassada apenas com força de
vontade, alertam os especialistas da Mayo Clinic, sendo necessário
procurar ajuda médica e tratamento especializados, que pode incluir a
toma de fármacos e acompanhamento psicológico.
De acordo com a Mayo Clinic, os sinais e sintomas de depressão na
adolescência incluem alterações nas emoções e comportamento,
como:
Emoções
Comportamento
Nalguns casos, as dificuldades são suficientemente sérias para que seja necessária
a intervenção de um terapeuta familiar. E numa fatia considerável destes
pedidos de ajuda os comportamentos disfuncionais dos filhos adolescentes
são apenas a face visível dos reais problemas da família.
Muitos dos equívocos de comunicação que surgem nesta altura estão relacionados
com o processo de autonomização dos filhos que, já não sendo crianças, procuram
construir a sua identidade testando limites, partilhando mais os seus afectos e as
suas preocupações com o grupo de pares do que com os pais.
Por exemplo, esta é, de um modo geral, a altura da vida em que surgem os
primeiros amores e a generalidade dos pais até é capaz de reconhecer que os
filhos possam não querer falar abertamente sobre isso, mas podem sentir-se
rejeitados se a comunicação começar a escassear. Se o adolescente anda
sistematicamente irritado e/ou fechado sobre si mesmo, e rejeitar os
mimos do pai ou da mãe, estes podem sentir-se preocupados e
desorientados. Mas isso não significa que haja qualquer revolta da parte dos
filhos. Na generalidade dos casos, os adolescentes preferem falar sobre os seus
relacionamentos afectivos e sobre as suas frustrações com os amigos da mesma
idade, mas isso não significa que desprezem a opinião dos pais. Sentem, isso sim,
que o grupo de pares está mais capaz de compreender aquilo por que estão a
passar. As pesquisas nesta área mostram que a maior parte dos jovens
aponta os pais (ou outros adultos próximos) como as pessoas que mais
influenciam as suas vidas, em particular no que diz respeito aos
comportamentos relacionados com a sexualidade.
Muitos pais sentir-se-ão com certeza incompreendidos pelos seus filhos. Alguns
acharão até que representam sistematicamente o papel de "chatos", mas boa parte
do comportamento dos adolescentes é modelado pela influência parental.
Claro que é preciso uma boa dose de paciência e perseverança, mas o mais
importante é tentar criar um ambiente suficientemente confortável e acolhedor
para que os adolescentes sintam que existe um porto de abrigo a que podem
recorrer quando se sentirem desamparados.
É possível que a maior parte destas tentativas sejam goradas por respostas
agressivas e que os adolescentes sejam rotulados de conflituosos. O que acontece é
que a generalidade dos jovens encara o conflito como uma forma de
afirmar a sua identidade, de testar novos limites, enquanto os pais acabam por
olhar para estas zangas como ataques pessoais.
Mas se é verdade que a relação entre pais e filhos durante a adolescência requer
alguma tolerância e sensibilidade, é importante lembrar que a estabilidade
emocional e a estruturação da personalidade dos jovens dependem da
existência e cumprimento de regras. Estas devem ser claramente definidas,
assim como o sistema de aplicação de castigos e recompensas. Afinal, uma das
competências que se espera que os filhos adquiram antes da idade adulta é o
pensamento consequencial, imprescindível à tomada de decisões e preventivo dos
comportamentos de risco.