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Projeto Pedagogico Versao 2018-2-0

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1

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA


FACULDADE DE MEDICINA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM


ENFERMAGEM GRAU BACHARELADO DA FACULDADE DE MEDICINA
DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

Uberlândia, MG
2

28 de maio de 2018

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA


FACULDADE DE MEDICINA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

EQUIPE ADMINISTRATIVA

Reitor
Prof. Dr. Valder Steffen Júnior - Reitor
Vice-Reitor
Prof. Dr. Orlando César Mantese - Vice-Reitor
Pró-Reitor de Graduação
Prof. Dr. Armindo Quillici Neto
Pró-Reitora de Assistência Estudantil
Elaine Saraiva Calderari
Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação
Prof. Dr. Carlos Henrique de Carvalho
Pró-Reitor de Planejamento e Administração
Prof. Dr. Darizon Alves de Andrade
Pró-Reitor de Gestão de Pessoas
Prof. Dr. Marcio Magno Costa
Diretor de Ensino
Prof. Dr. Guilherme Saramago de Oliveira
Diretoria da Faculdade de Medicina
Prof. Dr. Carlos Henrique Martins da Silva
Coordenação do Curso de Graduação em Enfermagem
Profª Dra. Marcelle Aparecida de Barros Junqueira
3

SUMÁRIO

1. IDENTIFICAÇÃO..................................................................... 4

2. ENDEREÇOS............................................................................ 5

3. APRESENTAÇÃO.................................................................... 6

4. JUSTIFICATIVA .................................................................... 7

5. PRINCÍPIOS E FUNDAMENTOS ......................................... 11

6. PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO............................... 13

7. OBJETIVOS DO CURSO ........................................................ 17

8. ESTRUTURA CURRICULAR ................................................ 19

DIRETRIZES GERAIS PARA O DESENVOLVIMENTO 49


9. METODOLÓGICO DO ENSINO.............................................

10. ATENÇÃO AO ESTUDANTE ............................................... 50

11. PROCESSOS DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM E 53


DO CURSO ........... ..................................................................
12. ACOMPANHAMENTO DE EGRESSOS .............................. 55

13. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................... 57

REFERÊNCIAS.................................................................................. 58
4

1. IDENTIFICAÇÃO DO CURSO

Denominação: Curso de Graduação em Enfermagem


Grau: Bacharelado
Modalidade: Presencial
Titulação: Bacharel em Enfermagem
Carga horária: 4.810 horas
Duração do curso:
Mínimo: 05 anos
Máximo: 07 anos e 06 meses
Portaria de funcionamento: Portaria MEC nº 1410 de 19/05/2004
Regime acadêmico: Semestral
Ingresso: Semestral
Turno de oferta: Integral
Número de vagas ofertadas: 40 vagas semestrais compartilhadas com o grau
licenciatura.
5

2. ENDEREÇOS

Da Instituição:
Universidade Federal de Uberlândia - UFU
Av. João Naves de Ávila nº 2121 – Campus Santa Mônica
Cidade: Uberlândia-MG – CEP: 38408-100
Telefone/Fax: (34) 3239-4811 / 3235-0099
Site da instituição: www.ufu.br

Da Unidade Acadêmica:
Faculdade de Medicina - FAMED
Av. Pará, 1720 – Bloco 2U – Sala 14 – Campus Umuarama
Cidade: Uberlândia-MG - CEP: 38400-902
Telefone: (34) 3225-8604 / 3225-8625
E-mail de contato: famed@ufu.br
Site da unidade: www.famed.ufu.br

Da Coordenação do Curso:
Curso de Graduação em Enfermagem
Av. Pará, 1720 – Bloco 2U – Sala 19
Cidade: Uberlândia-MG - CEP: 38400-902
Telefone: (34) 3225-8603 / 3225-8608
E-mail de contato: enfermagem@umuarama.ufu.br
Site do curso: www.famed.ufu.br/graduacao/enfermagem
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3. APRESENTAÇÃO

Este Projeto foi elaborado a fim atender a exigência de reformulação dos


Projetos Pedagógicos dos Cursos (PPC) de Licenciatura (Memorando-Circular SEI nº
1/2018/PROGRAD/REITO) em atendimento à Resolução CNE/CP Nº2, de 1º de julho
de 2015 do Conselho Nacional de Educação, que estabelece as Diretrizes Curriculares
Nacionais para a formação inicial em nível superior e para a formação continuada.
A reformulação do Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Enfermagem
foi elaborada por docentes que atuaram no Núcleo Docente Estruturante (NDE) nos
últimos quatros anos, constituído pelas professoras: Dra. Marcelle Aparecida de Barros
Junqueira, Dra. Efigênia Aparecida Maciel de Freitas, Dra. Juliana Pena Porto, Dra.
Livia Ferreira Oliveira, Dra. Maria Cristina de Moura Ferreira, Dra. Mônica Camargo
Sopelete, Dra. Suely Amorim Araújo, Dra. Valéria Nasser Figueiredo e Dra. Maria
Angélica Melo e Oliveira e Me. Mônica Rodrigues da Silva.
Esse processo também contou com a participação do Colegiado do curso,
composto por Dra. Marcelle Aparecida de Barros Junqueira, Dra. Suely Amorim
Araújo, Dra. Karine Santana de Azevedo Zago e Dr. Arthur Veloso Antunes; bem como
as coordenadoras dos departamentos do curso, Dra. Carla Denari Giuliani
(Departamento de Enfermagem em Saúde Coletiva), Dra. Valéria Nasser Figueiredo
(Departamento de Enfermagem Fundamental), Dra. Suely Amorim Araújo
(Departamento de Enfermagem Clínico-Cirúrgica).
Ressalta-se a colaboração da docente Dra. Maria Angélica Melo e Oliveira na
organização da estrutura e demais elementos do Projeto Pedagógico, coordenadora do
Curso no período de julho de 2016 a maio de 2018.
A saber, o Curso de Graduação em Enfermagem foi implantado no ano de 1998
visando responder a uma carência regional de formação do profissional enfermeiro e a
alta demanda por parte das instituições de saúde. Desde a sua criação, o curso oferece as
modalidades Bacharelado e Licenciatura de forma integrada, perfazendo, até o
momento, uma carga horária total de 4810 horas distribuídas regularmente em 5 anos
(Currículo 2007 LBENF – Versão 2011-1).
7

4. JUSTIFICATIVA

4.1. Histórico e necessidade social do Curso


Durante a década de 50 e 60, na cidade de Uberlândia, a Educação Superior era
desenvolvida pela Faculdade de Direito de Uberlândia (1960), Faculdade de Filosofia,
Ciências e Letras de Uberlândia (1960), Faculdade Federal de Engenharia (1961),
Faculdade de Ciências Econômicas de Uberlândia (1962), Conservatório Musical de
Uberlândia (1967) – que contemplava a Faculdade de Música (1957) e, posteriormente,
a Faculdade de Artes (1967) - e Escola de Medicina e Cirurgia de Uberlândia (criada em
1968). Em 14 de agosto de 1969, pelo Decreto-Lei n.º 762, da Câmara dos Deputados,
foi criada a Universidade de Uberlândia (UnU – fundação de direito privado) a partir da
integração destas Faculdades e Escola.
Em 1978 ocorreu o processo de federalização e, neste processo, as faculdades
isoladas que compunham a Universidade de Uberlândia, deram lugar aos Centros de
Ciências Humanas e Artes (CEHAR), de Ciências Biomédicas (CEBIM) e de Ciências
Exatas e Tecnológicas (CETEC). Duas décadas depois, a reforma universitária que
aprovou o novo Estatuto (1998) e o Regimento Geral (1999) da UFU alterou a
organização e a dinâmica de funcionamento institucional. Nesta reforma os três Centros
originaram Faculdades e Institutos, denominados de Unidades Acadêmicas, dentre elas
a Faculdade de Medicina – FAMED.
No início do ano de 1990 um grupo de enfermeiros docentes no curso Técnico
em Enfermagem da Escola Técnica em Saúde – ESTES/UFU – deu início às discussões
a cerca da criação do curso de graduação em Enfermagem na Universidade Federal de
Uberlândia. Este grupo de enfermeiros passou então a se reunir ordinariamente com o
objetivo de desenvolver e apresentar um projeto de implantação do Curso Superior de
Enfermagem na UFU. No entanto, devido questões regulamentares das escolas de nível
técnico, o novo curso não poderia estar ligado à ESTES e, sim, a unidade acadêmica de
área afim representada, na época, pelo Centro de Ciências Biomédicas (CEBIM). Em
1991, a solicitação da Escola Técnica de Saúde foi apreciada pelo Conselho do Centro
de Ciências Biomédicas (CONCEBIM) – Parecer nº 29/91. Dentre idas e vindas, a
proposta foi finalmente aprovada pelo Centro em 11 de janeiro de 1996, mas faltava a
aprovação pelos órgãos superiores da UFU. Em 1997 foi formada uma nova comissão,
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composta por enfermeiros do Hospital de Clínicas, ESTES, Prefeitura Municipal de


Uberlândia e Conselho Regional de Uberlândia que deu continuidade aos trabalhos de
organização do projeto pedagógico e outras providências para a aprovação do Curso.
Finalmente, Curso de Graduação em Enfermagem foi implantado após autorização de
sua criação em 26 de junho de 1998 (Resolução nº 3/98 do Conselho Universitário).
A partir de 1999 as atividades do Curso de Graduação em Enfermagem foram
então iniciadas, ainda no Centro de Ciências Biomédicas – CEBIM/UFU que em poucos
meses deu lugar, entre outras, à Unidade Acadêmica FAMED na qual somos parte. A
criação do Curso de Graduação em Enfermagem da UFU foi justificada pela
necessidade de suprir a carência de profissionais enfermeiros que se apresentava,
particularmente, em detrimento da reforma das políticas de Saúde no país a partir da
década de 90 com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo a Enfermeira brasileira Dra. Wanda Horta, enfermagem é “a ciência e a
arte de assistir (cuidar) o ser humano (indivíduo, família e comunidade) no atendimento
de suas necessidades básicas”. Partindo do princípio de que o cuidar do ser humano
exige, necessariamente, um olhar para a dimensão total do ser, inclusive de sua essência
existencial, a profissão de Enfermagem assume importante papel nos serviços de saúde
que englobam a promoção e recuperação da saúde, assim como a prevenção de doenças
e/ou seus agravos.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
em 2015 a área de saúde estava composta por um contingente de 3,5 milhões de
trabalhadores, dos quais cerca de 50% atuam na enfermagem (cerca de 1,7 milhão).
Segundo dados do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), até 01 de dezembro de
2017, o número destes profissionais passou para 2.078.393. Contudo, apesar desde
número, registra-se a carência de profissionais de enfermagem em diferentes serviços e
níveis de atenção à saúde, justificando a necessidade permanente de formação de novos
profissionais da área.
Assim, além da importância em termos nacionais, o Curso de Graduação em
Enfermagem apresenta grande relevância para a sociedade de Uberlândia e região, pois
além de formar profissionais que são absorvidos rapidamente pelo mercado de trabalho,
contribui para a melhoria da assistência à saúde das populações e para o
desenvolvimento das instituições onde trabalham.
9

O desenvolvimento científico da Enfermagem nas últimas décadas é notório e


facilmente verificado pelos profissionais da área, principalmente após a criação dos
cursos de mestrado e doutorado que a cada ano crescem em número e qualidade. A
realização de pesquisas científicas cresce a cada dia com a participação dos
profissionais de Enfermagem nos diversos cenários de atuação. A divulgação dos
trabalhos de pesquisa é cada vez mais intensa com a realização de diferentes eventos
científicos e a criação de periódicos específicos da área. Este crescimento científico
colabora de forma significativa para o aprimoramento do ensino nos Cursos de
Graduação em Enfermagem.
O Curso de Graduação desenvolve diversas atividades de pesquisa pela
realização de trabalhos de conclusão de curso, de iniciação científica, e de mestrado e
doutorado orientados pelos professores do curso que estão vinculados a Programas de
Pós Graduação em área afim. Recentemente, a UFU aprovou a criação do Programa de
Pós de Graduação Interdisciplinar em Saúde do Curso de Graduação em Enfermagem –
Mestrado Profissional (Resolução SEI nº 25/2017, do Conselho Universitário), restando
o parecer da CAPES. Isto denota nossa intenção em fazer cumprir a responsabilidade
técnica e social do curso no que se refere à formação de professores pesquisadores
competentes que possam atender à expansão quanti/qualitativa do ensino superior e às
necessidades do desenvolvimento de novas tecnologias que repercute diretamente na
melhoria de atenção à saúde da população.
Como atividade de extensão, o Curso de Graduação em Enfermagem desenvolve
projetos de extensão e demais projetos institucionais dos Programas PIBEG, PEIC,
PIEX. As atividades de extensão do Curso de Enfermagem são desenvolvidas não
apenas por meio de editais fomentados pela Universidade mas, também, por demandas e
projetos apresentados pela Secretaria Municipal de Saúde de Uberlândia, pelo Hospital
de Clínicas (HCU) e por diferentes ONGs do município.

4.2. Da Reformulação do Projeto Pedagógico


O NDE, imbuído na forte preocupação em ouvir a comunidade, em solicitar
esclarecimentos e informações à PROGRAD, por meio da Diretoria de Ensino
(DIREN), e o caminho do ir e vir no que se refere ao grau licenciatura no Curso de
Graduação em Enfermagem, realizou diversas reuniões ao longo dos anos de 2015 e
2016 para a discussão desse aspecto do Projeto Pedagógico, mais especificamente.
10

Após esclarecimentos junto a PROGRAD e DIREN quanto ao Projeto


Institucional de Formação e Desenvolvimento do Profissional da Educação (Resolução
32/2017 do Conselho Universitário), em reunião do corpo docente e representantes do
Diretório Acadêmico do Curso, optou-se por manter a oferta do curso nos graus
bacharelado e licenciatura de forma articulada, no mesmo modelo Projeto Pedagógico
vigente (Currículo LBENF 2007, Versão 2011-1), porém com algumas modificações
para atender a Resolução 32/2017 do Conselho Universitário.

Nas alterações efetuadas, considerando que as Diretrizes Curriculares Nacionais


dos Cursos de Graduação em Enfermagem (CNE/CES nº 3, de 7 de novembro de 2001,
ainda vigente) foram amplamente respeitadas no Currículo LBENF 2007, Versão 2011-
1 (currículo antigo), sendo mantidos os objetivos do curso, seus princípios e
fundamentos, a caracterização do egresso bem como as competências gerais e
específicas do profissional.
De modo geral, o fluxo curricular sofreu as seguintes alterações:
- Para o primeiro período: acréscimo de 15 horas teóricas no componente Saúde
Coletiva I, exclusão do componente Projeto Integrado de Práticas Educativas I
(GEN011) e inclusão do componente Projeto Interdisciplinar I (PROINTER I), com 15
horas teóricas e 30 horas práticas, total de 45 horas, modificação na proporção da carga
horária do componente curricular Organização dos Estudos Acadêmicos com
distribuição de 15 horas teóricas e 15 horas práticas. Exclusão da disciplina de Ética e
Antropologia Filosófica (GEN007) de 45 horas e inclusão da disciplina Ética e Bioética
Profissional, com 45 horas teóricas.
- Para o segundo período: exclusão do componente Projeto Integrado de Práticas
Educativas II (GEN019) e inclusão do componente Projeto Interdisciplinar II
(PROINTER II), com 15 horas teóricas e 30 horas práticas, total de 45 horas;
modificação na proporção da carga horária do componente curricular Instrumentos
Básicos de Enfermagem com distribuição de 15 horas teóricas e 15 horas práticas;
modificação na proporção da carga horária do componente curricular Dinâmica das
Relações Interpessoais com distribuição de 15 horas teóricas e 15 horas práticas.
- Para o terceiro período: exclusão do componente Projeto Integrado de Práticas
Educativas III (GEN 027) e inclusão do componente Projeto Interdisciplinar III
(PROINTER III), com 15 horas teóricas e 30 horas práticas, total de 45 horas.
11

- Para o quarto período: exclusão do componente Projeto Integrado de Práticas


Educativas IV (GEN034) e inclusão do componente Projeto Interdisciplinar IV
(PROINTER IV), com 15 horas teóricas e 30 horas práticas, total de 45 horas. No
componente Saúde Coletiva IV, exclusão de 15 horas teóricas e inclusão de 30 horas
práticas, totalizando 60 horas. O componente Fundamentos de Enfermagem (GEN023)
passa a ter 30 horas teóricas e 135 horas práticas, totalizando 165 horas.
- Para o quinto período: exclusão do componente Projeto Integrado de Práticas
Educativas V (GEN048) e inclusão do componente Seminário Institucional das
Licenciaturas (SEILIC), com 15 horas teóricas e 30 horas práticas, total de 45 horas.
- Para o sexto período: exclusão do componente Projeto Integrado de Práticas
Educativas IV (GEN052).
- Para o nono período: Inclusão de 15 horas práticas do componente Estágio Curricular
Supervisionado I, totalizando 480 horas.
- Para o décimo período: Inclusão de 20 horas práticas do componente Estágio
Curricular Supervisionado II , totalizando 485 horas.
- A carga horária total do Curso passa de 4715 horas para 4.810 horas.

5. PRINCÍPIOS E FUNDAMENTOS

O Curso de Graduação em Enfermagem da UFU tem como base a Lei de


Diretrizes e Bases da Educação Brasileira de 1996 e Diretrizes Curriculares Nacionais
do Curso de Graduação em Enfermagem de 2001 para os Cursos da Área de Saúde e
Enfermagem e documentos afins.
O Curso de Graduação em Enfermagem da UFU tem como eixo norteador a
compreensão do indivíduo como ser holístico, tendo em vista os princípios do SUS e
sua organização em Redes de Atenção à Saúde. A abordagem do processo saúde-doença
considera as necessidades humanas na perspectiva interacionista ao longo do ciclo vital,
demonstrando que a assistência de enfermagem deve ser planejada e implementada.
Orienta–se para a sistematização da assistência e para a administração da assistência de
enfermagem.
A orientação didática visa assegurar a prática profissional do enfermeiro com
vistas à integralidade da assistência articulada ao contexto sociocultural, político e
econômico, para a atenção à saúde do indivíduo, família e comunidade.
12

A reforma curricular contida neste PPC propõe um modelo de currículo para o


Curso de Graduação em Enfermagem organizado em atividades e experiências
planejadas e orientadas, de modo a possibilitar aos estudantes a construção de sua
formação profissional. Isso fortalece a sua trajetória com uma sólida formação geral,
com vistas à progressiva autonomia intelectual e profissional.
A sequência estabelecida para o desenvolvimento do curso permitirá ao aluno
entrar em contato o mais cedo possível com a realidade social e dos serviços de saúde,
com um grau de complexidade compatível com o nível de informações e
amadurecimento do mesmo.
De forma geral, a organização curricular do Curso de Graduação em
Enfermagem busca atender os seguintes itens:
- As atividades teóricas e práticas presentes desde o início do curso, permeando toda a
formação do estudante de enfermagem na modalidade bacharelado, de forma integrada e
interdisciplinar;

- A visão de educar para a cidadania e a participação plena na sociedade;

- Os princípios de autonomia institucional, de flexibilidade, integração estudo/trabalho e


pluralidade no currículo;

- A implementação de metodologia no processo ensinar-aprender que estimule o aluno a


refletir sobre a realidade social e aprenda a aprender;

- A definição de estratégias pedagógicas que articulem o saber; o saber fazer e o saber


conviver, visando desenvolver o aprender a aprender, o aprender a ser, o aprender a
fazer, o aprender a viver juntos e o aprender a conhecer que constituem atributos
indispensáveis à formação do Enfermeiro;

- O estímulo às dinâmicas de trabalho em grupos, por favorecerem a discussão coletiva


e as relações interpessoais;

- A valorização das dimensões éticas e humanísticas, desenvolvendo no aluno e no


enfermeiro atitudes e valores orientados para a cidadania e para a solidariedade;
- A contribuição para a compreensão, interpretação, preservação, reforço, fomento e
difusão das culturas nacionais e regionais, internacionais e históricas, em um contexto
de pluralismo e diversidade cultural;

- A compreensão do ser humano numa visão holística.


13

6. PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO

Em acordo com a Resolução CNE/CES nº 3, de 7 de novembro de 2001, que


institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem, o
profissional de enfermagem, egresso do Curso de Graduação em Enfermagem da
Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia, terá uma formação
generalista, humanista, crítica e reflexiva, qualificado para o exercício de Enfermagem,
com base no rigor científico e intelectual e pautado em princípios éticos. Ele deverá ser
capaz de conhecer e intervir sobre os problemas/situações de saúde-doença mais
prevalentes no perfil epidemiológico nacional, com ênfase na sua região de atuação,
identificando as dimensões biopsicossociais dos seus determinantes, e de atuar com
senso de responsabilidade social e compromisso com a cidadania, como promotor da
saúde integral do ser humano, utilizando os recursos disponíveis, com compromisso
com a preservação ambiental.

6.1 Competências Gerais do profissional


- Atenção à saúde: os enfermeiros, dentro de seu âmbito profissional, devem estar
aptos a desenvolver ações de prevenção, promoção, proteção e reabilitação da saúde,
tanto em nível individual quanto coletivo. Cada profissional deve assegurar que sua
prática seja realizada de forma integrada e contínua com as demais instâncias do sistema
de saúde, sendo capaz de pensar criticamente, de analisar os problemas da sociedade e
de procurar soluções para os mesmos. Os profissionais devem realizar seus serviços
dentro dos mais altos padrões de qualidade e dos princípios da ética e da bioética, tendo
em conta que a responsabilidade da atenção à saúde não se encerra com o ato técnico,
mas sim, com a resolução do problema de saúde, tanto em nível individual como
coletivo.

- Tomada de decisões: o trabalho dos enfermeiros deve estar fundamentado na


capacidade de tomar decisões visando o uso apropriado, eficácia e custo-efetividade, da
força de trabalho, de medicamentos, de equipamentos, de procedimentos e de práticas.
Para este fim, os mesmos devem possuir competências e habilidades para avaliar,
sistematizar e decidir as condutas mais adequadas, baseadas em evidências científicas.
14

- Comunicação: os enfermeiros devem ser acessíveis e devem manter a


confidencialidade das informações a eles confiadas, na interação com outros
profissionais de saúde e o público em geral. Os profissionais devem estar
conscientizados de que a comunicação envolve comunicação verbal, não-verbal e
habilidades de escrita e leitura; o domínio de, pelo menos, uma língua estrangeira e de
tecnologias de comunicação e informação.

- Liderança: no trabalho em equipe multiprofissional, os enfermeiros deverão estar


aptos a assumir posições de liderança, sempre tendo em vista o bem estar da
comunidade. A liderança envolve compromisso, responsabilidade, empatia, habilidade
para tomada de decisões, comunicação e gerenciamento de forma efetiva e eficaz.

- Administração e gerenciamento: os profissionais devem estar aptos a tomar


iniciativa, fazer o gerenciamento e administração tanto da força de trabalho, dos
recursos físicos e materiais e de informação, da mesma forma que devem estar aptos a
ser gestores, empregadores ou lideranças na equipe de saúde.

- Educação permanente: os profissionais devem ser capazes de aprender


continuamente, tanto na sua formação, quanto na sua prática. Desta forma, os
profissionais de saúde devem aprender a aprender e ter responsabilidade e compromisso
com a sua educação e o treinamento/estágios das futuras gerações de profissionais,
proporcionando condições para que haja benefício mútuo entre os futuros profissionais
e os profissionais dos serviços.

6.2 Competências e Habilidades Específicas


O Enfermeiro deve possuir, também, competências técnico-científicas, ético-
políticas e socioeducativas contextualizadas que permitam:
- Atuar profissionalmente, compreendendo a natureza humana em suas dimensões, em
suas expressões e fases evolutivas;

- Incorporar a ciência/arte do cuidar como instrumento de interpretação profissional;

- Estabelecer novas relações com o contexto social, reconhecendo a estrutura e as


formas de organização social, suas transformações e expressões;

- Desenvolver formação técnico-científica que confira qualidade ao exercício


profissional;
15

- Compreender a política de saúde no contexto das políticas sociais, reconhecendo os


perfis epidemiológicos das populações;

- Reconhecer a saúde como direito e condições dignas de vida e atuar de forma a


garantir a integralidade da assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo
das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada
caso em todos os níveis de complexidade do sistema;

- Atuar nos programas de assistência integral à saúde da criança, do adolescente, da


mulher, do adulto e do idoso;

- Ser capaz de diagnosticar e solucionar problemas de saúde, de comunicar-se, de tomar


decisões, de intervir no processo de trabalho, de trabalhar em equipe e de enfrentar
situações em constante mudança;

- Reconhecer as relações de trabalho e sua influência na saúde;

- Atuar como sujeito no processo de formação de recursos humanos para atenção a


saúde, para a educação básica e educação profissional em enfermagem.

- Responder às especificidades regionais de saúde por meio de intervenções planejadas


estrategicamente, em níveis de promoção, prevenção e reabilitação à saúde, dando
atenção integral à saúde dos indivíduos, das famílias e das comunidades;

- Considerar a relação custo-benefício nas decisões dos procedimentos na saúde;


- Reconhecer-se como coordenador do trabalho da equipe de enfermagem;

- Assumir o compromisso ético, humanístico e social com o trabalho multiprofissional


em saúde.

- Promover estilos de vida saudáveis, conciliando as necessidades tanto dos seus


clientes/pacientes quanto às de sua comunidade, atuando como agente de transformação
social;

- Usar adequadamente novas tecnologias de informação e comunicação para o cuidar de


enfermagem;

- Atuar nos diferentes cenários da prática profissional, considerando a assistência


integral ao indivíduo, família e a comunidade;
16

- Identificar as necessidades individuais e coletivas de saúde da população, seus


condicionantes e determinantes;

- Intervir no processo de saúde-doença, responsabilizando-se pela qualidade da


assistência/cuidado de enfermagem em seus diferentes níveis de atenção à saúde, com
ações de promoção, prevenção, proteção e reabilitação à saúde, na perspectiva da
integralidade da assistência;

- Coordenar o processo de cuidar em enfermagem considerando contextos e demandas


de saúde;

- Prestar cuidados de enfermagem compatíveis com as diferentes necessidades


apresentadas pelo indivíduo, pela família e pelos diferentes grupos da comunidade;

- Compatibilizar as características profissionais dos agentes da equipe de enfermagem


às diferentes demandas dos usuários;

- Integrar as ações de enfermagem às ações multiprofissionais;

- Gerenciar o processo de trabalho em enfermagem com princípios de ética e de


bioética, com resolutividade tanto em nível individual como coletivo em todos os
âmbitos de atuação profissional;

- Planejar, implementar e participar dos programas de formação e qualificação contínua


dos trabalhadores de enfermagem e de saúde;

- Planejar e implementar programas de educação e promoção à saúde, considerando a


especificidade dos diferentes grupos sociais e dos distintos processos de vida, saúde,
trabalho e adoecimento;

- Desenvolver, participar e aplicar pesquisas e/ou outras formas de produção de


conhecimento que objetivem a qualificação da prática profissional;

- Respeitar os princípios éticos, legais e humanísticos da profissão;

- Interferir na dinâmica de trabalho institucional, reconhecendo-se como agente desse


processo;

- Utilizar os instrumentos que garantam a qualidade do cuidado de enfermagem e da


assistência à saúde;
17

- Participar da composição das estruturas consultivas e deliberativas do sistema de


saúde;

- Assessorar órgãos, empresas e instituições em projetos de saúde;

- Cuidar da própria saúde física e mental e buscar seu bem-estar como cidadão e como
enfermeiro;
- Reconhecer o papel social do enfermeiro para atuar em atividades de política e
planejamento em saúde.
A formação do Enfermeiro deverá atender as necessidades sociais da saúde, com
ênfase no Sistema Único de Saúde (SUS), e assegurar a integralidade da atenção e a
qualidade e humanização do atendimento.

7. OBJETIVOS DO CURSO

7.1 Geral
Formar enfermeiros com perfil generalista, visão humanista, reflexiva e crítica,
qualificado para o exercício da enfermagem, com base no rigor científico e intelectual,
pautado em princípios éticos, capazes de atuar nas Redes de Atenção à Saúde (RAS),
respeitando a complexidade e a diversidade do ser humano, e a integralidade do
cuidado.

7.2 Específicos
O Curso de Graduação em Enfermagem, deverá ainda capacitar o aluno para:
– atuar profissionalmente, compreendendo a natureza humana em suas dimensões, em
suas expressões e fases evolutivas;
– incorporar a ciência/arte do cuidar como instrumento de interpretação profissional;
– estabelecer novas relações com o contexto social, reconhecendo a estrutura e as
formas de organização social, suas transformações e expressões;
– desenvolver formação técnico-científica que confira qualidade ao exercício
profissional;
– compreender a política de saúde no contexto das políticas sociais, reconhecendo os
perfis epidemiológicos das populações;
18

– reconhecer a saúde como direito e condições dignas de vida e atuar de forma a


garantir a integralidade da assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo
das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada
caso em todos os níveis de complexidade do sistema;
– atuar nos programas de assistência integral à saúde da criança, do adolescente, da
mulher, do adulto e do idoso;
– ser capaz de diagnosticar e solucionar problemas de saúde, de comunicar-se, de tomar
decisões, de intervir no processo de trabalho, de trabalhar em equipe e de enfrentar
situações em constante mudança;
- reconhecer as relações de trabalho e sua influência na saúde;
– atuar como sujeito no processo de formação de recursos humanos;
– responder às especificidades regionais de saúde através de intervenções planejadas
estrategicamente, em níveis de promoção, prevenção e reabilitação à saúde, dando
atenção integral à saúde dos indivíduos, das famílias e das comunidades;
– reconhecer-se como coordenador do trabalho da equipe de enfermagem;
– assumir o compromisso ético, humanístico e social com o trabalho multiprofissional
em saúde.
– promover estilos de vida saudáveis, conciliando as necessidades tanto dos seus
clientes/pacientes quanto às de sua comunidade, atuando como agente de transformação
social;
– usar adequadamente novas tecnologias, tanto de informação e comunicação, quanto de
ponta para o cuidar de enfermagem;
– atuar nos diferentes cenários da prática profissional, considerando os pressupostos dos
modelos clínico e epidemiológico;
– identificar as necessidades individuais e coletivas de saúde da população, seus
condicionantes e determinantes;
– intervir no processo de saúde-doença, responsabilizando-se pela qualidade da
assistência/cuidado de enfermagem em seus diferentes níveis de atenção à saúde, com
ações de promoção, prevenção, proteção e reabilitação à saúde, na perspectiva da
integralidade da assistência;
– coordenar o processo de cuidar em enfermagem, considerando contextos e demandas
de saúde;
19

– prestar cuidados de enfermagem compatíveis com as diferentes necessidades


apresentadas pelo indivíduo, pela família e pelos diferentes grupos da comunidade;
– compatibilizar as características profissionais dos agentes da equipe de enfermagem às
diferentes demandas dos usuários;
– integrar as ações de enfermagem às ações multiprofissionais;
– gerenciar o processo de trabalho em enfermagem com princípios de Ética e de
Bioética, com resolutividade tanto em nível individual como coletivo em todos os
âmbitos de atuação profissional;
– planejar, implementar e participar dos programas de formação e qualificação contínua
dos trabalhadores de enfermagem e de saúde;
– planejar e implementar programas de educação e promoção à saúde, considerando a
especificidade dos diferentes grupos sociais e dos distintos processos de vida, saúde,
trabalho e adoecimento;
– desenvolver, participar e aplicar pesquisas e/ou outras formas de produção de
conhecimento que objetivem a qualificação da prática profissional;
– respeitar os princípios éticos, legais e humanísticos da profissão;
– interferir na dinâmica de trabalho institucional, reconhecendo-se como agente desse
processo;
– utilizar os instrumentos que garantam a qualidade do cuidado de enfermagem e da
assistência à saúde;
– participar da composição das estruturas consultivas e deliberativas do sistema de
saúde;
– assessorar órgãos, empresas e instituições em projetos de saúde;
- cuidar da própria saúde física e mental e buscar seu bem-estar como cidadão e como
enfermeiro; e
- reconhecer o papel social do enfermeiro para atuar em atividades de política e
planejamento em saúde.

8. ESTRUTURA CURRICULAR

A Estrutura Curricular do Curso de Graduação em Enfermagem da UFU foi


elaborada tendo como embasamento legal a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
20

Nacional nº. 9.394 de 1996, as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de


Graduação em Enfermagem - Resolução CNE/CES nº 3, de 7 de novembro de 2001,
Resolução CNE/CES n.º 4, de 6 de abril de 2009, Resolução 32/2017 do conselho
Universitário. Atendeu-se também as legislações específicas referentes a conteúdos
obrigatórios para cursos de Graduação, além de normas institucionais tais como
Resolução nº 15/2016, do Conselho de Graduação (CONGRAD/UFU) que dispõe sobre
a elaboração e/ou reformulação de Projetos Pedagógicos de Cursos de Graduação.
A Estrutura Curricular apresentada a seguir busca, sobretudo, alcançar a
articulação entre o ensino, pesquisa e extensão/assistência, garantindo um ensino crítico,
reflexivo e criativo, que leve a construção do perfil almejado, estimulando a realização
de experimentos ou de projetos de pesquisa, socializando o conhecimento produzido,
levando em conta a evolução epistemológica dos modelos explicativos do processo
saúde-doença, promovendo um aprendizado sequencial e reflexivo a partir de
problematização da realidade, e contemplando a interdisciplinaridade, o perfil e
competências profissionais.
Nessa perspectiva, os componentes curriculares estão distribuídos em três
núcleos, conforme consta no quadro abaixo (Quadro 01):

Quadro 01. Distribuição da estrutura curricular por núcleos de formação


Núcleos de Formação CH TOTAL Percentual
Núcleo de Formação Básica 705 14,6
Núcleo de Formação Profissional 1195 24,8
Núcleo de Formação Específica 2850 59,3
Disciplinas optativas gerais e específicas de 60 1,3
Licenciatura pertencentes a qualquer núcleo de
formação

Total 4810 horas 100

Nestes núcleos estão incluídos conteúdos de diferentes áreas do conhecimento,


como apresentado a seguir.

1. Ciências Biológicas e da Saúde – incluem-se os conteúdos (teóricos e práticos) de


base moleculares e celulares dos processos normais e alterados, da estrutura e função
21

dos tecidos, órgãos, sistemas e aparelhos, aplicados às situações decorrentes do


processo saúde-doença no desenvolvimento da prática assistencial de Enfermagem.

2. Ciências Humanas e Sociais – incluem-se os conteúdos referentes às diversas


dimensões da relação indivíduo/sociedade, contribuindo para a compreensão dos
determinantes sociais, culturais, comportamentais, psicológicos, ecológicos, éticos e
legais, nos níveis individual e coletivo, do processo saúde-doença, e Língua Brasileira
de Sinais – LIBRAS (Decreto nº. 5626 de 22 de dezembro de 2005).

3. Ciências da Enfermagem - neste tópico de estudo, incluem-se:

- Fundamentos de Enfermagem: os conteúdos técnicos, metodológicos e os meios e


instrumentos inerentes ao trabalho do Enfermeiro e da Enfermagem em nível individual
e coletivo.

- Assistência de Enfermagem: os conteúdos (teóricos e práticos) que compõem a


assistência de Enfermagem em nível individual e coletivo prestada à criança, ao
adolescente, ao adulto, à mulher e ao idoso, considerando os determinantes
socioculturais, econômicos e ecológicos do processo saúde-doença, bem como os
princípios éticos, legais e humanísticos inerentes ao cuidado de Enfermagem.

- Administração de Enfermagem: os conteúdos (teóricos e práticos) da administração


do processo de trabalho de Enfermagem e da assistência de Enfermagem.

- Ensino de Enfermagem: os conteúdos pertinentes à capacitação pedagógica do


profissional para atuar como enfermeiro.

8.1. Núcleo de Formação Básica


Os componentes curriculares que compõem o núcleo de Formação Básica têm
por objetivo propiciar conhecimentos teórico-práticos nas áreas de ciências biológicas,
na expectativa de que o profissional em formação se aproprie da base científica para sua
atuação na atenção à saúde.
Este núcleo conta com 705 horas distribuídas entre Componentes curriculares
obrigatórios, conforme consta no quadro abaixo (Quadro 02):
22

Quadro 02 – Componentes curriculares do Núcleo de Formação Básica


Componente Curricular Carga Carga Carga
horária horária horária
teórica prática total
Anatomia Humana 45 60 105
Bioquímica 45 15 60
Farmacologia 75 0 75
Fisiologia 60 30 90
Genética e Evolução 30 15 45
Histologia, Embriologia e Citologia 30 60 90
Imunologia 60 0 60
Microbiologia 60 30 90
Parasitologia 30 15 45
Patologia 30 15 45
Total 465 240 705
horas horas horas

8.2. Núcleo de Formação Profissional


Os componentes curriculares do núcleo de Formação Profissional estão
relacionados à área de Ciências da Enfermagem, que contemplam conteúdos técnicos e
metodológicos inerentes ao trabalho do Enfermeiro e da Enfermagem.
Neste núcleo, tem-se o componente curricular obrigatório estágio
supervisionado. Conforme as diretrizes curriculares, nos dois últimos semestres do
Curso de Graduação em Enfermagem, a partir da integralização de conteúdos teóricos e
práticos desenvolvidos ao longo de sua formação, os estudantes devem realizar o
estágio supervisionado em serviços de saúde de diferentes níveis de atenção à saúde.
Atividades Acadêmicas Complementares também compõe o Núcleo de Formação
Profissional do Curso de Graduação em Enfermagem/UFU. Considera-se que estas
constituem em estratégia pedagógico-didática que permite a articulação entre teoria e
prática e a complementação dos saberes e habilidades necessárias para o exercício da
profissão.
23

Este núcleo conta com 1.195 horas distribuídas entre Componentes curriculares
obrigatórios e Atividades Acadêmicas Complementares (Quadro 03):

Quadro 03 – Componentes curriculares do Núcleo de Formação Profissional


Componente Curricular Carga Carga Carga
horária horária horária
teórica prática total
Atividade Acadêmica Complementar - - 200
Estágio Curricular Supervisionado I 0 480 480
Estágio Curricular Supervisionado II 0 485 485
Trabalho de Conclusão de Curso 30 0 30
Total 30 965 1195
horas horas

8.2.1 Atividades Acadêmicas Complementares


As Atividades Complementares constituem um conjunto de estratégias
pedagógico-didáticas que permitem, no âmbito do currículo, a articulação entre teoria e
prática e a complementação dos saberes e habilidades necessárias, a serem
desenvolvidas durante o período de formação do estudante.
A carga horária curricular de Atividades Complementares deverá ser, no
mínimo, 200 horas para efeito de integralização curricular. O colegiado do curso
definirá normas internas, para as Atividades Acadêmicas Complementares, respeitando
a legislação vigente. O quadro abaixo descrimina as atividades complementares:

Horas
Categoria Cód. Atividade limite Comprovação
ATCO Organização de eventos 20 Certificado ou
Eventos 0337 declaração
Acadêmicos da ATCO Participação com Apresentação 30 Comprovante
UFU 0013 de
apresentação
ATCO Participação como Ouvinte 10 Certificado ou
0336 declaração
ATCO Organização de eventos 40 Certificado ou
Eventos 0375 declaração
Acadêmicos ATCO Participação com Apresentação 30 Comprovante
Externos à UFU 0013 de
apresentação
24

ATCO Participação como Ouvinte 20 Certificado ou


0336 declaração
Visitas Técnicas ATCO Visitas em Uberlândia 5 Certificado ou
0335 declaração
ATCO Visitas fora de Uberlândia 10 Certificado ou
0335 declaração
Atividades de ATCO Monitoria 50 Declaração da
Monitoria 0114 Coordenação
Curso de língua ATCO Língua estrangeira 20 Certificado ou
estrangeira 0199 declaração
ATCO PIBIC, PIVIC, PIAIC, PBG 50 Certificado ou
Programa de 0663 declaração
Iniciação ATCO PIBID 50 Certificado ou
0478 declaração
ATCO Curso presencial 30 Certificado ou
Curso em áreas 1126 declaração
afins
ATCO Curso à distância 20 Certificado ou
0083 declaração
ATCO Participação em atividades 50 Certificado ou
0686 Voluntárias, com carga horária declaração
mínima de 50 horas (Amigos
da Escola, Projeto Rondon,
ATCO etc.)
Participação em projetos 50 Certificado
Projeto de 0660 aprovados pela PROEX
Extensão ATCO Participação em programas 50
0856 conveniados pela UFU de Certificado ou
intercâmbio institucional declaração
nacional e/ou internacional
Programa de ATCO
Educação 0897 Participação 50 Certificado
Tutorial (PET)
ATCO Publicação de trabalhos 40 Cópia de
0897 científicos em periódicos publicação
científicos
Publicações ATCO Publicação de trabalhos em 30 Cópia de
0944 anais publicação
ATCO Publicação de trabalhos 30 Cópia de
0855 científicos em periódicos não publicação
científicos
Atividades de ATCO
estágio não 0256 Estágio 50 Certificado ou
obrigatório declaração
25

8.2.2 Estágio Curricular Supervisionado


As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em
Enfermagem, Resolução CNE/CES nº 3, de 7 de novembro de 2001, institui o estágio
curricular como obrigatório com carga horária mínima de 20% da carga horária total do
curso, devendo ser realizado em hospitais gerais e especializados, ambulatórios, rede
básica do serviço de saúde e comunidade, nos dois últimos semestres e com efetiva
participação dos enfermeiros do serviço de saúde onde ele se desenvolve. Desta forma,
o estágio curricular deve ser compreendido como etapa final da formação acadêmica
onde as competências e habilidades requeridas para atuação profissional já estarão
praticamente constituídas, sendo ele o campo para o exercício e simulação de situações
reais de trabalho.
O Estágio Curricular Supervisionado do Curso de Graduação em Enfermagem
da FAMED/UFU é um Componente Curricular do Núcleo de Formação Profissional
que integra a Estrutura Curricular do Curso.
O seu objetivo é possibilitar ao aluno a oportunidade de vivenciar e desenvolver
habilidades inerentes ao desempenho da profissão do enfermeiro, por meio de sua
atuação no campo de estágio, interagindo com o enfermeiro dos Serviços de Saúde.
Especificamente o estágio deverá possibilitar ao aluno:
- realizar o cuidado de enfermagem ao indivíduo em todas as fases do ciclo vital e em
ações de: promoção, prevenção, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde;
- acompanhar o enfermeiro das unidades na supervisão, coordenação e gerenciamento
do setor e da equipe de Enfermagem, nos diversos setores do Hospital de Clínicas e nos
Serviços da Rede Municipal de Saúde – Prefeitura Municipal de Uberlândia;

- reconhecer as relações de trabalho com a equipe multiprofissional em saúde;

- aprimorar as habilidades técnico-científicas necessárias ao exercício profissional;

- refletir sobre os aspectos éticos e profissionais inerentes ao exercício profissional.


O Estágio Curricular Supervisionado terá uma carga horária total de 965 horas e
deverá ser realizado nos dois últimos semestres letivos. Assim, o Estágio Curricular
Supervisionado I, com carga horária de 480 horas, deve ser cursado no 9º Período. O
Estágio Curricular Supervisionado II, com carga horária de 485 horas, deverá ser
cursado no 10º Período.
26

A realização do Estágio Curricular Supervisionado do Curso de Graduação em


Enfermagem será desenvolvida em conformidade à legislação vigente (Lei Nº 11.788,
de 25 de setembro de 2008 e Orientação Normativa Nº 2, de 24 de junho de 2016), ao
Estatuto e ao Regimento Geral desta Universidade, às Normas Gerais da Graduação da
UFU (Resolução 15/2011, do Conselho de Graduação), às Normas Gerais de Estágio da
Graduação da UFU (Resolução Nº 24/2012, do Conselho de Graduação) e aos critérios
estabelecidos pelo Colegiado do Curso por meio de normas complementares.
De forma geral, os estágios serão realizados no Hospital de Clínicas de
Uberlândia e nos Serviços da Rede Municipal de Saúde – Prefeitura Municipal de
Uberlândia e em outras entidades públicas, privadas ou filantrópicas, mediante
convênios e/ou parcerias. A distribuição dos acadêmicos nestes locais será determinada
conforme escala específica, elaborada pelo coordenador do estágio em consonância ao
professor orientador.
A coordenação do Estágio Curricular Supervisionado I e II será exercida por um
professor do Curso de Graduação em Enfermagem, designado pela Coordenação de
Curso e nomeado pelo Conselho da Unidade Acadêmica, São atribuições do
coordenador de estágio:
- Orientar, previamente ao início do estágio, o estudante quanto:
a) à formalização do estágio junto ao Setor de Estágio;
b) às leis e normas de estágio da UFU e do curso de graduação;
c) às obrigações da parte concedente;
d) aos seus direitos e deveres junto à parte concedente e junto à UFU; e

e) à ética profissional.

- Aprovar, previamente ao início das atividades de estágio, a realização do mesmo,


obrigatório ou não-obrigatório, por meio do deferimento do plano de atividades e
assinatura do termo de compromisso;

- Supervisionar, receber, emitir e encaminhar a documentação dos processos de estágios


ao setor de estágio da UFU;

- Convocar os estudantes, sempre que houver necessidade, a fim de esclarecer ou


solucionar problemas atinentes ao estágio;
27

- Esclarecer professores orientadores, estudantes e supervisores de estágio quanto à


necessidade de apresentação do plano de atividades e do relatório de atividades de
estágio;

- Organizar e manter atualizado, permanentemente, o cadastro das atividades de estágios


referente ao seu curso;

- Avaliar o relatório final de estágio e o parecer final do orientador, estabelecendo sua


aprovação ou reprovação;

- Submeter ao coordenador de curso a avaliação final de cada estágio;

- Manter comunicação com o setor de estágio e com o coordenador de curso para


encaminhamento dos procedimentos relativos ao estágio;

- Encaminhar uma via do relatório de atividades de estágio para o setor de estágio, após
a assinatura do professor orientador e do supervisor de estágio; e

- Apresentar um relatório anual de suas atividades como coordenador de estágio ao


colegiado de curso.
O acompanhamento do estágio será realizado por professor do Curso do
Graduação em Enfermagem - professor orientador, com as seguintes atribuições:
- Orientar o estudante, juntamente com o supervisor da parte concedente, na elaboração
do plano de atividades e acompanhar sua execução;

- Aprovar previamente a realização do estágio por meio do deferimento do plano de


atividades;

- Manter contatos com o supervisor de estágio da parte concedente e com o coordenador


de estágios do curso para acompanhamento das atividades desenvolvidas pelo
estagiário;
- Acompanhar, receber e avaliar os relatórios de atividades de estágio, apresentando
sugestões que contribuam para o aprimoramento do estudante e dando o direcionamento
que as normas complementares de estágio do curso definirem; e

- Elaborar e encaminhar aço coordenador de estágio um parecer sobre o relatório final


de estágio, indicando sua aprovação ou reprovação.
Para realização do estágio, o estudante deverá estar regularmente matriculado,
atender à legislação vigente e às normas complementares de estágio do curso, e observar
28

os procedimentos relativos à sua formalização, especialmente as assinaturas do plano de


atividade e do termo de compromisso. São obrigações dos estudantes:
- Escolher o local do estágio;

- Participar das atividades de orientação do estágio;

- Observar sempre os regulamentos da parte concedente;

- Redigir, juntamente com o supervisor de estágio, seu plano de atividades;

- Após deferimento do plano de atividades, entregar uma das vias ao coordenador de


estágios do curso, outra ao setor de estágio e outra à parte concedente, fazendo o mesmo
com o termo de compromisso assinado por todas as partes e guardando uma cópia para
si;

- Desenvolver o trabalho previsto no plano de atividades, conforme o cronograma


estabelecido;

- Enviar, em tempo hábil, os documentos solicitados pela parte concedente;

- Zelar pelo nome da parte concedente e da UFU;

- Manter um clima harmonioso com a equipe de trabalho no âmbito da parte concedente


e da UFU;

- Quando necessário ou quando solicitado, dirigir-se ao seu professor orientador de


estágio, mantendo sempre uma conduta condizente com sua formação profissional;

- Elaborar, em prazo não superior ao período letivo, os relatórios de atividades de


estágio;

- Entregar ao coordenador de estágios do curso um relatório final de atividades de


estágio, apresentando sugestões que contribuam para o aprimoramento das atividades
formativas e atendendo, ainda, às normas complementares do curso.
Para cada estagiário haverá um enfermeiro indicado pela parte concedente de
estágio que irá supervisionar o estudante, sendo que esse funcionário não poderá
supervisionar mais do que dez estagiários simultaneamente. Constituem atribuições do
supervisor do estágio na parte concedente:

- Auxiliar o estudante na elaboração do plano de atividades e acompanhar sua execução;


29

- Manter contato com o coordenador de estágio do curso e com o professor orientador


de estágio;

- Oferecer ao estudante a oportunidade de vivenciar situações de aprendizagem que


permitam uma visão real da profissão;

- Avaliar o desempenho do estagiário durante execução das atividades, apresentando


relatório avaliativo à UFU, quando solicitado; e

- Observar a legislação e os regulamentos da UFU relativos a estágios.


Devido as suas especificidades e relevância para a formação do aluno é
obrigatória a frequência integral no Estágio Curricular Supervisionado I e II. Em caso
de faltas justificadas até 25% da carga horária total, o aluno deverá repor as horas, a
critério da Coordenação, dos professores orientadores e enfermeiros supervisores do
estágio, durante o semestre letivo.
O processo de avaliação será realizado com participação dos professores
orientadores e/ou enfermeiros supervisores do estágio e dos alunos. Para ser aprovado, o
aluno deverá obter a nota mínima exigida, previstos nas normas acadêmicas. Esta
avaliação se dará de acordo com os critérios descritos em ficha de avaliação formulada
pelos professores do Curso que estão envolvidos nas atividades de estágio e/ou práticas.

O colegiado do curso definirá normas internas, para o Estágio Supervisionado


Curricular I e II, respeitando a legislação vigente.

8.2.2.1 Estágio Supervisionado de Práticas Educativas

Conforme o art. 1º da Lei 11.788/2008, “Estágio é o ato educativo escolar


supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o
trabalho produtivo de educandos”. A Resolução nº 2/2015 do CNE reafirma o Estágio
Supervisionado como componente curricular obrigatório nos cursos de licenciatura,
com carga horária de 400 (quatrocentas) horas a ser realizado na área de formação e
atuação na educação básica, contemplando também outras áreas específicas, se for o
caso, conforme o projeto de curso da instituição.

Nesse sentido, especialmente quanto ao Curso de Graduação em Enfermagem,


os componentes de Estágio Supervisionado de Práticas Educativas I (ESPE I) e Estágio
30

Supervisionado de Práticas Educativas II poderão ser desenvolvidos em escolas de


educação básica do primeiro ao nono ano escolar, incluindo educação tecnológica em
nível médio da área de saúde, e outros espaços de educação formais e informais. O
componente de Estágio Supervisionado de Práticas Educativas III (ESPE III) deverá ser
desenvolvido integralmente junto a escolas de curso de técnicos em enfermagem.

Os componentes de Estágio Supervisionado de Práticas Educativas I (ESPE I) e


Estágio Supervisionado de Práticas Educativas II, (ESPE II) e Estágio Supervisionado
de Práticas Educativas III (ESPE III) deverá ser desenvolvido preferencialmente em
escolas públicas; porém serão admitidas parcerias com instituições privadas, quando for
o caso.

Nesse sentido, demanda de professores orientadores e supervisores, em parceria


com os estudantes, um processo pedagógico dinâmico e dialógico, com reflexões
coletivas acerca das experiências vividas no cotidiano da escola durante a realização do
estágio. Nelas, diferentes dimensões de conhecimentos se integram, promovendo a
construção da identidade profissional do estudante. O saber fazer de cada campo, o
pensamento reflexivo sobre as escolhas teórico-metodológicas e os enfrentamentos das
contingências que se fazem no aqui-e-agora da experiência no estágio são, pelo menos,
três dimensões dessa complexidade, que não são separáveis do componente curricular
no que diz respeito a horas práticas e horas teóricas.(RESULUÇÃO 32/2017 CONSUN
– UFU)

Nos contextos escolares, o estágio supervisionado inicia-se a partir do primeiro


contato entre os estudantes e os professores orientadores dos cursos de licenciatura com
o professor supervisor da escola de educação básica ou de outro campo de estágio,
quando for o caso.(RESOLUÇÃO 32/2017 CONSUN – UFU).

Os encontros semanais em sala de aula na universidade e/ou nos próprios


espaços dos estágios fazem parte do contato entre professores e estudantes em escolas e
outros espaços educativos que possam constituir campo para o estágio, conforme
especificidades da atuação profissional na área e do projeto pedagógico do curso. Eles
têm como pauta situações cotidianas vivenciadas, articulando-se em muitos casos à
pesquisa bibliográfica e à reflexão sobre os registros orais e escritos, partes constitutivas
da prática docente. .(RESOLUÇÃO 32/2017 CONSUN – UFU).
31

O colegiado do curso definirá normas internas, para o Estágio Supervisionado de


Práticas Educativas, respeitando a legislação vigente.

8.2.3 Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)


As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em
Enfermagem (Resolução CNE nº 3 de 07 de novembro de 2001) em seu artigo 12,
determina que para a conclusão do Curso o aluno deverá realizar um trabalho sob
orientação docente.
O Trabalho de Conclusão de Curso - TCC é uma atividade de integração
curricular obrigatória do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal
de Uberlândia e consiste de trabalho final de nível superior, relacionado à profundidade
de estudo e investigação do tema, sua comparação com a literatura vigente, a emissão de
conclusões e apontamentos que direcionam a novas descobertas e caminhos para o viés
da continuidade de tais estudos por terceiros ou novas gerações.
O desenvolvimento do TCC do Curso de Enfermagem/UFU deverá atender,
além de normas técnicas e institucionais para elaboração de trabalhos acadêmicos, as
normas complementares apresentadas pela Comissão de Organização dos Trabalhos do
Curso de Graduação em Enfermagem (CO-TCC), aprovadas pelo Colegiado do Curso e
disponibilizadas por meio eletrônico.
De modo geral, o TCC deve ser desenvolvido individualmente, podendo ter
início a partir do primeiro período acadêmico, mas preferencialmente a partir do sexto
período respeitando o preparo do discente e o prazo máximo para conclusão do curso.
Ressalta que o projeto de pesquisa será desenvolvido durante a disciplina de
Metodologia Científica Aplicada à Enfermagem, com acompanhamento do professor
orientador.
A orientação do TCC em nosso Curso, entendida como processo de
acompanhamento didático pedagógico, será de responsabilidade de docentes da UFU,
preferencialmente docentes do Curso de Graduação em Enfermagem, que tenham no
mínimo o título de mestre. A figura do co-orientador poderá ser aceita, podendo ele
pertencer a outros Cursos, Serviços de Saúde e Instituições de Ensino, públicas ou
privadas.
32

A estrutura e apresentação do respectivo TCC devem estar em consonância com


as normas da ABNT de produção científica, que primam por uma padronização com
relação à redação empregada e à disposição textual no papel, incluindo componentes
pré-textuais, textuais e pós-textuais opcionais e obrigatórios, além de outros quesitos
referentes à elaboração e redação de um trabalho acadêmico.
Para fins avaliativos, os TCCs deverão ser apresentados sob as formas escrita e
oral que serão avaliadas por uma banca examinadora, composta pelo professor
orientador ou co-orientador e por outros dois professores pertencentes ao quadro de
docentes da UFU, indicados pelos pesquisadores ou pela CO-TCC.
A avaliação será expressa por uma nota, de 0 a 100 (zero a cem), atribuída ao
trabalho escrito (85,0 pontos totais) e à apresentação oral (15,0 pontos) do TCC, sendo
considerado aprovado o aluno que obtiver nota igual ou superior a 60 (sessenta),
satisfeitas as exigências contidas no respectivo regulamento da CO-TCC do Curso de
Graduação em Enfermagem. Uma vez que o Curso de Graduação em Enfermagem
apresenta um currículo articulado entre os graus bacharelado e licenciatura, o aluno
deverá apresentar apenas um TCC, que será considerado para ambos os graus.

O colegiado do curso definirá normas internas, para o Trabalho de Conclusão de


Curso, respeitando a legislação vigente.

8.3. Núcleo de Formação Especifica


Este Núcleo é constituído por componentes curriculares obrigatórios que tratam
de conteúdos pertinentes à área de Ciências da Enfermagem. Sua carga horaria total de
2.880 horas está dividida entre componentes relacionados aos tópicos de assistência de
enfermagem em nível individual e coletivo ao longo do ciclo vital; de administração do
processo de trabalho de Enfermagem e da assistência de Enfermagem; e de Ensino de
Enfermagem (Quadro 04).
Além dos componentes obrigatórios, tem-se também os componentes optativos
como parte deste Núcleo de Formação Específica do Curso de Enfermagem/UFU. As
“disciplinas optativas” são componentes curriculares de livre escolha do discente dentro
de um conjunto de componentes curriculares definidos mais adiante neste Projeto
Pedagógico, considerados complementares à formação geral ou profissional do discente
(Resolução nº 15/2011, do CONGRAD/UFU) (Quadro 06).
33

Quadro 04 – Componentes curriculares do Núcleo de formação específica


Componente Curricular Carga Carga Carga
horária horária horária
teórica prática total
Assistência de Enfermagem em Urgência e 30 30 60
Emergência
Assistência Integral à Saúde da Criança e do 60 15 75
Adolescente I
Assistência Integral à Saúde da Criança e do 60 15 75
Adolescente II
Assistência Integral à Saúde da Mulher I 60 15 75
Assistência Integral à Saúde da Mulher II 60 15 75
Bases Teóricas de Enfermagem Cirúrgica 30 15 45
Bioestatística 45 0 45
Didática Geral 60 0 60
Dinâmica das Relações Interpessoais 15 15 30
Enfermagem em Saúde Mental 60 75 135
Enfermagem, Sociedade e Universidade 30 0 30
Estágio Supervisionado de Práticas Educativas I 0 165 165
Estágio Supervisionado de Práticas Educativas II 0 120 120
Estágio Supervisionado de Práticas Educativas III 0 120 120
Ética e Bioética Profissional 45 0 45
Fundamentos de Enfermagem 30 135 165
Gestão dos Serviços de Enfermagem I 105 0 105
Gestão dos Serviços de Enfermagem II 45 0 45
História da Educação 60 0 60
Instrumentos Básicos de Enfermagem 15 15 30
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 30 30 60
Metodologia Científica Aplicada à Enfermagem 30 0 30
Metodologia do Ensino de Enfermagem 60 0 60
34

Nutrição e Dietoterapia 30 0 30
Organização dos Estudos Acadêmicos 15 15 30
Política e Gestão da Educação 60 0 60
PROINTER I 15 30 45
PROINTER II 15 30 45
PROINTER III 15 30 45
PROINTER IV 15 30 45
Psicologia Aplicada à Saúde 30 0 30
Psicologia da Educação 60 0 60
Redação de Artigo Científico 0 15 15
Saúde Coletiva I 30 0 30
Saúde Coletiva II 30 0 30
Saúde Coletiva III 60 0 60
Saúde Coletiva IV 30 30 60
Saúde da Família 30 0 30
Saúde do Adulto 30 30 60
Saúde do Idoso 30 30 60
Saúde do Trabalhador 15 30 45
Seminário Institucional das Licenciaturas 15 30 45
(SEILIC)
Sistematização da Assistência de Enfermagem 45 45 90
Sistematização da Assistência de Enfermagem 30 45 75
Cirúrgica
Sistematização da Assistência de Enfermagem 30 30 60
Médica I
Sistematização da Assistência de Enfermagem 30 30 60
Médica II
Sociologia 30 0 30
Total 1620 1230 2850
horas
horas Horas
35

8.3.1Projetos interdisciplinares (PROINTER) e Seminário Institucional das


Licenciaturas (SEILIC)

Em cumprimento a resolução SEI Nº 32/2017, DO CONSELHO


UNIVERSITÁRIO (CONSUN), e em conformidade com a Resolução CNE/CP nº
2/2015, os Projetos Interdisciplinares (PROINTER) são componentes curriculares que
objetivam articular a teoria e a prática durante toda a formação do estudante e
aprofundar temáticas que objetivem a formação de professores nas diversas áreas
contidas no projeto politico pedagógico do curso (PPC). Os PROINTER buscam
desenvolver o espírito investigativo, por meio de pesquisas que problematizem o
contexto educacional em que os projetos serão desenvolvidos e, a partir disso, construir
alternativas para solucionar os problemas detectados, numa perspectiva colaborativa
com os espaços escolares e não escolares. Nessa perspectiva metodológica, os
PROINTER pautam-se, ao mesmo tempo, no princípio da pesquisa e da extensão, como
uma atitude cotidiana, que possibilita uma leitura crítica da realidade, a reconstrução de
processos de ensino-aprendizagem e questionamentos constantes da realidade em que
alunos e professores se encontram inseridos, tendo em vista sua transformação, por
meio do trabalho coletivo entre enfermeiros licenciandos, professores formadores e
professores de diferentes contextos educacionais, através da troca constante de saberes.
Dessa forma, precisam articular conhecimentos de diferentes áreas e disciplinas
necessários à formação docente na licenciatura integrando ensino, pesquisa e extensão.
O ensino é facilitado pelo trabalho do docente. Para contemplar a iniciação à pesquisa
na formação docente, os projetos precisam demandar investigação que, partindo da
identificação e delimitação de problemas ou necessidades da prática pedagógica e da
realidade em que se insere o trabalho docente na área da licenciatura, coloque questões
para as quais busca respostas, ainda que provisórias ou parciais, de forma planejada,
sistemática, rigorosa, com abordagem metodológica e procedimentos adequados de
acordo com os conhecimentos existentes, contribuindo para a superação dos problemas
ou necessidades que motivam e movem a pesquisa. Para assegurar o caráter de extensão
universitária os projetos devem articular as questões relativas à pesquisa e ao ensino
com necessidades, problemas e interesses dos discentes de enfermagem na licenciatura.
36

Os projetos podem variar quanto aos tipos, sendo de pesquisa, de ensino, de


desenvolvimento (ou de produto) e de intervenção.

Os PROINTER terão carga horária total de 180 horas (45 horas cada), e serão
cumpridos nos diferentes espaços escolares e não escolares como: escolas, unidades de
saúde, creches, hospitais, empresas, ambulatórios, Instituições de Longa Permanência
para Idosos (ILPI), entre outros, em articulação com os seguintes Componentes
curriculares: PROINTER I (Saúde Coletiva I); PROINTER II (Saúde Coletiva II);
PROINTER III (Saúde Coletiva III); PROINTER IV (Saúde Coletiva IV).

As atividades do PROINTER I constam de visitas à comunidade, em espaços


escolares e não escolares, onde o discente irá realizar observação e reconhecimento de
situações que promovam articulação entre a saúde e a educação. Além disto, o discente
deverá elaborar e apresentar relatórios de visitas, utilizando os recursos disponíveis na
biblioteca e em bancos de dados on-line.

No PROINTER II, serão desenvolvidas as atividades de visitas à comunidade,


em espaços escolares e não escolares, onde o discente irá conhecer os processos de
ensinar e aprender, para a formação de profissionais da saúde, à luz das peculiaridades
do presente e do futuro: reflexão sobre a dificuldade de comunicação no trabalho em
saúde, que impacta diretamente na saúde da população; discussão sobre os cuidados
necessários ao elaborar materiais educativos, formulação de instrumentos pedagógicos,
utilizando diferentes linguagens e tecnologias educacionais.

No PROINTER III o discente deverá problematizar situações vivenciadas nos


espaços escolares e não escolares, e, embasados (as) na prática baseada em evidência,
construir propostas que permitam a compreensão do processo de trabalho em saúde e
em enfermagem na atenção primária à saúde, a participação do enfermeiro na
mobilização social e no controle social, como um agente de mudança e de renovação
de estratégia no planejamento e na organização das redes de atenção do Sistema Único
de Saúde, fazendo a reflexão sobre a dificuldade de comunicação no trabalho em
saúde, que impacta diretamente na saúde da população; discussão sobre os cuidados
necessários ao elaborar materiais educativos em diferentes linguagens; tecnologias
educacionais; compreensão interdisciplinar capaz de atender as configurações, os
arranjos, as perspectivas múltiplas que a ciência tem que convocar para o
conhecimento mais aprofundado dos seus objetos de estudo.
37

No PROINTER IV, o discente deverá ser capaz de desenvolver ações


interdisciplinares, através da construção de redes explicativas de problemas que
permitam a confecção de intervenções baseadas nas evidências técnico-científicas,
elencadas dentro do projeto terapêutico singular (PTS) dos espaços escolares e não
escolares.

Os PROINTER culminarão no Seminário Institucional das Licenciaturas


(SEILIC). O SEILIC terá carga horária de 45 horas e objetivará a apresentação e
socialização dos resultados parciais ou finais dos PROINTER e primará pelo
desenvolvimento de ações construídas com a comunidade e norteadas pelos princípios
de troca de conhecimentos entre universidade e comunidade, de forma que o saber
acadêmico no e pelo contato com os saberes das comunidades se referencie, para atender
e dialogar com as demandas e necessidades sociais; e relação entre os saberes acadêmico
e comunitário numa interação dialógica em que ambos sejam protagonistas do processo.

8.3.2. Componentes Curriculares Optativos

O estudante deverá cursar no mínimo um total 60 horas de Componentes


Curriculares Optativos para integralização curricular.
O efetivo oferecimento dos componentes curriculares optativos no Curso de
Graduação em Enfermagem está condicionado ao número mínimo de 20 estudantes
matriculados. Admitir-se-á até 50 estudantes por turma, sendo as vagas destinadas
prioritariamente aos discentes do Curso de Enfermagem e, ainda havendo vagas, a
estudantes de outros cursos da UFU.
O estudante deverá cursar no mínimo 30 horas de qualquer Componente
Curricular Optativo da Licenciatura, e 30 horas no mínimo de Componentes
Curriculares Gerais.
O estudante poderá cursar os Componentes Curriculares Optativos em qualquer
período do curso.
Além dos Componentes Curriculares Optativos ofertados pelo Curso, o
estudante de Enfermagem poderá cursar como optativos, de acordo com sua escolha,
componentes optativos oferecidos em outras unidades acadêmiccas da Universidade,
desde que haja vagas por parte da ofertante e aprovação do Colegiado do Curso.
38

O Quadro 05 apresenta os componentes curriculares optativos ofertados pelo


Curso de Graduação em Enfermagem.
Quadro 05 – Componentes curriculares optativos
Componente Curricular Carga Carga Carga
horária horária horária
teórica prática total
Licenciatura
Ciências do Comportamento Aplicadas à 60 - 60
Saúde
Dinâmica das Relações Familiares 30 - 30
Evolução do Comportamento Humano 30 - 30

Humanização do Cuidar 30 - 30
Bacharelado e/ou Gerais

Cuidados Paliativos 30 - 30

Primeiros Socorros 30 - 30
Infecção Hospitalar e suas interfaces 30
30 -
Cálculo Aplicado à Administração de 30 30
Medicamentos -
Total 270 horas
270 horas

8.4. FLUXOGRAMA CURRICULAR

Apresentamos o fluxo curricular do Curso de Enfermagem por meio de


demonstração da distribuição dos componentes curriculares ao longo dos períodos do
Curso (Quadro 06), a natureza (optativas ou obrigatórias), carga horária (teórica e
prática), requisitos (pré-requisitos) e unidade acadêmica ofertante do respectivo
componente curricular.
Antes, porém, apresenta-se a distribuição de carga horária por co mponentes
curriculares no Quadro 7 a seguir:
39

QUADRO 07 - Síntese de distribuição de carga horária por componentes


curriculares

Componentes Curriculares CH Percentual


TOTAL
Disciplinas Obrigatórias 2925 60,8
Disciplinas Optativas Gerais 30 0,6
Disciplinas Optativas de Licenciatura 30 0,6
Estágio Supervisionado, grau Licenciatura 405 8,5
Estágio Supervisionado, grau Bacharelado 965 20,1
Prática como Componente Curricular (PROINTER e SELIC) 225 4,7

Trabalho de Conclusão de Curso 30 0,6


Atividades Acadêmicas Complementares 200 4,1
4810 100%
40

Representação gráfica
41

QUADRO 06 – Distribuição dos componentes curriculares ao longo dos períodos acadêmicos do Curso

Natureza Carga Horária Requisitos Unidade


Período Disciplinas (Optativa, Acadêmica
Teórica Prática Total Pré-req. Co-req. ofertante

Anatomia Humana Obrigatória 45 60 105 Livre - ICBIM


Histologia, Embriologia e
Citologia Obrigatória 30 60 90 Livre ICBIM
-
Saúde Coletiva I Obrigatória 30 - 30 Livre FAMED
-
Sociologia Obrigatória 30 - 30 Livre - INCIS
Psicologia Aplicada à
1o Saúde Obrigatória 30 - 30 Livre - IPUFU
Ética e Bioética
Profissional Obrigatória 45 - 45 Livre FAMED
-
Enfermagem,
Sociedade e Obrigatória 30 - 30 Livre FAMED
-
Universidade
Organização dos
Estudos Obrigatória 15 15 30 Livre FAMED
-
Acadêmicos
História da Educação Obrigatória 60 - 60 Livre - FACED
PROINTER I
Obrigatória 15 30 45 Livre FAMED
-
ENADE – -
Ingressante* Obrigatório - - - - -
Bioquímica
Obrigatória 45 15 60 Livre IBTEC
-
Anatomia
Humana e
Fisiologia Obrigatória 60 30 90 Histologia, - ICBIM
Embriologia e
Citologia
Histologia,
Microbiologia Obrigatória 60 30 90 Embriologia e - ICBIM
2o Citologia
Instrumentos Básicos de
Enfermagem Obrigatória 15 15 30 Livre FAMED
-
Saúde Coletiva II Obrigatória 30 - 30 Saúde Coletiva I - FAMED

Dinâmica das Relações


Interpessoais Obrigatória 15 15 30 Livre - FAMED
Bioestatística Obrigatória 45 - 45 Livre -- FAMAT
Política e Gestão
da Educação Obrigatória 60 - 60 Livre - FACED
PROINTER II
Obrigatória 15 30 45 PROINTER I FAMED
-

Genética e Evolução Obrigatória 30 15 45 Livre IBTEC


-
Patologia Obrigatória 30 15 45 Fisiologia - FAMED

Parasitologia Obrigatória 30 15 45 Livre - ICBIM


Sistematização da Instrumentos

Assistência de Obrigatória 45 45 90 Básicos de - FAMED
Enfermagem Enfermagem
Saúde Coletiva III Obrigatória 60 - 60 Saúde Coletiva II FAMED
42

Psicologia da Educação Obrigatória 60 - 60 Livre IPUFU


-
Didática Geral Obrigatória 60 - 60 Livre - FACED
PROINTER III Obrigatória 15 30 45 PROINTER II FAMED
Bioquímica e
Imunologia Obrigatória 60 - 60 Fisiologia - ICBIM
Bioquímica e
Farmacologia Obrigatória 75 - 75 Fisiologia ICBIM
-
Microbiologia e
Fundamentos de Obrigatória 30 135 165 Sistematização da FAMED
4º Enfermagem Assistência de -
Enfermagem
Saúde Coletiva IV Obrigatória 30 30 60 Saúde Coletiva III FAMED
-

Saúde da Família
Obrigatória 30 - 30 Livre - FAMED

PROINTER IV
Obrigatória 15 30 45 PROINTER III - FAMED

Nutrição e Dietoterapia Obrigatória 30 - 30 Livre FAMED


-
Bases Teóricas de Fundamentos de
Enfermagem Cirúrgica Obrigatória 30 15 45 Enfermagem - FAMED
Fundamentos de
Saúde do Trabalhador Obrigatória 15 30 45 Enfermagem FAMED
-
Fundamentos de
Saúde do Adulto Obrigatória 30 30 60 Enfermagem FAMED
-
Fundamentos de
5º Saúde do Idoso Obrigatória 30 30 60 Enfermagem FAMED
Sistematização da
Fundamentos de
Assistência de Obrigatória 30 30 60 - FAMED
Enfermagem Médica I Enfermagem
Língua Brasileira de
Sinais –LIBRAS I Obrigatória 30 30 60 Livre - FACED
Seminário
Institucional das Obrigatória 15 30 45 PROINTER I,II, III - FAMED
Licenciaturas e IV
(SEILIC)
Metodologia do Ensino
de Enfermagem Obrigatória 60 - 60 Livre FAMED
-

Assistência Integral à
Saúde da Criança e do Fundamentos de
Obrigatória 60 15 75 Enfermagem - FAMED
6º Adolescente I
Assistência Integral à Fundamentos de
Saúde da Mulher I Obrigatória 60 15 75 Enfermagem FAMED
-
Sistematização da Sistematização da
Assistência de Obrigatória 30 30 60 Assistência de FAMED
Enfermagem -
Enfermagem Médica II
Médica I
Sistematização da Bases Teóricas de
Assistência de Obrigatória 30 45 75 Enfermagem - FAMED
Enfermagem Cirúrgica Cirúrgica
Didática geral e
Estágio Supervisionado Obrigatória - 165 165 Metodologia do FACED
Ensino de -
de Práticas Educativas Enfermagem
I***
43

7º Assistência Integral à Assistência Integral


Saúde da Criança e do Obrigatória 60 15 75 à Saúde da Criança FAMED
e do -
Adolescente II Adolescente I
Assistência Integral à Assistência Integral à
Saúde da Mulher II Obrigatória 60 15 75 Saúde - FAMED
da Mulher I
Gestão dos Serviços de Fundamentos de
Enfermagem I Obrigatória 105 - 105 Enfermagem - FAMED

Estágio
Estágio Obrigatória - 120 120 Supervisionado de FACED
Supervisionado de Práticas -
Práticas Educativas II Educativas I
Organização dos
Estudos Acadêmicos,
Metodologia Científica Fundamentos de
Obrigatória 30 - 30 Enfermagem FAMED
Aplicada à Enfermagem -
8º Assistência de Bases Teóricas de
Enfermagem em Obrigatória 30 30 60 Enfermagem - FAMED
Urgência e Emergência Cirúrgica
Gestão dos Serviços de Gestão dos Serviços
Enfermagem II Obrigatória 45 - 45 de Enfermagem I FAMED
-
Estágio
Estágio Supervisionado Obrigatória - 120 120 Supervisionado de FACED
de Práticas Educativas Práticas -
III Educativas II
Psicologia Aplicada
Enfermagem em Saúde Obrigatória 60 75 135 à Saúde e FAMED
Mental Fundamentos -
de Enfermagem
Farmacologia,
Estágio Curricular Fundamentos de
Supervisionado I**** Obrigatória - 480 480 - FAMED
Enfermagem,
9º Sistematização
da Assistência
de Enfermagem
Médica II,
Sistematização
da Assistência
de Enfermagem
Cirúrgica,
Assistência
Integral à Saúde
da Mulher II,
Assistência
Integral à Saúde
da Criança e do
Adolescente II,
Assistência de
Enfermagem em
Urgência e
Emergência,
Gestão dos
Serviços de
Enfermagem II,
Enfermagem em
Saúde Mental .

Metodologia
Trabalho de Obrigatória 30 0 30 Científica FAMED
Conclusão de Aplicada à -
Curso** Enfermagem
44

Estágio Curricular Estágio Curricular


Supervisionado II Obrigatória - 485 485 Supervisionado I FAMED
-
10º Redação de Artigo
Científico Obrigatória Livre FAMED
- 15 15 -
ENADE – Concluinte* -
Obrigatória - - - - -
Atividades Acadêmicas -
Complementares****** Obrigatória - - 200 - -
Disciplinas optativas de -
Licenciatura***** Optativa - - 30 - -
Disciplinas optativas -
Gerais***** Optativa - - 30 - -

Ciências do Optativa 60 -- 60 Livre FAMED


-
OPTATIVAS DE LICENCIATURA

Comportamento
Aplicadas à Saúde
-
Dinâmica das Relações Optativa 30 - 30 Livre FAMED
Familiares
-
Evolução do Optativa 30 - 30 Livre FAMED
Comportamento
Humano
Humanização do Optativa 30 30 Livre - FAMED
Cuidar
Cuidados Paliativos Optativa 30 -- 30 Livre FAMED
-
OPTATIVAS GERAIS

Primeiros Socorros Optativa 30 -- 30 Livre FAMED


-
Infecção hospitalares e Optativa 30 -- 30 Livre FAMED
suas interfaces -
Cálculo aplicado à
Administração de Optativa 30 -- 30 Livre - FAMED
medicamentos
Observações:
*O ENADE é componente curricular obrigatório, conforme Lei n. 10.861, 14 de abril de 2004.
**O Trabalho de conclusão de Curso (TCC) é componente curricular obrigatório. Para cursar TCC é necessário ter sido aprovado em
Metodologia Científica Aplicada à Enfermagem.
*** Para cursar Estágio Supervisionado de Práticas Educativas I o discente deverá ter cursados os componentes curriculares: Didática
Geral e Metodologia do Ensino de Enfermagem.
**** Para cursar Estágio Curricular Supervisionado I o discente deverá ter cumprido os componentes curriculares: Farmacologia,
Fundamentos de Enfermagem, Sistematização da Assistência de Enfermagem Médica II, Sistematização da Assistência de Enfermagem
Cirúrgica, Assistência Integral à Saúde da Mulher II, Assistência Integral à Saúde da Criança e do Adolescente II, Assistência de
Enfermagem em Urgência e Emergência, Gestão dos Serviços de Enfermagem II, Enfermagem em Saúde Mental. Para cursar Estágio
Curricular Supervisionado II o aluno deverá ter cursado o Estágio Supervisionado I.
*****As disciplinas optativas poderão ser cursadas em qualquer momento do curso. O aluno deverá integralizar, no mínimo, 60 horas em
disciplinas optativas, sendo que será, no mínimo, 30 horas em disciplinas optativas de Licenciatura e, no mínimo, 30 horas em disciplinas
optativas Gerais. Os discentes poderão cursar como optativas gerais e de Licenciatura, quaisquer disciplinas oferecidas pela FAMED ou
por outras unidades academicas da UFU, desde que sejam areas afins a formação e sejam aprovadas pelo colegiado do curso.
****** As atividades acadêmicas complementares serão desenvolvidas ao longo do curso.

8.5. Equivalência entre componentes curriculares para aproveitamento de estudos


Durante a implantação deste novo currículo o Curso de Graduação em
Enfermagem oferecerá paralelamente os Componentes curriculares do Currículo
CURRÍCULO 5000703LBI denominado “currículo antigo”. Neste sentido, o estudante
que ingressou durante a vigência do currículo antigo permanecerá naquela proposta até
45

concluir o curso. Caso o discente faça o trancamento parcial ou total, ou ainda, seja
reprovado em algum Componente curricular que não esteja mais sendo oferecido, o
mesmo deverá cursar os Componentes curriculares equivalentes do currículo novo. Os
casos não previstos nesta regra serão analisados pelo Colegiado do Curso de Graduação
em Enfermagem.
46

Quadro 09 – Equivalência Curricular

CURRÍCULO 5000703LBI CURRÍCULO NOVO

CÓDIGO COMPONENTES CARGA HORÁRIA SALDO CÓDIGO COMPONENTES CARGA HORÁRIA


CURRICULARES CURRICULARES
Teórico Prático Total Teórico Prático Total
– – Prático
Prático
GEN001 Anatomia Humana 45 45 105 - Anatomia Humana 45 45 105
GEN002 Histologia, Embriologia, 60 90 - Histologia, Embriologia, 60 90
30 30
Citologia Citologia
GEN005 Sociologia 30 0 30 - Sociologia 30 0 30
GFP050 Psicologia Aplicada à - Psicologia Aplicada à
30- 0 30 30- 0 30
Saúde Saúde
GEN007 Ética e Antropologia 0 45 - Ética e Bioética 0 45
45 45
Filosófica Profissional
GEN010 Enfermagem, 0 30 - Enfermagem, 0 30
30 30
Sociedade e Sociedade e
Universidade Universidade
GEN009 Organização dos Estudos 0 30 - Organização dos Estudos 0 30
30 30
Acadêmicos Acadêmicos
GFP012 0 60 - 0 60
História da Educação 60 História da Educação 60
GEN011 Bioquímica 15 60 - Bioquímica 15 60
45 45
GEN012 30 90 - 30 90

Fisiologia 60 Fisiologia 60
GEN013 30 90 30 90
Microbiologia 60 Microbiologia 60
GEN015 Instrumentos Básicos de 0 30 - Instrumentos Básicos de 0 30
30 30
Enfermagem Enfermagem
GEN017 0 30 - 0 30
Saúde Coletiva II 30 Saúde Coletiva II 30
GEN018 Dinâmicas das Relações 0 30 - Dinâmicas das Relações 0 30
30 30
Interpessoais Interpessoais
GEN045 Bioestatística 45 0 45 - Bioestatística 45 0 45

GFP025 Política e Gestão 0 60 - Política e Gestão 0 60


60 60
da Educação da Educação
GEN014 15 45 - 15 45
Genética e Evolução 30 Genética e Evolução 30
GEN021 15 45 - 15 45
Patologia 30 Patologia 30
GEN022 15 45 - 15 45
Parasitologia 30 Parasitologia 30
GEN057 Sistematização da 45 45 90 - Sistematização da 45 45 90
Assistência de Assistência de
Enfermagem Enfermagem
GEN024 0 60 - 30 60
Saúde Coletiva III 60 Saúde Coletiva III 30
GFP050 0 60 - 0 60
Psicologia da Educação 60 Psicologia da Educação 60
GEN031 0 60 - 0 60
Didática Geral 60 Didática Geral 60
GEN028 0 60 - 0 60
Imunologia 60 Imunologia 60
GEN020 0 75 - 0 75
Farmacologia 75 Farmacologia 75
GEN023 90 165 - 135 165
Fundamentos de 75 Fundamentos de 15
Enfermagem Enfermagem
GEN026 Saúde da Família 0 30 - Saúde da Família 0 30
30 30
47

GEN030 0 30 - 0 30
Nutrição e Dietoterapia 30 Nutrição e Dietoterapia 30
GEN29 Bases Teóricas de 15 45 - Bases Teóricas de 15 45
30 30
Enfermagem Cirúrgica Enfermagem Cirúrgica
GEN037 30 45 - 30 45
Saúde do Trabalhador 15 Saúde do Trabalhador 15
GEN038 30 60 - 30 60
Saúde do Adulto 30 Saúde do Adulto 30
GEN044 30 60 - 30 60
Saúde do Idoso 30 Saúde do Idoso 30
GEN036 Sistematização da 30 30 60 - Sistematização da 30 30 60
Assistência de Assistência de
Enfermagem Médica I Enfermagem Médica I
GEN050 Metodologia de Ensino 0 60 - Metodologia de Ensino 0 60
60 60
de Enfermagem de Enfermagem
GEN031 Assistência Integral à 60 15 75 - Assistência Integral à 60 15 75
Saúde da Criança e do Saúde da Criança e do
Adolescente I Adolescente I
GEN032 Assistência Integral à 15 75 - Assistência Integral à 15 75
60 60
Saúde da Mulher I Saúde da Mulher I
GEN042 30 60 - 30 60
Sistematização da Sistematização da
30 30
Assistência de Assistência de
Enfermagem Médica II Enfermagem Médica II
GEN0058 Sistematização da 45 75 - Sistematização da 45 75
Assistência de 30 Assistência de 30
Enfermagem Cirúrgica Enfermagem Cirúrgica
GEN049 Estágio Supervisionado 165 165 - Estágio Supervisionado 165 165
de Práticas Educativas 0 de Práticas Educativas 0
I I
GEN039 15 75 - 15 75
Assistência Integral à Assistência Integral à
60 60
Saúde da Criança e do Saúde da Criança e do
Adolescente II Adolescente II
GEN040 15 75 - 15 75
Assistência Integral à Assistência Integral à
60 60
Saúde da Mulher II Saúde da Mulher II
GEN041 Gestão dos Serviços de 0 105 - Gestão do Serviço de 0 105
105 105
Enfermagem I Enfermagem I
GEN053 Estágio 120 120 - Estágio 120 120
Supervisionado de 0 Supervisionado de 0
PráticasEducativas II PráticasEducativas II
GEN045 Enfermagem em Saúde 75 135 - Enfermagem em Saúde 75 135
Mental 60 Mental 60
GEN059 Assistência de 30 30 60 - Assistência de 30 30 60
Enfermagem em Enfermagem em
Urgências e Urgências e
Emergências Emergências
GEN Gestão dos Serviços de 0 45 - Gestão dos Serviços de 0 45
45 45
Enfermagem II Enfermagem II
GEN047 0 30 - 0 30
Metodologia Científica 30 Metodologia Científica 30
Aplicada à Enfermagem Aplicada à Enfermagem
GEN055 Estágio Supervisionado 120 120 - Estágio Supervisionado 120 120
de Práticas Educativas III 0 de Práticas Educativas 0
III
GEN051 465 465 +15 480 480
Estágio Curricular Estágio Curricular
0 0
Supervisionado I Supervisionado I
GEN067 Trabalho de - 30 - Trabalho de - 30
Conclusão de Curso 30 Conclusão de Curso 30
GEN054 Estágio Curricular 465 465 +20 Estágio Curricular 485 485
Supervisionado II 0 Supervisionado II 0
GEN068 Redação de Artigo 0 15 15 - Redação de Artigo 0 15 15
Científico Científico
GEN066* 0 30 - 0 30
Dinâmica das Relações 30 Dinâmica das Relações 30
Familiares Familiares
GEN* 0 30 - 0 30
Evolução do 30 Evolução do 30
Comportamento Comportamento
Humano Humano
GEN060* 0 30 - 0 30
Cuidados Paliativos 30 Cuidados Paliativos 30
48

GEN062* Infecções Hospitalares 0 30 - Infecções Hospitalares 0 30


30 30
e Suas Interfaces e Suas Interfaces
GEN063* Cálculo 0 30 - Cálculo 0 30
Aplicado à 30 Aplicado à 30
Administracão Administração
de de
medicamentos medicamentos
GEN064* 0 30 - 0 30
Humanização do Cuidar 30 Humanização do Cuidar 30
+35 horas
Saldo total

*conteúdos optativos

8. 6 Atendimento aos requisitos legais e normativos

Os conteúdos curriculares obrigatórios Saúde Coletiva I e PROINTER I atendem


as legislações específicas de Educação para as relações étnico-raciais.

O conteúdo curricular obrigatório Dinâmica das Relações Interpessoais atende as


legislações específicas de Educação em Direitos Humanos.

O conteúdo curricular obrigatório Saúde Coletiva III atende as legislações


específicas de Educação Ambiental.

Os conteúdos curriculares obrigatórios a seguir atendem os conteúdos indicados


no parágrafo 2 do artigo 13 da Resolução 02/2015, a saber:

- Os conteúdos curriculares obrigatórios Saúde da família e Saúde coletiva IV, atendem


a Diversidades de gênero, sexual, religiosa, de faixa geracional.

- O conteúdo curricular obrigatório Metodologia do Ensino de Enfermagem atende a


Educação especial.

- O conteúdo curricular obrigatório Atenção Integral à Saúde da Criança I atende a


Direitos educacionais de adolescentes e jovens em cumprimento de medidas
socioeducativas.

O conteúdo curricular de Língua Brasileiras de Sinais – LIBRAS é obrigatório


no currículo do curso de Licenciatura e Bacharelado.
49

9. DIRETRIZES GERAIS PARA O DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO


DO ENSINO

Os novos desafios sociais, políticos e culturais, o esgotamento do paradigma


biomédico, e a mudança do perfil epidemiológico da população nas últimas décadas têm
imposto aos trabalhadores do setor da saúde mudanças na prática assistencial e,
portanto, na formação destes profissionais.
Consideramos o conhecimento como algo em permanente construção e a
aprendizagem como um processo dinâmico e contínuo que se realiza pela reflexão do
estudante mediada pelo professor. No Curso de Enfermagem o relacionamento
interpessoal e interdisciplinar, o diálogo, os questionamentos, a inovação e a
criatividade são instrumentos básicos para o alcance de aprendizagem sendo que os
processos avaliativos decorrentes dessa compreensão de aprendizagem buscará
identificar o grau de autonomia e os percursos do estudante no processo de
elaboração/significação do conhecimento e orientará o professor no caminho de suas
ações didáticas.

Para a facilitação da aprendizagem, o Curso busca adotar o modelo da


Metodologia da Problematização, fundamentado na certeza de que o estudante é sujeito
ativo no processo de construção do seu conhecimento, cumprindo ao professor a
condução dos processos de ensino e aprendizagem pelo permanente desafio do
raciocínio do aluno e pela progressiva integração de novos conhecimentos às
experiências prévias.
Os conteúdos ensinados são contextualizados e estão articulados com a pesquisa
e com a extensão, sendo o rigor teórico e as referências éticas eixos articuladores do
desenvolvimento metodológico com vistas ao alcance da real aprendizagem.
No desenvolvimento deste currículo espera-se que os estudantes vivenciem
atividades didáticas diversificadas, como seminários, debates, painéis, estudos dirigidos,
aulas expositivas, exposições dialogadas, desenvolvimento de pesquisas,
demonstrações, oficinas, realização de experimentos, dinâmicas de grupos e exercícios.
50

10. ATENÇÃO AO ESTUDANTE

Em consonância à Universidade Federal de Uberlândia, o Curso de Graduação


em Enfermagem busca contribuir para o acesso, a permanência e o êxito na conclusão
do curso.

Uma das missões da UFU está voltada à implementação de Políticas de


Assistência Estudantil voltada para inclusão social, produção de conhecimentos,
formação ampliada, melhoria do desempenho acadêmico e da qualidade de vida,
garantindo o direito à educação aos discentes. A UFU, por meio da Pró-Reitoria de
Assuntos Estudantis (PROAE) atua, entre outras, nas áreas de esporte e lazer, moradia,
alimentação, acessibilidade, transporte, atenção à saúde, inclusão digital, cultura,
creche, apoio pedagógico e combate às discriminações de gênero, de diversidade sexual
e étnico-raciais.

Em 2016, no âmbito da Faculdade de Medicina (FAMED-UFU) foi criado o


Núcleo de Bem-Estar Acadêmico (NBA). Trata-se de uma estrutura de caráter
permanente, de natureza multidisciplinar, ligado à Direção da Faculdade de Medicina e
tem como missão a assistência, a promoção do bem-estar e a pesquisa do bem-estar
acadêmico dos discentes da Faculdade de Medicina desta Universidade com vistas à
integração social e aprimoramento do processo ensino-aprendizagem, com interface
com a gestão acadêmica dos Cursos de Graduação da FAMED, tais como o Curso de
Graduação em Enfermagem.

A promoção do bem-estar no NBA consiste em atividades individuais e/ou


coletivas, tais como práticas de atividade física, orientação nutricional, grupos de
meditação, mentoring, etc. Já as atividades assistenciais estão relacionadas ao
acolhimento das demandas pedagógicas e psíquicas do discente; ao atendimento em
enfermagem mental, médico clínico e psiquiátrico, nutricional e psicológico; e à
orientação psicopedagógica e social.

O curso de Enfermagem procura incluir pessoas com mobilidade reduzida ou


deficiência em todas as atividades didático-pedagógicas e culturais, buscando parceiros
intra e interinstitucional para o apoio a esses estudantes, a fim se adaptar, e tornar
acessível a todos, o conhecimento produzido.
51

Com relação à aplicação das normas legais de acessibilidade, a UFU tem


desenvolvido ações e adotado práticas que viabilizem o pleno cumprimento das normas
legais de acessibilidade. A concepção de que o estudante com deficiência é um sujeito
ativo, cujas necessidades, vivências e visão de mundo assumem uma função primordial
para a organização de um espaço físico socialmente acessível, constituem-se princípios
que orientam as ações de acessibilidade na UFU. Dessa forma, para que se consolide
uma cultura de inclusão educacional na Universidade, torna-se imprescindível que as
pessoas com deficiência construam sua autonomia. Na UFU preconiza-se o apoio e
acompanhamento irrestrito dos estudantes com deficiência desde sua inscrição no
processo seletivo ao acompanhamento permanente no decorrer do curso de graduação,
por meio do CEPAE – Centro de Ensino, Pesquisa, Extensão e Atendimento em
Educação Especial e da DIASE – Divisão de Assistência ao Estudante. O CEPAE foi
criado em 2004, considerando a necessidade de se implementar um espaço de
discussões e reflexões sócio-político-educacionais, no interior da UFU, que fomentasse
a construção de novos conhecimentos e de novas alternativas de ação dentro daquela
área educacional. O Cepae foi idealizado partindo do pressuposto que todas as suas
ações deveriam apoiar-se no tripé pesquisa, ensino e extensão, e que estas ações
deveriam envolver tanto os profissionais e alunos das diversas unidades acadêmicas da
UFU, como também agregar outras pessoas da comunidade local que compartilhassem
o mesmo interesse pela Educação Especial.

Desde 2010 o Cepae encontra-se alocado na Faculdade de Educação e continua


desempenhando suas funções enquanto Núcleo de Acessibilidade da instituição,
atuando no sentido no ensino, pesquisa, extensão e atendimento educacional
especializado aos discentes da instituição.

Em relação a alunos com Transtorno de Aspectro Autista, não se registra, até o


momento, nenhum caso conhecido no Curso de Enfermagem. Caso isso ocorra, o curso
reafirmará sua parceira com o NAB/FAMED e PROAE com vistas a adaptação das
atividades para melhor desempenho desses estudantes, além de manter contato
permanente com sua rede familiar a fim de se ampliar esse apoio para além da
universidade. Adicionalmente, quanto aos estudantes com necessidades específicas
educacionais, como: transtorno obsessivo compulsivo; transtorno bipolar e ansiedade
52

generalizada dentre outros transtornos emocionais já vem sendo atendidos no Setor de


Atendimento Psicológico – SEAPS/DIASE.

A Orientação em Saúde Mental é uma ação do Programa de Atendimento


Psicológico da Divisão de Saúde (DISAU/DIRVE/PROAE/UFU) destinada às pessoas
vinculadas ao meio acadêmico ou familiar do estudante atendido no setor, mediante
avaliação de necessidade, com objetivo de ampliar a compreensão dos diversos aspectos
relacionados ao ambiente psicossocial do estudante. A Orientação Psicológica é uma
ação do Programa de Atendimento Psicológico da Divisão de Saúde
(DISAU/DIRVE/PROAE/UFU), realizada em um único encontro e caracterizada pela
escuta à demanda/queixa do estudante. Apresenta-se como uma alternativa de ajuda
terapêutica, cujo objetivo principal é oferecer informação, orientação e encaminhamento
adequado àqueles que procuram algum tipo de assistência psicológica.

A partir de 2012, foram admitidos na UFU os seguintes profissionais: uma


Psicóloga Educacional, um psicopedagogo e um pedagogo que têm como tarefa o
atendimento às dificuldades de aprendizagem neste setor, possibilitando uma maior
aproximação entre a área de Assistência Estudantil com a Pró-Reitoria de Graduação,
por meio da Diretoria de Ensino, para tratar de casos graves de estudantes com
transtornos específicos de aprendizagem. Como desdobramento desta aproximação foi
possível criar uma comissão que irá estudar e propor uma emenda às Normas de
Graduação da UFU com o intuito de atender estes estudantes que não se enquadram em
deficiências ou transtornos globais de desenvolvimento ou altas habilidades, mas que
também precisam ser assistidos e incluídos na Educação Superior.

Neste sentido, o Curso de Enfermagem, por meio da coordenação de curso e de


seus docentes e técnicos administrativos, está atento às necessidades de seus discentes.
Todos estão orientados e preparados para o acolhimento, diagnóstico situacional e
encaminhamento daqueles que apresentam quaisquer necessidades, sendo que a
identificação pode ser feita por demanda do estudante ou a partir da percepção dos
profissionais do Curso que estão direto ou indiretamente envolvidos na formação do
estudante.

Registra-se que o Diretório Acadêmico do Curso de Enfermagem tem a


coordenação do curso como parceira e apoiadora das ações desenvolvidas visando à
melhoria da formação dos estudantes. Destaca-se, ainda, que as reuniões de Colegiado
53

de Curso de Enfermagem e do Conselho da Faculdade de Medicina contam com


representantes dos estudantes, escolhidos pelo conjunto do corpo discente, sendo que as
demandas destes são discutidas coletivamente tendo o diálogo como principal
ferramenta.

11. PROCESSOS DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM E DO CURSO

11.1. Avaliação da aprendizagem dos estudantes


A avaliação da aprendizagem dos estudantes se dá por meio de um processo
contínuo e permanente com função diagnóstica e formativa. Ela ocorre de tal forma que
possibilite o desenvolvimento pleno do discente em suas múltiplas dimensões: humana,
cognitiva, política, ética, cultural, social e profissional.
Os critérios para Avaliação e aproveitamento seguem as normas já existentes
nesta Universidade (Resolução nº 15 de 10 de junho de 2011, do Conselho de
Graduação), sendo que a avaliação é feita por componente curricular, abrangendo os
aspectos de assiduidade e aproveitamento acadêmico.

11.2. Avaliação do curso e do Projeto Pedagógico


Para a avaliação do Curso, o Colegiado irá elaborar uma proposta com base nas
normas vigentes na Universidade. A avaliação será realizada com participação do corpo
discente, docente e técnico administrativo, tendo como objetivos levantar os pontos
positivos e negativos relacionados ao desenvolvimento do projeto pedagógico e das
atividades de seus docentes. Além disso, será utilizada a avaliação do ENADE e do
egresso em relação ao curso.
Considerando que a qualidade acadêmica está efetivamente ligada ao
cumprimento da função social da Universidade, que é de ensinar, pesquisar e praticar a
extensão em favor do desenvolvimento dos sujeitos e da sociedade como um todo, estão
previstas diferentes formas de avaliação do Projeto Pedagógico. Ao longo de seu
processo de implantação, avaliações anuais serão realizadas com o objetivo de
aperfeiçoar a proposta pedagógica em seus diferentes momentos de implementação,
buscando manter sua qualidade e fidelidade aos seus princípios fundamentais. Este
54

procedimento permitirá perceber os avanços e as fragilidades no processo de


aprendizagem a tempo de possibilitar mudanças na realidade dos espaços de formação
profissional. Também possibilitará redirecionar, caso seja necessário, os objetivos, a
identidade profissional delineada, a organização curricular, as formas de implementação
e as condições de funcionamento do curso.
A avaliação continuada do Projeto Pedagógico do Curso ficará a cargo do
Núcleo Docente Estruturante (NDE), que adotará ações como: seminários anuais com os
professores do curso; reuniões semestrais com os professores responsáveis pelas
atividades de cada conjunto de disciplinas ofertadas do curso, buscando ampliar as
possibilidades de integração entre as mesmas, bem como oferecimento de avaliação
contínua através de recursos on-line. Além da avaliação permanente pelo NDE, deverá,
também, ser realizada a cada dois anos, uma assembleia com a comunidade do curso
(professores, estudantes e técnicos) no intuito de identificar problemas e sugestões para
o aprimoramento do Projeto Pedagógico do Curso.
Os docentes também serão avaliados semestralmente, por meio da “Avaliação do
docente pelo discente”, ferramenta online disponibilizada pela UFU, no Portal do
Estudante.

11.3. Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE)


O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE) é componente
curricular obrigatório do Curso de Graduação em Enfermagem, sendo a participação do
estudante concluinte condição indispensável para integralização curricular. Seu objetivo
é avaliar o desempenho dos estudantes com relação aos conteúdos programáticos
previstos nas Diretrizes Curriculares, o desenvolvimento de competências e habilidades,
bem como o nível de atualização dos estudantes em temas da realidade brasileira e
mundial.
O ENADE tem sido um desafio para as Instituições de Ensino Superior, uma vez
que a “Nota ENADE” é um dos indicadores que atestam não só o desempenho do
estudante como, também, a qualidade e a excelência dos cursos e da Instituição. Neste
sentido, o Curso de Graduação em Enfermagem busca direcionar a preparação dos
discentes, ao longo de sua vida acadêmica, para o Exame Nacional por meio da
aplicação de exercícios e avaliações que seguem o modelo de questões ENADE.
55

Acreditamos que a metodologia de ensino que o Curso busca adotar –


Metodologia Problematizadora – constitui em importante ferramenta para o alcance de
êxito nas avaliações ENADE. No entanto, é senso comum que a operacionalização de
todas as atividades e recursos que envolvem a prática de ensino-aprendizagem é
extremamente complexa e instável. Não obstante, destaca-se o descompromisso do
estudante em participar de forma efetiva do processo de avaliação ENADE.

12. ACOMPANHAMENTO DE EGRESSOS

O Curso de Graduação em Enfermagem, em consonância ao NDE, tem


desenvolvido um programa de avaliação de seus egressos com finalidade de identificar
um conjunto de informações que possa auxiliar no processo de tomadas de decisões,
com o propósito de implementar e/ou incrementar ações com vistas a melhorias da
qualidade do ensino no Curso, buscando interagir ações administrativas e acadêmicas
para o alcance de suas finalidades.
Assim, desde o ano de 2015, o Curso de Enfermagem, por meio do NDE, tem
realizado o acompanhamento de seus egressos a partir da aplicação de instrumento
elaborado pelos seus docentes.
Neste instrumento os egressos devem informar sobre os seguintes itens:
- Estado Civil; Sexo; Idade; Ano de conclusão do Curso; Curso de Pós-Graduação e o
nome do curso de Pós-Graduação;

- Participação de congressos, encontros e/ou cursos voltados para a sua área de


formação após a sua formatura na UFU,

- Se a formação universitária/profissional desenvolvida no Curso de Graduação em


Enfermagem/UFU lhe deu base para o bom aproveitamento de cursos de extensão e
especialização;

- Se o Curso de Graduação em Enfermagem atendeu suas expectativas de formação


profissional;

- Se o Curso proporcionou formação técnico-científico adequada para assumir as


funções que ora desempenha;
56

- Se os conteúdos das diferentes disciplinas foram significativos para a sua formação


profissional;

- Se os tempos destinados às disciplinas práticas foram suficientes;

- Se o espaço disponível para o desenvolvimento de seu curso foi adequado nas


disciplinas: teóricas e práticas;

Em relação ao estágio curricular:

- Este teve o acompanhamento esperado para melhor aplicação do conhecimento;

- Permitiu a síntese do conhecimento necessário à profissão;

- Houve relação entre a teoria e a prática;

- Houve visualização mais clara da profissão;

- Houve desenvolvimento de habilidades específicas à profissão;


- Indicação das maiores dificuldades encontradas pelo egresso durante o curso e depois
de formado;

- Quanto às informações sobre as atividades profissionais - Qual o grau de satisfação


com a profissão; enfrenta dificuldades na execução das atividades no trabalho em
função de deficiência na formação acadêmica; A sua atividade profissional teve início
em; O seu local de trabalho atual caracteriza-se por ser; Ramo de atividade; Cargo que
ocupa; A sua formação atual está de acordo com a sua formação acadêmica. O curso de
Graduação em Enfermagem contribuiu para: Ingressar no seu trabalho atual; Ocupar
cargo atual; Aumentar seu padrão salarial; Obter ascensão profissional. Você tem
interesse para retornar à Instituição para: Fazer novo curso de graduação; Fazer curso de
extensão/aperfeiçoamento; Fazer curso de especialização.
Os instrumentos são enviados por e-mail, mas acreditamos que este,
isoladamente, não seja o meio mais efetivo. Dos e-mails enviados, além de não receber
resposta por parte dos egressos, cerca de 30% retorna por não corresponderem com os
endereços atuais. Pretende-se, portanto, disponibilizar o instrumento na página
institucional do Curso de Enfermagem e realizar chamada por meio das redes sociais.
57

13. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A proposta contou com a participação do NDE, da Coordenação e do Colegiado


do Curso, cujo texto final esmera-se atender os princípios e fundamentos adotados pelo
Curso, em consonância com os princípios e missão da UFU. Particularmente, no que se
refere ao pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e à indissociabilidade entre
o ensino, a pesquisa e a extensão.
Apresentou-se nesse projeto a fundamentação teórica adotada na concepção do
curso de Graduação em Enfermagem, oferecido pela Universidade Federal de
Uberlândia sob a responsabilidade da Faculdade de Medicina. De forma clara apresenta-
se também o perfil desejado do egresso e as ações necessárias tanto do ponto de vista
pedagógico quanto do ponto de vista do cumprimento das diretrizes curriculares
mínimas para que esse perfil seja obtido. Da mesma forma, são definidas também
competências, habilidades e conteúdos necessários à formação desse profissional.
Procurou-se ainda, nesse projeto, de forma clara e objetiva apresentar todo o conjunto
de informações necessárias ao completo entendimento do processo de aprendizagem do
aluno. Nesse contexto, são apresentados o processo de avaliação, currículo de
Enfermagem e o seu acompanhamento.
O curso de graduação em Enfermagem buscará articulação constante com a pós-
graduação em área da saúde ou ciências correlatas, afim de buscar o atendimento as
demandas institucionais, regionais e nacionais.
Uma vez concluído o presente projeto pedagógico, encontramo-nos talvez em
sua principal fase: a sua efetiva execução. Cabe a toda a comunidade acadêmica
envolvida, ou seja, ao conjunto de docentes, discentes e técnicos administrativos a
grande responsabilidade de o tornar um instrumento real, verdadeiro e efetivo de todo o
processo de aprendizagem e formação do aluno. Cabe a cada um a crítica, o
acompanhamento e a proposição de mudanças quando necessárias. De acordo com
Veiga (1995), o projeto político-pedagógico é mais do que uma formalidade instituída: é
uma reflexão sobre a educação superior, sobre o ensino, a pesquisa e a extensão, a
produção e a socialização dos conhecimentos, sobre o aluno e o professor e a prática
pedagógica que se realiza na universidade. O projeto político-pedagógico é uma
aproximação maior entre o que se institui e o que se transforma em instituinte. Assim, a
articulação do instituído com o instituinte possibilita a ampliação dos saberes”.
58

REFERÊNCIAS

1. BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes


Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Enfermagem. Parecer CNE/CES
nº 1.133/2001, de 7 de agosto de 2001.
2. _______, Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008 - Dispõe sobre o estágio de
estudantes; altera a redação do art. 428 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT,
aprovada pelo Decreto - Lei no 5.452, de 1º de maio de 1943, e a Lei no 9.394, de 20 de
dezembro de 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2008/lei/l11788.htm
3. _______, Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Decreto nº
5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de
2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais Libras, e o art. 18 da Lei nº 10.098,
de 19 de dezembro de 2000. Disponível em
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm. Acesso
em janeiro de 2018.

4. ________, Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Conselho


Pleno. Resolução nº 2, de 1º de julho de 2015. Define as Diretrizes Curriculares
Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de
formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a
formação continuada. Disponível em
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=7043
1-res-cne-cp-002-03072015-pdf&category_slug=agosto-2017-pdf&Itemid=30192.
Acesso em janeiro de 2018.
5. FREDDO, A.C.C. O trabalho de conclusão de curso como proposta de reflexão.
Horizontes, Bragança Paulista, v.12, n.1, p. 73. jan./jun.1994.
6. Pró-Reitoria de Graduação. Diretoria de Ensino. Orientações gerais para elaboração
de projetos pedagógicos de cursos de graduação. - 2. ed. - Uberlândia: Universidade
Federal de Uberlândia. 2016, 43p.
7. _______, Resolução CNE/CES nº 4, de 6 de abril de 2009 - Dispõe sobre carga
horária mínima e procedimentos relativos à integralização e duração dos cursos de
59

graduação em Biomedicina, Ciências Biológicas, Educação Física, Enfermagem,


Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição e Terapia Ocupacional, bacharelados,
na modalidade presencial. Disponível:
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rces004_09.pdf
8. Resolução nº 15/2011, do Conselho de Graduação - Aprova as Normas Gerais da
Graduação da Universidade Federal de Uberlândia, e dá outras providências. Disponível
em www.reitoria.ufu.br/Resolucoes/resolucaoCONGRAD-2011-15.pdf. Acesso em
setembro de 2017.
9. Resolução Nº 24/2012, do Conselho de Graduação – Aprova as Normas Gerais de
Estágio de Graduação da Universidade Federal de Uberlândia, e dá outras providências.
Disponível em http://www.reitoria.ufu.br/Resolucoes/resolucaoCONGRAD-2012-
24.pdf. Acesso em janeiro de 2018.
10. Resolução nº 15/2016, do Conselho de Graduação – Dispõe sobre a elaboração e/ou
reformulação de projeto pedagógico de cursos de graduação e dá outras providências.
Disponível em http://www.prograd.ufu.br/. Acesso em setembro de 2017.
11. Resolução SEI Nº 32/2017, do Conselho Universitário - Dispõe sobre o Projeto
Institucional de Formação e Desenvolvimento do Profissional da Educação. Disponível
em http://www.reitoria.ufu.br/Resolucoes/resolucaoCONSUN-2017-32.pdf. Acesso em
janeiro de 2018.
12. Resolução CNE/CP nº 1, de 17 de junho de 2004 – Institui as Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação das Relações Étnico - Raciais e para o Ensino de História e
Cultura Afro - Brasileira e Africana. Disponível
em:http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/res012004.pdf
13. Resolução CNE/CP nº 1, de 30 de maio de 2012 - Estabelece Diretrizes Nacionais
para a Educação em Direitos Humanos. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&id=17810&Itemid=86
14. VEIGA, Ilma Passos A. (Org). Projeto Político Pedagógico da Escola: uma
construção possível. 3.ed. Campinas: Papirus Editora, 1995.
1

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA


FACULDADE DE MEDICINA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM


ENFERMAGEM GRAU LICENCIATURA DA FACULDADE DE MEDICINA
DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

Uberlândia, MG
28 de maio de 2018
2

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA


FACULDADE DE MEDICINA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

EQUIPE ADMINISTRATIVA

Reitor
Prof. Dr. Valder Steffen Júnior - Reitor
Vice-Reitor
Prof. Dr. Orlando César Mantese - Vice-Reitor
Pró-Reitor de Graduação
Prof. Dr. Armindo Quillici Neto
Pró-Reitora de Assistência Estudantil
Elaine Saraiva Calderari
Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação
Prof. Dr. Carlos Henrique de Carvalho
Pró-Reitor de Planejamento e Administração
Prof. Dr. Darizon Alves de Andrade
Pró-Reitor de Gestão de Pessoas
Prof. Dr. Marcio Magno Costa
Diretor de Ensino
Prof. Dr. Guilherme Saramago de Oliveira
Diretoria da Faculdade de Medicina
Prof. Dr. Carlos Henrique Martins da Silva
Coordenação do Curso de Graduação em Enfermagem
Profª Dra. Marcelle Aparecida de Barros Junqueira
3

SUMÁRIO

1. IDENTIFICAÇÃO..................................................................... 4

2. ENDEREÇOS............................................................................ 5

3. APRESENTAÇÃO.................................................................... 6

4. JUSTIFICATIVA .................................................................... 7

5. PRINCÍPIOS E FUNDAMENTOS ......................................... 12

6. PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO............................... 14

7. OBJETIVOS DO CURSO ........................................................ 18

8. ESTRUTURA CURRICULAR ................................................ 21

DIRETRIZES GERAIS PARA O DESENVOLVIMENTO 51


9. METODOLÓGICO DO ENSINO.............................................

10. ATENÇÃO AO ESTUDANTE ............................................... 52

11. PROCESSOS DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM E 55


DO CURSO ........... ..................................................................

12. ACOMPANHAMENTO DE EGRESSOS .............................. 57

13. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................... 59

REFERÊNCIAS.................................................................................. 60
4

1. IDENTIFICAÇÃO DO CURSO

Denominação: Curso de Graduação em Enfermagem


Grau: Licenciatura
Modalidade: Presencial
Titulação: Licenciado em Enfermagem
Carga horária: 4.810 horas
Duração do curso:
Mínimo: 05 anos
Máximo: 07 anos e 06 meses
Portaria de funcionamento: Portaria MEC nº 1410 de 19/05/2004
Regime acadêmico: Semestral
Ingresso: Semestral
Turno de oferta: Integral
Número de vagas ofertadas: 40 vagas semestrais compartilhadas com o grau
bacharelado.
5

2. ENDEREÇOS

Da Instituição:
Universidade Federal de Uberlândia - UFU
Av. João Naves de Ávila nº 2121 – Campus Santa Mônica
Cidade: Uberlândia-MG – CEP: 38408-100
Telefone/Fax: (34) 3239-4811 / 3235-0099
Site da instituição: www.ufu.br

Da Unidade Acadêmica:
Faculdade de Medicina - FAMED
Av. Pará, 1720 – Bloco 2U – Sala 14 – Campus Umuarama
Cidade: Uberlândia-MG - CEP: 38400-902
Telefone: (34) 3225-8604 / 3225-8625
E-mail de contato: famed@ufu.br
Site da unidade: www.famed.ufu.br

Da Coordenação do Curso:
Curso de Graduação em Enfermagem
Av. Pará, 1720 – Bloco 2U – Sala 19
Cidade: Uberlândia-MG - CEP: 38400-902
Telefone: (34) 3225-8603 / 3225-8608
E-mail de contato: enfermagem@umuarama.ufu.br
Site do curso: www.famed.ufu.br/graduacao/enfermagem
6

3. APRESENTAÇÃO

Este Projeto foi elaborado a fim atender a exigência de reformulação dos


Projetos Pedagógicos dos Cursos (PPC) de Licenciatura (Memorando-Circular SEI nº
1/2018/PROGRAD/REITO) em atendimento à Resolução CNE/CP Nº2, de 1º de julho
de 2015 do Conselho Nacional de Educação, que estabelece as Diretrizes Curriculares
Nacionais para a formação inicial em nível superior e para a formação continuada.
A reformulação do Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Enfermagem
foi elaborada por docentes que atuaram no Núcleo Docente Estruturante (NDE) nos
últimos quatros anos, constituído pelas professoras: Dra. Marcelle Aparecida de Barros
Junqueira, Dra. Efigênia Aparecida Maciel de Freitas, Dra. Juliana Pena Porto, Dra.
Livia Ferreira Oliveira, Dra. Maria Cristina de Moura Ferreira, Dra. Mônica Camargo
Sopelete, Dra. Suely Amorim Araújo, Dra. Valéria Nasser Figueiredo e Dra. Maria
Angélica Melo e Oliveira e Me. Mônica Rodrigues da Silva.
Esse processo também contou com a participação do Colegiado do curso,
composto por Dra. Marcelle Aparecida de Barros Junqueira, Dra. Suely Amorim
Araújo, Dra. Karine Santana de Azevedo Zago e Dr. Arthur Veloso Antunes; bem como
as coordenadoras dos departamentos do curso, Dra. Carla Denari Giuliani
(Departamento de Enfermagem em Saúde Coletiva), Dra. Valéria Nasser Figueiredo
(Departamento de Enfermagem Fundamental), Dra. Suely Amorim Araújo
(Departamento de Enfermagem Clínico-Cirúrgica).
Ressalta-se a colaboração da docente Dra. Maria Angélica Melo e Oliveira na
organização da estrutura e demais elementos do Projeto Pedagógico, coordenadora do
Curso no período de julho de 2016 a maio de 2018.
A saber, o Curso de Graduação em Enfermagem foi implantado no ano de 1998
visando responder a uma carência regional de formação do profissional enfermeiro e a
alta demanda por parte das instituições de saúde. Desde a sua criação, o curso oferece as
modalidades Bacharelado e Licenciatura de forma integrada, perfazendo, até o
momento, uma carga horária total de 4.810 horas distribuídas regularmente em 5 anos
(Currículo 2007 LBENF – Versão 2011-1).
7

4. JUSTIFICATIVA

4.1. Histórico e necessidade social do Curso


Durante a década de 50 e 60, na cidade de Uberlândia, a Educação Superior era
desenvolvida pela Faculdade de Direito de Uberlândia (1960), Faculdade de Filosofia,
Ciências e Letras de Uberlândia (1960), Faculdade Federal de Engenharia (1961),
Faculdade de Ciências Econômicas de Uberlândia (1962), Conservatório Musical de
Uberlândia (1967) – que contemplava a Faculdade de Música (1957) e, posteriormente,
a Faculdade de Artes (1967) - e Escola de Medicina e Cirurgia de Uberlândia (criada em
1968). Em 14 de agosto de 1969, pelo Decreto-Lei n.º 762, da Câmara dos Deputados,
foi criada a Universidade de Uberlândia (UnU – fundação de direito privado) a partir da
integração destas Faculdades e Escola.
Em 1978 ocorreu o processo de federalização e, neste processo, as faculdades
isoladas que compunham a Universidade de Uberlândia, deram lugar aos Centros de
Ciências Humanas e Artes (CEHAR), de Ciências Biomédicas (CEBIM) e de Ciências
Exatas e Tecnológicas (CETEC). Duas décadas depois, a reforma universitária que
aprovou o novo Estatuto (1998) e o Regimento Geral (1999) da UFU alterou a
organização e a dinâmica de funcionamento institucional. Nesta reforma os três Centros
originaram Faculdades e Institutos, denominados de Unidades Acadêmicas, dentre elas
a Faculdade de Medicina – FAMED.
No início do ano de 1990 um grupo de enfermeiros docentes no curso Técnico
em Enfermagem da Escola Técnica em Saúde – ESTES/UFU – deu início às discussões
a cerca da criação do curso de graduação em Enfermagem na Universidade Federal de
Uberlândia. Este grupo de enfermeiros passou então a se reunir ordinariamente com o
objetivo de desenvolver e apresentar um projeto de implantação do Curso Superior de
Enfermagem na UFU. No entanto, devido questões regulamentares das escolas de nível
técnico, o novo curso não poderia estar ligado à ESTES e, sim, a unidade acadêmica de
área afim representada, na época, pelo Centro de Ciências Biomédicas (CEBIM). Em
1991, a solicitação da Escola Técnica de Saúde foi apreciada pelo Conselho do Centro
de Ciências Biomédicas (CONCEBIM) – Parecer nº 29/91. Dentre idas e vindas, a
proposta foi finalmente aprovada pelo Centro em 11 de janeiro de 1996, mas faltava a
aprovação pelos órgãos superiores da UFU. Em 1997 foi formada uma nova comissão,
8

composta por enfermeiros do Hospital de Clínicas, ESTES, Prefeitura Municipal de


Uberlândia e Conselho Regional de Uberlândia que deu continuidade aos trabalhos de
organização do projeto pedagógico e outras providências para a aprovação do Curso.
Finalmente, Curso de Graduação em Enfermagem foi implantado após autorização de
sua criação em 26 de junho de 1998 (Resolução nº 3/98 do Conselho Universitário).
A partir de 1999 as atividades do Curso de Graduação em Enfermagem foram
então iniciadas, ainda no Centro de Ciências Biomédicas – CEBIM/UFU que em poucos
meses deu lugar, entre outras, à Unidade Acadêmica FAMED na qual somos parte. A
criação do Curso de Graduação em Enfermagem da UFU foi justificada pela
necessidade de suprir a carência de profissionais enfermeiros que se apresentava,
particularmente, em detrimento da reforma das políticas de Saúde no país a partir da
década de 90 com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo a Enfermeira brasileira Dra. Wanda Horta, enfermagem é “a ciência e a
arte de assistir (cuidar) o ser humano (indivíduo, família e comunidade) no atendimento
de suas necessidades básicas”. Partindo do princípio de que o cuidar do ser humano
exige, necessariamente, um olhar para a dimensão total do ser, inclusive de sua essência
existencial, a profissão de Enfermagem assume importante papel nos serviços de saúde
que englobam a promoção e recuperação da saúde, assim como a prevenção de doenças
e/ou seus agravos.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
em 2015 a área de saúde estava composta por um contingente de 3,5 milhões de
trabalhadores, dos quais cerca de 50% atuam na enfermagem (cerca de 1,7 milhão).
Segundo dados do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), até 01 de dezembro de
2017, o número destes profissionais passou para 2.078.393. Contudo, apesar desde
número, registra-se a carência de profissionais de enfermagem em diferentes serviços e
níveis de atenção à saúde, justificando a necessidade permanente de formação de novos
profissionais da área.
Assim, além da importância em termos nacionais, o Curso de Graduação em
Enfermagem apresenta grande relevância para a sociedade de Uberlândia e região, pois
além de formar profissionais que são absorvidos rapidamente pelo mercado de trabalho,
contribui para a melhoria da assistência à saúde das populações e para o
desenvolvimento das instituições onde trabalham.
9

Além disso, o Curso de Graduação em enfermagem oferta o grau de Licenciatura


em Enfermagem, que foi regulamentado pelo Parecer nº 837/68, da Câmara de Ensino
Superior, concedendo o título de licenciado ao enfermeiro, para atender a exigência
social de formação profissional de nível médio (ensino técnico).
O desenvolvimento científico da Enfermagem nas últimas décadas é notório e
facilmente verificado pelos profissionais da área, principalmente após a criação dos
cursos de mestrado e doutorado que a cada ano crescem em número e qualidade. A
realização de pesquisas científicas cresce a cada dia com a participação dos
profissionais de Enfermagem nos diversos cenários de atuação. A divulgação dos
trabalhos de pesquisa é cada vez mais intensa com a realização de diferentes eventos
científicos e a criação de periódicos específicos da área. Este crescimento científico
colabora de forma significativa para o aprimoramento do ensino nos Cursos de
Graduação em Enfermagem.
O Curso de Graduação desenvolve diversas atividades de pesquisa pela
realização de trabalhos de conclusão de curso, de iniciação científica, e de mestrado e
doutorado orientados pelos professores do curso que estão vinculados a Programas de
Pós Graduação em área afim. Recentemente, a UFU aprovou a criação do Programa de
Pós de Graduação Interdisciplinar em Saúde do Curso de Graduação em Enfermagem –
Mestrado Profissional (Resolução SEI nº 25/2017, do Conselho Universitário), restando
o parecer da CAPES. Isto denota nossa intenção em fazer cumprir a responsabilidade
técnica e social do curso no que se refere à formação de professores pesquisadores
competentes que possam atender à expansão quanti/qualitativa do ensino superior e às
necessidades do desenvolvimento de novas tecnologias que repercute diretamente na
melhoria de atenção à saúde da população.
Como atividade de extensão, o Curso de Graduação em Enfermagem desenvolve
projetos de extensão e demais projetos institucionais dos Programas PIBEG, PEIC,
PIEX. As atividades de extensão do Curso de Enfermagem são desenvolvidas não
apenas por meio de editais fomentados pela Universidade mas, também, por demandas e
projetos apresentados pela Secretaria Municipal de Saúde de Uberlândia, pelo Hospital
de Clínicas (HCU) e por diferentes ONGs do município.
Em relação a licenciatura, o Curso de Graduação Enfermagem participou no
período de 2014 a 2018 do Projeto Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID, sendo
contemplado com 03 bolsas de coordenação de subprojeto, 05 bolsas de supervisores, e
10

32 bolsas de iniciação à docência. A inserção dos discentes de enfermagem nesse


projeto, ocorreu em escolas públicas de ensino fundamental e médio, e de formação de
técnicos em enfermagem. Desse projeto, foram oriundos diversos trabalhos
apresentados em eventos científicos de enfermagem e educação, em nível nacional, e
internacional; bem como artigos publicados em periódicos e Trabalho de Conclusão de
Curso.
Segundo dados de Ministério da Educação do ano de 2018, o estado de Minas
Gerais possui apenas dois cursos de Licenciatura em Enfermagem em atividade no
estado, sendo que o Curso de Enfermagem da UFU é um deles. O enfermeiro bacharel
com licenciatura deve ter formação específica para docência e gestão educacional na
educação profissional de nível médio na enfermagem. Nesse sentido, o profissional de
enfermagem passa a ser também um profissional da educação, devendo ter formação
acadêmica, científica e teórico-prática nesse sentido; passando de educador para, de
fato, professor em enfermagem.

4.2. Da Reformulação do Projeto Pedagógico


O NDE, imbuído na forte preocupação em ouvir a comunidade, em solicitar
esclarecimentos e informações à PROGRAD, por meio da Diretoria de Ensino
(DIREN), e o caminho do ir e vir no que se refere ao grau licenciatura no Curso de
Graduação em Enfermagem, realizou diversas reuniões ao longo dos anos de 2015 e
2016 para a discussão desse aspecto do Projeto Pedagógico, mais especificamente.
Após esclarecimentos junto a PROGRAD e DIREN quanto ao Projeto
Institucional de Formação e Desenvolvimento do Profissional da Educação (Resolução
32/2017 do Conselho Universitário), em reunião do corpo docente e representantes do
Diretório Acadêmico do Curso, optou-se por manter a oferta do curso nos graus
bacharelado e licenciatura de forma articulada, no mesmo modelo Projeto Pedagógico
vigente (Currículo LBENF 2007, Versão 2011-1), porém com algumas modificações
para atender a Resolução 32/2017 do Conselho Universitário.

Nas alterações efetuadas, considerando que as Diretrizes Curriculares Nacionais


dos Cursos de Graduação em Enfermagem (CNE/CES nº 3, de 7 de novembro de 2001,
ainda vigente) foram amplamente respeitadas no Currículo LBENF 2007, Versão 2011-
1 (currículo antigo), sendo mantidos os objetivos do curso, seus princípios e
11

fundamentos, a caracterização do egresso bem como as competências gerais e


específicas do profissional.
De modo geral, o fluxo curricular sofreu as seguintes alterações:
- Para o primeiro período: acréscimo de 15 horas teóricas no componente Saúde
Coletiva I (GEN004), exclusão do componente Projeto Integrado de Práticas Educativas
I (GEN011) e inclusão do componente Projeto Interdisciplinar I (PROINTER I), com 15
horas teóricas e 30 horas práticas, total de 45 horas, modificação na proporção da carga
horária do componente curricular Organização dos Estudos Acadêmicos com
distribuição de 15 horas teóricas e 15 horas práticas. Exclusão da disciplina de Ética e
Antropologia Filosófica (GEN007) de 45 horas e inclusão da disciplina Ética e Bioética
Profissional, com 45 horas teóricas.
- Para o segundo período: exclusão do componente Projeto Integrado de Práticas
Educativas II (GEN019) e inclusão do componente Projeto Interdisciplinar II
(PROINTER II), com 15 horas teóricas e 30 horas práticas, total de 45 horas;
modificação na proporção da carga horária do componente curricular Instrumentos
Básicos de Enfermagem com distribuição de 15 horas teóricas e 15 horas práticas;
modificação na proporção da carga horária do componente curricular Dinâmica das
Relações Interpessoais com distribuição de 15 horas teóricas e 15 horas práticas.
- Para o terceiro período: exclusão do componente Projeto Integrado de Práticas
Educativas III (GEN 027) e inclusão do componente Projeto Interdisciplinar III
(PROINTER III), com 15 horas teóricas e 30 horas práticas, total de 45 horas.
- Para o quarto período: exclusão do componente Projeto Integrado de Práticas
Educativas IV (GEN034) e inclusão do componente Projeto Interdisciplinar IV
(PROINTER IV), com 15 horas teóricas e 30 horas práticas, total de 45 horas. No
componente Saúde Coletiva IV, exclusão de 15 horas teóricas e inclusão de 30 horas
práticas, totalizando 60 horas. O componente Fundamentos de Enfermagem passa a ter
30 horas teóricas e 135 horas práticas, totalizando 165 horas.
- Para o quinto período: exclusão do componente Projeto Integrado de Práticas
Educativas V (GEN048) e inclusão do componente Seminário Institucional das
Licenciaturas (SEILIC), com 15 horas teóricas e 30 horas práticas, total de 45 horas.
- Para o sexto período: exclusão do componente Projeto Integrado de Práticas
Educativas IV (GEN052).
12

- Para o nono período: Inclusão de 15 horas práticas do componente Estágio Curricular


Supervisionado I, totalizando 480 horas.
- Para o décimo período: Inclusão de 25 horas práticas do componente Estágio
Curricular Supervisionado II, totalizando 485horas.
- A carga horária total do Curso passa de 4715 horas para 4.810 horas.

5. PRINCÍPIOS E FUNDAMENTOS

O Curso de Graduação em Enfermagem da UFU tem como base a Lei de


Diretrizes e Bases da Educação Brasileira de 1996 e Diretrizes Curriculares Nacionais
do Curso de Graduação em Enfermagem de 2001 para os Cursos da Área de Saúde e
Enfermagem e documentos afins.
O Curso de Graduação em Enfermagem da UFU tem como eixo norteador a
compreensão do indivíduo como ser holístico, tendo em vista os princípios do SUS e
sua organização em Redes de Atenção à Saúde. A abordagem do processo saúde-doença
considera as necessidades humanas na perspectiva interacionista ao longo do ciclo vital,
demonstrando que a assistência de enfermagem deve ser planejada e implementada.
Orienta–se para a sistematização da assistência e para a administração da assistência de
enfermagem.
A orientação didática visa assegurar a prática profissional do enfermeiro com
vistas à integralidade da assistência articulada ao contexto sociocultural, político e
econômico, para a atenção à saúde do indivíduo, família e comunidade.
A reforma curricular contida neste PPC propõe um modelo de currículo para o
Curso de Graduação em Enfermagem organizado em atividades e experiências
planejadas e orientadas, de modo a possibilitar aos estudantes a construção de sua
formação profissional. Isso fortalece a sua trajetória com uma sólida formação geral,
com vistas à progressiva autonomia intelectual e profissional.
A sequência estabelecida para o desenvolvimento do curso permitirá ao aluno
entrar em contato o mais cedo possível com a realidade social e dos serviços de saúde,
com um grau de complexidade compatível com o nível de informações e
amadurecimento do mesmo.
13

De forma geral, a organização curricular do Curso de Graduação em


Enfermagem busca atender os seguintes itens:
- Adequação ao Projeto Institucional de Formação e Desenvolvimento do Profissional
da Educação (Resolução 32/2017 do Conselho Universitário), que considerou, entre
outros, as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial em Nível Superior
(cursos de Licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de
segunda licenciatura) e para a formação continuada – Resolução CNE/CP nº 2, de 1º de
julho de 2015, e a Resolução CN/CP nº 1, de 9 de agosto de 2017, que alterou o art. 22
da Resolução CNE/CP nº 2/2015 estipulando que os cursos de formação de professores,
que se encontram em funcionamento, deverão se adaptar à Resolução CNE/CP nº
2/2015 no prazo de 3 (três) anos, a contar da data de sua publicação.
- As atividades teóricas e práticas presentes desde o início do curso, permeando toda a
formação do estudante de enfermagem na modalidade bacharelado e licenciatura, de
forma integrada e interdisciplinar;

- A visão de educar para a cidadania e a participação plena na sociedade;

- Os princípios de autonomia institucional, de flexibilidade, integração estudo/trabalho e


pluralidade no currículo;

- A implementação de metodologia no processo ensinar-aprender que estimule o aluno a


refletir sobre a realidade social e aprenda a aprender;

- A definição de estratégias pedagógicas que articulem o saber; o saber fazer e o saber


conviver, visando desenvolver o aprender a aprender, o aprender a ser, o aprender a
fazer, o aprender a viver juntos e o aprender a conhecer que constituem atributos
indispensáveis à formação do Enfermeiro;

- O estímulo às dinâmicas de trabalho em grupos, por favorecerem a discussão coletiva


e as relações interpessoais;

- A valorização das dimensões éticas e humanísticas, desenvolvendo no aluno e no


enfermeiro atitudes e valores orientados para a cidadania e para a solidariedade;
- A contribuição para a compreensão, interpretação, preservação, reforço, fomento e
difusão das culturas nacionais e regionais, internacionais e históricas, em um contexto
de pluralismo e diversidade cultural;

- A compreensão do ser humano numa visão holística.


14

6. PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO

Em acordo com a Resolução CNE/CES nº 3, de 7 de novembro de 2001, que


institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem, o
profissional de enfermagem, egresso do Curso de Graduação em Enfermagem da
Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia, terá uma formação
generalista, humanista, crítica e reflexiva, qualificado para o exercício de Enfermagem,
com base no rigor científico e intelectual e pautado em princípios éticos. Ele deverá ser
capaz de conhecer e intervir sobre os problemas/situações de saúde-doença mais
prevalentes no perfil epidemiológico nacional, com ênfase na sua região de atuação,
identificando as dimensões biopsicossociais dos seus determinantes, e de atuar com
senso de responsabilidade social e compromisso com a cidadania, como promotor da
saúde integral do ser humano, utilizando os recursos disponíveis, com compromisso
com a preservação ambiental.

6.1 Competências Gerais do profissional


- Atenção à saúde: os enfermeiros, dentro de seu âmbito profissional, devem estar
aptos a desenvolver ações de prevenção, promoção, proteção e reabilitação da saúde,
tanto em nível individual quanto coletivo. Cada profissional deve assegurar que sua
prática seja realizada de forma integrada e contínua com as demais instâncias do sistema
de saúde, sendo capaz de pensar criticamente, de analisar os problemas da sociedade e
de procurar soluções para os mesmos. Os profissionais devem realizar seus serviços
dentro dos mais altos padrões de qualidade e dos princípios da ética e da bioética, tendo
em conta que a responsabilidade da atenção à saúde não se encerra com o ato técnico,
mas sim, com a resolução do problema de saúde, tanto em nível individual como
coletivo.

- Tomada de decisões: o trabalho dos enfermeiros deve estar fundamentado na


capacidade de tomar decisões visando o uso apropriado, eficácia e custo-efetividade, da
força de trabalho, de medicamentos, de equipamentos, de procedimentos e de práticas.
Para este fim, os mesmos devem possuir competências e habilidades para avaliar,
sistematizar e decidir as condutas mais adequadas, baseadas em evidências científicas.
15

- Comunicação: os enfermeiros devem ser acessíveis e devem manter a


confidencialidade das informações a eles confiadas, na interação com outros
profissionais de saúde e o público em geral. Os profissionais devem estar
conscientizados de que a comunicação envolve comunicação verbal, não-verbal e
habilidades de escrita e leitura; o domínio de, pelo menos, uma língua estrangeira e de
tecnologias de comunicação e informação.

- Liderança: no trabalho em equipe multiprofissional, os enfermeiros deverão estar


aptos a assumir posições de liderança, sempre tendo em vista o bem estar da
comunidade. A liderança envolve compromisso, responsabilidade, empatia, habilidade
para tomada de decisões, comunicação e gerenciamento de forma efetiva e eficaz.

- Administração e gerenciamento: os profissionais devem estar aptos a tomar


iniciativa, fazer o gerenciamento e administração tanto da força de trabalho, dos
recursos físicos e materiais e de informação, da mesma forma que devem estar aptos a
ser gestores, empregadores ou lideranças na equipe de saúde.

- Educação permanente: os profissionais devem ser capazes de aprender


continuamente, tanto na sua formação, quanto na sua prática. Desta forma, os
profissionais de saúde devem aprender a aprender e ter responsabilidade e compromisso
com a sua educação e o treinamento/estágios das futuras gerações de profissionais,
proporcionando condições para que haja benefício mútuo entre os futuros profissionais
e os profissionais dos serviços.

6.2 Competências e Habilidades Específicas


O Enfermeiro deve possuir, também, competências técnico-científicas, ético-
políticas e socioeducativas contextualizadas que permitam:
- Atuar profissionalmente, compreendendo a natureza humana em suas dimensões, em
suas expressões e fases evolutivas;

- Incorporar a ciência/arte do cuidar como instrumento de interpretação profissional;

- Estabelecer novas relações com o contexto social, reconhecendo a estrutura e as


formas de organização social, suas transformações e expressões;

- Desenvolver formação técnico-científica que confira qualidade ao exercício


profissional;
16

- Compreender a política de saúde no contexto das políticas sociais, reconhecendo os


perfis epidemiológicos das populações;

- Reconhecer a saúde como direito e condições dignas de vida e atuar de forma a


garantir a integralidade da assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo
das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada
caso em todos os níveis de complexidade do sistema;

- Atuar nos programas de assistência integral à saúde da criança, do adolescente, da


mulher, do adulto e do idoso;

- Ser capaz de diagnosticar e solucionar problemas de saúde, de comunicar-se, de tomar


decisões, de intervir no processo de trabalho, de trabalhar em equipe e de enfrentar
situações em constante mudança;

- Reconhecer as relações de trabalho e sua influência na saúde;

- Atuar como sujeito no processo de formação de recursos humanos para atenção a


saúde, para a educação básica e educação profissional em enfermagem.

- Responder às especificidades regionais de saúde por meio de intervenções planejadas


estrategicamente, em níveis de promoção, prevenção e reabilitação à saúde, dando
atenção integral à saúde dos indivíduos, das famílias e das comunidades;

- Considerar a relação custo-benefício nas decisões dos procedimentos na saúde;


- Reconhecer-se como coordenador do trabalho da equipe de enfermagem;

- Assumir o compromisso ético, humanístico e social com o trabalho multiprofissional


em saúde.

- Promover estilos de vida saudáveis, conciliando as necessidades tanto dos seus


clientes/pacientes quanto às de sua comunidade, atuando como agente de transformação
social;

- Usar adequadamente novas tecnologias de informação e comunicação para o cuidar de


enfermagem;

- Atuar nos diferentes cenários da prática profissional, considerando a assistência


integral ao indivíduo, família e a comunidade;
17

- Identificar as necessidades individuais e coletivas de saúde da população, seus


condicionantes e determinantes;

- Intervir no processo de saúde-doença, responsabilizando-se pela qualidade da


assistência/cuidado de enfermagem em seus diferentes níveis de atenção à saúde, com
ações de promoção, prevenção, proteção e reabilitação à saúde, na perspectiva da
integralidade da assistência;

- Coordenar o processo de cuidar em enfermagem considerando contextos e demandas


de saúde;

- Prestar cuidados de enfermagem compatíveis com as diferentes necessidades


apresentadas pelo indivíduo, pela família e pelos diferentes grupos da comunidade;

- Compatibilizar as características profissionais dos agentes da equipe de enfermagem


às diferentes demandas dos usuários;

- Integrar as ações de enfermagem às ações multiprofissionais;

- Gerenciar o processo de trabalho em enfermagem com princípios de ética e de


bioética, com resolutividade tanto em nível individual como coletivo em todos os
âmbitos de atuação profissional;

- Planejar, implementar e participar dos programas de formação e qualificação contínua


dos trabalhadores de enfermagem e de saúde;

- Planejar e implementar programas de educação e promoção à saúde, considerando a


especificidade dos diferentes grupos sociais e dos distintos processos de vida, saúde,
trabalho e adoecimento;

- Desenvolver, participar e aplicar pesquisas e/ou outras formas de produção de


conhecimento que objetivem a qualificação da prática profissional;

- Respeitar os princípios éticos, legais e humanísticos da profissão;

- Interferir na dinâmica de trabalho institucional, reconhecendo-se como agente desse


processo;

- Utilizar os instrumentos que garantam a qualidade do cuidado de enfermagem e da


assistência à saúde;
18

- Participar da composição das estruturas consultivas e deliberativas do sistema de


saúde;

- Assessorar órgãos, empresas e instituições em projetos de saúde;

- Cuidar da própria saúde física e mental e buscar seu bem-estar como cidadão e como
enfermeiro;
- Reconhecer o papel social do enfermeiro para atuar em atividades de política e
planejamento em saúde.
A formação do Enfermeiro deverá atender as necessidades sociais da saúde, com
ênfase no Sistema Único de Saúde (SUS), e assegurar a integralidade da atenção e a
qualidade e humanização do atendimento.

A formação do enfermeiro licenciado deverá atender às necessidades do


exercício da docência e gestão de cursos profissionais de enfermagem em nível médio.

7. OBJETIVOS DO CURSO

7.1 Geral
Formar enfermeiros com perfil generalista, visão humanista, reflexiva e crítica,
qualificado para o exercício da enfermagem, com base no rigor científico e intelectual,
pautado em princípios éticos, capazes de atuar nas Redes de Atenção à Saúde (RAS),
respeitando a complexidade e a diversidade do ser humano, e a integralidade do
cuidado. Sendo que o profissional de enfermagem bacharel e licenciado deverá ter uma
prática fundamentada pedagogicamente para uma ação cientificamente inclusiva,
participativa, dialógica e emancipatória, no exercício da docência e gestão de cursos
profissionais de enfermagem em nível médio.

7.2 Específicos
O Curso de Graduação em Enfermagem, deverá ainda capacitar o aluno para:
- desenvolver competências, atitudes e habilidades didático-pedagógicas para futuras
e/ou possíveis ações educativas em espaços docentes de educação formal e informal;
- promover reflexões em ambientes de ensino aprendizagem formais e informais, a fim
de se incentivar o empoderamento local para suas condições de vida e de saúde.
19

- atuar como professor na educação profissional técnica de nível médio em


Enfermagem.
- atuar como gestor educacional na educação profissional técnica de nível médio em
Enfermagem.
- desenvolver pesquisas na área de licenciatura em Enfermagem.
– atuar profissionalmente, compreendendo a natureza humana em suas dimensões, em
suas expressões e fases evolutivas;
– incorporar a ciência/arte do cuidar como instrumento de interpretação profissional;
– estabelecer novas relações com o contexto social, reconhecendo a estrutura e as
formas de organização social, suas transformações e expressões;
– desenvolver formação técnico-científica que confira qualidade ao exercício
profissional;
– compreender a política de saúde no contexto das políticas sociais, reconhecendo os
perfis epidemiológicos das populações;
– reconhecer a saúde como direito e condições dignas de vida e atuar de forma a
garantir a integralidade da assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo
das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada
caso em todos os níveis de complexidade do sistema;
– atuar nos programas de assistência integral à saúde da criança, do adolescente, da
mulher, do adulto e do idoso;
– ser capaz de diagnosticar e solucionar problemas de saúde, de comunicar-se, de tomar
decisões, de intervir no processo de trabalho, de trabalhar em equipe e de enfrentar
situações em constante mudança;
- reconhecer as relações de trabalho e sua influência na saúde;
– atuar como sujeito no processo de formação de recursos humanos;
– responder às especificidades regionais de saúde através de intervenções planejadas
estrategicamente, em níveis de promoção, prevenção e reabilitação à saúde, dando
atenção integral à saúde dos indivíduos, das famílias e das comunidades;
– reconhecer-se como coordenador do trabalho da equipe de enfermagem;
– assumir o compromisso ético, humanístico e social com o trabalho multiprofissional
em saúde.
20

– promover estilos de vida saudáveis, conciliando as necessidades tanto dos seus


clientes/pacientes quanto às de sua comunidade, atuando como agente de transformação
social;
– usar adequadamente novas tecnologias, tanto de informação e comunicação, quanto de
ponta para o cuidar de enfermagem;
– atuar nos diferentes cenários da prática profissional, considerando os pressupostos dos
modelos clínico e epidemiológico;
– identificar as necessidades individuais e coletivas de saúde da população, seus
condicionantes e determinantes;
– intervir no processo de saúde-doença, responsabilizando-se pela qualidade da
assistência/cuidado de enfermagem em seus diferentes níveis de atenção à saúde, com
ações de promoção, prevenção, proteção e reabilitação à saúde, na perspectiva da
integralidade da assistência;
– coordenar o processo de cuidar em enfermagem, considerando contextos e demandas
de saúde;
– prestar cuidados de enfermagem compatíveis com as diferentes necessidades
apresentadas pelo indivíduo, pela família e pelos diferentes grupos da comunidade;
– compatibilizar as características profissionais dos agentes da equipe de enfermagem às
diferentes demandas dos usuários;
– integrar as ações de enfermagem às ações multiprofissionais;
– gerenciar o processo de trabalho em enfermagem com princípios de Ética e de
Bioética, com resolutividade tanto em nível individual como coletivo em todos os
âmbitos de atuação profissional;
– planejar, implementar e participar dos programas de formação e qualificação contínua
dos trabalhadores de enfermagem e de saúde;
– planejar e implementar programas de educação e promoção à saúde, considerando a
especificidade dos diferentes grupos sociais e dos distintos processos de vida, saúde,
trabalho e adoecimento;
– desenvolver, participar e aplicar pesquisas e/ou outras formas de produção de
conhecimento que objetivem a qualificação da prática profissional;
– respeitar os princípios éticos, legais e humanísticos da profissão;
– interferir na dinâmica de trabalho institucional, reconhecendo-se como agente desse
processo;
21

– utilizar os instrumentos que garantam a qualidade do cuidado de enfermagem e da


assistência à saúde;
– participar da composição das estruturas consultivas e deliberativas do sistema de
saúde;
– assessorar órgãos, empresas e instituições em projetos de saúde;
- cuidar da própria saúde física e mental e buscar seu bem-estar como cidadão e como
enfermeiro; e
- reconhecer o papel social do enfermeiro para atuar em atividades de política e
planejamento em saúde.

8. ESTRUTURA CURRICULAR

A Estrutura Curricular do Curso de Graduação em Enfermagem da UFU foi


elaborada tendo como embasamento legal a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional nº. 9.394 de 1996, as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de
Graduação em Enfermagem - Resolução CNE/CES nº 3, de 7 de novembro de 2001,
Resolução CNE/CES n.º 4, de 6 de abril de 2009, Resolução 32/2017 do conselho
Universitário. Atendeu-se também as legislações específicas de Educação para as
relações étnico-raciais, Direitos Humanos e Educação Ambiental, além de normas
institucionais tais como Resolução nº 15/2016, do Conselho de Graduação
(CONGRAD/UFU) que dispõe sobre a elaboração e/ou reformulação de Projetos
Pedagógicos de Cursos de Graduação.
A Estrutura Curricular apresentada a seguir busca, sobretudo, alcançar a
articulação entre o ensino, pesquisa e extensão/assistência, garantindo um ensino crítico,
reflexivo e criativo, que leve a construção do perfil almejado, estimulando a realização
de experimentos ou de projetos de pesquisa, socializando o conhecimento produzido,
levando em conta a evolução epistemológica dos modelos explicativos do processo
saúde-doença, promovendo um aprendizado sequencial e reflexivo a partir de
problematização da realidade, e contemplando a interdisciplinaridade, o perfil e
competências profissionais.
22

Nessa perspectiva, os componentes curriculares estão distribuídos em três


núcleos, conforme consta no quadro abaixo (Quadro 01):

Quadro 01. Distribuição da estrutura curricular por núcleos de formação

Núcleos de Formação CH TOTAL Percentual


Núcleo I - Núcleo de estudos de formação geral, 3.890* 80,9
das áreas específicas e interdisciplinares, e do
campo educacional.
Núcleo II - Núcleo de aprofundamento e 660** 13,8
diversificação de estudos das áreas de atuação
profissional
Núcleo III - Núcleo de estudos integradores para 200 4,1
enriquecimento curricular
Disciplinas optativas gerais e específicas de 60 1,2
Licenciatura pertencentes a qualquer núcleo de
formação

Total 4810 horas 100


*ESTÃO INSERIDAS NESSE NÚCLEO 285 HORAS DE PRÁTICA COMO
COMPONENTE CURRICULAR.
**ALÉM DAS 660HORAS ESTÃO INSERIDAS 285 HORAS DE PRÁTICA COMO
COMPONENTE CURRICULAR QUE CONSTAM NO QUADRO DO NÚCLEO I.

Nestes núcleos estão incluídos conteúdos de diferentes áreas do conhecimento,


como apresentado a seguir.

1. Ciências Biológicas e da Saúde – incluem-se os conteúdos (teóricos e práticos) de


base moleculares e celulares dos processos normais e alterados, da estrutura e função
dos tecidos, órgãos, sistemas e aparelhos, aplicados às situações decorrentes do
processo saúde-doença no desenvolvimento da prática assistencial de Enfermagem.

2. Ciências Humanas e Sociais – incluem-se os conteúdos referentes às diversas


dimensões da relação indivíduo/sociedade, contribuindo para a compreensão dos
determinantes sociais, culturais, comportamentais, psicológicos, ecológicos, éticos e
legais, nos níveis individual e coletivo, do processo saúde-doença, e Língua Brasileira
de Sinais – LIBRAS (Decreto nº. 5626 de 22 de dezembro de 2005).
23

3. Ciências da Enfermagem - neste tópico de estudo, incluem-se:

- Fundamentos de Enfermagem: os conteúdos técnicos, metodológicos e os meios e


instrumentos inerentes ao trabalho do Enfermeiro e da Enfermagem em nível individual
e coletivo.

- Assistência de Enfermagem: os conteúdos (teóricos e práticos) que compõem a


assistência de Enfermagem em nível individual e coletivo prestada à criança, ao
adolescente, ao adulto, à mulher e ao idoso, considerando os determinantes
socioculturais, econômicos e ecológicos do processo saúde-doença, bem como os
princípios éticos, legais e humanísticos inerentes ao cuidado de Enfermagem.

- Administração de Enfermagem: os conteúdos (teóricos e práticos) da administração


do processo de trabalho de Enfermagem e da assistência de Enfermagem.

- Ensino de Enfermagem: os conteúdos pertinentes à capacitação pedagógica do


profissional para atuar como enfermeiro.

8.1.1 - Núcleo I - Núcleo de estudos de formação geral, das áreas específicas e


interdisciplinares, e do campo educacional
O Núcleo I abrangerá os estudos de formação geral, das áreas específicas e
interdisciplinares, e do campo educacional, seus fundamentos e metodologias, e das
diversas realidades educacionais.

Este núcleo conta com 3.890 horas distribuídas entre Componentes curriculares
obrigatórios, conforme consta no quadro abaixo (Quadro 02):

Quadro 2 - Núcleo I – Quadro de distribuição de componentes curriculares do


núcleo de estudos de formação geral, das áreas específicas e interdisciplinares, e do
campo educacional.
Componente Curricular Carga Carga Carga
horária horária horária
teórica prática total
Anatomia Humana 45 60 105
Assistência de Enfermagem em Urgência e 30 30 60
Emergência
Assistência Integral à Saúde da Criança e do 60 15 75
Adolescente I
24

Assistência Integral à Saúde da Criança e do 60 15 75


Adolescente II
Assistência Integral à Saúde da Mulher I 60 15 75
Assistência Integral à Saúde da Mulher II 60 15 75
Bases Teóricas de Enfermagem Cirúrgica 30 15 45
Bioestatística 45 0 45
Bioquímica 45 15 60
Didática Geral 60 0 60
Dinâmica das Relações Interpessoais* 15 15 30
Enfermagem em Saúde Mental 60 75 135
Enfermagem, Sociedade e Universidade 30 0 30
Ética e Bioética Profissional 45 0 45
Estágio Curricular Supervisionado I 0 480 480
Estágio Curricular Supervisionado II 0 485 485
Farmacologia 75 0 75
Fisiologia 60 30 90
Fundamentos de Enfermagem* 30 135 165
Genética e Evolução 30 15 45
Gestão dos Serviços de Enfermagem I 105 0 105
Gestão dos Serviços de Enfermagem II 45 0 45
Histologia, Embriologia e Citologia 30 60 90
História da Educação 60 0 60
Imunologia 60 0 60
Instrumentos Básicos de Enfermagem* 15 15 30
Língua Brasileira de Sinais – Libras I* 30 30 60
Metodologia Científica Aplicada à Enfermagem 30 0 30
Metodologia do Ensino de Enfermagem 60 0 60
Microbiologia 60 30 90
Nutrição e Dietoterapia 30 0 30
25

Organização dos Estudos Acadêmicos* 15 15 30


Parasitologia 30 15 45
Patologia 30 15 45
Política e Gestão da Educação 60 0 60
Psicologia Aplicada à 30 0 30
Saúde
Psicologia da Educação 60 0 60
Redação de Artigo Científico 0 15 15
Saúde Coletiva I 30 0 30
Saúde Coletiva II 30 0 30
Saúde Coletiva III 60 0 60
Saúde Coletiva IV* 30 30 60
Saúde da Família 30 0 30
Saúde do Adulto 30 30 60
Saúde do Idoso 30 30 60
Saúde do Trabalhador 15 30 45
Sistematização da Assistência de Enfermagem* 45 45 90
Sistematização da Assistência de Enfermagem 30 45 75
Cirúrgica
Sistematização da Assistência de Enfermagem 30 30 60
Médica I
Sistematização da Assistência de Enfermagem 30 30 60
Médica II
Sociologia 30 0 30
Total 2010 1880 3890
horas
horas horas
*O CONTEÚDO PRÁTICO DESTAS DISCIPLINAS SÃO CONSIDERADOS
TANTO PARA O GRAU BACHARELADO QUANTO PARA O GRAU
LICENCIATURA. PORTANTO NO NÚCLEO I DEVERÁ SER SUBTRAÍDA 285
HORAS DE PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR.
26

8.1.2 Estágio Curricular Supervisionado


As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em
Enfermagem, Resolução CNE/CES nº 3, de 7 de novembro de 2001, institui o estágio
curricular como obrigatório com carga horária mínima de 20% da carga horária total do
curso, devendo ser realizado em hospitais gerais e especializados, ambulatórios, rede
básica do serviço de saúde e comunidade, nos dois últimos semestres e com efetiva
participação dos enfermeiros do serviço de saúde onde ele se desenvolve. Desta forma,
o estágio curricular deve ser compreendido como etapa final da formação acadêmica
onde as competências e habilidades requeridas para atuação profissional já estarão
praticamente constituídas, sendo ele o campo para o exercício e simulação de situações
reais de trabalho.
O Estágio Curricular Supervisionado do Curso de Graduação em Enfermagem
da FAMED/UFU é um Componente Curricular do Núcleo de Formação Profissional
que integra a Estrutura Curricular do Curso.
O seu objetivo é possibilitar ao aluno a oportunidade de vivenciar e desenvolver
habilidades inerentes ao desempenho da profissão do enfermeiro, por meio de sua
atuação no campo de estágio, interagindo com o enfermeiro dos Serviços de Saúde.
Especificamente o estágio deverá possibilitar ao aluno:
- realizar o cuidado de enfermagem ao indivíduo em todas as fases do ciclo vital e em
ações de: promoção, prevenção, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde;
- acompanhar o enfermeiro das unidades na supervisão, coordenação e gerenciamento
do setor e da equipe de Enfermagem, nos diversos setores do Hospital de Clínicas e nos
Serviços da Rede Municipal de Saúde – Prefeitura Municipal de Uberlândia;

- reconhecer as relações de trabalho com a equipe multiprofissional em saúde;

- aprimorar as habilidades técnico-científicas necessárias ao exercício profissional;

- refletir sobre os aspectos éticos e profissionais inerentes ao exercício profissional.


O Estágio Curricular Supervisionado terá uma carga horária total de 965 horas e
deverá ser realizado nos dois últimos semestres letivos. Assim, o Estágio Curricular
Supervisionado I, com carga horária de 480 horas, deve ser cursado no 9º Período. O
Estágio Curricular Supervisionado II, com carga horária 485 horas, deverá ser cursado
no 10º Período.
27

A realização do Estágio Curricular Supervisionado do Curso de Graduação em


Enfermagem será desenvolvida em conformidade à legislação vigente (Lei Nº 11.788,
de 25 de setembro de 2008 e Orientação Normativa Nº 2, de 24 de junho de 2016), ao
Estatuto e ao Regimento Geral desta Universidade, às Normas Gerais da Graduação da
UFU (Resolução 15/2011, do Conselho de Graduação), às Normas Gerais de Estágio da
Graduação da UFU (Resolução Nº 24/2012, do Conselho de Graduação) e aos critérios
estabelecidos pelo Colegiado do Curso por meio de normas complementares.
De forma geral, os estágios serão realizados no Hospital de Clínicas de
Uberlândia e nos Serviços da Rede Municipal de Saúde – Prefeitura Municipal de
Uberlândia e em outras entidades públicas, privadas ou filantrópicas, mediante
convênios e/ou parcerias. A distribuição dos acadêmicos nestes locais será determinada
conforme escala específica, elaborada pelo coordenador do estágio em consonância ao
professor orientador.
A coordenação do Estágio Curricular Supervisionado I e II será exercida por um
professor do Curso de Graduação em Enfermagem, designado pela Coordenação de
Curso e nomeado pelo Conselho da Unidade Acadêmica, São atribuições do
coordenador de estágio:
- Orientar, previamente ao início do estágio, o estudante quanto:
a) à formalização do estágio junto ao Setor de Estágio;
b) às leis e normas de estágio da UFU e do curso de graduação;
c) às obrigações da parte concedente;
d) aos seus direitos e deveres junto à parte concedente e junto à UFU; e

e) à ética profissional.

- Aprovar, previamente ao início das atividades de estágio, a realização do mesmo,


obrigatório ou não-obrigatório, por meio do deferimento do plano de atividades e
assinatura do termo de compromisso;

- Supervisionar, receber, emitir e encaminhar a documentação dos processos de estágios


ao setor de estágio da UFU;

- Convocar os estudantes, sempre que houver necessidade, a fim de esclarecer ou


solucionar problemas atinentes ao estágio;
28

- Esclarecer professores orientadores, estudantes e supervisores de estágio quanto à


necessidade de apresentação do plano de atividades e do relatório de atividades de
estágio;

- Organizar e manter atualizado, permanentemente, o cadastro das atividades de estágios


referente ao seu curso;

- Avaliar o relatório final de estágio e o parecer final do orientador, estabelecendo sua


aprovação ou reprovação;

- Submeter ao coordenador de curso a avaliação final de cada estágio;

- Manter comunicação com o setor de estágio e com o coordenador de curso para


encaminhamento dos procedimentos relativos ao estágio;

- Encaminhar uma via do relatório de atividades de estágio para o setor de estágio, após
a assinatura do professor orientador e do supervisor de estágio; e

- Apresentar um relatório anual de suas atividades como coordenador de estágio ao


colegiado de curso.
O acompanhamento do estágio será realizado por professor do Curso do Graduação em
Enfermagem - professor orientador, com as seguintes atribuições:
- Orientar o estudante, juntamente com o supervisor da parte concedente, na elaboração
do plano de atividades e acompanhar sua execução;

- Aprovar previamente a realização do estágio por meio do deferimento do plano de


atividades;

- Manter contatos com o supervisor de estágio da parte concedente e com o coordenador


de estágios do curso para acompanhamento das atividades desenvolvidas pelo
estagiário;
- Acompanhar, receber e avaliar os relatórios de atividades de estágio, apresentando
sugestões que contribuam para o aprimoramento do estudante e dando o direcionamento
que as normas complementares de estágio do curso definirem; e

- Elaborar e encaminhar aço coordenador de estágio um parecer sobre o relatório final


de estágio, indicando sua aprovação ou reprovação.
Para realização do estágio, o estudante deverá estar regularmente matriculado, atender à
legislação vigente e às normas complementares de estágio do curso, e observar os
29

procedimentos relativos à sua formalização, especialmente as assinaturas do plano de


atividade e do termo de compromisso. São obrigações dos estudantes:
- Escolher o local do estágio;

- Participar das atividades de orientação do estágio;

- Observar sempre os regulamentos da parte concedente;

- Redigir, juntamente com o supervisor de estágio, seu plano de atividades;

- Após deferimento do plano de atividades, entregar uma das vias ao coordenador de


estágios do curso, outra ao setor de estágio e outra à parte concedente, fazendo o mesmo
com o termo de compromisso assinado por todas as partes e guardando uma cópia para
si;

- Desenvolver o trabalho previsto no plano de atividades, conforme o cronograma


estabelecido;

- Enviar, em tempo hábil, os documentos solicitados pela parte concedente;

- Zelar pelo nome da parte concedente e da UFU;

- Manter um clima harmonioso com a equipe de trabalho no âmbito da parte concedente


e da UFU;

- Quando necessário ou quando solicitado, dirigir-se ao seu professor orientador de


estágio, mantendo sempre uma conduta condizente com sua formação profissional;

- Elaborar, em prazo não superior ao período letivo, os relatórios de atividades de


estágio;

- Entregar ao coordenador de estágios do curso um relatório final de atividades de


estágio, apresentando sugestões que contribuam para o aprimoramento das atividades
formativas e atendendo, ainda, às normas complementares do curso.
Para cada estagiário haverá um enfermeiro indicado pela parte concedente de estágio
que irá supervisionar o estudante, sendo que esse funcionário não poderá supervisionar
mais do que dez estagiários simultaneamente. Constituem atribuições do supervisor do
estágio na parte concedente:

- Auxiliar o estudante na elaboração do plano de atividades e acompanhar sua execução;


30

- Manter contato com o coordenador de estágio do curso e com o professor orientador


de estágio;

- Oferecer ao estudante a oportunidade de vivenciar situações de aprendizagem que


permitam uma visão real da profissão;

- Avaliar o desempenho do estagiário durante execução das atividades, apresentando


relatório avaliativo à UFU, quando solicitado; e

- Observar a legislação e os regulamentos da UFU relativos a estágios.


Devido as suas especificidades e relevância para a formação do aluno é
obrigatória a frequência integral no Estágio Curricular Supervisionado I e II. Em caso
de faltas justificadas até 25% da carga horária total, o aluno deverá repor as horas, a
critério da Coordenação, dos professores orientadores e enfermeiros supervisores do
estágio, durante o semestre letivo.
O processo de avaliação será realizado com participação dos professores
orientadores e/ou enfermeiros supervisores do estágio e dos alunos. Para ser aprovado, o
aluno deverá obter a nota mínima exigida, previstos nas normas acadêmicas. Esta
avaliação se dará de acordo com os critérios descritos em ficha de avaliação formulada
pelos professores do Curso que estão envolvidos nas atividades de estágio e/ou práticas.

As normas e diretrizes específicas para o Estágio Curricular supervisionado I e II


serão definidas pelo colegiado do Curso, respeitando a legislação vigente.

8.2. Núcleo II - Núcleo de aprofundamento e diversificação de estudos das áreas de


atuação profissional
O Núcleo II aprofundará e diversificará os estudos das áreas de atuação
profissional, incluindo os conteúdos específicos e pedagógicos, priorizadas pelo projeto
pedagógico dos cursos, em sintonia com os sistemas de ensino, que, atendendo às
demandas sociais.
Este núcleo conta com 660 horas distribuídas entre Componentes curriculares
obrigatórios, Trabalho de Conclusão de Curso, práticas pedagógicas e estágio de
práticas educativas (Quadro 03):
Quadro 3: Distribuição dos componentes curriculares que compõem o Núcleo II -
Núcleo de aprofundamento e diversificação de estudos das áreas de atuação
profissional.
31

Componente Curricular Carga Carga Carga


horária horária horária
teórica prática total
Estágio Supervisionado de Práticas Educativas I 0 165 165
Estágio Supervisionado de Práticas Educativas II 0 120 120
Estágio Supervisionado de Práticas Educativas III 0 120 120

PROINTER I 15 30 45
PROINTER II 15 30 45
PROINTER III 15 30 45
PROINTER IV 15 30 45
Seminário Institucional das Licenciaturas (SEILIC) 15 30 45
Trabalho de Conclusão de Curso 30 0 30
Total 105 555 660
horas
ALÉM DESTAS 660 HORAS COMPUTA-SE AINDA 285 HORAS DE PRÁTICA
COMO COMPONENTE CURRICULAR CONFORME EXPRESSO NO NÚCLEO I,
A SABER: (Dinâmicas das Relações Interpessoais - 15 horas práticas, Fundamentos de
Enfermagem - 135 horas práticas, Instrumentos Básicos de Enfermagem - 15 horas
práticas, Língua Brasileira de Sinais – Libras I - 30 horas práticas, Organização de
Estudos Acadêmicos - 15 horas práticas, Saúde Coletiva IV - 30 horas práticas,
Sistematização da Assistência de Enfermagem - 45 horas práticas).

8.2.1 Estágio Supervisionado de Práticas Educativas

Conforme o art. 1º da Lei 11.788/2008, “Estágio é o ato educativo escolar


supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o
trabalho produtivo de educandos”. A Resolução nº 2/2015 do CNE reafirma o Estágio
Supervisionado como componente curricular obrigatório nos cursos de licenciatura,
com carga horária de 400 (quatrocentas) horas a ser realizado na área de formação e
atuação na educação básica, contemplando também outras áreas específicas, se for o
caso, conforme o projeto de curso da instituição.
32

Nesse sentido, especialmente quanto ao Curso de Graduação em Enfermagem,


os componentes de Estágio Supervisionado de Práticas Educativas I (ESPE I) e Estágio
Supervisionado de Práticas Educativas II poderão ser desenvolvidos em escolas de
educação básica do primeiro ao nono ano escolar, incluindo educação tecnológica em
nível médio da área de saúde, e outros espaços de educação formais e informais. O
componente de Estágio Supervisionado de Práticas Educativas III (ESPE III) deverá ser
desenvolvido integralmente junto a escolas de curso de técnicos em enfermagem.

Os componentes de Estágio Supervisionado de Práticas Educativas I (ESPE I) e


Estágio Supervisionado de Práticas Educativas II, (ESPE II) e Estágio Supervisionado
de Práticas Educativas III (ESPE III) deverá ser desenvolvido preferencialmente em
escolas públicas; porém serão admitidas parcerias com instituições privadas, quando for
o caso.

Nesse sentido, demanda de professores orientadores e supervisores, em parceria


com os estudantes, um processo pedagógico dinâmico e dialógico, com reflexões
coletivas acerca das experiências vividas no cotidiano da escola durante a realização do
estágio. Nelas, diferentes dimensões de conhecimentos se integram, promovendo a
construção da identidade profissional do estudante. O saber fazer de cada campo, o
pensamento reflexivo sobre as escolhas teórico-metodológicas e os enfrentamentos das
contingências que se fazem no aqui-e-agora da experiência no estágio são, pelo menos,
três dimensões dessa complexidade, que não são separáveis do componente curricular
no que diz respeito a horas práticas e horas teóricas.(RESULUÇÃO 32/2017 CONSUN
– UFU)

Nos contextos escolares, o estágio supervisionado inicia-se a partir do primeiro


contato entre os estudantes e os professores orientadores dos cursos de licenciatura com
o professor supervisor da escola de educação básica ou de outro campo de estágio,
quando for o caso.(RESOLUÇÃO 32/2017 CONSUN – UFU).

Os encontros semanais em sala de aula na universidade e/ou nos próprios


espaços dos estágios fazem parte do contato entre professores e estudantes em escolas e
outros espaços educativos que possam constituir campo para o estágio, conforme
especificidades da atuação profissional na área e do projeto pedagógico do curso. Eles
têm como pauta situações cotidianas vivenciadas, articulando-se em muitos casos à
33

pesquisa bibliográfica e à reflexão sobre os registros orais e escritos, partes constitutivas


da prática docente. .(RESOLUÇÃO 32/2017 CONSUN – UFU).

O colegiado do curso definirá normas internas, para o Estágio Supervisionado de


Práticas Educativas, respeitando a legislação vigente.

8.2.3 Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)


As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em
Enfermagem (Resolução CNE nº 3 de 07 de novembro de 2001) em seu artigo 12,
determina que para a conclusão do Curso o aluno deverá realizar um trabalho sob
orientação docente.
O Trabalho de Conclusão de Curso - TCC é uma atividade de integração
curricular obrigatória do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal
de Uberlândia e consiste de trabalho final de nível superior, relacionado à profundidade
de estudo e investigação do tema, sua comparação com a literatura vigente, a emissão de
conclusões e apontamentos que direcionam a novas descobertas e caminhos para o viés
da continuidade de tais estudos por terceiros ou novas gerações.
O desenvolvimento do TCC do Curso de Enfermagem/UFU deverá atender,
além de normas técnicas e institucionais para elaboração de trabalhos acadêmicos, as
normas complementares apresentadas pela Comissão de Organização dos Trabalhos do
Curso de Graduação em Enfermagem (CO-TCC), aprovadas pelo Colegiado do Curso e
disponibilizadas por meio eletrônico.
De modo geral, o TCC deve ser desenvolvido individualmente, podendo ter
início a partir do primeiro período acadêmico, mas preferencialmente a partir do sexto
período respeitando o preparo do discente e o prazo máximo para conclusão do curso.
Ressalta que o projeto de pesquisa será desenvolvido durante a disciplina de
Metodologia Científica Aplicada à Enfermagem, com acompanhamento do professor
orientador.
A orientação do TCC em nosso Curso, entendida como processo de
acompanhamento didático pedagógico, será de responsabilidade de docentes da UFU,
preferencialmente docentes do Curso de Graduação em Enfermagem, que tenham no
mínimo o título de mestre. A figura do co-orientador poderá ser aceita, podendo ele
34

pertencer a outros Cursos, Serviços de Saúde e Instituições de Ensino, públicas ou


privadas.
A estrutura e apresentação do respectivo TCC devem estar em consonância com
as normas da ABNT de produção científica, que primam por uma padronização com
relação à redação empregada e à disposição textual no papel, incluindo componentes
pré-textuais, textuais e pós-textuais opcionais e obrigatórios, além de outros quesitos
referentes à elaboração e redação de um trabalho acadêmico.
Para fins avaliativos, os TCCs deverão ser apresentados sob as formas escrita e
oral que serão avaliadas por uma banca examinadora, composta pelo professor
orientador ou co-orientador e por outros dois professores pertencentes ao quadro de
docentes da UFU, indicados pelos pesquisadores ou pela CO-TCC.
A avaliação será expressa por uma nota, de 0 a 100 (zero a cem), atribuída ao
trabalho escrito (85,0 pontos totais) e à apresentação oral (15,0 pontos) do TCC, sendo
considerado aprovado o aluno que obtiver nota igual ou superior a 60 (sessenta),
satisfeitas as exigências contidas no respectivo regulamento da CO-TCC do Curso de
Graduação em Enfermagem. Uma vez que o Curso de Graduação em Enfermagem
apresenta um currículo articulado entre os graus bacharelado e licenciatura, o aluno
deverá apresentar apenas um TCC, que será considerado para ambos os graus.

As normas e diretrizes específicas para o Trabalho de Conclusão de Curso serão


definidas pelo colegiado do Curso, respeitando a legislação vigente.

8.5 Prática como Componente Curricular

A prática como componente curricular será composta pelos conteúdos práticos


dos componentes curriculares PROINTER I, II, III e IV com 180 horas; o SEILIC com
45 horas; bem como componentes curriculares essenciais para a formação profissional e
específica do enfermeiro, contabilizando 240 horas. A total, temos então, 420 horas de
prática como componente curricular.

8.5.1 Projetos interdisciplinares (PROINTER) e Seminário Institucional das


Licenciaturas (SEILIC)

Em cumprimento a resolução SEI Nº 32/2017, DO CONSELHO


UNIVERSITÁRIO (CONSUN), e em conformidade com a Resolução CNE/CP nº
35

2/2015, os Projetos Interdisciplinares (PROINTER) são componentes curriculares que


objetivam articular a teoria e a prática durante toda a formação do estudante e
aprofundar temáticas que objetivem a formação de professores nas diversas áreas
contidas no projeto politico pedagógico do curso (PPC). Os PROINTER buscam
desenvolver o espírito investigativo, por meio de pesquisas que problematizem o
contexto educacional em que os projetos serão desenvolvidos e, a partir disso, construir
alternativas para solucionar os problemas detectados, numa perspectiva colaborativa
com os espaços escolares e não escolares. Nessa perspectiva metodológica, os
PROINTER pautam-se, ao mesmo tempo, no princípio da pesquisa e da extensão, como
uma atitude cotidiana, que possibilita uma leitura crítica da realidade, a reconstrução de
processos de ensino-aprendizagem e questionamentos constantes da realidade em que
alunos e professores se encontram inseridos, tendo em vista sua transformação, por
meio do trabalho coletivo entre enfermeiros licenciandos, professores formadores e
professores de diferentes contextos educacionais, através da troca constante de saberes.

Dessa forma, precisam articular conhecimentos de diferentes áreas e disciplinas


necessários à formação docente na licenciatura integrando ensino, pesquisa e extensão.
O ensino é facilitado pelo trabalho do docente. Para contemplar a iniciação à pesquisa
na formação docente, os projetos precisam demandar investigação que, partindo da
identificação e delimitação de problemas ou necessidades da prática pedagógica e da
realidade em que se insere o trabalho docente na área da licenciatura, coloque questões
para as quais busca respostas, ainda que provisórias ou parciais, de forma planejada,
sistemática, rigorosa, com abordagem metodológica e procedimentos adequados de
acordo com os conhecimentos existentes, contribuindo para a superação dos problemas
ou necessidades que motivam e movem a pesquisa. Para assegurar o caráter de extensão
universitária os projetos devem articular as questões relativas à pesquisa e ao ensino
com necessidades, problemas e interesses dos discentes de enfermagem na licenciatura.
Os projetos podem variar quanto aos tipos, sendo de pesquisa, de ensino, de
desenvolvimento (ou de produto) e de intervenção.

Os PROINTER terão carga horária total de 180 horas (45 horas cada), e serão
cumpridos nos diferentes espaços escolares e não escolares como: escolas, unidades de
saúde, creches, hospitais, empresas, ambulatórios, Instituições de Longa Permanência
para Idosos (ILPI), entre outros, em articulação com os seguintes Componentes
36

curriculares: PROINTER I (Saúde Coletiva I); PROINTER II (Saúde Coletiva II);


PROINTER III (Saúde Coletiva III); PROINTER IV (Saúde Coletiva IV).

As atividades do PROINTER I constam de visitas à comunidade, em espaços


escolares e não escolares, onde o discente irá realizar observação e reconhecimento de
situações que promovam articulação entre a saúde e a educação. Além disto, o discente
deverá elaborar e apresentar relatórios de visitas, utilizando os recursos disponíveis na
biblioteca e em bancos de dados on-line.

No PROINTER II, serão desenvolvidas as atividades de visitas à comunidade,


em espaços escolares e não escolares, onde o discente irá conhecer os processos de
ensinar e aprender, para a formação de profissionais da saúde, à luz das peculiaridades
do presente e do futuro: reflexão sobre a dificuldade de comunicação no trabalho em
saúde, que impacta diretamente na saúde da população; discussão sobre os cuidados
necessários ao elaborar materiais educativos, formulação de instrumentos pedagógicos,
utilizando diferentes linguagens e tecnologias educacionais.

No PROINTER III o discente deverá problematizar situações vivenciadas nos


espaços escolares e não escolares, e, embasados (as) na prática baseada em evidência,
construir propostas que permitam a compreensão do processo de trabalho em saúde e
em enfermagem na atenção primária à saúde, a participação do enfermeiro na
mobilização social e no controle social, como um agente de mudança e de renovação
de estratégia no planejamento e na organização das redes de atenção do Sistema Único
de Saúde, fazendo a reflexão sobre a dificuldade de comunicação no trabalho em
saúde, que impacta diretamente na saúde da população; discussão sobre os cuidados
necessários ao elaborar materiais educativos em diferentes linguagens; tecnologias
educacionais; compreensão interdisciplinar capaz de atender as configurações, os
arranjos, as perspectivas múltiplas que a ciência tem que convocar para o
conhecimento mais aprofundado dos seus objetos de estudo.

No PROINTER IV, o discente deverá ser capaz de desenvolver ações


interdisciplinares, através da construção de redes explicativas de problemas que
permitam a confecção de intervenções baseadas nas evidências técnico-científicas,
elencadas dentro do projeto terapêutico singular (PTS) dos espaços escolares e não
escolares.
37

Os PROINTER culminarão no Seminário Institucional das Licenciaturas


(SEILIC). O SEILIC terá carga horária de 45 horas e objetivará a apresentação e
socialização dos resultados parciais ou finais dos PROINTER e primará pelo
desenvolvimento de ações construídas com a comunidade e norteadas pelos princípios
de troca de conhecimentos entre universidade e comunidade, de forma que o saber
acadêmico no e pelo contato com os saberes das comunidades se referencie, para atender
e dialogar com as demandas e necessidades sociais; e relação entre os saberes acadêmico
e comunitário numa interação dialógica em que ambos sejam protagonistas do processo.

8.5.2 Práticas de conteúdos de formação profissional e específica do enfermeiro

Os conteúdos curriculares essenciais para a formação profissional e específica


do enfermeiro comporão o corpo de conteúdo prático da formação do licenciando, a
saber:

Teórico Prático Total


Dinâmica das Relações Interpessoais 15 15 30
Fundamentos de Enfermagem 30 135 165
Instrumentos Básicos de Enfermagem 15 15 30
Língua Brasileira de Sinais – Libras I 30 30 60
Organização dos Estudos Acadêmicos 15 15 30
Saúde Coletiva IV 30 30 60
Sistematização da Assistência de Enfermagem 45 45 90
Total 180 285 465

8.6 Núcleo de formação III: Núcleo de estudos integradores para enriquecimento


curricular

O Núcleo III promoverá estudos integradores para enriquecimento curricular.


38

Componente Curricular Carga horária total


Atividade Acadêmica Complementar 200 horas

As Atividades Complementares constituem um conjunto de estratégias


pedagógico-didáticas que permitem, no âmbito do currículo, a articulação entre teoria e
prática e a complementação dos saberes e habilidades necessárias, a serem
desenvolvidas durante o período de formação do estudante.
A carga horária curricular de Atividades Complementares deverá ser, no
mínimo, 200 horas para efeito de integralização curricular. O colegiado do curso
definirá normas internas, para as Atividades Acadêmicas Complementares, respeitando
a legislação vigente. O quadro abaixo descrimina as atividades complementares:

Horas
Categoria Cód. Atividade limite Comprovação
ATCO Organização de eventos 20 Certificado ou
Eventos 0337 declaração
Acadêmicos da ATCO Participação com Apresentação 30 Comprovante
UFU 0013 de
apresentação
ATCO Participação como Ouvinte 10 Certificado ou
0336 declaração
ATCO Organização de eventos 40 Certificado ou
Eventos 0375 declaração
Acadêmicos ATCO Participação com Apresentação 30 Comprovante
Externos à UFU 0013 de
ATCO Participação como Ouvinte 20 apresentação
Certificado ou
0336 declaração
Visitas Técnicas ATCO Visitas em Uberlândia 5 Certificado ou
0335 declaração
ATCO Visitas fora de Uberlândia 10 Certificado ou
0335 declaração
Atividades de ATCO Monitoria 50 Declaração da
Monitoria 0114 Coordenação
Curso de língua ATCO Língua estrangeira 20 Certificado ou
estrangeira 0199 declaração
ATCO PIBIC, PIVIC, PIAIC, PBG 50 Certificado ou
0663 declaração
39

Programa de ATCO PIBID 50 Certificado ou


Iniciação 0478 declaração
ATCO Curso presencial 30 Certificado ou
Curso em áreas 1126 declaração
afins
ATCO Curso à distância 20 Certificado ou
0083 declaração
ATCO Participação em atividades 50 Certificado ou
0686 Voluntárias, com carga horária declaração
mínima de 50 horas (Amigos
da Escola, Projeto Rondon,
ATCO etc.)
Participação em projetos 50 Certificado
Projeto de 0660 aprovados pela PROEX
Extensão ATCO Participação em programas 50
0856 conveniados pela UFU de Certificado ou
intercâmbio institucional declaração
nacional e/ou internacional
Programa de ATCO
Educação 0897 Participação 50 Certificado
Tutorial (PET)
ATCO Publicação de trabalhos 40 Cópia de
0897 científicos em periódicos publicação
científicos
Publicações ATCO Publicação de trabalhos em 30 Cópia de
0944 anais publicação
ATCO Publicação de trabalhos 30 Cópia de
0855 científicos em periódicos não publicação
científicos
Atividades de ATCO
estágio não 0256 Estágio 50 Certificado ou
obrigatório declaração

8.7 Componentes Curriculares Optativos

O estudante deverá cursar no mínimo um total de 60 horas de Componentes


Curriculares Optativos para integralização curricular. O estudante deverá cursar no
mínimo 30 horas de qualquer Componente Curricular Optativo da Licenciatura, e 30
horas no mínimo de Componentes Curriculares Gerais.
O estudante poderá cursar os Componentes Curriculares Optativos específicos
da Licenciatura ou Gerais em qualquer período do curso.
40

O efetivo oferecimento dos componentes curriculares optativos no Curso de


Graduação em Enfermagem está condicionado ao número mínimo de 20 estudantes
matriculados. Admitir-se-á até 50 estudantes por turma, sendo as vagas destinadas
prioritariamente aos discentes do Curso de Enfermagem e, ainda havendo vagas, a
estudantes de outros cursos da UFU.
Além dos Componentes Curriculares Optativos ofertados pelo Curso, o
estudante de Enfermagem poderá cursar como optativos, de acordo com sua escolha,
componentes optativos oferecidos em outras unidades acadêmicas da Universidade,
desde que haja vagas por parte da ofertante e aprovação do Colegiado do Curso.
O Quadro 06 apresenta os componentes curriculares optativos ofertados pelo
Curso de Graduação em Enfermagem.

Quadro 04 – Componentes curriculares optativos específicos da Licenciatura

Componente Curricular Carga Carga Carga


horária horária horária
teórica prática total
Gerais
Ciências do Comportamento aplicadas à 60 - 60
Saúde
Dinâmica das Relações Familiares 30 - 30
Evolução do Comportamento Humano 30 - 30

Humanização do Cuidar 30 - 30
Total 150 - 150

Quadro 05 – Componentes curriculares optativos específicos gerais

Componente curricular

Cuidados Paliativos 30 - 30

Primeiros Socorros 30 - 30
41

Infecção hospitalar e suas interfaces 30


30 -
Cálculo Aplicado à Administração de 30 30
Medicamentos -
Total 120
120

8.8 Fluxograma Curricular

Apresentamos o fluxo curricular do Curso de Enfermagem por meio de


demonstração da distribuição dos componentes curriculares ao longo dos períodos do
Curso (Quadro 06), a natureza (optativas ou obrigatórias), carga horária (teórica e
prática), requisitos (pré-requisitos) e unidade acadêmica ofertante do respectivo
componente curricular.
Antes, porém, apresenta-se a distribuição de carga horária por componentes
curriculares no Quadro 07 a seguir:

QUADRO 07 - Síntese de distribuição de carga horária por componentes curriculares

Componentes Curriculares CH Percentual


TOTAL
Disciplinas Obrigatórias (constantes no Núcleo I) 2340 48,6
Estágio Supervisionado, grau Bacharelado (Núcleo I) 965 20,1
Disciplinas pedagógicas (Núcleo I) 300 6,3
Prática como Componente Curricular * (Núcleo II) 510* 10,7
Estágio Supervisionado, grau Licenciatura (Núcleo II) 405 8,4
Atividades Acadêmicas Complementares (Núcleo III) 200 4,1
Disciplinas Optativas Gerais 30 0,6
Disciplinas Optativas de Licenciatura 30 0,6
Trabalho de Conclusão de Curso 30 0,6
Total 4810 100%
*Encontra-se práticas de componentes curriculares tanto de formação geral, como
de formação de licenciado.
42
43

Representação gráfica
44

QUADRO 06 – Distribuição dos componentes curriculares ao longo dos períodos acadêmicos do Curso

Natureza Carga Horária Requisitos Unidade


Período Disciplinas (Optativa, Acadêmica
Teórica Prática Total Pré-req. Co-req. ofertante

Anatomia Humana Obrigatória 45 60 105 Livre - ICBIM


Histologia, Embriologia e
Citologia Obrigatória 30 60 90 Livre ICBIM
-
Saúde Coletiva I Obrigatória 30 - 30 Livre FAMED
-
Sociologia Obrigatória 30 - 30 Livre - INCIS
Psicologia Aplicada à
1o Saúde Obrigatória 30 - 30 Livre - IPUFU
Ética e Bioética
Profissional Obrigatória 45 - 45 Livre FAMED
-
Enfermagem,
Sociedade e Obrigatória 30 - 30 Livre FAMED
-
Universidade
Organização dos
Estudos Obrigatória 15 15 30 Livre FAMED
-
Acadêmicos
História da Educação Obrigatória 60 - 60 Livre - FACED
PROINTER I
Obrigatória 15 30 45 Livre FAMED
-
ENADE – -
Ingressante* Obrigatório - - - - -
Bioquímica
Obrigatória 45 15 60 Livre IBTEC
-
Anatomia
Humana e
Fisiologia Obrigatória 60 30 90 Histologia, - ICBIM
Embriologia e
Citologia
Histologia,
Microbiologia Obrigatória 60 30 90 Embriologia e - ICBIM
2o Citologia
Instrumentos Básicos de
Enfermagem Obrigatória 15 15 30 Livre FAMED
-
Saúde Coletiva II Obrigatória 30 - 30 Saúde Coletiva I - FAMED

Dinâmica das Relações


Interpessoais Obrigatória 15 15 30 Livre - FAMED
Bioestatística Obrigatória 45 - 45 Livre -- FAMAT
Política e Gestão
da Educação Obrigatória 60 - 60 Livre - FACED
PROINTER II
Obrigatória 15 30 45 PROINTER I FAMED
-

Genética e Evolução Obrigatória 30 15 45 Livre IBTEC


-
Patologia Obrigatória 30 15 45 Fisiologia - FAMED

Parasitologia Obrigatória 30 15 45 Livre - ICBIM


Sistematização da Instrumentos

Assistência de Obrigatória 45 45 90 Básicos de - FAMED
Enfermagem Enfermagem
Saúde Coletiva III Obrigatória 60 - 60 Saúde Coletiva II FAMED
45

Psicologia da Educação Obrigatória 60 - 60 Livre IPUFU


-
Didática Geral Obrigatória 60 - 60 Livre - FACED
PROINTER III Obrigatória 15 30 45 PROINTER II FAMED
Bioquímica e
Imunologia Obrigatória 60 - 60 Fisiologia - ICBIM
Bioquímica e
Farmacologia Obrigatória 75 - 75 Fisiologia ICBIM
-
Microbiologia e
Fundamentos de Obrigatória 30 135 165 Sistematização da FAMED
4º Enfermagem Assistência de -
Enfermagem
Saúde Coletiva IV Obrigatória 30 30 60 Saúde Coletiva III FAMED
-

Saúde da Família
Obrigatória 30 - 30 Livre - FAMED

PROINTER IV
Obrigatória 15 30 45 PROINTER III - FAMED

Nutrição e Dietoterapia Obrigatória 30 - 30 Livre FAMED


-
Bases Teóricas de Fundamentos de
Enfermagem Cirúrgica Obrigatória 30 15 45 Enfermagem - FAMED
Fundamentos de
Saúde do Trabalhador Obrigatória 15 30 45 Enfermagem FAMED
-
Fundamentos de
Saúde do Adulto Obrigatória 30 30 60 Enfermagem FAMED
-
Fundamentos de
5º Saúde do Idoso Obrigatória 30 30 60 Enfermagem FAMED
Sistematização da
Assistência de Fundamentos de
Obrigatória 30 30 60 Enfermagem - FAMED
Enfermagem Médica I
Língua Brasileira de
Sinais –LIBRAS I Obrigatória 30 30 60 Livre - FACED
Seminário
Institucional das Obrigatória 15 30 45 PROINTER I,II, III - FAMED
Licenciaturas e IV
(SEILIC)
Metodologia do Ensino
de Enfermagem Obrigatória 60 - 60 Livre FAMED
-

Assistência Integral à
Saúde da Criança e do Fundamentos de
Obrigatória 60 15 75 Enfermagem - FAMED
6º Adolescente I
Assistência Integral à Fundamentos de
Saúde da Mulher I Obrigatória 60 15 75 Enfermagem FAMED
-
Sistematização da Sistematização da
Assistência de Obrigatória 30 30 60 Assistência de FAMED
Enfermagem -
Enfermagem Médica II
Médica I
Sistematização da Bases Teóricas de
Assistência de Obrigatória 30 45 75 Enfermagem - FAMED
Enfermagem Cirúrgica Cirúrgica
Didática geral e
Estágio Supervisionado Obrigatória - 165 165 Metodologia do FACED
Ensino de -
de Práticas Educativas Enfermagem
I***
46

7º Assistência Integral à Assistência Integral


Saúde da Criança e do Obrigatória 60 15 75 à Saúde da Criança FAMED
e do -
Adolescente II Adolescente I
Assistência Integral à Assistência Integral à
Saúde da Mulher II Obrigatória 60 15 75 Saúde - FAMED
da Mulher I
Gestão dos Serviços de Fundamentos de
Enfermagem I Obrigatória 105 - 105 Enfermagem - FAMED

Estágio
Estágio Obrigatória - 120 120 Supervisionado de FACED
Supervisionado de Práticas -
Práticas Educativas II Educativas I
Organização de
Estudos Acadêmicos,
Metodologia Científica Fundamentos de
Obrigatória 30 - 30 Enfermagem FAMED
Aplicada à Enfermagem -
8º Assistência de Bases Teóricas de
Enfermagem em Obrigatória 30 30 60 Enfermagem - FAMED
Urgência e Emergência Cirúrgica
Gestão dos Serviços de Gestão dos Serviços
Enfermagem II Obrigatória 45 - 45 de Enfermagem I FAMED
-
Estágio
Estágio Supervisionado Obrigatória - 120 120 Supervisionado de FACED
de Práticas Educativas Práticas -
III Educativas II
Psicologia Aplicada
Enfermagem em Saúde Obrigatória 60 75 135 à Saúde e FAMED
Mental Fundamentos -
de Enfermagem
Farmacologia,
Estágio Curricular Fundamentos de
Supervisionado I**** Obrigatória - 480 480 - FAMED
Enfermagem,
9º Sistematização
da Assistência
de Enfermagem
Médica II,
Sistematização
da Assistência
de Enfermagem
Cirúrgica,
Assistência
Integral à Saúde
da Mulher II,
Assistência
Integral à Saúde
da Criança e do
Adolescente II,
Assistência de
Enfermagem em
Urgência e
Emergência,
Gestão dos
Serviços de
Enfermagem II,
Enfermagem em
Saúde Mental .
Metodologia
Trabalho de Obrigatória 30 0 30 Científica FAMED
Conclusão de Aplicada à -
Curso** Enfermagem
Estágio Curricular Estágio Curricular
Obrigatória FAMED
47

Supervisionado II - 485 485 Supervisionado I -


10º
Redação de Artigo
Científico Obrigatória Livre FAMED
- 15 15 -
ENADE – Concluinte* -
Obrigatória - - - - -
Atividades Acadêmicas -
Complementares****** Obrigatória - - 200 - -
Disciplinas optativas de -
Licenciatura***** Optativa - - 30 - -
Disciplinas optativas -
Gerais ***** Optativa - - 30 - -

Ciências do Optativa 60 -- 60 Livre FAMED


-
OPTATIVAS DE LICENCIATURA

Comportamento
aplicadas à Saúde
-
Dinâmica das Relações Optativa 30 - 30 Livre FAMED
Familiares
-
Evolução do Optativa 30 - 30 Livre FAMED
Comportamento
Humano
Humanização do Optativa 30 30 Livre - FAMED
Cuidar
Cuidados Paliativos Optativa 30 -- 30 Livre FAMED
-
OPTATIVAS GERAIS

Primeiros Socorros Optativa 30 -- 30 Livre FAMED


-
Infecção hospitalar e suas Optativa 30 -- 30 Livre FAMED
interfaces -
Cálculo aplicado à
Administração de Optativa 30 -- 30 Livre - FAMED
medicamentos
Observações:
*O ENADE é componente curricular obrigatório, conforme Lei n. 10.861, 14 de abril de 2004.
**O Trabalho de conclusão de Curso (TCC) é componente curricular obrigatório. Para cursar TCC é necessário ter sido aprovado em
Metodologia Científica Aplicada à Enfermagem.
*** Para cursar Estágio Supervisionado de Práticas Educativas I o discente deverá ter cursados os componentes curriculares: Didática
Geral e Metodologia do Ensino de Enfermagem.
**** Para cursar Estágio Curricular Supervisionado I o discente deverá ter cumprido os componentes curriculares: Farmacologia,
Fundamentos de Enfermagem, Sistematização da Assistência de Enfermagem Médica II, Sistematização da Assistência de Enfermagem
Cirúrgica, Assistência Integral à Saúde da Mulher II, Assistência Integral à Saúde da Criança e do Adolescente II, Assistência de
Enfermagem em Urgência e Emergência, Gestão dos Serviços de Enfermagem II, Enfermagem em Saúde Mental. Para cursar Estágio
Curricular Supervisionado II o aluno deverá ter cursado o Estágio Supervisionado I.
*****As disciplinas optativas poderão ser cursadas em qualquer momento do curso. O aluno deverá integralizar, no mínimo, 60 horas
em disciplinas optativas, sendo que será, no mínimo, 30 horas em disciplinas optativas de Licenciatura e, no mínimo, 30 horas em
disciplinas optativas Gerais. Os discentes poderão cursar como optativas gerais e de Licenciatura, quaisquer disciplinas oferecidas pela
FAMED ou por outras unidades academicas da UFU, desde que sejam areas afins a formação e sejam aprovadas pelo colegiado do
curso.
****** As atividades acadêmicas complementares serão desenvolvidas ao longo do curso.

8.9 Equivalência entre componentes curriculares para aproveitamento de estudos

Durante a implantação deste novo currículo o Curso de Graduação em


Enfermagem oferecerá paralelamente os Componentes curriculares do CURRÍCULO
5000703LBI, denominado “currículo antigo”. Neste sentido, o estudante que ingressou
48

durante a vigência do currículo antigo permanecerá naquela proposta até concluir o


curso. Caso o discente faça o trancamento parcial ou total, ou ainda, seja reprovado em
algum Componente curricular que não esteja mais sendo oferecido, o mesmo deverá
cursar os Componentes curriculares equivalentes do currículo novo. Os casos não
previstos nesta regra serão analisados pelo Colegiado do Curso de Graduação em
Enfermagem.
49

Quadro 08 – Equivalência Curricular

CURRÍCULO 5000703LBI CURRÍCULO NOVO

CÓDIGO COMPONENTES CARGA HORÁRIA SALDO CÓDIGO COMPONENTES CARGA HORÁRIA


CURRICULARES CURRICULARES
Teórico Prático Total Teórico Prático Total
– – Prático
Prático
GEN001 Anatomia Humana 45 45 105 - Anatomia Humana 45 45 105
GEN002 Histologia, Embriologia, 60 90 - Histologia, Embriologia, 60 90
30 30
Citologia Citologia
GEN005 Sociologia 30 0 30 - Sociologia 30 0 30
GFP050 Psicologia Aplicada à - Psicologia Aplicada à
30- 0 30 30 0 30
Saúde Saúde
GEN007 Ética e Antropologia 0 45 - Ética e Bioética 0 45
45 45
Filosófica Profissional
GEN010 Enfermagem, 0 30 - Enfermagem, 0 30
30 30
Sociedade e Sociedade e
Universidade Universidade
GEN009 Organização dos Estudos 0 30 - Organização dos Estudos 0 30
30 30
Acadêmicos Acadêmicos
GFP012 -
História da Educação 60 História da Educação 60
GEN011 Bioquímica 15 60 - Bioquímica 15 60
45 45
GEN012 30 90 - 30 90

Fisiologia 60 Fisiologia 60
GEN013 30 90 30 90
Microbiologia 60 Microbiologia 60
GEN015 Instrumentos Básicos de 0 30 - Instrumentos Básicos de 0 30
30 30
Enfermagem Enfermagem
GEN017 0 30 - 0 30
Saúde Coletiva II 30 Saúde Coletiva II 30
GEN018 Dinâmicas das Relações 0 30 - Dinâmicas das Relações 0 30
30 30
Interpessoais Interpessoais
GEN045 Bioestatística 45 0 45 - Bioestatística 45 0 45

GFP025 Políticae Gestão 0 60 - Políticae Gestão 0 60


60 60
da Educação da Educação
GEN014 15 45 - 15 45
Genética e Evolução 30 Genética e Evolução 30
GEN021 15 45 - 15 45
Patologia 30 Patologia 30
GEN022 15 45 - 15 45
Parasitologia 30 Parasitologia 30
GEN057 Sistematização da 45 45 90 - Sistematização da 45 45 90
Assistência de Assistência de
Enfermagem Enfermagem
GEN024 0 60 - 30 60
Saúde Coletiva III 60 Saúde Coletiva III 30
GFP050 0 60 - 0 60
Psicologia da Educação 60 Psicologia da Educação 60
GEN031 0 60 - 0 60
Didática Geral 60 Didática Geral 60
GEN028 0 60 - 0 60
Imunologia 60 Imunologia 60
GEN020 0 75 - 0 75
Farmacologia 75 Farmacologia 75
GEN023 90 165 - 135 165
Fundamentos de 75 Fundamentos de 15
Enfermagem Enfermagem
GEN026 Saúde da Família 0 30 - Saúde da Família 0 30
30 30
50

GEN030 0 30 - 0 30
Nutrição e Dietoterapia 30 Nutrição e Dietoterapia 30
GEN29 Bases Teóricas de 15 45 - Bases Teóricas de 15 45
30 30
Enfermagem Cirúrgica Enfermagem Cirúrgica
GEN037 30 45 - 30 45
Saúde do Trabalhador 15 Saúde do Trabalhador 15
GEN038 30 60 - 30 60
Saúde do Adulto 30 Saúde do Adulto 30
GEN044 30 60 - 30 60
Saúde do Idoso 30 Saúde do Idoso 30
GEN036 Sistematização da 30 30 60 - Sistematização da 30 30 60
Assistência de Assistência de
Enfermagem Médica I Enfermagem Médica I
GEN050 Metodologia de Ensino 0 60 - Metodologia de Ensino 0 60
60 60
de Enfermagem de Enfermagem
GEN031 Assistência Integral à 60 15 75 - Assistência Integral à 60 15 75
Saúde da Criança e do Saúde da Criança e do
Adolescente I Adolescente I
GEN032 Assistência Integral à 15 75 - Assistência Integral à 15 75
60 60
Saúde da Mulher I Saúde da Mulher I
GEN042 30 60 - 30 60
Sistematização da Sistematização da
30 30
Assistência de Assistência de
Enfermagem Médica II Enfermagem Médica II
GEN0058 Sistematização da 45 75 - Sistematização da 45 75
Assistência de 30 Assistência de 30
Enfermagem Cirúrgica Enfermagem Cirúrgica
GEN049 Estágio Supervisionado 165 165 - Estágio Supervisionado 165 165
de Práticas Educativas 0 de Práticas Educativas 0
I I
GEN039 15 75 - 15 75
Assistência Integral à Assistência Integral à
60 60
Saúde da Criança e do Saúde da Criança e do
Adolescente II Adolescente II
GEN040 15 75 - 15 75
Assistência Integral à Assistência Integral à
60 60
Saúde da Mulher II Saúde da Mulher II
GEN041 Gestão dos Serviços de 0 105 - Gestão do Serviço de 0 105
105 105
Enfermagem I Enfermagem I
GEN053 Estágio 120 120 - Estágio 120 120
Supervisionado de 0 Supervisionado de 0
PráticasEducativas II PráticasEducativasII
GEN045 Enfermagem em Saúde 75 135 - Enfermagem em Saúde 75 135
Mental 60 Mental 60
GEN059 Assistência de 30 30 60 - Assistência de 30 30 60
Enfermagem em Enfermagem em
Urgências e Urgências e
Emergências Emergências
GEN Gestão dos Serviços de 0 45 - Gestão dos Serviços de 0 45
45 45
Enfermagem II Enfermagem II
GEN047 0 30 - 0 30
Metodologia Científica 30 Metodologia Científica 30
Aplicada à Enfermagem Aplicada à Enfermagem
GEN055 Estágio Supervisionado 120 120 - Estágio Supervisionado 120 120
de Práticas Educativas III 0 de Práticas Educativas 0
III
GEN051 465 465 +15 480 480
Estágio Curricular Estágio Curricular
0 0
Supervisionado I Supervisionado I
GEN067 Trabalho de - 30 - Trabalho de - 30
Conclusão de Curso 30 Conclusão de Curso 30
GEN054 Estágio Curricular 465 465 +20 Estágio Curricular 485 485
Supervisionado II 0 Supervisionado II 0
GEN068 Redação de Artigo 0 15 15 - Redação de Artigo 0 15 15
Científico Científico
GEN066* 0 30 - 0 30
Dinâmica das Relações 30 Dinâmica das Relações 30
Familiares Familiares
GEN* 0 30 - 0 30
Evolução do 30 Evolução do 30
Comportamento Comportamento
Humano Humano
GEN060* 0 30 - 0 30
Cuidados Paliativos 30 Cuidados Paliativos 30
51

GEN062* Infecções Hospitalares 0 30 - Infecções Hospitalares 0 30


30 30
e Suas Interfaces e Suas Interfaces
GEN063* Cálculo 0 30 - Cálculo 0 30
Aplicado à 30 Aplicado à 30
Administracão Administração
de de
medicamentos medicamentos
GEN064* 0 30 - 0 30
Humanização do Cuidar 30 Humanização do Cuidar 30
+35 horas
Saldo total

*conteúdos optativos

8.10 Atendimento aos requisitos legais e normativos

Os conteúdos curriculares obrigatórios Saúde Coletiva I e Projeto


Interdisciplinar I (PROINTER I) atendem as legislações específicas de Educação para
as relações étnico-raciais.

O conteúdo curricular obrigatório Dinâmica das Relações Interpessoais atende as


legislações específicas de Educação em Direitos Humanos.

O conteúdo curricular obrigatório Saúde Coletiva III atende as legislações


específicas de Educação Ambiental.

Os conteúdos curriculares obrigatórios a seguir atendem os conteúdos indicados


no parágrafo 2 do artigo 13 da Resolução 02/2015, a saber:

- Os conteúdos curriculares obrigatórios Saúde da família e Saúde coletiva IV, atendem


a Diversidades de gênero, sexual, religiosa, de faixa geracional.

- O conteúdo curricular obrigatório Metodologia do Ensino de Enfermagem atende a


Educação especial.

- O conteúdo curricular obrigatório Atenção Integral à Saúde da Criança I atende a


Direitos educacionais de adolescentes e jovens em cumprimento de medidas
socioeducativas.

O conteúdo curricular de Língua Brasileiras de Sinais - LIBRAS é obrigatório


no currículo do curso de Licenciatura e Bacharelado.
52

9. DIRETRIZES GERAIS PARA O DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO


DO ENSINO

Os novos desafios sociais, políticos e culturais, o esgotamento do paradigma


biomédico, e a mudança do perfil epidemiológico da população nas últimas décadas têm
imposto aos trabalhadores do setor da saúde mudanças na prática assistencial e,
portanto, na formação destes profissionais.
Consideramos o conhecimento como algo em permanente construção e a
aprendizagem como um processo dinâmico e contínuo que se realiza pela reflexão do
estudante mediada pelo professor. No Curso de Enfermagem o relacionamento
interpessoal e interdisciplinar, o diálogo, os questionamentos, a inovação e a
criatividade são instrumentos básicos para o alcance de aprendizagem sendo que os
processos avaliativos decorrentes dessa compreensão de aprendizagem buscará
identificar o grau de autonomia e os percursos do estudante no processo de
elaboração/significação do conhecimento e orientará o professor no caminho de suas
ações didáticas.

Para a facilitação da aprendizagem, o Curso busca adotar o modelo da


Metodologia da Problematização, fundamentado na certeza de que o estudante é sujeito
ativo no processo de construção do seu conhecimento, cumprindo ao professor a
condução dos processos de ensino e aprendizagem pelo permanente desafio do
raciocínio do aluno e pela progressiva integração de novos conhecimentos às
experiências prévias.
Os conteúdos ensinados são contextualizados e estão articulados com a pesquisa
e com a extensão, sendo o rigor teórico e as referências éticas eixos articuladores do
desenvolvimento metodológico com vistas ao alcance da real aprendizagem.
No desenvolvimento deste currículo espera-se que os estudantes vivenciem
atividades didáticas diversificadas, como seminários, debates, painéis, estudos dirigidos,
aulas expositivas, exposições dialogadas, desenvolvimento de pesquisas,
demonstrações, oficinas, realização de experimentos, dinâmicas de grupos e exercícios.
53

10. ATENÇÃO AO ESTUDANTE

Em consonância à Universidade Federal de Uberlândia, o Curso de Graduação


em Enfermagem busca contribuir para o acesso, a permanência e o êxito na conclusão
do curso.
Uma das missões da UFU está voltada à implementação de Políticas de
Assistência Estudantil voltada para inclusão social, produção de conhecimentos,
formação ampliada, melhoria do desempenho acadêmico e da qualidade de vida,
garantindo o direito à educação aos discentes. A UFU, por meio da Pró-Reitoria de
Assuntos Estudantis (PROAE) atua, entre outras, nas áreas de esporte e lazer, moradia,
alimentação, acessibilidade, transporte, atenção à saúde, inclusão digital, cultura,
creche, apoio pedagógico e combate às discriminações de gênero, de diversidade sexual
e étnico-raciais.
Em 2016, no âmbito da Faculdade de Medicina (FAMED-UFU) foi criado o
Núcleo de Bem-Estar Acadêmico (NBA). Trata-se de uma estrutura de caráter
permanente, de natureza multidisciplinar, ligado à Direção da Faculdade de Medicina e
tem como missão a assistência, a promoção do bem-estar e a pesquisa do bem-estar
acadêmico dos discentes da Faculdade de Medicina desta Universidade com vistas à
integração social e aprimoramento do processo ensino-aprendizagem, com interface
com a gestão acadêmica dos Cursos de Graduação da FAMED, tais como o Curso de
Graduação em Enfermagem.

A promoção do bem-estar no NBA consiste em atividades individuais e/ou


coletivas, tais como práticas de atividade física, orientação nutricional, grupos de
meditação, mentoring, etc. Já as atividades assistenciais estão relacionadas ao
acolhimento das demandas pedagógicas e psíquicas do discente; ao atendimento em
enfermagem mental, médico clínico e psiquiátrico, nutricional e psicológico; e à
orientação psicopedagógica e social.

O curso de Enfermagem procura incluir pessoas com mobilidade reduzida ou


deficiência em todas as atividades didático-pedagógicas e culturais, buscando parceiros
intra e interinstitucional para o apoio a esses estudantes, a fim se adaptar, e tornar
acessível a todos, o conhecimento produzido.
54

Com relação à aplicação das normas legais de acessibilidade, a UFU tem


desenvolvido ações e adotado práticas que viabilizem o pleno cumprimento das normas
legais de acessibilidade. A concepção de que o estudante com deficiência é um sujeito
ativo, cujas necessidades, vivências e visão de mundo assumem uma função primordial
para a organização de um espaço físico socialmente acessível, constituem-se princípios
que orientam as ações de acessibilidade na UFU. Dessa forma, para que se consolide
uma cultura de inclusão educacional na Universidade, torna-se imprescindível que as
pessoas com deficiência construam sua autonomia. Na UFU preconiza-se o apoio e
acompanhamento irrestrito dos estudantes com deficiência desde sua inscrição no
processo seletivo ao acompanhamento permanente no decorrer do curso de graduação,
por meio do CEPAE – Centro de Ensino, Pesquisa, Extensão e Atendimento em
Educação Especial e da DIASE – Divisão de Assistência ao Estudante. O CEPAE foi
criado em 2004, considerando a necessidade de se implementar um espaço de
discussões e reflexões sócio-político-educacionais, no interior da UFU, que fomentasse
a construção de novos conhecimentos e de novas alternativas de ação dentro daquela
área educacional. O Cepae foi idealizado partindo do pressuposto que todas as suas
ações deveriam apoiar-se no tripé pesquisa, ensino e extensão, e que estas ações
deveriam envolver tanto os profissionais e alunos das diversas unidades acadêmicas da
UFU, como também agregar outras pessoas da comunidade local que compartilhassem
o mesmo interesse pela Educação Especial.

Desde 2010 o Cepae encontra-se alocado na Faculdade de Educação e continua


desempenhando suas funções enquanto Núcleo de Acessibilidade da instituição,
atuando no sentido no ensino, pesquisa, extensão e atendimento educacional
especializado aos discentes da instituição.

Em relação a alunos com Transtorno de Aspectro Autista, não se registra, até o


momento, nenhum caso conhecido no Curso de Enfermagem. Caso isso ocorra, o curso
reafirmará sua parceira com o NAB/FAMED e PROAE com vistas a adaptação das
atividades para melhor desempenho desses estudantes, além de manter contato
permanente com sua rede familiar a fim de se ampliar esse apoio para além da
universidade. Adicionalmente, quanto aos estudantes com necessidades específicas
educacionais, como: transtorno obsessivo compulsivo; transtorno bipolar e ansiedade
55

generalizada dentre outros transtornos emocionais já vem sendo atendidos no Setor de


Atendimento Psicológico – SEAPS/DIASE.

A Orientação em Saúde Mental é uma ação do Programa de Atendimento


Psicológico da Divisão de Saúde (DISAU/DIRVE/PROAE/UFU) destinada às pessoas
vinculadas ao meio acadêmico ou familiar do estudante atendido no setor, mediante
avaliação de necessidade, com objetivo de ampliar a compreensão dos diversos aspectos
relacionados ao ambiente psicossocial do estudante. A Orientação Psicológica é uma
ação do Programa de Atendimento Psicológico da Divisão de Saúde
(DISAU/DIRVE/PROAE/UFU), realizada em um único encontro e caracterizada pela
escuta à demanda/queixa do estudante. Apresenta-se como uma alternativa de ajuda
terapêutica, cujo objetivo principal é oferecer informação, orientação e encaminhamento
adequado àqueles que procuram algum tipo de assistência psicológica.

A partir de 2012, foram admitidos na UFU os seguintes profissionais: uma


Psicóloga Educacional, um psicopedagogo e um pedagogo que têm como tarefa o
atendimento às dificuldades de aprendizagem neste setor, possibilitando uma maior
aproximação entre a área de Assistência Estudantil com a Pró-Reitoria de Graduação,
por meio da Diretoria de Ensino, para tratar de casos graves de estudantes com
transtornos específicos de aprendizagem. Como desdobramento desta aproximação foi
possível criar uma comissão que irá estudar e propor uma emenda às Normas de
Graduação da UFU com o intuito de atender estes estudantes que não se enquadram em
deficiências ou transtornos globais de desenvolvimento ou altas habilidades, mas que
também precisam ser assistidos e incluídos na Educação Superior.

Neste sentido, o Curso de Enfermagem, por meio da coordenação de curso e de


seus docentes e técnicos administrativos, está atento às necessidades de seus discentes.
Todos estão orientados e preparados para o acolhimento, diagnóstico situacional e
encaminhamento daqueles que apresentam quaisquer necessidades, sendo que a
identificação pode ser feita por demanda do estudante ou a partir da percepção dos
profissionais do Curso que estão direto ou indiretamente envolvidos na formação do
estudante.

Registra-se que o Diretório Acadêmico do Curso de Enfermagem tem a


coordenação do curso como parceira e apoiadora das ações desenvolvidas visando à
melhoria da formação dos estudantes. Destaca-se, ainda, que as reuniões de Colegiado
56

de Curso de Enfermagem e do Conselho da Faculdade de Medicina contam com


representantes dos estudantes, escolhidos pelo conjunto do corpo discente, sendo que as
demandas destes são discutidas coletivamente tendo o diálogo como principal
ferramenta.

11. PROCESSOS DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM E DO CURSO

11.1. Avaliação da aprendizagem dos estudantes


A avaliação da aprendizagem dos estudantes se dá por meio de um processo
contínuo e permanente com função diagnóstica e formativa. Ela ocorre de tal forma que
possibilite o desenvolvimento pleno do discente em suas múltiplas dimensões: humana,
cognitiva, política, ética, cultural, social e profissional.
Os critérios para Avaliação e aproveitamento seguem as normas já existentes
nesta Universidade (Resolução nº 15 de 10 de junho de 2011, do Conselho de
Graduação), sendo que a avaliação é feita por componente curricular, abrangendo os
aspectos de assiduidade e aproveitamento acadêmico.

11.2. Avaliação do curso e do Projeto Pedagógico


Para a avaliação do Curso, o Colegiado irá elaborar uma proposta com base nas
normas vigentes na Universidade. A avaliação será realizada com participação do corpo
discente, docente e técnico administrativo, tendo como objetivos levantar os pontos
positivos e negativos relacionados ao desenvolvimento do projeto pedagógico e das
atividades de seus docentes. Além disso, será utilizada a avaliação do ENADE e do
egresso em relação ao curso.
Considerando que a qualidade acadêmica está efetivamente ligada ao
cumprimento da função social da Universidade, que é de ensinar, pesquisar e praticar a
extensão em favor do desenvolvimento dos sujeitos e da sociedade como um todo, estão
previstas diferentes formas de avaliação do Projeto Pedagógico. Ao longo de seu
processo de implantação, avaliações anuais serão realizadas com o objetivo de
aperfeiçoar a proposta pedagógica em seus diferentes momentos de implementação,
buscando manter sua qualidade e fidelidade aos seus princípios fundamentais. Este
57

procedimento permitirá perceber os avanços e as fragilidades no processo de


aprendizagem a tempo de possibilitar mudanças na realidade dos espaços de formação
profissional. Também possibilitará redirecionar, caso seja necessário, os objetivos, a
identidade profissional delineada, a organização curricular, as formas de implementação
e as condições de funcionamento do curso.
A avaliação continuada do Projeto Pedagógico do Curso ficará a cargo do
Núcleo Docente Estruturante (NDE), que adotará ações como: seminários anuais com os
professores do curso; reuniões semestrais com os professores responsáveis pelas
atividades de cada conjunto de disciplinas ofertadas do curso, buscando ampliar as
possibilidades de integração entre as mesmas, bem como oferecimento de avaliação
contínua através de recursos on-line. Além da avaliação permanente pelo NDE, deverá,
também, ser realizada a cada dois anos, uma assembleia com a comunidade do curso
(professores, estudantes e técnicos) no intuito de identificar problemas e sugestões para
o aprimoramento do Projeto Pedagógico do Curso.
Os docentes também serão avaliados semestralmente, por meio da “Avaliação do
docente pelo discente”, ferramenta online disponibilizada pela UFU, no Portal do
Estudante.

11.3. Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade)


O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE) é componente
curricular obrigatório do Curso de Graduação em Enfermagem, sendo a participação do
estudante concluinte condição indispensável para integralização curricular. Seu objetivo
é avaliar o desempenho dos estudantes com relação aos conteúdos programáticos
previstos nas Diretrizes Curriculares, o desenvolvimento de competências e habilidades,
bem como o nível de atualização dos estudantes em temas da realidade brasileira e
mundial.
O ENADE tem sido um desafio para as Instituições de Ensino Superior, uma vez
que a “Nota ENADE” é um dos indicadores que atestam não só o desempenho do
estudante como, também, a qualidade e a excelência dos cursos e da Instituição. Neste
sentido, o Curso de Graduação em Enfermagem busca direcionar a preparação dos
discentes, ao longo de sua vida acadêmica, para o Exame Nacional por meio da
aplicação de exercícios e avaliações que seguem o modelo de questões ENADE.
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Acreditamos que a metodologia de ensino que o Curso busca adotar –


Metodologia Problematizadora – constitui em importante ferramenta para o alcance de
êxito nas avaliações ENADE. No entanto, é senso comum que a operacionalização de
todas as atividades e recursos que envolvem a prática de ensino-aprendizagem é
extremamente complexa e instável. Não obstante, destaca-se o descompromisso do
estudante em participar de forma efetiva do processo de avaliação ENADE.

12. ACOMPANHAMENTO DE EGRESSOS

O Curso de Graduação em Enfermagem, em consonância ao NDE, tem


desenvolvido um programa de avaliação de seus egressos com finalidade de identificar
um conjunto de informações que possa auxiliar no processo de tomadas de decisões,
com o propósito de implementar e/ou incrementar ações com vistas a melhorias da
qualidade do ensino no Curso, buscando interagir ações administrativas e acadêmicas
para o alcance de suas finalidades.
Assim, desde o ano de 2015, o Curso de Enfermagem, por meio do NDE, tem
realizado o acompanhamento de seus egressos a partir da aplicação de instrumento
elaborado pelos seus docentes.
Neste instrumento os egressos devem informar sobre os seguintes itens:
- Estado Civil; Sexo; Idade; Ano de conclusão do Curso; Curso de Pós-Graduação e o
nome do curso de Pós-Graduação;

- Participação de congressos, encontros e/ou cursos voltados para a sua área de


formação após a sua formatura na UFU,

- Se a formação universitária/profissional desenvolvida no Curso de Graduação em


Enfermagem/UFU lhe deu base para o bom aproveitamento de cursos de extensão e
especialização;

- Se o Curso de Graduação em Enfermagem atendeu suas expectativas de formação


profissional;

- Se o Curso proporcionou formação técnico-científico adequada para assumir as


funções que ora desempenha;
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- Se os conteúdos das diferentes disciplinas foram significativos para a sua formação


profissional;

- Se os tempos destinados às disciplinas práticas foram suficientes;

- Se o espaço disponível para o desenvolvimento de seu curso foi adequado nas


disciplinas: teóricas e práticas;

Em relação ao estágio curricular:

- Este teve o acompanhamento esperado para melhor aplicação do conhecimento;

- Permitiu a síntese do conhecimento necessário à profissão;

- Houve relação entre a teoria e a prática;

- Houve visualização mais clara da profissão;

- Houve desenvolvimento de habilidades específicas à profissão;


- Indicação das maiores dificuldades encontradas pelo egresso durante o curso e depois
de formado;

- Quanto às informações sobre as atividades profissionais - Qual o grau de satisfação


com a profissão; Enfrenta dificuldades na execução das atividades no trabalho em
função de deficiência na formação acadêmica; A sua atividade profissional teve início
em; O seu local de trabalho atual caracteriza-se por ser; Ramo de atividade; Cargo que
ocupa; A sua formação atual está de acordo com a sua formação acadêmica. O curso de
Graduação em Enfermagem contribuiu para: Ingressar no seu trabalho atual; Ocupar
cargo atual; Aumentar seu padrão salarial; Obter ascensão profissional. Você tem
interesse para retornar à Instituição para: Fazer novo curso de graduação; Fazer curso de
extensão/aperfeiçoamento; Fazer curso de especialização.
Os instrumentos são enviados por e-mail, mas acreditamos que este,
isoladamente, não seja o meio mais efetivo. Dos e-mails enviados, além de não receber
resposta por parte dos egressos, cerca de 30% retorna por não corresponderem com os
endereços atuais. Pretende-se, portanto, disponibilizar o instrumento na página
institucional do Curso de Enfermagem e realizar chamada por meio das redes sociais.
60

13. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A proposta contou com a participação do NDE, da Coordenação e do Colegiado


do Curso, cujo texto final esmera-se atender os princípios e fundamentos adotados pelo
Curso, em consonância com os princípios e missão da UFU. Particularmente, no que se
refere ao pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e à indissociabilidade entre
o ensino, a pesquisa e a extensão.
Apresentou-se nesse projeto a fundamentação teórica adotada na concepção do
curso de Graduação em Enfermagem, oferecido pela Universidade Federal de
Uberlândia sob a responsabilidade da Faculdade de Medicina. De forma clara apresenta-
se também o perfil desejado do egresso e as ações necessárias tanto do ponto de vista
pedagógico quanto do ponto de vista do cumprimento das diretrizes curriculares
mínimas para que esse perfil seja obtido. Da mesma forma, são definidas também
competências, habilidades e conteúdos necessários à formação desse profissional.
Procurou-se ainda, nesse projeto, de forma clara e objetiva apresentar todo o conjunto
de informações necessárias ao completo entendimento do processo de aprendizagem do
aluno. Nesse contexto, são apresentados o processo de avaliação, currículo de
Enfermagem e o seu acompanhamento.
O curso de graduação em Enfermagem buscará articulação constante com a pós-
graduação em área da saúde ou ciências correlatas, afim de buscar o atendimento as
demandas institucionais, regionais e nacionais.
Uma vez concluído o presente projeto pedagógico, encontramo-nos talvez em
sua principal fase: a sua efetiva execução. Cabe a toda a comunidade acadêmica
envolvida, ou seja, ao conjunto de docentes, discentes e técnicos administrativos a
grande responsabilidade de o tornar um instrumento real, verdadeiro e efetivo de todo o
processo de aprendizagem e formação do aluno. Cabe a cada um a crítica, o
acompanhamento e a proposição de mudanças quando necessárias. De acordo com
Veiga (1995), o projeto político-pedagógico é mais do que uma formalidade instituída: é
uma reflexão sobre a educação superior, sobre o ensino, a pesquisa e a extensão, a
produção e a socialização dos conhecimentos, sobre o aluno e o professor e a prática
pedagógica que se realiza na universidade. O projeto político-pedagógico é uma
61

aproximação maior entre o que se institui e o que se transforma em instituinte. Assim, a


articulação do instituído com o instituinte possibilita a ampliação dos saberes”.

REFERÊNCIAS

1. BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes


Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Enfermagem. Parecer CNE/CES
nº 1.133/2001, de 7 de agosto de 2001.
2. _______, Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008 - Dispõe sobre o estágio de
estudantes; altera a redação do art. 428 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT,
aprovada pelo Decreto - Lei no 5.452, de 1º de maio de 1943, e a Lei no 9.394, de 20 de
dezembro de 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2008/lei/l11788.htm
3. _______, Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Decreto nº
5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de
2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais Libras, e o art. 18 da Lei nº 10.098,
de 19 de dezembro de 2000. Disponível em
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm. Acesso
em janeiro de 2018.
4. ________, Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Conselho
Pleno. Resolução nº 2, de 1º de julho de 2015. Define as Diretrizes Curriculares
Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de
formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a
formação continuada. Disponível em
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=7043
1-res-cne-cp-002-03072015-pdf&category_slug=agosto-2017-pdf&Itemid=30192.
Acesso em janeiro de 2018.
5. FREDDO, A.C.C. O trabalho de conclusão de curso como proposta de reflexão.
Horizontes, Bragança Paulista, v.12, n.1, p. 73. jan./jun.1994.
6. Pró-Reitoria de Graduação. Diretoria de Ensino. Orientações gerais para elaboração
de projetos pedagógicos de cursos de graduação. - 2. ed. - Uberlândia: Universidade
Federal de Uberlândia. 2016, 43p.
62

7. _______, Resolução CNE/CES nº 4, de 6 de abril de 2009 - Dispõe sobre carga


horária mínima e procedimentos relativos à integralização e duração dos cursos de
graduação em Biomedicina, Ciências Biológicas, Educação Física, Enfermagem,
Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição e Terapia Ocupacional, bacharelados,
na modalidade presencial. Disponível:
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rces004_09.pdf
8. Resolução nº 15/2011, do Conselho de Graduação - Aprova as Normas Gerais da
Graduação da Universidade Federal de Uberlândia, e dá outras providências. Disponível
em www.reitoria.ufu.br/Resolucoes/resolucaoCONGRAD-2011-15.pdf. Acesso em
setembro de 2017.
9. Resolução Nº 24/2012, do Conselho de Graduação – Aprova as Normas Gerais de
Estágio de Graduação da Universidade Federal de Uberlândia, e dá outras providências.
Disponível em http://www.reitoria.ufu.br/Resolucoes/resolucaoCONGRAD-2012-
24.pdf. Acesso em janeiro de 2018.
10. Resolução nº 15/2016, do Conselho de Graduação – Dispõe sobre a elaboração e/ou
reformulação de projeto pedagógico de cursos de graduação e dá outras providências.
Disponível em http://www.prograd.ufu.br/. Acesso em setembro de 2017.
11. Resolução SEI Nº 32/2017, do Conselho Universitário - Dispõe sobre o Projeto
Institucional de Formação e Desenvolvimento do Profissional da Educação. Disponível
em http://www.reitoria.ufu.br/Resolucoes/resolucaoCONSUN-2017-32.pdf. Acesso em
janeiro de 2018.
12. Resolução CNE/CP nº 1, de 17 de junho de 2004 – Institui as Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação das Relações Étnico - Raciais e para o Ensino de História e
Cultura Afro - Brasileira e Africana. Disponível
em:http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/res012004.pdf
13. Resolução CNE/CP nº 1, de 30 de maio de 2012 - Estabelece Diretrizes Nacionais
para a Educação em Direitos Humanos. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&id=17810&Itemid=86
14. VEIGA, Ilma Passos A. (Org). Projeto Político Pedagógico da Escola: uma
construção possível. 3.ed. Campinas: Papirus Editora, 1995.

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