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HISTÓRIA DA CIRURGIA
Sabe-se que a cirurgia é praticada desde a pré-história, através de procedimentos de trepanação
(operação que consiste em praticar uma abertura em um osso). No entanto, a cirurgia teve seus
primeiros desenvolvimentos científicos no século XVI, com Ambroise Paré – “o pai da cirurgia
moderna”, que, além de esclarecer inúmeras questões de anatomia, fisiologia e terapêutica,
substituiu a cauterização com ferro em brasa pela ligadura das artérias depois de uma amputação
de membro. Mais tarde, a descoberta da anestesia e a criação da antissepsia marcaram, no final do
século XIX, o início da cirurgia moderna, cuja eficácia aumentou com a transfusão de sangue e a
neurocirurgia, desenvolvidas entre as duas grandes guerras. Nos anos 50, a descoberta dos
antibióticos também garantiu maior eficácia aos procedimentos cirúrgicos. Atualmente, todos os
órgãos são acessíveis à cirurgia e as técnicas recentes (a partir dos anos 60) de transplantes de
órgãos são uma vitória da cirurgia, embora ainda haja problemas de rejeição.
Egipto: realizou circuncisão e cirurgias oftalmológicas (4000 a.C).
Babilónia 2242 a.C, o rei Hamurábi legislou aos cirurgiões, castigos se errassem amputando os
dedos alegando prevenir novo erro.
Na Grécia, Hipócrates pai da cirurgia deu á medicina o espírito científico, defendia o uso do vinho
ou água fervida para irrigar as feridas. em 450 a.C.
Por volta de 130 a 200 d.C a cirurgia tornou-se uma disciplina médica. Galeno utilizou técnicas
avançadas para a sua época, fervia os seus instrumentos antes de os usar.
Piso: Deve ser de superfície lisa, não porosa, resistentes a agentes químicos comuns, sem fendas
ou fissuras, ter aspecto estético, realçar a sujeira, não refletir a luz, impermeável, resistente ao
Paredes: Devem ser revestidas de material liso, resistente, lavável, anti acústico e não refletor de
luz. Pintadas de cores que evitam a fadiga visual, as tintas não devem possuir cheiro. Devem ser
utilizados cantos arredondados nas paredes, conforme o Manual de Controle de Infecção
Hospitalar da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Teto: Deve ser de material resistente, lavável, não deve conter ranhuras e não deve ser poroso,
para facilitar a limpeza e impedir a retenção de microorganismos.
Janelas: Necessárias apenas para a entrada de iluminação natural, não permitindo a entrada de
poeira e insetos. Devem ser dotadas de tela, não possuir parapeitos dentro ou fora da sala, não
deve ainda, possuir cortinas ou persianas.
Lavabo: Constituído de uma pia em aço inoxidável provida de torneira de água quente e fria,
escovas e anticépticos para a escovação cirúrgica. É previsto um lavabo para cada duas salas de
operação.
ÁREA FÍSICA
✓ A área mínima em m2 varia de acordo com a especialidade.
✓ Sala de cirurgia geral – 25 m2 :
✓ Sala de neurocirurgia e cirurgia cardiovascular – 36 m2; e sala auxiliar anexa, utilizada
para guarda de aparelhos, de 12 m2
✓ Sala de cirurgia ortopédica – 36 m2; podendo ter sala anexa para aplicação de gesso, de 20
m2
MATERIAL CIRÚRGICO
É todo o conjunto de objectos, instrumentos e equipamentos que entram em contacto direito ou
indireto com a região operatória, utilizados para a execução de determinado procedimento
cirúrgico. Sua classificação e de acordo com a sua função ou uso principal, visto que muitos
equipamentos tem mais de uma utilidade. Basicamente, um procedimento cirúrgico segue 4
etapas principais: diérese, hemostasia, exerese e síntese.
UNIFORMEOU E.P.I
Historicamente, o objetivo primario das barreiras de protecao em sala operatoria sempre se dirigiu
para a protecao dos pacientes a exposicao de microrganismos presentes e liberados pelos
trabalhadores. E o vestuario especifico de acordo com os procedimentos realizado no Centro
Cirurgico. Tradicionalmente, inclui o uniforme privativo (calca e blusa), prope ou sapato
privativo, gorro, mascara, avental cirurgico e luva cirurgica. Ressalta que a utilizacao do uniforme
privativo deve ser restrita ao ambiente do Centro Cirurgico, com o objetivo de protecao dos
profissionais envolvidos no cuidado ao paciente em tal unidade critica. As roupas da rua nunca
devem ser usadas em areas semi-restritas ou restritas do centro cirurgico. Deve haver um ponto de
demarcacao entre as areas de circulacao sem restricao e semi-restritas que ninguem pode ir, a
menos que esteja adequadamente paramentado, sendo que este deve incluir gorro ou capuz, propes
e mascara facial.
3. Pós-Operatório
a) Imediato: São as primeiras 24h após o acto cirúrgico.
b) Mediato ou Tardio: São as 24 h subsequentes do período pós-operatório, até a sua alta
hospitalar.
DEFINIÇÃO DE PRÉ-OPERATÓRIO
É o período de tempo que tem inicia no momento em que se reconhece a necessidade de uma
cirurgia e termina no momento em que o paciente chega a sala de operação.
Subdivide-se em Mediato (Que vai desde o tempo da intervenção cirúrgica até 24 horas antes da
mesma.) e o Imediato (corresponde a preparação especial do pte. as 24 horas antes de ser levado
ao bloco operatório, incluindo a medicação pré-anestésica).
Alguns exames médicos do pré-operatório
1. Rx do abdómen.
2. Rx do tórax em pte maior de 50 anos.
3. Gastroscopia.
4. Ecografia.
EXAMES DE SANGUE
1. Tempo de coagulação
2. Tempo de (hemorragia) sangramento
3. Ureia
4. Creatinina
5. Glicemia
6. P. P
7. Teste de gravidez em mulheres dos 9 aos 60 anos de idade
8. HIV
9. Hemograma completo
10. Grupo sanguíneo e factor Rh
✓ Mediato: É o tempo que vai desde que o paciente se recupera da anestesia ou sessão as
complicações, até que recupera totalmente pode durar semana, meses segundo o tipo de
operação realizada e as condições físicas de cada indivíduo.
Pulso
→ Filiforme
→ Rápido
→ Hipotensão arterial ( HTA↓)
Estado mental
→ Confusão
→ Agitação
→ Sonolência
Apele
→ Fria
→ Humida
→ Palida
Cianose
→ Extremidade
→ Orelha
→ Unhas
10. Controlar a dor
11. Em paciente com anestesia epidural ou espinal controlar o movimento e a sensibilidade
dos membros inferiores, distensão vesical e aplicar uma sonda em S.O.S.
CUIDADOS DEENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO MEDIATO
1. Receber o paciente e observar o seu estado geral para detectar se existem sintomas que
denunciem complicações
2. Transladar o paciente da maca para cama cuidando a região operada e colocá-lo na posição
indicada.
3. Ligar sondas e drenagem nos colector
4. Refazer venoclise e o gotejamento
5. Apoio emocional ao paciente e familiares e dissipar as duvidas.
6. Preencher a folha de balanço hidromineral
7. Dieta segundo indicações médicas
8. Manter higiene do paciente
✓ Banho com insistência nas cavidades, friccionar os membros a escosta (região dorsal) e
os membros inferior para manter activa a circulação periférica
DESIDRATAÇÃO
DESIDRATAÇÃO LEVE GRAVE E CHOQUE
DADOS CLÍNICOS HIDRATADO OU MODERADA HIPOVOLEMICO
Estado geral Bom, ativo, alerta Normal, irritado, fadiga Prostrado, apático e
inconsciente
Sede, aceitação líquidos Normal, pode recusar Sede evidente,ânsia p/ beber Dificuldade ou
incapacidade de beber
Umidade boca/ língua Normal Dificuldade de juntar saliva Saliva muito reduzida,
boca quase seca.
Finos, periféricos
Pulsos Normais, cheios Normais, um pouco fino muito fraco ou
impalpável
BALANÇO HÍDRICO
Definição: Balanço hídrico representa a monitoração detalhada de liquido administrados e
eliminados por um cliente num determinado período. Um adulto, em condições normais pode
ganhar líquidos por via oral, alimentos e água endógena e, perder pela diurese, fezes e insensíveis
(pulmões e pele). Os medicamentos administrados devem ser incluídos como ganhos e as
drenagens verificadas em vômitos, drenos e sondas como perdas. A diferença entre o ganho e
perda pode resultar em: balanço positivo (Reteu líquidos), negativo (perdeu líquidos) ou igualou.
BH= 𝐼 − 𝐸 = +/−
UNIDADE # VII- ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM INFECÇÃO
LOCAL EM CIRURGIA.
Abcesso: É designada de abcesso a acumulação de pus num tecido localizado, formando uma
cavidade delimitada por uma membrana de tecido inflamatório cuja parede interior (membrana
piogénica) exsuda o líquido purulento que a enche, em virtude da desintegração e morte (necrose)
do tecido original. Pode ser causado por vários agentes patogénicos microbiológicos, como as
bactérias piogénicas (incluindo estafilococos, estreptococos, pneumococos, gonococos, entre
outros), mas algumas substâncias químicas, como a essência de terebintina podem provocar uma
reacção orgânica semelhante.
Causas: - Bactérias, Amebas e Substancias químicas.
Sintomas: Dor, Calor, Rubor, tumefação e deformação.
Tto: Drenagem, antibioterapia e analgésico.
Abcesso Agudo: É uma colecção de pus numa cavidade revestida de tecido granuloso limitado
por paredes próprias. Nele estão presentes todos os sinais de uma inflamação. Pode aparecer em
qualquer parte do corpo.
Um abcesso pode complicar pela formação de um trajecto fistuloso.
Panarício: É uma infecção da ponta do dedo muitas vezes associadas a unha.
Furúnculo: É uma infecção de um folículo piloso. A fricção agrava o seu desenvolvimento.
Aparece como uma tumefação na pele vermelha quente e dolorosa: é intensa até que se da rotura e
saída do pús que alivia a tensão, um ou dois dias depois sai um rolhão de tecido necrosado e
depois a cura é rápida. Contudo deve-se evitar o seu alastramento, limpando as circunvizinhas
com um antisséptico.
Tratamento: O médico decidirá se é aconselhável praticar uma incisão do furúnculo ou dar uma
antibioterapia. O pior tratamento é espremer o furúnculo na tentativa de apressar a separação do
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
✓ Dor
✓ Aumento de volume articular
✓ Impotência funcional
✓ Deformação
PROCEDIMENTO
✓ Repouso
✓ Penso frios
✓ Imobilização
Classificação de Gravidade
Leve (G 14 – 15)
Moderada (G 9 – 13)
Grave (G 1 – 3)
SINAIS DE GRAVIDADE
✓ Assimetria de pupilas
✓ Assimetria motora
✓ Fratura de crânio com perda de liquor ou exposição do tecido cerebral
✓ Deterioração neurológica ( queda de 2 ou mais pontos na escala de Glasgow ou cefaléia
intensa ou aumento do diâmetro de 1 pupila ou diminuição de força muscular em um lado
do corpo)
✓ Fratura com afundamento craniano
✓ Perda da conciência/desmaio;
✓ Dor de cabeça;
✓ Sangramento na cabeça;
✓ Diminuição da força muscular;
✓ Sonolência;
✓ Dificuldade de fala;
✓ Alterações na visão e na audição;
✓ Perda da memória;
✓ Coma.
SEGUNDO A COMPLEXIDADE
1. Simples ou superficiais
2. Complexas ou profunda
Segundo o Risco de Infecção
1. Limpas são as produzidas em ambiente cirúrgico, sendo que não foram abertos sistemas
como o digestivo, respiratório e geniturinário. A probabilidade da infecção da ferida e baixa, em
torno de 1 a 5%.
2. Limpas-contaminadas também são conhecidas como potencialmente contaminadas; nelas há
contaminação grosseira, por exemplo nas ocasionadas por faca de cozinha, ou nas situações
cirúrgicas em que houve abertura dos sistemas contaminados descritos anteriormente. O risco de
infecção e de 3 a 11%.
3. Contaminadas- ha reacção inflamatória; são as que tiveram contacto com material como
terra, fezes, etc. Também são consideradas contaminadas aquela sem que já se passou seis horas
após o acto que resultou na ferida. O risco de infecção da ferida já atinge 10 a17%.
4. Infectadas -apresentam sinais nítidos de infecção como secreções purulenta e tecido
necrótico.
FISIOLOGIA DA CICATRIZAÇÃO
A pele e o maior órgão do corpo humano, tendo como principais funções: protecção contra
infecções, lesões ou traumas, raios solares e possui importante função no controle da temperatura
corpórea. A pele e subdividida em derme e epiderme. A epiderme, histologicamente constituídas
por camadas basal, espinhosa, granulosa, lúcida e córnea e um importante órgão sensorial. Na
derme, encontramos os vasos sanguíneos, linfáticos, folículos pilosos, glândula sudoríparas e
sebáceas, pelos e terminações nervosas, alem de células como: fibroblastos, mastócitos,
monócitos, macrófagos, plasmócitos entre outros.
Material de apoio de Enfermagem Patológica Médico-cirúrgico- 2019 32
Sistematizado Pelo Professor & Coordenador de E.P.M.C. quarta-feira, 17 de abril de 2019 WILIETE
BERNARDO H, BAPTISTA, MD. RESIDENTE DE CIRURGIA GERAL & FORMADOR DE APH -INEMA-ENGUELA
CICATRIZAÇÃO: Após ocorrer a lesão a um tecido, imediatamente iniciam-se
Fenómenos dinâmicos conhecidos como cicatrização, que e uma sequência de
Respostas nos mais variados tipos de células (epiteliais, inflamatórias, plaquetas e
fibroblastos), que interagem para o restabelecimento da integridade dos tecidos.
A cicatrização pode ser por primeira, segunda e terceira intenção. Na cicatrização
✓ Primeira Intenção, ocorre a volta ao tecido normal, sem presença de infecção e as
extremidades da ferida estão bem próximas, na grande maioria das vezes, através da
sutura cirúrgica e fita adesiva.
✓ Segunda Intenção, não acontece a aproximação das superfícies, devido ou a grande perda
de tecidos, ou devido a presença de infecção; neste caso, há necessidade de grande
quantidade de tecido de granulação.
✓ Terceira Intenção, quando se procede ao fechamento secundário de uma ferida, com
utilização de sutura.
✓ Quarta Intenção: quando realizamos a dermoplastia
CRITERIO DE GRAVIDADE
QUIEMADURA DO 2º
✓ Criança ≥ 10% SCQ
✓ Velho ≥ 15% SCQ
✓ Adulto ≥ 25% SCQ
LOCALIZAÇÃO DA QUEIMADURA
Toda queimadura do 2º que aparecem no crânio, cara, pescoço, nas axilas nos pés nos genitais e
prega do flexora detenção independentemente da zona queimada.
1. Queimadura do 3º
✓ Criança
2% SCQ deve ser internada
✓ Adulto
TRATAMENTO DA QUEIMADURA
Limpeza da superfície queimada lavando-a com S.F 0,9%, Gaze gorda; Sulfadiazina de prata ou
Burnex, (soluções anti-séptica como Betadine, clorexidine), em caso de queimadura por agente
caustica a limpeza deve ser feita com muita água ou soro fisiológico enrigado na região afectada.
De acordo aos diferentes tipos de queimadura e da sua gravidade temos os seguintes
procedimentos
1. Curativo oclusivo
2. Exposição ao ar livre/ curativo aberto
3. Escarotomia
4. Desbridamento cirúrgico inicial
TRATAMENTO GERAL HOSPITALAR
1. ECG nos casos críticos de SCQ mais de 50%.
2. Sinais vitais.
3. Reposição de líquidos canalizando duas veias periférica de grande calibre segundo a seguinte:
FÓRMULA DE BROOCA MODIFICADO OU PARCK LANDER
4. FÓRMULA DE BROOCA MODIFICADO OU PARCK LANDER
1) 2 ML × SCQ ×PESO/ KG = ½ 8h e ½ 16h
𝐷𝑜𝑠𝑒∗20
2) 𝑁𝑔𝑡𝑠 = 𝑡
3) 𝐵𝐻 = 𝐼 − 𝐸 = −/+ EXERCICIO
DADOS FORMÚLA
𝑫𝒐𝒔𝒆∗𝟐𝟎 𝟏𝟗𝟗𝟓𝒎𝒍/𝒌𝒈∗𝟐𝟎
𝑵𝒈𝒕𝒔 = = 𝑵𝒈𝒕𝒔 = = 43gts´
𝒕 𝟏𝟔𝒉=𝟗𝟔𝟎 ´
INDICAÇÕES
Historicamente, a traqueostomia foi desenvolvida para promover a desobstrução das vias aéreas.
Com os avanços técnicos atuais, tais como laringoscópio e broncoscópio de fibra ótica, as
indicações tradicionais da traqueostomia (como por exemplo a epiglotite aguda e obstruções
tumorais) sofreram uma grande mudança. Nestas situações, a broncoscopia de fibra ótica
possibilita reservar a traqueostomia para uma situação eletiva, fugindo da maior incidência de
morbidade e mortalidade da traqueostomia de urgência. A traqueostomia, portanto, não é o
procedimento de escolha no manejo da obstrução aguda das vias aéreas [3] .
Hoje em dia, a sua principal utilização é no manejo de pacientes que necessitam períodos
prolongados de suporte ventilatório mecânico. Há, ainda, a utilização da traqueostomia com o
intuito de promover uma adequada limpeza das vias aéreas, mesmo na ausência de necessidade de
ventilação mecânica. A Tabela 1 resume estas três principais categorias de indicação da
traqueostomia [6]:
Obstrução das Vias Aéreas
Disfunção Laríngea. A paralisia abdutora das cordas vocais, que ocorre na lesão do nervo
laríngeo recorrente (por exemplo, durante a realização de uma tireoidectomia) pode levar desde a
obstrução leve das vias aéreas até a uma obstrução completa, necessitando de uma traqueostomia.
Trauma. 1) Lesões maxilofaciais graves; 2) Fraturas ou transecções da laringe ou da traqueia, que
podem estar presentes nos traumas da porção anterior do pescoço; 3) Lesões da medula cervical
que impeçam uma manipulação do pescoço são situações encontradas no trauma onde a
abordagem das vias aéreas por intubação oro ou nasotraqueal torna-se difícil ou inviável. A
preferência nestas situações seria pela cricotireoidostomia, mas, frequentemente, também não é
possível realizá-la. Nestes casos, está indicada a traqueostomia de urgência. Uma outra situação
especial para a sua utilização é no grupo pediátrico (abaixo de 12 anos) onde a intubação
translaríngea não foi possível, uma vez que a cricotireoidostomia não é recomendada nesta faixa
etária [7].
Fisiológica ou água estéril, aplicadores tipo cotonete, pacote de curativo e fita de tecido. Uma
cânula com balão (ar injetado dentro do balão) é necessária durante a ventilação mecânica. Um
balão de baixa pressão é comumente utilizado. Os pacientes necessitam utilizar uma cânula de
traqueostomia por longo período e que podem respirar espontaneamente comumente utilizam uma
cânula sem balão, uma cânula de metal.
2.Proporcionar ao paciente e à família instrução sobre os pontos principais quanto ao cuidado da
traqueostomia, iniciando sobre a inspeção do curativo da traqueostomia quanto a umidade ou
drenagem.
3.Lavagem das mãos.
4.Explicar o procedimento ao paciente e à família, conforme apropriado.
5.Usar luvas limpas; remover e descartar o curativo sujo. Profª Glenda Agra
6.Preparar os suprimentos estéreis, incluindo a água oxigenada, o soro fisiológico ou a água
destiladda, os aplicadores tipo cotonete, o curativo e a fita.
7.Usar luvas estéreis. (Alguns médicos aprovam a técnica limpa para traqueostomia de longo
período em pacientes no domicílio).
8.Limpar a ferida e a asa da cânula de traqueostomia com o aplicador tipo cotonete umedecido
com água oxigenada. Enxaguar com soro fisiológico.
9.Lavar a cânula interna com água oxigenada e enxaguar com solução fisiológica ou substituir por
uma cânula nova interna descartável.
10.Após a nova fita estar no local, remover a fita de tecido suja substituindo-a por uma fita limpa.
Colocar a fita de tecido limpo na posição para fixar a cânula de traqueostomia, inserindo a
extremidade da fita através da abertura lateral da cânula externa. Passar a fita em torno da parte
posterior do pescoço do paciente, inserindo-a através da abertura oposta da cânula externa. Junte
ambas as extremidades em torno de modo que elas possam se encontrar sobre um dos lados do
PÓS-OPERATÓRIO
1.Deixar um fio único na extremidade da cartilagem aberta em U, que deverá ser tracionado
superiormente para a identificação da abertura traqueal.
2.Deixar fixado na parede, junto ao leito do paciente, uma cânula esterilizada do mesmo diâmetro
da que está no paciente para ser usada em caso de emergência. Na falta de cânula nova, a cânula
que saiu ou obstruiu pode ser rapidamente lavada com SF0,9% ou água corrente e reinserida.
3.Conferir diariamente a pressão do balão, se possível com manômetro adequado para evitar lesão
da mucosa traqueal. Através de comprovações técnicas e científicas, chegou-se a um valor que não
comprometesse o exato funcionamento da cânula, ao mesmo tempo em que não causasse uma
lesão na parede da traquéia do paciente (traqueomalácia). Esta pressão foi mensurada entre 18 e 25
cmH2O. Este tipo de mensuração só pode ser realizado através de um cufômetro aferido.
4.Umidificar o ar ou oxigênio inspirado.
5.Fazer fisioterapia respiratória e aspiração cuidadosa das secreções traqueobrônquicas.
6.Manter curativo limpo ao redor da ferida cirúrgica.
7.Orientar a enfermagem sobre a reinserção da cânula traqueal em caso de descanulação.
8.Nas traqueostomias permanentes, trocar a cânula metálica uma semana antes da alta.
9.Limpar a cânula interna da traqueostomia metálica 3x por dia para evitar obstrução
10.Trocar a cânula metálica a cada 1-2 meses e a maleável a cada mês.
11.Broncoscopia de controle no pós-operatório tardio, para avaliar a possibilidade de
descanulação.
Algumas das complicações mais comuns são: sangramento e infecção no corte, hemorragias,
hipoxia, edema traqueal, enfisema subcutâneo, obstrução da cânula, mau posicionamento da
cânula, estenose traqueal e subglótica, fístulas, dificuldade de entubação e agravos provenientes de
técnicas incorretas.
2.Choque carcinogénico
Surge por uma incapacidade de o coração bombear o sangue de forma efetiva. Este
enfraquecimento do músculo cardíaco pode ser consequência do IAM, situação frequente, e a
vítima normalmente apresenta dor torácica antes de entrar em choque. Arritmias cardíacas,
tamponamento pericárdico também podem provocar choque cardiogênico. Os sinais e sintomas
são semelhantes ao item anterior.
Ex: IAM, miocardiopatias, lesão valvular, tamponamento cardíaco, arritmias.
Tratamento:
Oxigenioterapia, Gasometria arterial,
Morfina (diminui a dor e alivia a dor torácica);
Medicamentos vasoativos (dopamina, nitroglicerina);
Controle da FC;
Suporte hídrico seletivo;
Terapia trombótica (observar quanto aos possíveis sangramentos);
Angioplastia; Cirurgia de enxerto de bypass da artéria coronária; Marca-passo;
ECG; Intracath: Avaliar PVC Para a acidose metabólica grave: bicarbonato de sódio EV.
Diuréticos: Diminuir a carga do coração, pois diminui o acúmulo de líquidos.
4.Choque psicogénico
Desencadeado por estímulo do nervo vago e tem como característica principal bradicardia inicial
seguida de taquicardia na fase de recuperação. Faz hipotensão arterial, porém a vítima recupera-
se espontaneamente se colocada em decúbito dorsal.
Esse tipo de choque aparece em algumas condições, como, por exemplo, dor intensa.
5.Choque anafilático
Resulta de uma reação de sensibilidade a algo a que a pessoa é extremamente alérgica, como
picada de inseto, medicação, alimentos, inalantes ambientais. A reação anafilática ocorre em
questão de segundos ou minutos após o contato com a substância a qual o paciente é alérgico.
Ex: sensibilidade à penicilina; reação transfusional; agentes radiopacos.