Proposta de Correção PNA 2022 - Parte II
Proposta de Correção PNA 2022 - Parte II
Proposta de Correção PNA 2022 - Parte II
PERGUNTA 76
Um homem de 58 anos recorre ao serviço de urgência por dor intensa, edema e
calor no joelho esquerdo, com impotência funcional, com dois dias de evolução.
Refere ferida recente no membro inferior, após Traumatismo. A história médica
revela diabetes mellitus tipo 2, medicada com sitagliptina e metformina, com
cumprimento irregular. Os sinais vitais são temperatura 39°C, frequência
respiratória 20/min, frequência cardíaca 100/min e pressão arterial 110/78 mm
Hg. Ao exame físico o joelho esquerdo apresenta-se edemaciado e doloroso à
palpação e mobilização em todos os eixos. A pele sobre o joelho esta quente e
vermelho. O restante exame físico, incluindo a auscultação cardíaca e pulmonar,
encontra-se dentro dos parâmetros de normalidade.
Qual dos seguintes exames é mais provável de estabelecer o diagnóstico
definitivo?
Chave oficial: C
Proposta Academia: C
Validação da afirmação correta: Punção articular.A história é típica de
infeção do joelho, com dor articular e febre. Tem também ponto de entrada de
infeção na pele identificado (ferida). Resta saber se tem atingimento
intra-articular e estamos perante uma artrite séptica que exige tratamento
cirúrgico urgente com artrotomia, lavagem e antibioterapia ou se estamos
perante uma erisipela/celulite, que tem tratamento médico com antibioterapia
mas não cirúrgico.
Para isso o exame mais provável de estabelecer o diagnóstico definitivo é
a punção articular. No caso de artrite séptica, o líquido sinovial colhido na
punção articular vai ter uma contagem de leucócitos aumentada e podem
mesmo por vezes ser observadas bactérias no exame microscópico a
fresco. A contagem leucocitária do derrame articular é o critério
laboratorial principal para estabelecer o diagnóstico de artrite séptica
(habitualmente superior a 50.000 leucócitos/mm3) e distingue-a da
artrite inflamatória que apresenta contagens leucocitárias mais baixas. A
análise microbiológica do derrame, cujos resultados demoram alguns
dias, também é útil para escolher o antibiótico mais específico no
Restantes alíneas:
A - Doseamento de ácido úrico sérico
O doseamento de ácido úrico sérico não tem interesse neste caso. Se
suspeitamos de artrite úrica, a presença de cristais no líquido sinovial, que
é detetada na punção articular, é mais específica.
B - Hemocultura
A hemocultura demora dias a ter resultados e pode ser útil para mais tarde
diminuir o espectro da antibioterapia, principalmente nos casos em que a
cultura do derrame foi negativa, mas para a decisão na urgência não é útil.
D - Raio-X do joelho
O raio-X do joelho tipicamente não mostra alterações na artrite séptica.
Teria de existir uma artrite séptica bastante prolongada, não
diagnosticada, que provocasse danos suficientemente graves de destruição
de cartilagem e osso sub-condral para serem visíveis no raio-x.
E - TC do joelho
A opção TC do joelho tem uma justificação semelhante ao raio-x, ou seja,
teria de haver já danos importantes da articulação, graves, fruto de uma
artrite séptica prolongada, e por isso habitualmente a TC não mostra
alterações na fase inicial da artrite séptica.
PERGUNTA 77
Chave oficial: E
Proposta Academia: E
Restantes alíneas:
B - Não são apresentados fatores de risco para infeção por Pneumocystis (HIV,
fármacos imunossupressores, cancro, transplante medular, etc.). A cavitação e as
adenopatias são raras.
C - Jovem pouco sintomático (apenas refere ter tido uma tosse), pelo que o
diagnóstico de pneumonia aguda bacteriana seria muito pouco provável. O
padrão radiológico mais frequente é o de pneumonia lobar e não intersticial.
A. Diazepam
B. Diclofenac
C. Domperidona
D. Nifedipina
E. Pantoprazol
Chave oficial: A
Proposta Academia: D
Restantes alíneas:
A - Diazepam - é uma benzodiazepina, atuando como ansiolítico. Nas situações
de dor torácica em que todos os exames diagnósticos excluem doença orgânica,
nomeadamente cardíaca, pulmonar ou esofágica, a dor pode surgir num contexto
de ansiedade ou ataque de pânico pelo que o recurso a este fármaco poderia ser
útil. Neste caso temos o diagnóstico de espasmo difuso do esôfago para o qual
existe terapêutica dirigida, pelo que não será a opção mais correta.
A. Administrar captopril
B. Administrar diazepam
C. Enviar para consulta de psiquiatria.
D. Prescrever venlafaxina
E. Requisitar angio-TC pulmonar
Chave oficial: B
Proposta Academia: B
D - Prescrever venlafaxina.
Os antidepressivos são fármacos que tratam a perturbação de pânico a longo
prazo. Dentro desta classe, os SSRIs ou a venlafaxina podem ser uma opção,
porém, tal como na alínea C, o “próximo passo mais adequado” será a resolução
rápida da situação aguda, com controlo sintomático, e não a prescrição de
medicamentos cujo efeito só será notório após algum tempo de toma.
E - Requisitar angio-TC pulmonar.
As alterações dos sinais vitais podem ser explicadas pelo episódio de pânico, pelo
que não há indicação para a realização de mais exames complementares de
diagnóstico.
PERGUNTA 80
Um homem de 76 anos vem ao consultório médico por cansaço que se tem vindo
a acentuar nos últimos meses. Relata um episódio de sincope há dois meses, mas
não recorreu ao médico. Ele não faz medicação habitual. Os sinais vitais são
temperatura 36°C, frequência respiratória 14/min, frequência cardíaca 76/min e
pressão arterial 100/70 mm Hg. Ao exame físico apresenta-se com bom estado
geral. A auscultação cardíaca revela sopro sistólico, mais audível no 2. ° espaço
intercostal do bordo direito do esterno, grau IV/VI, com irradiação ao pescoço A
auscultação pulmonar encontra-se dentro dos parâmetros de normalidade.
Qual das seguintes alternativas melhor explica o quadro atual do doente?
A. Endocardite
B. Estenose valvular degenerativa
C. Febre reumática
D. Mixoma
E. Válvula bicúspide
Chave oficial: B
Restantes alíneas:
PERGUNTA 81
A. Artrite reumatoide
B. Dermatomiosite
C. Síndrome da cauda equina:
D. Síndrome de Cushing por hormona adrenocorticotrófica ectópica
E. Sindrome de Eaton-Lambert
Chave oficial: B
Proposta Academia: B
Validação da afirmação correta: Dermatomiosite - O caso clínico aborda
uma mulher de 63 anos com um quadro clínico (com evolução temporal
desconhecida) de fraqueza muscular proximal e simétrica (“fraqueza simétrica no
deltóide, bicípite, tricípite e flexores da anca”) com incapacidade funcional no
dia-a-dia (“não consegue subir escadas… não conseguia levantar-se”). Além
disso, a doente apresenta alterações cutâneas, nomeadamente um rash
heliotropo (” pálpebras edemaciadas e violáceas”) e pápulas de Gottron (“pápulas
violáceas sobre as articulações metacarpofalângicas e interfalângicas
bilateralmente”). Estes aspetos sugerem fortemente o diagnóstico de
Dermatomiosite (alínea B), sendo a biópsia muscular o exame que confirma o
diagnóstico. Além disso, esta hipótese é apoiada pelo diagnostico recente de
neoplasia do pulmão pois esta doença ocorre frequentemente como uma
síndrome paraneoplásica. A presença de uma adenopatia supra-clavicular
esquerda firme sugere a presença de envolvimento ganglionar pela neoplasia.
As restantes alíneas são muito menos prováveis pois não explicam o quadro
clínico.
A. «As suas ideias são muito perigosas e vai acabar por cometer um crime.
Quer que o ajude a falar com as autoridades»
B. «Estas ideias são sintomas de uma perturbação que tem tratamento e o
risco de magoar a sua mulher é muito baixo»
C. «Fico preocupado com a segurança da sua esposa e temos de a avisar. É
necessário que ela venha cá ter»
D. «Isso são tudo ideias da sua cabeça. No fundo deve estar a sentir-se
culpado por alguma coisa que não me está a contar. Há algum problema na
relação com a sua mulher»
E. «O melhor é mesmo afastar-se das facas e evitar ficar sozinho com a sua
mulher. Se essas ideias continuarem depois fala com o nosso psicólogo»
Chave oficial: B
Proposta Academia: B
Restantes alíneas:
A - O risco de passagem ao ato é muito baixo, sendo que um exercício que pode
ser utilizado na psicoterapia cognitivo-comportamental, pode ser o de dar ao
doente uma faca para as mãos, durante a terapia.
C - O risco de passagem ao ato é muito baixo, sendo que um exercício que pode
ser utilizado na psicoterapia cognitivo-comportamental, pode ser o de dar ao
doente uma faca para as mãos, durante a terapia.
D - O risco de passagem ao ato é muito baixo, sendo que um exercício que pode
ser utilizado na psicoterapia cognitivo-comportamental, pode ser o de dar ao
doente uma faca para as mãos, durante a terapia.
E - O risco de passagem ao ato é muito baixo, sendo que um exercício que pode
ser utilizado na psicoterapia cognitivo-comportamental, pode ser o de dar ao
doente uma faca para as mãos, durante a terapia.
A. Fertilização in vitro
B. Hiperestimulação ovárica controlada.
C. Indução da ovulação
D. Inseminação intrauterina
E. Salpingoplastia por laparotomia
Chave oficial: A
Proposta Academia: A
Restantes alíneas:
C - Indução da ovulação.
A indução da ovulação não resolveria o motivo da infertilidade, uma vez
que pressupõe que o os espermatozóides consigam alcançar as trompas,
onde se encontrarão com o oócito e darão início à fertilização. Para além
disso, esta paciente tem ciclos regulares, o que parece indicar a ocorrência
natural de ovulação cíclica espontânea.
D - Inseminação intrauterina.
A inseminação intrauterina não resolveria o problema neste caso, uma vez
que pressupõe que o os espermatozóides consigam alcançar as trompas,
onde se encontrarão com o oócito e darão início à fertilização.
PERGUNTA 84
A. «As análises devem vir novamente normais, mas vamos pedir na mesma.»
B. «É possível que essas ideias não sejam reais. Existem medicamentos que
ajudam essas ideias a desaparecer.»
C. «Esta situação está a deixá-la muito angustiada. Seria melhor ficar
internada durante uns dias.»
D. «Já pensou em contactar a saúde pública para verificar a qualidade da
água do poço?»
E. «Penso que poderia beneficiar de um medicamento para melhorar o seu
sono.»
Chave oficial: E
Proposta Academia: E
B - «É possível que essas ideias não sejam reais. Existem medicamentos que
ajudam essas ideias a desaparecer.»
Devido à desconfiança e ausência de crítica para os sintomas psicóticos dos
doentes com Perturbação Delirante, e especialmente numa primeira abordagem,
o confronto com a irrealidade das suas ideias muito provavelmente levará a uma
quebra na relação terapêutica, perdendo-se assim a confiança do doente,
tornando-se impossível o tratamento.
C - «Esta situação está a deixá-la muito angustiada. Seria melhor ficar internada
durante uns dias.»
O internamento está indicado se existir risco significativo ou imediato de violência
ou suicídio. Não existe informação nesta vinheta nesse sentido, devendo ser
tentado o tratamento em ambulatório.
PERGUNTA 85
Uma mulher de 70 anos é diagnosticada com anemia por deficiência em ferro. A
pesquisa de sangue oculto nas fezes é negativa. A colonoscopia revela uma
massa com 5 cm, de pedículo largo, no ângulo esplénico. Metade da lesão é
removida endoscopicamente, não tendo sido removida a restante por receios
quanto à extensão da cauterização. O exame anatomopatológico revela um
adenocarcinoma. A senhora é hospitalizada para realização de colectomia.
Durante a cirurgia foram ressecadas várias pequenas metástases hepáticas.
Qual dos seguintes é o procedimento mais adequado no seguimento
pós-operatório?
Chave oficial: A
Proposta Academia: A
Restantes alíneas:
PERGUNTA 86
A. Abuso de álcool
B. Etiologia desconhecida
C. Infeção viral
D. Mutação genética
E. Toxina ambiental
Chave oficial: D
Proposta Academia: D
Restantes alíneas:
B - Pode-se afirmar com segurança que existe uma etiologia mais provável
atendendo ao facto do Gilbert apresentar este contexto epidemiológico e
apresentação laboratorial, o que exclui a resposta etiologia desconhecida (B).
PERGUNTA 87
Chave oficial: D
Proposta Academia: C
Fibrose quística - Uma das causas de MPP nesta faixa etária é a fibrose quística,
que pela insuficiência pancreática se manifesta com diarreia crónica (geralmente
esteatorreia, fezes de cheiro fétido), condicionando as alterações
hidroeletrolíticas, e pela mal absorção também a anemia. Este bebé poderá não
ter feito o diagnóstico endocrinometabólico conforme programado entre o 3º e o
5º dia de vida (se não tem seguimento no seu Centro de Saúde), motivo pelo
qual poderá não ter sido detetada esta doença que é rastreada no teste do
pezinho. Mais se refere que o rastreio endocrinometabólico também não deteta
todas as formas desta doença. O facto de estar atualmente também internado
por uma pneumonia poderá ser a favor deste diagnóstico, se considerarmos as
manifestações pulmonares também associadas, em que existe uma maior
frequência de infeção respiratória por patogénios. E de resto, também não
conhecemos se poderá ter tido outro tipo de manifestações pulmonares, uma vez
que não tem sido seguido regularmente.
Restantes alíneas:
PERGUNTA 88
A. Acalásia
B. Carcinoma do esófago
C. Espasmo difuso do esófago
D. Estenose péptica do esófago
E. Hérnia do hiato
Chave oficial: B
Proposta Academia: B
Restantes alíneas:
Chave oficial: B
Proposta Academia: A
O presente caso clínico ilustra um quadro típico de Buerger. Esta doença vascular
acomete sobretudo doentes do sexo masculino, sendo o tabagismo ativo o
principal fator de risco e fisiopatológico desta doença. Clinicamente, esta
patologia caracteriza-se por uma afeção predominantemente distal (ausência de
pulsos radiais e pediosos) A tríade de claudicação intermitente, fenómeno de
Raynaud (“dormência, alteração da cor das mãos com o frio) e trombose venosa
superficial (“inchaço em veias pequenas», quer das pernas quer das mãos) é
Restantes alíneas:
PERGUNTA 90
A. Escitalopram
B. Glicemia
C. Linagliptina
Chave oficial: A
Proposta Academia: A
Validação da afirmação correta: Neste caso clínico considera-se que a
hiponatremia marcada (121 mEq/L) poderá justificar os sintomas do doente
(mal-estar geral, prostração e confusão), que num doente idoso podia ter
múltiplas etiologias subjacentes. No entanto as alíneas remetem-nos para causas
decorrentes da medicação habitual ou os antecedentes médicos do doente.
Escitalopram – o escitalopram é um inibidor seletivo da recaptação de serotonina.
Pode gerar hiponatremia por síndrome inapropriada de hormona antidiurética.
Restantes alíneas:
A. Amoxicilina oral.
B. Clindamicina intravenosa
C. Gamaglobulina intravenosa
D. Ibuprofeno oral.
E. Prednisolona oral
Chave oficial: C
Proposta Academia: C
Restantes alíneas:
A - Na doença de Kawasaki não existe nenhum papel terapêutico na utilização de
antibioterapia
PERGUNTA 92
A. Artrite reumatoide
B. Espondilite anquilosante
C. Lúpus eritematoso sistémico
D. Poliarterite nodosa
E. Síndrome de Sjögren
Chave oficial: D
Proposta Academia: D
ENQUADRAMENTO
● Área do conhecimento: Medicina – Reumatologia
● Conteúdos: Não contemplado na matriz 2022 (estava presente na matriz
antiga – Febre Mediterrânea Familiar e outras febres recorrentes – tema C)
● Competências: Diagnóstico
PERGUNTA 93
Um rapaz de 5 anos é trazido à consulta pela mãe por congestão nasal com
duas semanas de evolução, sem febre associada. Ele iniciou tosse há três dias.
A mãe refere que o quadro se tem agravado, especialmente ao acordar, e
descreve rinorreia amarelada espessa. Ele tem antecedentes de otite média
recorrente no primeiro ano de vida, mas o exame físico hoje não evidencia
alterações na otoscopia. Neste momento, qual dos seguintes é o exame de
diagnóstico mais adequado?
Chave oficial: E
Proposta Academia: E
Restantes alíneas:
A - Determinação da IgE sérica total.
A determinação de IgE sérica total é pouco útil. Embora possa estar
elevada em crianças com doenças alérgicas, não é um teste específico
podendo também elevar-se noutras patologias como as parasitoses.
PERGUNTA 94
Chave oficial: A
Proposta Academia: A
Restantes alíneas:
PERGUNTA 95
A. Bursite do olecrânio
B. Epicondilite medial
C. Rotura do tendão bicipital
D. Tendinite da coifa dos rotadores
E. Tendinopatia induzida por fármacos
Chave oficial: D
Proposta Academia: D
Restantes alíneas:
PERGUNTA 96
Chave oficial: B
Proposta Academia: B
Assim sendo, a resposta que reúne mais pontos a favor sem ir contra achados do
caso clínico é a B) História de úlceras orais e genitais. Todavia, nenhuma destas
opções parece explicar a síncope. Não temos achados que justifiquem perda de
volume circulante, com hipoperfusão cerebral. A possibilidade de uma
embolização cerebral é muito remota, pois implicaria um trombo que bloqueasse
a irrigação do tronco cerebral e não teríamos o doente consciente e sem achados
neurológicos. A possibilidade de a síncope se dever a uma obstrução transitória
dos troncos aórticos superiores pela passagem do êmbolo antes de este encravar
no tronco celíaco também é estranha, visto que a síncope ocorreu depois da dor
abdominal. Resta a possibilidade de se tratar de uma síncope vaso-vagal reflexa à
dor abdominal.
A elevação da CK também parece uma descontextualizada, enquanto marcador
de necrose muscular. Tendo em conta que o doente sincopou, poderá ter sofrido
um ligeiro trauma com o impacto no chão com consequente rabdomiólise.
Restantes alíneas:
PERGUNTA 97
Uma menina de 9 anos é trazida pela mãe à consulta por preocupação de que o
crescimento mamário tenha começado demasiado cedo. A criança tem sido
saudável, não tem antecedentes patológicos de relevo e não faz medicação
habitual. Ainda não teve menarca. Tem rendimento escolar razoável. Os sinais
vitais encontram-se dentro dos parâmetros de normalidade. Ela tem 129 cm de
altura (P25) e pesa 25 kg (P25). Ao exame físico apresenta dois nódulos firmes,
indolores, móveis, de 1 a 2 cm, no tronco, subjacente a cada aréola. Não tem
pelo púbico ou axilar. O restante exame físico encontra-se dentro dos parâmetros
de normalidade.
Qual dos seguintes é o próximo passo mais adequado?
Chave oficial: B
Proposta Academia: B
Validação da afirmação correta: Informar que se trata de desenvolvimento
normal.
A puberdade normal nas raparigas inicia-se entre os 9 e os 13 anos de idade.
Restantes alíneas:
A - Determinar a concentração sérica de prolactina.
Trata-se de um desenvolvimento normal. Início da puberdade aos 9 anos, pelo
que não existe indicação para avaliação analítica.
E - Solicitar RM cerebral
Não se trata de um caso de puberdade precoce, pelo que não está indicada a
realização de RM cerebral.
PERGUNTA 98
A. Antecedentes de fratura
B. Antecedentes tabágicos
C. Hipotiroidismo
D. Idade da menopausa
E. Toma de tamoxifeno
Chave oficial: E
PERGUNTA 99
Chave oficial: D
Proposta Academia: D
PERGUNTA 100
Chave oficial: A
Proposta Academia: A
Restantes alíneas:
PERGUNTA 101
Soro
A. Causa osmótica
B. Causa secretória
C. Esteatorreia
D. Inflamação crónica
E. Neuropatia visceral
Chave oficial: C
Proposta Academia: C
PERGUNTA 102
Sangue
Hemoglobina 11 g/dL
Leucócitos 4 500/mm3
Plaquetas 140 × 109/L
Chave oficial: D
Proposta Academia: D
Restantes alíneas:
biliar, dada a faixa etária e os sintomas urinários o mais provável é que se trate
PERGUNTA 103
A ecografia da tiroide revela formação com cerca de 4,2 cm com zonas de quisto
e zonas sólidas. A biópsia com agulha fina desta formação foi inconclusiva.
Qual dos seguintes é o próximo passo mais adequado na gestão desta doente?
A. Aspiração do quisto
B. Cintigrafia com iodo-131
C. Lobectomia direita da tiroide
D. Realização de nova biópsia com agulha fina
E. Tiroidectomia total
Chave oficial: C
Proposta Academia: C
PERGUNTA 104
Chave oficial: A
Proposta Academia: A
A HBP é um diagnóstico histológico, mas que muitas vezes pode ser presumido
pela anamnese e exame objetivo. Os LUTS de armazenamento (que são muito
típicos em situação de HBP sintomáticas) em conjunto com exame objetivo
prostático totalmente dentro da normalidade (consistência elástica, com sulco
médio presente, sem nódulos) fazem deste o diagnóstico mais provável
Restantes alíneas:
B - Neoplasia maligna da próstata.
C - Neoplasia vesical.
Não tem antecedentes tabágicos (principal fator de risco para neoplasia
vesical), não há referencia a hematúria (o sinal e sintoma mais
frequentemente associado a situações de tumor vesical).
D - Prostatite aguda.
Habitualmente este quadro curso com queixas de LUTS com disúria e dor
perineal, com toque retal doloroso, com próstata globosa quente e
edemaciada e associado habitualmente a febre, sendo um quadro de
instalação mais aguda, o que não é o caso descrito
E - Prostatite crónica.
Pode ser bacteriana (1) ou não-bacteriana (2). O primeiro é um quadro
arrastado tipicamente com início numa prostatite aguda. O segundo
enquadra-se na síndrome de dor pélvica crónica que se carateriza por
quadros intermitentes de agravamento e melhoria das queixas de LUTS /
dor ou desconforto períneo-escrotal. Nenhum desde se enquadra como
primeira hipótese no caso clínico descrito
PERGUNTA 105
Chave oficial: E
Proposta Academia: E
Validação da afirmação correta: Não são necessárias medidas.
Restantes alíneas:
PERGUNTA 106
A. 5
B. 6
C. 7
D. 8
E. 9
Chave oficial: C
Proposta Academia: C
Melhor resposta ocular: abertura lenta dos olhos à dor (pressão do leito ungueal) –
abertura ocular à dor: +2 pontos
Melhor resposta verbal: a doente não responde à estimulação verbal – resposta
verbal ausente: +1 ponto
Melhor resposta motora: reação em fuga dos 4 membros ao estímulo doloroso –
resposta motora em fuga à dor: +4 pontos
Restantes alíneas:
Uma mulher de 52 anos vem ao serviço de urgência por tosse não produtiva,
incomodativa, impedindo o sono, com dois dias de evolução. A história médica revela
hipertensão arterial, diabetes mellitus tipo 2 e neoplasia do cólon operada há 20 dias,
sem complicações aparentes. A medicação habitual incluí losartan, hidroclorotiazida,
insulina glargina e insulina de ação rápida. Encontra-se a aguardar início de
quimioterapia. Os sinais vitais são temperatura 36,3°C, frequência cardíaca 104/min,
frequência respiratória 157min e pressão arterial 134/82 mm Hg. O exame físico
revela crepitações na base do hemitórax esquerdo, edemas ligeiros nos pés até aos
tornozelos. Observa-se aumento de volume gemelar esquerdo com dor à palpação
local.
Os resultados dos estudos analíticos revelam:
Soro
Troponina I 3 ng/mL
NT-proBNP 322 pg/mL [N< 300 pg/mL]
Sangue
Hemoglobina 11,5 g/dL
Leucócitos 15.000/mm3
Neutrófilos 80%
A. CURB-65
B. PSI
C. Score GAME
D. Score GRACE
E. Score WELLS
Chave oficial: E
Proposta Academia: E
Restantes alíneas:
PERGUNTA 108
A. Cardiomiopatia periparto
B. Embolia pulmonar
C. Estenose pulmonar
D. Pré-eclampsia
E. Sépsis puerperal
Chave oficial: A
Proposta Academia: A
Validação da afirmação correta: A cardiomiopatia periparto é uma causa
rara de insuficiência cardíaca que afeta as mulheres no final da gravidez ou no
puerpério precoce. Geralmente esta patologia apresenta-se com dispneia (como
no caso clínico), embora também possa incluir tosse, ortopneia e edemas
periféricos. Ao exame físico, pode apresentar alterações auscultatórias como um
murmúrio de regurgitação mitral e frequentemente um impulso apical deslocado
(‘ponto difuso de impulso máximo localizado lateralmente á linha axilar anterior’).
O raio X do tórax geralmente mostra um alargamento da silhueta cardíaca,
podendo ter outras alterações pulmonares, embora não descritas no caso. Assim,
Restantes alíneas:
PERGUNTA 109
Chave oficial: E
Proposta Academia: E
Restantes alíneas:
B - Imunoeletroforese quantitativa
A imunoeletroforese pode ser usada para detetar várias patologias, como
doenças gamapatias monoclonais, doenças linfoproliferativas entre outras.
O caso clínico sugere um diagnóstico clínico de fibrose quística, pelo que
existe uma resposta mais correta.
PERGUNTA 110
Chave oficial: C
Proposta Academia: C
Restantes alíneas:
A – Iniciar dieta adequada para um perímetro da cintura < 80 cm
Comentário: Deverá iniciar dieta, sim, mas não para o perímetro de cintura
referido, que corresponde aquele pretendido para mulheres e não homens.
Comentário: Até poderá ser uma estratégia, mas não nesta fase. Terá de
otimizar medidas de estilo de vida e repetir perfil lipídico posteriormente e só
após a eventual falha de medidas de estilo de vida é que se poderá equacionar o
início de uma estatina de baixa intensidade.
PERGUNTA 111
Chave oficial: A
Restantes alíneas:
PERGUNTA 112
Chave oficial: C
Proposta Academia: C
Validação da afirmação correta: Dermatite seborreica - A dermatite
seborreica é uma condição muito frequente nos bebés pequenos, com o pico de
prevalência aos 3 meses (praticamente 70% das crianças). Geralmente as suas
manifestações são mais precoces do que as do eczema atópico, que é uma das
formas de distinguir estas situações. Outro fator a favor deste diagnóstico é a
localização das lesões, que no caso da dermatite seborreica atinge as áreas ricas
em glândulas sebáceas, nomeadamente os pavilhões auriculares, a zona central
da face (neste caso o sulco nasogeniano), e as zonas intertriginosas (neste caso
as pregas inguinais). O eczema atópico em crianças assim tão pequenas
normalmente tem um tingimento mais generalizado, atingindo também as
bochechas e zonas extensoras dos membros. A história de psoríase da mãe não
influencia para já aquele que é o diagnóstico mais provável, em frequência, neste
lactente, deixando-nos apenas alerta para o futuro, no sentido de considerar a
situação caso evolução menos favorável. Quanto ao eritema tóxico e dermatite de
contacto, as manifestações clínicas não são de todo a favor de qualquer um
destes diagnósticos.
Restantes alíneas:
Soro
Creatinina 0,7 mg/dL
Sódio 140 mEq/L
Potássio 4,6 mEq/L
Proteína C reativa 130 mg/L
Sangue
Hemoglobina 11 g/dL
O raio-X do tórax revela fratura de seis arcos costais à direita, com
hipertransparência do hemitórax direito e desvio do mediastino para a esquerda.
Qual dos seguintes é o diagnóstico mais provável neste quadro clínico?
A. Contusão pulmonar.
B. Hemotórax
C. Pneumotórax hipertensivo
D. Retalho costal móvel
E. Tamponamento cardíaco
Chave oficial: C
Proposta Academia: C
Restantes alíneas:
PERGUNTA 114
Urina
Densidade 1020 [N= 1,003-1,029]
Proteínas 3+
Sangue 3+
Leucócitos 0/cga
Eritrócitos > 100/cga [N<3/cga]
Cilindros 0/cga
Chave oficial: D
Proposta Academia: D
Restantes Alíneas:
PERGUNTA 115
Chave oficial: A
Proposta Academia: A
Validação da afirmação correta: Discordo em absoluto da resposta
considerada porque não tem qualquer lógica. O enunciado mostra-nos uma
doente com lúpus e medicada há 10 anos com prednisolona, apresentando alguns
Restantes alíneas:
PERGUNTA 116
Chave oficial: E
Proposta Academia: A
Restantes alíneas:
PERGUNTA 117
Chave oficial: C
Proposta Academia: C
Restantes alíneas:
PERGUNTA 118
Sangue
INR 2
Qual das seguintes alternativas o próximo passo mais adequado na gestão deste
doente?
Chave oficial: D
Proposta Academia: D
Restantes alíneas:
A - No tratamento sintomático do prurido associado a colangite biliar
primária está indicado iniciar terapêutica com anti-histaminico,
colestiramina ou, em casos refratários, rifampicina. Em casos graves a
plasmaferese está descrita. Todos estes tratamentos devem ser usados
com precaução em doentes com cirrose. Na cirrose descompensada o
tratamento do prurido embora importante não é a prioridade.
PERGUNTA 119
Chave oficial: A
Proposta Academia: A
Validação da afirmação correta: Perturbação de défice de atenção e
hiperatividade - Trata-se de uma criança com PHDA do tipo desatenção uma vez
que apresenta dificuldade em lembrar-se das atividades diárias não se recorda do
que aprendeu, perde o material com frequência, esquece-se de recados e
dificuldade em manter a atenção até ao final de uma tarefa dificuldade em
acompanhar até ao final dos programas televisivos.
Restantes alíneas:
B - Perturbação depressiva.
Falsa. Não preenche os critérios para perturbação depressiva.
PERGUNTA 120
Líquido pleural
Desidrogenase láctica (LDH): 56 U/L
Proteínas: 2,1 g/dL
Chave oficial: D
Restantes alíneas:
C - Mesotelioma
E - Tuberculose
PERGUNTA 121
Um homem de 52 anos vem ao consultório médico por «urina com gás», após
cirurgia eletiva. Ele tinha queixas anteriores de hematúria macroscópica e tinha
realizado ecografia vesical e biópsia, que revelaram «massa da parede posterior
da bexiga» e «lesão inflamatória», respetivamente, motivo pelo qual foi proposta
cirurgia. Ele tem antecedentes de diabetes mellitus insulinotratada e hipertensão
arterial medicada com perindopril e clorotalidona. Os sinais vitais são temperatura
36,8°C, frequência respiratória 16/min, frequência cardíaca 80/min e pressão
arterial 136/84 mm Hg. O toque retal revela próstata aumentada de volume. O
restante exame físico encontra-se dentro dos parâmetros de normalidade.
Os resultados dos estudos analíticos revelam:
Soro
Proteína C reativa: 2 mg/L
Sangue
Hemoglobina: 13,5 g/dL
Leucócitos: 6 200/mm3
Neutrófilos segmentados: 56%
Linfócitos: 25%
Plaquetas: 150 × 10/L
Urina
Urocultura: Escherichia coli (>105)
A. Divertículo vesical
B. Fistula colovesical
C. Infeção por Trichomonas vaginalis
D. Pielonefrite enfisematosa
Chave oficial: B
Proposta Academia: B
Restantes alíneas:
A - Divertículo vesical.
Divertículo vesical é uma alteração anatómica da bexiga que pode ser
assintomática ou manifestar-se com sintomas do trato urinário inferior (LUTS) de
armazenamento. Habitualmente surge de forma adquirida em consequência de
obstrução crónica infra-vesical. Neste caso, é um diagnóstico para o qual o
quadro descrito não remete.
D - Pielonefrite enfisematosa
Embora a pielonefrite enfisematosa é um quadro infecioso potencialmente fatal
que podecursar com quadro de pneumatúria. No entanto, este diagnóstico cursa
normalmente com alterações analíticas marcadas (leucocitose, elevação da PCR,
lesão renal aguda) e alterações ao exame objetivo (doente febril, taquicardico,
hipotenso) em função do quadro infeccioso grave, que não é o caso.
E - Prostatite crónica.
A clínica que pneumatúria não é enquadrável num quadro de prostatite crónica, o
que, conjuntamente com estes antecedentes cirúrgicos recentes, torna esta
hipótese menos provável.
PERGUNTA 122
Um homem de 39 anos vem ao consultório médico por cefaleia ligeira,
difusa e «surda» ao acordar com quatro meses de evolução. A cefaleia
desaparece ao início da tarde. Ele refere ainda fraqueza generalizada com
três meses de evolução, mas é capaz de desempenhar todas as atividades
que desempenhava há um ano. Nega fotossensibilidade, náuseas ou
Chave oficial: D
Proposta Academia: D
Validação da afirmação correta: Polissonografia
A vinheta clínica descreve um indivíduo com distrofia miotónica (DM). De facto,
referem distrofia muscular e, ao exame físico é descrita miotonia (atraso no
relaxamento na preensão/percussão), assim como outras caraterísticas típicas,
nomeadamente a alopecia.
Dentro das cefaleias primárias, a cefaleia referida tem algumas caraterísticas de
cefaleia tipo-tensão; no entanto, o padrão circadiano não é o mais habitual (o
agravamento é habitual ao final do dia). Desta forma, poderíamos pensar numa
cefaleia secundária. No contexto clínico do doente (distrofia muscular), a
probabilidade de existir apneia do sono é elevada; frequentemente a apneia do
sono cursa com cefaleias matinais.
As restantes opções não seriam úteis no estudo da cefaleia. A angiografia
fluoresceínica poderia melhor avaliar o fundo ocular e seus vasos, por vezes
alterado na DM, mas sem interesse para o estudo da cefaleia. O doseamento da
CK estaria provavelmente fora do intervalo de referência, mas não informaria
sobre a causa da cefaleia. Da mesma forma o ECG e a avaliação neuropsicológica
poderiam fazer parte da avaliação de um doente com DM, mas não seriam úteis
para avaliar a cefaleia.
Restantes alíneas:
Ver a justificação da alínea correta.
PERGUNTA 123
Chave oficial: C
Proposta Academia: C
Restantes alíneas:
B - Duodenopancreatectomia cefálica.
Apesar desta ser a cirurgia de eleição para tumores na cabeça do
pâncreas, antes da ressecção cirúrgica propriamente dita, existe uma
avaliação intra-operatória da ressecabilidade uma vez que o exame de
imagem poderá subdiagnosticar o envolvimento locorregional – cerca de
37% dos doentes com doença ressecável em TC acabam por ter uma
cirurgia R1 (Hong, S.B.; Lee, S.S.; Kim, J.H.; Kim, H.J.; Byun, J.H.; Hong,
S.M.; Song, K.B.; Kim, S.C. Pancreatic Cancer CT: Prediction of
Resectability according to NCCN Criteria. Radiology 2018, 289, 710–718).
D - Quimioterapia neoadjuvante
O standard para neoplasia do pâncreas ressecável é cirurgia seguida de QT
adjuvante per guidelines da ESMO; não existe evidência de superioridade
nestes casos de um regime perioperatório com QT neoadjuvante e a
realização da mesma limita-se neste momento ao contexto de ensaio
E - Radioterapia.
Da mesma forma que foi descrita na justificação previamente dada para a
não realização de QT neoadjuvante, não existe qualquer evidência para a
realização de RT neoadjuvante em neoplasias do pâncreas ressecáveis.
PERGUNTA 124
A. Lorazepam
B. Primidona
C. Propranolol
D. Topiramato
E. Tri-hexifenidilo
Chave oficial: E
Proposta Academia: E
Restantes alíneas:
Verificar a resposta da alínea correta.
PERGUNTA 125
Urina de 24 horas
Volume: 3 800 mL
Glucose: NEGATIVO
OSMOLARIDADE 270 mOsmol/kg H2O (normal)
A. Diabetes mellitus
B. Doença hepática crónica
C. Enfisema pulmonar
D. Gota
E. Sarcoidose
Chave oficial: E
Proposta Academia: E
Restantes alíneas:
A - Diabetes Mellitus
Apesar da doente apresentar alguns fatores que nos possam levar a
pensar em diabetes Mellitus como a hipótese mais provável (obesidade,
polidipsia e poliúria), a verdade é que para o diagnóstico ser feito
necessitávamos de uma glicemia > 200mg/dL associada a esta
sintomatologia ou 2 avaliações da glicemia em jejum > 125mg/dL.
Também, o facto de a glicosúria ser negativa, faz com esta hipótese se
torne menos provável.
.
C - Enfisema Pulmonar
Apesar da doente ser fumadora e apresentar “raros sibilos dispersos”,
nada disto nos leva a pensar num enfisema pulmonar como causa mais
provável, até porque o quadro que traz a doente até nós não é
respiratório, mas sim caracterizado por polidipsia, poliúria e artralgias,
sintomatologia não compatível com o diagnóstico de enfisema.
D - Gota
Apesar da doente referir artralgias esporádicas e ter fatores de risco para
gota como a obesidade, a doente deveria referir um quadro típico de dor
severa, associada a eritema, calor e edema de 1 articulação em específico,
com resolução espontânea do quadro entre 1 a 2 semanas. Ora a doente
não descreve este quadro típico, nem temos evidência de que tenha
hiperuricemia, pelo que a gota não será o quadro mais provável.
Sangue
Hematócrito: 32,3%
Hemoglobina: 10,7 g/dL
Leucócitos: 17 300/mm3
Neutrófilos, segmentados: 65%
Neutrófilos, bandas: 20%
Linfócitos: 10%
Monócitos: 5%
Plaquetas: 425 × 109/L
Chave oficial: B
Proposta Academia: B
C - Cintigrafia óssea
Sem indicação no diagnóstico inicial de artrite séptica da anca.
E - RM da anca esquerda.
Apesar da RM ser bastante sensível na deteção precoce de líquido
articular, não permite identificar a bactéria e/ou leucocitose do líquido
articular pelo que não é útil para o diagnóstico
PERGUNTA 127
Chave oficial: B
Proposta Academia: B
Restantes alíneas:
Soro
Glucose 63 mg/dL
AST 35 U/L
ALT 26 U/L
Sangue
Hemoglobina 12,6 g/dL
VGM 87 fL
Leucócitos 6 600/mm3
Neutrófilos 54%
Linfócitos 30%
Plaquetas 212×10/L
Chave oficial: D
Proposta Academia: D
PERGUNTA 129
Sangue
Hemoglobina 13,2 g/dL
Leucócitos 4 600/mm3
Plaquetas 198 × 109/L
A. Artrite gotosa
B. Artrite reumatoide
C. Doença por deposição de oxalato de cálcio
D. Osteoartrose
E. Lúpus eritematoso sistémico
PERGUNTA 130
A. Adenocarcinoma
B. Carcinoma epidermoide
C. Linfoma de MALT
D. Tumor carcinoide
E. Tumor do estroma gastrointestinal (GIST)
Chave oficial: D
Proposta Academia: D
Validação da afirmação correta: Tumor carcinoide - Nas neoplasias do
sistema gastrointestinal, nomeadamente jejuno, poderíamos estar perante todas
as histologias presentes nas hipóteses de diagnostico, à exceção do carcinoma
epidermóide, que nesta localização é incomum.
No entanto o doente apresenta sintomas típicos de um síndrome carcinoide
(diarreia, flushing (calor facial), sendo por isso o mais provável tratar-se de um
tumor carcinoide.
Restantes alíneas:
PERGUNTA 131
A. Anemia aplásica
B. Anemia ferripriva
C. Défice de glicose-6-P desidrogenase
D. Esferocitose hereditária
E. Talassemia minor
Chave oficial: C
Proposta Academia: C
Restantes alíneas:
A - Anemia aplásica.
A anemia aplásica cursa com palidez, fadiga e intolerância ao exercício.
Podem também estar presentes outros sintomas, ausentes nesta vinheta
clínica, que resultam da afeção de outras linhagens (petéquias, equimoses
fáceis, epistáxis e maior suscetibilidade a infeções). A anemia aplásica não
se manifesta por icterícia nem aumento dos parâmetros laboratoriais de
hemólise (nomeadamente aumento da bilirrubina e LDH), presentes neste
caso clínico e que são sugestivos de anemia hemolítica.
B - Anemia ferripriva.
Apesar da anemia por défice de ferro ser a causa de anemia mais
frequente em idade pediátrica, a presença de icterícia e aumento dos
D - Esferocitose hereditária.
A esferocitose hereditária é também uma causa de anemia hemolítica não
imune. Nesta patologia a concentração média de hemoglobina corpuscular
é superior a 36 mg/dL – dado não disponível no enunciado. A ausência de
esplenomegalia e de esferócitos no esfregaço de sangue periférico tornam
este diagnóstico menos provável.
E - Talassemia minor.
Talassemia minor não cursa habitualmente com anemia grave,
manifestando-se por microcitose ou anemia ligeira.
PERGUNTA 132
A. Adenomiose
B. Atrofia endometrial
C. Disfunção ovulatória
D. Mioma uterino subseroso
E. Pólipo uterino
Chave oficial: A
Proposta Academia: A
PERGUNTA 133
A. Candida albicans
B. Chlamydia trachomatis
C. Herpes vírus tipo 1
D. Mycoplasma hominis
E. Staphylococcus aureus
Chave oficial: E
Proposta Academia: E
Restantes alíneas:
A - Candida albicans.
Os achados ao exame físico (febre, alterações da mama esquerda com
fissura mamilar e eritema e edema localizados, nódulo axilar com
características reativas) e as queixas da paciente (dor na mama esquerda)
auxiliam no diagnóstico de mastite puerperal, que corresponde a uma
infeção do tecido mamário durante o período puerperal. Esta patologia
associa-se a infeção por Staphylococcus aureus, streptococcus grupo A e
B, β Haemophilus spp, e Escherichia coli.
B - Chlamydia trachomatis.
Os achados ao exame físico e as queixas da paciente configuram uma
situação de mastite puerperal, que corresponde a uma infeção do tecido
D - Mycoplasma hominis.
Os achados ao exame físico e as queixas da paciente configuram uma
situação de mastite puerperal, que corresponde a uma infeção do tecido
mamário. Esta patologia associa-se a infeção por Staphylococcus aureus,
streptococcus grupo A e B, β Haemophilus spp, e Escherichia coli.
PERGUNTA 134
Soro
Bilirrubina Total: 17 mg/dL
Direta: 3,5 mg/dL
Teste de Coombs direto: Positivo
Sangue
Hematócrito: 45%
O grupo sanguíneo da mãe é 0 Rh positivo e o do recém-nascido é A Rh positivo.
Chave oficial: B
Proposta Academia: B
Restantes alíneas:
PERGUNTA 135
Sangue
Hemoglobina: 15,2 g/dL
Hematócrito: 47%
Leucócitos: 18 500/mm3
Linfócitos: 54%
Plaquetas: 167 × 109/L
Velocidade de sedimentação: 13 mm/1. hora
A. Linfoma de Burkitt
B. Linfoma difuso de grandes células B
C. Linfoma do manto
D. Linfoma folicular
E. Linfoma linfocitico/leucemia linfocítica crónica
Chave oficial: D
Proposta Academia: D
Restantes alíneas:
PERGUNTA 136
A. Entamoeba histolytica
B. Escherichia coli êntero-hemorrágica
C. Leishmania donovani
D. Plasmodium spp
E. Taenia solium
Chave oficial: D
Proposta Academia: D
PERGUNTA 137
A. Entamoeba histolytica
B. Escherichia coli êntero-hemorrágica
C. Leishmania donovani
D. Plasmodium spp
E. Taenia solium
Chave oficial: D
Proposta Academia: D
PERGUNTA 138
Soro
AST 45 U/L
ALT 120 U/L
GGT 135 U/L
Antigénio HBs Negativo
Anti-VHC Negativo
Chave oficial: A
Proposta Academia: A
Restantes alíneas:
PERGUNTA 139
A. Estenose aórtica
B. Estenose mitral
Chave oficial: D
Proposta Academia: D
Restantes alíneas:
Verificar a justificação da alínea correta
PERGUNTA 140
Uma mulher de 55 anos recorre ao serviço de urgência por dor abdominal
no quadrante superior direito com início há 10 horas. A dor associa-se a
náuseas e vómitos, tonturas e dispneia ligeira. A história medica inclui
diabetes mellitus tipo 2, litíase biliar e enfarte agudo do miocárdio há três
anos. Não tem alergias conhecidas. Os sinais vitais são temperatura
36,7°C, frequência respiratória 20/min, frequência cardíaca 100/min e
pressão arterial 100/70 mm Hg. O exame físico revela dor à palpação do
abdómen no quadrante superior direito e no epigastro.
Os resultados dos estudos analíticos revelam:
Sangue
Leucócitos: 16.000/mm3
Neutrófilos: 85%
A ecografia abdominal revela distensão da vesícula biliar com paredes
espessadas, cálculos biliares e presença de derrame perivesicular.
Qual dos seguintes é o próximo passo mais adequado na gestão desta
doente?
Chave oficial: A
Proposta Academia: A
PERGUNTA 141
Chave oficial: B
Proposta Academia: B
PERGUNTA 142
Chave oficial: E
Proposta Academia: E
PERGUNTA 143
A. Adenopatia
B. Aneurisma da artéria femoral
C. Hérnia femoral encarcerada
D. Quisto do canal de Nuck
E. Variz da safena
Chave oficial: C
Proposta Academia: C
PERGUNTA 144
Uma mulher de 60 anos vem ao serviço de urgência por vómitos com início
após o jantar. Refere ainda dor abdominal epigástrica, intensa, com
irradiação para a região dorsolombar, em barra, com posição de alívio na
posição genupeitoral. Ela tem antecedentes de dislipidemia. É fumadora de
1,5 maços de tabaco por día desde os 20 anos e refere hábitos etílicos de
80 g por día desde os 30 anos. A palpação do abdomen revela dor na
região epigástrica, sem defesa.
Os resultados dos estudos analíticos revelam:
Soro
AST: 150 U/L
ALT: 170 U/L
Fosfatase alcalina: 470 U/L
y-glutamil transferase (GGT): 480 U/L
Bilirrubina Total: 4 mg/dL Direta: 3,1 mg/dL Proteína C reativa: 150 mg/L
Amilase: 350 U/L
Sangue
Leucócitos: 14 000/mm3
Proposta Academia: D
E - A CPRE não está indicada por rotina em doentes com pancreatite aguda
biliar. Deverá ser realizada neste contexto se estivermos perante uma
colangite aguda e uma pancreatite aguda simultaneamente ou se
pancreatite aguda com cálculo litiásico a obstruir o ducto biliar principal.
Chave oficial: B
Proposta Academia: B
Restantes alíneas:
A - Abandono do ensino superior
O abandono do ensino superior não é um fator de risco relevante para o
desenvolvimento de perturbação de personalidade – numa relação inversa,
traços de uma perturbação de personalidade podem ser um fator de risco
para o abandono precoce do ensino superior.
E - Internamento prolongado.
O internamento prolongado não é um fator de risco relevante para o
desenvolvimento de perturbação de personalidade.
A. Anel vaginal
B. Diafragma com espermicida
C. Dispositivo intrauterino com cobre
D. Dispositivo intrauterino com levonorgestrel
E. Pílula combinada
Chave oficial: D
Proposta Academia: D
PERGUNTA 147
Chave oficial: B
Proposta Academia: B
PERGUNTA 148
Chave oficial: D
Proposta Academia: D
Restantes alíneas:
A - Apresentar estrabismo intermitente
Falso. É sinal de alarme aos 9 meses.
PERGUNTA 149
Uma mulher de 80 anos vem à consulta por «<inchaço das pernas» desde
há duas semanas, que se acentua ao longo do dia. Tem história de
insuficiência cardíaca e de hipertensão arterial. Está medicada com
lisinopril e furosemida. Os sinais vitais são temperatura 36,8°C, frequência
respiratória 12/min, frequência cardíaca 90/min e pressão arterial 110/60
mm Hg. Ao exame físico a auscultação pulmonar revela sons respiratórios
presentes e simétricos, com diminuição nas bases bilateralmente e
percussão com macicez na mesma região. A auscultação cardíaca revela
sopro sistólico mitral de grau III/VI Observa-se edemas depressíveis nos
membros inferiores.
Os resultados dos estudos analíticos revelam:
Soro
Creatinina: 1 mg/dL
Ureia: 40 mg/dL
AST: 23 U/L
ALT: 25 U/L
Glicemia: 99 U/L
Albumina: 4 g/dL
Sangue
Hemoglobina: 13 g/dL
Chave oficial: E
Proposta Academia: E
Chave oficial: E
Proposta Academia: E
Restantes alíneas:
A - Iniciar amoxicilina + ácido clavulanico oral.
Falso. O mais provável é tratar-se de celulite pós-septal (febre, cefaleia,
dor ocular) pelo que a antibioticoterapia deverá ser endovenosa e não oral.