Incra 2018
Incra 2018
Incra 2018
INCRA
INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO
E REFORMA AGRÁRIA
www.incra.gov.br
Lista de siglas e abreviações
Lista de Tabelas
Lista de Gráficos
Gráfico 1- Indicadores de resultado (Previsto x Realizado) - Objetivo 01............................................. 34
Gráfico 2- Indicadores de resultado (Previsto x Realizado) - Objetivo 02............................................. 46
Gráfico 3- Indicadores de resultado (Previsto x Realizado) - Objetivo 03............................................. 54
Gráfico 4- Indicadores de resultado (Previsto x Realizado) - Objetivo 04............................................. 59
Gráfico 5- Indicadores de resultado (Previsto x Realizado) - Objetivo 05............................................. 63
Gráfico 6- Indicadores de resultado (Previsto x Realizado) - Objetivo 06............................................. 68
Gráfico 7- Evolução da execução orçamentária da despesa por função .............................................. 70
Gráfico 8- Principais Despesas da Autarquia ......................................................................................... 71
Gráfico 9- Despesas 2016 a 2018 .......................................................................................................... 72
Gráfico 10- Arrecadação de Títulos de Domínio - 2018 ........................................................................ 75
Gráfico 11- Material de Consumo ......................................................................................................... 81
Gráfico 12- Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Física ..................................................................... 82
Gráfico 13- Locação de Mão-de-obra.................................................................................................... 83
Gráfico 14- Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica .................................................................. 84
Gráfico 15- Serviços de TIC - PJ ............................................................................................................. 85
Gráfico 16- Obrigações Tributárias e Contributivas .............................................................................. 86
Gráfico 17- Despesas com outros entes públicos ................................................................................. 87
Gráfico 18- Equipamentos e Material Permanente .............................................................................. 88
Gráfico 19- Aquisição de Passagens Aéreas por Unidade ..................................................................... 89
Gráfico 20- Quantidade de Dispensas de Licitação 2018 ...................................................................... 91
Gráfico 21- Quantidade de Inexigibilidade de Licitação 2018............................................................... 91
Gráfico 22- Imóveis Comerciais (Sedes) do Incra por estado................................................................ 94
Gráfico 23- Situação dos Imóveis .......................................................................................................... 94
Gráfico 24- Despesas Correntes e de Capital (Análise Vertical) .......................................................... 108
Gráfico 25- Por Grupo de Natureza da Despesa – Despesas Correntes (Análise Vertical) ................. 108
Gráfico 26- Por Grupo de Natureza da Despesa de Capital (Análise Vertical) .................................... 109
Gráfico 27- Receitas Correntes e de Capital (Análise Vertical) ........................................................... 109
Gráfico 28- Por Tipos de Receitas Correntes (Análise Vertical) .......................................................... 110
Gráfico 29- Por Tipos de Receitas de Capital (Análise Vertical) .......................................................... 111
Gráfico 30- Quantitativo de Convênios por situação – Demonstração Sintética................................ 132
Gráfico 31- Resumo do repasse por situação...................................................................................... 132
Gráfico 32- Situação Orçamentária/Financeira dos Convênios em Execução .................................... 133
Gráfico 33- Desempenho aprovação de Contas no exercício 2018 .................................................... 133
Gráfico 34- Quantitativo de Convênios por SR.................................................................................... 134
Lista de Figuras
Figura 1 – Organograma Incra Sede ..................................................................................................... 15
Figura 2 – Organograma Incra Superintendências Regionais............................................................... 16
Figura 3 – Mapa Estratégico Incra ......................................................................................................... 20
Figura 4 – Princípios Programa de Integridade ..................................................................................... 21
Figura 5 – Estruturas de Governança .................................................................................................... 22
Figura 6 – Fluxo de Regularização Ambiental ....................................................................................... 38
Figura 7 – Projeto Sistema Integrado de Gestão Ambiental de Assentamentos (SIGA) ....................... 38
Sumário
1- MENSAGEM DO PRESIDENTE DO INCRA ........................................................................................ 9
2 - VISÃO GERAL ORGANIZACIONAL E AMBIENTE EXTERNO .............................................................. 11
2.1- Identificação da unidade ............................................................................................................ 11
2.2- Finalidade e competências institucionais .................................................................................. 11
2.3- Ambiente de atuação ................................................................................................................. 12
2.4- Modelo de Negócios .................................................................................................................. 12
3 - PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E GOVERNANÇA ........................................................................... 17
3.1- Planejamento estratégico .......................................................................................................... 17
3.2- Governança ................................................................................................................................ 21
4 - GESTÃO DE RISCOS E CONTROLES INTERNOS................................................................................. 28
4.1- Gestão de riscos e controles internos ........................................................................................ 28
5 - RESULTADOS DA GESTÃO ................................................................................................................ 33
5.1- Da gestão e dos objetivos estratégicos ...................................................................................... 33
6 - ALOCAÇÃO DE RECURSOS E ÁREAS ESPECIAIS DA GESTÃO ........................................................... 70
6.1- Gestão orçamentária e financeira.............................................................................................. 70
6.2- Gestão de pessoas...................................................................................................................... 76
6.3- Gestão de licitações e contratos: ............................................................................................... 80
6.4- Gestão patrimonial e infraestrutura .......................................................................................... 92
6.5- Gestão da tecnologia da informação ......................................................................................... 95
6.6- Gestão de Custos ....................................................................................................................... 98
6.7- Sustentabilidade ambiental ....................................................................................................... 99
7 - DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS...................................................................................................... 100
7.1- Das Demonstrações Contábeis do INCRA ................................................................................ 100
7.2- Notas explicativas..................................................................................................................... 114
8 - OUTRAS INFORMAÇÕES RELEVANTES .......................................................................................... 135
8.1- Acompanhamento das determinações do Tribunal de Contas da União e das recomendações do
Controle Interno e da Auditoria Interna. ........................................................................................ 135
8.2- Avaliação dos controles internos ............................................................................................. 135
9 - ANEXOS E APÊNDICES.................................................................................................................... 137
9.1- Quadros, tabelas e figuras complementares ........................................................................... 137
1- MENSAGEM DO PRESIDENTE DO INCRA
O presente Relatório de Gestão foi
desenvolvido em conformidade com o disposto nas
Instruções Normativas TCU nº 63/2010, nº 72/2013,
Decisão Normativa - TCU Nº 170, de 19 de setembro
de 2018, Decisão Normativa - TCU Nº 172, de 12 de
dezembro de 2018, Portaria - TCU Nº 369, de 17 de
dezembro de 2018 e Portaria - INCRA Nº 1.980, de 13
de dezembro de 2018, observando ainda as
orientações da Secretaria de Controle Externo da
Agricultura e do Meio ambiente – Secex Ambiental
(unidade técnica do TCU à qual está vinculada o
Incra).
Conforme demonstrado ao longo deste
documento, o Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária (INCRA) buscou no exercício de
2018, por meio da execução direta e indireta de
diversas ações, cumprir sua missão prioritária de
executar a reforma agrária e realizar o ordenamento
fundiário nacional.
Destaca-se inicialmente que
contingenciamentos orçamentários voltaram a
influenciar negativamente o alcance e a plena
realização das suas ações no exercício anterior. Em relação a 2017 houve uma redução de 27% na dotação
orçamentária inicial (discricionário e emendas) e consequentemente uma redução em 15% no recurso total
empenhado.
No entanto, apesar das limitações orçamentárias e operacionais esta Autarquia obteve êxito no
atingimento das metas físicas na maioria dos 36 (trinta e seis) indicadores de gestão monitorados. Estes
indicadores estão agrupados em Objetivos Estratégicos prioritários para a Gestão do Órgão e relacionados
com as atividades finalísticas, conforme detalhamento nos itens específicos deste Relatório.
Por exemplo, quanto as atividades relacionadas ao objetivo estratégico de promover o
desenvolvimento socioeconômico e ambiental dos diferentes segmentos da agricultura familiar,
contribuindo para a organização da oferta de alimentos, produtos e serviços à sociedade, os principais
resultados de 2018 foram:
I) Implantação e/ou recuperação de infraestrutura básica em projetos de assentamento:
atendimento de 14.377 famílias, o que representa 35% a mais que a meta estabelecida;
II) Projetos de agroindustrialização, comercialização e atividades pluriativas (Terra Sol):
3.417 famílias atendidas, superando em 72% a meta do exercício;
III) Assentamentos monitorados com ações de gestão ambiental: 642;
IV) Crédito instalação ou equivalente concedido: 53.786 famílias atendidas.
A realização dessas ações estimula o desenvolvimento sustentável dos assentamentos e dinamizam
a economia local, pois permite que os assentados tenham acesso a mecanismos de estruturação produtiva,
a geração de renda por meio de atividades ligadas à agroindustrialização e comercialização, além de contar
com uma infraestrutura básica que permite a sobrevivência no local (energia, água), como também o
escoamento da produção (estradas).
9
Outro destaque diz respeito à retomada da concessão de crédito voltada para construção e reforma
de casas para os beneficiários da reforma agrária, primando pelo acesso ao direito à moradia digna para a
família dos assentados. Nesse viés ressalta-se ainda a implantação da modalidade de crédito com vistas a
incentivar a lavoura de cacau em áreas de assentamentos nos estados da Bahia e do Pará, com potencial de
estruturação de uma cadeia produtiva.
Quanto a política de governança fundiária baseada na articulação interinstitucional federativa e
gestão da estrutura fundiária do país, apontamos os seguintes resultados:
I) Número de imóveis rurais certificados: 120.198;
II) Número de hectares de terras devolutas da União diagnosticados: 119.926;
III) Número de atualizações cadastrais realizadas no SNCR: 445.053;
IV) Titulação, concessão e destinação de imóveis rurais em projetos de assentamento: 87.751
documentos expedidos;
V) Número de hectares diagnosticados para concessão do direito real de uso de terras
públicas federais ao ICMBIO: 77.377;
Estes resultados reforçam a importância da atuação do INCRA no gerenciamento e a promoção do
ordenamento da estrutura fundiária nacional, pois permitem agilizar a titulação de posses e garantir
segurança jurídica com a emissão de títulos de domínio, dinamizar o processo de regularização fundiária de
terras urbanas e rurais da União em todo o País, bem como realizar atividades de discriminação, arrecadação
e destinação das terras devolutas federais através de ações de regularização fundiária, visando incorporá-las
ao sistema produtivo.
Ademais, destacamos as principais atividades relacionados ao objetivo estratégico de promover a
democratização do acesso à terra, com ações da reforma agrária e fundiária, observando as especificidades
de cada território e bioma e a função social da propriedade, contribuindo para o desenvolvimento rural
sustentável, a superação da pobreza e a paz no campo:
I) Área total de imóveis vistoriados: 497.801,85;
II) Número de hectares indenizados nos pagamentos de Indenização Complementar em
aquisições de imóveis rurais para a reforma agrária: 76.703.
Em tempo, as alterações no marco legal consignadas na lei 13.465/17 demandaram dessa
autarquia, ao longo do exercício de 2018, a atualização dos normativos internos para cadastro e seleção de
famílias, bem como atualização dos critérios de permanência dos beneficiários nos assentamentos e os
procedimentos legais para obtenção de terras, primando por maior segurança jurídica, tanto para a
autarquia, bem como para o público da reforma agrária.
Ainda, apontam como desafios internos a revitalização da gestão da autarquia, a intensificação de
atividades com base no planejamento estratégico, o fortalecimento da tecnologia da informação, a revisão
de normas legais e simplificação de ritos processuais, a valorização dos recursos humanos e a atuação de
forma integrada e sistêmica.
Por fim, para os próximos exercícios as ações estarão direcionadas em especial para a titulação de
terras públicas, infraestrutura de assentamentos, regularização fundiária, assim como o acesso rápido às
políticas de incentivo à produção e comercialização dos produtos da agricultura familiar e ações que resultem
em dignidade e cidadania para os beneficiários de política de reforma agrária.
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2 - VISÃO GERAL ORGANIZACIONAL E AMBIENTE EXTERNO
2.1- Identificação da unidade
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - Incra
O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) é uma autarquia federal, cuja
missão prioritária é executar a reforma agrária e realizar o ordenamento fundiário nacional. Criado
pelo Decreto nº 1.110, de 9 de julho de 1970, atualmente o Incra está implantado em todo o território
nacional por meio de 30 superintendências regionais e 41 Unidades Avançadas, com um quadro ativo
de 4.452 servidores.
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2.3- Ambiente de atuação
O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) é uma autarquia federal criada
pelo Decreto-Lei nº 1.110, de 9 de julho de 1970, cuja missão prioritária é executar a reforma agrária
e realizar o ordenamento fundiário nacional. Atualmente está vinculada ao Ministério da Agricultura
por força do Decreto 9.667/2019, de 29 de janeiro de 2019.
Com Sede em Brasília (DF), possui atuação em todos os Estados por meio de 30
Superintendências Regionais, 41 Unidades Avançadas e 1 Unidade Avançada Especial (Altamira/PA).
As superintendências regionais são órgãos descentralizados, responsáveis pela coordenação e
execução das ações do Incra nos estados.
A rede de atendimento do Incra é composta também por Unidades Municipais de
Cadastramento (UMC) e Salas da Cidadania, que funcionam em 2.932 municípios por meio de parceria
com prefeituras. As Salas da Cidadania têm por atribuição promover a melhoria do atendimento
prestado pelo Incra, com o fornecimento de informações e serviços aos beneficiários de reforma
agrária e detentores de imóveis rurais. O acesso aos serviços disponibilizados nestes locais também
pode ser feito via Web.
No âmbito internacional e como fruto do reconhecimento da expertise do Órgão
gerenciamento da estrutura fundiária, o INCRA assumiu um protagonismo na área cadastral dos países
ibero-americanos ao ser eleito em 2017 como Presidente do Comitê Permanente sobre Cadastro na
Ibero-América (CPCI).
O CPCI é uma associação que agrupa as instituições públicas cadastrais da Ibero América e
caracteriza-se como uma rede de excelência ao intercâmbio de informação, perícia, apoio tecnológico
e melhores práticas entre seus membros e também no auxílio a outras instituições públicas ou privadas
que requeiram informações sobre o tema cadastral para desempenhar suas atividades.
12
II - Quanto à obtenção e destinação de terras e assentamento dos beneficiários da reforma agrária e
da colonização:
a) promover as desapropriações por interesse social para fins de reforma agrária e realizar
outras formas de aquisição de terras necessárias às suas finalidades;
b) criar e implantar projetos de assentamento de reforma agrária;
c) promover a realocação de trabalhadores rurais não índios desalojados de terras indígenas;
d) incorporar bens ao seu patrimônio, na forma do art. 17 da Lei nº 4.504/64 e da Lei nº 8.257,
de 26 de novembro de 1991;
e) promover o acesso à propriedade rural, mediante a distribuição e redistribuição de terras;
f) promover o aproveitamento sustentável do meio ambiente e dos recursos naturais nos
projetos de assentamento da reforma agrária; e
g) fixar a metodologia de aprovação e acompanhamento a ser adotada nos projetos de
colonização oficial e particular.
Para o melhor gerenciamento da execução destas atividades, o INCRA criou diversas ações
alinhadas com as diretrizes estratégicas do Órgão. As principais são:
a) Acesso à terra: A obtenção de terras para a reforma agrária pode ser feita de diversas
maneiras. A mais utilizada e conhecida é a desapropriação, seguida do processo de compra e
venda;
b) Titulação: A Constituição Federal de 1988 estabelece que os beneficiários do Programa
Nacional de Reforma Agrária receberão contratos de concessão de uso ou títulos de domínio,
instrumentos que asseguram o acesso à terra.
O Contrato de Concessão de Uso (CCU) transfere o imóvel rural ao beneficiário da reforma
agrária em caráter provisório e assegura aos assentados o acesso à terra, aos créditos
disponibilizados pelo Incra e a outros programas do Governo Federal de apoio à agricultura
familiar.
O Título de Domínio (TD) é o instrumento que transfere o imóvel rural ao beneficiário da
reforma agrária em caráter definitivo. É garantido pela Lei 8.629/93, quando verificado que
foram cumpridas as cláusulas do contrato de concessão de uso e que o assentado tenha
condições de cultivar a terra e de pagar o título de domínio.
Além da garantia da propriedade da terra para as famílias assentadas, a titulação efetuada
pelo Incra contém dispositivos norteadores dos direitos e deveres dos participantes do
processo de reforma agrária, especialmente do poder público (representado pelo Incra) e dos
beneficiários, caracterizado pelos assentados;
c) Certificação: Por meio do Sistema de Gestão Fundiária (SIGEF), a autarquia controla e executa
a certificação de imóveis rurais, identificando e impedindo a superposição do registro
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imobiliário, numa ação conjunta com o sistema cartorário nacional, mediante ações de
georreferenciamento desses imóveis;
d) Georreferenciamento: A legislação vigente exige que todo imóvel rural, público ou privado,
seja medido pela tecnologia de GPS. Esta medida tem o objetivo de regularizar a escrituração
de todos os imóveis rurais do País e minimizar as matrículas emitidas em duplicidade e as
descrições de divisas pouco confiáveis, inibindo, assim, a grilagem de terras.
Essa medição é registrada no Incra que recepciona, valida e armazena os dados dos limites de
sua propriedade em sistema eletrônico e fornece uma certidão que informa que o imóvel não
se sobrepõe a outro. O georreferenciamento de imóveis rurais é obrigatório nos casos de
desmembramento, parcelamento, remembramento, transferência e ações judiciais que
versem sobre imóveis rurais, conforme a Lei dos Registros Públicos;
e) Cadastro Nacional: Como entidade cadastral, o Incra organiza e mantém atualizado um
cadastro nacional de imóveis rurais, de proprietários e detentores de imóveis rurais, de terras
públicas, de arrendatários e parceiros;
Na condição de órgão gestor do Sistema Nacional de Cadastro Rural (SNCR), promove a sua
integração com outros sistemas de cadastro de terras, propiciando o aumento do
conhecimento e a correção da estrutura fundiária e socioeconômica do meio rural.
f) Regularização Fundiária: É também responsável pelas atividades de discriminação,
arrecadação e destinação das terras devolutas federais, através de ações de regularização
fundiária, visando incorporá-las ao sistema produtivo;
g) Comunidades Quilombolas: Executa atividades de identificação, reconhecimento,
delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas pelos remanescentes de quilombos;
h) Infraestrutura: O Incra implanta a infraestrutura básica necessária nas áreas de reforma
agrária de forma direta e em parceria com outros entes governamentais.
As prioridades são a construção e/ou complementação de estradas vicinais e o saneamento
básico – por meio da implantação de sistemas de abastecimento de água e esgotamento
sanitário -, além de construção de redes de eletrificação rural, visando proporcionar as
condições físicas necessárias para o desenvolvimento sustentável dos assentamentos;
i) Terra Sol: O Terra Sol é um programa de fomento à agroindustrialização e à comercialização
por meio da elaboração de planos de negócios, pesquisa de mercado, consultorias,
capacitação em viabilidade econômica, além de gestão e implantação/recuperação/ampliação
de agroindústrias. Atividades não agrícolas - como turismo rural, artesanato e agroecologia -
também são apoiadas;
j) Educação no Campo: O Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera) propõe
e apoia projetos de educação voltados para o desenvolvimento das áreas de reforma agrária.
Figuram como público-alvo jovens e adultos dos projetos de assentamento criados e
reconhecidos pelo Incra, quilombolas e trabalhadores acampados cadastrados na autarquia, e
beneficiários do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNFC).
k) Crédito Instalação: Os beneficiários do Programa Nacional de Reforma Agrária (PNRA) têm à
disposição linhas de crédito que permitem a instalação no assentamento e o desenvolvimento
de atividades produtivas nos lotes. O chamado Crédito Instalação é a primeira etapa de
financiamento garantido pelo Incra às famílias e o atual modelo de investimento de recursos
está definido no Decreto 9.424/2018, que indica as modalidades disponibilizadas e os critérios
a serem atendidos para acesso aos valores.
14
Para a realização das diversas ações elencadas acima, o INCRA (Sede) conta com a seguinte estrutura organizacional:
15
No caso das 30 Superintendências Regionais, apresenta-se o seguinte organograma:
16
3 - PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E GOVERNANÇA
O INCRA implementará a reforma agrária promovendo a democratização do acesso à terra por meio
da criação e implantação de assentamentos rurais, da regularização fundiária de terras públicas,
contribuindo para o desenvolvimento sustentável, para a desconcentração da estrutura fundiária, para
a redução da violência e da pobreza no campo e promoção de igualdade.
O INCRA implementará a reforma agrária de forma a fiscalizar a função social dos imóveis rurais,
contribuindo para a capacitação dos (as) assentados (as), o fomento da produção agroecológica de
alimentos e a inserção nas cadeias produtivas.
O INCRA implementará a reforma agrária buscando a qualificação dos assentamentos rurais, mediante
o licenciamento ambiental, o acesso a infraestrutura básica, o crédito, a assistência técnica e a
articulação com as demais políticas públicas, em especial a educação, saúde, cultura e esportes,
contribuindo para o cumprimento das legislações ambiental e trabalhista e para a promoção da paz no
campo.
O INCRA implementará a regularização fundiária das terras ocupadas por comunidades remanescentes
de quilombos e gerenciará a estrutura fundiária nacional pelo conhecimento da malha fundiária
mediante o cadastramento e a certificação dos imóveis rurais, contribuindo para as políticas de
inclusão social e desenvolvimento sustentável.
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Objetivo estratégico 1: Promover o desenvolvimento socioeconômico e ambiental dos
diferentes segmentos da agricultura familiar, contribuindo para a organização da oferta de alimentos,
produtos e serviços à sociedade.
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Número de hectares indenizados nos pagamentos de Indenização Inicial em aquisições
de imóveis rurais para a reforma agrária
Número de hectares indenizados nos pagamentos de Indenização Complementar em
aquisições de imóveis rurais para a reforma agrária
Número de parcelas ou unidades familiares dos projetos de assentamentos da Reforma
Agrária supervisionadas (laudo entregue)
Objetivo estratégico 4: Promover autonomia das mulheres no meio rural, com garantia de
direitos à cidadania, terra, recursos naturais, produção e a participação social.
19
Figura 3 – Mapa Estratégico Incra
20
3.2- Governança
Com o objetivo de garantir que as boas práticas de governança se desenvolvam e sejam apropriadas
pela instituição de forma contínua e progressiva foi instituído o Comitê de Governança no âmbito do Incra, por
meio da Portaria Incra nº 1.549, de 21 de setembro de 2018, órgão de decisão máxima na estrutura de
governança da autarquia composto pelos membros da alta administração e presidido pelo Presidente do Incra.
Foram estabelecidas medidas de estruturação de modelo de governança para os seguintes temas de governança
e seus responsáveis: Organização Institucional, Assessoramento e Acompanhamento Legislativo, Assuntos
Orçamentários e Financeiros, Governança Pública e Comitê Interno de Governança, Programa de Integridade,
Contratações e Passagens e Afastamento do País.
Instâncias externas de governança - Esta instância reserva as relações de atuações dos órgãos de
controle - interno e externo, da Administração Pública Federal – APF, que atuam em conjunto com o Incra, bem
como a atuação dos demais ministérios, secretarias, congresso nacional, etc.
Instâncias externas de apoio à governança - Aqui, se reservam as atuações dos órgãos cujas missões
institucionais guardam alguma afinidade com a Reforma Agrária e Ordenamento Fundiário, quais sejam: O
IBAMA, FUNAI, os Institutos Estaduais de Terras, as Secretarias de Meio Ambientes Estaduais, a Receita Federal,
o Ministério Público Federal, Ministérios Públicos Estaduais, Tribunais de Justiça, Polícia Federal, etc. A atuação
desses órgãos, em conjunto com o Incra, conota um ambiente fortalecido e favorável a execução da sua missão
institucional – Executar a Reforma Agrária e Realizar o Ordenamento Fundiário Nacional.
Instâncias internas de governança - Esta instância reserva a alta direção da autarquia. DECRETO Nº
8.955, DE 11.1.2017, dispõe sobre a Estrutura Regimental do Incra e, ao Conselho Diretor, atribui a competência
de deliberar sobre as propostas dos Planos Nacional e Regionais, proposta orçamentária, programação
operacional, aprovar normas, etc. Ao presidente compete: Representar o Incra, dirigir, coordenar, estabelecer
normas, e demais atos pertinentes ao funcionamento geral do Incra.
Instâncias internas de apoio à governança - Esta instância reserva as relações com os setores que
integram e apoiam diretamente a alta direção da autarquia. Aqui, são representados pela: a) Procuradoria
Federal Especializada - PFE, a qual compete representar judicial e extrajudicialmente o Incra, exercer atividade
de consultoria e assessoramento jurídico para a Autarquia; b) a Auditoria Interna – AU a qual compete assessorar
a alta direção para o cumprimento dos objetivos institucionais, avaliando o nível de segurança e qualidade dos
controles, processos, sistema de gestão e compliance; c) a Diretoria de Gestão Estratégica – DE compete definir
diretrizes, objetivos e estratégias de atuação do Incra, atuar na pesquisa e disseminar métodos organizacionais
21
que proporcionem melhorias contínuas, analisar cenários, monitorar e avaliar as informações do Incra, é
importante ressaltar que nesta diretoria está sitiado o serviço de Tecnologia da Informação (software e
hardware); d) a Diretoria de Gestão Administrativa – DA compete coordenar, supervisionar as atividades
relacionadas com os sistemas federais de administração financeira, contabilidade, patrimônio, recursos
humanos e serviços gerais, além de coordenar as atividades e procedimentos relativos à modernização
administrativa; ressalvamos que nesta diretoria está sitiado serviço de Recursos Humanos; e) a Assessoria de
Comunicação - ASCOM a quem compete o serviço de comunicação interna e externa do Incra; f) por fim, À
Corregedoria-Geral compete propor normas e medidas atinentes à atividade de correição, instaurar ou
determinar a instauração de procedimentos e processos disciplinares.
22
Quadro 3 - Estruturas de Governança da Unidade
Instâncias externas de Instâncias externas de apoio à Instâncias internas de Instâncias internas de apoio à
governança governança governança governança
Esta instância reserva a relação Aqui, se reservam as atuações Esta instância reserva a alta Esta instância reserva os
da atuação dos órgãos de dos órgãos cujas missões direção da autarquia. DECRETO setores que apoiam
controle, interno e externo, institucionais reservam alguma Nº 8.955, DE 11.1.2017, dispõe diretamente a alta direção da
sobre o Incra. Conforme a Lei nº afinidade com a Reforma sobre a Estrutura Regimental autarquia. Aqui, são
10.180, de 06 de fevereiro de Agrária e Ordenamento do Incra e, ao Conselho Diretor, representados pela
Fundiário, quais sejam: O atribui a competência de Procuradoria Federal
2001, que organiza e disciplina,
IBAMA, FUNAI, os Institutos deliberar sobre as propostas Especializada, a qual compete
entre outros itens, dentre os Estaduais de Terras, as dos Planos Nacional e representar judicial e
órgãos setoriais de controle Secretarias de Meio Ambientes Regionais, proposta extrajudicialmente o Incra,
interno encontra-se a Estaduais, a Receita Federal, o orçamentária, programação exercer atividade de consultoria
Secretaria de Controle Interno Ministério Público, etc. A operacional, aprovar normas, e assessoramento jurídico ao
da Secretaria de Governo da atuação desses órgãos, em etc. Ao presidente compete: Incra; a Auditoria Interna a qual
Presidência da República. conjunto com o Incra, conota Representar o Incra, dirigir, compete assessorar a alta
Já o Controle Externo compete um ambiente fortalecido e coordenar, estabelecer direção para o cumprimento
Congresso Nacional, através da favorável a execução da sua normais, funcionamento geral dos objetivos institucionais,
atuação do Tribunal de Contas missão institucional, qual seja: do Incra. avaliando o nível de segurança e
da União, em conformidade à a Reforma Agrária. qualidade dos controles,
Constituição Federal, em seus processos, sistema de gestão; a
artigos 70º, 71º, 72º, 73º, 74º e Diretoria de Gestão Estratégica
75º, que disciplina o controle compete definir diretrizes,
externo no Poder Executivo objetivos e estratégias de
Federal. atuação do Incra, atuar na
pesquisa e disseminar métodos
organizacionais que
proporcionem melhorias
contínuas, analisar cenários,
monitorar e avaliar as
informações do Incra, é
importante ressaltar que nesta
diretoria está sitiado o serviço
de Tecnologia da Informação
(software e hardware); a
Diretoria de Gestão
Administrativa compete
coordenar, supervisionar as
atividades relacionadas com os
sistemas federais de
administração financeira,
contabilidade, patrimônio,
recursos humanos e serviços
gerais, além de coordenar as
atividades e procedimentos
relativos à modernização
administrativa; ressalvamos
que nesta diretoria está sitiado
serviço de Recursos Humanos;
A Assessoria de Comunicação a
quem compete o serviço de
comunicação interna e externa
do Incra; por fim, À
Corregedoria-Geral compete
propor normas e medidas
atinentes à atividade de
correição, instaurar ou
determinar a instauração de
procedimentos e processos
disciplinares.
23
Informação ao Cidadão (e-SIC) e Sistema de Ouvidorias do Poder Executivo Federal (e-OUV), garantindo que o
cidadão tenha acesso à informação requerida ao Incra nos prazos estabelecidos pela Lei e consigam encaminhar
situações que precisam de conhecimento e apuração da Autarquia.
O Sistema de Ouvidorias do Poder Executivo Federal (e-OUV) é a solução tecnológica desenvolvida
pela Ouvidoria Geral da União (OGU/CGU) e utilizada pelo Incra para facilitar o contato entre o cidadão e a
Autarquia para o recebimento, tramitação e oferecimento de resposta a manifestações de ouvidoria
encaminhadas pelos cidadãos.
Atualmente esse sistema é o principal meio de participação e comunicação entre o cidadão e o Incra.
Por meio do e-OUV o cidadão pode elogiar, sugerir, solicitar, comunicar, denunciar ou reclamar.
Os usuários dos serviços e políticas do Incra, assim como os servidores e os colaboradores também
podem se comunicar com maior agilidade com a instituição, visto que é disponibilizado diversos contatos no site
do Incra. Os atendimentos são feitos via Sistemas Eletrônicos, e-mails institucionais, contatos telefônicos e
atendimentos presenciais.
De modo geral, buscou-se garantir que o cidadão tivesse acesso à informação requerida ao Incra nos
prazos estabelecidos pela Lei e conseguisse manifestar situações que precisavam de conhecimento e apuração
a partir da designação de servidor e Unidade responsável pelo tema.
Anterior a essas medidas a autarquia encontrava dificuldades em cumprir o prazo de resposta ao
cidadão nos prazos previstos na Lei de Acesso à Informação resultando em diversas cobranças pelos órgãos de
controle em inobservância legal. Pode-se observar em relatório extraído no próprio Sistema Eletrônico do
Serviço de Informação ao Cidadão (e-SIC) que no período de janeiro a julho de 2018, o tempo médio de resposta
da Autarquia para o cidadão era de 42,66 dias – sendo que o prazo estipulado pela lei de 20 dias, prorrogável
por mais dez.
Não obstante, ao analisarmos o período de julho de 2018 a janeiro de 2019, conseguimos observar
uma redução significativa no prazo de atendimento ao cidadão por parte do Incra: 14,78 dias.
Além disso, o INCRA em 2018 contava com 245 processos em tramitação fora do prazo, mais de 200
processos em andamento, além de 36 processos em fase de recurso. A partir do esforço da Autarquia e de todos
os colaboradores envolvidos, em dezembro de 2018 o Incra conseguiu zerar todo o passivo.
Entendemos que a ampliação da quantidade e qualidade dos canais de comunicação é relevante para
a consolidação da cultura da transparência pública e combate à corrupção e outras formas de desvios de
conduta.
No quadro a seguir relacionamos canais de comunicação para registro de dúvidas, solicitações ou
representações referentes à integridade da autarquia.
comissaodeeticadoincra@incra.gov.br
(e-OUV)
comissaodeeticadoincra@incra.gov.br
Registrar denúncia de possível infração ética Comissão de Ética
Sistema de Ouvidorias do Poder Executivo Federal (e-OUV)
Apresentar denúncia, sugestão, elogio,
Sistema de Ouvidorias do Poder Executivo Federal (e-OUV) Assessoria da
reclamação, solicitação de providência ou de
ou pelo e-mail ouvidoria.gab@incra.gov.br Presidência
simplificação de serviço
24
Sistema Eletrônico do Serviço de Informação ao Cidadão (e- Assessoria da
Pedidos de acesso à informação
SIC) ou pelo e-mail siclai@incra.gov.br Presidência
Em 2018 também foi realizada a atualização da carta de serviços do Incra, contendo orientações e
informações sobre os serviços prestados pela Autarquia. Os serviços do Incra estão descritos no Portal de
Serviços do Governo Federal
(https://www.servicos.gov.br/orgao/1799?nome=Instituto%20Nacional%20de%20Coloniza%C3%A7%C3%A3o
%20e%20Reforma%20Agr%C3%A1ria%20(INCRA)) e os contatos, as atribuições e os gestores das unidades do
Incra estão descritos em documento intitulado “Carta de Serviços - Contatos dos Gestores e das Unidades”,
disponível no Portal da Autarquia (http://www.incra.gov.br/carta-de-servico).
Também está prevista a atualização do Portal de Serviços no decorrer do ano de 2019, com a inserção
de novos serviços ofertados pela Autarquia.
Outro importante mecanismo adotado pelo Incra visando a transparência das informações foi designar
Grupo de Trabalho para elaboração do Plano de Dados Abertos (PDA) para o período 2019 a 2020. O GT concluiu
a proposta no início de 2019 e o documento aguarda apreciação e aprovação do Comitê de Governança. O PDA
estabelece as ações necessárias e as unidades responsáveis pelo processo de abertura de dados da Autarquia.
O objetivo é contribuir para a transparência ativa e o acesso a dados públicos, que não estejam sob grau de sigilo
ou restrição conforme normas legais específicas (Processo administrativo n° 00190.110127/2018-83).
A promoção da ética, valores e cultura reflete diretamente na relação do Incra com a sociedade em
geral. Integridade no serviço público é requisito para aumento da confiança da sociedade nas ações do Estado
e em suas instituições. Envolve discutir e implementar mecanismos organizacionais tais como conduta ética,
orientações e normas, investir em lideranças e processos, divisões de trabalho, políticas de incentivo a
comportamentos de transparência, sistemas de prestação de contas, processos de planejamento estratégico,
monitoramento e usos de recursos digitais, possibilitando interações ampliadas com a sociedade.
Uma grande conquista que garante maior acessibilidade aos usuários, foi a atualização do SEI/ Incra
no ano de 2018, onde foi instalada a funcionalidade de consulta processual, no qual o cidadão externo consegue
realizar consulta de processos públicos sem ter a necessidade de se deslocar até uma Unidade do Incra para
conhecer o andamento dos processos e os encaminhamentos dados.
O Incra também tem a preocupação de aferir o grau de satisfação dos cidadãos-usuários, para
aperfeiçoar suas ações. Atualmente, utilizamos o Painel “Resolveu?” , criado pelo Ministério da Transparência e
Controladoria (CGU), que é uma ferramenta que reúne informações sobre manifestações de ouvidoria
(denúncias, sugestões, solicitações, reclamações, elogios e pedidos de simplificação) recebidas diariamente pelo
sistema e-Ouv para aferir os atendimentos prestados. A aplicação permite pesquisar examinar e comparar
indicadores de forma rápida, dinâmica e interativa.
Outro dado que é rotineiramente examinado pela Autoridade de Monitoramento da Lei de Acesso à
Informação do Incra são as avaliações feitas pelos cidadãos que abrem recursos pelo Sistema Eletrônico do
Serviço de Informação ao Cidadão (e-SIC). A partir das justificativas apresentadas pelos cidadãos, a Unidade
responsável pelo acompanhamento dos recursos dialoga com a área responsável pelo envio da primeira
resposta, visando atender plenamente o cidadão na próxima resposta a ser encaminhada.
Em tempo têm-se a Ouvidoria Agrária Nacional a qual atua na prestação de serviços que consistem na
mediação, conciliação, escuta social, acompanhamento de audiências de justificação de posse em conflitos
25
possessórios coletivos agrários, interlocução junto aos movimentos sociais rurais e aos órgãos competentes
agrários e de segurança pública em todas as esferas de governo.
A Ouvidoria Agrária Nacional se propõe a ser um órgão protagonista na promoção dos serviços de
excelência da instituição, trabalhando em parceria com a sociedade civil organizada, com órgãos agrários em
todas as esferas de governo, formulando propostas a fim de que provoque mudanças e transformações no
campo que tenham na sua finalidade promover um serviço eficaz e eficiente ao público da reforma agrária,
contribuindo para a aplicação da justiça humana, social e política dos trabalhadores e trabalhadoras rurais e
conquista da paz no campo.
Desataca-se também a atuação do órgão no atendimento das demandas provenientes de instituições
atuantes na promoção e defesa dos Direitos Humanos, que de forma frequente procuram esta Ouvidoria para
atuar de maneira proativa na resolução e encaminhamentos necessários para potencializar as ações e
compromissos assumidos por diversos órgãos, inclusive o INCRA, em Acordos de Solução Amistosa celebrados
perante a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos – CIDH/OEA,
cuja finalidade é a reparação de violações e danos sofridos por Defensores de Direitos Humanos reconhecidos
pelo Estado brasileiro, quando sua atuação decorrer de luta em prol de medidas que visem a promover melhor
distribuição da terra, mediante modificações no regime de sua posse e uso, a fim de atender aos princípios de
justiça social e ao aumento da produtividade.
A demanda pelos serviços prestados pela OAN tende a continuar crescendo na medida que
permanecerem inalteradas as causas estruturais dos conflitos agrários no Brasil. De acordo com o Relatório
“Conflitos no campo Brasil 2017”, lançado pela Comissão Pastoral da Terra - CPT, houve aumento do número de
assassinatos no campo desde 2003, com assustador aumento de massacres tendo como causa primária as lutas
e disputas pela posse e propriedade da terra. Este fato por si só já acarretará um aumento de demanda pelos
serviços da OAN, exigindo a necessidade de intensificação da presença ostensiva da Ouvidoria, não apenas após
ter ocorrido o conflito, mas para atuar também e sobretudo de forma preventiva, buscando sempre a paz no
campo, valendo-se dentre outros instrumentos, da mediação e conciliação entre os protagonistas dos conflitos.
26
divididos em quatro turmas de 45 (quarenta e cinco) servidores, sendo duas em 2018 e outras duas no primeiro
semestre de 2019.
Duas turmas já foram capacitadas e certificadas, uma em outubro e outra em novembro do corrente
exercício, totalizando 75 (setenta e cinco) servidores do INCRA/Sede e de diversas SR, mediante indicação do
Superintendente Regional de cada uma delas.
Necessidade de atualização da PORTARIA/INCRA/P/Nº 191/2009, de 30/06/2009, e dos normativos
que regem a matéria disciplinar, não só para regrar a matéria de forma mais abrangente, mas também para
adequá-la a nova estrutura regimental.
Nesse sentido, em 17 de dezembro de 2018, foi editada a Instrução Normativa nº 92, publicada no
DOU, do dia 19, do mesmo mês e ano, dispõe sobre os procedimentos relativos à apuração disciplinar de que
trata a Lei nº 8.112/90 e demais instrumentos de apoio à atividade disciplinar no âmbito do INCRA.
27
4 - GESTÃO DE RISCOS E CONTROLES INTERNOS
4.1- Gestão de riscos e controles internos
Em 2018, destaca-se que a Auditoria Interna expediu seis relatórios com 32 recomendações, expediu
quatro notas técnicas de orientação, realizou oito diligências preventivas na área de gestão de licitações e
contratos, efetuou análise de conformidade em 21 processos de TCE, participou de dois grupos de trabalho,
elaborou os regulamentos constantes da Portaria nº 523, de 6 de abril de 2018, que instituiu o Comitê de
Governança das Contratações e o plano anual de contratações do Incra, elaborou os procedimentos do Incra
para verificação de situações de nepotismo que constam da Portaria nº 205, de 5 de fevereiro de 2019.
Além disso, a Auditoria Interna realizou 10 diligências com vistas a atender demandas da Secretaria
Especial da Agricultura e Desenvolvimento Agrário – SEAD, do Tribunal de Contas da União – TCU, da Secretaria
de Controle Interno da Presidência da República – SICET e da Controladoria-Geral da União – CGU, dentre outras
atividades de assessoramento à alta administração da Autarquia.
No contexto do Plano Anual de Atividades de Auditoria Interna – PAINT, para o exercício de 2018, foi
prevista a atuação em 11 temas/macroprocessos. Porém, no exercício, somente seis temas foram alcançados
com a realização de alguma atividade de ação de controle ou de assessoramento pela Auditoria Interna, nos
termos das informações constantes do Quadro 1.
Quantitativo de trabalhos de auditoria interna, conforme o PAINT, realizados, não concluídos e não realizados
Quadro 5 - Macroprocessos
Qtde. de Não
Macroprocesso Unidades Atividade de Auditoria
Trabalhos concluídos
INCRA-SEDE e Realizada (incluindo as
licitações e Contratos 13 -
Superintendências diligências preventivas)
Auditoria no Processo
Incra-Sede Realizada 1 -
54000.000018/2017-97
Incra-Sede e
Tomada e Prestação de Contas Realizada 21 -
Superintendências
Deliberações dos órgãos de Incra-Sede e
Realizada -
controle interno e externo Superintendências
Incra-Sede e
Gestão de Convênios Realizada 2 -
Superintendências
Incra-Sede e Realizada atividade de
Registro dos imóveis no SPIUNet 2 -
Superintendências assessoramento
Desapropriação e aquisição de INCRA-Sede e Não realizada ação de
- -
imóveis rurais Superintendências controle
Não realizada ação de
Certificação de imóveis rurais SR(09)PR e SR(18)PB - -
controle
Não realizada ação de
Sistema de informações rurais SR(02)CE - -
controle
Recuperação de créditos para INCRA-SEDE e Não realizada ação de
- -
reforma agrária Superintendências controle
Não realizada ação de
Gestão de Riscos Incra-Sede - -
controle
29
e a elaboração da Portaria nº 523, de 6 de abril de 2018, que institui os regramentos do Comitê de Governança
das Contratações e de elaboração do Plano Anual de Contratações do Incra.
Desde 2016, a Auditoria Interna já expediu 110 recomendações. No que atine às recomendações
referente a 2018, foram expedidas 32 recomendações, as quais podem ser classificadas na situação de em
monitoramento, tendo em vista que ainda não foram implementadas de forma conclusiva as providências, nos
termos que estão relacionadas no Quadro 3.
Instaurar procedimento para sanção à contratada, conforme termos contratuais, pela não realização
da vistoria inicial e pela não apresentação do Plano de Manutenção Preventiva para os meses de julho
2314022 a novembro de 2016. em monitoramento
Determinar a equipe de fiscalização que revise os atestos ao Contrato nº 40.900/2016 com foco em
aferir se a equipe permanente da contratada cumpriu o programa mínimo de manutenção preventiva,
indicando quais das atividades descritas nos relatórios técnicos mensais são atinentes ao programa
de manutenção e avaliar quais dessas atividades eventualmente deixaram de ser realizadas pela
contratada, adotando-se, se for o caso, as medidas de ressarcimento e de sanções em caso de
2314022 descumprimento contratual, garantindo-se, de todo modo, a ampla defesa e o contraditório. em monitoramento
30
Determinar a fiscalização do contrato nº 40.900/2016 que revise os atestos referentes às ordens de
serviço emitidas pela contratada e listadas no Anexo VII, com vistas a identificar quais as categorias
de membros da equipe foram utilizadas e calcular, de forma proporcional à quantidade de horas
dedicadas que estão indicadas nas ordens de serviço, os valores a serem glosados ou ressarcidos pela
2314022 contratada, garantindo-se, de todo modo, o contraditório e a ampla defesa. em monitoramento
Somente reconhecer os serviços eventuais realizados pela equipe permanente quando a empresa
contratada apresentar a planilha de formação de custo analítica que embasou a sua proposta sintética
de composição de preços, de forma que os custos de mão-de-obra possam ser descontados do custo
2314022 total nos termos que prescreve o termo de referência do pregão nº 3/2016. em monitoramento
No caso da fatura de nº 2652, quanto ao valor atinente a ordens de serviço nº 251, somente
reconhecer o pagamento quando cumpridas as exigências da fiscalização para que a contratada
2314022 apresente o “AS BUIT” e correspondente ART. em monitoramento
Instaurar procedimento para sanção à contratada, conforme termos contratuais, pela não
constituição e apresentação do “Livro de Ocorrências” pelas desconformidades de conteúdo do
2314022 relatório técnico mensal, garantindo-se, de todo modo, o contraditório e a ampla defesa. em monitoramento
Instaurar procedimento para sanção à contratada, conforme termos contratuais, por não ter
apresentado as guias de recolhimento do INSS e do FGTS individualizadas por empregado, garantindo-
2314022 se, de todo modo, o contraditório e a ampla defesa. em monitoramento
Realizar obras e serviços de engenharia por meio de convênios quando possuir estrutura, o que inclui
pessoal técnico qualificado em engenharia, para acompanhar a execução do convênio e a realização
das visitas “in loco” de acordo com o cronograma físico e as etapas determinadas nos Incisos I, II e III
do art. 54 da Portaria Interministerial nº Portaria Interministerial nº 424/2016, caso contrário realizar
1974957 a transferência por meio de contrato de repasse. em monitoramento
Realizar obras e serviços de engenharia por meio de convênios quando possuir estrutura, o que inclui
pessoal técnico qualificado em engenharia, para acompanhar a execução do convênio e a realização
das visitas “in loco” de acordo com o cronograma físico e as etapas determinadas nos Incisos I, II e III
do art. 54 da Portaria Interministerial nº Portaria Interministerial nº 424/2016, caso contrário realizar
2079230 a transferência por meio de contrato de repasse. em monitoramento
31
Avaliar a real necessidade das obras e serviços nos projetos de assentamentos, identificando, sempre
que possível tecnicamente, as medidas e os tipos de serviço que serão necessários para sanar as
2079230 pendências das infraestruturas que serão objeto das transferências financeiras. em monitoramento
Nos processos licitatórios de registro de preços que envolvam as superintendências regionais, solicitar
que as anexem aos autos a descrição dos métodos ou metodologias utilizadas para definir o
840807 quantitativo de postos pretendidos na licitação em monitoramento
Quando da elaboração de metodologia para definição dos preços de referência de uma contratação,
fundamentar e descrever no processo administrativo os motivos para a desconsideração dos preços
inexequíveis ou excessivamente elevados, nos termos do §5º do art. 2º da Instrução Normativa SLTI
840807 nº 5, de 27 de junho de 2014. em monitoramento
No que tange à avaliação de riscos citada no Inciso II da Instrução Normativa Conjunta do MP e CGU
nº 01/2016, é importante destacar que, em 2015, foi constituído um grupo de trabalho para a elaboração de
uma Política de Gestão de Riscos, conforme Portaria Incra nº 203 de 13 de maio de 2015, com objetivo de
estabelecer princípios, diretrizes e responsabilidades para a Gestão de Riscos, bem como orientar os processos
de identificação, tratamento, monitoramento e comunicação dos riscos, incorporando a prática de
gerenciamento de riscos à tomada de decisões. Tal política foi finalizada com a participação de todas as
Diretorias da Autarquia e aprovada pelo Conselho Diretor em dezembro de 2015. No entanto, ainda não houve
a instituição do Comitê de Governança, Riscos e Controles, e os correspondentes mapeamentos dos riscos,
conforme trata a Instrução Normativa Conjunta do MP e CGU nº 01/2016.
32
5 - RESULTADOS DA GESTÃO
5.1- Da gestão e dos objetivos estratégicos
i. Descrição
Descrição geral
Para atingir este objetivo estratégico, a Diretoria de Desenvolvimento atua na implementação da infraestrutura (água,
saneamento, estradas); financiamento de créditos (nas suas diversas modalidades); estabelecimento de parcerias para a
prestação de Assistência Técnica e Extensão Rural para a Reforma Agrária - ATER e a capacitação de beneficiários e técnicos
da reforma agrária; apoio à agroindustrialização, à comercialização e às atividades pluriativas e solidárias; bem como na
promoção da cidadania e educação no campo, observando a equidade de gênero, raça e etnia.
Responsável Dougmar Nascimento das Merces, CPF: 734.124.657-04, Diretor da Diretoria de Desenvolvimento
de Projetos de Assentamentos (DD).
ii. Análise
ii.a- Definição sucinta das atividades empreendidas no exercício e balanço das atividades, enfatizando os
principais avanços obtidos no exercício de 2018 em relação ao exercício de 2017.
Nas ações de concessão e acompanhamento do Crédito de Instalação foi mantido o fluxo operacional
estabelecido anteriormente. Foram elaborados documentos para a evolução do Sistema Nacional de Concessão
e Cobrança do Crédito de Instalação – SNCCI e também a elaboração de Norma de Execução e Nota técnica
referentes à modalidade Habitação e Termo de Cooperação Técnica, respetivamente. Outro fator a considerar
nesse contexto foi a continuidade de processo de capacitação por meio de realização de oficinas de treinamento
e de produção do novo crédito: Decreto 9424/2018.
No Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA) foram executados 96 cursos em
27 superintendências regionais, 14 concluídos e 15 cursos novos em 2018. Nesse ano totalizamos 6.416
estudantes envolvidos, um aumento de 4.2% se comparado com o ano de 2017. Em 2018, destacou-se o avanço
nas parcerias para a oferta de cursos de superiores e de pós-graduação, que proporcionou um aumento de 430
novas vagas nesses níveis para o programa. Destaca-se ainda a oferta de vagas em todos os níveis de ensino
atendidos pelo programa, da capacitação-extensão à pós-graduação, tendo relevância a abertura de 1.320 novas
vagas em capacitação-extensão e EJA.
A ação de comercialização, agroindustrialização e implementação de atividades pluriativas - Terra Sol,
permitiu o acesso de 3.417 famílias a recursos destinados basicamente à implantação de agroindústrias e
estruturas para comercialização dos produtos da Reforma Agrária. Tais investimentos só foram possíveis em
razão dos convênios estabelecidos com as Prefeituras Municipais.
Na ação de Assistência Técnica e Extensão Rural –ATER, foram atendidas 85.632 famílias, 46,47 % do
número de famílias atendidas no ano de 2017, em função da redução orçamentária de 54,90% (R$
68.521.619,00) com relação ao orçamento do exercício anterior.
Em tempo, ressalta-se a implantação e recuperação de infraestrutura básica em projetos de
assentamento e no levantamento das demandas de infraestrutura dos PAs a serem beneficiados com a
implantação ou recuperação de estradas vicinais, rede elétrica, saneamento básico e sistemas de captação e
distribuição de água, etc., visando proporcionar as condições físicas necessárias para o desenvolvimento
sustentável dos assentamentos, atendendo a um número de famílias superior ao inicialmente estabelecido.
33
ii.b- Análise dos principais indicadores e macroprocessos, bem como contribuição de cada secretaria/entidade
externa e Superintendências Regionais para os resultados obtidos.
2000
1500 1314
1000
602
500
223
61 100 42 44 100 7 87
1 0 1 0
0
Índice de acesso à Índice de acesso ao Índice de Índice de acesso à Índice de acesso a Índice de Projetos Índice de alcance de
moradia Crédito Instalação provimento efetivo água para consumo estradas de Assentamentos formação
de Assistência doméstico em processo de profissional do
Técnica regularização PRONERA na
ambiental pelo CAR Reforma Agrária
34
Número de trabalhadores rurais atendidos pelo
PRONERA, nas ações de Educação de Jovens e Adultos 1.380 1.698 140 850
– EJA
Fontes e observações descritas no Item 9.2.8
Como destacado em relatórios anteriores a unidade de medida utilizada para aferição das metas da
Reforma Agrária é a família atendida, mas no caso da concessão do crédito, esta unidade não se mostra
adequada, tendo em vista que a mesma família pode ser contemplada em mais de uma modalidade no exercício,
o que pode levar à contagem dupla de famílias porventura atendidas, muito embora não possa deixar de ser
considerado que mesmo sendo o atendimento de uma mesma família, há toda uma gestão distinta para se
concluir a pretensa concessão.
A concessão dos créditos por meio do SNCCI possibilitou uma maior agilidade e segurança na aplicação
dos recursos dessa ação, a partir da qualificação de informações a serem contempladas, e ainda, a possibilidade
de maior acompanhamento via Sistema do fluxo operacional do Crédito de Instalação.
No caso específico da Modalidade Fomento Mulher, houve avanço significativo no número de créditos
concedidos às trabalhadoras rurais. Pode-se observar este fato na comparação ao exercício de 2017 em que foi
realizado 21% da meta estabelecida. Já em 2018 foi atingida 77% da meta estabelecida. Considera-se aqui a
dificuldade de algumas Superintendências Regionais em firmarem Acordo de Cooperação Técnica com órgãos
públicos, bem como a ausência de assistência técnica, para elaboração de projetos técnicos e de geração e
renda, condicionante para a aplicação desta modalidade. Acrescenta-se ainda, a redução da força de trabalho
das equipes da SR, dificultando com isso o atingimento global da meta.
Merece destaque as vedações impostas pelo Acórdão nº 775/2016 TCU-Plenário, sendo realizado o
desbloqueio caso a caso, de acordo com a apresentação de eventuais recursos pelo interessado.
Portanto, as situações acima descritas impactaram no alcance das metas, muito embora o Decreto nº
9424/2018 tenha trazido importante inovação nas operações futuras do Crédito de Instalação, a
regulamentação ocorrera praticamente no meio do exercício, o que demandou ajustes no Sistema de concessão.
O número de supervisões do crédito abrangeu a totalidade dos Novos Créditos Concedidos, dos
créditos restabelecidos ainda quanto ao antigo modelo de concessão (antigo crédito instalação).
No Terra Sol as metas estabelecidas em 2018 para a ação de comercialização, agroindustrialização e
atividades pluriativas foram superadas sobretudo em razão das parcerias firmadas com as Prefeituras
Municipais.
No exercício de 2018, 2260 estudantes foram incorporados ao Pronera, sendo: 600 em educação de
jovens e adultos; 340 em nível médio técnico-profissionalizante; 350 em ensino superior; 250 em pós-graduação
(especialização); 720 através de duas parcerias para a capacitação e formação continuada de educadores com
créditos orçamentários provenientes de emendas parlamentares. Em 2018, permaneceram em formação um
total de 3741 estudantes, sendo: 140 na educação de jovens e adultos; 617 no ensino médio técnico-
profissionalizante; 1357 no ensino superior; 100 em pós-graduação (especialização); 1527 em cursos do
Residência Agrária Jovem. Em 2018, concluíram seus estudos 415 estudantes, sendo: 40 no ensino médio
técnico-profissionalizante; 223 no ensino superior; 122 em pós-graduação (especialização); e 30 em pós-
graduação (mestrado).
O número de famílias atendidas com assistência técnica descrita na tabela acima foi de 85.632 o que
representa 190,27 % do que foi previsto, justificado pelo pagamento oriundo de contratos antigos e termos de
execução descentralizada do Projeto RADIS com Universidades Federais.
Quanto à implantação de infraestrutura básica, têm-se que foram beneficiadas 14.377 famílias com
implantação e/ou recuperação de infraestrutura básica em projetos de assentamento, com obras concluídas, e
incluídas obras de abastecimento de água, estradas rurais e outras obras tiveram bom resultado para o exercício,
já que houve uma redução no orçamento e uma queda no número de servidores capacitados para acompanhar
e supervisionar essas obras.
35
O Cadastro Ambiental Rural (CAR) teve origem nas ferramentas desenvolvidas em função dos avanços
na utilização das metodologias de sensoriamento remoto para identificar os desmatamentos na região da
Amazônia Legal. Durante a década de 1990, o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) que já vinha
apurando a taxa anual de desmatamento na Amazônia Legal desde 1988, e alguns estados amazônicos,
passaram a intensificar os esforços de mapear o avanço do desmatamento a partir de imagens de satélites. A
possibilidade de identificar com precisão a localização dos desmatamentos levou à procura por mecanismos que
também permitissem utilizar estas metodologias, promovendo a identificação e integração de todas as
informações ambientais das propriedades e posses rurais.
O CAR constitui-se em um importante instrumento de implementação do novo Código Florestal – Lei
n°12.651/2012, contemplando uma base de dados dinâmica, que atenderá a múltiplas finalidades, com
destaque para a integração das informações ambientais das propriedades e posses rurais e o mapeamento da
evolução da vegetação nativa (especialmente florestas).
A implementação do CAR será fundamental para o monitoramento, controle e combate ao
desmatamento. Do ponto de vista econômico, o CAR propiciará uma profunda mudança no processo de
concessão do crédito rural, uma vez que o sistema financeiro disporá de uma base de informações consistente
sobre os tomadores de empréstimos. De imediato, servirá fundamentalmente para o processo permanente de
planejamento ambiental e econômico dos imóveis rurais, previsto no Programa de Regularização Ambiental
(PRA), para o qual o cadastramento é a condição inicial.
Dessa forma, os assentamentos de reforma agrária e Territórios Quilombolas foram enquadrados em
um Regime Especial Simplificado de cadastramento. A simplificação consiste na possibilidade de cadastramento
do perímetro do assentamento e no fornecimento de informações de todos os beneficiários do assentamento
por meio de planilha. Já o regime especial se dá em função do enquadramento do assentamento de reforma
agrária e Territórios Quilombolas como um imóvel da agricultura familiar, promovendo assim isonomia no
tratamento aos assentados e povos e comunidades tradicionais, principalmente quanto ao conceito de área
consolidada de Reserva Legal e APP (Área de Proteção Permanente).
Com a publicação da IN/MMA/02/2014, em 06 de maio de 2014, iniciou a contagem do prazo legal de
um ano para inserção de todos os imóveis rurais do país no Cadastro Ambiental Rural. Para o Incra essa tarefa
se traduz na inscrição de mais de sete mil assentamentos de reforma agrária e cerca de cento e sessenta
Territórios Quilombolas titulados no prazo estipulado de um ano, o que motivou o Incra formalizar o Termo de
Execução Descentralizada (TED) com a Universidade Federal de Lavras (UFLA).
Desta feita, foram incluídos somente os assentamentos criados pelo Incra nas diversas modalidades.
Os assentamentos reconhecidos pelo Incra, entre eles, unidades de conservação e projetos de assentamentos
estaduais não serão cadastrados pela UFLA. No quadro abaixo são apresentadas as áreas cadastradas e
retificadas dos assentamentos nos estados.
AC 59 873.951,21
AL 166 100.125,95
AM 105 8.255.608,71
AP 43 1.206.096,50
BA 382 934.646,56
CE 414 870.102,76
DF 175 496.970,39
ES 84 46.090,26
GO 233 544.481,65
MA 671 3.017.939,32
MG 269 722.599,74
MS 133 489.621,57
MT 382 4.133.614,88
36
PA 957 13.294.119,30
PB 228 219.952,49
PE 575 523.887,09
PI 312 842.146,28
PR 290 363.033,17
RJ 26 20.131,54
RN 194 331.588,72
RO 151 2.002.194,25
RR 67 1.235.875,54
RS 266 199.074,43
SC 130 91.165,67
SE 198 156.079,48
SP 107 167.791,84
TO 348 1.187.956,87
TOTAL 6.965 42.326.846,18
Fonte: UFLA, 2018.
Por fim, como forma de otimizar o fluxo de regularização ambiental de projetos de assentamento,
foram firmados em 2018, cinco (5) acordos de cooperação técnica com os Estados do Pará, Acre, Mato Grosso,
Tocantins e Roraima. Além disso, estão em tratativas a assinatura de Acordos com os Estados do amazonas e
Paraná.
Gestão importante diz respeito ao módulo “lote a lote”, que consiste em um sistema específico para
cadastros de lotes dos assentamentos do INCRA. Através desse sistema, parceiros do Incra podem enviar o
cadastro do assentamento, bem como as informações de cada lote para que um técnico do Incra possa validar
o assentamento e sincronizar o Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural- SICAR com as informações. Este
sistema é composto pelos módulos Portal de Segurança, Integração Lote a Lote, Relatórios e SIG (Sistema de
Informação Geográfica). O módulo Lote a Lote é responsável por validar e sincronizar com o SICAR as
informações de cada lote do assentamento.
Ainda, no ano de 2018, foi realizado o I encontro do Grupo de Trabalho de servidores – criado pela
Portaria Incra n° 768, de 10 de maio de 2018 - que tem por objetivo a discussão sobre o programa de
regularização ambiental do Incra. Este Grupo tem por objetivo: I - Discutir a questão de Regularização Ambiental
em Projetos de Assentamentos; II - Discutir e definir diretrizes para implementação de ações voltadas aos
assentamentos que possuem ativos ambientais; III - Definir diretrizes e procedimentos sobre a inscrição de
Projetos de Assentamentos no Programa de Regularização Ambiental (PRA) e, IV - Definir diretrizes e
procedimentos para a implementação do Projeto/proposta de Recomposição de Áreas Degradadas e Alteradas
(PRADA). Conforme o quadro abaixo, foram convidados a participarem do encontro os servidores do Incra, as
superintendências com maior representação geográfica dos biomas brasileiros, com objetivo de os participantes
apresentarem suas ideias e enriquecer o debate.
Neste primeiro encontro, realizado entre os dias 14 e 18 de maio de 2018, os servidores integrantes
do referido Grupo de Trabalho foram apresentados à proposta de Fluxo de Regularização Ambiental elaborada
pela equipe da Divisão de Gestão Ambiental (DTM1) da Sede (figura 6) e, também, a exemplos de implantação
de Projetos de Recuperação Ambiental desenvolvidos em Assentamentos por instituições parceiras.
Foi pedido à equipe que levasse a proposta apresentada às suas Superintendências para que, após
análise das equipes técnicas, sugestões fossem feitas para, posteriormente, na segunda semana de reunião do
Grupo de Trabalho, a proposta pudesse ser finalizada e encaminhada às instâncias superiores. Contudo, por falta
de orçamento, a segunda semana do GT não pode ser realizada. Espera-se que neste ano de 2019, este trabalho
de fundamental importância possa ser realizado.
37
Figura 6 – Fluxo de Regularização Ambiental
38
ii.c- Resultados físicos e financeiros previstos e obtidos nas principais ações orçamentárias relacionadas ao
objetivo estratégico.
Ação 211A - PO 05 -
Regularização
Regularização Ambiental de
519.553,00 608.891,91 371.179,00 584.651,37 16 0 Ambiental
Assentamento da Reforma
Requerida
Agrária
Ação 210T PO 01 -
Trabalhador Rural
Educação de Jovens e 518.231,00 91.546,11 302.506,78 11.268,10 140 850
Escolarizado
Adultos no Campo (EJA)
Ação 210T PO 02 -
Concessão de Bolsas de
Capacitação e Formação Profissional
950.551,00 384.238,00 676.047,51 210.883,00 0 0
Profissional em Assistência Capacitado
Técnica, Pedagógica e
Social
Ação 210T PO 03 -
Capacitação e Formação
Profissional
Profissional de Nível Médio 14.507.030,00 5.253.699,01 5.611.834,85 3.851.918,29 2.911 3.911
Formado
e Superior para a Reforma
Agrária
*Considerado RP Inscrito processado + RP inscrito e reinscrito não processado.
**Considerado RP Processado Pago + RP não processado pago
*** Considerada a soma dos PO 02, 03 e 04 pois ambos têm o mesmo objeto de prestação de atendimento de ATER. Toda a execução física foi
contabilizada no exercício atual pois muitos dos contratos se encerram ao longo do exercício e são renovados, onerando portanto o orçamento do
exercício.
¹ Não há meta prevista com o orçamento inscrito em RAP, visto que o marco utilizado para execução física de RAP é a publicação do contrato ou
contratação do serviço e não apenas o exercício do orçamento utilizado.
39
Sobre o Crédito de Instalação, é importante considerar o avanço nos números atingidos em 2018 em
todas as modalidades concedidas. De maneira geral, foi possível aplicar cerca de 71% da meta estabelecida, o
que demonstra um acréscimo de aproximadamente 100% em relação a 2017. No entanto, faz-se necessário
esclarecer que a retração da força de trabalho, dificuldades orçamentárias/financeiras para custeio e a
permanência de alguns condicionantes no Decreto 9424/2018 impediram o atingimento pleno na meta
Com relação ao PRONERA em 2018 o orçamento aprovado na Lei Orçamentária Anual de R$
3.203.872,00 gerou dificuldades no atendimento das parcerias celebradas por meio de termos de execução
descentralizadas, termos de convênio e termos de fomento. Ajustar os planos de trabalhos, considerando
eventuais reduções nas metas motivadas por evasões de estudantes e redução de despesas do projeto, assim
como suplementação orçamentária no valor R$ 11.891.399,00 viabilizaram a execução no exercício.
Já o Terra Sol em decorrência da suplementação orçamentária, ocorrida no final do exercício, o número
de famílias atendidas foi ampliado, produzindo um resultado positivo para essa ação.
Quanto à Assistência Técnica, em 2018 o orçamento aprovado na Lei Orçamentária Anual - LOA de R$
68.521.619,00 não possibilitou atender novas famílias. Desta forma, a execução do orçamento ficou restrita ao
pagamento de contratos antigos e destaque para o atendimento de termos de execução descentralizada para
execução do Projeto RADIS com Universidades Federais.
Por fim, com relação à infraestrutura, percebemos uma redução de quase 50% do orçamento quando
comparado com 2017. Ainda assim, o INCRA consegui superar em 40% as metas estabelecidas.
40
Quanto ao PRONERA é necessária uma recomposição orçamentária para garantir o atendimento dos
atuais aproximadamente 4.500 estudantes.
A pactuação de inúmeros convênios para implementação do Terra Sol gerou um passivo significativo
de demanda por acompanhamento das ações. Com o quadro de servidores cada vez mais reduzido nas
Superintendências, é preciso encontrar alternativas para o cumprir da obrigação de acompanhar a execução de
todos os convênios.
Na Ação de ATER o desafio é ampliar o orçamento para que se possa realizar novas chamadas e firmar
novos contratos, possibilitando a ampliação do número de famílias atendidas com ATER. Dar continuidade a
Implementação do RADIS em outras superintendências regionais do INCRA;
Realizar pagamentos regulares dos contratos vigentes e avançar na implementação do RADIS; Avançar
na implementação do PLANAPO;
As ações essenciais para a melhoria são: a) aumento da disponibilidade orçamentária, visto que a LOA
de 2018 para essa Ação é corresponde a cerca de 54,90% do orçamento de 2017.
Quanto à ação de Infraestrutura, pretende-se intensificar o acompanhamento/monitoramento da
execução dos convênios celebrados com a Implementação do Sistema Gerencial de Acompanhamento e
Fiscalização de obras e estimular parcerias para diagnostico de infraestrutura. Para melhorar o desempenho:
conclusão e implantação de sistema de acompanhamento e fiscalização de obras de Infraestrutura.
iii. Conclusão
iii.a- Avaliação do resultado
O resultado apresentado foi positivo, mesmo diante do orçamento inicial do Pronera. Importante
também foi a consolidação com parceiros que oferta os cursos de Agronomia, Direito e Veterinária, além da
diversificação de cursos na área ensino técnico-profissionalizante e pós-graduação.
O resultado do esforço realizado para implementação da ação do Terra Sol foi positivo, contudo, é
necessária uma reorganização dos procedimentos de verificação das atividades previstas nos instrumentos
pactuados (Convênios) de modo que os benefícios gerados por essa política pública sejam compatíveis com o
anseio dos beneficiários da Reforma agrária.
Na ação de ATER, mesmo com as restrições orçamentárias e financeiras em 2018, foi possível superar
as metas previstas, passando das 45.004 famílias previstas para 85.632 atendidas, mesmo com a redução de 54,
90 % no orçamento, quando comprado ao de 2017. É importante destacar, que a liquidação dos empenhos de
ATER deve buscar maior eficiência.
Outro fator importante a ser observado é que a política de assistência técnica e extensão rural é de
vital importância para o alcance da sustentabilidade nos assentamentos de reforma agrária.
A execução do projeto RADIS, por meio de termos de execução descentralizada com universidade
federais, tem sido avaliada com positiva para a instituição, pois possibilita o acesso a informações sobre a
realidade vivida pelas famílias e servem como subsidio para o INCRA no sentido de ajustar suas políticas públicas
passa os assentamentos da reforma agrária.
Os melhores resultados obtidos em 2018, comparados com a evolução da aplicação nos anos
anteriores, foram possíveis com a publicação do Decreto 9424/2018, bem como o acúmulo de conhecimento
adquirido no processo de capacitação e também da qualificação da demanda e do trabalho, realizados desde o
início do novo programa de crédito.
Considerando a redução da dotação orçamentaria para as ações de Gestão ambiental, destacamos que
nesse contexto foi possível executar atividades de relevância, tais como: 1) acompanhamento e monitoramento
das atividades desenvolvidas no âmbito do Termo de Execução Descentralizada (TED) com a UFLA; 2)
acompanhamento do desenvolvimento e implementação do Módulo CAR Lote a Lote; 3) articulação e tratativas
com os estados (Órgãos ambientais e superintendências regionais) para a implementação dos Acordos de
41
Cooperação Técnicas para coleta de dados para o CAR Lote a Lote e estabelecer uma metodologia para
regularização ambiental considerando as especificidades estaduais, promovendo o aprimoramento e
andamento das ações de regularização ambiental em projetos de assentamento; 4) planejamento e organização
do I Encontro do Grupo de Trabalho para da Questão da Regularização Ambiental em Projetos de
Assentamentos (Portaria Incra n° 768, de 10 de maio de 2018), com a participação média de 22 (vinte e duas)
pessoas, servidores de 16 (dezesseis) superintendências regionais e palestrantes; 5) participação e
acompanhamento na elaboração do SIGA em parceria com a Fundecc/UFLA a ser apresentada ao Banco Nacional
do Desenvolvimento (BNDES); e, 6) a implementação da parceria junto ao PNUD com o objetivo de construir
uma base de dados ocupacional dos projetos de assentamento, dados primordiais para a geração do CAR
individual.
42
5.1.2- Efetivar uma política de governança fundiária, com articulação interinstitucional e federativa, por meio
de instrumentos de conhecimento e gestão da estrutura fundiária, do regime de propriedade, do uso de terra
e dos recursos naturais.
i. Descrição
Descrição geral
A regularização fundiária é ação precípua do Incra. A gestão da terra é necessária e se consolida mediante a proposição
de instrumentos legais, fomento a pesquisas e a implementação de tecnologias, elaboração de metodologias e critérios
para destinação de recursos públicos, pesquisas e procedimentos técnicos com vista ao ordenamento fundiário, sob o
aspecto da arrecadação, discriminação, destinação, ratificação e titulação em terras devolutas e públicas federais. Além
disso, trata-se de provocar estrategicamente a segurança jurídica e defesa do território nacional, gerando
governabilidade e permitindo assistência à setores marginalizados das áreas rurais.
Responsável Cletho Muniz de Brito, CPF 441.851.706-53, Diretor de Ordenamento da Estrutura Fundiária (DF).
ii. Análise
ii.a- Definição sucinta das atividades empreendidas no exercício e balanço das atividades, enfatizando os
principais avanços obtidos no ano em relação ao exercício anterior
44
à sua própria concepção. Com o estágio de desenvolvimento alcançado e com os resultados já concretizados ao
longo de 2018, estes passaram a adotar uma nova postura, facilitando, sobremaneira, o cumprimento das
funções originalmente atribuídas ao cadastro gerenciado pelo Incra.
Já na esfera da Rede Nacional de Cadastro Rural, deve – se destacar os impactos positivos junto às SRs
e Unidades Municipais de Cadastramento – UMC, decorrentes da automatização de vários processos rotineiros
que até então demandavam mais tempo, recursos humanos e financeiros.
O projeto de revisão da TSC, por sua vez, ao propor a atualização dos valores atualmente arrecadados,
vislumbra a possibilidade de um incremento orçamentário importante para futuras ações voltadas ao
desenvolvimento do cadastro rural.
Durante o exercício de 2018, juntamente com os representantes da RFB, deu - se continuidade aos
trabalhos afetos ao CNIR. O fato marcante deste processo foi a vinculação dos códigos do Sistema Nacional de
Cadastro Rural – SNCR e do Cadastro Fiscal de Imóveis Rurais – CAFIR dentro do próprio CNIR.
Ainda no exercício de 2018 as divergências quanto a base de dados estrutural do CNIR, sistema de
declaração integrada para cadastro rural e diretrizes para construção do sistema eletrônico on-line, gratuito,
para consultas e disponibilização de serviços ao cidadão e pessoas jurídicas, foram em grande parte superadas.
Assim, o CNIR, nas linhas fixadas pela Lei nº 10.267/2001, será capaz, ainda no curto prazo, de atender as funções
a ele originalmente atribuídas.
O cumprimento de tal meta, entretanto, não pode ser aferido em termos quantitativos,
especialmente, em função da inexistência de cronograma de desenvolvimento e implementação.
A seguir tem – se o detalhamento das funcionalidades já homologadas durante o exercício de 2018 e
que integram o Produto Viável Mínimo 3 (MVP3) – Serviços de Vinculação:
Acesso ao CNIR Serviços de Vinculação
Consultas CNIR Serviços de Vinculação
Solicitação de Vinculação CNIR Serviços de Vinculação
Homologação CNIR Serviços de Vinculação (MVP3)
Elaboração de Manual CNIR pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a
Receita Federal do Brasil (RFB) previsto no § 2º do art. 1º da Instrução Normativa – IN Conjunta RFB/Incra nº
1.581, de 2015, com a redação dada pela IN Conjunta RFB/Incra nº 1.724, de 2017.
Nesta versão, o Manual CNIR apresenta o primeiro serviço colocado em produção para o público
formado por todos os titulares de imóveis rurais do país. Esse serviço é chamado de Vincular NIRF e representa
a integração entre os dois maiores cadastros territoriais de imóveis rurais do país. Esses cadastros são o Sistema
Nacional de Cadastro Rural (SNCR), de gestão do Incra, e o Cadastro de Imóveis Rurais (Cafir), de gestão da RFB.
Além da implementação do CNIR, providências continuarão a ser tomadas no sentido de: simplificar
os normativos para fiscalização cadastral e controle de aquisição de terras por estrangeiros; ampliar as
atividades de auditoria/fiscalização da certificação; incrementar o uso de novas tecnologias como imagens de
satélite e Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs) e apoiar a política de titulação de Projetos de Assentamento
por meio do Sistema Nacional de Titulação.
45
ii.b- Análise dos principais indicadores e macroprocessos, bem como contribuição de cada secretaria/entidade
externa e Superintendências Regionais para os resultados obtidos.
80
60
40
22
20
0
Índice de Cadastramento Índice de demarcação Índice de Regularização
de imóveis Rurais topográfica em Fundiária
Assentamento
Previsto (%) Realizado (%)
Descrição detalhada de cada indicador e memória de cálculo descritas no Item 9.2.7
Número de imóveis rurais regularizados, via direta 5.663 11.166 172 148
46
No ano de 2018, o Sistema de Gestão Fundiária – SIGEF não apresentou instabilidade que viesse a
comprometer a qualidade dos dados obtidos no processo de certificação do imóvel.
Foram certificadas, em 2018, 120.198 parcelas perfazendo o total de 31.841.059,9035 hectares. Destas
parcelas 86.252 foram certificadas mediante análise dos membros dos 30 Comitês Regionais de Certificação uma
vez que os requerimentos: cancelamento, retificação, informação de registro e análise de sobreposição não são
efetuados de forma automática.
Também foi efetuada no ano de 2018 a auditoria das cerificações. Os critérios para a seleção das
parcelas foram:
Certificações realizadas via SIGEF no período de 2015 a 2018 considerando que nos anos anteriores,
2013 e 2014, as parcelas já foram auditadas;
Escolha do total de parcelas a serem auditadas por Superintendência Regional, de acordo com o
número de analistas que compõem do Comitê Regional de Certificação;
Parcelas certificadas apenas pela modalidade “certificação”. Ficam excluídos “contratos” e “envios de
particulares” visando regularização;
Parcelas de natureza “particular”;
Seleção de parcelas sob responsabilidade técnica de credenciados com maior número de certificações
– de acordo com os itens anteriores – por SR, sendo apenas uma parcela por credenciado. Tal procedimento
visa auditar o maior número de Responsáveis Técnicos (RT) possível;
Do credenciado selecionado, foi escolhida a parcela com a maior área (ha).
Em 2018, a adequação do Acervo Fundiário Digital a INDE (Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais)
foi de 40%. A página foi atualizada mantendo funcionalidades anteriormente contempladas. Atualmente o
acervo contempla 82% da área bruta cadastrada, isto é, não leva em consideração as sobreposições (titulação
em glebas federais, por exemplo). Os polígonos oriundos das certificações do SIGEF são inseridos na base do
acervo de forma dinâmica e automática.
Não houve novas instalações de estações RIBaC consideramos que todas as estações adquiridas em
2008 foram instaladas e, no ano de 2018, não tivemos recursos financeiros para aquisição de novas estações.
A publicação dos dados da RIBaC na página foi retomada, utilizando-se uma solução da Coordenação
de Cartografia, por intermédio da Divisão de Geoprocessamento (DFG-2), sem contratação de empresa ou
intervenção da Coordenação-Geral de Tecnologia e Gestão da Informação (DET), área responsável pelo
desenvolvimento e manutenção de soluções de TI.
Quanto aos desafios colocados como meta para 2018 foi possível concluir a aquisição de 21 (vinte e
um) pares receptores GNSS RTK para atender a todas as Superintendências Regionais nos trabalhos de campo,
viabilizar o retorno da publicação dos dados da RIBaC para o público interno/externo e promover a
operacionalização dos VANTs através da publicação da Norma de Execução nº02/2018, estabelecendo critérios
para aplicação e avaliação de produtos gerados a partir de aerofotogrametria para determinação de vértices
definidores de limites de imóveis rurais em atendimento ao parágrafo 3º do artigo 176 da Lei nº 6.015/1973. Já
47
a operacionalização do uso das aeronaves ficou limitada devido a necessidade de autorização do Regimento
Interno do Incra prevendo a execução de aerolevantamento, conforme determinado pelo Ministério da Defesa
e liberação dos contratos de seguro dos equipamentos.
Com a execução de oficina de planejamento interno promovido pela Diretoria de Ordenamento da
Estrutura Fundiária (DF), realizada no período de 5 a 7 de junho de 2018, foi possível estabelecer novas metas
de acordo com a infraestrutura e orçamento disponíveis no âmbito da Coordenação Geral de Cartografia (DFG).
Assim, em relação a perspectiva inicial, podemos acrescentar os seguintes itens:
49
dos recursos naturais existentes na Unidade de Conservação Federal, pois assegura ao ICMBio a efetiva gestão
da área.
O quantitativo realizado de imóveis rurais regularizados via direta registrou índice abaixo da meta
estabelecida, em razão da publicação do Decreto nº 9.309 ter ocorrido, somente, em 15 março de 2018 e a
Instrução Normativa nº 95 ter sido publicada em dezembro de 2018, prejudicando a titulação em relação aos
prazos estabelecidos. Além disso, entraves na averbação das matrículas dos títulos referentes à Colônia São João
do Sul, no estado do Paraná, bem como dificuldades com os cartórios da região, impactaram de forma negativa
na meta de regularização fundiária pela via direta. Já o realizado para o indicador relativo aos imóveis
regularizados pela via indireta registrou índice abaixo da meta estabelecida em razão das ações de geocadastro
de convênios ter ocorrido em anos anteriores e, sendo assim, em 2018 a ação esteve concentrada na emissão e
entrega de títulos de domínio. Para exemplificar, consta no ‘titulômetro’ um total de 10.879 títulos emitidos e
entregues até novembro de 2018, referentes apenas às ações no estado do Ceará.
Com relação a Titulação a meta prevista não foi alcançada devido à problemas operacionais no Sipra,
implementação de dispositivos contido no Decreto nº 9.311/2018 e a necessidade de atendimento das
recomendações do TCU.
ii.c- Resultados físicos e financeiros previstos e obtidos nas principais ações orçamentárias relacionadas ao
objetivo estratégico.
Ação 210U PO 0A -
Imóvel
Georreferenciamento de 541.522,00 107.701,49 326.043,01 65.286,40 91.082 120.198
Certificado
Malha Fundiária Nacional
Ação 211A PO 09 -
Demarcação Topográfica Família
7.831.273,00 7.560.584,03 7.052.244,92 5.485.843,51 15.129 25.086
em Projetos de Atendida
Assentamento
Ação 211A PO 04 -
Titulação, Concessão e Documento
Destinação de Imóveis 6.374.843,00 794.870,55 5.519.761,74 350.644,49 110.000 87.751 de Titulação
Rurais em Projetos de Expedido
Assentamento
Ação 210U PO 09 -
Imóvel
Regularização Fundiária de 453.198,00 64.493,36 353.744,89 24.289,89 7.602 7.149
Regularizado
Imóveis Rurais
50
¹ Não há meta prevista com o orçamento inscrito em RAP, visto que o marco utilizado para execução física de RAP é a publicação do contrato ou
contratação do serviço e não apenas o exercício do orçamento utilizado.
O valor gasto nas ações 210U PO 0B - Gestão de Terras Públicas e 210U PO 09 - Regularização Fundiária
de Imóveis Rurais, referente às ações da DFR, foi menor que o orçamento previsto na LOA/2018 e teve
repercussão direta na execução das suas ações, principalmente em relação a ação 210U PO 0B - Gestão de Terras
Públicas, pelo qual se faz o diagnóstico das terras devolutas, deixando de vistoriar importantes áreas no Estado
do Amazonas. Para essa ação, necessitava de um valor integral acima do orçamento disponível para início e
conclusão da ação para diagnóstico de uma área superior a 1 milhão de hectares. Ainda assim, observa-se um
gasto próximo a 60% do orçamento previsto, obtendo-se uma execução superior a 58% da meta esperada.
Quanto à ação 210U PO 09 - Regularização Fundiária de Imóveis Rurais, nota-se que o valor utilizado foi superior
a 78% do orçamento previsto, com resultado superior a 94%. O montante inscrito em Restos a Pagar, no valor
de R$ 24.289,89, encontra-se qualificado como "Despesas Diversas" e estão distribuídas em diversas regionais.
A meta executada (87.751) da Ação 211A PO 04 – Titulação, Concessão e Destinação de Imóveis Rurais
em Projetos de Assentamento - é composta pela emissão dos seguintes documentos: 73.731 Contratos de
Concessão de Uso - CCU, 10.869 Títulos de Domínio – TD e 2.915 Contrato de Concessão de Direito Real de Uso
– CCDRU. Ocorreu a publicação do Decreto 9.311/2018 que regulamenta dispositivo da Lei 8.629/93 e a edição
da IN 97/2018.Quanto ao orçamento para a ação foram gastos, aproximadamente, 92%(noventa e dois por
cento) do orçamento previsto na LOA.
Os principais desafios da DFR para 2019 consistem em: implementar a agenda de arrecadação de terras
devolutas, ante a escassez de recursos; promover a reestruturação adequada e eficiente, durante o período de
transição de governo, tendo em vista a extinção da Subsecretaria Especial de Regularização Fundiária na
Amazônia Legal (SERFAL), pois as atribuições e competências desta foram incorporadas ao INCRA, ou seja, a
regularização fundiária no âmbito da Amazônia Legal passou a ser, novamente, atribuição do INCRA. É
importante ressaltar que o desafio relativo à reestruturação é significativo, tendo em vista que envolve a gestão
de contratos das áreas finalísticas e áreas meio (georreferenciamento, servidores temporários e terceirizados);
a adequação e integração dos sistemas informatizados; a capacitação das Superintendências Regionais (SR),
situadas dentro e fora da Amazônia Legal nas ações de regularização fundiária, frente ao novo contexto de
competências e atribuições.
iii. Conclusão
iii.a – Avaliação do resultado
Apesar dos desafios enfrentados na sua manutenção e evolução, o SIGEF continua sendo a fonte de
informações fundiárias mais confiável do país. Foi nomeado um Grupo de Trabalho para apresentar proposta
para o desenvolvimento do SIGEF II. Versão com maior número de funcionalidades.
O Acervo Fundiário foi remodelado, está disponível para o público com várias opções de obtenção dos
dados oriundos das certificações dos imóveis rurais e a inclusão de links para outros serviços prestados pela
Diretoria de Ordenamento da Estrutura Fundiária.
Não foi possível ampliar a rede RIBaC em função da falta de recursos financeiros para mais aquisições
de estações geodésicas, no entanto, em função de parceria com o INPE – Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais, foi possível aumentar o número de estações de referência para 126.
Os resultados das ações relativas a 2018 podem ser considerados satisfatórios, em razão dos avanços
significativos que ocorreram no decorrer do exercício na elaboração e publicação dos normativos fundamentais
51
para o desenvolvimento das ações de regularização fundiária; devido à ação da DFR, em conjunto com a
Superintendência Regional do INCRA no estado do Paraná, que obteve êxito na conclusão do processo de
concessão de áreas do INCRA ao ICMBio, sobrepostas ao Parque Nacional do Iguaçu; em razão de avanços na
execução do TED nº 19, firmado com a UNB, a partir da contratação de colaboradores; em razão dos serviços de
georreferenciamento de áreas no PECSR na Bahia; e, também devido à criação de GT específico, que obteve
êxito em concluir os trabalhos de elaboração da Nota Técnica orientadora da aplicação da Lei nº 13.178/2015,
que disciplina a ratificação na faixa de fronteira.
iii.b – Principais desafios para o exercício seguinte e ações para melhoria de desempenho
Para melhorar o desempenho, a DFR deverá capacitar as Superintendências Regionais nos novos
instrumentos normativos, tais como a IN nº 95, que disciplina o Decreto nº 9.309/2018; promover avanços na
execução do TED nº 19, firmado com a UNB, através da entrega parcial dos produtos previstos; buscar
incremento no orçamento, que atualmente é insuficiente para a concretização das ações necessárias; fortalecer
a parceria com o ICMBio, visando a regularização fundiária de outras Unidades de Conservação Federais que
contenham sobreposição com áreas matriculadas em nome do INCRA ou áreas a serem arrecadadas pela
autarquia, bem como visando revisar os normativos que regem a parceria, com a finalidade de abarcar novos
arranjos e proceder à reestruturação da DFR, nesta fase de transição de governo, de modo eficaz e adequado
aos trabalhos futuros.
52
5.1.3- Promover a democratização do acesso à terra, com ações de reforma agrária e fundiária, observando
as especificidades de cada território e bioma e a função social da propriedade, contribuindo para o
desenvolvimento rural sustentável, a superação da pobreza e a paz no campo.
i. Descrição
Descrição geral
O Objetivo é assentar famílias, público da reforma agrária, por meio da obtenção de imóveis rurais. Ela pode ser por
forma onerosa e não onerosa. A primeira é composta pele desapropriação (Lei 8.629/93 que regula que grande
propriedade improdutiva ou média improdutiva se detentor de mais de um imóvel são passíveis de obtenção), compra
e venda (Decreto 433/1992 que regula a obtenção de grande e média propriedade insusceptível de desapropriação) e
adjudicação (Portaria AGU 514/2011 e AGU-MDA 12/2014, que regula que terras decorrentes do confisco, mas também
de uma decisão judicial condenatória, proferida em execução não paga o débito pelo devedor). A segunda é por
arrecadação, doação, confisco e reconhecimento, que podem ser respectivamente e resumidamente descritas: terras
devolutas incorporadas ao patrimônio da união ou estado por arrecadação sumária, discriminatória administrativa ou
judicial; proprietários rurais devedores da união, com destinação para reforma agrária; propriedades com plantio de
plantas psicotrópicas, processamento de drogas ilícitas ou de apoio ao narcotráfico; e terras destinadas pelos estados,
municípios e Ibama (RESEX), para criação de projetos de assentamento de trabalhadores rurais.
Responsável Reginaldo Ramos Machado, CPF: 102.602.358-06, Diretor da Diretoria de Obtenção de Terras e
Implantação de Projetos de Assentamento (DT).
ii. Análise
ii.a- Definição sucinta das atividades empreendidas no exercício e balanço das atividades, enfatizando os
principais avanços obtidos no exercício de 2018 em relação ao exercício de 2017.
O Regimento Interno do Incra – Portaria INCRA n° 338, de 09 de março de 2018, o Manual de Obtenção
de Terras e Perícia Judicial, aprovada pela Norma de Execução Incra/DT nº 52, de 25 de outubro de 2006, a
Instrução Normativa do Incra n° 83, de 7 julho de 2015 e a Portaria MDA/Nº 243/15, orientam o processo de
obtenção de imóveis rurais para serem inseridos no Programa Nacional de Reforma Agrária - PNRA. Em síntese,
as atividades da DTO são coordenar, supervisionar e propor atos normativos, manuais e procedimentos técnicos
voltados à obtenção de terras, além de análise de processos e de orientações às Superintendências Regionais –
SR. À DTI compete coordenar, supervisionar e propor atos normativos, manuais e procedimentos técnicos
voltados ao desenvolvimento das atividades de cadastramento e seleção das famílias; de criação e
reconhecimento de projetos de reforma agrária; e gerenciar e manter atualizadas informações sobre os
beneficiários e projetos de reforma agrária. Às SRs compete coordenar e supervisionar a execução das atividades
de obtenção – proceder vistoria e avaliação de imóveis rurais, para fins de desapropriação, aquisição,
arrecadação e outras formas de obtenção de terras, destinadas à implantação de projetos de assentamento de
reforma agrária – e acompanhar a evolução do mercado regional de terras e analisar sua dinâmica.
Importante destacar que em 2018, com a edição da Instrução Normativa Incra n° 87 de 28 de março
2017, foi instituída a Pauta de Valores de Terra Nua para fins de titulação de assentamentos e regularização
53
fundiária, de que tratam o Art. 18 da lei 8.629/93 e o Art. 12 da Lei 11.952/09, cuja produção e atualização anual
são de responsabilidade desta Diretoria. A Pauta de Valores de Terra Nua é elabora com base nos custos
atualizados das obtenções de terras onerosas do Incra. Configura-se como um importante instrumento na
efetivação do processo de reforma agrária e ordenamento fundiário, no sentido de possibilitar a segurança
jurídica dos ocupantes das terras afetadas de formar justa e viável, no que tange ao referencial de valor.
ii.b- Análise dos principais indicadores e macroprocessos, bem como contribuição de cada secretaria/entidade
externa e Superintendências Regionais para os resultados obtidos.
12,00
10,43 10,50 4100,00 3985,99
10,00 4000,00
3900,00
8,00 3800,00
3700,00
6,00 3600,00
3416,30
3,72 3500,00
4,00 3400,00
2,61
3300,00
2,00
0,10
0,65 3200,00
0,00 3100,00
Índice de á rea Índice de a créscimo Índice de Pa rcelas Índice de gastos com Obtenção de
des tinada à Reforma da á rea destinada à Supervisionadas Terras (R$/ha)
Agrá ri a Reforma Agrária
Previsto (%) Realizado (%) Previsto (%) Realizado (%)
Descrição detalhada de cada indicador e memória de cálculo descritas no Item 9.2.7
A meta do “índice de área destinada à reforma agrária”, mesmo com o corte orçamentário, foi
atendida, considerando que o previsto foi de 10,43% e o realizado foi de 10,50%. O índice é calculado da seguinte
forma: a área (ha) total dos Projetos de Assentamento (89.379.579,05 - Fonte: SIPRA – 07/01/2019) dividido
pela respectiva Superfície total da área abrangida pela Jurisdição do Incra de 851.487.659,90 ha multiplicado
por 100.
O “índice de acréscimo de área destinada a reforma agrária” superou o estimado de 0,10%, ficando
em 0,65%. A forma de cálculo leva em conta a área (ha) total dos Projetos de Assentamento criados em 2018
(583.556,05 ha– fonte: Sipra/2019), dividida pela respectiva Área total de Projetos de Assentamentos existentes,
na jurisdição da SR ou Sede (89.379.579,05 ha - Fonte: Sipra), multiplicado por 100, considerando para o
estimado a média dos últimos 3 anos.
Os critérios para Distribuição de Créditos Orçamentários previstos no Caderno de Metas 2018 para a
ação de Supervisão Ocupacional foram: “ Serão considerados para o atingimento da meta os relatórios
circunstanciados entregues utilizados para fins de regularização da ocupação, retomada da parcela, titulação e
outras finalidades institucionais”. O plano Nacional de Supervisão Ocupacional previu a integração das ações da
Diretoria e sistematização das informações, porém os sistemas não foram implementados no exercício. O
resultado disso impossibilitou a contabilização dos números como um todo. Por exemplo: As atividades
desenvolvidas pelo sistema RADIS que permitiu a realização de 22.514 visitas às Unidades Familiares do
Programa de Reforma Agrária.
ii.c- Resultados físicos e financeiros previstos e obtidos nas principais ações orçamentárias relacionadas ao
objetivo estratégico.
Ação 211B PO 01 -
Pagamento de Indenizações
Complementares nos Área
Processos de
18.247.925,00 55.476.683,29 5.936.093,56 5.690.282,67 12.000 76.703 Indenizada
Desapropriação de Imóveis
Rurais para Reforma Agrária
55
Ação 211A PO 0A -
Parcela
Supervisão Ocupacional de 12.789.385,00 1.187.621,46 11.257.874,79 775.133,02 90.000 44.160 Supervisionada
Projetos de Assentamento
Na Ação 211B PO 07 - Vistoria e Avaliação para obtenção de imóveis rurais - foram vistoriados a campo
e finalizados laudos para 497.801,85 hectares de imóveis. Foram utilizados recursos na ordem de R$
4.075.374,57 (Orçamento do exercício e RAP) para custeio de várias atividades, as quais envolvem: (i) vistorias
para fins de fiscalização e avaliação de imóveis (contabilizada na meta da LOA), (ii) levantamento de dados para
elaboração de PPR e Diagnósticos Regionais, (iii) buscas cartoriais e levantamento dominial, (iv) publicação de
editais, (v) realização de audiências públicas e de conciliação, (VI) vistorias de recebimento das benfeitorias (nos
atos de imissão na posse) e outros. Foi necessária a reorganização da logística de trabalho, haja vista a restrição
orçamentária, resultando numa execução física maior do que a prevista.
Na Ação 211B PO 02 - Pagamento de Indenização inicial nas aquisições de imóveis rurais para a reforma
agrária - foram liquidados R$ 33.436.075,66, que correspondem a 59% dos recursos financeiros previstos. A
meta física também ficou abaixo do planejado, tendo sido realizadas cerca de 48%.
Os desafios praticamente continuam os mesmos considerados para o ano de 2018, que são: promover
uma estratégia nacional e local para a prospecção de terras públicas e privadas para a reforma agrária a partir
de diagnósticos regionais embasados em dados e informações de diversas fontes (Relatórios de Análise do
Mercado de Terras-RAMT, pesquisas e Censos do IBGE, cartas temáticas diversas, dados do Sistema Nacional de
Cadastro Rural - SNCR e outras), permitindo identificar regiões e áreas potenciais e viáveis para a implantação
de projetos de assentamento, direcionando e concentrando as ações de obtenção de terras e otimizando os
escassos recursos financeiros, logísticos e humanos da autarquia; diversificar as formas de obtenção e buscar
maior interação da autarquia com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional – PGFN, a Procuradoria-Geral
56
Federal – PGF ou a Procuradoria-Geral do Banco Central – PGBC, com o objetivo de verificar a existência de
imóveis rurais penhorados em ações judiciais visando a adjudicação destes.
Em dezembro de 2018, foi publicada a IN 96/2018, que trata da nova metodologia de seleção e
cadastro de famílias beneficiárias do PNRA. O normativo interno foi elaborado para atender a recomendações
constantes do acórdão TCU 775/2016 – Plenário, bem como ao estabelecido no Decreto 9.311/2018.
c) Ampliação das parcerias institucionais que permitam viabilizar uma maior presença da autarquia
nos Projetos de assentamento e consequente atendimento das demandas existentes;
iii. Conclusão
Embora os resultados das ações da PO 07 e PO 01 tenham ficado acima do “previsto”, há que se fazer
algumas ressalvas, pois devido ao constante contingenciamento orçamentário, foi necessário fazer uma redução
das metas para adequação à nova realidade.
Os resultados da Ação 211A PO06 não foram satisfatórios, pois de modo geral as metas não foram
alcançadas, principalmente devido ao contingenciamento orçamentário, o que prejudicou de forma
considerável as ações da autarquia.
Outro fator limitante para o atingimento das metas foi o Acórdão 775/2016-Plenário do Tribunal de
Contas da União (TCU) que travou todo o processo de seleção de novos beneficiários ao PNRA, obrigando a
autarquia a rever e qualificar todo o processo.
57
iii.b- Ações para melhoria de desempenho
Aliado aos desafios citados para 2019, o Incra necessitará recompor seu orçamento que foi
contingenciado, além dos acréscimos legais permitidos. Da mesma forma, a autarquia deverá pleitear recursos
financeiros para honrar o pagamento dos processos inscritos em RAP e das ações previstas para o orçamento
de 2019.
- Definição das áreas potenciais e viáveis para a implantação de projetos de assentamento, diversificar
as formas de obtenção, aumentando a participação das modalidades de compra e venda e adjudicação no
processo de obtenção;
Planejar as atividades de forma que sua execução ocorra integrada com o conjunto de políticas de
desenvolvimento dos projetos de assentamento. Aperfeiçoamento da combinação de outras ferramentas com
a supervisão ocupacional, como a sala da cidadania e o Radis, bem como a integração com outras ações de
supervisão de créditos e titulação. Há necessidade de incorporação no processo de supervisão de novos
conceitos, ferramentas, equipamentos e/ou tecnologia moderna de monitoramento e vistorias das áreas
destinadas para reforma agrária.
58
5.1.4- Promover autonomia das mulheres no meio rural, com garantia de direitos à cidadania, terra, recursos
naturais, produção e a participação social.
i. Descrição
Descrição geral
Desde a implementação do II Plano Nacional de Reforma Agrária, em 2003, diversas têm sido as medidas tomadas para
o enfrentamento das desigualdades de gênero no meio rural. Muitos avanços foram conseguidos no sentido de as
mulheres agricultoras conseguirem sair da invisibilidade a que estavam historicamente submetidas. Dentre as principais
conquistas citam-se a regulamentação que institui o acesso à terra pela mulher rural, a criação de linhas de crédito
específicas para as mulheres assentadas, o Programa de Documentação da Trabalhadora Rural e a nova lei de Assistência
Técnica e Extensão Rural - ATER.
Responsável Dougmar Nascimento das Merces, CPF:734.124.657-04, Diretor da Diretoria de Desenvolvimento
de Projetos de Assentamentos (DD)
ii. Análise
ii.a- Definição sucinta das atividades empreendidas no exercício e balanço das atividades, enfatizando os
principais avanços obtidos no ano em relação ao exercício anterior.
Não foi ampliado o percentual de mulheres atendidas com assistência técnica, em função da redução
significativa dos contratos vigentes de ATER.
ii.b- Análise dos principais indicadores e macroprocessos, bem como contribuição de cada secretaria/entidade
externa e Superintendências Regionais para os resultados obtidos.
De qualquer forma, ações de assistência técnica para as mulheres da reforma agrária se deram por
meio do levantamento da realidade dos assentamentos até atividades como a discussão dos sistemas produtivos
implantados nos assentamentos
Verifica-se que em 2018 ocorreu aumento de concessões de créditos Fomento Mulher em relação ao
número de famílias que estavam sendo atendidas por ATER. Isso ocorreu em razão de celebração de Termo de
Cooperação, celebrado pelo INCRA/SR com Entes Públicos para elaboração de Projetos Produtivos para essa
modalidade.
ii.c- Resultados físicos e financeiros previstos e obtidos nas principais ações orçamentárias relacionadas ao
objetivo estratégico.
Na Ação 210S PO 02, 03, 04 (ATER) mesmo com orçamento de R$ 68.521.619,00, que corresponde a
54,90% do orçamento de 2017, foi possível superar a meta prevista.
Referente a meta física de 24.946 de Crédito Fomento Mulher o orçamento utilizado foi de R$
110.712.000,00.
60
iii. Conclusão
5.1.5- Promover o acesso dos Povos e Comunidades tradicionais às políticas produtivas, de garantia de direitos
e à regularização fundiária dos territórios, contribuindo para o seu etnodesenvolvimento.
i. Descrição
Descrição geral
O INCRA, através da Coordenação Geral de Regularização de Territórios Quilombolas - DFQ, é responsável pela
regularização fundiária dos territórios tradicionalmente ocupados pelas comunidades quilombolas, identificando,
reconhecendo, delimitando, demarcando e titulando os territórios quilombolas, conforme regulamentado pelo Decreto
4.887/2003.
Responsável Cletho Muniz de Brito; CPF 441.851.706-53, Diretor de Ordenamento da Estrutura Fundiária (DF).
ii. Análise
ii.a- Definição sucinta das atividades empreendidas no exercício e balanço das atividades, enfatizando os
principais avanços obtidos no exercício de 2018 em relação ao exercício de 2017.
No exercício de 2018, foram empreendidas várias atividades importantes para aprimoramento da
gestão da regularização fundiária de Territórios Quilombolas, das quais destacam-se:
1. Parcerias com outros entes públicos. Em 2018, foram firmados cinco Termos de Execução Descentralizada
(TED) com a Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SNPIR) do Ministério dos Direitos
Humanos para a elaboração de peças técnicas de Relatórios Técnicos de Identificação e Delimitação (RTID) de
comunidades quilombolas nos estados da Bahia, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Maranhão e Goiás.
2. Identificação e titulação de áreas públicas em territórios quilombolas. Em 2018, foi instituído Grupo de
Trabalho Conjunto entre INCRA e SPU, por meio da PORTARIA CONJUNTA Nº 2, de 26 de fevereiro de 2018,
publicada no DOU de 10 de maio de 2018, com o objetivo de elaborar propostas de normativos e procedimentos
visando à regulamentação da Portaria Interministerial nº 210, de 13 de junho de 2014. Os trabalhos do Grupo
foram concluídos em julho de 2018, com a proposta de uma Instrução Normativa. O procedimento foi
61
encaminhado para receber contribuições jurídicas na SPU e depois deverá receber análises jurídicas no INCRA
Sede. Nota-se que alguns Territórios Quilombolas já foram titulados com base na Portaria Interministerial nº
10/2014, como Lagoa dos Campinhos/SE, Pontal da Barra/SE; Peruana/PA, São Judas Tadeu - ARQUIOB/PA,
entre outras.
3. Inclusão dos quilombolas nas políticas de desenvolvimento da reforma agrária. Em 2018, foi realizada
capacitação de 80 servidores públicos das Superintendências Regionais nos estados e do INCRA Sede no que
concerne à Política Nacional de Reforma Agrária (PNRA) com foco no público quilombola. A referida capacitação
foi resultado do reconhecimento dos agricultores familiares remanescentes de quilombos como beneficiários
do PNRA, por meio da Portaria Nº 175, de 19 de abril de 2016. A referida portaria foi regulamentada pela NOTA
TÉCNICA CONJUNTA DF/DD/DT/ Nº 10/2017, que definiu fluxos, competências e procedimentos. A capacitação
dos servidores da autarquia possibilitou que, ao longo de 2018, 6.419 famílias quilombolas de 43 Territórios
Quilombolas, localizados em 14 estados brasileiros, fossem reconhecidas como público beneficiário do PNRA.
Muitas dessas famílias foram cadastradas no Sistema de Informações de Projetos de Reforma Agrária (SIPRA) e
já foram contempladas com Créditos Instalação nas modalidades Apoio Inicial e Fomento Mulher,
respectivamente, nos valores de R$ 5,2 mil e R$ 5 mil por família.
4. Grupo de Trabalho Interinstitucional entre INCRA, ICMBio e FCP. O GTI foi instituído com a finalidade de
conciliar sobreposições entre Unidades de Conservação Federais e Territórios Quilombolas. A PORTARIA
CONJUNTA/Nº01, de 08 de junho de 2018, renovou a vigência do GTI por um ano, prorrogável por igual período.
Os Territórios Quilombolas tratados no âmbito do referido GTI são: Tambor/AM; Mumbuca/MG; São Roque/SC;
Cunani/AP; Cambury/SP; Alto Trombetas 1 e 2/PA; entre outros. No exercício de 2018 houve importantes
avanços nas tratativas dos Territórios Quilombolas Alto Trombetas 1 e 2. Os principais resultados foram:
publicação das Portarias de Reconhecimento dos referidos territórios no Diário Oficial da União em 19 de julho
de 2018; acordo quanto à emissão de Contrato de Concessão de Direito Real de Uso (CCDRU) na área dos
territórios quilombolas sobrepostos à Floresta Nacional Saracá-Taquera; assinatura dos Termos de
Compromisso da Castanha e de Múltiplos Usos na área dos territórios sobreposta à Reserva Biológica de
Trombetas. Também em 2018, foi publicada a Portaria de Reconhecimento do Território Quilombola São
Roque/SC, o que permitirá que o INCRA avance na regularização fundiária da área do território quilombola não
sobreposta aos Parques Nacionais de Aparados da Serra e da Serra Geral até que se alcance a conciliação dos
interesses sobrepostos.
5. Controle Social. Em 24 de maio 2018, foi realizada a 14ª edição da Mesa de Acompanhamento da Política de
Regularização Fundiária Quilombola, importante iniciativa para a melhoria do desempenho institucional na
execução da política de regularização de territórios quilombolas. O evento contou com entrega de títulos,
CCDRU, anúncios de portarias de reconhecimento e autorização de publicação de RTID. Ademais, houve
assinatura dos contratos para aplicação do Crédito Instalação, na modalidade Apoio Inicial, para 115 famílias do
Território Quilombola Kalunga no valor total de R$ 598 mil. A ação foi possível a partir do reconhecimento das
famílias como beneficiárias do Programa Nacional de Reforma Agrária (PNRA) pela autarquia.
ii.b- Análise dos principais indicadores e macroprocessos, bem como contribuição de cada secretaria/entidade
externa e Superintendências Regionais para os resultados obtidos.
No exercício de 2018 foram expedidos 7 (sete) títulos de domínio representando uma área de
20.432,7146 hectares em benefício de 4 (quatro) Territórios Quilombolas e 1.037 famílias. Destacam-se os
quatro títulos expedidos às Comunidades Quilombolas do Território de Kalunga/GO, totalizando 16.460,5170
hectares. A Comunidade Quilombola Acauã/RN recebeu seu primeiro título de domínio no total de 22,9715
hectares; Os Territórios Quilombolas de Peruana e São Judas Tadeu, ambos localizados no estado do Pará, que
receberam um título cada, foram titulados em sua integralidade, com áreas de 1.945,5300 e 2.003,6961
hectares, respectivamente.
62
Gráfico 5- Indicadores de resultado (Previsto x Realizado) - Objetivo 05
132
140
114,74 119,80
120
100
80
60
40
16
20
0
Índice de Titulação de Comunidades Índice de Famílias Quilombolas em
Quilombolas Áreas Tituladas
Previsto (%) Realizado (%)
63
Em 2018, foram publicados 20 Relatórios Técnicos de Identificação e Delimitação – RTID, os quais
identificaram 40.337,1547 hectares em benefício de 1.916 famílias quilombolas. O RTID é a etapa que concentra
a maior parte do trabalho técnico e o maior dispêndio de recursos orçamentários.
Foram editados também 4 Decretos de interesse social pela Presidência da República no período,
beneficiando 237 famílias com área decretada de 2.615,8658. Em tempo, foram indenizados 1.384,40 hectares,
superando dessa forma a meta estabelecida.
Além dos sete títulos, já referidos, foram concedidos 11 Contratos de Concessão Direito Real de Uso
(CCDRU) em cinco Territórios Quilombolas: Encantados do Bom Jardim/CE (6), São Miguel Arcanjo do Morro
Seco/SP (1), Charco/MA (2), São Pedro/ES (1) e Kalunga/GO (1), somando a área de 1.480,2834 hectares. Como
regra o CCDRU é um tipo de contrato (de caráter precário) através do qual o INCRA transfere o direito de uso à
comunidade quilombola até que o judiciário emita a sentença homologatória em favor do INCRA e posterior
titulação.
Portanto, a titulação é um procedimento pendente de várias etapas que não estão sob governança da
Autarquia, como por exemplo o levantamento da cadeia dominial dos imóveis circunscritos no Território
Quilombola e que possuem algum título. Este processo é extremamente complexo e dependente de análise de
dados cartoriais, que nem sempre são conexos; outro ponto diz respeito à ação discriminatória por parte dos
estados da federação; por fim, têm-se o ajuizamento da ação desapropriatória a ser homologada pelo Poder
Judiciário.
ii.c- Resultados físicos e financeiros previstos e obtidos nas principais ações orçamentárias relacionadas ao
objetivo estratégico.
Orçamento Físico
Previsto Realizado Unidade
Análise orçamentária Previsto Realizado
(LOA + adicionais) (empenho liquidado) de medida
64
O procedimento de regularização fundiária de um território quilombola têm ciclos de execução longos,
que, em geral, são iniciados e finalizados em exercícios orçamentários diferentes. Além de todo o trabalho
técnico necessário, o que inclui a identificação, o reconhecimento, a delimitação, a demarcação, a desintrusão
e a titulação do território, há também o tempo necessário para contestações e recursos aos relatórios técnicos
de identificação e delimitação (RTID) apresentados por pessoas atingidas direta ou indiretamente pela
delimitação de Território. Tendo em vista que as contestações têm efeito suspensivo no processo
administrativo, os resultados físicos obtidos (área identificada, área indenizada, área titulada) decorrem de
gastos financeiro-orçamentários executados em exercícios anteriores. Portanto, não há uma relação direta por
exercício. Em tempo, destaca-se que os gastos efetuados na ação 2034-210Z contemplam uma grande
quantidade de atividades e recursos como trabalhos de campo (diárias, passagens, material de consumo, etc.)
do RTID; recursos para publicações; recursos para a realização de vistorias de avaliação dos imóveis; e para a
contratação dos Relatórios Antropológicos.
Quanto à execução orçamentária verifica-se que na ação 2034-210Z foram liquidados R$ 1.232.171,90
de recursos correntes empenhados no exercício em análise (PO 04). Portanto, valores muito satisfatórios de
recursos liquidados em relação ao valor disponibilizado. Quanto aos de capital, utilizados na indenização de
áreas desintrusadas, foram liquidados R$ 1.232.848,58 do total empenhado no exercício em análise. A diferença
entre o empenhado e liquidado se deve à não finalização dos procedimentos necessários para ajuizamento da
ação desapropriatória, em conformidade com a NE CONJUNTA DF/DT N.03/2010. A desintrusão dos ocupantes
não quilombolas do território começa a partir da decretação da área como de interesse social. Após a publicação
do decreto o INCRA está autorizado a iniciar a avaliação dos imóveis e o levantamento da cadeia dominial. Este
levantamento é uma das mais complexas etapas da desintrusão, na qual é preciso levantar todos os registros e
suas modificações até o momento que o imóvel foi destacado do patrimônio público, o que nem sempre é
possível dada as dificuldades de estrutura dos cartórios brasileiros. Quando não há nos cartórios o registro
originário do imóvel o INCRA é obrigado a formalizar questionamento à unidade federativa de localidade do
imóvel a respeito da dominialidade da área, o que pode retardar o processo de regularização do território. Já a
vistoria e avaliação do imóvel é o passo que determina o valor total (valor da terra nua e das benfeitorias) a ser
pago ao interessado. Para determinar esse valor é feito um estudo do mercado de imóveis rurais da região e o
levantamento de todas as benfeitorias do imóvel e seu estado de conservação, assim como avaliação do solo e
relevo, bem como possíveis danos ambientais, no sentido de promover as medidas legais. O produto da
avaliação e a cadeia dominial são as principais peças necessárias ao ajuizamento das ações desapropriatórias.
Finalizadas as peças acima citadas, e somados os demais documentos exigidos pelos normativos, os processos
estão prontos para ajuizamento. Como regra, para se propor a ação o primeiro passo é empenhar o recurso
orçamentário, sendo que a nota de empenho compõe a juntada de documentos e sem essa o ajuizamento não
é aceito.
Para além do orçamento destinado pela LOA o INCRA também recebeu aportes orçamentários
adicionais por meio de cinco Termos de Execução Descentralizada (TED) firmados com a Secretaria Nacional de
Políticas de Promoção da Igualdade Racial/SEPPIR, vinculada ao Ministério dos Direitos Humanos e por meio de
uma emenda parlamentar para a realização de atividades de regularização quilombola no estado do Amapá.
No âmbito do TED nº 008/2018, firmado entre a SR05-BA e a SNPIR, estão previstas a elaboração de
vinte e seis peças técnicas relativas ao RTID de dezesseis comunidades quilombolas no estado da Bahia. Em
2018, foram empenhados R$ 68.341,73 em recursos relativos à execução de 63,46% das atividades de campo
necessárias para a elaboração das peças técnicas.
O TED nº 004/2018, firmado entre a SR06-MG e a SNPIR, prevê a elaboração de doze peças técnicas
relativas ao RTID de três comunidades quilombolas no estado de Minas Gerais. Em 2018, foram empenhados R$
56.863,63 em recursos relativos à execução de 100% das atividades de campo necessárias para a elaboração das
peças técnicas.
No âmbito do TED nº 009/2018, firmado entre a SR12-MA e a SNPIR, estão previstas a elaboração de
oito peças técnicas relativas ao RTID de duas comunidades quilombolas no estado do Maranhão. Em 2018, foram
empenhados R$ 24.415,76 em recursos relativos à execução de 61,25% dos trabalhos de campo necessários
para a elaboração das peças técnicas.
Por fim, o TED nº 010/2018, firmado entre a SR04-GO e a SNPIR, prevê a elaboração de cinco peças
técnicas relativas ao RTID de uma comunidade quilombola no estado de Goiás. Em 2018, foram empenhados R$
17.198,89 em recursos relativos à execução de 58% dos trabalhos de campo necessários para a elaboração das
peças técnicas.
Além dos Termos de Execução Descentralizadas, o INCRA também foi contemplado pela Emenda
Parlamentar n. 11350021, no valor de R$ 500.000,00, destinada a gastos com despesas correntes nos trabalhos
de identificação e reconhecimento de Territórios Quilombolas no estado do Amapá.
Destas foram estabelecidas quatro ações prioritárias, levando-se em consideração sobretudo os
impactos e efeitos nas comunidades quilombolas: elaboração de peças técnicas que compõem o Relatório
Técnico de Identificação e Delimitação (RTID); Vistoria e Georreferenciamento de áreas da União incidentes em
territórios quilombolas e inserção de famílias quilombolas nas ações de desenvolvimento previstas no Plano
Nacional de Reforma Agrária (PNRA).
As atividades de campo necessárias foram executadas no exercício de 2018 e os demais trabalhos
técnicos de elaboração das diversas peças técnicas pactuadas seguem sendo realizados no decorrer do exercício
de 2019.
ii.d- Principais desafios para 2019.
iii. Conclusão
Para se ter ideia, atualmente o Incra tem 1.747 processos de regularização fundiária abertos,
demandando com isso maiores por aportes orçamentário-financeiros para seu cumprimento efetivo.
Entretanto, ao longo dos últimos anos a ação sofreu enormes reduções orçamentárias. Por exemplo, em 2010,
o orçamento destinado a esta ação na Lei Orçamentária Anual (LOA) era da ordem de R$ 64 milhões (R$ 10
milhões para gastos correntes e R$ 54 milhões para indenizações). Já em 2014, esse quantitativo passou a ser
de R$ 30,5 milhões (R$ 5,5 milhões para gastos correntes e R$25 milhões para indenizações). Mais
recentemente, em 2018, o orçamento sofreu a queda mais drástica, alcançando somente R$ 2,3 milhões (R$ 1,3
milhões para gastos correntes e R$ 956 mil para indenizações).
67
5.1.6- Promover autonomia e a emancipação da juventude rural, contribuindo para sua permanência
no campo e para à sucessão rural.
i. Descrição
Descrição geral
A Portaria MDA n° 06/2013 determina que no mínimo 5% dos assentados nos assentamentos acima de 20 lotes, devem
ser destinados a famílias cujo um dos beneficiários tenha até 29 anos.
Responsável Reginaldo ramos Machado, CPF: 102.602.358-06, Diretor de Obtenção de Terras e Implantação
de Projetos de Assentamento (DT).
ii. Análise
ii.a- Definição sucinta das atividades empreendidas no exercício e balanço das atividades, enfatizando os
principais avanços obtidos no exercício de 2018 em relação ao exercício de 2017.
Acompanhamento da edição da Medida Provisória n°759/2016, convertida na Lei n°13.465/2017, que
trouxe a atualização dos artigos 19,19-A e 20 da Lei n°8629/93 e o avanço no processo de seleção de famílias.
ii.b- Análise dos principais indicadores e macroprocessos, bem como contribuição de cada secretaria/entidade
externa e Superintendências Regionais para os resultados obtidos.
60,00
40,00
20,00
5,00
0,00
% de jovens assentados (até 29 anos)
A cada exercício o Incra vem cumprindo e ultrapassando a meta de jovens assentados. Assim, o
resultado foi positivo. Diante da publicação do Decreto nº 9.311/2018, o Incra está trabalhando nos novos
normativos, atendendo os artigos 19, 19-A e 20 da Lei nº 8.629/93 que foram incluídos pela lei Nº 13.465/2017.
No entanto, diante dessa atualização, o critério de priorização de jovens nos assentamentos foi alterado e
ampliado para novo critério: “unidade familiar que contenha filho com idade entre dezoito e vinte e nove anos
68
e cujos pai ou mãe seja assentado residente no mesmo projeto de assentamento para o qual se destina a seleção
- até o limite de dez pontos”; O Incra está trabalhando para ajustar um novo indicador contemplando famílias
de beneficiários jovens.
ii.c- Resultados físicos e financeiros previstos e obtidos nas principais ações orçamentárias relacionadas ao
objetivo estratégico.
iii. Conclusão
69
6 - ALOCAÇÃO DE RECURSOS E ÁREAS ESPECIAIS DA GESTÃO
6.1- Gestão orçamentária e financeira
70
Gráfico 8- Principais Despesas da Autarquia
Em comparação com exercícios anteriores, dentre as despesas empenhadas, destaca-se a queda dos
valores destinados à obtenção de imóveis para a reforma agrária bem como para assistência técnica e extensão
rural.
71
Gráfico 9- Despesas 2016 a 2018
A redução de recursos para área finalística deu-se principalmente em virtude da intensificação das
ações de titulação em detrimento, principalmente, das ações de obtenção e de assistência técnica.
Essa redução sugere um aparente aumento dos gastos com pessoal e administração se comparamos
apenas os valores percentuais. Esse é um efeito que deve ser observado com atenção, pois caso essa tendência
de queda de recursos para área finalística continue, pode-se passar uma ideia equivocada no futuro de que a
autarquia possui uma finalidade em si mesma.
O ano de 2018 foi marcado com vários desafios para enfrentamento, dentre eles, o de dar
continuidade na sistematização das ações relativas a arrecadação dos valores oriundos das alienações de
imóveis rurais para a reforma agrária.
O cenário no exercício anterior (2017) era incerto, pois não sabíamos com exatidão a quantidade de
títulos de domínio expedidos desde o início das ações de titulação pelas áreas finalísticas. Não sabíamos ao certo
a quantidade de títulos de domínio quitados ou com parcela (s) paga (s). Some-se a isso a existência de
normativos desatualizados e com algum grau de fragilidade, além de ferramentas para cálculo defasadas. Por
fim, lidávamos com a total falta de controle dessa arrecadação (quem já pagou, quando e quanto?).
Dentre as principais consequências advindas desse cenário, podemos destacar a dificuldade ou
impossibilidade de emissão de certidão de quitação, requisito indispensável para comprovação de atendimento
de condição resolutiva do título de domínio. Impossibilidade de gerar informações para viabilizar registro
contábil adequado dos valores arrecadados, além da impossibilidade de gerenciamento de valores a arrecadar
e de realizar estimativas/previsões.
Para enfrentamento, seriam necessárias várias ações para o ano de 2018, dentre elas:
Realizar diagnóstico sobre a arrecadação de prestações de títulos de domínio;
Substituição da ferramenta utilizada para cálculo das prestações por outra mais adequada às mudanças
da legislação;
Elaboração de Norma de Execução (ou outro ato apropriado) com procedimentos para o correto cálculo,
cobrança e emissão de certidão para liberação de cláusula resolutiva;
Identificação dos servidores responsáveis pela cobrança em todo Brasil, afim de capacitá-los. Dentre
outras.
72
Todas as ações foram um desafio, mas o principal era a substituição do programa utilizado para cálculo
das prestações dos títulos por outro que minimamente nos desse, além de maior confiabilidade e agilidade no
atendimento aos beneficiários, algum controle sobre a arrecadação.
Enquanto aguardamos a solução de informática definitiva para cálculo e cobrança dos títulos, presente
no Plano Diretor de TI da autarquia desde 2013, partimos para uma solução tecnológica emergencial,
desenvolvida na própria DAF, que ficou pronta e operacional em poucos meses, o sistema TDCalc – Sistema para
Cálculo e Cobrança de Títulos de Domínio.
Paralelamente ao desenvolvimento e disponibilização desse sistema, outros desafios foram
enfrentados e alguns resultados já são passíveis de mensuração:
Quadro 10 – Arrecadação via GRU simples registrada no SIAFI - Período: Jan/2004 - Fev/2018
Destaca-se que que os referidos códigos de recolhimento são ligados à UG do Incra sede, sendo que a
identificação da UG responsável pela emissão/cobrança do título foi possível apenas com esse cruzamento.
Dentre os desafios encontrados, necessária era a estimativa dos esforços necessários à cobrança,
minimamente dos títulos emitidos a partir de 2011. Para tanto, realizamos uma projeção tendo como base a
média de 17 prestações (GRUs) por título emitido.
73
Projeção de vencimento de parcelas de títulos de domínio com base nos títulos emitidos a partir de 2011:
74
Gráfico 10- Arrecadação de Títulos de Domínio - 2018
Fonte: TDCalc
Além da identificação dos servidores responsáveis pela cobrança em cada SR, foi possível realizar a
capacitação de 30 servidores das 31 Unidades Gestoras. A capacitação foi realizada em Brasília entre os dias 05
e 06/08/2018.
75
6.2- Gestão de pessoas
Quantidade de Período de
Avaliação Público
servidores realização
76
Edição de Decreto conforme disposto no parágrafo único do art. 9º da Lei 11.090/05 e no § 2º do art. 3º
da lei 10.550/02
Convém destacar ainda que, ao longo de 2018, foram publicadas 27 matérias na Incranet sobre a
temática da capacitação, elencamos a seguir as matérias divulgando cursos ofertados por Escolas de Governos:
TCU OFERECE CURSOS DE CAPACITAÇÃO ONLINE – 20/02/2018
ENAP DISPONIBILIZA CURSOS SEM TUTORIA DE FORMA PERMANENTE - 02/04/2018
CGU OFERECE CAPACITAÇÃO SOBRE COMISSÕES DE ÉTICA – 28/06/2018
ESAF LANÇA CURSO ONLINE DE PREPARAÇÃO PARA APOSENTADORIA - 29/06/2018
ENAP OFERECE CURSOS ON LINE COM INÍCIO IMEDIATO - 28/11/2018
Por fim, ressalta-se o projeto “Incra Capacita” que visa dar publicidade através da rede interna do
INCRA – Incranet, à produção intelectual (dissertação e tese) dos servidores que concluíram o mestrado e
doutorado. Nessas matérias o servidor é convidado a responder perguntas visando a falar da importância e da
aplicabilidade dos seus estudos frente aos desafios e atribuições do Incra.
Matérias de 2018:
SERVIDORA CONCLUI MESTRADO COM DISSERTAÇÃO SOBRE O PRONERA – 12/03/2018
SERVIDOR DO PARANÁ CONCLUIU MESTRADO EM AGROECOLOGIA E DESENVOLVIMENTO RURAL
SUSTENTÁVEL – 13/04/2018
SUPERINTENDÊNCIA EM SC TEM NOVO MESTRE – 28/05/2018
GEÓGRAFO DO AMAPÁ CONCLUI DOUTORADO -27/09/2018
77
SERVIDOR DE MG CONCLUI MESTRADO COM DISSERTAÇÃO SOBRE DIREITO DE ACESSO À
INFORMAÇÃO PÚBLICA – 19/11/2018
79
6.3- Gestão de licitações e contratos:
6.3.2- Detalhamento dos gastos das contratações por finalidade e especificação dos tipos de serviços
contratados para o funcionamento administrativo
80
MATERIAIS DE CONSUMO
Em relação às despesas com materiais de consumo, subdividimos em grupos para melhor expor a
finalidade dos gastos, desprende-se que 43% das aquisições foram destinadas à materiais de expedientes e
gêneros alimentícios.
81
OUTROS SERVIÇOS DE TERCEIROS – PESSOA FÍSICA
LOCAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA
Em relação às despesas com locação de mão-de-obra terceirizada, subdividimos em grupos para
melhor expor a finalidade dos gastos, destacamos que 45% destes gastos foram destinados à contratação de
serviços de apoio administrativo (secretarias, tec. secretariado, office-boy, continuo, recepcionista, etc.) e o
segundo maior destino dos gastos correspondem à despesa de vigilância ostensiva, nas unidades do Incra em
todo o país.
82
Gráfico 13- Locação de Mão-de-obra
83
Gráfico 14- Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica
84
Gráfico 15- Serviços de TIC - PJ
85
Gráfico 16- Obrigações Tributárias e Contributivas
SENTENÇAS JUDICIAIS
Sentenças judiciais de pequeno valor, na ND 339091, correspondem ao montante de R$ 8.486,19 (oito
mil quatrocentos e oitenta e seis reais e dezenove centavos), conforme Tesouro Gerencial.
INDENIZAÇÕES E RESTITUIÇÕES
Conforme Tesouro Gerencial, as despesas dessa ND, são apenas gastos com pessoal que não guardam
relação com licitação e contratos.
OUTROS SERV.TERCEIROS-PES.JURID-OP.INTRA-ORC
Trata-se de despesas com outros entes públicos, dessa forma são operações Intra-orçamentárias,
nestas destacam-se despesas de assinatura de periódicos Serviços de Comunicação e Publicidade Legal, à
exemplo da IMPRENSA NACIONAL e EMPRESA BRASILEIRA DE COMUNICAÇÃO - EBC.
86
Gráfico 17- Despesas com outros entes públicos
OBRIG.TRIBUT.E CONTRIB-OP.INTRA-ORCAMENTARIAS
Trata de taxas diversas pagas à Órgãos ou entidades da Administração Publica, no montante de
R$ 2.621,74 (dois mil seiscentos e vinte e um reais e setenta e quatro centavos).
87
Gráfico 18- Equipamentos e Material Permanente
Por fim, tratamos das informações acerca dos gastos com Passagens Aéreas Nacionais e Internacionais
no Exercício de 2018:
Tratam de despesas empenhadas nas Naturezas de Despesa 3.3.90.33.01 (no país) e 3.3.90.33.02 (no
exterior)
88
SR-06/MG 134.921,18 134.921,18
SR-01/PA 276.968,37 276.968,37
SR-08/SP 283.814,22 53,4 283.867,62
SR-05/BA 307.842,59 307.842,59
SR-15/AM 311.595,33 311.595,33
SR-14/AC 348.945,52 348.945,52
SR-17/RO 521.695,60 95.240,00 616.935,60
SEDE 2.358.398,75 386.337,84 2.744.736,59
Totais (R$) 5.166.168,31 481.700,06 5.647.868,37
Fonte: Tesouro Gerencial
6.3.3- Contratações mais relevantes, sua associação aos objetivos estratégicos e justificativas para essas
contratações
Prestação de Serviços de Vigilância: a contratação dos serviços de vigilância faz-se necessária para
garantir a segurança dos servidores e do público em geral, bem como a segurança das instalações do Incra, não
permitindo a depredação, violação, apropriação indébita, furto e outras ações que redundem em danos ao
patrimônio. O Incra não dispõe de pessoal em seu quadro para prestação desses serviços. O Decreto nº 2.271/97
e a IN/SEGES/MP nº 05/2017 disciplinam a contratação e a execução indireta dos serviços de vigilância, cuja
categoria não mais ingressará via concurso público na Administração Pública Federal.
Prestação de Serviços de Limpeza e Conservação: essencial para garantir a manutenção da
limpeza, higienização e conservação das dependências do INCRA, bem como seus bens móveis; garantindo
assim condições de salubridade, funcionalidade, higiene e conforto para seus servidores, colaboradores e
público usuário.
Prestação de Serviços de Manutenção e Conservação de Bens Imóveis: a necessidade de contratar
uma empresa do ramo de manutenção predial deve-se à existência de instalações e equipamentos em operação
nas dependências do INCRA, que exigem conhecimentos técnicos especializados em engenharia e manutenção
89
predial, de forma a garantir seu perfeito funcionamento. Entre estes sistemas, têm-se as instalações prediais
civis, elétricas, hidráulicas, sanitárias, de proteção e combate a incêndio, de proteção contra descargas
atmosféricas e outras no mesmo nível de complexidade, que devem ser inspecionadas periodicamente para
garantir segurança e conforto aos usuários, mantendo adequado padrão operacional.
6.3.4- Contratações diretas: participação nos processos de contratação, principais tipos e justificativas para
realização
Classificadas como Contratações Diretas, são aquelas que por algum fator não foram objeto de
certame licitatório, ou seja, não houve uma concorrência pública, as hipóteses para dispensa e inexigibilidade
de licitação estão definidas na Lei nº. 8.666/93.
A dispensa de licitação está prevista no art. 24 da Lei 8.666/93. É a possibilidade que uma
administração tem de celebrar um contrato sem passar por uma licitação, mas suas hipóteses são bastante
restritivas. Só deve ser utilizada em casos em que a licitação for menos vantajosa para a Administração Pública,
como por exemplo, quando o processo se demonstrar mais oneroso, ou os prazos não forem suficientes para a
aquisição do produto ou serviço. Limita-se a compras de baixo custo, situações de emergência e calamidade
públicas, além da aquisição ou aluguel de imóvel.
A inexigibilidade de licitação se caracteriza pela impossibilidade de competição. Está determinada no
art. 25 da Lei de Licitações e Contratos. Essa inviabilidade pode ser tanto pela exclusividade do objeto a ser
contratado, como pela falta de empresas concorrentes. O mais comum é quando existe apenas um fornecedor
para determinada demanda.
90
373058 SR-16 0 4
373082 SR-17 0 5
373047 SR-18 13 7
373046 SR-19 1 6
373057 SR-20 11 3
373039 SR-21 4 5
373051 SR-22 24 4
373052 SR-23 10 2
373044 SR-24 4 5
373029 SR-25 1 3
373085 SR-26 4 2
133080 SR-27 8 6
133088 SR-28 6 1
373050 SR-29 8 4
373032 SR-30 25 3
FONTE: SIASGNET (08/03/2019)
12 11 11
10 9 9
8
8 7 7 7 7
6 6 6
6 5 5 5 5 5
4 4 4
4 3 3 3
2 2
2 1 1 1 1 1 1
*As informações de Dispensa e Inexigibilidade do Incra, foram obtidas por intermédio do SIASGNet, uma vez que não
possuímos outro mecanismo de Controle dessas informações. Cada Regional atua de forma independente quanto às
compras, dentro da sua instância de governabilidade, não havendo a centralização dessas informações. Quando
estas passarem a constar do Plano Anual de Compras e cadastradas no PGC, do próprio SiasgNet, em cumprimento à IN
n. 1/2019/SGME.
91
6.3.5- Principais desafios e ações futuras
92
Quadro 24 – Locação de Imóveis e Equipamentos
UF SR’S e UA’s IMÓVEL DESPESA ANUAL (R$)
AC SR-14/AC Sede Própria 0,00
AC UA/Alto Purus - Sena Mad Sede Própria 0,00
AC UA/Alto Juruá - Cruzeiro d Sede Própria 0,00
AL SR-22/AL Cedido/SPU 0,00
AM SR-15/AM Sede Própria 0,00
AM UA/Boca do Acre Sede Própria 0,00
AM UA/Humaitá Sede Própria 0,00
AM UA/M. Madeira Sede Própria 0,00
AP SR-21/AP Sede Própria 0,00
BA SR-05/BA Sede Própria 0,00
CE SR-02/CE Sede Própria 0,00
DF SR-28/DFE Sede Própria 0,00
DF SEDE/BRASILIA-DF Sede Própria 0,00
ES SR-20/ES Sede Própria 0,00
GO SR-04/GO Sede Própria 0,00
MA SR-12/MA Sede Própria 0,00
MA UA/Imperatriz Sede Própria 0,00
MA UA/Bacabal Sede Própria 0,00
MA UA/V. Pindaré Sede Própria 0,00
MA U.A/Barra do Corda Sede Própria 0,00
MG SR-06/MG Sede Própria 0,00
MS UA/Corumbá Sede Própria 0,00
MS UA/Jardim Sede Própria 0,00
MS UA/Dourados Sede Própria 0,00
MT SR-13/MT Sede Própria 0,00
MT UA/Peixoto de Azevedo Sede Própria 0,00
MT UA/Cárceres Sede Própria 0,00
MT UA/V. Araguaia Sede Própria 0,00
MT UA/V.Guaporé Sede Própria 0,00
MT UA/Norte Mato Grosso Sede Própria 0,00
MT UA/Diamantino Sede Própria 0,00
PA SR-01/PA Sede Própria 0,00
PA UA/Paragominas Sede Própria 0,00
PA UA/Capitão do Poço Sede Própria 0,00
PA UA/Tomé Açu Sede Própria 0,00
PA SR-27/MBA Sede Própria 0,00
PA UA/Tucuruí Sede Própria 0,00
PA UA/Conceição do Aragu. Sede Própria 0,00
PA UA/ São G. do Araguaia Sede Própria 0,00
PA UA/Xingu Sede Própria 0,00
PA SR-30/STM Sede Própria 0,00
PA UA/Monte Alegre Sede Própria 0,00
PA UA Cachimbo Sede Própria 0,00
PA UA.Itaituba Sede Própria 0,00
PB SR-18/PB Sede Própria 0,00
PE SR-03/PE Sede Própria 0,00
PE SR-29/MSF Sede Própria 0,00
PI SR-24/PI Sede Própria 0,00
PR SR-09/PR Sede Própria 0,00
PR UA/Paraná Sede Própria 0,00
RJ SR-07/RJ Cedido/SPU 0,00
RN SR-19/RN Sede Própria 0,00
RO SR-17/RO Sede Própria 0,00
RO UA/Jaru Ouro Preto Sede Própria 0,00
93
RO UA/Corumbiara - Pimenta Sede Própria 0,00
RO UA/Guajará-Mirim Sede Própria 0,00
RS SR-11/RS Sede Própria 0,00
SC SR-10/SC Sede Própria 0,00
SC UA/Chapecó Sede Própria 0,00
SE SR-23/SE Sede Própria 0,00
SP SR-08/SP Sede Própria 0,00
TO SR-26/TO Sede Própria 0,00
TO UA/Gurupi Sede Própria 0,00
TO UA/Araguatins Sede Própria 0,00
TO UA/Araguaina Sede Própria 0,00
PA UA/Altamira / Anapú Alugada 214.800,00
RR SR-25/RR Alugada 559.143,00
MS SR-16/MS Alugada 1.188.000,00
TOTAL DESPESAS ANO (R$) 1.961.943,00
FONTE: DAA-4 (08/03/2019)
14
12
10
0
AC AL AM AP BA CE DF ES GO MA MG MS MT PA PB PE PI PR RJ RN RO RR RS SC SE SP TO
94
6.4.5- Mudanças e desmobilizações relevantes
SR (19) – Foi inaugurada nova Sede/Própria.
Custeio
Os recursos de custeio foram utilizados em contratos de TI vigentes na Sede e nas Superintendências
Regionais (SRs). São de caráter continuado e envolvem atividades como a rede MPLS de comunicação de dados
e Internet, de âmbito nacional, sustentação de redes locais, suporte a usuários, manutenção de equipamentos
e instalações, manutenção de sistemas, além de concessão de diárias a servidores da área de TI. A Sede utilizou
R$ 10.138.319,45 (dez milhões, cento e trinta e oito mil, trezentos e dezenove reais e quarenta e cinco centavos),
correspondente a 70% da dotação, e o restante - R$ 4.337.109,55 (quatro milhões, trezentos e trinta e sete mil,
cento e nove reais e cinquenta e cinco centavos) foram descentralizados para as SRs, as quais são responsáveis
pela gestão dos recursos.
Ao longo de 2018, foram assinados quatro novos contratos de caráter continuado no âmbito da Sede,
classificados como custeio:
95
46.300/2018 23/07/2018 CENTRAL IT Planejamento, implantação 54000.000915/2017-09
e execução de serviços de
atendimento a usuários de
TI em âmbito nacional –
níveis 1, 2 e 3
46.700/2018 24/08/2018 LINK DATA Desenvolvimento e 54000.000322/2016-53
manutenção do Sistema de
Patrimônio e Almoxarifado
O contrato de outsourcing de impressão (Ziuleo) substituiu o antigo contrato que existia na Sede, para
impressão corporativa, cuja natureza de despesa era “locação de equipamentos”. O CRT 46.100/2018 tem
abrangência nacional (Sede/SRs), e está de acordo com orientação do Ministério do Planejamento para adotar
outsourcing de impressão em vez de locação. Desta forma, o pagamento é realizado com base no volume
efetivamente impresso em cada órgão, com franquia mínima mensal. O contrato foi implantado inicialmente na
Sede, e nas SRs a implantação é gradativa, uma vez que muitas delas têm contratos similares vigentes, assim a
migração para o contrato nacional será feita à medida que os contratos locais expirarem.
O CRT firmado com a Central IT – nº 46.300/2018 também tem abrangência nacional, tendo por objeto
atender os usuários mediante central de atendimento (nível 1), de forma presencial (nível 2), ou serviços de
sustentação da infraestrutura de Rede (nível 3). Foi implantado inicialmente na Sede e nas SRs que estavam sem
contrato de suporte, mas da mesma forma, algumas SRs que tinham contrato em vigor só migrarão para o
contrato nacional após expirar a vigência dos atuais contratos.
O contrato firmado com a empresa Eficácia (fábrica de métricas) visa apoiar a gestão no âmbito da
Divisão de Desenvolvimento e Manutenção de Sistemas (DET-1).
O CRT 46.700/2018 (assinado pela Link Data), por sua vez, supre a necessidade de manutenção e
suporte técnico ao Sistema de Patrimônio e Almoxarifado, o qual vinha apresentando problemas e não contava
com assistência do fabricante até a assinatura do contrato.
Capital
Dos recursos de capital, a Sede ficou com 72,5%, ou seja R$ 5.876.581,00 (cinco milhões, oitocentos
setenta e seis mil, quinhentos e oitenta e um reais) e 27,5% - R$ 2.239.956,00 (dois milhões, duzentos trinta e
nove mil, novecentos e cinquenta e seis reais) foram descentralizados para as SRs para aquisição de
equipamentos diversos, destacando-se a aquisição pela SR-08/SP de 412 microcomputadores portáteis
(notebooks) – processo 54000.043449/2017-48, os quais foram distribuídos para as SRs em todo o país.
Destacam-se, ainda, dois contratos celebrados pela Sede: o CRT nº 573/2018, assinado no final de
outubro com a empresa ISH Tecnologia S/A - processo 54000.001759/2017-95, para fornecimento de novos
switches, inclusive o switch core da Rede Incra, os quais vão substituir os antigos switches instalados no Ed.
Palácio do Desenvolvimento que estavam sem garantia de manutenção. Entretanto, como a licitação foi
conduzida e concluída sem a prévia manifestação técnica da DET-2, os equipamentos ofertados pela empresa
vencedora estão em análise de adequabilidade ao ambiente da sala-cofre do Incra.
Já quanto ao contrato CRT 46.800/2018, assinado pelo Incra e pela empresa Brasoftware Informática
Ltda – processo 54000.120963/2018-95, trata-se de aquisição e renovação de licenças perpétuas Microsoft –
SQL Server e System Center. O acordado prevê o desembolso pelo Incra em 3 (três) parcelas anuais, sendo a de
2018 efetuada e as vindouras programadas para 2019 e 2020.
Restos a pagar
Devido a dificuldades funcionais do Sistema SEI, os restos a pagar de 2018 afetos à DE/DET foram
encaminhados à Diretoria de Gestão Administrativa (DA), no dia 4/1/2019, por meio de Memorando DET nº
96
02/2019, o qual, após digitalizado, foi inserido no processo SEI nº 54000.156642/2018-29 – documento nº
(2527540), tendo como valores:
a) R$ 7.288.744,13 (sete milhões, duzentos e oitenta e oito mil, setecentos quarenta e quatro reais e
treze centavos), referente aos saldos de empenho dos contratos que não foram pagos ou apropriados em 2018;
b) Outros R$ 3.482.774,91 (três milhões, quatrocentos oitenta e dois mil, setecentos quarenta e quatro
reais, noventa e um centavos) correspondem a restos a pagar de exercícios anteriores a 2018, a maioria
referente ao contrato de “fábrica de software” - CRT 32.300/2013.
c) Total geral: R$ 7.288.744,13 + R$ 3.482.774,91 = R$ 10.771.519,04 (dez milhões, setecentos setenta
e um mil, quinhentos e dezenove reais e quatro centavos).
6.5.5- Principais iniciativas (sistemas e projetos) e resultados na área de TI por cadeia de valor;
Unificação do domínio do Incra: redes locais sob gestão e ingerência dos “gestores” de TIC das
Superintendências Regionais foram migrados para o domínio do Incra Sede, que doravante exercerá controle
efetivo sobre uso dos recursos de TIC, controle de programas e softwares utilizados, análise dos tráfegos de
dados e otimização para melhorar os serviços nas unidades de ponta da Autarquia. Projeto iniciado sob a gestão
da DET-2, executado pela Central IT.
Padronização tecnológica e Regularização de soluções em uso pelo Incra: aquisição de licenças de SGBD
SQL Server e System Center, da Microsoft, com a finalidade de uniformizar a arquitetura tecnológica, padronizar
a infraestrutura e rede e simplificar a gestão dos ativos de TIC sob gestão da DET.
97
Até o corrente ano não dispõe o Incra de solução corporativa de antivirus, AntiSpam e antimalwares,
sendo a última realizada em 2017. A insuficiência orçamentária e de pessoas acabam por limitar as ações de
aquisição de solução robusta e efetiva para proteger a rede corporativa da Autarquia, que apresenta alcance
nacional e capilaridade por todo o território brasileiro. Assim sendo, se mostra notória a necessidade de
implantação de solução de segurança da rede do Incra.
Em tempo, alerta-se para a vulnerabilidade quanto ao controle de acessos à rede Incra, caracterizando
com isso risco iminente a invasões, furtos de dados, sabotagens de ativos e sistemas, etc. Entretanto, não houve
priorização quanto à manutenção e atualização de ferramentas de segurança e controles de acesso para a rede
e para as instalações físicas do Incra e suas Unidades.
Por fim, cautela e atenção se fazem necessário quanto aos ativos de TIC. Ativos de rede como o switch
core e o dispositivo de armazenamento de arquivos (storage) estão operam além de sua capacidade, com risco
iminente de colapso e perda irreversível de informações históricas e estratégicas da Autarquia. Situação esta já
alertada pela área de TI á direção da autarquia.
“O Sistema de Informações de Custos do Governo Federal - SIC - é um banco de dados que se utiliza da extração
de dados dos sistemas estruturantes da administração pública federal, tal como SIAPE, SIAFI e SIGPlan, para a geração de
informações para subsidiar decisões governamentais e organizacionais que conduzam à alocação mais eficiente do gasto
público. ”
98
6.7- Sustentabilidade ambiental
99
7 - DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Declaração da Contadora Responsável Substituta,
Danielle Silva
A Coordenação Geral de Contabilidade – (DAC) , de acordo com a PORTARIA N° 338, DE 9 DE MARÇO
DE 2018 de 09/03/2018, publicado no D.O.U de 13/03/2018
(http://www.incra.gov.br/sites/default/files/regimento_interno_incra_2018_versao_atualizada.pdf), compõe
a estrutura da Diretoria de Gestão Administrativa – (DA) – do Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária – (INCRA) do Ministério da Agricultura e Abastecimento (MAPA), que conforme o artigo 42 do Regimento
Interno exerce a competência de coordenar e supervisionar a execução da contabilidade do INCRA.
O escopo desta declaração leva em conta as demonstrações contábeis consolidadas do INCRA, tendo
como base as seguintes unidades administrativas:
INCRA - SEDE
Superintendências Regionais
Unidades Avançadas
A conformidade contábil das demonstrações contábeis é realizada pela Coordenação-Geral de
Contabilidade - DAC, de acordo com os procedimentos descritos no Manual SIAFI. Este é um processo que visa
assegurar a integridade, fidedignidade e a confiabilidade das informações constantes no SIAFI – Sistema
Integrado de Administração Financeira, onde são executados os atos e fatos da gestão orçamentária, financeira
e patrimonial.
Ressalvas
Até o momento inexiste rotina contábil para o registro da diferença entre o valor contabilizado dos
ativos imobilizados e o valor da titulação.
Foi constatado que algumas Superintendências Regionais utilizaram códigos de recolhimento diversos
(28874-8,28858-6, 18817-4, 18822-0, 18816-6, 48807-0, 28852-7, 28830-6, 98814-6, 28868-3, 18806-
9, 10790-5, 10789-1 e 10788-3), em diversas Unidades Gestoras. Com base nas informações extraídas
no SISGRU desde 2004.
100
Sem prejuízo do fornecimento das informações de responsabilidade das áreas finalísticas, estimamos
que a partir de 2019 seja possível realizar, ainda que parcialmente o ajuste contábil dos saldos das
contas de títulos a receber, à medida que a conciliação dos dados retroativos avança, obviamente após
a extração de relatórios, definição de rotina e eventos contábeis necessários, dentre outros trabalhos
em curso;
O saldo das contas representativas de créditos concedidos e títulos a receber de parceleiros, imóveis
destinados à reforma agrária e objetos de regularização fundiária necessitam de atualização e revisão
constante, à medida em que as áreas são disponibilizadas pelas áreas finalísticas, motivo pelo qual o
saldo contábil não representa ao final exercício seu montante atualizado.
Avanços
Cabe ressaltar que no exercício de 2018 tivemos avanços substanciais na qualidade das informações
contábeis do INCRA, dentre elas destacamos as seguintes:
Implantação do sistema TDCalc para emissão de GRU destinada a cobrança de títulos dos parceleiros e
capacitação dos servidores da Regionais;
Inclusão de 97% dos imóveis rurais destinados à reforma agrária no SPIUnet e no SIAFI;
Utilização do Sistema E-tce/TCU para todas as Tomada de Contas instauradas a partir de 2018;
Declaração
101
102
103
DEMONSTRAÇÕES DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS
INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZACAO E REFORMA AGRARIA
20101 - PRESIDENCIA DA REPUBLICA
2018
R$ 1
VARIAÇÕES PATRIMONIAIS QUANTITATIVAS
2018 2017
VARIAÇÕES PATRIMONIAIS AUMENTATIVAS 267.543.806.408,28 42.147.652.083,04
Im postos, Taxas e Contribuições de Melhoria 53.402.875,79 67.022.475,68
Taxas 53.402.875,79 67.022.475,68
Contribuições 1.657.284.594,46 1.478.121.269,77
Contribuições Sociais 1.645.381.408,40 1.461.849.838,84
Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico 11.903.186,06 16.271.430,93
Exploração e Venda de Bens, Serviços e Direitos 23.456,31 31.973,85
Exploração de Bens, Direitos e Prestação de Serviços 23.456,31 31.973,85
Variações Patrim oniais Aum entativas Financeiras 8.830.986,02 18.057.596,24
Juros e Encargos de Empréstimos e Financiamentos Concedidos 414.007,56 -
Juros e Encargos de Mora 8.378.418,43 14.959.752,69
Variações Monetárias e Cambiais 38.560,03 -
Remuneração de Depósitos Bancários e Aplicações Financeiras - 3.097.843,55
Transferências e Delegações Recebidas 4.794.389.737,55 4.085.625.873,34
Transf erências Intragovernamentais 4.734.949.722,21 4.075.860.287,77
Outras Transf erências e Delegações Recebidas 59.440.015,34 9.765.585,57
Valorização e Ganhos c/ Ativos e Desincorporação de Passivos 258.488.590.111,84 36.286.004.299,66
Reavaliação de Ativos 17.834.405.981,38 27.903.384.094,02
Ganhos com Incorporação de Ativos 240.647.854.616,10 7.867.314.765,35
Ganhos com Desincorporação de Passivos 6.329.514,36 515.305.440,29
Outras Variações Patrim oniais Aum entativas 2.541.284.646,31 212.788.594,50
Variação Patrimonial Aumentativa a Classif icar 16.166.714,90 23.747.155,91
Reversão de Provisões e Ajustes para Perdas 2.500.000.000,00 -
Diversas Variações Patrimoniais Aumentativas 25.117.931,41 189.041.438,59
A variação positiva na conta “412110100 - TAXA PELO EXERCÍCIO DO PODER DE POLÍCIA, refere-se aos
registros de arrecadações do tipo de TAXAS DE SERV.CADASTRAIS que é uma receita decorrente de taxa cobrada
pelo INCRA pelo fornecimento do CERTIFICADO DE CADASTRO DOS IMÓVEIS RURAIS.
105
106
107
Balanço Orçamentário apresenta as receitas e as despesas previstas, em confronto com as realizadas, apurando
a diferença entre elas. De acordo com a Lei nº 4.320/1964, as receitas orçamentárias são aquelas efetivamente
arrecadadas.
Do Balanço Orçamentário, em relação às Despesas do INCRA podemos destacar o seguinte:
Fonte: SIAFI/2018
Comparando o total entre as despesas, verificamos que as Correntes representam 74,41% do total na análise
do 4º trimestre.
Despesas Correntes
Segundo o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP), classificam-se nessa categoria, todas as
despesas que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital.
No gráfico a seguir, é apresentada a Despesa Corrente por Grupo de Natureza da Despesa
Gráfico 25- Por Grupo de Natureza da Despesa – Despesas Correntes (Análise Vertical)
Fonte: SIAFI/2018
108
remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria,
reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza,
bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência, conforme
estabelece o caput do art. 18, da Lei Complementar no 101, de 2000.
Despesas de Capital
As Despesas de Capital são aquelas despesas que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de
um bem de capital.
No gráfico a seguir, é apresentado o percentual da Despesa de Capital por Grupo de Natureza da Despesa.
Fonte: SIAFI/2018
Do total da Despesa de Capital, 10,86% representa Investimentos, que são despesas orçamentárias
com softwares e com o planejamento e a execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados
necessários à realização destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente.
Receita Orçamentária
O Balanço Orçamentário apresenta as receitas e despesas previstas, em confronto com as realizadas,
apurando a diferença entre elas. De acordo com a Lei nº 4.320/1964, as receitas orçamentárias são aquelas
efetivamente arrecadadas.
Do Balanço Orçamentário, em relação as Receitas do INCRA podemos destacar o seguinte:
109
Comparando o total entre as receitas, verificamos que as Correntes representam 98,50% do total na
análise do 4º trimestre.
Receitas Correntes
Segundo o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP), as Receitas Orçamentárias
Correntes são arrecadadas dentro do exercício financeiro, aumentam as disponibilidades financeiras do Estado
e constituem instrumento para financiar os objetivos definidos nos programas e ações orçamentários, com vistas
a satisfazer finalidades públicas. Classificam-se como correntes, as receitas provenientes de tributos; de
contribuições; da exploração do patrimônio estatal (Patrimonial); da exploração de atividades econômicas
(Agropecuária, Industrial e de Serviços); de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público
ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes (Transferências
Correntes); por fim, demais receitas que não se enquadram nos itens anteriores, nem no conceito de receita de
capital (Outras Receitas Correntes).
No gráfico a seguir, é apresentado o percentual por cada tipo de Receitas Correntes Arrecadadas
Receitas de Capital
As Receitas Orçamentárias de Capital são arrecadadas dentro do exercício financeiro, aumentam as
disponibilidades financeiras do Estado e são instrumentos de financiamento dos programas e ações
orçamentários, a fim de se atingirem as finalidades públicas. Porém, de forma diversa das receitas correntes, as
receitas de capital em geral não provocam efeito sobre o patrimônio líquido. Receitas de Capital são as
provenientes tanto da realização de recursos financeiros, oriundos da constituição de dívidas e da conversão,
em espécie, de bens e direitos, quanto de recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado e
destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital.
110
No gráfico a seguir, é apresentado o percentual por cada tipo de Receitas de Capital Arrecadadas:
Do total da Receita de Capital, 0,90% representa as Receitas de Alienação de Bens, que o são ingressos
financeiros com origem específica na classificação orçamentária da receita, proveniente da alienação de bens
móveis, imóveis ou intangíveis de propriedade do ente público.
111
BALANÇO FINANCEIRO
22201 - INSTIT. NAC. DE COLONIZACAO E REFORMA AGRARIA - AUTARQUIA
20101 - PRESIDENCIA DA REPUBLICA
2018
R$ 1,00
INGRESSOS DISPÊNDIOS
112
113
7.2- Notas explicativas
A seguir relacionamos algumas considerações sobre o Balanço Patrimonial, Balanço Orçamentário e
Demonstrações das Variações Patrimoniais do INCRA do exercício findo em 31/12/2018, onde procuramos trazer à
luz informações adicionais que facilitem o entendimento da evolução patrimonial e financeira pelos gestores da
Autarquia, instâncias de controle interno e externo, bem assim a sociedade em geral, em especial os beneficiários
da Reforma Agrária.
Balanço Patrimonial
Ativo Circulante e Não Circulante
Ajustes na UG/GESTÃO: 133087/37201 – Crédito Instalação - INCRA/MDA
Os beneficiários do Programa Nacional de Reforma Agrária (PNRA) têm à disposição linhas de crédito que
permitem a instalação no assentamento e o desenvolvimento de atividades produtivas nos lotes.
A partir das informações prestadas pelo setor competente, foi realizada a transferência entre a conta
contábil 1.2.1.1.1.03.01 - Empréstimos Concedidos a Receber para a conta contábil 1.1.2.4.1.01.00 Empréstimos
Concedidos a Receber, o montante de R$ 33.700.764,82, como estimativa de recebimentos a curto prazo no
exercício de 2018.
114
Realizou-se ainda o registro na conta contábil 1.1.2.9.1.04.01 – Perda Estimada em Crédito Empréstimos
Concedidos no montante de R$ 354.488,98, referente a ajuste para perdas estimadas pelo não recebimento de tais
créditos, amparado no Decreto 8.256, de 26 de maio de 2014, que estabelece um desconto de pontualidade nos
pagamentos efetuados pelos beneficiários da reforma agrária, cujo percentual varia entre 80% e 90% dependendo
da modalidade de crédito concedida.
Ativo Circulante
Bens Móveis e Imóveis
Ao final dos exercícios de 2017 e 2018, o saldo das contas de Bens Móveis e de Imóveis da Autarquia
possui a seguinte configuração:
Em relação ao Bens Móveis, a variação positiva ocorreu dentro dos patamares de normalidade, se
considerado a limitação os recursos orçamentários e financeiros disponíveis para sua aquisição, deduzidos,
obviamente de eventuais baixas por doação, alienação, dentre outras.
O INCRA também possui em seu Balanço Patrimonial imóveis registrados em seu Imobilizado, cuja
classificação varia de acordo com sua utilização, podendo ser, por exemplo, de natureza dominial ou especial.
“Bens de uso especial”: compreendem os bens, tais como edifícios ou terrenos, destinados a serviço
ou estabelecimento da administração federal, estadual ou municipal, inclusive os de suas autarquias e
fundações públicas, como imóveis residenciais, terrenos, glebas, aquartelamento, aeroportos, açudes, fazendas,
museus, hospitais, hotéis dentre outros.
Bens dominiais: compreendem os bens que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito
público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Compreende ainda, não
dispondo a lei em contrário, os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado
estrutura de direito privado, como apartamentos, armazéns, casas, glebas, terrenos, lojas, bens destinados a
reforma agrária, dentre outros.
Bens de uso comum do povo: podem ser entendidos como os de domínio público, construídos ou não
por pessoas jurídicas de direito público.
Bens imóveis em andamento: compreendem os valores de bens imóveis em andamento, ainda não
concluídos. Exemplos: obras em andamento, estudos e projetos (que englobem limpeza do terreno, serviços
topográficos etc.), benfeitoria em propriedade de terceiros, dentre outros.
Demais bens imóveis: compreendem os demais bens imóveis não classificados anteriormente.
Exemplo: bens imóveis locados para terceiros, imóveis em poder de terceiros, dentre outros bens. ”
115
O registro contábil dos imóveis registrados no SPIUnet, inclusive dos Bens Dominiais (situação dos
imóveis do INCRA adquiridos para fins de Reforma Agrária), é gerado automaticamente no SIAFI. No caso de
reavaliação, a diferença apurada é lançada no SPIUnet e refletida no SIAFI.
Nos meses de abril e maio de 2018, atendendo a uma determinação da CCONT/STN, SPU e Casa Civil,
os imóveis não inclusos no SPIUnet até então, foram registrados no SIAFI pelo valor global nas unidades gestoras
das respectivas Superintendências Regionais. A conta contábil utilizada foi a informada pela CCONT/STN, qual
seja: 1.2.3.2.1.0.4.2.1 - Imóveis a Registrar Destinados a Reforma Agrária.
Ao final de 2018, cerca de 97% dos imóveis destinados à reforma agrária já haviam sido inclusos no
SPIUnet, portanto, o registro global realizado nos meses de abril/maio foi estornado quase em sua totalidade,
com exceção das seguintes localidades: SR-07/RJ, SR-13/MT, SR-14/AC, SR-21/AP, SR-26/TO, SR-27/Marabá e
SR-30/Santarém, que ainda possuem imóveis pendentes de inserção no referido sistema.
Vale ressaltar que novamente por decisão da CCONT/STN e Casa Civil, a primeira realizou em janeiro
de 2019 a baixa do registro dos imóveis lançados globalmente daquelas Superintendências Regionais que ainda
não tinham ajustado o saldo no SIAFI, retroativamente a 31/12/2018, evitando deste modo a permanência de
saldos duplicados.
Quanto aos valores a serem baixados, ficou definido que no caso das Superintendências Regionais que
ainda não haviam lançado todos os imóveis no SPIUnet, seria efetuado pelo INCRA o cálculo do valor médio dos
imóveis na respectiva localidade e multiplicado pelos números de imóveis pendentes de inserção no SPIUnet
em 31/12/2018, cujo resultado seria o saldo a ser mantido na conta 1.2.3.2.1.0.4.2.1 – Imóveis a Registrar
destinados à Reforma Agrária. Para as demais Superintendências, o saldo da referida conta foi zerado.
Os valores ajustados pela CCONT/STN foram os constantes na última coluna (valor a baixar) da tabela
abaixo:
116
Por força da Portaria Conjunta STN/SPU nº 703/2014, a utilização do SPIUnet tornou-se compulsória
ao INCRA, dentre outros entes públicos. Esta obrigatoriedade de utilização do SPIUnet causou grande imbróglio,
uma vez que o sistema não estava devidamente adaptado à realidade desta Autarquia Agrária, inclusive gerando
reflexos contábeis dos bens dominiais em contas de bens especiais, erroneamente.
Ao detectarmos esta situação, dentre outras, comunicamos à SPU, STN e ao próprio TCU, ficando sobre
responsabilidade da primeira a regularização da situação, quando entrar em produção “o novo sistema de
gestão dos imóveis públicos federais1 (SPUnet), no âmbito do Programa de Modernização da Gestão do
Patrimônio Imobiliário da União (PMGPU), O novo sistema integrará as bases de dados existentes (Siapa,
Spiunet, CIF e Sarp) e está sendo desenvolvido em uma nova plataforma que permitirá o georreferenciamento
dos imóveis, a melhoria dos processos de gestão com utilização da inteligência geográfica e incorporará diversas
outras melhorias e inovações, inclusive no que se refere à contabilização dos bens públicos federais.”
Fonte: SIAFI
“Depreciação é a redução do valor de um bem pelo desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da
natureza ou obsolescência ao longo de sua vida útil.
Exaustão é a perda do valor, decorrente da exploração de direitos, cujo objeto sejam recursos minerais
ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração.
Vida útil econômica é o período de tempo definido ou estimado tecnicamente, durante o qual se espera
obter fluxos de benefícios futuros de um ativo.
Vida útil é o período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar o ativo ou o número de unidades
de produção ou de unidades semelhantes que a entidade espera obter pela utilização do ativo. ”
Na mesma direção, o Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público - MCASP, em sua 7ª Edição,
traz define:
1
Fonte: Acórdão TCU 1320/2017 fl.379
117
“Quando os elementos do ativo imobilizado tiverem vida útil econômica limitada, ficam sujeitos a
depreciação, amortização ou exaustão sistemática durante esse período.
No INCRA, o cálculo da depreciação dos bens móveis, usualmente é realizado mensalmente pela
Divisão de Administração de Patrimônio – DAA-4, por meio de sistema informatizado terceirizado. Após o
fechamento do mês, é emitido pela DAA-4, um relatório contendo o Resumo Financeiro Sintético, o qual é
enviado para inclusão no SIAFIweb, pela Divisão de Análise e Orientação Contábil – DAC-1, no âmbito da SEDE e
para as Divisões de Administração, no caso das Superintendências Regionais, que por sua vez remetem ao Setor
de Contabilidade que efetua o registro no SIAFI.
A Portaria Conjunta SPU/STN nº 703/2014, estabelece a forma de apuração da depreciação dos bens
imóveis da União, autarquias e fundações públicas federais. Vejamos:
“CAPÍTULO III
Da Depreciação
Art. 7º O valor depreciado dos bens imóveis da União, autarquias e fundações públicas federais, será
apurado mensal e automaticamente pelo sistema sobre o valor depreciável da acessão, utilizando-se
para tanto o Método da Parábola de Kuentzle, expressa na seguinte equação:
Kd = (n² - x²) / n², onde:
Kd = coeficiente de depreciação
n = vida útil da acessão
x = vida útil transcorrida da acessão
§1º Para fins da depreciação, a vida útil será definida com base no informado pelo laudo de avaliação
específico ou, na sua ausência, por parâmetros predefinidos pela SPU segundo a natureza e
características dos bens imóveis.
§2º Nos casos de bens reavaliados, independentemente do fundamento, a depreciação acumulada deve
ser zerada e reiniciada a partir do novo valor.
§3º O valor residual será estabelecido pela STN e comunicado à SPU. ”
118
Considerações Gerais sobre o sistema TDCALC
Arrecadação dos Títulos de Parceleiros
Até o momento inexiste rotina contábil para o registro da diferença entre o valor contabilizado dos
ativos imobilizados e o valor da titulação. Para elaboração desta rotina contábil, faz-se necessário que a área
técnica competente (Diretoria de Desenvolvimento e Diretoria de Ordenamento da Estrutura Fundiária)
disponibilize as informações necessárias a realização destes registros. Além disto, não foi verificado nenhum
registro no Balancete da Autarquia nas contas de compensação, referentes aos títulos sujeitos a condições
resolutivas.
Por outro lado, capitaneado pela Diretoria de Gestão Administrativa e mais especificamente pela
Coordenação-Geral de Orçamento e Finanças, foi realizado em 2017 um diagnóstico sobre a capacidade de
arrecadação das prestações de títulos de domínio. Para tanto, foi feito levantamento sobre o pessoal disponível
nas Superintendências Regionais atuantes nas ações de cálculo e cobrança das parcelas bem como as
ferramentas utilizadas para realização destes procedimentos, sendo constatado inexistência de padronização e
que a maioria das localidades utilizava para cálculo dos títulos a receber um aplicativo desenvolvimento em
2004, denominado TDomínio que utilizava banco de dados em Access.
Além disto, foi constatado que algumas Superintendências Regionais utilizaram códigos de
recolhimento diversos (28874-8,28858-6, 18817-4, 18822-0, 18816-6, 48807-0, 28852-7, 28830-6, 98814-6,
28868-3, 18806-9, 10790-5, 10789-1 e 10788-3), em diversas Unidades Gestoras. Com base nas informações
extraídas no SISGRU desde 2004, foi possível realizar um cruzamento de informações (valores arrecadados,
códigos de recolhimento, entre outros) dos beneficiários cadastrados no SIPRA, utilizando-se o nº CPF como
chave.
Como resultado deste grande avanço, a ferramenta já apresenta alguns dados significativos, inclusive
com base no enorme quantitativo de dados já existentes no sistema, inclusive a emissão de mais de 2.200 (duas
mil e duzentas) GRU – Guias de Recolhimento da União (simples) diretamente pelo aplicativo em 2018.
Sem prejuízo do fornecimento das informações de responsabilidade das áreas finalísticas, estimamos
que a partir de 2019 será possível realizar, ainda que parcialmente o ajuste contábil dos saldos das contas
de títulos a receber, à medida em que a conciliação dos dados retroativos avança, obviamente após a extração
de relatórios, definição de rotina e eventos contábeis necessários, dentre outros trabalhos em curso.
A seguir inserimos um Demonstrativo da Arrecadação registrados pelo TDCalc por Unidade Gestora e
Código de Arrecadação, de 2004 a 2018, relativos aos pagamentos feitos por GRU e que foram vinculados às
prestações no TDCalc (conciliados no sistema), fornecidos pelo Coordenação-Geral de Orçamento e Finanças:
119
Serviço Público Federal
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
Diretoria de Gestão Administrativa - DA 11/01/2019 18:57:07
Coordenação Geral de Finanças - DAF
INCRA/SEDE DIVISÃO EXECUTIVA DE FINANÇAS
Demonstrativo da Arrecadação por UG/PA/Imóvel Sintético
Código Recolhimento: TODOS Ano inicial: 2004 Final: 2018 ¹
2016 3 9 4 ,8 3 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 3 9 4 ,8 3
10 7 8 9 1.2 6 3 ,9 7 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 1.2 6 3 ,9 7
18 8 0 6 4 7 9 ,6 7 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 4 7 9 ,6 7
18 8 2 2 8 4 1,2 2 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 8 4 1,2 2
18836
2015 3 4 3 ,7 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 3 4 3 ,7 0
18 8 3 6 3 4 3 ,7 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 3 4 3 ,7 0
2006 6 .5 5 3 ,3 3 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 6 .5 5 3 ,3 3
2005 14 .5 5 5 ,3 8 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 14 .5 5 5 ,3 8
2006 5 .9 5 0 ,0 1 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 5 .9 5 0 ,0 1
2007 8 .7 9 3 ,3 6 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 8 .7 9 3 ,3 6
2008 10 9 ,3 2 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 10 9 ,3 2
2013 12 5 ,9 1 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 12 5 ,9 1
2014 3 9 0 ,4 6 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 3 9 0 ,4 6
28852 3 4 .3 9 9 ,7 6 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 3 4 .3 9 9 ,7 6
28856
2004 6 2 4 ,6 6 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 6 2 4 ,6 6
2005 2 7 3 .5 4 6 ,0 7 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 2 7 3 .5 4 6 ,0 7
2006 3 12 .5 8 8 ,6 2 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 3 12 .5 8 8 ,6 2
2007 10 4 .7 3 0 ,9 9 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 10 4 .7 3 0 ,9 9
28867 2 .0 5 0 ,7 9 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 2 .0 5 0 ,7 9
2012 3 6 6 ,3 3 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 3 6 6 ,3 3
2013 6 2 2 ,3 3 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 6 2 2 ,3 3
2015 3 0 6 ,6 3 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 3 0 6 ,6 3
2016 4 .2 3 2 ,9 3 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 4 .2 3 2 ,9 3
28868 9 .0 7 9 ,3 2 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 9 .0 7 9 ,3 2
2007 2 4 4 .8 8 9 ,8 5 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 2 4 4 .8 8 9 ,8 5
2010 6 3 8 .4 4 2 ,5 1 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 6 3 8 .4 4 2 ,5 1
2011 7 8 9 .4 3 8 ,5 6 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 7 8 9 .4 3 8 ,5 6
2016 7 5 6 .6 5 5 ,8 2 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 7 5 6 .6 5 5 ,8 2
28883
2005 7 15 ,5 5 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 7 15 ,5 5
28883 7 15 ,5 5 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 7 15 ,5 5
28965
2018 9 7 ,3 9 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 9 7 ,3 9
28965 9 7 ,3 9 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 9 7 ,3 9
2015 14 4 .3 13 ,7 6 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 14 4 .3 13 ,7 6
2016 3 4 4 .2 2 4 ,3 5 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 3 4 4 .2 2 4 ,3 5
2017 5 0 8 .7 5 5 ,5 2 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 5 0 8 .7 5 5 ,5 2
2018 12 6 .5 6 0 ,4 5 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 0 ,0 0 12 6 .5 6 0 ,4 5
IMPORTANTE: São listados nesse relatório apenas os pagamentos f eitos via GRU que f oram vinculadas às prestações no TDCalc.
¹ Ano relativo ao pagamento da GRU
Passivo Não Circulante
Fornecedores e Contas a pagar
No 4º trimestre de 2018 o Órgão 22201 – INCRA apresentou um saldo de R$ 41.242.311,10
relacionados com fornecedores e contas pagar a curto prazo e um saldo zerado para fornecedores e contas a
pagar a curto prazo.
Verifica-se um aumento de 45,98% da conta Fornecedores - Curto Prazo, conforme demonstrado nas
tabelas abaixo:
A seguir, estão relacionadas as maiores variações na Análise Vertical por Fornecedores e Contas a
Pagar a Curto Prazo e por Unidade Gestora na ordem decrescente.
126
Tabela 21- Fornecedores e Contas a Pagar - Por Fornecedor - Órgão
Verifica-se no 4º trimestre que a Unidade Gestora 133088, representa 7,02% do total da conta de
Fornecedores e Contas a Pagar, e estão relacionados aos serviços de “despesas com pagamento de
complementação de indenização Fazenda Vão dos Bois/ Capão da Onça em Teresina de Goiás-GO, ” conforme
consta da conta “2.1.3.1.1.04.00 “CONTAS A PAGAR CREDORES NACIONAIS” do Balanço da referida Unidade
Gestora.
Obrigações Contratuais
Em 31/12/2017 o Órgão possuía um saldo de R$ 594.873.987,69 relacionados a obrigações contratuais.
No 4º trimestre/2018 teve um decréscimo de 11,06%, passando para R$ 529.094.289,67, conforme
demonstrado na Tabela abaixo.
127
Tabela 23- Obrigações Contratuais – Composição – Análise Vertical
128
Tabela 25- Obrigações Contratuais com Serviços – Composição – Análise Vertical por UG – Unidade Gestora
A Unidade Gestora 373083 detém 29,02% do total das obrigações contratuais de serviços. Esta
diferença deve-se ao fato que esta Unidade Gestora é a Sede do INCRA e possui os contratos mais expressivos
quanto aos seus valores, conforme detalhamento da Tabela acima.
129
Na tabela a seguir estão listados os fornecedores contratados mais significativos por Unidade Gestora,
em relação ao 4º trimestre de 2018.
Tabela 26- Obrigações Contratuais com Serviços – Por Contratado e por Objeto.
Intangível
Em 31/12/2017, o INCRA apresentou um saldo de R$ 7.413.115,25 e no 4º trimestre/2018, passou a
ser de R$ 11.048.125,27 um aumento de 49,03% relacionados ao intangível.
Na tabela a seguir, é apresentada a composição do Subgrupo Intangível, para o 4º Trimestre de 2018.
No intangível, destaca-se o acréscimo de 52,04% ocorrido na conta Software com Vida Útil Definida,
que se refere, segundo o Plano de Contas Aplicado ao Setor Público, como “Os valores de softwares pertencentes
à entidade e não pertencentes a um hardware, englobando os valores referentes à sua construção,
implementação e instalação. Os softwares com vida útil definida estão sujeitos à amortização”.
130
Tabela 28- Intangível – Composição – Detalhamento por UG
Conforme demonstrado na Tabela 2, verifica-se que no detalhamento por Unidade Gestora – UG, o
maior acréscimo, 57,81% ocorreu na Unidade Gestora 373083/SEDE, para o pagamento de empresas, para os
serviços de licenças Microsoft Office, manutenção, produção e hospedagem do Sistema Nacional de Cadastro
Rural SNCR, desenvolvimento de sistemas de informação - SIPRA (titulação) e aos serviços prestados - projeto
evolução SIGEF 2015 e projeto SNCCI.
131
Gráfico 30- Quantitativo de Convênios por situação – Demonstração Sintética
Nota: Relativamente ao processos de tomada de contas especial e processos de cobrança de débitos (valores inferiores ao limite mínimo
para instauração da TCE), os dados foram extraídos do painel siconv e em parte de controles internos, uma vez que a partir da
implantação do Sistema E-tce pelo Tribunal de Contas da União, as TCEs não são mais realizadas no Siconv.
132
Situação Orçamentária/Financeira dos Convênios em Execução
Quanto a execução orçamentária e financeira dos convênios em execução, em 31/12/2018, o valor
total de repasse foi de R$ 1.033.943.205,37. Desse total foram empenhados 69,42%, restando a empenhar
30,58%. No que diz respeito a execução financeira, foram desembolsados o equivalente a 40,71% do total de
repasse e ainda se encontram pendentes de desembolso 59,29%:
133
Quantitativo de Convênios por Superintendência
De modo geral, os convênios estão distribuídos da seguinte forma nas seguintes localidades:
Rede Siconv
Com a adesão do Incra à Rede Siconv, em março de 2017, ampliou à melhoria dos processos de gestão
das transferências voluntárias, operacionalizadas por meio do SICONV, bem como o aprimoramento das
atividades de gerenciamento de dados, o fortalecimento da comunicação entre os órgãos participantes da Rede,
o incentivo à capacitação dos servidores, o compartilhamento de conhecimento e troca de experiências.
As medidas efetivamente implementadas por esta Autarquia, após a adesão da Rede Siconv para
aprimorar a gestão de convênios foram as seguintes: formação de 07 (sete) multiplicadores, capacitação de 80
servidores por meio de instrutoria interna, realizadas em 04 (quatro) Superintendência Regionais (SR-01/PA, SR-
02-CE, SR-08/SP e SR 12/MA).
134
8 - OUTRAS INFORMAÇÕES RELEVANTES
8.1- Acompanhamento das determinações do Tribunal de Contas da União e das
recomendações do Controle Interno e da Auditoria Interna.
Em 2018, o Tribunal de Contas expediu 141 acórdãos em que o Incra figura entre as entidades objeto
dos referidos acórdãos. No entanto é importante destacar o contexto do Acórdão 1976/2017 – Plenário, de 6
de setembro de 2017, que tratou da apuração dos indícios de irregularidades na concessão de lotes do Programa
Nacional de Reforma Agrária, representando as deliberações do TCU de maior impacto para a Autarquia no
período recente. No que diz respeito às providências, entende-se que as mesmas estão em situação de
atendimento, tendo em vista que o Incra, por meio da Portaria 581, de 3 de outubro de 2017, instituiu Grupo
de Trabalho, com o escopo de analisar, organizar, orientar, planejar, articular e atender as determinações do
Acórdão 1976/2017-TCU-Plenário, mas ainda não houve a apresentação de resultados.
No que diz respeito às recomendações do Controle Interno, o monitoramento ocorre por meio de
sistema denominado MonitorWeb, da Controladoria-Geral da União, mas que está disponível para a Auditoria
Interna apenas as recomendações destinadas ao Incra-Sede. O balanço de 2018 aponta que o Incra-Sede possui
84 pendências de atendimento.
Considerando o resultado das atividades realizadas pela Auditoria Interna em 2018, em geral, os
procedimentos de contratação de bens e serviços devem ser precedidos da construção dos parâmetros técnicos
(termo de referência) pela área demandante, na sequência submetidos para uma segunda instancia de
avaliação, no caso do Incra-Sede, a Diretoria de Gestão Administrativa, a qual elabora o Edital e cumpre os
tramites de realização do certame, e o superintendente regional, no caso das subunidades do Incra. No entanto,
a governança da gestão contratual passou por mudanças em 2017 com reflexo em 2018, quando, mediante o
Decreto nº 9.189, de 1º de novembro de 2017, a celebração de novos contratos administrativos ou a
prorrogação dos contratos em vigor relativos a atividades de custeio, em valores superiores a R$10 milhões
somente podem ser deflagrados com a autorização da Presidência do Incra.
135
Além disso, por força do art. 9º, da Portaria nº 1.045, de 21 de novembro de 2017, o Ministro Chefe
de Estado da Casa Civil da Presidência da República, determinou que os processos de contratação com valores
acima de R$10 milhões deveriam ser previamente submetidos à Secretaria de Controle Interno da Presidência
da República (CISET/PR). Ademais, a referida portaria determinou que o Incra, dentre outros órgãos, institua o
Comitê de Governança das Contratações e, ainda, elabore o Plano Anual de Contratações. No caso desta
Autarquia, a auditoria atuou na elaboração das normas e fluxos operacionais que instituíram o Comitê de
Governança das Contratações e o Plano Anual de Contratações - PAC. O Comitê de Governança demonstrou
atuação em casos específicos, porém não houve a elaboração do Plano Anual de Contratações, instrumento de
planejamento da gestão que deve estar alinhado ao planejamento estratégico da Unidade, o qual também não
foi elaborado no exercício de 2018.
Convém registrar, ainda, as limitações no quesito informação em razão de nem sempre as unidades
do INCRA prestarem as informações decorrentes de diligências que permitam a execução de procedimentos de
controle interno, o que impacta no monitoramento dos procedimentos de TCE e das recomendações e
determinações dos órgãos de controle interno e externo e da Auditoria Interna.
Porém, é importante registrar o avanço da Unidade no tema de Integridade, tendo em vista que, a
partir da elaboração de análise e proposta da Auditoria Interna, foi instituído o fluxo de tratamento de situações
de nepotismo no âmbito da Autarquia, mediante a publicação da Portaria nº 205, de 5 de fevereiro de 2019.
136
9 - ANEXOS E APÊNDICES
9.1- Quadros, tabelas e figuras complementares
137
9.1.2- Distribuição força trabalho – Área de Atuação
138
139
140
9.1.3- Distribuição força trabalho – Nível e Cargo
141
9.1.4- Distribuição força trabalho – Sexo e faixa etária
142
143
144
9.1.5- Distribuição funções de confiança
145
9.1.6- Remuneração
http://www.planejamento.gov.br/assuntos/gestao-publica/arquivos-e-publicacoes/tabela-de-
remuneracao-1
2018
Previsto Realizado
100,00 41,54
Memória de cálculo:
Realizado 2018: Nº de famílias efetivamente atendidas no exercício e registradas no Siater (35572 - Fonte: Siater -
18/12/2018) dividido pelo Nº total de famílias com previsão de atendimento nos contratos de ATER lançados no Siater
(85632 - Fonte: Wiki Incra - 17/01/2019) multiplicado por 100.
Previsto: 2018: Meta de famílias, com previsão de atendimento nos contratos de ATER lançados no Siater, a serem
efetivamente atendidas com ATER (85632 - Fonte: Wiki Incra - 17/01/2019) dividido pelo Nº total de famílias com
previsão de atendimento nos contratos de ATER lançados no Siater (85632 - Fonte: Wiki Incra - 17/01/2019) multiplicado
por 100.
146
Índice de acesso à água para consumo doméstico (%)
2018
Previsto¹ Realizado
222,80 44,42
Memória de cálculo:
2018: número de famílias que tiveram o provimento de água para consumo doméstico – encanado, de poço ou de
cisterna concluído no exercício (3971 - Fonte: SIR. Acompanhamento da execução física e orçamentária. 18/01/2019)
dividido pelo Nº de famílias assentadas no exercício (8940 - Fonte: SIPRA Rel. 233 e 229 ) multiplicado por 100.
Previsto: ¹ Média dos últimos 3 anos
147
Indicadores de resultado - Objetivo 02 - Item 5.1.2
2018: Valor total de indenizações (desapropriação) ou pagamento (aquisição) em R$ no exercício (22.982.696,07 - Fonte:
DT) dividido pela respectiva Área total dos imóveis indenizados ou pagos em hectares no exercício, na jurisdição da SR ou
Sede (5.765,87 - Fonte: DT)
148
Índice de área destinada à Reforma Agrária (%)
2018
Previsto¹ Realizado
10,43 10,50
Memória de cálculo:
2018: Área (ha) total dos Projetos de Assentamento (89.379.579,05 - Fonte: SIPRA – Rel. 227 sem filtro emitido em
07/01/2019) dividido pela respectiva Superfície total da área abrangida pela Jurisdição do INCRA (851.487.659,90 -
Fonte: Relatório de Gestão 2015) multiplicado por 100.
¹ Previsto é igual a área destinada em 31/12/2017 (88796023) somada à área prevista para incorporação do Caderno de
metas de 2018 (12000) divido pela área do Brasil (851487659,9) multiplicado por 100.
Previsto Realizado
528,03 406,55
Memória de cálculo:
Realizado: 2018: Nº de mulheres atendidas pelo Crédito Fomento Mulher (24946 - Fonte: SNCCI - 02/01/2019) dividido
pelo Nº total de mulheres assentadas (0 - Fonte: SIPRA) multiplicado por 100.
Previsto: 2018: Meta de mulheres a serem atendidas pelo Crédito Fomento Mulher (32400 - Fonte: Caderno de Metas
2018 1ª Revisão nov/2018.) dividido pelo Nº total de mulheres assentadas (6136 - Fonte: SIPRA) multiplicado por 100.
149
% de mulheres beneficiárias com ATER em relação ao total efetivamente atendido (%)
2018
Previsto Realizado
0,00 48,05
Memória de cálculo:
Realizado: 2018: Nº de mulheres beneficiárias com ATER (17091 - Fonte: Siater - 18/12/2018) dividido pelo Nº de
beneficiários efetivamente atendidos pela ATER (estoque) (35572 - Fonte: Siater - 18/12/2018) multiplicado por 100.
Previsto: 2018: Meta de mulheres a serem beneficiadas com ATER (0 - Fonte: Não há meta prevista) dividido pelo Nº de
beneficiários efetivamente atendidos pela ATER (estoque) (35572 - Fonte: Siater - 18/12/2018) multiplicado por 100.
2018
Previsto¹ Realizado
132,38 119,80
Memória de cálculo:
2018: Nº total de famílias em comunidades quilombolas tituladas (CCDRU e TD) (16833 - Fonte: DFQ) dividido pelo Nº
total de famílias quilombolas em comunidades com portaria de reconhecimento, na jurisdição da SR ou Sede (14051 -
Fonte: DFQ) multiplicado por 100.
Previsão: Média dos últimos 3 anos.
2018: Nº total de jovens assentados no exercício (7253 - Fonte: SIPRA) dividido pelo Nº de famílias assentadas no exercício
(8940 - Fonte: SIPRA Rel. 233 e 229 ) multiplicado por 100.
Previsto: ¹ Meta de número de jovens com base na Portaria MDA 06/2013 que define que no mínimo 5% dos assentados em
assentamentos acima de 5 lotes devem ser destinados à famílias cujo um dos beneficiários tenha até 29 anos.
150
9.2.8 – Fontes e Observações dos Indicadores de Processo
Detalhamento Detalhamento
Número de famílias atendidas com Caderno de Metas 2017
wiki.incra.gov.br Caderno de Metas 2018 wiki.incra.gov.br
assistência técnica 1ª Revisão nov/2017
(18.12.2017) 1ª Revisão nov/2018 (17.01.2019)
151
Número de profissionais com capacitação SIR (Módulo de SIR
Caderno de Metas 2017 Caderno de Metas 2018
técnica e formação profissional de Nível 1ª Revisão nov/2017
Monitoramento –
1ª Revisão nov/2018
(Módulo de Monitoramento
09.03.2018) – 18/01/19)
Médio e Superior para a Reforma Agrária
152
Número de documentos expedidos para
SIR (Módulo de DD / SIR
titulação, concessão e destinação de Caderno de Metas 2017 Caderno de Metas 2018
Monitoramento – (Módulo de Monitoramento
imóveis rurais em projetos de 1ª Revisão nov/2017 1ª Revisão nov/2018
09.03.2018) – 18/01/19)
assentamento
153
Número de parcelas ou unidades familiares
SIR (Módulo de SIR
dos projetos de assentamentos da Caderno de Metas 2017 Caderno de Metas 2018
Monitoramento – (Módulo de Monitoramento –
Reforma Agrária supervisionadas (laudo 1ª Revisão nov/2017 1ª Revisão nov/2018
09.03.2018) 18/01/19)
entregue)
154
Número de títulos definitivos de Caderno de Metas 2018
- DFQ DFQ
comunidades quilombolas emitidos 1ª Revisão nov/2018
155