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1590/1414-462X201700040069
Resumo
Introdução: A coqueluche, doença infectocontagiosa, atualmente vem apresentando um perfil reemergente. Fatores como diminuição
da imunidade, anos após a vacinação, mudanças no genótipo da bactéria e aumento da susceptibilidade entre jovens e adultos
são considerados como contribuintes para o aumento da taxa da incidência da doença. Objetivo: Assim, objetiva-se identificar e
caracterizar o perfil epidemiológico dos casos confirmados de coqueluche no estado do Rio Grande do Norte. Método: Analisou-se
dados das bases do Sinan do estado do RN nos períodos de 2011 a 2014. Resultados: Observou-se que os casos confirmados
acometeram, predominantemente, os menores de 6 meses de idade. Os sintomas clássicos da doença foram identificados na
maior parte dos acometidos. Verificou-se também que a confirmação de casos guarda estreita relação com a não vacinação ou
vacinação incompleta. Conclusão: Os achados sugerem a importância da vacinação para o controle da doença e a necessidade
de melhoria das ações de vigilância para que haja uma representação epidemiológica fidedigna da doença.
Palavras-chave: coqueluche; vigilância em saúde pública; vacina contra coqueluche.
Abstract
Introduction: Pertussis is an infectious disease that currently has a reemerging profile. Factors such as weaknesses in the immune
system, 1-year follow-up vaccination, changes in genotype of the bacteria and increased susceptibility among young and adults
have been raising rate of disease incidence. Objective: Thus, it is aimed to identify and to characterize the epidemiological profile of
confirmed cases in Rio Grande do Norte (RN) state. Method: It was analyzed data from RN at Sinan databases from 2011 to 2014.
Results: It was observed that the confirmed cases were predominantly children under 6 months of age. The classic symptoms of
the disease have been identified in most affected. It was also perceived that the confirmed cases were strongly linked to non-uptake
of immunization or incomplete vaccination. Conclusion: The findings suggest the importance of vaccination to control disease and
the need to improve activities surveillance to provide an accurate epidemiological representation of the disease.
Keywords: pertussis; public health surveillance; pertussis vaccine.
1
Escola de Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, Natal (RN), Brasil.
2
Departamento de Enfermagem, Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, Natal (RN), Brasil.
3
Departamento de Odontologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, Natal (RN), Brasil.
Estudo realizado no munícipio de Natal, RN, Brasil.
Endereço para correspondência: Angélica Teresa Nascimento de Medeiros – Escola de Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) – Avenida
Senador Salgado Filho, s/n, - Lagoa Nova – CEP: 59078-970 – Natal (RN), Brasil – E-mail: angelicamedeiros@es.ufrn.br
Fonte de financiamento: nenhuma.
Conflito de interesses: nada a declarar.
Este é um artigo publicado em acesso aberto (Open Access) sob a licença Creative Commons Attribution, que permite uso, distribuição e
reprodução em qualquer meio, sem restrições desde que o trabalho original seja corretamente citado.
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Perfil da reemergência da coqueluche
Figura 1. Distribuição dos casos de coqueluche por faixa etária, Rio Grande do Norte, Brasil, 2011-2014
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Tabela 2. Relação de doses recebidas e respectivas faixas etárias, de acordo com o preconizado pelo Ministério da Saúde. Rio Grande do
Norte, Brasil, 2011-2014
FAIXA ETÁRIA
Número
≥ 2 meses ≥ 4 meses ≥ 6 meses ≥ 1 ano e 3 meses ≥ 4 anos
de doses
< 4 meses < 6 meses < 8 meses < 4 anos ≤ 6 anos
Uma 62 37 6 2 0
Duas 3 31 20 2 0
Três 3 0 6 14 6
Três + um reforço 2 3 0 20 18
Três + dois reforço 2 0 2 3 5
Nunca vacinado 76 7 4 6 1
Total 148 78 38 47 30
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Perfil da reemergência da coqueluche
de imunidade específica entre os indivíduos não imunizados todo caso suspeito que teve contato com caso confirmado de
e/ou diminuição dos anticorpos pós-vacinais ao longo do tempo coqueluche pelo critério laboratorial, durante a fase catarral e
decorrido), além de uma melhor oferta de serviços de vigilância, até três semanas após o início da fase paroxística1.
o que reflete na oportuna detecção de casos11. O critério clínico é considerado para indivíduos menores de
No geral, os mais susceptíveis a adquirir a doença são os 6 meses que, independentemente do estado vacinal, apresentem
indivíduos não vacinados e/ou com vacinação incompleta. Logo, a tosse há dez dias ou mais associada a dois ou mais dos sintomas
maior parte dos casos se concentra em menores de 1 ano de idade, a seguir: tosse paroxística, guincho inspiratório, vômito após
estando, portanto, os lactentes mais susceptíveis a desenvolver tossir, cianose, apneia e engasgo. Para os demais indivíduos,
complicações e até mesmo evoluir para o óbito1,6,8,9,12-16. considera-se, independentemente do estado vacinal, apresentar
Em razão disso, observa-se que o Rio Grande do Norte tosse há 14 dias ou mais associada a dois ou mais dos sintomas a
apresenta similaridade com esse perfil, haja vista a concentração seguir: tosse paroxística, guincho inspiratório, vômito após tosse1.
do número de casos entre os menores de 4 meses, além do fato Apesar de, neste estudo, os casos, predominantemente (70,3%),
de os casos confirmados apresentarem estreita relação com o não apresentarem história de contato com casos suspeitos
não recebimento de nenhuma dose da vacina ou apresentarem ou confirmados de coqueluche, é importante atentar para a
esquema vacinal incompleto independentemente da idade. investigação dos comunicantes, haja vista a possibilidade de
Fator que merece destaque, porém discretamente observado se determinar a extensão da área de transmissão, facilitando,
neste estudo, é o aumento do número de casos em adolescentes assim, a sistematização das ações de controle1. Além disso, a
e adultos. Esse fato estabelece importante relação com a duração busca dos comunicantes pode facilitar a captação dos casos
da imunidade conferida pela vacina. Estudos nacionais e com sintomatologia atípica, melhorando a fidedignidade e a
internacionais vêm apontando que a perda da imunidade, representação epidemiológica do evento2.
após cerca de dez anos do recebimento da última dose da As manifestações clínicas da coqueluche ocorrem em
vacina, torna adolescentes e adultos susceptíveis à infecção e, três fases sucessivas: fase catarral, fase paroxística e fase de
consequentemente, transforma-os em fonte de infecção para convalescença. No decorrer dessas fases, a sintomatologia
os lactentes4-6,9,11-13,15-17. clássica vai desde tosse, a qual evolui para acessos incontroláveis,
Estudo realizado nos Estados Unidos verificou que, após a passando pela ocorrência de cianose, apneia, vômitos, febre
quinta dose com a vacina acelular contra coqueluche, a chance baixa e presença de “guincho” – som produzido em decorrência
de adquirir a doença aumenta, em média, 42% a cada ano18. do estreitamento da glote1. No presente estudo, observou-se,
Nesse sentido, apesar da comprovada eficácia das vacinas contra predominantemente, a ocorrência da sintomatologia clássica, a
coqueluche, tanto as de células inteiras como as acelulares, qual pode ser justificada pela grande ocorrência da doença em
observa-se uma diminuição da proteção em um período de indivíduos nunca vacinados ou que nunca tiveram a doença.
6 a 12 anos após uso de esquema completo ou ocorrência de A grande ocorrência de hospitalizações pode se justificar pela
infecção natural1,4,7,9,10,13. faixa etária, tendo em vista a propensão de lactentes jovens
A detecção de casos em adolescentes e adultos se torna ainda representarem grupo de risco para o desenvolvimento de formas
mais complexa devido ao fato de essa população não apresentar graves da doença e muitas vezes letais1,3,6,9,12,16.
a sintomatologia clássica ocasionada pela imunidade residual, o Um fator a se destacar neste estudo foi a identificação de
que dificulta o diagnóstico e a consequente notificação dos casos, que a ocorrência de coqueluche guarda relação com a não
resultando em subnotificação e subdiagnóstico, o que explicaria vacinação ou vacinação incompleta, ou seja, atingindo os
essa “baixa incidência” nessas faixas etárias1,2,13,17. Essa situação indivíduos imunologicamente suscetíveis. Tal fato mostra-se
reflete uma baixa sensibilidade da rede de serviços de saúde preocupante, pois, apesar dos altos índices de cobertura vacinal,
no diagnóstico da doença nessas faixas etárias, ocasionada pela isso mostra não se refletir em uma adequada vacinação nas
dificuldade de acesso aos recursos de apoio diagnóstico por diferentes faixas etárias. Sabe-se que, para que se desenvolva
meio de laboratórios, insumos e treinamento dos profissionais uma adequada imunidade contra a doença, é necessário que se
de saúde2. Assim, pode-se justificar a pouca frequência de casos garanta a completude do esquema vacinal, a qual se dá com o
nessas faixas etárias encontrados no presente estudo. recebimento de três doses da vacina e pelo menos um reforço1,4,15.
O diagnóstico específico é realizado com o isolamento Nos locais onde as coberturas vacinais são elevadas ou
da bactéria, por intermédio da cultura de material colhido a heterogêneas, a doença acomete, principalmente, adolescentes,
partir da secreção nasofaríngea (padrão-ouro) ou pela técnica adultos jovens e lactentes não vacinados ou com esquema
de reação em cadeia da polimerase (PCR). Esses métodos vacinal incompleto. Acredita-se que o principal motivo para a
diagnósticos estabelecem o critério laboratorial de confirmação permanência da circulação da bactéria se deva à redução dos
do caso. O critério clínico-epidemiológico caracteriza-se por títulos de anticorpos protetores contra coqueluche cinco a
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dez anos após a infecção natural ou da última dose da vacina. as atividades de vigilância em saúde por meio da manutenção
Portanto, observa-se o ressurgimento da doença nesses grupos e homogeneização das coberturas vacinais ideais; de ampliar e
devido à perda da imunidade com o passar dos anos. Tal fato melhorar o diagnóstico por intermédio de suporte laboratorial
contribui ainda mais para a ocorrência das doenças entre os e de treinamento dos profissionais de saúde, principalmente
susceptíveis, o que abrange também aqueles inadequadamente no que tange ao diagnóstico precoce e diferencial da doença;
vacinados, como os lactentes menores de 6 meses1,4,12,15,16,18. além de melhorar a acessibilidade da população aos recursos
A disponibilidade das vacinas contra coqueluche e o de tratamento.
seu emprego universal ainda são a principal solução para o Além disso, a utilização simultânea de várias estratégias
combate do ressurgimento da doença4. Nesse sentido, medidas em longo prazo pode ser cogitada de acordo com a situação
de vigilância que garantam a manutenção e a ampliação de epidemiológica e as diferenças regionais, como a estratégia
coberturas elevadas e homogêneas são essenciais para somar cocoon, cujo objetivo é imunizar os pais, cuidadores e outros
esforços contra o reaparecimento de uma doença considerada adultos que tenham contato direto com os lactentes suscetíveis,
imunoprevenível. ou ainda a introdução de um reforço vacinal para adolescentes
Nessa perspectiva, várias estratégias têm sido propostas e adultos, bem como o desenvolvimento de vacinas mais
para o controle da coqueluche nos países desenvolvidos e em imunogênicas e eficazes.
desenvolvimento, como a vacinação de gestantes, aprovada Nesse sentido, os resultados demonstram que a incidência
pela Organização Mundial de Saúde (OMS), por especialistas da coqueluche no Rio Grande do Norte apresentou resultados
do Advsory Committe Immunizations Practices (ACIP), semelhantes ao contexto nacional, com diferença somente
do American College of Obstetricians and Gynecologist, da em relação ao aumento do número de casos em adolescentes,
American Academy of Pediatricians dos Estados Unidos e do constatado em outros estudos no Brasil. Logo, essa realidade
Comitê Técnico Assessor em Imunizações (CTAI) do PNI. não foi identificada nesta pesquisa, o que sugere que novos
A recomendação dessas instituições é a vacinação de todas estudos sejam priorizados nesse grupo.
as gestantes com a vacina acelular, a partir da 27ª semana até Além disso, as estratégias de vacinação precisam ser revistas,
a 36ª semana de gestação, a fim de reduzir a morbidade e a tendo em vista que a garantia da vacinação no tempo certo e
mortalidade em crianças menores de 6 meses de idade1. com o número de dose adequado pode interromper a cadeia
No entanto, novas estratégias devem reforçar essa conduta no de transmissão da doença, refletindo, assim, no seu controle e
sentido de fortalecer a rede de serviços de saúde, principalmente na possível eliminação.
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