Apostila CHS PM 2023 - EAD - Isolamento Preservacao Local Crime
Apostila CHS PM 2023 - EAD - Isolamento Preservacao Local Crime
Apostila CHS PM 2023 - EAD - Isolamento Preservacao Local Crime
DISCIPLINA
ISOLAMENTO E PRESERVAÇÃO DO LOCAL DO CRIME E SINISTRO
CONTEUDISTA
Francisco Silvio Maia
FORMATAÇÃO
JOELSON Pimentel da Silva – 1º SGT PM
• 2023 •
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
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profissionais de segurança pública que se depararem com situações semelhantes possam
tirar as mesmas conclusões acerca do fato.
A sedimentação da pesquisa desenvolvida neste manual traz como pressuposto
mostrar a importância sobre a o isolamento, preservação e levantamentos de dados nos
mais diversos locais de crimes, bem como o cuidado que se ter na manutenção dos mais
variados vestígios e indícios, suas importâncias na elucidação de fatos delituosos, bem
como, de modo especial, orientar, esclarecer e advertir pessoas menos avisadas o quanto
é essencial a preservação de um local de crime, até a chegada de peritos criminais, que
poderão, durante seus estudos, descobrir material acusador, colhê-lo e interpretá-lo, com
o fim único de apontar o autor ou autores de um fato criminoso, baseado em provas
irrefutáveis, frutos de uma independência imparcial, para que no procedimento policial e
judicial a prova apresentada seja valorizada.
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A excelência na preservação do local de crime dará melhor suporte à perícia
criminal, irá instruir de forma mais clara o inquérito policial, quanto às circunstâncias e
autoria do delito e a respectiva ação penal. Os esclarecimentos de um delito estão
proporcionalmente relacionados ao nível de preservação a que foi submetido o local.
Feito o isolamento, o acesso a essa área será restrito ao perito criminal, além de
outros componentes da polícia científica como laboratoristas, fotógrafos, datiloscopistas,
desenhistas policiais, etc. A nenhuma outra pessoa, ainda que parente da vítima ou
integrante da organização policial deverá ser dado acesso àquela área, antes da conclusão
dos exames periciais. Em hipótese alguma representantes dos meios de comunicação
devem ter acesso ao interior do perímetro delimitado (DÓREA, 2012).
É pertinente deduzir que nas últimas décadas a delinquência, sobretudo nas áreas
urbanas, cresceu de forma surpreendente e que as cifras em matérias delituosas se
tornaram cada vez mais expressivas, denotando que o delinquente está cada vez mais
astuto, calculista e perigoso. As forças de segurança e ordem encontram-se muitas
ocasiões em desvantagem para policiar as manifestações de subversão que nossa
sociedade moderna originou, sendo necessário cada vez mais estudos e capacitações
técnico-operacionais e psico-científicas para combater tais situações.
3
A sociedade necessita de profissionais prontos a fornecerem soluções imediatas,
confiáveis e seguras, sendo sempre necessária a renovação do conhecimento humano,
sobretudo o científico.
No Brasil, a instituição policial no combate ao crime e na busca da verdade real
trabalha, de modo geral, em três vias concomitantes: 1) o policiamento ostensivo, pelas
forças policiais militares estaduais, o qual tem papel fundamental na preservação e
isolamento de um local de delito quando este já ocorrera e na prevenção e tentativa de
evitar sua ocorrência através do confronto direto com prospectos delinquentes; 2) a
investigação policial, realizada pela polícia civil ou judiciária, estágio no qual dar-se
prosseguimento de forma empírica com a busca de provas objetivas (materiais) e
subjetivas (testemunhais), as quais poderão levar os agentes a preciosas evidências
criminais e indícios do(s) criminoso(s); 3) a pesquisa de vestígios em cenas de crime,
realizada pela polícia científica ou perícia criminal.
Nos moldes da Polícia Americana, a Polícia brasileira, principalmente os grupos
especializados em crimes de Homicídio, está aderindo ao conceito da Recognição
Visuográfica do Local de Crime, que se define como uma minuciosa busca e registro de
provas encontradas nas cenas de crime, as quais serão depuradas no próprio local ou nos
laboratórios especializados, devido a celeridade e necessidade de uma investigação mais
rápida e apurada. (Desgualdo, 2001).
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Video 1: Simulação de local de crime
hthtps://www.youtube.com/watch?v=NzotyM0Hgp8&spfreload=1
3. CADEIA DE CUSTÓDIA
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A prova pericial é, dentre as provas produzidas na persecução penal, a que mais
baseia a decisão dos juristas. Seu poder de convencimento está amparado em
características como imparcialidade e embasamento científico. Entretanto, por mais que
os avanços tecnológico e científico venham contribuindo com as ciências forenses, não
representam garantia que estas evidências serão aceitas como prova pericial pela justiça
(FERREIRA, 2011).
Para garantir a validade dos exames periciais, os experts forenses devem respeitar a
cadeia de custódia, que seria a documentação que o laboratório dos Institutos de
Criminalísticas, possui com a intenção de rastrear todas as operações realizadas com cada
vestígio, desde a coleta no local do crime até a completa destruição.
A cadeia de custódia contribui para manter e documentar a história cronológica da
evidência, para rastrear a posse e o manuseio da amostra a partir do preparo do
recipiente coletor, da coleta, do transporte, do recebimento, da análise e do
armazenamento. Inclui toda a sequência de posse.
Na área forense, todas as amostras são recebidas como vestígios ou evidências. São
analisadas e o seu resultado é apresentado na forma de laudo para ser utilizado na
persecução penal. As amostras devem ser manuseadas de forma cautelosa, para tentar
evitar futuras alegações de adulteração ou má conduta que possam comprometer as
decisões relacionadas ao caso em questão.
O detalhamento dos procedimentos deve ser minucioso, para tornar o procedimento
robusto e confiável, deixando o laudo técnico produzido, com teor irrefutável. A
sequência dos fatos é essencial: QUEM manuseou, COMO manuseou, ONDE o vestígio foi
obtido, COMO ARMAZENOU-SE, POR QUE manuseou-se. O fato de assegurar a memória
de todas as fases do processo constitui um protocolo legal que possibilita garantir a
idoneidade do caminho que a amostra percorreu.
Segundo CHASIN, a cadeia de custódia se divide em externa e interna: a fase externa
seria o transporte do local de coleta até a chegada ao laboratório. A interna, refere-se ao
procedimento interno no laboratório, até o descarte das amostras. WATSON (2009)
descreve a cadeia de custódia como o processo pelo qual as provas estão sempre sob o
cuidado de um indivíduo conhecido e acompanhado de um documento assinado pelo seu
responsável, naquele momento.
6
Exercício de Fixação:
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durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu
temperamento e caráter.
Portanto, a Autoridade Policial (leia-se Delegado de Polícia), constatada a existência
do fato criminoso, providenciará que seja feito o isolamento da área e preservados os
vestígios do local do crime, a fim de que os peritos possam examinar todo o conjunto de
vestígios ali dispostos.
Assim, em muitos casos a autoridade policial que não puder se deslocar até a área
onde ocorreu o delito, deve tomar providências e determinar que um agente seu
compareça e realize aquelas tarefas em seu nome. Portanto, o fato de - mesmo
justificadamente - não puder comparecer ao local do crime, não o exime da
responsabilidade legal.
Caso não ocorram estes procedimentos por parte dos policiais, os peritos deverão
dar cumprimento ao artigo 169 do CPP e seu parágrafo único, sob pena de serem
responsabilizados posteriormente pela autoridade judiciária.
Art. 169 - Para o efeito de exame do local onde houver sido praticada a infração, a
autoridade providenciará imediatamente para que não se altere o estado das coisas até a
chegada dos peritos, que poderão instruir seus laudos com fotografias, desenhos ou
esquemas elucidativos.
Parágrafo Único - Os peritos registrarão, no laudo, as alterações do estado das coisas
e discutirão, no relatório, as conseqüências dessas alterações na dinâmica dos fatos. Os
peritos, ao cumprirem essa determinação legal, não a fazem sob a conotação de
fiscalização do trabalho policial, pois não é este o espírito do dispositivo legal. Deve haver
coerência e bom senso por parte dos peritos, em simplesmente relatarem tais condições,
caso tenha de fato ocorrido prejuízo para a realização da perícia.
A presença dos peritos no local do delito, todavia, não substituí as ações da
autoridade policial, a qual caberá, além dos procedimentos para isolar a cena do crime e
impedir o acesso de qualquer elemento alheio à equipe da perícia, ações que possibilitem
a segurança dos peritos e sua equipe, viabilizando deste modo à conclusão do trabalho
pericial.
Os trabalhos periciais no local de uma ocorrência findam quando o perito esgotar
todas as possibilidades de exames, e se der por satisfeito, momento em que ele
autorizará à Autoridade Policial a remover a interdição do sítio do delito. A Autoridade
Policial, entretanto, poderá optar por manter o local isolado, para os trabalhos
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preliminares de investigação.
O CPP cita que a autoridade policial deve garantir a conservação da cena do crime,
manipular indícios do local do fato, portanto a garantia da robustez da investigação se
inicia neste momento. ESPÍNDULA (2009) cita que todos os elementos que darão origem
às provas periciais ou documentais requerem cuidados para resguardar a sua idoneidade
ao longo de todo o processo de investigação e trâmite judicial.
O artigo 170 do CPP cita que "nas perícias de laboratório, os peritos guardarão
material suficiente para a eventualidade de nova perícia. Sempre que conveniente, os
laudos serão ilustrados com provas fotográficas, ou microfotográficas, desenhos ou
esquemas". O fato de a Lei exigir a guarda de amostra do material analisado garante ao
investigado a possibilidade de contestação e defesa.
O Art. 159 § 5º Durante o curso do processo judicial é permitido às partes, quanto à
perícia:
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para responderem a
quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou questões a serem
esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima de 10 (dez) dias, podendo
apresentar as respostas em laudo complementar;
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo a ser
fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiência.
§ 6º Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de base à
perícia será disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá sempre sua
guarda, e na presença de perito oficial, para exame pelos assistentes, salvo se for
impossível a sua conservação.
Percebe-se que a cadeia de custódia não é exclusividade do perito criminal, mas sim
de todos os envolvidos na localização e produção de provas: delegados, agentes,
escrivães, papiloscopistas. A importância do procedimento adequado na cena de crime é
a diferença entre o sucesso e o fracasso de uma condenação.
Como exemplo, o famoso julgamento de O.J. Simpson, que ocorrera nos Estados
Unidos, em que a defesa do réu questionou o modo de coleta e produção da prova
incriminatória e persuadiu o júri demonstrando que havia dúvidas sobre a autoria de O.J.
Simpson, apesar de o perfil genético dele ter coincidido com o da prova coletada no local
do crime.
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Vídeo 2 - Palestra capacita Policiais para preservar local do crime
https://www.youtube.com/watch?v=0hH5o_L8GKc
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6. LOCAL DE CRIME – OBSTÁCULOS À SUA PRESERVAÇÃO
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efetiva sobre todo o perímetro, principalmente nas vias de acessos normais. Tratando-se
de locais fechados, as próprias características tornam mais fácil o isolamento, onde
normalmente o acesso se dá pelas aberturas, portas e janelas, destinadas a essa
finalidade, bastando interditá-las.
Em diversos países recomenda-se que a interdição se faça 50 (cinquenta) metros
após a verificação do último vestígio presente no local mediato. Todavia, muitas vezes a
aplicação dessa regra é impossível. Não há como fixarem normas rígidas no tocante à
delimitação da extensão e da forma do local de crime. A autoridade e seus agentes é
quem deve fazer tal delimitação, em cada caso concreto, usando seu próprio
discernimento.
Na prática, o primeiro policial que chegar ao local deve tomar as providências para
que o local seja adequadamente preservado.
De nada valerá a interdição do local, se ela não for mantida eficazmente até a sua
liberação pelos peritos. O trabalho de levantamento no local de crime requer máximas
atenção e concentração, devendo, pois, a sua custodia ser mantida, até a conclusão do
trabalho pericial. Embora deva ser extremamente evitado alterar de qualquer forma o
‘estado das coisas’, casos ocorrem em que algumas providências como cobrir o cadáver
evitam que a chuva ou outra intempérie destrua vestígios importantes como manchas de
fluídos corpóreos ou esfumaçamento.
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Em algumas situações, faz-se necessário à ação da autoridade policial e/ou dos seus
agentes no local de crime o que, em tese, poderia constituir numa não preservação do
estado das coisas como foram encontradas. Essas situações obrigam a entrada da
autoridade policial e seus agentes no local, com vistas a:
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Daí a grande importância que lhe atribuímos nas investigações policiais, podendo-se
dizer que a sua preservação e correto aproveitamento decidem quase sempre do êxito
dessas investigações. Além dos dados que possibilitem descobrir a identidade do
criminoso, o local de crime pode oferecer elementos preciosos na fixação das
responsabilidades. Quantos delinqüentes de comprovada periculosidade escapam às
penas da lei, apenas por falta de provas suficientes.
Na idade média não havia órgão policial preparado para a elucidação de fatos
delituosos, no que diz respeito aos vestígios e indícios, que oferecesse aos julgadores
provas, frutos de uma convicção lógica e sem margem de erros da autoria ou não dos
delitos.
Quando ocorria um crime, se não fossem a intervenção das revelações por
adivinhos, era necessária a prova testemunhal, que na época era considerada a RAINHA
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DAS PROVAS, ou a própria confissão dos acusados. Para conseguir-se tais informações
empregava-se a força, enervamento, terror ou desmoralização dos suspeitos ou acusados.
Com o decorrer dos tempos, houve a necessidade, por força da humanização dos
povos, em relação as questões forenses, da apuração dos fatos, baseadas em regras da
verdade formal, evitando-se a confissão diretamente dos suspeitos ou de testemunhas,
por meio de vícios, sugestões, tortura, cujos fatos eram muitas vezes, confessados com
simulação ou através de manifestações capazes de confundir a consciência das
autoridades, quando da condenação ou absolvição de acusados.
Já existem recursos nos Laboratórios de Polícia Técnica a serviço da justiça através
das Ciências, pelo processo tecnológico, com aparelhamento de testes de processamento
de associação de idéias, detectores de mentira com a divulgação de exames psicológico e
psicanalítico, químico, estereoscópio, etc., onde são analisados e interpretados os
vestígios e indícios deixados pelos criminosos no local de crimes, sendo mais valiosos do
que aquelas informações prestadas por testemunhas ou acusados, que são hoje
consideradas as PROSTITUTAS DAS PROVAS.
Para alcançarmos o modernismo das polícias, antes do aparelhamento supracitado,
foi necessário a incorporação de homens exercitados, desde longo tempo, no
conhecimento de pessoas e coisas.
O aperfeiçoamento desses homens, nas ACADEMIAS DE FORMAÇÃO POLICIAL foi
também por necessidade e exigência premente da especialização profissional, reclamada
pela evolução dos tempos. Pois, em contrapartida, os criminosos também evoluíram de
forma e aspecto, acompanhando a evolução da humanidade, processando disfarces sob
variados métodos de ação, os quais, vive dramatizando seus atos, iludem, falseiam,
fingem, escamoteiam, catequizam, representam, trapaceiam, ludibriam, fazem truques e
passam aos olhos da maioria das pessoas como homens honestos.
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oje, graças à atuação e evolução dos programas acadêmicos das ACADEMIAS DE
FORMAÇÃO POLICIAL, como exemplo da AESP – Academia Estadual de Segurança Pública
do Estado do Ceará se vê Laboratórios e departamentos compostos de profissionais
capacitados e conscientes. Profissionais esses, cuja missão é pesquisar e elaborar
materiais didáticos, novas metodologias de ensino-aprendizagem com o objetivo
prioritário de atingir excelência na formação inicial e continuada de membros que
compõem o sistema de segurança pública nacional, capacitando-os adequadamente e
eficazmente para o combate ao crime e aos criminosos e para fomentação dos direitos
humanos.
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“Local de crime é a porção do espaço compreendida num raio que, tendo por
origem o ponto no qual é constatado o fato, se entenda de modo a abranger
todos os lugares em que, aparente, necessária ou presumivelmente, hajam sido
praticados, pelo criminoso, ou criminosos, os atos materiais, preliminares ou
posteriores, à consumação do delito, e com este diretamente relacionado”.
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Área Imediata Interna: consiste no espaço físico onde ocorreu o fato delituoso, como
um quarto ou outro cômodo qualquer.
Área Mediata Externa: são consideradas as áreas de acesso para onde ocorreu
o crime, como estradas, picadas e ainda as imediações;
Área Imediata Externa: consiste no local propriamente dito, onde ocorreu o
crime.
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9.4 Preservados, Idôneos ou Não violados
São aqueles em que os locais de crime são mantidos nas condições originais que
foram deixados pelo seu autor envolvido, sem alteração do estado das coisas, após a
prática da infração penal, até a chegada dos peritos.
são aqueles em que após a prática de uma infração penal e antes da chegada e
assunção dos peritos no local, eles apresentam-se alterados, quer nas posições originais
dos vestígios, quer na subtração ou acréscimos destes, modificado de qualquer forma o
estado das coisas.
Exercício de Fixação
1. Cite três procedimentos, de acordo com Art. 6º do CPP, que deverá ter a Autoridade
Policial, após conhecimento de um fato criminoso.
2. Quais os procedimentos padrões dos agentes da Segurança Pública em Local de Crime?
3. Conceitue Local de Crime.
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vez identificada uma evidência, estudadas suas características químicas, físicas e
biológicas, traça-se um diagnóstico com o objetivo de se obter uma valorização das
provas ora estudadas. Durante uma investigação cientifica criminal, com muita
propriedade e sofisticação diz Edmond Locard (1912): “O tempo que passa é proporcional
a verdade que se vai”.
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CD-ROM, pendrive, em uma pessoa com lesões corporais, em elementos de munição,
armas, documentos, etc, dependendo do tipo de perícia solicitada e aos propósitos a que
se destina.
10.2 Vestígio
10.3 Evidência
É a “qualidade daquilo que é evidente, incontestável, que todos veem ou podem ver
e verificar”. No âmbito da Criminalística, porém, constitui uma evidência o vestígio que,
após analisado pelos peritos, se mostrar diretamente relacionado com o delito
investigado. As evidências são, portanto, os vestígios depurados pelos peritos. Observa-se
que as evidências, por decorrerem dos vestígios, são elementos exclusivamente materiais
e, por conseguinte, de natureza puramente objetiva. Edmond Locard (1912) define
evidência da seguinte forma: “As evidências são testemunhas mudas que não mentem”
(apud Zajaczkowski, 1998).
10.4 Indício
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circunstâncias.” Num primeiro momento, o termo definido pelo Art. 239 do CPP onde lê-
se:
“Considera-se indício a circunstância conhecida e provada, que, tendo relação com o
fato, autorize, por indução, concluir-se a existência de outra ou outras circunstâncias”,
parece sinônimo do conceito de evidência. Contudo, a expressão indício foi definida para
a fase processual, portanto para um momento pós-perícia, o que quer dizer que a
nomenclatura “indício” engloba, além dos elementos materiais de que trata a perícia,
outros de natureza subjetiva, próprios da esfera da polícia judiciária.
Neste contexto, cabe aos peritos a alquimia de transformar vestígios em evidências,
enquanto aos policiais reserva-se a tarefa de, agregando-se às evidências informações
subjetivas, apresentar o indiciado à Justiça. Disto conclui-se que toda evidência é um
indício, porém, nem todo indício é uma evidência. Atesta-se, desta forma, o que, com
muita precisão e singeleza distingue o Professor Gilberto Porto, em seu Manual de
Criminalística: “o vestígio encaminha; o indício aponta”.
No âmbito de uma área onde tenha ocorrido um crime, vários serão os elementos
deixados pela ação dos agentes da infração.
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Todavia, nesse contexto - área física você vai encontrar inúmeras coisas além dos
vestígios produzidos por vítima e agressor. O vestígio verdadeiro é uma depuração total
dos elementos encontrados no local do crime, pois somente o são aqueles que sejam
produtos direto das ações do cometimento do delito em si. Por exemplo, se o agressor
coloca uma arma de fogo na mão da vítima para simular situação de suicídio, este é um
vestígio forjado e, portanto, não se trata de elemento produto da ação direta do delito
em si.
Os peritos, ao examinarem um local de crime, devem estar atentos e conscientes da
possibilidade de encontrarem vestígios dessa natureza e que, portanto, suas análises no
próprio local são de fundamental importância para o sucesso da perícia. Os peritos devem
ter muito claro sobre quais são os vestígios verdadeiros em uma cena de crime.
O vestígio ilusório é todo elemento encontrado no local do crime que não esteja
relacionado às ações dos atores da infração e desde que a sua produção não tenha
ocorrido de maneira intencional.
A produção de vestígio ilusório nos locais de crime é muito grande, tendo em vista a
problemática da falta de isolamento e preservação de local.
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Este é o maior fator da sua produção, pois contribuem para isso desde os populares
que transitam pela área de produção dos vestígios, até os próprios policiais desatentos
com as técnicas de preservação.
Por vestígio forjado entendemos todo elemento encontrado no local do crime, cujo
autor teve a intenção de produzi-lo, com o objetivo de modificar o conjunto dos
elementos originais produzidos pelos atores da infração. Um vestígio forjado poderá ser
produzido por qualquer pessoa que tenha interesse em modificar a cena de um crime,
por razões as mais diversas.
No entanto, neste rol de pessoas, vamos encontrar alguns grupos mais incidentes.
Um dos grandes produtores de vestígios forjados são os próprios autores de delito, que o
fazem na intenção de dificultar as investigações para se chegar até a sua pessoa. Também
podemos encontrar vestígios forjados produzidos por pessoas que tenham interesse
indireto no resultado da investigação de um crime.
Um exemplo disso são parentes de vítimas de suicídio que – por não aceitarem o
fato ou por interesse de recebimento de seguros – tentam acrescentar elementos que
venham a ser entendidos como uma ocorrência de homicídio ou até de acidente.
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11.4 Vestígios Transitórios
Pegada humana; Impressão digital latente; Marca de pneumático; Cinza; Poeira, etc.
São todos aqueles que permanecem por certo tempo, sem alterar sua constituição,
exemplo:
Vidros quebrados; Mercas de arrombamento de móvel; Pedaços de pano (tecido);
Fio; Pêlo; Ponta de cigarro; Marcas de ferramenta; Marcas de dentes em fruta; Marcas de
apagamento de números (rasura);
Manchas de sangue, etc.
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12. INDÍCIOS
Indícios são as circunstancias conhecidas e aprovadas, que tendo relação com o fato,
autoriza por indução, concluir-se pela existência de outras circunstâncias, isto é, são
elementos materiais que apontam diretamente uma pessoa, que pode ser a autora de um
fato criminoso. Os principais indícios são: MANIFESTO; PRÓXIMO; DISTANTE.
é aquele que conhecido do público, parte da própria natureza do fato, exemplo: sinal
que indique o caminho seguido pelo criminoso, servindo como elemento robustecedor de
outras pessoas que depois de examinado pode contribuir para a descoberta de vestígios
ou de coisas relacionadas com o fato delituoso.
é aquele que tem relação direta com o fato, exemplo: Cédula de identidade e
documentos outros encontrados no local da ocorrência, presumivelmente caídos quando
da luta corporal ou da prática do crime.
é aquele que tendo relação com o fato delituoso, mesmo distante é aceito nas
indagações ou investigações que serão procedidas, exemplo: característica físicas ou
sinais peculiares do (s) acusado (s) indicados por testemunhas.
Exercícios de Fixação
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Video 3 – Caso Mércia Nakashima
https://www.youtube.com/watch?v=h3rPSEN2uzA
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A primeira ação é verificar se o local está devidamente isolado e preservado senão,
orientar a quem de direito para que este possa isolar a área da cena do crime – mesmo
sendo um quarto pequeno ou uma rua inteira. Todos os vestígios encontrados devem ser
preservados. Também é importante reduzir o número de pessoas que tem acesso à cena
do crime, pois podem introduzir materiais que possam confundir o caminho da
investigação. Tudo deverá ser anotado cuidadosamente e minuciosamente.
O exame em local de morte violenta, normalmente, é um dos mais ricos em
quantidade de detalhes. Para se realizar um bom exame os profissionais de segurança
devem ter em mente três pressupostos básicos: a paciência, a perseverança e a atenção
em todos os detalhes.
(Saferstein, 2006)
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Observe que a orientação circular na prática pode sofrer pequenas variações no seu
percurso, dependendo dos vestígios que forem sendo encontrados ao longo da área em
exame. A orientação do tipo varredura é muito usada para ambientes abertos.
É importante ter em mente que o exame em um local de crime tem aspectos
irreversíveis e quando examinamos determinado vestígio poderemos estar - ao mesmo
tempo - destruindo-o. É o que chamamos de “ponte” que ao atravessarmos, poderá ser
destruída. Exemplo disso é o de um fragmento de impressão digital, uma marca de
calçado no solo, o formato de uma mancha de sangue, etc. Tomados os procedimentos
iniciais - tão importantes quanto os exames a seguir – e escolhida a rotina e metodologia
a ser adotada (circular, varredura, etc.), iniciaremos a entrada (percurso) no local definido
por nós como local imediato.
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Se é área pública ou privada; área com ou sem edificações ou o local envolve
situação mista; as vias de acesso existentes (e de possíveis rotas de fuga do agressor); se é
área urbana, rural, industrial, comércio, residência e tudo sobre essas destinações de
prédios e áreas existentes naquele local dos exames. Se o crime ocorreu à noite, deverá
constar se o local possui iluminação artificial.
Se foi em via pública, em pistas de trânsito asfaltada, terra, etc. Enfim, tudo o que
puder ser observado naquele local, deverá ser objeto de anotações, pois muitas dessas
informações poderão ser valiosas para confrontar ou complementar análises de algumas
informações futuras.
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14.3 Croquis e outros recursos
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6- Posicionamento da vítima dentro da residência;
7- Posicionamento dos vestígios (faca, armas, gotas de sangue).
(Saferstein, 2006)
Exercícios de Fixação.
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é imprescindível a integração dos órgãos de segurança pública, na execução de suas
atribuições, vez que os procedimentos atinentes a cada um desses órgãos devem
convergir os trabalhos das equipes para dois focos principais: o rápido atendimento à
sociedade e o sucesso da investigação criminal.
ANEXO I
SEÇÃO I
Da Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança – CIOPS
Art.1º – À CIOPS compete o acionamento dos órgãos do sistema de segurança
pública de acordo com a natureza do fato, o registro das ocorrências, e o
acompanhamento das atividades policiais, periciais e de bombeiros, certificando-se,
sempre, quando a presença dos elementos acionados nos destinos que lhes foram
determinados, até o término de todos os trabalhos.
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Art.2º – Ao tomar conhecimento de uma ocorrência, a CIOPS deve acionar,
imediatamente, os órgãos competentes, com uma breve descrição, contendo:
I – nome e registro do responsável pela transmissão;
II – número da ocorrência;
III – natureza da ocorrência, esclarecendo se é de autoria conhecida ou
desconhecida;
IV – local, com citação precisa do nome do logradouro (rua, praça, avenida, etc.),
número, bairro, ponto de referência e outros que facilitem sua localização;
V – esclarecimento, se possível, sobre o tipo de local, se é aberto ou fechado;
público ou privado; se é de utilidade ou necessidade pública; de fácil ou difícil acesso; e
VI - outros dados e informações necessários ao melhor atendimento da ocorrência.
SEÇÃO II
Do Órgão, da Autoridade e do Agente Policial
Art.3º – O órgão, a autoridade ou o agente policial, recebendo da CIOPS a
comunicação sobre uma ocorrência, deve dirigir-se imediatamente para o local.
Parágrafo Único – Se a comunicação sobre uma ocorrência não for originária da
CIOPS, deve o órgão, a autoridade ou o agente policial que a recebeu ligar-se com aquela
Coordenadoria, imediatamente, para transmitir o fato, possibilitando o acionamento dos
órgãos competentes e a transmissão de orientações quanto aos procedimentos a serem
adotados.
Art.4º- A autoridade ou o agente policial, que primeiro chegar ao local de crime ou
de sinistro, deve, de imediato, isolar e preservar adequadamente a área onde ocorreu o
fato e, se possível, as cercanias, até a chegada dos peritos criminais e a conclusão dos
levantamentos periciais, cuidando para que não ocorram salvo os casos previstos em lei,
modificações por sua própria iniciativa, impedindo, ainda, a ultrapassagem da linha de
isolamento por qualquer pessoa, mesmo familiares da vítima, imprensa, ou outros
policiais e peritos que não fazem parte da equipe de atendimento acionada pela CIOPS.
Parágrafo Único – A liberação do acesso ao local de crime ou de sinistro para os
responsáveis pelos trabalhos de polícia judiciária só deve ocorrer após a conclusão dos
levantamentos periciais.
Art.5º – Sob pena de responsabilidade, a autoridade ou o agente policial deve isolar
e preservar o local de crime ou de sinistro, não lhe alterando o cenário, sob nenhuma
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hipótese ou pretexto, incluindo-se nisso:
I – não mexer em absolutamente nada que componha a cena do crime ou do
sinistro, em especial não retirando, colocando, ou modificando a posição do que quer que
seja, exceto os casos de estrita necessidade de prestação de socorro à vítima;
II – havendo cadáver, não tocá-lo, não movê-lo de sua posição original, não revirar os
bolsos das vestes e não realizar sua identificação, atribuição esta de responsabilidade da
perícia criminal;
III – não recolher pertences;
IV – não mexer nos instrumentos do crime, principalmente armas e estojos;
V – não tocar nos objetos que estão sob guarda;
VI – não fumar, nem comer ou beber nada na cena do crime;
VII – em locais internos, manter portas, janelas, mobiliário, eletrodomésticos,
utensílios, tais como foram encontrados, não os abrindo ou fechando, não os ligando ou
desligando, salvo o estritamente necessário para conter risco eventualmente existente;
não usar o telefone, sanitário ou lavatório;
VIII – em locais internos ou externos, afastar os animais soltos, principalmente, onde
houver cadáver.
§1º - Havendo suspeita de alteração do local de crime ou de sinistro, deve a
autoridade policial investigar o fato no intuito de identificar os possíveis causadores,
registrando tal situação no boletim de ocorrência.
§2 º – Em caso de acidente de trânsito com vítima, a autoridade ou o agente policial
que primeiro chegar ao local pode autorizar, independentemente do exame sobre o fato,
a imediata remoção das pessoas que tenham sofrido lesão, bem como dos veículos nele
envolvidos, se estiverem no leito da via pública e prejudicarem o tráfego; devendo lavrar
a respectiva autorização no boletim da ocorrência, nele consignando o fato, as
testemunhas que o presenciaram e todas as demais circunstancias necessárias ao
esclarecimento da verdade.
Art.6º – Ao chegar ao local, além do estrito cumprimento às normas prescritas no
Art.5º, desta Portaria, deve a autoridade ou o agente policial:
I – verificar a natureza da ocorrência (homicídio, suicídio, morte acidental, morte
natural, acidente de trânsito com vítima, crime contra o patrimônio, acidente do trabalho,
incêndio, desabamento, soterramento, explosão, enchente, afogamento e outras);
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II – havendo possibilidade, conhecer sobre as circunstâncias relacionadas com a
ocorrência e solicitar a identificação das testemunhas arroladas;
III – tratando-se de crimes, verificar se é de autoria conhecida ou desconhecida;
IV – tratando-se de morte, confirmar o acionamento da Coordenadoria de Perícia
Criminal e Coordenadoria de Medicina Legal/PEFOCE;
V – em outras situações que não envolva casos de morte, confirmar o acionamento
da Coordenadoria de Perícia Criminal/PEFOCE, quando indicado;
VI - em casos de busca e salvamento, ou de local de difícil acesso, confirmar o
acionamento do Corpo de Bombeiros Militar.
Art.7º – Enquanto perdurar a necessidade de que o local de crime ou de sinistro seja
mantido isolado e preservado, não pode o mesmo ser abandonado, em qualquer
hipótese, devendo ficar guarnecido por, no mínimo, dois agentes policiais em princípio.
Art.8º – Caso o primeiro atendimento do local de crime ou de sinistro seja realizado
por policial civil, este é o responsável pelas medidas de isolamento e de preservação, até
a chegada da Polícia Militar ou a conclusão da perícia criminal.
Art.9º – A Autoridade Policial da Delegacia de Polícia Civil competente, após
cientificada da ocorrência, passa a ser responsável pela realização de todo o trabalho de
polícia judiciária, devendo respeitar a liberação do local de crime ou de sinistro pela
perícia criminal.
Art.10 – A Autoridade Policial da Delegacia de Polícia Civil em funcionamento no
local mais próximo da ocorrência deve expedir, imediata e prioritariamente, a guia de
solicitação de exame de corpo de delito, mesmo que o cadáver não esteja identificado.
SEÇÃO III
Do Corpo de Bombeiros Militar
Art.11 – Dentro dos limites de suas atribuições institucionais, o Corpo de Bombeiros
Militar deve atuar no necessário apoio aos demais órgãos do sistema de segurança
pública, isolando e preservando os locais quando do atendimento de ocorrências,
devendo ser substituído após a chegada dos policias militares solicitados pra isolar e
preservar os locais até a conclusão dos trabalhos periciais.
Parágrafo Único – Devem ser observadas as normas insculpidas no Art.5º, desta
Portaria.
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SEÇÃO IV
Da Coordenadoria de Perícia Criminal
Art.12 – A Coordenadoria de Perícia Criminal deve dar prioridade máxima ao local
com vítima fatal, especialmente em via pública.
Art.13 – Havendo necessidade de que perdure a preservação do local de crime ou
sinistro após a diligência preliminar, a fim de serem realizados exames complementares,
deve o perito criminal comunicar a situação à CIOPS que adotará as medidas necessárias
junto à Polícia Militar.
Parágrafo Único – Perdurando a preservação do local de crime ou de sinistro, após a
diligência preliminar, continuam prevalecendo as normas prescritas no Art.5º,
ressaltando-se que, sequer entre os intervalos das diligências periciais, pode ser admitido
o acesso de qualquer pessoa estranha aos trabalhos periciais, salvo quando autorizado
pela perícia.
Art.14 – O perito criminal responsável pela realização da perícia do local de crime ou
de sinistro deve zelar para que este seja liberado o mais prontamente possível,
possibilitando o prosseguimento dos trabalhos da polícia judiciária, devendo, ainda,
documentar a comunicação de tal ato e ter ciência de que o retardamento injustificado
da liberação do local acarretará pena de responsabilidade.
SEÇÃO V
Da Coordenadoria de Medicina Legal
Art.15 – A Coordenadoria de Medicina Legal deve atender, imediatamente, às
solicitações da CIOPS para utilização do carro de cadáver (rabecão).
Art.16 – Existindo vítima com lesões corporais deve ser realizado o Exame de Corpo
de Delito, devendo haver o cuidado de ser verificado se o interessado é possuidor da
respectiva Guia para o exame, expedida pela Delegacia de Polícia responsável pelo caso.
Art.17 – A retirada de cadáver do local de crime ou de sinistro somente deve ocorrer
após a conclusão das atividades de perícia criminal e a autorização do responsável pelos
trabalhos de polícia judiciária. Art.18 – A Coordenadoria de Medicina Legal aplica-se,
também, no que lhe compete, o disposto no Artigo 10, desta Portaria.
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SEÇÃO VI
Das Disposições Finais
Art.20 - As Polícias Civil e Militar, o Corpo de Bombeiro Militar e a Perícia Forense,
como um todo e seus integrantes, individualmente, cada um dentro de suas atribuições,
são responsáveis pelo rápido e correto atendimento do local de crime ou de sinistro.
Art.21 - O rápido e correto atendimento do local de crime ou de sinistro tem por
objetivo contribuir para a eficiência da investigação criminal e minimizar a angústia das
partes envolvidas.
Art.22 - Qualquer ato que venha a contrariar o interesse da sociedade,
caracterizando o retardamento injustificado no atendimento à ocorrência e a falta de
cumprimento das normas prescritas na presente Portaria, em que fase seja, é passível de
responsabilidade.
Art.23 - Os Comandantes-Gerais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, o
Delegado Geral da Polícia Civil e o Perito Geral da PEFOCE, devem realizar, junto aos
respectivos órgãos subordinados sediados no interior do Estado, as adaptações lógicas
necessárias ao fiel cumprimento das normas prescritas nessa Portaria.
Art.24 - A Academia Estadual de Segurança Pública deve disseminar o conteúdo
desta Portaria no âmbito do Sistema de Segurança Pública, capacitando os profissionais
de segurança pública para a correta aplicação dos termos aqui expressos, inclusive
conciliando este conhecimento com o que está posto no Procedimento Operacional
Padrão - POP nº001.2014/SSPDS, o qual foi elaborado com a observância fiel da
legislação vigente e ao que está prescrito nesta Portaria.
Parágrafo único - O Procedimento Operacional Padrão nº001.2014/Local de
Crime/SSPDS a que se refere este artigo, será elaborado no prazo de até 30 (trinta) dias,
pela SSPDS, a contar da data de publicação desta Portaria.
Art.25 - Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário, em especial a Portaria nº271/2000-GS/SSPDS, de 10 de julho de
2000.
GABINETE DO SECRETÁRIO DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL, em Fortaleza,
1º de dezembro de 2014.
Servilho Silva de Paiva
SECRETÁRIO DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL
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