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Ervilha Do Rosário

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A ervilha-do-rosário, também conhecida por seu nome científico Abrus

precatorius, é uma planta da família Fabaceae nativa da Índia e da Ásia


tropical. Porém é facilmente encontrada no Brasil.

É comumente utilizada na confecção de joias e brinquedos. As sementes


vermelhas com pontos pretos são usadas como miçangas em pulseiras, colares,
rosários e outros objetos decorativos.

Entretanto, a ervilha-do-rosário é considerada umas das plantas mais tóxicas


do planeta. Isso se dá através do ácido ábrico presente na espécie — uma toxina
natural similar à ricina, toxina da mamona.

Acredita-se que uma concentração de apenas 0,00015% da toxina (equivalente a


uma semente) por peso corporal pode causar fatalidade em humanos.

Usos
Além da confecção de bijuterias de miçanga, a ervilha-do-rosário possui
diversos usos em diferentes culturas. Em partes da Ásia, por exemplo, pessoas
usam a espécie como uma planta medicinal para tratar condições comuns como
arranhões e feridas. No passado, tribos da África e da Ásia também usavam as
sementes para tratar febre e malária.

Em sua área nativa, as raízes são usadas para induzir o aborto e aliviar o
desconforto abdominal.

Entretanto, embora tenha um grande histórico de uso medicinal, existem


poucas pesquisas que comprovam a eficácia da ervilha-do-rosário no
contexto médico. Seu consumo, em qualquer instância, não é recomendado.

De fato, a toxicidade da ervilha-do-rosário é tão potente que existem pesquisas


sobre seu possível uso no tratamento do câncer, matando células cancerígenas.

A ervilha-do-rosário é altamente tóxica a seres humanos e alguns animais,


como gatos e cachorros.

De acordo com o Centers for Disease Control and Prevention (CDC), o ácido
ábrico funciona penetrando nas células células humanas, impedindo-as de
produzir as proteínas que precisam. Sem essas proteínas, as células morrem, o
que afeta o corpo inteiro e, consequentemente, levando à morte.

Esse impacto depende da quantidade e tipo de exposição à ervilha-do-


rosário — se foi ingerida, inalada ou injetada.

O ácido ábrico está presente em todas as partes da ervilha-do-rosário, no


entanto, ela não causa reação em humanos através do toque. Apenas a
exposição da pele ao ácido ábrico em pó pode causar irritação e vermelhidão na
cútis.
O consumo desta planta, por outro lado, é extremamente tóxico. A maior concentração
da toxina está nas sementes da A. precatorius, que possuem uma camada externa dura
em que o ácido fica guardado.

Efeitos e sintomas da exposição ao ácido


ábrico
Os sinais e sintomas iniciais de intoxicação por ácido ábrico por inalação ou
ingestão geralmente ocorrem dentro de 8 horas após a exposição. No entanto, os
sintomas também podem demorar de 1 a 3 dias.

Em caso de inalação
Após algumas horas da inalação de uma quantidade substancial da toxina, os
principais sintomas são:

 Dificuldade de respirar;
 Febre;
 Tosse;
 Náusea;
 Aperto no peito;
 Transpiração intensa;
 Acúmulo de líquido nos pulmões (edema pulmonar).

A partir do edema pulmonar, o indivíduo tem mais dificuldade para respirar, o


que pode resultar na pressão arterial baixa e insuficiência respiratória, levando
à morte.

Ingestão
No caso da ingestão da ervilha-do-rosário e ácido ábrico, o indivíduo pode
apresentar:

 Vômito e diarreia, geralmente acompanhados por sangue, resultando na


desidratação;
 Pressão baixa;
 Alucinações;
 Convulsões;
 Urina com sangue.

Depois de alguns dias, o fígado, o baço e os rins da pessoa podem parar de


funcionar, causando a morte. A morte por envenenamento por ácido ábrico
pode ocorrer dentro de 36 a 72 horas após a exposição, dependendo da via de
exposição e da dose recebida.

O que fazer em caso de exposição?


Não existe um antídoto para o envenenamento por ervilha-do-rosário.
Portanto, evitar o contato com a planta é o mais indicado. Se a exposição não for
evitada, procure auxílio médico imediatamente.

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