AULA02 - Noções Básicas de Anatomia e Fisiologia
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SISTEMA LOCOMOTOR
Sistema Esquelético
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Das partes acima descritas, algumas merecem destaque para o estudo e aplicação da
Ergonomia, em função das posturas adotadas por nosso organismo, quando em atividade.
1) COLUNA VERTEBRAL
Já a Prancha nº 03 apresenta uma vista superior de uma das vértebras da coluna, sub-
dividida em corpo e asas. O primeiro serve como base de apoio entre uma vértebra e a outra. As asas,
possibilitam movimentos múltiplos do conjunto de vértebras, tais como a flexão, extensão e rotação,
limitando tais movimentos em ângulos-limite, para nossa segurança. Uma vista lateral, em desenho
esquemático, é mostrada também na Prancha nº 03, na qual são observadas duas vértebras, uma
sobre a outra.
AMORTECIMENTO DE FORÇAS
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Ocorre que o disco intervertebral apresenta uma degeneração natural que se acentua a
partir dos 20 anos de idade, época em que as artérias que alimentam a região da coluna vertebral
começam a se fechar, interrompendo a vaso-irrigação e, claro, sua alimentação.
Tal fato é muito importante, vez que podemos concluir que, pressionada, a coluna
vertebral não se alimenta e que tal situação facilita ainda mais a degeneração dos discos
intervertebrais. Sem alimentação, a característica fibro-elástica destes tende a diminuir, o que inicia
um processo de rompimento das paredes dos anéis que envolvem o NP, toda vez que este tenta se
deslocar de sua origem.
Como já vimos, a coluna é composta por 33 vértebras, cada uma apoiada sobre um
disco que está sobre a vértebra imediatamente abaixo da 1ª . Esta característica possibilita a todo o
conjunto uma mobilidade extraordinária, dentro de limites impostos pela própria estrutura anatômica
de cada região da coluna.
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Na mesma ilustração da Prancha nº 05, percebe-se que o braço da alavanca entre o
ponto A e a caixa é muito maior que o braço formado entre o mesmo ponto A e os músculos que
recobrem a região lombar. Esta situação representa uma sobrecarga para a qual tal musculatura não
está preparada, causando-lhe lesões. Isto se deve, basicamente, ao fato de que os músculos da região
lombar se encontram inseridos nas asas da coluna vertebral por meio de tecidos ligamentares
chamadas de FÁSCIAS. As Fáscias são apenas uma fina camada de tecido, muito diferente de outros
ligamentos presentes no corpo humano, como os TENDÕES, que possuem maior resistência quando
estimulados pela movimentação do organismo (a serem estudados em outra aula). Assim, quando
sobrecarregadas, as Fáscias tendem a inflamar e provocar fortes dores na região em estudo. Outros
problemas relacionados à tal postura serão discutidos a seguir.
A. PROTUSÃO DO NP
A protusão intradiscal é um problema grave. Ocorre quando a postura acima detalhada
se repete com freqüência nas atividades rotineiras de um trabalhador ou, quando eventuais, mas nos
indivíduos que já apresentam degeneração nos discos inter-vertebrais.
Caracteriza-se pelo fato do núcleo pulposo arremessar-se para trás, rompendo os anéis
fibrosos que o envolvem, até chegar na região periférica do disco. Esta região passa a apresentar um
volume mais acentuado, pressionando um ligamento que corre de cima à baixo a coluna, o Ligamento
Posterior. Terminações nervosas neste localizadas provocam fortes dores no indivíduo,
acompanhadas de espasmos musculares.
B. HÉRNIA DE DISCO
A hérnia de disco é um problema ainda mais grave que a protusão intradiscal. Na
hérnia, o NP consegue extravazar-se de dentro do anel e sai do disco intervertebral, empurrando os
tecidos da região, pressionando-os. Esta lesão se verifica mais na região lombar, principalmente
quando o indivíduo flexiona o tronco para erguer cargas e o rotaciona lateralmente, movimentando a
carga da direita para a esquerda, por exemplo.
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Conhecidos popularmente como BICO DE PAPAGAIO, os OSTEÓFITOS
pressionam e até mesmo podem perfurar órgãos e tecidos vizinhos à coluna vertebral, produzindo
inflamação e muita dor. Veja a Prancha nº 06-B.
2) CINTURA ESCAPULAR
3) CINTURA PÉLVICA
4) MEMBROS SUPERIORES
São formados pelo conjunto, de cima para abaixo, dos principais ossos, ou seja, o
ÚMERO, o RÁDIO e o ULNA, o CARPO e os DEDOS das mãos. As articulações são bastante
estudadas pela Ergonomia, principalmente a nível da região do EPICÔNDILO (cotovelo) e CARPO
(punho). A Prancha nº 09 ilustra o membro superior.
5) MEMBROS INFERIORES
São formados pelo conjunto, de cima para baixo, dos principais ossos, ou seja, do
FÊMUR, da TÍBIA e da FÍBULA, além do TARSO e dos dedos dos pés. Também as principais
articulações são estudadas, ou seja, o JOELHO e o TORNOZELO. A Prancha nº 10 ilustra o
membro inferior.
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6) ARTICULAÇÕES
São a união entre dois ossos, possibilitando maior gama de movimentos ao segmento
corporal destes. No ponto de união, o tecido ósseo externo é revestido por uma cartilagem que
apresenta características específicas, a CARTILAGEM HIALINA, compacta, extremamente lisa e,
geralmente, arredondada, a fim de facilitar ao máximo que as superfícieis que entram em contato
deslizem uma sobre a outra, diminuindo o atrito.
Entre os dois ossos que formam uma articulação, encontra-se uma membrana
protetora fibrosa que se estende para cada osso. Ao redor desta membrana temos uma cápsula
articular externa, que protege todo o conjunto interno.
Dentro da cápsula há uma pequena quantidade de líquido sinovial, que serve como
lubrificante da articulação. Maiores detalhes sobre este líquido serão apresentados na AULA 03.
A Prancha nº l l ilustra uma parte da cintura escapular em seu lado direito, vista de
frente, na qual é detalhada a articulação existente entre o ÚMERO e a ESCÁPULA. Já a Prancha nº
12 dá a terminologia aplicada aos diversos movimentos possibilitados pelas articulações, usando
como exemplo a articulação do CARPO.
GLOSSÁRIO:
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Viva Bem com a coluna que você tem
Autor: José Knoplick
Editora: Ibrasa - 24ª edição
Disponível praticamente em todas as livrarias
Infortunística no Trabalho
Capítulo: A Coluna Vertebral e o Trabalho
Autor: José Finocchiaro
Disponível na Biblioteca da FUNDACENTRO/SP
Rua Capote Valente, 710 - piso térreo
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