Fasciculo Diversidade 05 Relacoes-Raciais Compressed
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Secretaria de Educação
Alex Viterale
Secretário de Educação
FICHA TÉCNICA
Secretaria de Educação
Rua Claudino Barbosa, 313 - Macedo
Guarulhos/SP - CEP: 07113-040
Guarulhos, 2021
Adinkra nkonsonkonson - elo da corrente
simbolo da unidade e das relações humanas
Educadores da Rede Municipal de Guarulhos
Alex Viterale
2. Relembrando................................................................................................9
identidades negras.........................................................................................25
superação do racismo...................................................................................33
8. Espaço literatura.......................................................................................43
Referência Bibliográfica................................................................................55
Aos Educadores:
Iniciamos pela escravização dos/a povo africano, que teve o Brasil como seu
maior representante, seja pelo grande número de africanos e africanas trazidos(as)
a força para as terras brasileiras, como também, pelo longo período em que ocorreu,
foram mais de trezentos anos em que sucedeu uma das cenas mais trágicas da
história da humanidade, que não pode ter seus efeitos subestimados.
Política ou Ideologia de
Branqueamento
Diante deste cenário, não podemos perder de vista o papel social da escola,
que dentre outros é o de possibilitar uma formação crítica ao/a educando/a, no qual o
Currículo Escolar tem um caráter central, uma vez que, a escolha do que ensinar revela
intencionalidade quanto à sociedade que almejamos. Deste modo, se buscamos uma
educação democrática e transformadora, o currículo precisa estar alinhado a princí-
pios de promoção de igualdade e equidade racial.
Dentre os desafios que envolvem o racismo, um dos principais, tem a ver com
a necessidade de compreender a dinâmica que este fenômeno assume no nosso
cotidiano. Pois, como traz Otto Lara Rezende em uma de suas crônicas¹: de tanto ver,
a gente banaliza o olhar.
Em um artigo feito por Tania Maria Cruz em 2013 a autora apresenta como as
crianças negras estão sujeitas a uma disputa de espaço (espaços estes já conquis-
tados por crianças brancas). Neste processo, mostram-se mais fragilizadas as
crianças negras do sexo feminino, pois além do peso da discriminação racial soma-se
a violência sobre o gênero.
Confira agora alguns dos aspectos mais prementes, que por vezes estão
próximos, mas nem sempre percebemos ou conseguimos identificar:
O objetivo deste artigo é contribuir para a reflexão sobre uma prática educa-
cional antirracista. Para tanto, antes de tudo, é fundamental que reconheçamos que
vivemos em uma sociedade estruturalmente racista e que a escola, sendo parte dela,
é também um lugar que reproduz e perpetua o racismo estrutural2. Pierre Bourdieu,
sociólogo francês da segunda metade do século XX, mostra como a escola é uma
instituição que tem um caráter de produção e reprodução das desigualdades sociais
e culturais, exercendo um papel importante na manutenção do status quo.
De acordo com Djamila Ribeiro (2019), a escola, para a maioria das crianças, é
o primeiro espaço de socialização fora do convívio familiar, e, para as crianças negras,
2
Para entender o conceito de racismo estrutural, sugerimos o livro “Racismo Estrutural” de Silvio de Almeida.
3
A autora adotou o pseudônimo bell hooks em homenagem à avó e usa a letra minúscula como indicativo de que o mais
importante é o conteúdo da obra e não sua autoria, além de chamar a atenção para as identidades sempre cambiantes.
4
Para entender mais sobre a branquitude, ver a tese de doutorado de Maria Aparecida Bento “Pactos narcísicos no racismo:
branquitude e poder nas organizações empresariais e no poder público” disponível na Biblioteca Virtual da USP em <https://
teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-18062019-181514/pt-br.php> e o livro de Lia Vainer Schucman “Entre o Encar-
dido, o Branco e o Branquíssimo; Branquitude, Hierarquia e Poder na Cidade de São Paulo”.
• Realizar a análise crítica do Currículo Escolar. Ser capaz de promover uma mudança
de narrativa: isto é, desconstruir a visão predominante eurocêntrica que fala em ter-
mos como “Descobrimento do Brasil”, ignorando a existência dos povos originários,
desmistificar a farsa do 13 de maio, como se a Abolição da Escravatura se tratasse
de uma benevolência da Princesa Isabel, promover a importância da valorização da
data comemorativa do dia 20 de novembro - Dia Nacional de Zumbi de Palmares e da
Consciência Negra -, instituído oficialmente pela Lei nº 12.519, de 10 de novembro de
2011, assim como privilegiar, em respeito aos indígenas, a data comemorativa de 9
de agosto - Dia Internacional dos Povos Indígenas -, com abordagens que respeitem
a diversidade étnica dos povos originários, em oposição à forma estereotipada das
abordagens feitas no chamado “Dia do Índio” em 19 de Abril.
Como nos ensina Angela Davis, não basta não ser racista, precisamos ser
antirracistas.
hooks, bell. Ensinando a transgredir - a educação como prática da liberdade. São Paulo: Editora WMF
Martins fontes, 2017.
NOGUEIRA, Maria Alice Nogueira; Catani, Afrânio (orgs.). Pierre Bourdieu - Escritos em Educação.
Petrópolis: Vozes, 1998.
RIBEIRO, Djamila. Pequeno manual antirracista. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
Público-alvo
Sabemos o quanto pode ser doloroso sentir-se como uma pessoa de menor
valor, não se ver e reconhecer-se como pertencente a um lugar ou a um grupo. Estes
são sentimentos presentes na vida de uma criança, adolescente, jovem e adulto
negro/a, que tenha vivenciado ou vivencie situações de racismo, estas podem deixar
marcas difíceis a serem superadas, uma vez que, caracteriza-se como uma das
piores formas de agressão à dignidade humana, e como tal, não deve ser minimizada
ou relativizada.
Precisamos considerar ainda que, para além do ato de pentear está sua repre-
sentatividade afetiva na vida desta criança. Deste modo, é importante refletir sobre os
sentimentos de não pertencimento e exclusão que podem ser desencadeados, reco-
nhecendo que é imprescindível atuar na perspectiva da promoção da igualdade racial
para que estas situações do cotidiano escolar deixem de influenciar negativamente
na autoestima da criança negra.
Sabemos o quanto pode ser doloroso sentir-se como uma pessoa de menor
valor, não se ver e reconhecer-se como pertencente a um lugar ou a um grupo. Estes
são sentimentos presentes na vida de uma criança, adolescente, jovem e adulto
negro/a, que tenha vivenciado ou vivencie situações de racismo, estas podem deixar
marcas difíceis a serem superadas, uma vez que, caracteriza-se como uma das
piores formas de agressão à dignidade humana, e como tal, não deve ser minimizada
ou relativizada.
Precisamos considerar ainda que, para além do ato de pentear está sua repre-
sentatividade afetiva na vida desta criança. Deste modo, é importante refletir sobre os
sentimentos de não pertencimento e exclusão que podem ser desencadeados, reco-
nhecendo que é imprescindível atuar na perspectiva da promoção da igualdade racial
para que estas situações do cotidiano escolar deixem de influenciar negativamente
na autoestima da criança negra.
DANDO UM TOQUE...
Akoni, 2016 - HQ
Larissa Quirino da Silva, 9 anos
Educadora: Alecsandra B. de Almeida
EPG Amélia Duarte da Silva
Akoni, 2016 - HQ
Letícia Florindo de Freitas - 10 anos
Educadora: Cristiane Aparecida C. Moratorio
EPG Heraldo Evans
Neste sentido, sintetizamos abaixo alguns aspectos que podem servir como
ponto de partida na construção de uma prática pedagógica promotora de igualdade racial.
7.1 E LÁ NA ESCOLA...
Para dar continuidade às reflexões compartilhadas neste texto conheçam a
seguir os relatos de experiências desenvolvidas na EPG Paulo Freire por Professoras
da Educação Infantil.
Por que trabalhar com a temática étnico-racial nas escolas de Educação Infantil?
Você já escutou este questionamento alguma vez? O que sente quando tais
perguntas são realizadas?
Dar uma risada e fingir que não escutou ou concordar com a pessoa que fez
tal questionamento? Procurar justificar a necessidade de tal trabalho, uma vez que,
a escola tem a missão de atender a todos os educandos, reafirmando e valorizando
Como podemos dizer que não existe racismo entre as crianças pequenas,
quando numa simples brincadeira de roda uma criança recolhe o seu braço rapida-
mente, ao perceber que o coleguinha ao lado é uma criança negra.
O que fazemos nessa hora? Fingimos não enxergar e deixamos tal agressão de
lado, por que é algo natural? Em relação às outras crianças, que presenciaram a cena,
aprenderam a reproduzir o racismo? Quanto à criança excluída, será que percebeu a
recusa por ser negra? Como se sentiu?
Enfim, dizemos algo e fazemos outro. Afirmamos que temos que valorizar as
diferenças, mas, de quais diferenças falamos? Diante desse questionamento outros
se fazem necessários:
Desde 2017 a 2019 estive com turmas de 4 e 5 anos, no estágio I e II, na EPG Paulo
Freire e ao olhar a interação dos educandos, comecei a refletir:
Como se relacionam com as diferenças? Quais suas vivências e como são afetados?
Que imagem tem de si mesmos?
Podemos escolher mediações a partir da visão de mundo que temos como educa-
dores, assim ao falarmos em promoção da igualdade racial, algumas pessoas se inco-
modam, talvez por falta de entendimento ou conhecimento, enfim, não é minha pretensão
dar conta dessas inquietações, mas é preciso deixar claro que o trabalho com vistas à equi-
dade, à promoção da igualdade racial não se trata de caridade, mas um direito da criança,
esse dever pedagógico é exposto na Lei 10639/03 como valorização das matrizes culturais
que fazem do nosso país plural.
Descobri riquezas de cada criança, dentre essas, de uma menininha negra de 4 anos
que não estava querendo mais seu cabelo, porque o queria liso. Conversei com a mãe sobre
Nas mediações, incluímos outras linguagens, como teatro de fantoches para falar de
sentimentos difíceis (raiva, tristeza, medo, etc.), depois, com as turmas juntas, foram vários
momentos de brincadeiras com foco em leituras que trouxessem a valorização da identidade
negra, dentre estas, O cabelo de Lelê - Valéria Belém que os meninos, em especial, gostaram
muito, depois lemos O Mundo no Black Power de Tayó – Kiusam de Oliveira e Meu crespo é de
rainha - Nina Rizzi e Chris Raschka.
Em outro momento levei para a sala de aula, dois bonecos negros, as crianças
ficaram ansiosas para brincar com seus novos amigos, que receberam nomes escolhidos
por elas, um dia da semana levavam os bonecos para casa, onde cuidavam, brincavam e
devolviam no dia seguinte para oportunizar a outra criança. Todas as famílias participaram e
não tive nenhum problema para aceitação da proposta, pelo contrário, uma mãe encomendou
um outro boneco igualzinho de tanto que o seu filho se identificou, uma resposta maravilhosa
para nosso trabalho.
Essa ação foi muito gratificante, pois desenvolviam uma relação de carinho,
proteção e amizade com os bonecos e isso refletiu na interação com os colegas e come-
çaram aparecer outros bonecos negros das crianças.
Que as temáticas
Viabilizar aos educandos
Olhar e valorizar a sobre as diferenças
diversidade de livros, para que
pluralidade cultural sejam reconhecida.
se sintam representados. O brilho nos olhos das
étnica.
crianças que aprendem a
Acesso a brinquedos que serem felizes com suas
retratem a diversidade, como singularidades e aprendem a
bonecos e bonecas negras, reconhecer valor no outro, pois
Promover diferentes
instrumentos musicais para toda criança tem o direito de
expressões artísticas -
que as crianças tenham outra ser respeitada e valorizada.
teatro, pinturas, desenhos,
oportunidade de visão de contação de histórias.
mundo.
A mudança da prática exige uma nova mentalidade para fazer as escolhas mais
conscientes, sendo que, para tal, precisamos de conhecimento, de parceiros, de uma mente
e coração abertos para questionar e refletir sobre a educação que sonhamos.
Frente a essa realidade, nos últimos anos temos visto crescer um grande
número de estudos que tratam da importância da temática das relações étnicos-ra-
ciais para o mundo da educação infantil (CAVALLEIRO, 2004; DIAS, 2012; ROSEMBERG,
2014). Tais pesquisas assinalam a importância da formação de professores para a
prática pedagógica com crianças pequenas a fim de que possam tomar consciência
de seu pertencimento racial e lidar com as diferenças de forma respeitosa e antirra-
cista. Discutem a necessidade de uma prática educativa contínua que considere o
currículo e o projeto pedagógico da escola de educação infantil como um lugar de
destaque no fortalecimento de ações que visem descontruir as formas de violência e
do racismo estrutural vividos pela população negra em nosso país. Nessa perspectiva,
para Dias (2012) “(...) trazer para a educação infantil os temas relativos à diversidade
implica tomar uma atitude ousada e ética em relação à raça/cor e etnia”. Significa,
portanto “romper com uma tradição eurocêntrica de currículo” exigindo do professor
“um compromisso ético e político” (p. 665).
Nesse sentido, entendemos que ao contar uma história para as crianças, apre-
sentar autores negros e negras, discutir cenas de desigualdades e injustiças vividas
nas interações cotidianas de alunos vítimas de discriminação ou preconceito racial,
as professoras Soraya, Rita e Gisele (que compartilharam suas experiências acima)
conseguem dar um salto qualitativo em suas práticas educativas, rompendo pouco
a pouco, com a reprodução do racismo institucional e estrutural que assola nossa
sociedade. Trabalhar de forma positiva e não impositiva aspectos da identidade e da
pertença racial de meninas e meninos negro(as), de maneira lúdica, mostrando que as
diferenças abarcam a beleza e a singularidade humana, deveria ser o ponto de partida
de todo o trabalho pedagógico na educação infantil. Isso é o que nos mostram as expe-
riências relatadas aqui, que por sua vez, nos fazem acreditar que tal trabalho tem tido
êxito nas mãos de professoras negras, brancas ou não brancas de nossas escolas
públicas de educação infantil.
Oxalá, possam existir muitas Ritas, Soraias e Giseles que como educadoras
possam trabalhar no cumprimento da função primordial e transformadora da escola.
Que suas ações possam ser repetidas, revisitadas e instauradas como uma prática
perene nas escolas de educação infantil de todo o território nacional, para que além de
democrática, nossa escola possa ser de fato, antirracista.
Referências
SALES JR, Ronaldo. Democracia racial: o não-dito racista. Tempo social, v. 18, n. 2, p.
229-258, 2006.
Mas nada melhor do que uma escritora de Literatura Infantil para nos falar
sobre a importância desse processo, assim compartilhamos a entrevista conce-
dida especialmente para este Fascículo da renomada escritora Kiusam de Oliveira,
autora de belíssimos livros, como: O Mar que Banha a Ilha de Goré, Omo-oba: Histó-
rias de Princesas, O Mundo no Black Power de Tayó e o mais recente O Mundo no
Black Power de Akin.
Meu avô era do candomblé, quando minha mãe tinha 12 anos, recebeu dele a
missão de colocar esse nome na primogênita que ela ainda teria. Kiusam está
associado ao ancestral de origem da minha família, Oxóssi, que significa Rainha
da Noite.
Minha mãe me levou ao mundo da Literatura. Ela dizia que já era natural eu
narrar histórias inventadas por mim. Aos quatro anos, eu escrevia formal-
mente as minhas histórias. Aos 8, meus pais decidiram se associar ao Círculo
do Livro e assim comecei a escolher os livros que seriam comprados por eles.
Minha mãe foi uma mulher visionária.
Penso que como em tudo na vida há sempre pelo menos dois lados; é o caso
da literatura. Há a boa literatura e a não tão boa assim; há a literatura que
liberta, há a que mantém as coisas como estão e a que aprisiona. A literatura
infantil, há gerações vem servindo às intenções maquiavélicas da branquitude,
perdeu-se no tempo e no espaço em fazer a grande revolução libertadora no
seio da sociedade brasileira, no sentido de contribuir para avanços relevantes
a qualquer nação. Como pode perceber, vejo na literatura papel fundamental
para a reconstrução de uma nação, por isso a luta incansável por um país que
valoriza políticas públicas de incentivo ao livro e à leitura.
Minha inspiração vem através do orum (céu), do cosmo, dos sonhos e das
experiências vividas e profundamente sentidas.
Conheça também outras importantes obras para o trabalho sobre a história e cultura africana
e afro-brasileira
https://www.youtube.com/watch?v=L3cqYhPXI2M
O Perigo de Uma Única História: Nossas vidas, nossas culturas são compostas de
muitas histórias sobrepostas. A escritora Chimamanda Adichie conta a história
de como ela encontrou sua autêntica voz cultural - e adverte-nos que se ouvimos
somente uma única história sobre uma outra pessoa ou país, corremos o risco de
reproduzir preconceitos.
https://www.ted.com/talks/chimamanda_ngozi_adichie_the_danger_of_a_single_
story?language=pt-br
Somos todos Bintou: Projeto desenvolvido pelas professoras Viviane Salvaia e Sirlene
Coelho, da EPG Faustino Ramalho, no Prêmio AKONI de 2016, para a categoria vídeo
– práticas voltadas para alunos/as de 0-3anos. Acesse pelo QR Code.
https://www.youtube.com/watch?v=Qxmo-ZLOWPY
Pensando no espaço físico como algo que educa, que as paredes também falam, o
que essas paredes podem representar para a criança pequena em termos da diver-
sidade racial? como ela pode olhar para o que está exposto e se identificar, se ver
refletida naquele espaço? O vídeo parte dessas questões para propor o espaço como
elemento curricular, e a partir da criação de ambientes (conjunto espaço/relações/
afetos que nele se estabelecem) estimulantes da aprendizagem de valores como igual-
dade e respeito a criança possa se sentir acolhida e respeitada. Acesse pelo QR Code.
https://www.youtube.com/watch?v=WfvxOty5Tkg&feature=emb_logo
“Eu posso ser poeta!”: “Com um repertório que vai de Solano Trindade e Castro Alves
às letras de rap dos Racionais MCs, a professora Lidiane da Silva Lima criou um
projeto sobre poesia e cultura afro-brasileira na escola, que mudou o olhar de jovens
do 6º ao 9º anos da Escola Municipal EF Anna Silveira Pedreira, na periferia da cidade
de São Paulo.” Acesse pelo QR Code.
https://www.futura.org.br/cultura-afro-brasileira-nas-escolas/
https://ceert.org.br/premio-educar/pratica/18
https://ceert.org.br/premio-educar/pratica/91
https://ceert.org.br/premio-educar/pratica/81
Referência Bibliográfica