Adoração Eucarística, Celebração Penitencial e Celebração
Adoração Eucarística, Celebração Penitencial e Celebração
Adoração Eucarística, Celebração Penitencial e Celebração
BR
CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2024
FRATERNIDADE E
AMIZADE SOCIAL
CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2024
Tema: Fraternidade e Amizade Social
Lema: "Vós sois todos irmã os e irmã s" (cf. Mt 23,8)
C748c CNBB - Conferência Nacional dos Bispbs do Brasil / Campanha da Fraternidade 2024: Adoração Eucarística,
Celebra ção Penitenciai e Celebração Ecuménica. Brasília: Edições CNBB, 2023.
36p.: 14 x 21 cm
ISBN: 978-65-5975-215-7
Edições CNBB
SAAN Quadra 3, Lotes 590/600
Zona Industrial - Brasília-DF
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CELEBRAÇÃO PENITENCIAL
ORIENTAÇÕES
0 Rito aqui preparado e proposto para Celebraçã o
Penitenciai, em primeiro lugar, leva em consideraçã o a celebraçã o
presidida por um sacerdote (Bispo ou presbítero) com confissã o
e absolviçã o individuais. Poderá, contudo, ser utilizado, com as
devidas indicações do Ritual da Penitência, para celebraçã o peni-
tenciai não sacramental, presidida por um sacerdote, um diá cono
ou um ministro leigo.
Conforme os números 36 e 37 do Ritual da Penitência:
"Celebrações penitenciais sã o reuniões do povo de Deus
para ouvir a sua Palavra, que convida à conversã o e à renova çã o
de vida, proclamando também nossa libertaçã o do pecado pela
morte e ressurreiçã o de Cristo...
Convém que depois do rito inicial (canto, sauda ção e ora çã o)
sejam feitas uma ou várias leituras da Sagrada Escritura,interca-
ladas de cantos,salmos ou momentos de silêncio, que serão expli -
cadas e aplicadas aos fiéis pela homilia. Nada obsta que antes
ou depois das leituras bí blicas sejam lidos trechos dos Santos
Padres ou de outros escritores que levem realmente a comuni-
dade e cada um a um verdadeiro conhecimento do pecado e a uma
sincera contriçã o interior, que conduzam à conversã o.
Após a homilia e a meditaçã o da Palavra de Deus, convém
que a assembleia dos fiéis reze num só espírito e numa só voz,
mediante alguma prece litânica ou outra maneira de promover
a participaçã o. Ao final sempre se rezará o Pai -Nosso, para que
Deus, nosso Pai, 'perdoe nossas ofensas assim como nós perdo-
amos aos que nos têm ofendido... e nos livre do mal’. 0 sacerdote,
ou ministro que preside, conclui com a oraçã o e despede o povo.
Deve-se cuidar que os fiéis nã o confundam estas celebra -
ções com a celebraçã o do Sacramento da Penitência".
SOBRE O AMBIENTE
Preparar o espa ç o celebrativo com sobriedade, em confor-
midade com a espiritualidade quaresmal. Preparar previamente
3
a celebraçã o, distribuindo os ministérios e as funçõ es litúrgicas.
Valorizar o ambão, onde deve ser colocado o Lecionário Ritual (ou
a Bíblia), do qual serã o proclamadas as leituras. Em local conve -
niente, nunca no ambã o, colocar o Cartaz da CF 2024 e outros
sí mbolos penitenciais que evoquem a espiritualidade quaresmal
ou também ligados ao tema da Campanha. Como sugestã o, indi-
camos, para esta celebraçã o, o destaque da cruz e de uma vasilha
com á gua benta.
1 . CANTO INICIAL
.
(Este ou outro cr escolha )
R. Perdoai- nos, ó Pai, as nossas ofensas, como nó s perdoamos
a quem nos ofendeu.
1. Se eu não perdoar o meu irmã o, / o Senhor não dá o seu perdã o.
2. Eu não julgo para não ser julgado; / Perdoando é que eu serei
perdoado.
3. Ajudai- me, Senhor, a perdoar, / e livrai- me de julgar e condenar.
4. Vou ficar sempre unido em comunhã o / ao Senhor e, também,
ao meu irmão.
5. Vou levar para vida a união,/ quefloresce nesta santa comunhã o.
6. Vivo em Cristo a vida de cristã o, / sou mensagem de sua
reconciliação.
(L e M.: Jaime Vitalino dos Santos e José Weber — CF1971)
2. SAUDAÇÃO
Presidente: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Todos: Amém.
P. Irmã os e irmãs, que Deus abra o vosso cora çã o para a sua
Palavra e vos conceda sua paz; atenda as vossas orações e vos
reconcilie com Ele.
T. Bendito seja Deus que nos reúne e nos ensina: “Como eu
vos amei, assim também vó s deveis amar- vos uns aos outros”
(Jo 13,34).
4
3. MOTIVAÇÃO INICIAL
(0 presidente instrui os presentes sobre a importância e o sentido da
celebração:)
.
P Queridos irmã os e irmã s,reunidos como um povo redimido
pelo Sangue do Senhor e acolhendo a miseric órdia que brota do
seu divino coraçã o aberto pela lança no alto da cruz, nos apre -
sentamos diante dele, mais uma vez, para abrirmo- nos à reconci-
liaçã o. 0 caminho penitenciai que fazemos,al ém de nos conduzir á
reconciliaçã o com Deus e conosco mesmos, também nos ilumina
à reconciliação com os irmã os, especialmente motivados pela
Campanha da Fraternidade deste ano.
Leitor(a) 1: "Fraternidade e Amizade Social” é o tema da
Campanha da Fraternidade deste ano, que tem como lema este
urgente ensinamento de Jesus: “Vós sois todos irmã os e irmãs!”
(cf. Mt 23,8).
L2: 0 percurso penitenciai que nos proporciona este santo
tempo quaresmal, nos impele hoje, nesta Celebra çã o Penitenciai,
a examinarmos nossa consciência.Iluminados pela Palavra que o
Senhor nos dirige, poderemos reconhecer nossas fragilidades que
se desdobraram: no mal que praticamos, na divisã o que criamos
e nas feridas que abrimos, esquecendo que somos todos irmã os e
irmãs. Dispostos à nos reconciliarmos com Deus e com os irmã os,
unamo - nos em preces e súplicas para sermos restabelecidos no
amor de Deus e sermos reconhecidos como discípulos de Cristo
no amor mútuo (cf. Jo 13,35).
4. REFR ÃO ORANTE
R. Eis o tempo de conversão, eis o dia da salvação! Ao Pai
voltemos, juntos andemos. Eis o tempo de conversã o!
P. Irmã os e irmãs, peç amos a Deus, que nos chama à
conversã o e nos exorta a amar - nos uns aos outros, a graça de uma
frutuosa e verdadeira penit ência.
(Todos rezam em silêncio por algum tempo; se possível, ajoelhados.)
5. ORAÇÃO
P. Deus todo- poderoso e cheio de miseric órdia, vós nos
reunistes em nome de vosso Filho para alcançarmos a miseric ó rdia
e sermos socorridos em tempo oportuno. Abri nossos olhos para
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vermos o mal que praticamos e tocai os nossos corações para que
nos convertamos a v ós sinceramente. Que o vosso amor reconduza
à unidade aqueles que o pecado dividiu e dispersou; que o vosso
poder cure e fortaleça os que em sua fragilidade foram feridos;
que o vosso espírito renove para a vida os que foram vencidos pela
morte. Restabelecido em nós o vosso amor, brilhe em nossas obras
a imagem do vosso Filho,para que todos,iluminados pela caridade
de Cristo, que resplandece na face da Igreja, reconheçam como
vosso enviado Jesus Cristo, vosso Filho, nosso Senhor.
T. Am ém.
.
6 PRIMEIRA LEITURA - 1Jo 4,16-21
( Ritual da Penitência, p. 157)
6
7. SALMO RESPONSORIAL - S1118( 119)
(Ritual da Penitência, p.129)
R. Feliz o homem sem pecado em seu caminho.
.
1 1Feliz o homem sem pecado em seu caminho, */ que na lei do
Senhor Deus vai progredindo!/ 2Feliz o homem que observa
seus preceitos, */ e de todo o cora çã o procura a Deus! R.
2. De todo o cora çã o eu vos procuro, */ nã o deixeis que eu
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8. ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO ( de pé )
R. Glória a vós, ó Cristo, Verbo de Deus.
V. 0 homem nã o vive somente de pã o, mas de toda palavra da boca
de Deus.
(Ou outra aclamação quaresma! à escolha da equipe de canto.)
9. EVANGELHO - Mt 18,15-20
( Ritual da Penitência, p.168)
7
ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no
céu. 19De novo, eu vos digo: se dois de vó s estiverem de acordo
na terra sobre qualquer coisa que quiserem pedir, isto lhes será
concedido por meu Pai que está nos c éus. 20Pois, onde dois ou tr ês
estiverem reunidos em meu nome eu estou ali, no meio deles".
Palavra da Salva çã o.
T. Glória a vós, Senhor.
11. REFLEX ÃO
"A cada dia nos é oferecida uma nova oportunidade, uma
etapa nova. N ã o devemos esperar tudo daqueles que nos gover -
nam; seria infantil. Gozamos de um espa ç o de corresponsabi -
lidade capaz de iniciar e gerar novos processos e transforma -
çõ es. Sejamos parte ativa na reabilita çã o e apoio das sociedades
feridas. Hoje, temos à nossa frente a grande ocasiã o de expres-
sar o nosso ser irmãos, de sermos outros bons samaritanos que
tomam sobre si a dor dos fracassos, em vez de fomentar ódios e
ressentimentos. Como o viandante ocasional da nossa história,
é preciso apenas o desejo gratuito, puro e simples de ser povo,
de ser constantes e incansá veis no compromisso de incluir,inte-
grar, levantar quem está caí do; embora muitas vezes nos vejamos
imersos e condenados a repetir a lógica dos violentos, daqueles
que nutrem ambições só para si mesmos, espalhando confusã o
e mentira. Deixemos que outros continuem a pensar na política
ou na economia para os seus jogos de poder. Alimentemos o que é
bom, e coloquemo- nos a serviç o do bem.
É possível começar por baixo e, caso a caso, lutar pelo mais
concreto e local, e entã o expandir para os confins de nossos países
e do mundo, com o mesmo cuidado que o caminhante da Samaria
teve para com cada chaga do ferido. Procuremos os outros e
ocupemo - nos da realidade que nos compete, sem temer a dor nem
a impotência, porque naquela está todo o bem que Deus semeou
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no cora çã o do ser humano. As dificuldades que parecem enormes
sã o a oportunidade para crescer, e nã o a desculpa para a tristeza
inerte que favorece a sujeiçã o. Mas nã o o façamos sozinhos,indivi-
dualmente. 0 samaritano procurou um estalajadeiro que pudesse
cuidar daquele homem, como nós somos chamados a convidar
outros e a encontrar - nos em um 'nós' mais forte do que a soma de
pequenas individualidades; lembremo - nos de que 'o todo é mais
do que a parte, sendo tamb ém mais do que a simples soma delas'
(EG, n. 235). Renunciemos à mesquinhez e ao ressentimento de
particularismos estéreis, de contraposiçõ es sem fim. Deixemos de
ocultar a dor das perdas e assumamos os nossos delitos, desma -
zelos e mentiras. A reconciliação reparadora ressuscitar- nos-á,
fazendo perder o medo a nós mesmos e aos outros.
0 samaritano do caminho partiu sem esperar reconheci-
mentos nem agradecimentos. A dedica çã o ao serviç o era a grande
satisfaçã o diante do seu Deus e na própria vida e, consequente -
mente, um dever. Todos temos uma responsabilidade pelo ferido
que é o nosso povo e todos os povos da terra. Cuidemos da fragi-
lidade de cada homem, cada mulher, cada criança e cada idoso,
com a mesma atitude solidá ria e solicita, a mesma atitude de
proximidade do bom samaritano.
Jesus propôs esta parábola para respondera uma pergunta:
‘E quem é o meu próximo?' (Lc 10,29). A palavra 'próximo', na
sociedade do tempo de Jesus, costumava indicar a pessoa que
está mais vizinha, mais próxima. Pensava - se que a ajuda devia
encaminhar-se, em primeiro lugar, à queles que pertencem ao
próprio grupo, à própria ra ça. Para alguns judeus de entã o, um
samaritano era considerado um ser desprezível, impuro, e, por
conseguinte,nã o estava incluí do entre o pró ximo a quem se deve -
ria ajudar. 0 judeu Jesus transforma completamente essa impos -
ta çã o: nã o nos convida a interrogar- nos quem é nosso pr óximo,
mas a tornar - nos nós mesmos próximos" (FT, n. 77- 80).
9
pelo caminho proposto pela CF 2024, que tem suas raízes na Carta
Encíclica Fratelli Tutti, vamos refletir sobre nossas fragilidades
que atingem diretamente o amor fraterno; e nos coloquemos no
caminho para que esse amor nos propicie a construçã o de uma
frutuosa amizade social com largo horizonte.
Ll: Ouçamos algumas inspirações do Texto-Base da CF: “A
grande pergunta que se põ e diante de n ós é: o que é amizade social?
Deixemos que o próprio Papa Francisco nos responda: amizade
social é 'amor que ultrapassa as barreiras da geografia e do espaço'
(FT, n. 1); amizade social é ‘uma fraternidade aberta, que permite
reconhecer, valorizar e amar todas as pessoas, independente da
sua proximidade física’ (FT, n.1); amizade social é ‘um amor dese-
joso de abraçar a todos' (FT,n. 3); amizade social é ‘comunicar com
a vida o amor de Deus, recusando impor doutrinas por meio de uma
guerra dialética' (FT, n. 4); amizade social ‘é viver livre do desejo
de domínio sobre os outros' (FT, n. 4); amizade social é ‘o amor que
se estende para além das fronteiras’ (FT, n. 99), ‘a todo ser vivo'
(FT, n. 59); amizade social é 'o amor que rompe as cadeias que nos
isolam e separam, lançando pontes; o amor que nos permite cons-
truir uma grande família na qual todos nó s podemos nos sentir em
casa; amor que sabe de compaixã o e dignidade' (FT, n. 62); amizade
social é a nossa ‘vocaçã o para formar uma comunidade feita de
irmãos que se acolhem mutuamente e cuidam uns dos outros'
(FT, n. 96); amizade social é 'a capacidade diária de alargar o meu
círculo, chegar à queles que espontaneamente nã o sinto como
parte do meu mundo de interesses, embora se encontrem perto de
mim’ (FT, n. 97); amizade social é 'amor que implica algo mais do
que uma série de a ções benéficas. As a ções derivam de uma união
que propende cada vez mais para o outro,considerando- o precioso,
digno, aprazível e bom,independentemente das aparências físicas
ou morais. Amor ao outro por ser quem é impele -nos a procurar o
melhor para a sua vida. Só cultivando essa forma de nos relacio-
narmos é que tornaremos possível aquela amizade social que nã o
exclui ninguém e a fraternidade aberta a todos' (FT, n. 94)".
(Se for oportuno, canta-se um refrão, depois a leitura pausada e reflexiva
das questões.)
L2: Quando foi que eu me fechei à ampla vida fraterna,
reduzindo meu contato somente às poucas pessoas a quem
tenho apreç o? Quando que me distanciei das relações fraternas
na minha família, rua, comunidade ou trabalho? Quando foi que
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comecei a optar por uma vida de aparências e conveniências,
deixando de lado a verdade e a justiç a nas relaçõ es?
(iMinutos de silêncio para reflexão. Se necessário, pode-se repetir a leitura
das questões apresentadas.)
Ll: Ouç amos mais algumas inspiraçõ es do Texto-Base da
Campanha da Fraternidade: Com tristeza, constatamos que em
nossa sociedade, nã o obstante se contemple sinais eloquentes
de fraternidade e amizade social, podemos contemplar também
aquilo que o Papa Francisco chamou "sombras de um mundo
fechado". Há muitos sinais de que o tecido social está esgarçado
e a convivência humana amea ç ada pela indiferença, pelo arma -
mentismo, pela agressividade e violência, pelo assédio moral e
sexual, pelas práticas de bullying, pela corrupçã o,pelo aborto, pela
eutaná sia, pela devasta ção ambiental, pelo tráfico e consumo de
drogas, pelo feminicídio, pela miséria e pela fome de 33 milhõ es
de brasileiros,pela intolerância religiosa, pelas invasões e guerras
e seus refugiados, pelo trabalho escravo... É preciso urgente -
mente restaurar e reconstruir os relacionamentos, a partir do
interior, do cimento que d á firmeza e estabilidade às relações
humanas de toda e qualquer natureza. Mas, nã o conseguiremos o
rem édio adequado para a cura se não descobrirmos a raiz de onde
se fundam tantos sintomas de uma sociedade adoecida, o fio
condutor que liga todas estas realidades que pareciam adorme -
cidas, mas ressurgem com for ça extraordinária em nosso meio.
("Se for oportuno, canta-se um refrão, depois a leitura pausada e reflexiva
das questões.)
L2: Quando fui insensível nos diá logos, optando pelo trato
agressivo com as pessoas que estã o ao meu redor? Quando foi que
me tornei cego em rela çã o à vida do meu próximo e me permiti
praticar o bullying, desconsiderando sua dor? Quando foi que
perdi o senso de justiça e de cuidado, e me deparei com situações
de assé dio e me calei? Quando foi que me tornei preconceituoso,
discriminando pessoas por ra ça,sexo ou condição social? Quando
foi que permiti que a intolerância religiosa convivesse com minha
f é, tornando - me desrespeitoso com a f é alheia? Quando foi que
coloquei minhas esperanças em ideologias políticas e me tornei
um agente divisor na vida familiar e comunitária?
.
( Minutos de silêncio para reflexão. Se necessário, pode-se repetir a leitura
das questões apresentadas.)
Ll: Na Carta Encíclica Fratelli Tutti, o Papa Francisco, ao
iluminara reflexã o com a parábola do Bom Samaritano, ressalta:
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“Nas pessoas que passam à distâ ncia, há um detalhe que nã o
podemos ignorar: eram pessoas religiosas. Mais ainda, dedi-
cavam -se a prestar culto a Deus: um sacerdote e um levita.Isso é
uma forte chamada de atenção: indica que o fato de crer em Deus e
adorá -lo nã o é garantia de viver como agrada a Deus. Uma pessoa
de f é pode nã o ser fiel a tudo o que essa mesma f é exige dela e, no
entanto, sentir - se perto de Deus e julgar-se com mais dignidade
do que os outros. Mas há maneiras de viver a f é que facilitam a
abertura do cora çã o aos irmã os, e essa será a garantia de uma
autêntica abertura a Deus. Sã o Joã o Cris óstomo expressou, com
muita clareza, esse desafio que se apresenta aos cristã os:‘Queres
honrar o Corpo de Cristo? Nã o permitas que seja desprezado nos
seus membros, isto é, nos pobres que nã o têm o que vestir, nem
o honres aqui no templo com vestes de seda, enquanto lá fora o
abandonas ao frio e à nudez'. 0 paradoxo é que, às vezes, aqueles
que dizem que nã o acreditam podem viver melhor a vontade de
Deus do que aqueles que creem" (FT, n. 74).
( Se for oportuno, canta-se um refrão, depois a leitura pausada e reflexiva
das questões.)
L2: Tenho permitido uma cisã o entre f é e vida, construindo
uma religiosidade individualista que desconsidera a realidade?
Tenho reduzido a Palavra de Deus a um simples discurso edifi-
cante, dissociando -a da prá tica em minha vida diária? Tenho
desconsiderado a dimensã o comunitá ria e social do Evangelho,
optando por uma religiosidade intimista e alienante? Tenho
buscado uma vida mais fraterna como resultado do culto que
celebro, da Palavra de Deus que escuto? Tenho traduzido a minha
f é, celebrada e professada, em obras concretas, em consciência
amadurecida? Tenho refletido sobre os compromissos que a
Eucaristia exige de mim, buscando uma autêntica fraternidade
evangélica, conforme o desejo do Senhor? Tenho procurado fazer
com que a graça de Deus, gratuitamente concedida a mim, possa
alcançar outras pessoas por meio da minha vida?
( Minutos de silêncio para reflexão. Se necessário, podem ser acrescentadas
outras questões pertinentes à comunidade.)
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T. Confesso a Deus todo- poderoso e a vós, irmã os e irmãs,
que pequei muitas vezes por pensamentos e palavras, atos
e omissões, por minha culpa, minha culpa, minha tão grande
culpa. E peço à Virgem Maria, aos Anjos e Santos e a vó s,irmãos
e irmã s, que rogueis por mim a Deus, nosso Senhor.
(Nas celebrações em que houver reconciliação individual de vários peni-
.
tentes, e se julgar oportuno, depois do “Confesso a Deus..”, de pé, pode-se
realizar alguma oração litânica, conforme o n. 54 do Capítulo II do Ritual da
Penitência, ou algum canto apropriado. Contudo, nas celebrações em que não
houver reconciliação individual, e se julgar oportuno, pode-se realizar o Ato
Penitenciai conforme o Apêndice II do Ritual da Penitência ou realizar algum
exercício piedoso, como Adoração da Cruz, Via-Sacra, aspersão, persignação
com água benta, segundo o costume do lugar e o desejo dos fiéis.)
Sugestão:
a. Na celebra ção penitenciai com absolviçã o individual de vários peni-
tentes, as súplicas da litania abaixo podem ser cantadas ou rezadas;
b. Na celebraçã o penitenciai presidida por ministro leigo, portanto, sem
absolvição individual, enquanto se canta o refrã o e a litania, a assem-
bleia pode se dirigir ao recipiente contendo a á gua benta e persignar-
-se como gesto penitenciai;
c. Na celebração penitenciai presidida por ministro ordenado, mas, sem
absolviçã o individual, apó s a litania, faça-se a bênçã o da á gua e a as-
persã o enquanto se entoa um cântico apropriado como “Lavai-me, Se-
nhor, lavai-me!”
13
- Para que, com nosso amor fraterno e solidário, possamos
cultivar uma amizade social em meio à comunidade, como reflexo
de nossa vivência do Evangelho. R .
- Para que, reconciliados convosco e com nossos irmã os,
sejamos aos olhos do mundo um sinal vivo de vosso amor. R.
- Para que, buscando o Sacramento da Reconciliaçã o, rece-
bamos com maior plenitude a vossa paz, e possamos promovê - la
no mundo. R.
- Para que perdoeis os nossos pecados e nos guieis pelos
caminhos da justiça e do amor,concedendo - nos alcanç ar o pr émio
da eterna paz. R.
- Para que com vossa luz dissipeis as nossas trevas e nos
guieis pelo caminho da verdade. R.
- Para que desateis, os la ços de nossos pecados e nos guar -
deis, no vosso poder, de toda a adversidade. R.
- Para que, considerandoa nossa fragilidade,nã o nos julgueis
com rigor por causa de nossos pecados, mas por vossa infinita
misericórdia sejamos purificados,instruí dos e salvos. R.
- Para que, em vossa bondade, nos livreis da antiga condição
de pecadores, tornando - nos capazes de uma vida nova. R.
- Para que, ao nos desviarmos de v ó s, possamos retornar ao
caminho da justiça, do amor e da paz. R.
(L e M.: Equipe do CELMU; Micaela B. Lhotzky Berger — CF 2000.)
(Ao final, reza-se a Oração do Senhor que nunca será omitida.)
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Não havendo confissão e absolvição individuais e sendo oportuno,
quem preside poderá solicitar das pessoas presentes um gesto de mú -
tua reconciliação e paz;
Antes do canto de ação de graças, solicitar um compromisso em sin-
tonia com a CF 2024.
15
.
16 ORAÇÃO PARA CONCLUIR A AÇÃO DE GRAÇAS
.
P Deus e Pai nosso, que perdoastes os nossos pecados e nos
destes a vossa paz,fazei que,perdoando- nos sempre uns aos outros,
sejamos no mundo instrumento de paz. Por Cristo, nosso Senhor.
T. Amém.
RITO CONCLUSIVO
(iQuando a celebração penitenciai é presidida por ministro ordenado:)
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ADORAÇÃO EUCARÍSTICA
ORIENTAÇÕES
0 Rito aqui preparado e proposto para a Adoração Eucarística,
segundo as prescrições do Ritual "A Sagrada Comunhão e o Culto
Eucarístico fora da Missa (CEFM)',' visa recordar que “Sendo o
Sacrifício Eucarístico fonte e ápice de toda a vida cristã, recomenda-
-se encarecidamente tanto a devoção particular como o culto público
à Santíssima Eucaristia,mesmo fora da Missa,em conformidade com
as normas estabelecidas pela autoridade competente” (CEFM,n. 79).
A exposiçã o da Santíssima Eucaristia que pode serfeita com o
cibório ou no ostensório,leva a reconhecer nela a admirável presença
de Cristo e convida à íntima uniã o com Ele, uniã o que atinge o auge
.
na comunhão sacramental Por isso, favorece de maneira admirá vel
o culto que lhe é devido em espírito e verdade (CEFM, n. 82).
As exposiçõ es breves do Santíssimo Sacramento devem
organizar-se de tal modo que nelas, antes da bênçã o, se consagre
um tempo conveniente à leitura da Palavra de Deus, aos câ nticos,
à s preces e à ora ção em silêncio prolongada por algum tempo;
proibindo -se, deste modo, a exposiçã o feita unicamente para dar
a bênçã o (CEFM, n. 89).
Durante a exposiçã o, sejam articuladas de tal modo as
ora ções, os cânticos e as leituras, que os fiéis,entregues à ora çã o,
estejam unidos a Cristo Senhor. A fim de alimentar uma oraçã o
mais íntima, fa çam- se leituras da sagrada Escritura com homilia,
ou exortações breves, que levem a uma melhor estima do mistério
eucarístico. Convém igualmente que os fiéis respondam à Palavra
de Deus com cânticos. É bom que,em certos momentos, se guarde
o silêncio sagrado (CEFM, n. 95).
Deve - se preparar previamente a celebraçã o, distribuindo
os ministérios e as funçõ es litúrgicas.
SOBRE O AMBIENTE
-
Deve se preparar o espaç o celebrativo para o Culto
Eucarístico fora da Missa com sobriedade, de tal modo que trans -
pareç a nestas exposições o culto do Santíssimo Sacramento
17
na sua relaçã o com a Missa. Nos adornos ou ornamentaçõ es
para a exposiçã o evite -se cuidadosamente tudo aquilo que, de
algum modo, possa obscurecer o desejo de Cristo que instituiu a
Santíssima Eucaristia principalmente para estar á nossa disposi-
çã o como alimento, remédio e conforto (CEFM, n. 82).
Para a exposiçã o do Santíssimo com o ostensório, prepara -
-se o altar, tal como para a liturgia da Santa Missa daquele dia,
acende -se quatro ou seis velas, e faz-se a incensaçã o. Na expo-
sição com o cib ório, devem acender-se pelo menos duas velas e
pode usar-se incenso (CEFM, n 85) . .
Coloque - se para a exposiçã o o cibório ou o ostensório sobre
a mesa do altar coberta com uma toalha, não sendo necessário
qualquer outro adorno ou trono para elevá - lo. Se,porém, a exposi-
çã o se prolongar por bastante tempo, e no caso de se usar o osten-
sório, pode utilizar - se um trono colocado em lugar mais elevado,
diferente do altar; mas deve evitar-se que este seja demasiado
alto e distante (CEFM, n. 93).
RITOS INICIAISofepé)
1. CANTO INICIAL
(Um canto eucar .
í stico conhecido por todos Caso a Adoração Eucar í stica
seja presidida por um ministro ordenado, enquanto se canta, a procissão
de entrada se dirige ao presbitério. Dela tomam parte os acólitos com cruz,
velas e incenso, os leitores e quem preside.)
2. SAUDAÇÃO
P. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
T. Amém.
P. Estamos vivendo, como Igreja no Brasil, a Campanha da
Fraternidade,que traz como tema "Fraternidade e Amizade Social”,
inspirada na Carta Encíclica Fratelli Tutti, sobre a Fraternidade
e a Amizade Social, escrita pelo Papa Francisco e publicada em
3 de outubro de 2020, véspera da festa de Sã o Francisco de
Assis. E traz também o lema "Vós sois todos irmã os e irmã os”
(cf. Mt 23,8). Para bem rezarmos este momento, desejo - vos que
o Deus da Esperança, que nos dá a plenitude da alegria e paz em
nossa f é, pela a çã o do Espírito Santo, esteja convosco.
T. Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.
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3. ORAÇÃO
P. Oremos. Pai, dai-nos um cora çã o cheio de misericó rdia,
como o de vosso Filho Jesus, pois só assim teremos a certeza
de estar em comunhão convosco, a caminho da vida eterna. Por
nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo.
T. Amém.
19
5. ORAÇÃO DA CF 2024 (p. 33)
{Quem preside motiva espontaneamente para que todos rezem juntos.)
7. ACLAMAÇÃO
R. Louvor e gló ria a ti, Senhor, Cristo, Palavra de Deus.
0 homem nã o vive somente de pã o, mas de toda a palavra da
boca de Deus (Mt 4,4b).
8. PROCLAMAÇÃO
Ministro(a): 0 Senhor esteja convosco.
T. Ele está no meio de nós.
M. Proclama çã o do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Sã o
Lucas (10,25 -37).
T. Glória a vó s, Senhor.
(II Lecionáír o Semanal, p.1055 e 1056.)
M. Naquele tempo,25um mestre da Lei se levantou e,querendo
p ôr Jesus em dificuldade, perguntou: “Mestre, que devo fazer
para receber em herança a vida eterna?" 26Jesus lhe disse: “0 que
está escrito na Lei? Como lês?" 27Ele entã o respondeu: “Amarás o
Senhor,teu Deus, de todo o teu coraçã o e com toda a tua alma, com
toda a tua força e com toda a tua inteligência; e ao teu pr óximo
como a ti mesmo!" 28Jesus lhe disse: "Tu respondeste correta -
mente. Faze isso e viverás".29Ele, porém, querendo justificar-se,
disse a Jesus: “E quem é o meu pr óximo?” 30Jesus respondeu:
“Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mã os
de assaltantes. Estes arrancaram - lhe tudo, espancaram-no, e
foram-se embora, deixando- o quase morto. 31Por acaso,um sacer -
dote estava descendo por aquele caminho. Quando viu o homem,
seguiu adiante, pelo outro lado. 320 mesmo aconteceu com um
levita: chegou ao lugar, viu o homem e seguiu adiante, pelo outro
lado. 33 Mas um samaritano, que estava viajando, chegou perto
20
dele, viu e sentiu compaixã o. 34Aproximou- se dele e fez curativos,
derramando óleo e vinho nas feridas. Depois colocou o homem
em seu pr óprio animal e levou- o a uma pensã o, onde cuidou dele.
35
No dia seguinte, pegou duas moedas de prata e entregou-as ao
dono da pensã o, recomendando: 'Toma conta dele! Quando eu
voltar, vou pagar o que tiveres gasto a mais'”. E Jesus perguntou:
36 Na tua opiniã ,
" o qual dos três foi o próximo do homem que caiu
nas mã os dos assaltantes?” 37Ele respondeu: “Aquele que usou de
miseric órdia para com ele". Entã o Jesus lhe disse: “Vai e faze a
mesma coisa ”. Palavra da Salva ção.
T. Gl ória a vós, Senhor.
( Após a proclamação, todos se assentam. Faz-se silêncio para a meditação
pessoal.)
9. HOMILIA
(Se for oportuno,faz-se uma breve reflexão.)
10.1. 1a MEDITAÇÃO
Ll: A grande pergunta que se p õe diante de n ós é: o que é
amizade social? Deixemos que o próprio Papa Francisco nos
responda: amizade social é “amor que ultrapassa as barreiras da
geografia edoespaç o”(FT,n.l);amizadesocial é “umafraternidade
aberta,que permite reconhecer,valorizar eamartodasas pessoas,
independentemente da sua proximidade física" (FT,n.1); amizade
social é um “amor (...) desejoso de abraçar a todos.” (FT, n. 3);
amizade social é "comunicar com a vida o amor de Deus, recu-
sando impor doutrinas por meio de uma guerra dialética” (cf. FT,
n. 4); amizade social é viver livre "de todo desejo de domí nio sobre
os outros" (FT,n. 4); amizade social é "o amor que se estende para
além das fronteiras” (FT, n. 99), “para todo ser vivo" (FT, n. 59);
amizade social é o “amor que rompe as cadeias que nos isolam e
separam, lançando pontes; o amor que nos permite construir uma
grande família na qual todos n ós podemos nos sentir em casa (...)
amor que sabe de compaixã o e dignidade” (FT, n. 62); amizade
21
social é a nossa "vocaçã o para formar uma comunidade feita de
irmã os que se acolhem mutuamente e cuidam uns dos outros”
(FT, n. 96); amizade social é "a capacidade diá ria de alargar o meu
círculo, chegar à queles que espontaneamente não sinto como
parte do meu mundo de interesses, embora se encontrem perto
de mim” (FT, n. 97); amizade social é amor que "implica algo mais
do que uma série de a çõ es benéficas. As a ções derivam de uma
uniã o que propende cada vez mais para o outro, considerando- o
precioso, digno,aprazí vel e bom,independentemente das aparên-
cias físicas ou morais. 0 amor ao outro por ser quem é impele -
mos a procurar o melhor para a sua vida. Só cultivando essa forma
de nos relacionarmos é que tornaremos possível aquela amizade
social que nã o exclui ninguém e a fraternidade aberta a todos”
(FT, n. 94). “0 amor coloca - nos em tensã o para a comunhã o
universal. Ninguém amadurece nem alcanç a a plenitude isolando -
-se. Por sua própria dinâ mica, o amor exige uma progressiva
abertura, uma maior capacidade de acolher os outros, em uma
aventura sem fim, que faz convergir todas as periferias rumo a
um sentido pleno de mútua pertença. Disse -nos Jesus: 'Todos v ó s
sois irmã os' (Mt 23,8)" (FT, n. 95).
-
(Faz se uma pausa silenciosa.)
L2: Com tristeza, constatamos que em nossa sociedade, nã o
obstante se contemple sinais eloquentes de fraternidade e amizade
social, podemos contemplar também aquilo que o Papa Francisco
chamou "sombras de um mundo fechado". Há muitos sinais de
que o tecido social está esgarçado e a convivência humana amea -
çada pela indiferença, pelo armamentismo, pela agressividade e
violência,pelo assédio moral e sexual,pelas práticas de bullying,pela
corrup çã o, pelo aborto, pela eutanásia, pela devastaçã o ambiental,
pelo tráfico e consumo de drogas, pelo feminicídio, pela miséria e
pela fome de inúmeros brasileiros, pela intolerância religiosa, pelas
invasões e guerras e seus refugiados, pelo trabalho escravo... É
preciso urgentemente restaurar e reconstruir os relacionamentos,
a partir do interior, do cimento que dá firmeza e estabilidade às
relações humanas de toda e qualquer natureza. Mas, nã o consegui-
remos o remédio adequado para a cura se não descobrirmos a raiz
de onde se fundam tantos sintomas de uma sociedade adoecida, o
fio condutor que liga todas estas realidades que pareciam adorme-
cidas,mas ressurgem com força extraordinária em nosso meio.
(Faz-se outra pausa silenciosa.)
22
L3: Nossa cultura da fragmentaçã o leva -nos na direçã o
oposta à quela que o Evangelho nos propõ e. Faz - nos ver a parte
sem compreender o todo. Mas, a CF 2024 indica- nos o caminho
contrário: é preciso olhar com seriedade os sinais, mas buscar
os alicerces, descobrir o elo, a conexão de todas as ligações.
Parece - nos que o mal de que nossa sociedade padece é o da
alterofobia (medo, rejeiçã o, aversã o a tudo aquilo que é outro,
que nã o sou eu mesmo). Hoje vivemos fisicamente próximos,
mas absolutamente distantes. Não buscamos o encontro com o
outro, mas buscamos no outro um espelho que reforce as nossas
concep ções ideológicas. Trocamos o relacionamento humano, por
qualquer outro tipo de relacionamento, desumano e desumani-
zador, possessivo, utilitá rio... que nã o dá ao outro o direito de ser
ele mesmo.
(Faz-se outra pausa silenciosa.)
P. Gra ças e louvores se deem a todo o momento.
T. Ao santíssimo e diviní ssimo Sacramento.
Canto: A Barca
1. Tu te abeiraste na praia. Nã o buscaste nem sábios, nem ricos,
somente queres que eu te siga.
R. Senhor, tu me olhaste nos olhos, a sorrir, pronunciaste
meu nome. Lá na praia, eu larguei o meu barco. Junto a ti,
buscarei outro mar.
2. Tu sabes bem que em meu barco eu nã o tenho espadas nem
ouro, somente redes e o meu trabalho.
3. Tu, minhas mã os solicitas. Meu cansa ç o que a outros
descanse, amor que almeja seguir amando.
4. Tu, pescador de outros lagos, ânsia eterna de almas que
esperam, bondoso amigo, assim me chamas.
{ Letra e Música: Mons. Cesáreo Gabaráin.)
(Faz-se um adequado momento de silêncio.)
10.2. 2a MEDITAÇÃO
L2: Diante de Jesus que se doa a nós na Eucaristia, fazendo-
- nostodosirmã os eirmãs,ao redordesuamesa,questionemo - nos:
{ Faz-se uma pequena pausa silenciosa entre os questionamentos.)
23
• Como podemos fomentar a amizade social em nossa comu-
nidade eclesial?
• Quais foram as vezes em que nã o permitimos a abertura ao
próximo, sobretudo aqueles que mais necessitam?
• Conseguimos promover o que nos pede o Papa Francisco na
Carta Encíclica Fratelli Tutti?
• Nesta Quaresma,tempo propício à conversã o, buscamos vol-
tar nosso cora çã o a Deus com sinceridade e dedica çã o para
nos sentirmos todos irmã os?
• Quais sã o as pessoas ou grupos que ainda mantemos distan -
tes de nós?
( Pode se acrescentar outras perguntas de acordo com a realidade do local.)
P. Gra ças e louvores se deem a todo o momento.
T. Ao santíssimo e diviníssimo Sacramento.
(Em seguida, faz-se um adequado momento de silêncio para adoração
pessoal.)
24
P. Acolhei, Senhor Deus de bondade, as preces e súplicas que
a ós apresentamos, bem como todas aquelas que trazemos em
v
.
nosso coraçã o suplicante Por Cristo, nosso Senhor.
T. Amém.
.
P Tu és Pedro .
T. E sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja.
P. Oremos. Deus, Pastor e guia de todos os fiéis, olhai com
.
bondade para o vosso servo, o Papa N , a quem quisestes colocar
como pastor da vossa Igreja. Concedei-lhe que dirija seus fiéis
pela palavra e pelo exemplo e, assim, ele e seu rebanho alcancem
a vida eterna. Por Cristo, nosso Senhor.
T. Amém.
P. Oremos pelo nosso (Arce)Bispo N.; que vigilante ele apas-
cente, Senhor, o vosso rebanho com a vossa for ça e na grandeza
de vosso Nome. (Pausa silenciosa para a oração.)
P. Tu és Sacerdote para sempre.
T. Segundo a ordem do Rei Melquisedeque.
P. Oremos. Ó Deus, que cuidais do vosso povo com carinho e
o governais com amor, dai o espírito de sabedoria àquele a quem
confiastes este rebanho e resulte proveito das ovelhas na alegria
do pastor. Por Cristo, nosso Senhor.
T. Amém.
25
14. CANTO
Tão sublime Sacramento adoremos neste altar,
pois o Antigo Testamento deu ao Novo seu lugar.
Venha a f é por suplemento os sentidos completar.
Ao Eterno Pai cantemos e a Jesus, o Salvador.
Ao Espírito exaltemos, na Trindade eterno amor.
Ao Deus Uno e Trino demos a alegria do louvor.
Amém. Amém.
(Texto de São Tomás de Aquino.)
P. Do c éu lhes destes o Pã o.
T. Que contém todo o sabor.
P. Oremos. Iluminai, ó Deus, os nossos corações com a luz
da f é e acedei neles o fogo do vosso amor, para que em espírito
e verdade adoremos a Jesus Cristo, a quem reconhecemos como
Deus e Senhor neste admirá vel Sacramento. Por Cristo, nosso
Senhor.
T. Amém.
( Pode-se utilizar esta ou outras orações presentes no n. 98 do ritual "Sagrada
Comunhão e Culto Eucar í stico fora da Missa” )
( Terminada a oração , o sacerdote ou diácono, de véu umeraljaz genuflexão,
toma o ostensório ou cibório e com ele traça, em silêncio, o sinal da cruz
sobre o povo [CEFM, n. 99} . Dada a bênção, o próprio sacerdote ou diácono
que deu a bênção, ou outro, repõe o Sacramento no tabernáculo. Contudo,
onde se conserva o costume devocional, após a bênção, reza-se cada um dos
louvores, que é repetido pela assembleia.)
- Bendito seja Deus.
- Bendito seja seu Santo Nome.
- Bendito seja Jesus Cristo,verdadeiro Deus e verdadeiro Homem.
- Bendito seja o nome de Jesus.
- Bendito seja seu sacratíssimo Cora çã o.
- Bendito seja seu preciosíssimo Sangue.
- Bendito seja Jesus no Santíssimo Sacramento do altar.
- Bendito seja o Espírito Santo Paráclito.
- Bendita seja a grande Mã e de Deus,Maria Santíssima.
- Bendita seja sua Santa e Imaculada Conceição.
26
- Bendita seja sua gloriosa Assunçã o.
- Bendito seja o nome de Maria, Virgem e M ã e.
- Bendito seja Sã o José, seu castíssimo esposo.
- Bendito seja Deus em seus Anjos e em seus Santos.
(Se for oportuno, o Presidente convida a rezar a Oração pela Igreja e pela
Pá tria.)
T. Deus e Senhor nosso, protegei vossa Igreja, dai-lhe
santos pastores e dignos ministros. Derramai vossas bênçãos
sobre o nosso santo Padre, o Papa, sobre o nosso Bispo, sobre
os nossos pá rocos e sobre todo o clero;sobre o chefe da Nação e
do Estado e sobre todas as pessoas constituídas em dignidade,
para que governem com justiça. Dai ao povo brasileiro paz
constante e prosperidade completa. Favorecei, com os efeitos
contínuos de vossa bondade, o Brasil, esta Diocese, a par óquia
em que habitamos, a cada um de nós em particular e a todas
as pessoas por quem somos obrigados a orar ou que se reco-
mendaram à s nossas ora ções. Tende misericórdia dos nossos
irmãos e irmãs que padecem no purgatório; dai-lhes, Senhor, o
descanso e a luz eterna. Amém!
Pai nosso...
Ave,Maria...
Gl ória ao Pai...
( Enquanto o Santí ssimo Sacramento á recolhido ao tabernáculo, ou como
canto final, canta-se í)
1. Antes da Morte e Ressurreiçã o de Jesus, Ele, na Ceia, quis se
entregar. Deu- se em comida e bebida pra nos salvar.
R. E quando amanhecer o dia eterno, a plena visão, ressurgi-
remos por crer nesta vida escondida no pão.
2. Este banquete alimenta o amor dos irmãos e nos prepara à
glória dos céus. Ele é a for ça na caminhada pra Deus.
( Dom Carlos Alberto Navarro e M.: Waldeci Farias.)
L:
27
CELEBRAÇÃO ECUMÉNICA
1. CHEGADA
Refrão de acolhida: "Onde reina o amor,fraterno amor! Onde
reina o amor, Deus ai está!” (Taizé).
Animador(a): Como Igreja de Cristo nos reunimos para
celebrar nossa f é e fortalecer os laços que nos irmanam no
seguimento de Jesus. Somos motivados pela CF 2024, que nos
recorda que, como irmã os e irmã s, somos todos chamados a ser
no mundo presenças que movem ao diá logo e ao encontro, bases
que sustentam a amizade social. Nesse espírito, nos coloquemos
diante de Deus, em oraçã o comum, suplicando o dom da unidade
para nós, nossas igrejas e toda comunidade humana.
CAcolhida e apresentação das comunidades e igrejas presentes na
celebração.)
3. PRECE DE RECONCILIAÇÃO
Ll: A consciência de que somos chamados à comunhã o nos
move a reconhecer as sombras que envolvem nossa caminhada
como comunidades de f é e a nossa presença evangélica no mundo.
28
L2: De um modo especial, reconhecemos nossos pecados
contra a unidade da Igreja e da humanidade. Pedimos perdã o
pelas incoer ências de nosso testemunho cristã o no mundo, pelas
vezes que, em nome de nossas crenças, sustentamos atitudes e
a çõ es de violência e intolerância.
L3: Diante do Senhor, apresentamos nosso cora çã o contrito,
rogando que sua miseric órdia nos abrace e nos ensine a trilhar os
caminhos da fraternidade, do encontro e do apreç o mútuo.
(A comunidade pode, espontaneamente, recordar situações da vida
das igrejas e do mundo que motivam o pedido de perdão e o convite à
reconciliação.)
4. ESCUTA DA PALAVRA
.
{ Pode-se cantar um refrão ou hino de aclamação à leitura biblica )
Animador(a ): No Evangelho de Jesus encontramos uma
"fonte de dignidade humana e fraternidade” (FT, n. 277). Como
artesã os do Reino, coloquemo - nos à escuta da Palavra para dela
haurirmos a for ç a e a luz que permitem crescer na fraternidade e
na comunhã o.
Leitura bíblica: Lucas 10,25-37 (sugerimos que seja feita de
forma dialogada.)
29
( Momento de silêncio para interiorização, seguida de uma breve homilia ou
reflexão partilhada.)
1 - .
FRANCISCO; AHMAD AL TAYYF B. Documento sobre a fraternidade humana em prol
da paz mundial e da convivência comum. (Viagens). Abu-Dabhi, 4 de fevereiro de 2019.
30
dos torturados em qualquer parte do mundo, sem distinçã o
alguma.
• Em nome dos povos que perderam a seguranç a,a paz e a con -
viv ência comum, tornando -se vítimas das destruições, das
ruí nas e das guerras.
• Em nome da "fraternidade humana”, que abra ça todos os ho -
mens, une - os e torna- os iguais.
R. Misericordioso é Deus. Sempre, sempre, o cantarei (Taizé ).
• Em nome desta fraternidade, dilacerada pelas políticas de
integralismo e divisã o, pelos sistemas de lucro desmedido
e pelas tendências ideológicas odiosas, que manipulam as
a çõ es e os destinos dos homens.
• Em nome da liberdade, que Deus deu a todos os seres huma -
nos, criando- os livres e enobrecendo -os com ela.
• Em nome da justiç a e da miseric órdia,fundamentos da pros -
peridade e pilares da f é.
• Em nome de todas as pessoas de boa vontade, presentes em
todos os cantos da terra.
T. Em nome de Deus e de tudo isso, (...) declaramos adotar a
cultura do diálogo como caminho; a colaboraçã o comum como
conduta; o conhecimento mútuo como método e critério.
R. Misericordioso é Deus. Sempre, sempre, o cantarei ( Taizé ).
(Pode-se concluir o momento com a oração atribuída a São Francisco
cantada - “Senhor,fazei-me instrumento de vossa paz!”.)
6. ORAÇÃO E BÊNÇÃO
(Antecedendo a oração ecuménica, o(s) dirigente(s) da celebração convidam
as pessoas da assembleia para colocarem a mão uma sobre o ombro da
outra, em sinal de apoio mútuo, e meditar nas palavras da oração profe-
ridas. Após a oração, convida-se a darem-se as mãos, rezando juntos(as ) o
Pai -Nosso Ecuménico.)
31
Família: Concedei-nos, a nós cristã os, que vivamos o
Evangelho e reconheçamos Cristo em cada ser humano, para o
vermos crucificado nas angústias dos abandonados e dos esque-
cidos deste mundo e ressuscitado em cada irmã o que se levanta.
Pessoa idosa: Vinde, Espírito Santo! Mostrai- nos a vossa
beleza refletida em todos os povos da terra, para descobrirmos
que todos são importantes, que todos sã o necessá rios, que sã o
rostos diferentes da mesma humanidade amada por Deus. Amém.
T. (versão ecuménica) Pai nosso, que está s nos céus, santifi-
cado seja o teu nome, venha o teu reino. Seja feita a tua vontade,
assim na terra como no céu. 0 pão nosso de cada dia dá- nos
hoje, perdoa as nossas ofensas, assim como nós perdoamos
a quem nos tem ofendido. E nã o nos deixes cair em tentaçã o,
mas livra- nos do mal, pois teu é o Reino, o Poder e a Glória para
sempre. Amém.
8. ORAÇÃO DE BÊNÇÃO
Todos(as) os(as) ministros(as): 0 Senhor nos abenç oe e
nos fortale ç a; nos guarde na amizade e na fraterna colabora çã o
mútua. Que sejamos no mundo um sinal de paz e testemunhas de
cura das feridas que desunem a humanidade. Em nome do Pai e
do Filho e do Espírito Santo. Am ém.
32
ORAÇÃO DA CF 2024
Deus Pai,
vós criastes todos os seres humanos
com a mesma dignidade.
V ós os resgatastes pela vida,
morte e ressurreiçã o do vosso Filho, Jesus Cristo,
e os tornastes filhos e filhas, santificados no Espírito.
Ajudai- nos, nesta Quaresma,
a compreender o valor da amizade social
e a viver a beleza da fraternidade humana aberta a todos,
para além dos nossos gostos, afetos e preferências,
num caminho de verdadeira penitência e conversã o.
Inspirai-nos um renovado compromisso
batismal com a construçã o de um mundo novo,
de diálogo, justiç a,igualdade e paz,
conforme a Boa - Nova do Evangelho.
Ensinai- nos a construir uma sociedade solidá ria,
sem exclusã o,indiferença, violência e guerras.
E que Maria, vossa Serva e nossa Mãe,
nos eduque, para fazermos vossa santa vontade.
Amém!
33
HINO DA CF 2024
34
ELEMENTOS DO CARTAZ
0 cartaz apresenta o cenário da comunidade como uma
casa, espa ç o onde se acolhe os irmã os e irmãs para a partilha do
alimento e da vida.
A mesa, a qual todos se encontram ao redor - indí genas,
negros, brancos, homens, mulheres, gestante, crianç as, jovens,
cadeirante, adultos e idosos - remete ao sacramento da amizade
de Deus com a humanidade.
0 símbolo maior da comunidade é a celebra çã o da f é ao
redor de uma mesa, com pã o, vinho e fraternidade. Os alimentos
na mesa, típicos da dieta mediterrânica, recordam as refeições
de Jesus. As janelas apontam uma casa aberta aos desafios do
mundo e da realidade.
No meio da cena está o Papa Francisco,com sua bengala. Esta
imagem expressa aquele que assume suas limitações e prop õ e ao
mundo a amizade social por meio de sua Encíclica Fratelli Tutti.
Ele mostra que é um caminho necessá rio para garantir a boa
convivência e a subsistência de todos os seres humanos.
0 Santo Padre usa a cruz de dom Helder Camara, que parti-
cipou da fundaçã o da CNBB em 1952, no Rio de Janeiro, sendo o
primeiro secretário -geral da Confer ência. Esta imagem recorda
as semelhanças entre estes dois grandes homens de f é, que tanto
colaboraram e colaboram com a história da CNBB e da Igreja no
Brasil e no Mundo.
0 cartaz convida tamb ém ao gesto concreto da Campanha
da Fraternidade: a doaçã o à Coleta Nacional da Solidariedade que
acontecerá no dia 24 de mar ç o de 2024, Domingo de Ramos da
Paixã o do Nosso Senhor. A coleta fortalece os Fundos Diocesanos
e Nacional de Solidariedade, que colaboram com centenas de
projetos sociais por todo o Brasil, sempre ligados ao tema da CF
de cada ano.
35
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+
Terço da Amizade Social
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