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A Doutrina Da Ressurreição Dos Mortos

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A DOUTRINA DA RESSURREIÇÃO DOS MORTOS 6. Quinhentas testemunhas (v.6).

Paulo afirma que caso os coríntios duvidassem de


Pedro e dos outros apóstolos, eles poderiam apresentar um grupo maior, pois o Senhor
1. O ensino de Paulo sobre a ressurreição. O capítulo 15 da Primeira Epístola aos Coríntios é uma Jesus foi visto, certa vez, por mais de quinhentos irmãos. É interessante ressaltar que o
exposição detalhada sobre a doutrina da ressurreição dos mortos. Paulo começa tratando da apóstolo escreveu a Primeira Epístola aos Coríntios cerca de 30 anos depois de o fato ter
ressurreição de Jesus. Muitos na igreja de Corinto diziam não haver ressurreição (15.12). Negavam acontecido, afirmando que muitas dessas testemunhas ainda estavam vivas. Em outras
até a ressurreição do próprio Cristo. Eram influenciados pelas idéias racionalistas dos filósofos palavras, estava colocando as provas à disposição de qualquer interessado.
gregos. Lembre-se: “as más conversações corrompem os bons costumes” (15.33). Por isso, Paulo
apresenta aos irmãos de Corinto as provas indestrutíveis da ressurreição de Jesus. 7. Foi visto até pelos que não criam. Paulo menciona o fato de Tiago (irmão do Senhor,
que durante a vida de Jesus na Terra não cria nEle) ter sido uma testemunha da
Os saduceus. Os saduceus eram os intelectuais da época de Cristo. Na sua maioria eram sacerdotes ressurreição (Mc 6.3; Jo 7.5). Aparentemente, a ressurreição de Jesus o havia convencido
e membros do sinédrio – o supremo tribunal judaico (At 5.17). Eles aceitavam somente o Pentateuco da verdade a respeito de Cristo, pois ele estava entre o grupo que compareceu ao
— a Lei de Moisés. Os três Evangelhos sinóticos afirmam que eles não criam na ressurreição (Mt cenáculo depois da ascensão (At 1.13). Paulo, o maior perseguidor da fé cristã, também
22.23; Mc 12.18; Lc 20.27) e na existência de anjos (At 23.8). Diziam que a crença da ressurreição teve um encontro com o Cristo ressurreto. Ele mesmo conta como foi esse encontro (At
dos mortos não podia ser confirmada nos escritos de Moisés. O historiador Flávio Josefo declara que 22.5-8). Jesus provou a Paulo que Ele estava vivo. Com isso, tornou-se Paulo o maior
a crença deles era de que a alma morria com o corpo, opondo-se assim aos fariseus que criam defensor dessa doutrina. Trata-se, pois, de um doutor da lei, líder da religião dos judeus e
nessas doutrinas. perseguidor dos cristãos que se converteu a Jesus.

2. Os gregos. Não eram só os saduceus que negavam a ressurreição dos mortos: os gregos também 8. Seu significado. A ressurreição de Cristo não consistiu apenas no fato de Ele tornar a
procediam da mesma forma (At 17.32; 1 Co 15.12). Na atualidade, os céticos, os materialistas e até viver, pois, se assim fosse, não haveria diferença das ressurreições registradas no Antigo
grupos religiosos negam, de igual modo, a doutrina bíblica da ressurreição. Testamento, nem Jesus poderia ser considerado “as primícias dos que dormem” (1 Co
15.20); nem o “primogênito dentre os mortos” (Cl 1.18). A ressurreição de Cristo significa
3. A insensatez dos incrédulos. Negar a ressurreição de Jesus é tolice. Se a ressurreição de Jesus não
a sua glorificação e exaltação (Jo 7.39; Rm 6.4; Fp 3.20,21); a vitória esmagadora sobre
fosse um fato real, o Cristianismo teria morrido em seu nascedouro. A Bíblia, porém, afirma que o
Satanás, o pecado, a morte e o inferno (1 Co 15.54-56; Ap 1.17,18). É a viga mestra e o
túmulo de Jesus foi encontrado vazio (Mt 28.6). Onde, pois, estava o corpo crucificado? O próprio
pilar do cristianismo. Cristo foi o primeiro a ressuscitar dos mortos para jamais voltar a
Jesus falou acerca da sua morte e ressurreição ao terceiro dia (Jo 2.19-22).
morrer (1 Co 15.20). Ele é o nosso precursor, a garantia de que, no final, ressuscitaremos
para a vida eterna. Jesus determinou que sua morte e ressurreição fossem o centro da
4. “Segundo as Escrituras” (v.4). As evidências da ressurreição do Mestre já se encontravam nas
pregação do Evangelho (Lc 24.44-47).
“Escrituras” desde o Antigo Testamento (Sl 16.8-10; Os 6.2). O primeiro argumento para fundamentar
a doutrina do Cristo ressuscitado tem sua base na Palavra de Deus. Depois temos as provas factuais,
CONCLUSÃO. A morte expiatória de Jesus foi uma realidade divina; mostra que o homem
pois a ressurreição de Jesus é um fato incontestável. A Bíblia afirma que Jesus “… se apresentou vivo,
pode encontrar o perdão dos seus pecados, e assim ter paz com Deus (Rm 4.25). A
com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias” (At 1.3). A
ressurreição de Jesus prova que a sua morte expiatória foi aceita pelo Pai. Ele ressuscitou
expressão “infalíveis provas”, no original grego, só aparece aqui, em todo o Novo Testamento, e
e os que já dormem no Senhor, quando do arrebatamento da Igreja, também
distingue-se do vocábulo “testemunho” e de outros termos similares. É uma palavra técnica para
ressuscitarão para a vida eterna juntamente com Ele.
“prova incontestável” refere-se, por conseguinte, à prova baseada em fatos que, por si só, suscitam
credibilidade. Essas provas infalíveis e incontestáveis jamais puderam ser refutadas. As autoridades
religiosas de Jerusalém lutaram muito para neutralizá-las, mas não o conseguiram (Mt 28.11-15).

5. Evidências das testemunhas pessoais (v.5). Paulo afirmou que Jesus se apresentou vivo a Pedro
(Lc 24.34), depois aos demais apóstolos durante 40 dias (At 1.3). Eles pagaram um preço muito alto
pelo que viram e testemunharam. Foram perseguidos, presos, torturados e mortos porque
afirmaram que Jesus estava vivo (At 12.1-3). Isso está também registrado na história, e não apenas
no Novo Testamento. Quem estaria disposto a morrer por uma mentira? Talvez algum insensato, mas
não tanta gente. De fato, Cristo ressuscitou. Aleluia!

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