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Resumo Psicologia Social

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Resumo – Psicologia social

AULA2 - O que é psicologia social – Primeiras aproximações para uma


psicologia social crítica

A Psicologia Social (PSO) é um campo da Psicologia que estuda o


comportamento de indivíduos enquanto seres sociais, reflete sobre o modo como se
forma nossa concepção de mundo, nossa relação com a linguagem e com a
aprendizagem através das relações sociais: família, escola e trabalho. O enfoque da
Psicologia Social é estudar o comportamento de indivíduos no que ele é influenciado
socialmente.
A Psicologia Social estuda a relação essencial entre o indivíduo e a sociedade,
esta entendida historicamente, desde como seus membros se organizam para garantir
sua sobrevivência até seus costumes, valores e instituições necessárias para a
continuidade da sociedade.
Psicologia Social é conhecer como o homem se insere nesse processo
histórico, não apenas em como ele é determinado, mas principalmente, como ele se
torna agente da história, ou seja, como ele pode transformar a sociedade em que vive.

Como nos tornamos sociais?


Desde o nascimento, o indivíduo está inserido num contexto histórico, pois as
relações entre o adulto e a criança recém-nascida seguem um modelo ou padrão que
cada sociedade veio desenvolvendo e que considera a mais adequada ou correta.

Consciência de sí
Apenas quando formos capazes de encontrar as razões históricas da nossa
sociedade e do nosso grupo social que explicam por que agimos hoje da forma como
o fazemos é que estaremos desenvolvendo a consciência de nós mesmos.
Deste modo entendemos que a consciência de si poderá alterar a identidade
social, na medida em que, dentro dos grupos que nos definem, questionamos os
papéis quanto à sua determinação e funções históricas

Como apreendemos o que nos cerca?


A linguagem
A linguagem, instrumento e produto social e histórico, se articula com
significados objetivos, abstratos, metafóricos, além dos neologismos e gírias de cada
época.
Hoje, os estudos sobre o desenvolvimento intelectual mostram como a
aquisição da linguagem é condição essencial para o chamado desenvolvimento
intelectual,
A linguagem exerce a mediação entre nós e o mundo, na medida em que ela
permite a elaboração de representações sociais. Ou seja, é através delas que
descrevemos, explicamos e acreditamos na nossa realidade e o fazemos de acordo
com o nosso grupo social.
A linguagem existe como produto social, e é através das relações com os
outros que elaboramos nossas representações do que é o mundo.

A história via família e escola


Família é o grupo necessário para garantir sobrevivência do indivíduo. Ela é
regida por leis, normas e costumes que definem direitos e deveres dos seus membros
e, portanto, os papéis de marido e mulher, de pai, mãe e filhos deverão reproduzir as
relações de poder da sociedade em que vivem.

Na fase de socialização primária a família atua no individuo transmitindo os


valores necessários para a convivência aceitável dentro das normas sociais vigentes.
Tanto no ambiente familiar quanto na preparação para quando a criança sair e
começar a se relacionar com outros meios

A escola
Da mesma forma que a família, a educação também é institucionalizada, ou
seja, princípios, objetivos, conteúdos, direitos e deveres são definidos pelo governo a
fim de garantir que, em todos os seus níveis, ela reproduza conhecimentos e valores,
necessários para a "transmissão harmoniosa da cultura, produzida por gerações
anteriores, para as novas, garantindo o desenvolvimento de novos conhecimentos,
necessários para o progresso do país".

Mas esse modelo de escola não deve ser engessado nos moldes de décadas
atras. Sendo assim é a escola crítica, a escola onde nenhuma verdade seja absoluta,
onde as relações sociais possam ser questionadas e reformuladas, o que propiciará a
formação de indivíduos conscientes de suas determinações sociais e de sua inserção
histórica na sociedade; consequentemente, as suas práticas sociais poderão ser
reformuladas.

Trabalho e Classe Social


É no processo de acumulação de bens que o capital se apodera dos meios de
produção, fazendo com que a mercadoria não seja apenas o produto fabricado, mas
também a força de trabalho, e as próprias relações sociais decorrentes, no processo –
em outras palavras, os homens se tornam mercadorias.
Conforme o lugar onde o indivíduo se inserir, dele será esperado o
desempenho de determinadas atividades que garantam a manutenção das relações
de produção e, consequentemente, as classes sociais como tais.
É dentro deste contexto que iremos analisar, no nível psicossocial, o significado
de trabalho, como atividades realizadas por indivíduos; atividades estas produzidas
pela sociedade à qual eles pertencem.
Qualquer atividade é objetivada, seja quando ela é desencadeada pelo
pensamento de “quero, ou preciso de um objeto real”, seja quando ela se traduz numa
sequencia de ações visando um fim, isto é, a obtenção do objeto real.
Um indivíduo inserido numa classe social de uma sociedade capitalista, onde a
produção, depois de atender às necessidades de sobrevivência, cria novas
necessidades de consumo e, consequentemente, objetos que satisfaçam estas
necessidades; a sua atividade dependerá essencialmente das condições objetivas de
vida, e agindo sobre elas as transforma, produzindo coisas que inicialmente foram
pensadas ou imaginadas e que, quando concretizadas, trazem em si a atividade
objetivada, ou seja, o objeto está impregnado da atividade do homem, assim como na
ação de fazer o objeto o homem se modifica.
Da mesma forma que se diz, genericamente, que o homem ao transformar a
natureza se transforma, podemos constatar que o indivíduo, ao produzir um objeto,
transforma uma matéria que se torna coisa através da sua atividade, e pela própria
atividade desenvolvida ele, indivíduo, se transforma.
Esta análise da atividade nos permite apontar para a importância vital do
trabalho humano, pois é através dele que nos objetivamos socialmente, e é também
através dele que nos modificamos continuamente, ou seja, nos produzimos, nos
realizamos.
A principal característica do trabalho nas sociedades atuais é que ele se realiza
utilizando instrumentos, o que torna a atividade necessariamente social, pois o uso de
instrumentos, como já vimos, pressupõe cooperação e comunicação entre os homens;
assim, se o instrumento nos liga ao mundo das coisas, ele também nos liga a outros
indivíduos, produzindo a linguagem e o pensamento, o qual, por sua vez, produzirá
atividades e ações que se concretizam nas relações sociais.
Enquanto o homem não recuperar para si a sua atividade que é, psicológica,
social e historicamente, pensamento e ação, e que só ocorre através da sua relação
com os outros homens, concretizando o pensamento na comunicação e a atividade
em ações cooperativas, ele estará alienado de sua própria realidade objetiva, com
uma falsa consciência social e, conseqüentemente, com uma falsa consciência de si.
A consciência de si, a consciência social e a consciência de classe são apenas
produtos de um único processo, decorrente da atividade humana, que é pensamento e
ação, teoria e prática, que se concretizam através da cooperação entre os homens na
produção de suas próprias vidas

O indivíduo na Comunidade
É necessário lembrar que, apesar de central para a vida de um indivíduo, o
trabalho remunerado não é a única atividade socialmente produtiva que ele
desenvolve; há uma série de necessidades que não são satisfeitas exclusivamente
através do salário, e que podem ser motivos para o agrupamento de pessoas visando
a sua satisfação
É em torno destas atividades que a Psicologia Comunitária propõe uma
sistemática de intervenção, principalmente em sociedades capitalistas, onde a
mediação da ideologia dominante se faz sentir nas relações sociais desempenhadas
na família, na escola e no trabalho, impedindo ou dificultando a criação de novas
formas de relacionamento.
Desenvolver relações sociais que se efetivem através da comunicação e
cooperação entre pessoas, relações onde não haja dominação de uns sobre outros,
por meio de procedimentos educativos e, basicamente, preventivos, se tornou o
objetivo central de atividades comunitárias, as quais podem ocorrer em uma casa, com
pessoas criando novas relações "familiares", em escolas, hospitais e mesmo entre um
grupo de vizinhança ou de bairro, desde que estes se identifiquem por necessidades
comuns a serem satisfeitas, através de atividades planejadas em conjunto e que
impliquem em ações de vários indivíduos, encadeadas para atingir o objetivo
proposto.

AULA 3 E 4 – aspectos históricos e epistemológicos: psicologia das massas e


cultura

A psicologia social é o terceiro de 3 objetivos de Wundt. Sendo os outros dois a


criação de uma psicologia experimental e a criação de uma metafísica cientifica ou
filosofia cientifica. A psicologia das massas tinha como objeto de estudo,
principalmente, temas como a Linguagem, Pensamento, Cultura, Mitos, Religião,
Costumes e fenômenos correlatos. Para Wundt, tais temas são fenômenos coletivos
que não podem ser explicados nem reduzidos à consciência individual.

No contexto da época (final do século XIX), Wundt representava para os


positivistas o desgarramento da filosofia e o início do projeto da psicologia como uma
ciência independente.

Ao invés de tratarmos da história da psicologia social através das teorias e


autores da Era Moderna, preferimos lidar com a perspectiva adotada, principalmente,
por Robert Farr (1996), quando releva a importância de fatos, instituições e pesquisas
publicadas para o surgimento e desenvolvimento de um determinado conhecimento.

A psicologia social está para a Segunda Guerra Mundial assim como os testes
psicométricos estão para a Primeira Guerra Mundial. O melhor exemplo disto é a
publicação do The American Soldier (O soldado Americano, 1949), publicado após a
Segunda Guerra, sob a editoração geral do sociólogo Stouffer e várias outras obras
com estudos referentes ao período da guerra. Os temas de estudo versavam, por
exemplo, sobre a adequação de soldados à vida no exército, avaliação da eficácia nas
instruções no exército, mudança de atitudes e comunicação de massa.

AULA 5 Psicologia social Norte Americana

Farr (1996) Farr (1996) acredita que a psicologia social na Era Moderna é um
fenômeno tipicamente americano, embora suas raízes sejam europeias. Isso devido
ao fato que no período entre as duas guerras mundiais vários lideres acadêmicos e
cientistas migraram para os EUA. Dentre eles autores como Adorno, Fromm e
Marcuse que faziam parte da Escola de Frankfurt de ciências sociais.

A principal migração foi dos gestaltistas da Áustria e Alemanha para os


Estados Unidos. E foi este fato que possibilitou o surgimento da psicologia social
cognitiva, com raízes na fenomenologia.

A psicologia social florescida nos EUA é uma forma de psicologia social


psicológica. Seus princípios básicos nas explicações dos fenômenos sociais são: tratá-
los como fenômenos naturais através de métodos experimentais, sendo que seus
modelos explicativos nos remetem sempre, em última instância, a explicações
centradas no indivíduo. É o fenômeno da individualização da psicologia social que Farr
(1991; 1994; 1996) tanto refere.

Segundo Allport A psicologia social psicológica acredita que o grupo não pode
ser concebido como uma entidade psicológica independente, mas como um conjunto
de indivíduos diferentes que se relacionam entre si ou reagem simultaneamente a uma
situação comum.

O individualismo que é comum em Allport é um fenômeno tipicamente norte


americano, embora também seja parte de toda tradição intelectual do ocidente.

Teóricos da época como Allport e até divergiam em opiniões em relação a as


diferenças nas perspectivas da psicologia da Gestalt e do Behaviorismo mas eles
ainda partilhavam uma mesma representação comum do indivíduo.

Psicologia social no Brasil

No Brasil assim como em quase toda a América Latina, nas décadas de 1960 e
1970, a psicologia social seguia um rumo muito próximo à forma de psicologia social
importada dos Estados Unidos. A transposição e replicação das teorias e métodos
norte-americanos fica evidente em algumas obras de psicologia social da época
Tal posicionamento colonialista, onde a importação desenfreada e acrílica de
posturas teóricas estava muito presente, levou alguns psicólogos sociais
latinoamericanos, no final da década de 1970, a constatar o período que se chamou
de “a crise da psicologia social”. Ou a “crise de referência”.

Como pontos principais da crise da psicologia social, estavam a dependência


teórico-metodológica, principalmente dos Estados Unidos, a descontextualização dos
temas abordados, a simplificação e superficialidade das análises destes temas, a
individualização do social na psicologia social, assim como a não preocupação política
com as relações sociais no país e na América Latina em decorrência das teorias
importadas.

Associação Brasileira de Psicologia Social (Abrapso). A Abrapso surge em


1980 no Brasil através da mão de alguns pesquisadores, dentre tantos outros, Silvia
Lane. Lane e Codo organizam em 1984 a obra marco da ruptura da psicologia social
brasileira: “Psicologia social: o homem em movimento”. Aqui o rompimento com a
psicologia social norte-americana está claramente colocado. A discussão de fundo é
como extrair entidades psicológicas de fenômenos sociais. O materialismo histórico
dialético ditava as discussões da época. Também conhecida como a psicologia
marxista, tal perspectiva no Brasil rompe de vez com a psicologia social cientificista
(norteamericana).

Os países latino-americanos conseguem construir uma produção em psicologia


social que não deixa nada a desejar à produção do restante do Ocidente.
Contextualizada, histórica, preocupada com a cultura, valores, mitos e rituais,
brasileiros e latino-americanos em geral, já não veem mais necessidade de
importação desenfreada de teorias e métodos cientificistas.
Questões orientadoras: Aula 1

· O que é Psicologia Social?


Segundo Silvia Lane, a psicologia social é o estudo das relações entre indivíduos e
grupos, com ênfase na dimensão social e histórica dos fenômenos psicológicos. Em
outras palavras, a psicologia social busca entender como as pessoas são
influenciadas pelas outras pessoas e pelo contexto social em que estão inseridas.
Essa abordagem considera que o comportamento humano não pode ser
compreendido apenas a partir de fatores individuais, mas também precisa levar em
conta os aspectos sociais e culturais que afetam a vida das pessoas.

· Como o homem se torna um ser social?


Segundo Silvia Lane, o homem se torna um ser social a partir do momento em que
nasce e começa a interagir com outras pessoas e com o ambiente em que está
inserido. A partir dessas interações, ele desenvolve sua identidade, valores, crenças e
comportamentos, que são influenciados pelas relações sociais que estabelece.

· Qual o papel dos grupos?


Segundo Silvia Lane, os grupos têm um papel importante na vida das pessoas, pois
são responsáveis por influenciar a forma como as pessoas pensam, sentem e se
comportam. Os grupos podem oferecer apoio emocional, segurança, pertencimento e
identidade para seus membros, além de ajudá-los a se adaptar e enfrentar os desafios
da vida. Eles também podem exercer pressões e expectativas sociais sobre seus
membros, o que pode influenciar suas escolhas e comportamentos.

· Qual o papel da linguagem?


Segundo Silvia Lane, a linguagem tem um papel fundamental na vida das pessoas,
pois é por meio dela que nos comunicamos e construímos nossas relações sociais. A
linguagem nos permite expressar nossos pensamentos, emoções e sentimentos, além
de nos permitir compreender e interagir com o mundo ao nosso redor. Ela também é
responsável por transmitir valores, crenças e normas sociais, influenciando a forma
como as pessoas pensam e se comportam.

· Como se dá a dialética do homem e comunidade?


Segundo Silvia Lane, a relação entre o homem e a comunidade é dialética, ou seja, é
uma relação de influência mútua e constante transformação. O homem é influenciado
pelas normas, valores e práticas da comunidade em que está inserido, assim como a
comunidade é influenciada pelas ações e escolhas dos indivíduos que a compõem.
Questões orientadoras: Aula2

· Definição de campo do campo da psicologia social;


A psicologia social é o campo da psicologia que estuda as relações entre pessoas e
grupos, considerando a influência do contexto social e cultural. Ele busca entender
como as pessoas são afetadas pelas outras pessoas e pelo ambiente em que estão
inseridas, investigando questões como identidade, comportamento, crenças, valores e
atitudes. A psicologia social tem como objetivo contribuir para a compreensão das
relações sociais e para a promoção do bem-estar das pessoas e das comunidades.

· As 3 maneiras de se estruturar o conhecimento em ciências sociais:


idealista, objetivista, dialético

Idealista: essa abordagem enfatiza a importância das ideias, valores e concepções


subjetivas na construção do conhecimento em ciências sociais. Nessa perspectiva, a
realidade é entendida como uma construção mental, que depende das concepções e
interpretações dos indivíduos.

Objetivista: essa abordagem enfatiza a importância dos dados e fatos objetivos na


construção do conhecimento em ciências sociais. Nessa perspectiva, a realidade é
entendida como algo independente das concepções e interpretações subjetivas dos
indivíduos, e que pode ser estudado de forma objetiva e científica.

Dialético: essa abordagem enfatiza a importância da interação e da relação entre os


diferentes aspectos da realidade na construção do conhecimento em ciências sociais.
Nessa perspectiva, a realidade é entendida como uma construção social e histórica,
que envolve a interação entre diferentes forças e aspectos, e que é constantemente
transformada pela ação humana. A abordagem dialética procura entender as
contradições e os conflitos presentes na realidade social, buscando compreender
como eles são resolvidos ou transformados.

· As narrativas da PSO
As narrativas da psicologia social incluem:

A narrativa sobre identidade: essa narrativa enfatiza a forma como as pessoas


constroem sua identidade social e cultural em relação aos outros, levando em conta
fatores como gênero, etnia, religião e orientação sexual.

A narrativa sobre interação social: essa narrativa se concentra na forma como as


pessoas se relacionam entre si em diferentes contextos sociais, levando em conta
fatores como poder, influência, liderança e conformidade.

A narrativa sobre grupos e relações de poder: essa narrativa enfatiza a forma como
os grupos sociais se organizam e como as relações de poder são construídas e
mantidas dentro desses grupos.

A narrativa sobre preconceito e discriminação: essa narrativa se concentra na


forma como o preconceito e a discriminação afetam as pessoas em diferentes
contextos sociais e culturais.
A narrativa sobre psicologia comunitária: essa narrativa enfatiza a importância do
envolvimento das comunidades na construção de soluções para os problemas sociais
e psicológicos que afetam seus membros.

· A PSO no Ocidente:
A psicologia social no Ocidente tem como base uma abordagem empírico-
experimental que surgiu nos Estados Unidos na década de 1930. Essa abordagem
enfatiza a pesquisa experimental para estudar as relações entre indivíduos e grupos
em contextos sociais. Além disso, essa abordagem se concentra na compreensão do
comportamento humano em relação ao ambiente, à cultura e à história.

A psicologia social no Ocidente também enfatiza a compreensão dos processos


cognitivos e emocionais que influenciam a interação social. Por exemplo, estudos
sobre cognição social buscam compreender como as pessoas percebem, interpretam
e julgam as informações sociais. Já os estudos sobre emoções investigam como as
emoções afetam a interação social.

Além disso, a psicologia social no Ocidente também tem uma preocupação com a
compreensão dos problemas sociais e políticos, como o preconceito, a discriminação e
a desigualdade. Dessa forma, a psicologia social busca contribuir para a
transformação social, buscando soluções para esses problemas.

No geral, a psicologia social no Ocidente tem uma abordagem multidisciplinar,


envolvendo diversas áreas como sociologia, antropologia, psicologia e ciência política,
e busca compreender a relação entre indivíduos e sociedade em diferentes contextos
históricos e culturais.

· As formas de compressão da PSO;


a psicologia social pode ser compreendida por meio de três abordagens distintas:

Abordagem empírico-experimental: Essa abordagem se concentra na pesquisa


experimental para estudar as relações entre indivíduos e grupos em contextos sociais.
Ela enfatiza a compreensão do comportamento humano em relação ao ambiente, à
cultura e à história, e busca compreender como os processos cognitivos e emocionais
influenciam a interação social.

Abordagem crítica: Essa abordagem se concentra em entender como as estruturas


sociais e políticas afetam a vida das pessoas e como elas podem ser transformadas.
Ela busca compreender os problemas sociais e políticos, como o preconceito, a
discriminação e a desigualdade, e busca contribuir para a transformação social por
meio do ativismo e da pesquisa crítica.

Abordagem fenomenológica: Essa abordagem enfatiza a experiência subjetiva das


pessoas e busca compreender como as pessoas percebem e interpretam as situações
sociais em que estão inseridas. Ela busca compreender como as pessoas constroem
sua identidade social e cultural em relação aos outros, e como suas experiências
afetam suas emoções, pensamentos e comportamentos.

Essas abordagens podem se complementar e se entrecruzar em diversos pontos, e


podem ser utilizadas para estudar diferentes aspectos da psicologia social.
· O contexto das Guerras;
A psicologia social surge no final do século XIX e início do século XX, período
marcado por importantes eventos históricos, como a Primeira Guerra Mundial (1914-
1918) e a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Esses conflitos tiveram um grande
impacto no desenvolvimento da psicologia social, uma vez que a guerra trouxe à tona
questões relacionadas à dinâmica dos grupos, à propaganda e à manipulação das
massas, à resistência à autoridade, à violência e ao preconceito, entre outras.

Durante e após as guerras, psicólogos sociais como Kurt Lewin, Muzafer Sherif e
Solomon Asch, por exemplo, realizaram importantes estudos sobre a dinâmica dos
grupos, o comportamento de obediência e conformidade, o preconceito e a
discriminação, e a propaganda e manipulação de massas, que contribuíram para o
desenvolvimento da psicologia social como disciplina científica.

Questões orientadoras: Aula 3

· Visão de Homem;
O homem é um ser social por natureza, que se desenvolve a partir das interações com
o mundo e com os outros. Ele enfatiza a importância da subjetividade e da experiência
individual na compreensão do homem, e destaca a importância da liberdade e da
escolha na construção da identidade pessoal.

· Individualismo;
Robert M. Farr fala sobre um valor cultural chamado individualismo, que coloca o "eu"
e a independência acima do que é melhor para o grupo. Ele diz que isso pode ter
coisas boas, como ajudar na criatividade e no desenvolvimento pessoal, mas também
pode levar à fragmentação e falta de conexão social. Ele acha que isso pode tornar as
pessoas muito focadas em si mesmas e menos preocupadas com os outros.

· Quais as contribuições de Wundt para a definição do campo da


psicologia social?
Ele defendeu que a experiência social dos indivíduos deveria ser estudada
cientificamente e que a psicologia social deveria se concentrar em como as pessoas
pensam e se sentem em relação ao ambiente social. Ele também usou experimentos
para estudar a influência da atenção, emoção e sugestão em relação aos processos
mentais. Em resumo, as contribuições de Wundt ajudaram a estabelecer a psicologia
social como um campo independente e a enfatizar a importância da observação
empírica e da metodologia experimental para entender o comportamento humano.

· O que foi o repúdio positivista de Wundt?


O "repúdio positivista" de Wundt se refere à sua rejeição à abordagem positivista que
predominava na psicologia em sua época. O positivismo defendia que apenas os fatos
objetivos, que pudessem ser medidos e observados diretamente, deveriam ser
estudados cientificamente. Wundt argumentava que a psicologia deveria ir além dos
fatos objetivos e investigar também os processos subjetivos da mente, como as
emoções, os pensamentos e as percepções. Ele acreditava que esses processos
mentais subjetivos eram fundamentais para entender o comportamento humano e que
a psicologia deveria usar métodos experimentais para estudá-los. Assim, Wundt
propôs uma abordagem mais ampla e profunda para a psicologia, que valorizava tanto
os fatos objetivos quanto os processos mentais subjetivos.
Na psicologia dos povos ele vai além dos métodos experimentais e entende que os
processos subjetivos poderiam ser estudados a partir das suas expressões na cultura.

· Quais são as principais características da psicologia social psicológica?


A psicologia social psicológica é uma abordagem da psicologia social que enfatiza a
influência dos processos psicológicos individuais no comportamento social. Algumas
de suas principais características incluem:

Foco no indivíduo: a psicologia social psicológica se concentra nas características


psicológicas dos indivíduos, como suas crenças, valores, atitudes e personalidade, e
como essas características influenciam o comportamento social.

Ênfase nos processos cognitivos: a psicologia social psicológica estuda os


processos cognitivos que ocorrem dentro da mente do indivíduo, como percepção,
memória, atenção e pensamento, e como esses processos afetam a interpretação do
ambiente social.

Método experimental: a psicologia social psicológica usa métodos experimentais


para estudar o comportamento social, incluindo o uso de manipulações experimentais
e medições objetivas.

Abordagem empirista: a psicologia social psicológica enfatiza a importância da


evidência empírica e da observação objetiva na compreensão do comportamento
social.

Ênfase na variabilidade individual: a psicologia social psicológica reconhece que os


indivíduos diferem em suas características psicológicas e que essas diferenças
influenciam o comportamento social.

Em resumo, a psicologia social psicológica se concentra nos processos psicológicos


individuais que influenciam o comportamento social e usa métodos experimentais para
estudá-los de forma empírica.

· Qual a influência dos “handbooks” na configuração do campo da


psicologia social norte-americana?
Os "handbooks" (manuais de referência) tiveram uma grande influência na
configuração do campo da psicologia social norte-americana, pois foram importantes
na organização e consolidação do conhecimento acumulado, além de fornecer uma
visão ampla e sistemática do campo. Esses manuais ajudaram a definir os principais
tópicos de pesquisa e as principais abordagens teóricas utilizadas na psicologia social.
Além disso, os "handbooks" ajudaram a estabelecer uma linguagem comum e a criar
uma identidade coletiva para a disciplina.

Algumas das principais referências no campo da psicologia social norte-americana que


foram estabelecidas através dos "handbooks" incluem:

"Handbook of Social Psychology", editado por Gardner Lindzey e Elliot Aronson, que é
considerado um dos manuais mais influentes na história da psicologia social e ajudou
a definir a disciplina nos anos 50 e 60;

"The Handbook of Social Psychology", editado por Daniel Gilbert, Susan T. Fiske e
Gardner Lindzey, que é uma versão atualizada e ampliada do manual original e é
amplamente utilizado como referência para pesquisadores e estudantes de psicologia
social;

"Handbook of Self and Identity", editado por Mark R. Leary e June Price Tangney, que
é um manual de referência sobre a pesquisa em autoconceito, identidade e
autoestima;
"Handbook of Prejudice, Stereotyping, and Discrimination", editado por Todd D.
Nelson, que é um manual de referência sobre a pesquisa em preconceito, estereótipos
e discriminação;

"Handbook of Close Relationships", editado por Harry T. Reis e Charles M. Judd, que
é um manual de referência sobre a pesquisa em relacionamentos interpessoais e
intimidade.

· Qual foi o papel das guerras na configuração do campo da psicologia


social norte-americana?
As guerras tiveram um papel importante na configuração do campo da psicologia
social norte-americana, especialmente durante e após a Segunda Guerra Mundial.
Durante a guerra, a psicologia social foi utilizada para estudar o comportamento dos
soldados e para desenvolver técnicas de propaganda e persuasão para apoiar o
esforço de guerra. Após a guerra, a psicologia social se concentrou em questões
relacionadas à paz, cooperação internacional e reconciliação entre grupos em conflito.
Além disso, a guerra levou ao aumento do financiamento para a pesquisa em
psicologia social e à criação de programas de pós-graduação em várias universidades,
o que contribuiu para o crescimento e desenvolvimento do campo.

· Descreva o processo de individualização da PSO norteamericana a partir


de seus aspectos histórico-culturais.
O processo de individualização da psicologia social americana está relacionado a
mudanças culturais e sociais que ocorreram nos Estados Unidos após a Segunda
Guerra Mundial. Houve uma mudança na ênfase da disciplina, que passou da
compreensão de fenômenos coletivos para a compreensão do indivíduo em si. Essa
mudança foi influenciada pela crescente valorização do indivíduo na cultura
americana, que enfatizava o potencial de realização pessoal e profissional, bem como
pelo movimento dos direitos civis e a revolução sexual.

· Qual o papel dos irmãos Allport no processo de individualização da PSO


norte-americana?
Os irmãos Allport foram importantes para a psicologia social americana porque
defenderam a ideia de que a disciplina deveria estudar as pessoas individualmente e
não apenas em grupos. Eles argumentaram que a personalidade de cada pessoa
influencia seu comportamento social e que isso deve ser estudado para entender as
relações sociais de maneira mais completa.

· Diferencie as características da primeira e da segunda fase do processo


de individualização da PSO norte-americana.
A primeira fase do processo de individualização da psicologia social americana
ocorreu antes da Segunda Guerra Mundial e se caracterizou pela ênfase na
compreensão de fenômenos coletivos, como atitudes e comportamentos de grupos
sociais. Nessa fase, a psicologia social era vista como uma disciplina voltada para a
compreensão do comportamento humano em grupo, e havia uma preocupação em
entender a influência das normas sociais e dos valores culturais na formação do
comportamento coletivo.
Já a segunda fase do processo de individualização ocorreu após a Segunda Guerra
Mundial e foi marcada pela ênfase na compreensão do indivíduo em si, em detrimento
do coletivo. Nessa fase, a psicologia social passou a se concentrar na compreensão
da personalidade individual e de como ela influencia as interações sociais. Houve uma
mudança no foco da disciplina, que passou da compreensão dos fenômenos coletivos
para a compreensão do comportamento individual.
Questões orientadoras: Aula 4

· Qual a definição de atitude?


Atitude é a forma como uma pessoa pensa e se sente em relação a alguma coisa, seja
algo ou alguém. É uma avaliação que a pessoa faz em sua mente, se gosta ou não
daquilo. Essa avaliação pode ser influenciada por coisas que a pessoa viveu,
aprendeu ou ouviu falar. A atitude pode afetar a forma como a pessoa age em relação
a essa coisa. É importante entender as atitudes das pessoas para entender como elas
agem e tomam decisões. As atitudes podem mudar ao longo do tempo.

· Quais são os componentes da atitude? Descreva-os


Componente cognitivo: refere-se às crenças e ideias que a pessoa tem sobre o objeto
avaliado. É o que a pessoa pensa sobre o objeto, como ela o vê e o percebe.

Componente afetivo: refere-se às emoções e sentimentos que a pessoa tem em


relação ao objeto avaliado. É o que a pessoa sente em relação ao objeto, se gosta ou
não dele.

Componente comportamental: refere-se à tendência da pessoa em agir de uma forma


específica em relação ao objeto avaliado. É o que a pessoa faz em relação ao objeto,
como ela age ou se comporta.

· Como os componentes da atitude se relacionam?


Os três componentes da atitude (cognitivo, afetivo e comportamental) estão inter-
relacionados e podem influenciar um ao outro.

Por exemplo, se uma pessoa tem uma crença positiva sobre um objeto (componente
cognitivo), é provável que ela sinta uma emoção positiva em relação a ele
(componente afetivo). E se essa pessoa sente emoções positivas em relação ao
objeto, é mais provável que ela se comporte de uma forma que reflita essa atitude
(componente comportamental), por exemplo, comprando ou utilizando esse objeto.

Por outro lado, se a pessoa tem uma experiência negativa com um objeto
(componente comportamental), ela pode desenvolver uma crença negativa em relação
a ele (componente cognitivo) e, consequentemente, uma emoção negativa
(componente afetivo) em relação a ele.

Portanto, os três componentes da atitude são interdependentes e podem influenciar a


forma como uma pessoa pensa, sente e age em relação a um objeto ou evento.

· Qual a relação entre as atitudes e os valores de uma pessoa?


As atitudes de uma pessoa estão ligadas aos seus valores, que são crenças
importantes que guiam suas atitudes e comportamentos em diversas situações. Por
exemplo, se uma pessoa valoriza a igualdade entre as pessoas, ela provavelmente
terá atitudes positivas em relação a programas que ajudem a reduzir as
desigualdades. Isso ocorre porque suas atitudes refletem seus valores.
Assim, os valores são como "guias" que influenciam as atitudes de uma pessoa. É
importante entender a relação entre valores e atitudes para entender como as pessoas
pensam, sentem e agem em relação a questões específicas.

· Como são formadas as atitudes?


As atitudes são formadas a partir de experiências que temos ao longo da vida e
podem ser positivas ou negativas. Elas são influenciadas por coisas como a cultura
em que vivemos, nossos amigos e família, e as pressões sociais. As atitudes podem
mudar com o tempo, e podem afetar como nos comportamos em relação a algo ou
alguém.

· Qual a função das atitudes?


As atitudes têm várias funções, como orientar o comportamento das pessoas, ajudar a
definir a identidade social de uma pessoa, e auxiliar na redução de conflitos e
incertezas.

Através das atitudes, as pessoas expressam suas preferências e opiniões em relação


a algo ou alguém. As atitudes também podem influenciar o comportamento das
pessoas, ou seja, o que elas fazem em relação ao objeto da atitude. Por exemplo, se
alguém tem uma atitude positiva em relação à prática de atividades físicas, é mais
provável que essa pessoa se exercite regularmente.

Além disso, as atitudes ajudam a definir a identidade social de uma pessoa, pois as
pessoas muitas vezes escolhem ter atitudes que são consistentes com a imagem que
elas querem projetar para si mesmas.

· Como se dá o processo de mudança das atitudes?


A mudança de atitudes pode ocorrer através da persuasão, que é a tentativa de
convencer alguém a adotar uma nova atitude. Para que a persuasão seja eficaz, é
importante que a fonte de persuasão seja considerada confiável e que a mensagem
seja apresentada de maneira clara e convincente.

Outra forma de mudança de atitudes é a exposição a novas informações. Quando as


pessoas aprendem novas informações sobre algo ou alguém, isso pode levar a uma
mudança em suas atitudes em relação a isso. Por exemplo, se alguém acredita que
uma determinada dieta é saudável, mas aprende que ela pode ter efeitos negativos na
saúde, essa pessoa pode mudar sua atitude em relação à dieta.

· Qual a definição de comportamento?


Comportamento é uma ação ou reação que um indivíduo apresenta em relação a um
estímulo ou situação específica. É uma forma de expressão das atitudes e crenças de
uma pessoa. O comportamento pode ser observado e medido por meio de diferentes
técnicas, como observação direta ou questionários.

O comportamento pode ser medido por questionários através de escalas de


autorrelato. Essas escalas são compostas por uma série de afirmações relacionadas a
um determinado comportamento ou atitude e os participantes são solicitados a indicar
em uma escala numérica (por exemplo, de 1 a 5) o grau em que concordam com cada
afirmação.
Por exemplo, se o objetivo é medir o comportamento de atividade física de um
indivíduo, pode-se criar uma escala com afirmações como "Eu faço atividade física
pelo menos 3 vezes por semana" ou "Eu caminho ou ando de bicicleta em vez de usar
o carro sempre que possível". Os participantes da pesquisa, então, indicam em que
grau concordam com cada afirmação. Com base nas respostas dos participantes, é
possível obter uma medida do comportamento de atividade física.

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