Resumo Psicologia Social
Resumo Psicologia Social
Resumo Psicologia Social
Consciência de sí
Apenas quando formos capazes de encontrar as razões históricas da nossa
sociedade e do nosso grupo social que explicam por que agimos hoje da forma como
o fazemos é que estaremos desenvolvendo a consciência de nós mesmos.
Deste modo entendemos que a consciência de si poderá alterar a identidade
social, na medida em que, dentro dos grupos que nos definem, questionamos os
papéis quanto à sua determinação e funções históricas
A escola
Da mesma forma que a família, a educação também é institucionalizada, ou
seja, princípios, objetivos, conteúdos, direitos e deveres são definidos pelo governo a
fim de garantir que, em todos os seus níveis, ela reproduza conhecimentos e valores,
necessários para a "transmissão harmoniosa da cultura, produzida por gerações
anteriores, para as novas, garantindo o desenvolvimento de novos conhecimentos,
necessários para o progresso do país".
Mas esse modelo de escola não deve ser engessado nos moldes de décadas
atras. Sendo assim é a escola crítica, a escola onde nenhuma verdade seja absoluta,
onde as relações sociais possam ser questionadas e reformuladas, o que propiciará a
formação de indivíduos conscientes de suas determinações sociais e de sua inserção
histórica na sociedade; consequentemente, as suas práticas sociais poderão ser
reformuladas.
O indivíduo na Comunidade
É necessário lembrar que, apesar de central para a vida de um indivíduo, o
trabalho remunerado não é a única atividade socialmente produtiva que ele
desenvolve; há uma série de necessidades que não são satisfeitas exclusivamente
através do salário, e que podem ser motivos para o agrupamento de pessoas visando
a sua satisfação
É em torno destas atividades que a Psicologia Comunitária propõe uma
sistemática de intervenção, principalmente em sociedades capitalistas, onde a
mediação da ideologia dominante se faz sentir nas relações sociais desempenhadas
na família, na escola e no trabalho, impedindo ou dificultando a criação de novas
formas de relacionamento.
Desenvolver relações sociais que se efetivem através da comunicação e
cooperação entre pessoas, relações onde não haja dominação de uns sobre outros,
por meio de procedimentos educativos e, basicamente, preventivos, se tornou o
objetivo central de atividades comunitárias, as quais podem ocorrer em uma casa, com
pessoas criando novas relações "familiares", em escolas, hospitais e mesmo entre um
grupo de vizinhança ou de bairro, desde que estes se identifiquem por necessidades
comuns a serem satisfeitas, através de atividades planejadas em conjunto e que
impliquem em ações de vários indivíduos, encadeadas para atingir o objetivo
proposto.
A psicologia social está para a Segunda Guerra Mundial assim como os testes
psicométricos estão para a Primeira Guerra Mundial. O melhor exemplo disto é a
publicação do The American Soldier (O soldado Americano, 1949), publicado após a
Segunda Guerra, sob a editoração geral do sociólogo Stouffer e várias outras obras
com estudos referentes ao período da guerra. Os temas de estudo versavam, por
exemplo, sobre a adequação de soldados à vida no exército, avaliação da eficácia nas
instruções no exército, mudança de atitudes e comunicação de massa.
Farr (1996) Farr (1996) acredita que a psicologia social na Era Moderna é um
fenômeno tipicamente americano, embora suas raízes sejam europeias. Isso devido
ao fato que no período entre as duas guerras mundiais vários lideres acadêmicos e
cientistas migraram para os EUA. Dentre eles autores como Adorno, Fromm e
Marcuse que faziam parte da Escola de Frankfurt de ciências sociais.
Segundo Allport A psicologia social psicológica acredita que o grupo não pode
ser concebido como uma entidade psicológica independente, mas como um conjunto
de indivíduos diferentes que se relacionam entre si ou reagem simultaneamente a uma
situação comum.
No Brasil assim como em quase toda a América Latina, nas décadas de 1960 e
1970, a psicologia social seguia um rumo muito próximo à forma de psicologia social
importada dos Estados Unidos. A transposição e replicação das teorias e métodos
norte-americanos fica evidente em algumas obras de psicologia social da época
Tal posicionamento colonialista, onde a importação desenfreada e acrílica de
posturas teóricas estava muito presente, levou alguns psicólogos sociais
latinoamericanos, no final da década de 1970, a constatar o período que se chamou
de “a crise da psicologia social”. Ou a “crise de referência”.
· As narrativas da PSO
As narrativas da psicologia social incluem:
A narrativa sobre grupos e relações de poder: essa narrativa enfatiza a forma como
os grupos sociais se organizam e como as relações de poder são construídas e
mantidas dentro desses grupos.
· A PSO no Ocidente:
A psicologia social no Ocidente tem como base uma abordagem empírico-
experimental que surgiu nos Estados Unidos na década de 1930. Essa abordagem
enfatiza a pesquisa experimental para estudar as relações entre indivíduos e grupos
em contextos sociais. Além disso, essa abordagem se concentra na compreensão do
comportamento humano em relação ao ambiente, à cultura e à história.
Além disso, a psicologia social no Ocidente também tem uma preocupação com a
compreensão dos problemas sociais e políticos, como o preconceito, a discriminação e
a desigualdade. Dessa forma, a psicologia social busca contribuir para a
transformação social, buscando soluções para esses problemas.
Durante e após as guerras, psicólogos sociais como Kurt Lewin, Muzafer Sherif e
Solomon Asch, por exemplo, realizaram importantes estudos sobre a dinâmica dos
grupos, o comportamento de obediência e conformidade, o preconceito e a
discriminação, e a propaganda e manipulação de massas, que contribuíram para o
desenvolvimento da psicologia social como disciplina científica.
· Visão de Homem;
O homem é um ser social por natureza, que se desenvolve a partir das interações com
o mundo e com os outros. Ele enfatiza a importância da subjetividade e da experiência
individual na compreensão do homem, e destaca a importância da liberdade e da
escolha na construção da identidade pessoal.
· Individualismo;
Robert M. Farr fala sobre um valor cultural chamado individualismo, que coloca o "eu"
e a independência acima do que é melhor para o grupo. Ele diz que isso pode ter
coisas boas, como ajudar na criatividade e no desenvolvimento pessoal, mas também
pode levar à fragmentação e falta de conexão social. Ele acha que isso pode tornar as
pessoas muito focadas em si mesmas e menos preocupadas com os outros.
"Handbook of Social Psychology", editado por Gardner Lindzey e Elliot Aronson, que é
considerado um dos manuais mais influentes na história da psicologia social e ajudou
a definir a disciplina nos anos 50 e 60;
"The Handbook of Social Psychology", editado por Daniel Gilbert, Susan T. Fiske e
Gardner Lindzey, que é uma versão atualizada e ampliada do manual original e é
amplamente utilizado como referência para pesquisadores e estudantes de psicologia
social;
"Handbook of Self and Identity", editado por Mark R. Leary e June Price Tangney, que
é um manual de referência sobre a pesquisa em autoconceito, identidade e
autoestima;
"Handbook of Prejudice, Stereotyping, and Discrimination", editado por Todd D.
Nelson, que é um manual de referência sobre a pesquisa em preconceito, estereótipos
e discriminação;
"Handbook of Close Relationships", editado por Harry T. Reis e Charles M. Judd, que
é um manual de referência sobre a pesquisa em relacionamentos interpessoais e
intimidade.
Por exemplo, se uma pessoa tem uma crença positiva sobre um objeto (componente
cognitivo), é provável que ela sinta uma emoção positiva em relação a ele
(componente afetivo). E se essa pessoa sente emoções positivas em relação ao
objeto, é mais provável que ela se comporte de uma forma que reflita essa atitude
(componente comportamental), por exemplo, comprando ou utilizando esse objeto.
Por outro lado, se a pessoa tem uma experiência negativa com um objeto
(componente comportamental), ela pode desenvolver uma crença negativa em relação
a ele (componente cognitivo) e, consequentemente, uma emoção negativa
(componente afetivo) em relação a ele.
Além disso, as atitudes ajudam a definir a identidade social de uma pessoa, pois as
pessoas muitas vezes escolhem ter atitudes que são consistentes com a imagem que
elas querem projetar para si mesmas.