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Ética 2024 para Concursos

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PREPARAÇÃO

IMPARÁVEL
rumo ao mpu
Ética no Serviço Público
LEI N. 8.112/1990

Livro Eletrônico
DIOGO SURDI

Diogo Surdi é formado em Administração Pública


e é professor de Direito Administrativo em
concursos públicos, tendo sido aprovado para
vários cargos, dentre os quais se destacam:
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil
(2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013),
Analista Tributário da Receita Federal do Brasil
(2012) e Técnico Judiciário dos seguintes
órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-
MS e MPU.

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LEI N. 8.112/1990
Prof. Diogo Surdi

SUMÁRIO
Lei n. 8.112/1990 – Regime Disciplinar..........................................................4
1. Introdução..............................................................................................4
2. Deveres..................................................................................................5
3. Proibições...............................................................................................8
4. Acumulação.......................................................................................... 17
5. Responsabilidades.................................................................................. 20
6. Penalidades........................................................................................... 23
Questões de Concurso................................................................................ 37
Gabarito................................................................................................... 47
Gabarito comentado.................................................................................. 48

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Olá! Tudo bem? Espero que sim!

Na aula de hoje, estudaremos os pontos exigidos no edital com relação à Lei

n. 8.112/1990, norma que estabelece o Estatuto dos Servidores Públicos da

União.

É importante mencionar que não é toda a norma que está sendo exigida na

disciplina de “Ética no Serviço Público”, mas sim, apenas, o intitulado “Regime

Disciplinar”.

Sendo assim, como forma de nos prepararmos em alto nível, todos os artigos

da Lei n. 8.112/1990 relacionados com o regime disciplinar serão objeto de estudo.

Grande abraço e boa aula!

Diogo

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LEI N. 8.112/1990 – REGIME DISCIPLINAR

1. Introdução
A origem do regime disciplinar está intimamente ligada a alguns conceitos ele-

mentares do Direito Administrativo, mais precisamente os relacionados com os

poderes hierárquico e disciplinar.

De acordo com a doutrina, é por meio do poder disciplinar que a administração

púbica pode punir tanto os seus agentes internos quanto os particulares que este-

jam ligados a ela por algum vínculo específico.

Dessa forma, existe poder disciplinar quando a administração pública aplica a

penalidade de advertência a um determinado servidor que se encontra a ela subor-

dinado. Do mesmo modo, temos uma manifestação do poder disciplinar quando um

órgão público, verificando que um licitante não cumpriu com as obrigações estipu-

ladas em um contrato administrativo, aplica a sanção de suspensão.

Em ambos os casos, tivemos uma penalidade sendo aplicada. No en-

tanto, em apenas um desses casos, a pessoa punida estava subordinada à

administração.

E é justamente tal característica (subordinação) a base de outro importante

poder: o hierárquico. Por meio dele, a administração possui as prerrogativas de

delegar, avocar, fiscalizar e aplicar sanções.

Assim, chegamos a uma importante constatação:

a) quando a administração pune internamente os seus servidores pelas infrações

por eles cometidas, estamos diante do poder disciplinar exclusivamente interno.

Esse poder, justamente por ser apenas interno, deriva do poder hierárquico;

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b) quando a administração pune o particular que mantém algum tipo de vínculo

específico com o Poder Público (como uma empresa privada que tenha celebrado

um contrato administrativo) também estamos diante do poder disciplinar, só que

agora, ao contrário do exemplo anterior, ele aplica-se a terceiros e, por isso mes-

mo, não deriva do poder hierárquico.

Tudo isso nos permite afirmar que o regime disciplinar da administração pública

é decorrência direta do poder disciplinar e indireta do poder hierárquico.

Nos termos da Lei n. 8.112/1990, o regime disciplinar dos servidores está cons-

truído em cinco capítulos: deveres, proibições, acumulação, responsabilida-

des e penalidades.

2. Deveres

Art. 116. São deveres do servidor:


I – exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;
II – ser leal às instituições a que servir;
III – observar as normas legais e regulamentares;
IV – cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;
V – atender com presteza:
a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas
por sigilo;
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de si-
tuações de interesse pessoal;
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública.
VI – levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao conhecimento
da autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, ao conheci-
mento de outra autoridade competente para apuração;
VII – zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público;
VIII – guardar sigilo sobre assunto da repartição;
IX – manter conduta compatível com a moralidade administrativa;
X – ser assíduo e pontual ao serviço;

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XI – tratar com urbanidade as pessoas;


XII – representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.
Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII será encaminhada pela via
hierárquica e apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, as-
segurando-se ao representando ampla defesa.

De acordo com o estatuto federal, temos uma série de deveres para os servido-

res públicos regidos pela norma.

Salienta-se que a lista de deveres apresentada não é taxativa, mas sim me-

ramente exemplificativa, de forma que o servidor não pode alegar que deixou de

cumprir com alguma obrigação por ela não estar prevista expressamente no texto

da norma que rege a sua categoria funcional.

A lista de deveres apresentada pelo Estatuto Federal pode ser dividida em duas

diferentes vertentes:

a) deveres pertinentes ao comportamento funcional;

b) deveres relativos ao comportamento profissional.

No primeiro caso, ou seja, nos deveres funcionais, estamos diante de obri-

gações que devem ser cumpridas pelos agentes que ocupam cargos públicos em

razão da sua condição de servidores estatais. Caso tais pessoas não fossem servi-

dores, não haveria o menor sentido em exigir o cumprimento desses deveres.

Os deveres comportamentais, por outro lado, são aqueles que independem

da condição de servidor público, sendo inerentes a todas as atividades profissionais

desempenhadas pelos particulares.

São deveres que possuem uma maior amplitude, uma vez que as pessoas deve-

rão observá-los não apenas até o momento em que possuírem algum vínculo com

o Poder Público, como também nas atividades particulares ou após o término do

vínculo estatal.

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Vejamos quais são os deveres funcionais e comportamentais apresentados pela

Lei n. 8.112/1990:

Deveres funcionais Deveres comportamentais


I – exercer com zelo e dedicação as atribuições II – ser leal às instituições a que servir;
do cargo; III – observar as normas legais e regulamentares;
V – atender com presteza: IV – cumprir as ordens superiores, exceto
a) ao público em geral, prestando as informa- quando manifestamente ilegais;
ções requeridas, ressalvadas as protegidas por VII – zelar pela economia do material e a con-
sigilo; servação do patrimônio público;
b) à expedição de certidões requeridas para IX – manter conduta compatível com a morali-
defesa de direito ou esclarecimento de situações dade administrativa;
de interesse pessoal; X – ser assíduo e pontual ao serviço;
c) às requisições para a defesa da Fazenda XI – tratar com urbanidade as pessoas.
Pública;
VI – levar as irregularidades de que tiver ciência
em razão do cargo ao conhecimento da auto-
ridade superior ou, quando houver suspeita de
envolvimento desta, ao conhecimento de outra
autoridade competente para apuração;
VIII – guardar sigilo sobre assunto da reparti-
ção;
XII – representar contra ilegalidade, omissão ou
abuso de poder.

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3. Proibições

No tocante às proibições, temos de identificar, além da lista de possibilidades

estipuladas pela Lei n. 8.112/1990, qual a penalidade cabível quando do seu

descumprimento. Dessa forma, duas informações são essenciais para compreen-

dermos a relação proibição x penalidade.

a) A reincidência da conduta anteriormente penalizada com advertência implica a

pena de suspensão.

Exemplificando

Como exemplo, podemos citar o servidor público que deixou de cumprir algum

dever funcional e foi inicialmente penalizado com advertência. Caso o servidor volte

a cometer a mesma infração (ainda que a penalidade inicial seja advertência), a

pena, agora, será a de suspensão.

b) Para efeito das proibições que serão elencadas daqui por diante, três penas são

possíveis de serem aplicadas: advertência, suspensão e demissão.

Tais penalidades obedecem a uma gradação estabelecida pelo legislador, de

forma que as infrações mais leves recebem advertência, as de nível intermediário

(ou reincidências de advertência) recebem suspensão e as de maior gravidade são

punidas com demissão.

Art. 117. Ao servidor é proibido:


I – ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe ime-
diato;
II – retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou
objeto da repartição;
III – recusar fé a documentos públicos;

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IV – opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução


de serviço;
V – promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;
VI – cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desem-
penho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado;
VII – coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional
ou sindical, ou a partido político;
VIII – manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, com-
panheiro ou parente até o segundo grau civil;
XIX – recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado.

Nos primeiros incisos do artigo 116, bem como no seu inciso XIX, a Lei n.

8.112/1990 estabelece as proibições que são consideradas menos gravosas. Todos

os incisos relacionados, conforme será visto em momento posterior, acarretam

para o servidor, quando da sua ocorrência, a pena de advertência.

Vejamos brevemente cada uma das situações elencadas.

a) Ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe

imediato.

Como decorrência da hierarquia das relações internas, o servidor apenas pode

ausentar-se do serviço, no período de expediente, se tiver anuência da chefia ime-

diata. Evita-se, com isso, que boa parte dos servidores da repartição se ausente ao

mesmo tempo, situação que prejudicaria o atendimento à população.

b) Retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento

ou objeto da repartição.

O princípio da Indisponibilidade do Interesse Público estabelece que a adminis-

tração, quando no desempenho de suas atividades, deve apenas gerir o patrimônio

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alheio, não possuindo qualquer “disposição” sobre ele. Logo, é incabível que o ser-

vidor retire qualquer documento ou objeto da repartição, ficando excepcionadas as

situações em que a autoridade competente anuir previamente.

c) Recusar fé a documentos públicos.

Não pode o servidor público recusar-se a receber qualquer tipo de documento

oficial, exceto se houver suspeita de fraude ou de algum outro tipo de irregularida-

de. O conceito de documento oficial abarca os emanados de quaisquer órgãos ou

entidades públicas.

d) Opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou exe-

cução de serviço.

O servidor público federal não pode opor resistência injustificada ao andamento

de documento ou processo. Da mesma forma, não pode opor-se, injustificadamen-

te, quanto à execução de serviço.

Em ambos os casos, nota-se que a oposição do servidor apenas caracteriza

uma proibição quando for feita de forma injustificada. Caso, em sentido oposto, o

servidor verifique que um determinado processo, documento ou serviço contém al-

gum tipo de vício, não deverá ele dar prosseguimento, devendo adotar as medidas

legalmente cabíveis com o objetivo de apurar a irregularidade.

e) Promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição.

Como decorrência do princípio da Impessoalidade, a prestação de serviço públi-

co deve ser feita de forma isonômica para todos os administrados. Nesse mesmo

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sentido, o serviço interno deve ser executado de forma imparcial, evitando que

convicções pessoais atrapalhem o ambiente de trabalho.

Manifestar apreço, dessa forma, é demonstrar uma elevada predileção por al-

gum colega, pessoa ou coisa. Em sentido oposto, a manifestação de desapreço

pode ser entendida como a demonstração pública de insatisfação com tais entes.

Salienta-se que o objetivo da norma não é o de proibir que o servidor tenha

convicções, crenças ou preferências. O que a norma quer evitar é que tais senti-

mentos sejam externados aos demais colegas e particulares, evitando-se, assim,

que o ambiente de trabalho seja objeto de disputas e preferências.

f) Cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o de-

sempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado.

Nessa situação, o servidor deixa de praticar uma atribuição legalmente prevista

para o seu cargo, transferindo o seu exercício para um terceiro não lotado na re-

partição pública.

g) Coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se à associação profissio-

nal ou sindical, ou a partido político.

Estabelece a Constituição Federal a liberdade de associação sindical como um

direito fundamental de todos os particulares. Não pode o servidor público, como

consequência, fazer uso de suas prerrogativas hierárquicas para influenciar a filia-

ção de subordinados a sindicato ou associação.

h) Manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge,

companheiro ou parente até o segundo grau civil.

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Os cargos e funções de confiança são de livre escolha pela autoridade superior,

que pode, de forma semelhante, retirar a função ou o cargo comissionado quando

entender conveniente para o serviço público.

Considerando que o exercício de tais funções está pautado em uma relação de

confiança, ao estabelecer a mencionada proibição, a intenção do legislador foi a de

evitar que tais prerrogativas fossem concentradas em um mesmo núcleo familiar,

dando ensejo à prática de nepotismo.

Nesse aspecto, merece destaque o inteiro teor da Súmula Vinculante n. 13, da

lavra do STF, que apresenta a seguinte redação:

A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afi-


nidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mes-
ma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o
exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na
Administração Pública direta e indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos Esta-
dos, do Distrito Federal e dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações
recíprocas, viola a Constituição Federal.

Dessa forma, ainda que o texto da norma vede o exercício para parentes até o

segundo grau, o entendimento majoritário, conforme se observa da Súmula do STF,

é de que a proibição deve ser observada até o terceiro grau.

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i) Recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado.

A exigência de que seus servidores mantenham os dados cadastrais atualizados

é um dos mecanismos de controle interno da Administração Pública.

Caso o servidor, intimado pelo Poder Público a atualizar seus dados cadastrais,

não o faça no prazo legal, será ele penalizado até que a obrigação seja cumprida.

XVII – cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em
situações de emergência e transitórias;
XVIII – exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo
ou função e com o horário de trabalho;

Como consequência para as duas proibições em questão, o servidor será sus-

penso, até o prazo de 90 dias, do exercício de suas atividades. Durante esse

tempo, ficará sem receber sua remuneração e sem contar o tempo de serviço como

de efetivo exercício.

Na primeira situação, o servidor comete a um colega da repartição atribuições

que são estranhas ao cargo que ocupa. E como as atribuições de cada cargo são

definidas por meio de lei, há uma ofensa direta ao princípio da legalidade.

No segundo caso, o servidor exerce atividades particulares que são incompatí-

veis com o exercício do cargo público ou com o horário de trabalho. Como exemplo,

cita-se o agente estatal que possui jornada de trabalho das 12h às 19h e que, ainda

assim, utiliza parte do período vespertino para divulgar, externamente à repartição,

produtos que são comercializados por cônjuges e familiares.

X – participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não


personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou coman-
ditário;
Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X do caput deste artigo não se aplica
nos seguintes casos:

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I – participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades em


que a União detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social ou em so-
ciedade cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros; e
II – gozo de licença para o trato de interesses particulares, na forma do art. 91 desta
Lei, observada a legislação sobre conflito de interesses.

Como regra, o servidor público federal não pode exercer o comércio, uma vez

que tal conduta poderia implicar conflito de interesses com as atividades desempe-

nhadas no âmbito do serviço público.

A proibição, contudo, fica restrita para os casos de gerência ou administração.

Em sentido oposto, poderá o servidor ser cotista, acionista ou comanditário de uma

empresa privada, uma vez que, nessas hipóteses, o agente público não estará sen-

do o responsável pelas decisões da sociedade.

Da mesma forma, caso o servidor faça uso da licença para tratar de interesses

particulares, poderá ele, durante o período em que estiver licenciado do cargo e

sem o recebimento de remuneração dos cofres públicos, exercer o comércio. Para

isso, deverá observar a legislação relativa ao conflito de interesses, não podendo,

como consequência, desempenhar qualquer tipo de atividade que conflite com as

atribuições do cargo público ou com o interesse da administração.

Por fim, temos como exceção à regra da impossibilidade de exercer o comércio

a participação em conselhos administrativos e fiscais de empresas em que a União

detenha participação no capital social ou, ainda, a participação em sociedades co-

operativas.

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XI – atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quan-


do se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo
grau, e de cônjuge ou companheiro;

Impede a Lei n. 8.112/1990 que o servidor exerça a conhecida advocacia ad-

ministrativa, prática na qual o agente público, por meio do tráfico de influências e

fazendo uso da sua condição de servidor, trata de maneira mais benéfica as pesso-

as que representa.

Em caráter de exceção, a norma possibilita que os servidores federais atuem

como procuradores ou intermediários junto a repartições públicas. Para que isso

ocorra, duas são as características que devem estar presentes:

a) a questão versar sobre benefícios previdenciários ou assistenciais;

b) os benefícios forem concedidos a cônjuge, companheiro ou parente até o segun-

do grau do servidor.

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IX – valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da


dignidade da função pública;
XII – receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão
de suas atribuições;
XIII – aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;
XIV – praticar usura sob qualquer de suas formas;
XV – proceder de forma desidiosa;
XVI – utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades
particulares;

Em todas as situações elencadas nos incisos IX e XII a XVI, o resultado será

a demissão do servidor público. Tais hipóteses de proibições, dessa forma, são as

mais gravosas para o serviço público como um todo, violando drasticamente um

ou mais princípios administrativos e acarretando, muitas vezes, a dilapidação do

patrimônio público.

Merecem destaque dos incisos mencionados: a prática de usura e a atuação de

forma desidiosa.

No que se refere à usura, essa pode ser configurada como a prática em que um

servidor público empresta dinheiro para os colegas (ou até mesmo para terceiros)

e exige, como contrapartida, o recebimento de juros. Tal medida, caso fosse tole-

rada, poderia contaminar o ambiente de trabalho e prejudicar as relações entre os

diversos servidores de uma repartição pública.

A desídia, por outro lado, é o desleixo no desempenho das atividades que são

atribuídas ao servidor. Como exemplo, podemos citar os atrasos constantes no

cumprimento da jornada de trabalho.

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4. Acumulação

Art. 118. Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a acumulação re-


munerada de cargos públicos.
§ 1º A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias,
fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista da União, do
Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e dos Municípios.
§ 2º A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação da
compatibilidade de horários.
§ 3º Considera-se acumulação proibida a percepção de vencimento de cargo ou empre-
go público efetivo com proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que decor-
ram essas remunerações forem acumuláveis na atividade.
Art. 119. O servidor não poderá exercer mais de um cargo em comissão, exceto no
caso previsto no parágrafo único do art. 9º, nem ser remunerado pela participação em
órgão de deliberação coletiva.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica à remuneração devida pela par-
ticipação em conselhos de administração e fiscal das empresas públicas e sociedades
de economia mista, suas subsidiárias e controladas, bem como quaisquer empresas ou
entidades em que a União, direta ou indiretamente, detenha participação no capital so-
cial, observado o que, a respeito, dispuser legislação específica.

Nos termos da Constituição Federal de 1988, a regra é a vedação à acumula-

ção remunerada de dois ou mais cargos públicos. E tal regra se aplica a todos os

cargos, empregos e funções da administração direta ou indireta de todos os entes

federados.

Assim, ainda que o texto da Lei n. 8.112/1990 seja direcionado apenas aos

servidores públicos federais, por força da norma constitucional, a vedação à acu-

mulação é uma regra mais ampla e que não se restringe ao ente federativo

regulado pelo presente estatuto.

As exceções, nas estritas hipóteses constitucionais, ficam ainda condiciona-

das à compatibilidade de horário entre os dois cargos públicos ocupados,

sendo elas:

a) dois cargos de professor;

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b) um cargo de professor com outro, técnico ou científico;

c) dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões

regulamentadas;

d) permissão de acumulação para os vereadores, desde que atendidos os requisi-

tos legais;

e) permissão para os juízes e membros do Ministério Público exercerem o magis-

tério.

Uma situação interessante ocorre com os detentores de cargos em comissão.

Tais servidores são pessoas que, muitas vezes, não integram o quadro funcio-

nal da entidade, sendo designados por indicação do titular da unidade para exer-

cer as funções de direção, chefia ou assessoramento.

A proibição de acumular é estendida ao recebimento de proventos de-

correntes da aposentadoria com a remuneração de outro cargo da ativa,

exceto quando os dois cargos forem passíveis de acumulação na atividade. Com

isso, evita-se a prática de o servidor aposentar-se em um cargo público e realizar

concurso público com a finalidade de acumular as duas remunerações.

Não é considerada acumulação de cargos, empregos ou funções públicas a par-

ticipação do servidor público federal nos conselhos de administração e

fiscal das empresas públicas e sociedades de economia mista, suas subsi-

diárias e controladas, bem como quaisquer empresas ou entidades em que

a União, direta ou indiretamente, detenha participação no capital social

(parágrafo único do art. 119).

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Art. 120. O servidor vinculado ao regime desta Lei, que acumular licitamente dois car-
gos efetivos, quando investido em cargo de provimento em comissão, ficará afastado de
ambos os cargos efetivos, salvo na hipótese em que houver compatibilidade de horário
e local com o exercício de um deles, declarada pelas autoridades máximas dos órgãos
ou entidades envolvidos.

Ressalta-se, por fim, que, quando o servidor público acumular licitamente dois

cargos públicos e investir-se em cargo de provimento em comissão, deverá afas-

tar-se de ambos os cargos efetivos, exercendo, como regra, apenas as atribui-

ções do cargo em comissão.

Caso, no entanto, haja compatibilidade de horários para o exercício si-

multâneo de um cargo efetivo com o cargo em comissão, poderá ocorrer a

acumulação, desde que haja, para tal, a declaração da compatibilidade de horários

declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidades envolvidas.

5. Responsabilidades

Art. 121. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular
de suas atribuições.

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Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou cul-
poso, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros.
§ 1º A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário somente será liquidada
na forma prevista no art. 46, na falta de outros bens que assegurem a execução do
débito pela via judicial.
§ 2º Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda
Pública, em ação regressiva.
§ 3º A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será exe-
cutada, até o limite do valor da herança recebida.
Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao
servidor, nessa qualidade.
Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo
praticado no desempenho do cargo ou função.

De acordo com as disposições da Lei n. 8.112/1990, três são as esferas de res-

ponsabilidade a que os servidores públicos federais estão submetidos, sendo elas:

civil, administrativa e penal.

A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou

culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. Enquadram-se no

conceito de responsabilidade civil todas as ações ou omissões do servidor público

que, agindo em nome da administração, cause algum dano ao particular ou ao pró-

prio Poder Público.

Nesse caso, considerando que vigora, em nosso ordenamento jurídico, a teoria

da imputação (por meio da qual todas as ações do servidor, no desempenho de

suas atividades, são atribuídas ao órgão ou à entidade no qual ele desempenha

suas atribuições), caberá ao Poder Público, inicialmente, responder pelos danos

causados.

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Tendo a administração indenizado o particular, verifica ela se a atuação do agen-

te público ocorreu com dolo ou culpa. Em caso positivo, pode ajuizar uma ação

regressiva contra o servidor.

Julgada a ação regressiva e sendo o servidor condenado a restituir os cofres

públicos, será este intimado para pagar o valor devido no prazo de 30 dias. Não o

fazendo e não possuindo bens que possam garantir a execução, poderá ser deferido

parcelamento, desde que o valor das parcelas não seja inferior a 10% da remune-

ração, pensão ou proventos recebidos pelo agente estatal.

A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao

servidor, nessa qualidade, conforme previsão do artigo 123 da Lei n. 8.112/1990.

A responsabilidade administrativa, por sua vez, resulta de ato omissivo ou

comissivo praticado pelo servidor no desempenho do cargo ou função.

Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo inde-
pendentes entre si.
Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absol-
vição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.

As três esferas de responsabilização são independentes, de forma que é perfei-

tamente cabível que duas ou mais delas sejam acumuladas e imputadas ao servi-

dor.

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Exemplificando

Como exemplo, podemos citar o servidor público que utiliza materiais da repartição

em atividades particulares e que, para evitar que o fato chegue ao conhecimento

de terceiros, faz uso da extorsão e da chantagem.

Nesse caso, além de ser responsabilizado administrativamente pelo ato de improbi-

dade administrativa e civilmente caso tenha lesado o erário, responderá o servidor,

da mesma forma, na esfera penal, pois praticou o crime de extorsão em conexão

com as demais práticas ilícitas.

A regra da acumulação de esferas, no entanto, apresenta duas exceções, que

são as situações em que a absolvição na esfera penal acarreta a absolvição

na esfera administrativa.

Para que isso ocorra, não basta a simples absolvição penal, mas sim que esta

expressamente negue a existência do fato ou de sua autoria.

No primeiro caso, prova-se que o fato imputado ao servidor não ocorreu. No

segundo, ainda que o fato tenha ocorrido, a autoria da infração comprovadamente

não é do servidor.

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Art. 126-A. Nenhum servidor poderá ser responsabilizado civil, penal ou administrati-
vamente por dar ciência à autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvi-
mento desta, a outra autoridade competente para apuração de informação concernente
à prática de crimes ou improbidade de que tenha conhecimento, ainda que em decor-
rência do exercício de cargo, emprego ou função pública.

Como forma de incentivar que as práticas de improbidade administrativa e de

crimes contra a Administração Pública sejam denunciadas, a Lei n. 12.527/2011

promoveu a inclusão do mencionado artigo no Estatuto dos servidores.

Com isso, objetiva-se garantir uma maior segurança aos servidores que, em

virtude de suas atribuições, têm conhecimento da prática das referidas infrações.

Assim, não podem eles ser responsabilizados por terem dado ciência à autorida-

de superior do cometimento de improbidade ou crime contra a Administração. Caso

os servidores desconfiem que a autoridade imediatamente superior esteja envol-

vida no cometimento das infrações, darão ciência à autoridade diversa, evitando,

com isso, que a informação não seja investigada.

6. Penalidades

Art. 127. São penalidades disciplinares:


I – advertência;
II – suspensão;
III – demissão;
IV – cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
V – destituição de cargo em comissão;
VI – destituição de função comissionada.
Art. 128. Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da
infração cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstân-
cias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais.
Parágrafo único. O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento
legal e a causa da sanção disciplinar

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São apenas essas as penalidades que são passíveis de aplicação, ou seja, tra-

ta-se de uma lista taxativa. Assim, não poderá a autoridade competente inovar e

criar uma modalidade de penalidade para ser aplicada ao servidor.

Da mesma forma, antes da aplicação de toda e qualquer penalidade, deve ser

garantido o contraditório e a ampla defesa, sob pena de ser invalidado todo o pro-

cesso de aplicação.

Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição
constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de inobservância de dever funcional
previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que não justifique imposição de pe-
nalidade mais grave.

De acordo com o estatuto federal, as seguintes condutas acarretam a

aplicação da penalidade de advertência:

a) ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe

imediato;

b) retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou

objeto da repartição;

c) recusar fé a documentos públicos;

d) opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou exe-

cução de serviço;

e) promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;

f) cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o de-

sempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado;

Destaca-se que um cuidado maior deve ser dado a essa conduta, uma vez que ela

vai contra o nível hierárquico das punições se compararmos com uma das

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condutas ensejadoras de suspensão, que é o cometimento, a outro servidor, de

atribuições estranhas ao cargo que ocupa.

Em um primeiro momento, pode parecer que cometer uma atividade estranha a

um servidor é bem menos grave do que cometer uma atribuição a uma pessoa es-

tranha ao serviço público. No entanto, não foi esta a opção adotada pelo legislador,

sendo que devemos considerar, para efeitos de prova, as seguintes penalidades:

g) coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se à associação profissional

ou sindical, ou a partido político;

h) manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge,

companheiro ou parente até o segundo grau civil;

i) recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado.

Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com
advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a
penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias.
§ 1º Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que, injustifica-
damente, recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade
competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.

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§ 2º Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser


convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por dia de vencimento ou
remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço.

De acordo com as disposições da Lei n. 8.112/1990, encontramos as infrações

passíveis de aplicação da penalidade de suspensão pelo critério residual. Dessa

forma, as violações que não forem caracterizadas como advertência ou demissão

serão penalizadas com a suspensão:

a) cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em

situações de emergência e transitórias;

b) exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo

ou função e com o horário de trabalho;

c) haver reincidência das faltas punidas com advertência;

d) recusar-se a ser submetido à inspeção médica determinada pela autoridade

competente. Nesse caso, a penalidade de suspensão será de até 15 dias, cessando

seus efeitos quando o servidor cumprir a obrigação.

É importante sabermos que a suspensão não pode ser aplicada por prazo

superior a 90 dias, bem como que, a critério da autoridade competente, dentro

das situações em que for conveniente para o serviço público, a pena de suspen-

são poderá ser substituída por multa de 50% por dia trabalhado.

Exemplificando

Imaginemos a situação em que um servidor foi punido com suspensão. No entanto,

como a repartição em questão possui poucos servidores, seria mais danoso para

o serviço público se o servidor penalizado permanecesse sem trabalhar durante o

prazo de cumprimento da penalidade.

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Ainda que a administração tenha o dever de punir, essa punição não poderá resul-

tar em um prejuízo maior à sociedade, haja vista ser esta a titular do interesse

público. Assim, como meio de penalizar o servidor e não prejudicar a população, a

administração poderá converter a pena de suspensão em uma multa, situação em

que o servidor permanecerá trabalhando e receberá apenas 50% do que ganharia

por dia normal de trabalho.

Art. 131. As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancela-


dos, após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente,
se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar.
Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não surtirá efeitos retroativos.

No que se refere às sanções de advertência e suspensão, temos que essas,

depois de decorrido certo lapso de tempo, terão seus registros cancelados dos as-

sentamentos funcionais do servidor que houver sofrido a penalidade, sem que tal

providência gere qualquer espécie de direito retroativo.

Exemplificando

Caso um servidor tenha sido penalizado com suspensão e essa, por conveniência

do serviço público, tenha sido convertida em multa de 50% por dia de trabalho,

deverá o servidor, nesse período, continuar no exercício de suas atividades, opor-

tunidade em que receberá, durante o período da punição, apenas metade da sua

remuneração.

Decorrido o prazo de 5 anos, caso o servidor não tenha incorrido em uma nova

infração disciplinar, os registros da penalidade de suspensão serão cancelados dos

registros do servidor.

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Nesse caso, não poderá ele requerer o recebimento da remuneração que deixou de

ganhar quando da aplicação da penalidade, uma vez que o cancelamento desta não

gera direitos retroativos.

Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos:


I – crime contra a administração pública;
II – abandono de cargo;
III – inassiduidade habitual;
IV – improbidade administrativa;
V – incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;
VI – insubordinação grave em serviço;
VII – ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa pró-
pria ou de outrem;
VIII – aplicação irregular de dinheiros públicos;
IX – revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;
X – lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;
XI – corrupção;
XII – acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;
XIII – transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.

Das hipóteses elencadas, merecem destaque as situações de inassiduidade

habitual e de abandono de cargo.

Caracteriza-se a inassiduidade habitual quando o servidor falta ao serviço, sem

justificativa, por 60 dias, interpoladamente, durante o período de 12 meses,

que são contados da data da ocorrência da primeira falta.

Estará configurado abandono de cargo quando o servidor deixar, intencional-

mente, o cargo e não retornar no prazo consecutivo de 30 dias.

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Quanto à demissão, não existe a possibilidade de essa ser excluída dos

assentamentos funcionais dos servidores. Trata-se a demissão de um ato vin-

culado, de forma que, quando da sua ocorrência, não terá a administração a discri-

cionariedade de optar pela aplicação de outra penalidade, conforme se observa de

importante entendimento do STJ (MS n. 12.217):

A Administração Pública, quando se depara com situações em que a conduta do inves-


tigado se amolda nas hipóteses de demissão ou cassação de aposentadoria, não dispõe
de discricionariedade para aplicar pena menos gravosa por tratar-se de ato vinculado.

O artigo 132, XIII, da Lei n. 8.112/1990, estabelece a lista de proibições que,

quando configuradas, acarretam a demissão do servidor público:

a) valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da

dignidade da função pública;

b) participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou

não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou

comanditário;

c) atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo

quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o

segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;

d) receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em ra-

zão de suas atribuições;

e) aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;

f) praticar usura sob qualquer de suas formas;

g) proceder de forma desidiosa;

h) utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades

particulares.

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Art. 134. Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que houver pra-
ticado, na atividade, falta punível com a demissão.

Caso um servidor cometa, na atividade, falta punível com demissão, e sendo a

infração descoberta apenas após a aposentadoria do servidor (ou quando este en-

contrar-se em disponibilidade), a respectiva aposentadoria ou disponibilidade será

cassada, sofrendo o servidor, como consequência, os mesmos efeitos daqueles

que se encontram na ativa.

Art. 135. A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo
efetivo será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de
demissão.
Parágrafo único. Constatada a hipótese de que trata este artigo, a exoneração efetuada
nos termos do art. 35 será convertida em destituição de cargo em comissão.

Como já afirmado, os cargos em comissão podem ser ocupados tanto por ser-

vidores efetivos quanto por particulares sem vínculo com o Poder Público. Neste

último caso, e considerando que não há um vínculo prévio entre o ocupante do car-

go em comissão e a Administração Pública, será ele destituído do cargo quando a

infração cometida estiver capitulada com a penalidade de suspensão ou demissão.

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Art. 136. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, nos casos dos incisos IV,
VIII, X e XI do art. 132, implica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário,
sem prejuízo da ação penal cabível.
Art. 137. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, por infringência do art.
117, incisos IX e XI, incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo pú-
blico federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos.
Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público federal o servidor que for de-
mitido ou destituído do cargo em comissão por infringência do art. 132, incisos I, IV,
VIII, X e XI.

A aplicação da penalidade de demissão poderá acarretar a impossibilidade de o

agente demitido retornar ao serviço público pelo prazo de 5 anos.

Em outras situações mais gravosas, não poderá o agente público retornar ao

serviço público, independente do lapso temporal. Por fim, certas condutas ense-

jadoras de demissão acarretam a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao

erário.

Demissão ou Destituição de Cargo em Comissão Implicando Indisponi-

bilidade dos Bens e Ressarcimento ao Erário

Nessas hipóteses, o objetivo do legislador foi o de assegurar que o patrimônio

do agente causador do dano não seja dilapidado, possibilitando, assim, o ressarci-

mento dos prejuízos causados ao erário. Nos termos da Lei n. 8.112/1990, são as

seguintes situações que ensejam, cumulativamente, a indisponibilidade dos bens e

o ressarcimento ao erário.

a) Improbidade administrativa.

b) Aplicação irregular de dinheiros públicos.

c) Lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional.

d) Corrupção.

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Demissão ou Destituição de Cargo em Comissão Implicando Proibição

de Retornar ao Serviço Público Federal pelo Prazo de 5 Anos

a) Valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da

dignidade da função pública.

b) Atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo

quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o

segundo grau, e de cônjuge ou companheiro.

Demissão ou Destituição de Cargo em Comissão Implicando Impossibi-

lidade de Retornar ao Serviço Público Federal Indefinidamente

a) Crime contra a administração pública.

b) Improbidade administrativa.

c) Aplicação irregular de dinheiros públicos.

d) Lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional.

e) Corrupção.

Art. 141. As penalidades disciplinares serão aplicadas:


I – pelo Presidente da República, pelos Presidentes das Casas do Poder Legislativo e dos
Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral da República, quando se tratar de demissão e
cassação de aposentadoria ou disponibilidade de servidor vinculado ao respectivo Poder,
órgão, ou entidade;
II – pelas autoridades administrativas de hierarquia imediatamente inferior àquelas
mencionadas no inciso anterior quando se tratar de suspensão superior a 30 (trinta)
dias;
III – pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma dos respectivos regimentos
ou regulamentos, nos casos de advertência ou de suspensão de até 30 (trinta) dias;
IV – pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar de destituição de
cargo em comissão.

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A depender da penalidade que está sendo aplicada, teremos diferentes autori-

dades competentes para a sua aplicação. Nota-se, da relação apresentada pela Lei

n. 8.112/1990, que as autoridades estão escalonadas de acordo com a gravidade

da penalidade que está sendo aplicada:

Demissão ou cassação da aposentadoria Presidente da República, pelos Presidentes das Casas do


ou disponibilidade Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo Procu-
rador-Geral da República

Suspensão superior a 30 dias Autoridades administrativas de hierarquia imediata-


mente inferior àquelas competentes para aplicação de
demissão ou cassação de aposentadoria

Advertência e suspensão até 30 dias Chefe da repartição e outras autoridades na forma dos
respectivos regimentos ou regulamentos

Destituição de cargo em comissão Autoridade que houver feito a nomeação

Entretanto, pode o Presidente da República delegar, aos respectivos Ministros

de Estado, a competência para a aplicação da penalidade de demissão, conforme

observado do julgamento do Mandado de Segurança n. 7.024, da lavra do STJ:

Possibilidade de o Presidente da República delegar aos Ministros de Estado a competên-


cia para demitir servidores de seus respectivos quadros – parágrafo único do art. 84, CF.
Art. 142. A ação disciplinar prescreverá:
I – em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposen-
tadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão;
II – em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;
III – em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.
§ 1º O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido.
§ 2º Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às infrações disciplinares
capituladas também como crime.
§ 3º A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a
prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente.
§ 4º Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a partir do dia em
que cessar a interrupção.

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Ainda que a administração possua o dever de punir todas as infrações de que

tiver conhecimento, cumpre informar que as penalidades devem ser aplicadas

dentro de um lapso de tempo a partir da data em que o fato se tornou co-

nhecido.

E isso em plena consonância com o princípio da segurança jurídica, uma vez que

não é admitida, em nosso ordenamento, a possibilidade de haver punições impres-

critíveis.

Em outras palavras, isso implica afirmar que, mesmo que um servidor tenha co-

metido uma infração e essa seja do conhecimento da administração, caso a repar-

tição competente não tome as medidas legais (aplicação da penalidade) dentro de

um determinado período, não mais poderá o fazer, uma vez que a ação disciplinar

estará prescrita.

Nesse sentido, os prazos prescricionais previstos na norma federal apenas co-

meçam a contar da data em que as condutas se tornaram conhecidas por alguma

autoridade administrativa.

Exemplificando

Suponhamos que um servidor tenha cometido, em janeiro de 2013, uma infração

disciplinar passível de aplicação de suspensão. No entanto, por motivos diversos,

a autoridade administrativa apenas tomou conhecimento da infração cometida em

junho de 2015.

Nessa situação, o prazo prescricional (que, no caso da suspensão, é de 2 anos)

apenas terá início em junho de 2015, ou seja, na data em que o fato se tornou

conhecido por parte da administração.

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Sendo a infração de conhecimento de alguma autoridade administrativa, esta

deverá, dentro do prazo prescricional legalmente previsto, instaurar sindicância ou

processo administrativo disciplinar (a depender da gravidade da infração) com a

finalidade de apurar todos os fatos ocorridos.

Uma vez instaurada a sindicância ou o PAD, o prazo prescricional é interrom-

pido. Isso implica dizer que, após o término de algum dos procedimentos, o prazo

prescricional volta a ser contado desde o seu início.

Essa, aliás, é a principal diferença entre a suspensão e a interrupção da conta-

gem dos prazos da norma, ou seja, o fato de o prazo, após o término da sindicância

ou PAD, ser contado novamente do início ou pelo número de dias restantes.

Exemplificando

A autoridade administrativa toma conhecimento, em junho de 2010, de uma infra-

ção cometida por servidor federal. Se considerarmos que essa infração deve ser

penalizada com a sanção de demissão, o prazo prescricional para que a pena seja

aplicada vai até junho de 2015.

Caso, em janeiro de 2015, a administração instaure um PAD com a finalidade de

apurar a infração cometida pelo servidor, teremos a interrupção do prazo.

Assim, se a decisão da comissão for pela absolvição do servidor, bem como que

essa tenha sido tomada em maio de 2015, o prazo, após o julgamento, volta a ser

contado do início, dispondo a administração de mais 5 anos para aplicar uma even-

tual penalidade ao servidor.

Relaciona-se a seguir, com o objetivo de facilitar a memorização, a prescrição

de cada uma das penalidades da Lei n. 8.112/1990:

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Penalidade Prescrição
Demissão, cassação de aposentadoria ou 5 anos
disponibilidade e destituição de cargo em
comissão

Suspensão 2 anos

Advertência 180 dias

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QUESTÕES DE CONCURSO

1. (CESPE/OTI/ABIN/ÁREA 1/2018) Considerando o disposto no Decreto n.

7.133/2010 e na Lei n. 8.112/1990, além da avaliação de desempenho, julgue o

item a seguir.

De acordo com a Lei n. 8.112/1990, é dever do servidor atender o público em geral

com presteza, fornecendo as informações requeridas, salvo aquelas protegidas por

sigilo.

2. (CESPE/STJ/ADMINISTRATIVA/2018) Com base no disposto na Lei n. 8.112/1990,

julgue o item seguinte.

Apesar de as instâncias administrativa e penal serem independentes entre si, a

eventual responsabilidade administrativa do servidor será afastada se, na esfera

criminal, ele for beneficiado por absolvição que negue a existência do fato ou a sua

autoria.

3. (CESPE/EBSERH/ADMINISTRAÇÃO/2018) Julgue o item seguinte, relativo ao re-

gime dos servidores públicos federais e à ética no serviço público.

A demissão será a penalidade disciplinar cabível para o servidor que se recusar a

ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade competente.

4. (CESPE/EBSERH/ADMINISTRAÇÃO/2018) Julgue o item seguinte, relativo ao re-

gime dos servidores públicos federais e à ética no serviço público.

É dever do servidor público respeitar a hierarquia, respeito esse que veda a ele re-

presentar contra comprometimentos da estrutura do poder estatal.

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5. (CESPE/TECNO GP/EBSERH/2018) No que concerne a direitos, deveres e res-

ponsabilidades dos servidores públicos, julgue o próximo item.

Nos termos da Lei n. 8.112/1990, os deveres do servidor público incluem repre-

sentar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder e promover manifestação de

apreço no recinto da repartição.

6. (CESPE/EBSERH/2018) Acerca do regime jurídico dos servidores públicos fede-

rais, julgue o item a seguir.

O servidor responde apenas administrativamente pelo exercício irregular de suas

atribuições, o qual pode ensejar a aplicação de penalidade disciplinar – até mes-

mo de demissão –, que deve, sempre, mencionar o fundamento legal e a causa da

sanção.

7. (CESPE/AUX ADM/IFF/2018) Servidor público que comete irregularidade no

exercício da sua função poderá responder civil, penal e administrativamente pelo

ato. Nesse sentido, segundo a Lei n. 8.027/1990, as cominações civis, penais e

administrativas podem cumular-se, no entanto

a) são independentes entre si.

b) a administrativa depende da civil.

c) a administrativa depende da penal.

d) a civil depende da penal.

e) a penal depende da civil.

8. (CESPE/TRT 7/JUDICIÁRIA/SEM ESPECIALIDADE/2017) As esferas penal e ad-

ministrativa são independentes para apurar a responsabilidade de servidor público.

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Contudo, o procedimento criminal vincula o procedimento administrativo quando

conclui que

a) há insuficiência de provas quanto à existência do fato imputado ao servidor.

b) o servidor não foi o autor da conduta a ele imputada.

c) há insuficiência de provas quanto à autoria do fato.

d) o fato não constitui infração penal.

9. (CESPE/TRT 7/ADMINISTRATIVA/2017) Ao servidor público que intencionalmen-

te e sem nenhuma justificativa se ausentar do país por trinta e um dias ininterrup-

tos será aplicável, de acordo com a Lei n. 8.112/1990, a penalidade de

a) suspensão.

b) demissão.

c) censura.

d) advertência.

10. (CESPE/TRT 7/ADMINISTRATIVA/2017) Na hipótese de acumular ilegalmente

cargos, empregos, ou funções públicas, o funcionário público estará sujeito à pe-

nalidade disciplinar de

a) destituição de cargo em comissão.

b) suspensão.

c) demissão.

d) advertência.

11. (CESPE/TRT 7/ADMINISTRATIVA/2017) Considerando o Código de Conduta do

Conselho da Justiça Federal de Primeiro e Segundo Graus, as regras para provi-

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mento de cargos públicos, direitos e vantagens bem como o regime disciplinar dos

servidores públicos, julgue o item a seguir.

Situação hipotética: Rafael e Caio, servidores públicos federais, respondem, cumu-

lativamente, a processos administrativo e criminal por atos cometidos no exercício

de suas funções. Na esfera criminal, Rafael foi absolvido por ter comprovado a

inexistência do fato; Caio foi absolvido por ter apresentado prova de não ter sido o

autor do fato.

Assertiva: Nessa situação, Rafael e Caio não poderão ser responsabilizados admi-

nistrativamente.

12. (CESPE/TRT 7/ADMINISTRATIVA/2017) Considerando o Código de Conduta do

Conselho da Justiça Federal de Primeiro e Segundo Graus, as regras para provi-

mento de cargos públicos, direitos e vantagens bem como o regime disciplinar dos

servidores públicos, julgue o item a seguir.

Situação hipotética: Em 2015, Joaquim, servidor público federal, aposentou-se vo-

luntariamente. Em 2016, comprovou-se que Joaquim, em 2015, ainda no exercício

de suas funções, havia cometido ato de improbidade administrativa.

Assertiva: Nessa situação, a aposentadoria de Joaquim deverá ser cassada.

13. (CESPE/TRF 1/JUDICIÁRIA/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL/2017)

Com base na Lei n. 8.112/1990 e no regime jurídico aplicável aos agentes públicos,

julgue o item a seguir.

A destituição de servidor de cargo em comissão ou de função comissionada não

pode ser aplicada como penalidade disciplinar.

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14. (CESPE/TRE-TO/JUDICIÁRIA/2017) Com a conclusão do processo administra-

tivo disciplinar contra um servidor público federal detentor de cargo em comissão

junto a determinado tribunal regional eleitoral, o servidor foi apenado com a des-

tituição do seu cargo.

Nessa situação hipotética, a penalidade deverá ser aplicada pelo(a)

a) autoridade que houver feito a nomeação.

b) presidente do Tribunal Superior Eleitoral.

c) autoridade administrativa de hierarquia imediatamente inferior ao presidente do

Tribunal Superior Eleitoral.

d) chefe da repartição.

e) presidente da República.

15. (CESPE/TRE-TO/ADMINISTRATIVA/SEM ESPECIALIDADE/2017) João delegou

a Maria, sua esposa e pessoa estranha à repartição pública onde ele exerce suas

funções, o desempenho das atribuições de sua responsabilidade. Descoberto, João

sofreu um processo administrativo disciplinar, que resultou em sua condenação à

penalidade de advertência. Três meses após o trânsito em julgado do procedimento

administrativo, João recusou fé a documento público.

Nessa situação hipotética, de acordo com a Lei n. 8.112/1990, João está sujeito à

pena de

a) suspensão de até noventa dias.

b) suspensão de até cento e vinte dias.

c) suspensão de até cento e oitenta dias.

d) repreensão verbal.

e) demissão.

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16. (CESPE/ANA/INSS/2016) Com base no disposto no Decreto n. 6.029/2007 e na

Lei n. 8.112/1990, julgue o item subsequente, que versa sobre direitos e deveres

de servidores públicos.

É proibido ao servidor público atuar como intermediário junto a repartições públi-

cas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de paren-

tes até o segundo grau e de cônjuge ou companheiro.

17. (CESPE/TCE-PA/ADMINISTRATIVA/GESTÃO DE PESSOAS/2016) A respeito de

reparação de danos, sindicância e processo administrativo, e controle interno da

administração pública, julgue o item seguinte.

Nos termos da lei, a obrigação de reparação de dano praticado por servidor público

não é extensível aos seus sucessores.

18. (CESPE/AUX/FUB/ADMINISTRAÇÃO/2016) Ainda de acordo com a Lei n.

8.112/1990 e suas alterações, julgue o item subsequente.

As sanções civis, penais e administrativas não podem ser cumuladas.

19. (CESPE/AUX/FUB/ADMINISTRAÇÃO/2016) Ainda de acordo com a Lei n.

8.112/1990 e suas alterações, julgue o item subsequente.

O servidor público, mediante prévia autorização do chefe imediato, pode ausentar-

-se do serviço durante o expediente.

20. (CESPE/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/MPU/2015) Acerca de deveres, proibições

e penalidades previstos na Lei n. 8.112/1990, julgue o item subsecutivo.

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Atrasos constantes no cumprimento da jornada de trabalho podem caracterizar

conduta desidiosa, procedimento que, de acordo com o estatuto dos servidores

públicos civis da União, pode resultar em demissão.

21. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-GO/2015) Acerca do regime jurídico dos

servidores públicos civis da União, no próximo item apresenta uma situação hipo-

tética, seguida de uma assertiva a ser julgada.

Luana, analista judiciária do TRE/GO, tem procedido de forma desidiosa no exer-

cício de suas atribuições. Nessa situação, Luana comete transgressão disciplinar e

está sujeita à pena de demissão do serviço público.

22. (CESPE/ANALISTA ADMINISTRATIVO/MPU/2015) No item, é apresentada uma

situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada com base no que dispõe

a Lei n. 8.112/1990.

Um servidor público federal inativo praticou, quando em atividade, conduta punível

com a penalidade de demissão. Nessa situação, ao final do devido procedimento de

apuração, se for confirmada a responsabilidade do servidor, deverá ser cassada a

sua aposentadoria.

23. (CESPE/ANALISTA ADMINISTRATIVO/MPU/2015) No item, é apresentada uma

situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada com base no que dispõe

a Lei n. 8.112/1990.

João, servidor público federal, atuou, junto à repartição pública competente, como

intermediário da concessão de determinado benefício previdenciário do qual o seu

pai figura como titular. Nessa situação, conforme o disposto na Lei n. 8.112/1990,

João praticou conduta vedada pela norma regente.

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24. (CESPE/CONTADOR/FUB/2015) Maria, servidora pública federal estável, inte-

grante de comissão de licitação de determinado órgão público do Poder Executivo

federal, recebeu diretamente, no exercício do cargo, vantagem econômica indevida

para que favorecesse determinada empresa em um procedimento licitatório. Após o

curso regular do processo administrativo disciplinar, confirmada a responsabilidade

de Maria na prática delituosa, foi aplicada a pena de demissão.

Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir, com base na legisla-

ção aplicável ao caso.

Caso Maria, notoriamente, possuísse boa conduta no ambiente de trabalho e não

houvesse registros negativos em seus assentamentos funcionais, a administração

poderia, com fundamento em tais atenuantes, ter optado pela imposição de a pe-

nalidade menos gravosa.

25. (CESPE/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/FUB/2015) Com referência às disposi-

ções do regime jurídico dos servidores públicos civis da União (Lei n. 8.112/1990),

julgue o item que se segue.

Servidor público aposentado poderá ter a sua aposentadoria cassada em função de

condenação por infração vinculada ao cargo público anteriormente ocupado.

26. (CESPE/TÉCNICO FUB/2015) Com base nas disposições da Lei n. 8.112/1990,

do Estatuto e do Regimento Geral da Universidade de Brasília (UnB), julgue o item

a seguir.

As responsabilidades civil, penal e administrativa do servidor público, ainda que

possam ser cumuladas durante a fase de apuração da infração, não poderão resul-

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tar em sanções independentes, devido à necessária correspondência entre infração

e sanção.

27. (CESPE/MDIC/2014/AGENTE ADMINISTRATIVO) No que se refere aos agentes

públicos e aos poderes administrativos, julgue o item que se segue. Nesse sentido,

considere que a sigla CF, sempre que empregada, refere-se à Constituição Federal

de 1988.

Considere que um servidor vinculado à administração unicamente por cargo em

comissão cometa uma infração para a qual a Lei n. 8.112/1990 preveja a sanção

de suspensão. Nesse caso, se comprovadas a autoria e a materialidade da irregula-

ridade, o servidor sofrerá a penalidade de destituição do cargo em comissão.

28. (CESPE/CADE/2014/AGENTE ADMINISTRATIVO) Considere que, após regular

processo administrativo contra servidor vinculado à administração pública unica-

mente por cargo em comissão, a autoridade julgadora tenha concluído que o servi-

dor cometeu infração punível com a penalidade de suspensão. Nesse caso, a pena-

lidade a ser aplicada será a exoneração de ofício do servidor faltoso.

29. (CESPE/ATA/DPU/2016) Ainda com base no disposto na Lei n. 8.112/1990 e na

Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o próximo item.

Com referência ao servidor público federal, a responsabilidade administrativa e a

penal são independentes entre si, podendo cumular-se, salvo no caso de absolvição

criminal que negue a ocorrência do fato ou a sua autoria.

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30. (CESPE/AG ADM/DPU/2016) Com base nas disposições da Lei n. 8.112/1990,

que trata do regime jurídico dos servidores públicos federais, julgue o item a seguir.

Caso o servidor público tenha causado danos ao poder público, a obrigação de re-

parar tais danos estende-se aos seus sucessores e contra eles será executada, até

o limite do valor da herança recebida.

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GABARITO
1. C 25. C

2. C 26. E

3. E 27. C

4. E 28. E

5. E 29. C

6. E 30. C

7. a

8. b

9. b

10. c

11. C

12. C

13. E

14. a

15. a

16. C

17. E

18. E

19. C

20. C

21. C

22. C

23. E

24. E

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GABARITO COMENTADO

1. (CESPE/OTI/ABIN/ÁREA 1/2018) Considerando o disposto no Decreto n.

7.133/2010 e na Lei n. 8.112/1990, além da avaliação de desempenho, julgue o

item a seguir.

De acordo com a Lei n. 8.112/1990, é dever do servidor atender o público em geral

com presteza, fornecendo as informações requeridas, salvo aquelas protegidas por

sigilo.

Certo.

A questão elenca, de forma correta, um dos deveres dos servidores públicos fede-

rais.
Art. 116. São deveres do servidor:
V – atender com presteza:
a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas
por sigilo;

2. (CESPE/STJ/ADMINISTRATIVA/2018) Com base no disposto na Lei n. 8.112/1990,

julgue o item seguinte.

Apesar de as instâncias administrativa e penal serem independentes entre si, a

eventual responsabilidade administrativa do servidor será afastada se, na esfera

criminal, ele for beneficiado por absolvição que negue a existência do fato ou a sua

autoria.

Certo.

Nos termos do artigo 126, “a responsabilidade administrativa do servidor será afas-

tada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria”.

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3. (CESPE/EBSERH/ADMINISTRAÇÃO/2018) Julgue o item seguinte, relativo ao re-

gime dos servidores públicos federais e à ética no serviço público.

A demissão será a penalidade disciplinar cabível para o servidor que se recusar a

ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade competente.

Errado.

Nesse caso, a penalidade a ser aplicada é a de suspensão, e não de demissão.

Art. 130.
§ 1º Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que, injustifica-
damente, recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade
competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.

4. (CESPE/EBSERH/ADMINISTRAÇÃO/2018) Julgue o item seguinte, relativo ao re-

gime dos servidores públicos federais e à ética no serviço público.

É dever do servidor público respeitar a hierarquia, respeito esse que veda a ele re-

presentar contra comprometimentos da estrutura do poder estatal.

Errado.

Ao contrário do que afirma a questão, o servidor público federal possui o dever de

representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.

Art. 116. São deveres do servidor:


XII – representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.

5. (CESPE/TECNO GP/EBSERH/2018) No que concerne a direitos, deveres e res-

ponsabilidades dos servidores públicos, julgue o próximo item.

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Nos termos da Lei n. 8.112/1990, os deveres do servidor público incluem repre-

sentar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder e promover manifestação de

apreço no recinto da repartição.

Errado.

Representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder é um dos deveres dos

servidores públicos federais. No entanto, ao contrário do que afirma a questão,

promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição é uma

vedação conferida a tais agentes.

Art. 117. Ao servidor é proibido:


V – promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;

6. (CESPE/EBSERH/2018) Acerca do regime jurídico dos servidores públicos fede-

rais, julgue o item a seguir.

O servidor responde apenas administrativamente pelo exercício irregular de suas

atribuições, o qual pode ensejar a aplicação de penalidade disciplinar – até mes-

mo de demissão –, que deve, sempre, mencionar o fundamento legal e a causa da

sanção.

Errado.

Diferentemente do que afirma a questão, o servidor responde civil, penal e admi-

nistrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições.

Art. 121. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular
de suas atribuições.

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7. (CESPE/AUX ADM/IFF/2018) Servidor público que comete irregularidade no

exercício da sua função poderá responder civil, penal e administrativamente pelo

ato. Nesse sentido, segundo a Lei n. 8.027/1990, as cominações civis, penais e

administrativas podem cumular-se, no entanto

a) são independentes entre si.

b) a administrativa depende da civil.

c) a administrativa depende da penal.

d) a civil depende da penal.

e) a penal depende da civil.

Letra a.

Para responder à questão, temos de fazer uso das disposições do artigo 125, de

seguinte redação:

Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo inde-
pendentes entre si.

8. (CESPE/TRT 7/JUDICIÁRIA/SEM ESPECIALIDADE/2017) As esferas penal e ad-

ministrativa são independentes para apurar a responsabilidade de servidor público.

Contudo, o procedimento criminal vincula o procedimento administrativo quando

conclui que

a) há insuficiência de provas quanto à existência do fato imputado ao servidor.

b) o servidor não foi o autor da conduta a ele imputada.

c) há insuficiência de provas quanto à autoria do fato.

d) o fato não constitui infração penal.

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Letra b.

Duas são as situações em que a responsabilização criminal produz efeitos na órbita

administrativa: quando a absolvição negar a existência do fato ou, ainda, quando

negar sua autoria.

Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absol-


vição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.

9. (CESPE/TRT 7/ADMINISTRATIVA/2017) Ao servidor público que intencionalmen-

te e sem nenhuma justificativa se ausentar do país por trinta e um dias ininterrup-

tos será aplicável, de acordo com a Lei n. 8.112/1990, a penalidade de

a) suspensão.

b) demissão.

c) censura.

d) advertência.

Letra b.

Se o servidor se ausentou do cargo por mais de 30 dias ininterruptos, resta confi-

gurado o abandono de cargo.

Art. 138. Configura abandono de cargo a ausência intencional do servidor ao serviço


por mais de trinta dias consecutivos.

Nos termos legais, o abandono de cargo trata-se de infração que deve ser penali-

zada com a sanção de demissão.

Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos:


II – abandono de cargo;

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10. (CESPE/TRT 7/ADMINISTRATIVA/2017) Na hipótese de acumular ilegalmente

cargos, empregos, ou funções públicas, o funcionário público estará sujeito à pe-

nalidade disciplinar de

a) destituição de cargo em comissão.

b) suspensão.

c) demissão.

d) advertência.

Letra c.

A acumulação ilegal de cargos, empregos e funções públicas enseja a demissão do

servidor público federal.

Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos:


XII – acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;

11. (CESPE/TRT 7/ADMINISTRATIVA/2017) Considerando o Código de Conduta do

Conselho da Justiça Federal de Primeiro e Segundo Graus, as regras para provi-

mento de cargos públicos, direitos e vantagens bem como o regime disciplinar dos

servidores públicos, julgue o item a seguir.

Situação hipotética: Rafael e Caio, servidores públicos federais, respondem, cumu-

lativamente, a processos administrativo e criminal por atos cometidos no exercício

de suas funções. Na esfera criminal, Rafael foi absolvido por ter comprovado a

inexistência do fato; Caio foi absolvido por ter apresentado prova de não ter sido o

autor do fato.

Assertiva: Nessa situação, Rafael e Caio não poderão ser responsabilizados admi-

nistrativamente.

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Certo.

Nas situações narradas, Caio e Rafael não deverão ser responsabilizados na esfera

administrativa, haja vista que incidiram nas situações em que, de acordo com a

Lei n. 8.112/1990, a absolvição criminal gera o afastamento da responsabilização

administrativa.

Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absol-


vição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.

12. (CESPE/TRT 7/ADMINISTRATIVA/2017) Considerando o Código de Conduta do

Conselho da Justiça Federal de Primeiro e Segundo Graus, as regras para provi-

mento de cargos públicos, direitos e vantagens bem como o regime disciplinar dos

servidores públicos, julgue o item a seguir.

Situação hipotética: Em 2015, Joaquim, servidor público federal, aposentou-se vo-

luntariamente. Em 2016, comprovou-se que Joaquim, em 2015, ainda no exercício

de suas funções, havia cometido ato de improbidade administrativa.

Assertiva: Nessa situação, a aposentadoria de Joaquim deverá ser cassada.

Certo.

Inicialmente, precisamos saber que o cometimento de improbidade administrativa

enseja a aplicação da penalidade de demissão ao servidor público.

No entanto, como Joaquim já estava aposentado, a respectiva aposentadoria deve-

rá ser cassada pela autoridade competente.

Art. 134. Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que houver pra-
ticado, na atividade, falta punível com a demissão.

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13. (CESPE/TRF 1/JUDICIÁRIA/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL/2017)

Com base na Lei n. 8.112/1990 e no regime jurídico aplicável aos agentes públicos,

julgue o item a seguir.

A destituição de servidor de cargo em comissão ou de função comissionada não

pode ser aplicada como penalidade disciplinar.

Errado.

Tanto a destituição de cargo em comissão quanto a destituição de função comis-

sionada são penalidades que podem ser aplicadas aos servidores públicos federais.

Art. 127. São penalidades disciplinares:


V – destituição de cargo em comissão;
VI – destituição de função comissionada.

14. (CESPE/TRE-TO/JUDICIÁRIA/2017) Com a conclusão do processo administra-

tivo disciplinar contra um servidor público federal detentor de cargo em comissão

junto a determinado tribunal regional eleitoral, o servidor foi apenado com a des-

tituição do seu cargo.

Nessa situação hipotética, a penalidade deverá ser aplicada pelo(a)

a) autoridade que houver feito a nomeação.

b) presidente do Tribunal Superior Eleitoral.

c) autoridade administrativa de hierarquia imediatamente inferior ao presidente do

Tribunal Superior Eleitoral.

d) chefe da repartição.

e) presidente da República.

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Letra a.

Nos termos da lei, a destituição de cargo em comissão será aplicada pela autorida-

de que houver feito a nomeação.

Art. 141. As penalidades disciplinares serão aplicadas:


IV – pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar de destitui-
ção de cargo em comissão.

15. (CESPE/TRE-TO/ADMINISTRATIVA/SEM ESPECIALIDADE/2017) João delegou

a Maria, sua esposa e pessoa estranha à repartição pública onde ele exerce suas

funções, o desempenho das atribuições de sua responsabilidade. Descoberto, João

sofreu um processo administrativo disciplinar, que resultou em sua condenação à

penalidade de advertência. Três meses após o trânsito em julgado do procedimento

administrativo, João recusou fé a documento público.

Nessa situação hipotética, de acordo com a Lei n. 8.112/1990, João está sujeito à

pena de

a) suspensão de até noventa dias.

b) suspensão de até cento e vinte dias.

c) suspensão de até cento e oitenta dias.

d) repreensão verbal.

e) demissão.

Letra a.

De acordo com a Lei n. 8.112/1990, ambas as condutas (cometer a pessoa estra-

nha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que

seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado e recusar fé a documentos

públicos) devem ser sancionadas com a penalidade de advertência.

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No entanto, como a segunda infração foi cometida após João ter sido condenado à

pena de advertência, estamos diante de um caso de reincidência. Logo, deve João

ser sancionado com a penalidade de suspensão, que, por sua vez, não pode exce-

der a 90 dias.

Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com
advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a
penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias.

16. (CESPE/ANA/INSS/2016) Com base no disposto no Decreto n. 6.029/2007 e na

Lei n. 8.112/1990, julgue o item subsequente, que versa sobre direitos e deveres

de servidores públicos.

É proibido ao servidor público atuar como intermediário junto a repartições públi-

cas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de paren-

tes até o segundo grau e de cônjuge ou companheiro.

Certo.

Como regra geral, o servidor não pode atuar como procurador ou intermediário

junto a repartições públicas. As exceções ficam por conta dos benefícios previden-

ciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou compa-

nheiro.

Art. 117. Ao servidor é proibido:


XI – atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quan-
do se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo
grau, e de cônjuge ou companheiro;

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17. (CESPE/TCE-PA/ADMINISTRATIVA/GESTÃO DE PESSOAS/2016) A respeito de

reparação de danos, sindicância e processo administrativo, e controle interno da

administração pública, julgue o item seguinte.

Nos termos da lei, a obrigação de reparação de dano praticado por servidor público

não é extensível aos seus sucessores.

Errado.

Nos termos do artigo 122, § 3º, “A obrigação de reparar o dano estende-se aos

sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor da herança recebida”.

18. (CESPE/AUX/FUB/ADMINISTRAÇÃO/2016) Ainda de acordo com a Lei n.

8.112/1990 e suas alterações, julgue o item subsequente.

As sanções civis, penais e administrativas não podem ser cumuladas.

Errado.

A questão exige o conhecimento das disposições do artigo 125, que apresenta a

seguinte redação:

Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo inde-
pendentes entre si.

19. (CESPE/AUX/FUB/ADMINISTRAÇÃO/2016) Ainda de acordo com a Lei n.

8.112/1990 e suas alterações, julgue o item subsequente.

O servidor público, mediante prévia autorização do chefe imediato, pode ausentar-

-se do serviço durante o expediente.

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Certo.

Como regra geral, o servidor não pode ausentar-se do serviço durante o expedien-

te. A exceção ocorre quando o servidor tiver a prévia autorização do chefe imediato.

Art. 117. Ao servidor é proibido:


I – ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe ime-
diato.

20. (CESPE/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/MPU/2015) Acerca de deveres, proibições

e penalidades previstos na Lei n. 8.112/1990, julgue o item subsecutivo.

Atrasos constantes no cumprimento da jornada de trabalho podem caracterizar

conduta desidiosa, procedimento que, de acordo com o estatuto dos servidores

públicos civis da União, pode resultar em demissão.

Certo.

De acordo com o artigo 117, XV, temos a proibição de o servidor proceder de for-

ma desidiosa, ou seja, de forma relapsa e sem o comprometimento com o serviço

público.

Como consequência, a conduta desidiosa acarretará a penalidade de demissão,

conforme previsão do artigo 132, XII, da norma federal:

Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos:


XIII – transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.

21. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-GO/2015) Acerca do regime jurídico dos

servidores públicos civis da União, no próximo item apresenta uma situação hipo-

tética, seguida de uma assertiva a ser julgada.

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Luana, analista judiciária do TRE/GO, tem procedido de forma desidiosa no exer-

cício de suas atribuições. Nessa situação, Luana comete transgressão disciplinar e

está sujeita à pena de demissão do serviço público.

Certo.

Como consequência da conduta desidiosa, deverá a servidora ser demitida.

22. (CESPE/ANALISTA ADMINISTRATIVO/MPU/2015) No item, é apresentada uma

situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada com base no que dispõe

a Lei n. 8.112/1990.

Um servidor público federal inativo praticou, quando em atividade, conduta punível

com a penalidade de demissão. Nessa situação, ao final do devido procedimento de

apuração, se for confirmada a responsabilidade do servidor, deverá ser cassada a

sua aposentadoria.

Certo.

Nesse caso, a aposentadoria deverá ser cassada, em plena sintonia com o artigo

134 da Lei n. 8.112/1990:

Art. 134. Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que houver pra-
ticado, na atividade, falta punível com a demissão.

23. (CESPE/ANALISTA ADMINISTRATIVO/MPU/2015) No item, é apresentada uma

situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada com base no que dispõe

a Lei n. 8.112/1990.

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João, servidor público federal, atuou, junto à repartição pública competente, como

intermediário da concessão de determinado benefício previdenciário do qual o seu

pai figura como titular. Nessa situação, conforme o disposto na Lei n. 8.112/1990,

João praticou conduta vedada pela norma regente.

Errado.

Como regra, a Lei n. 8.112/1990 estabelece a proibição do servidor de atuar como

procurador ou intermediário junto a repartições públicas. Em caráter de exceção,

a norma permite que tal procedimento seja realizado, desde que atendidos dois

requisitos:

a) a ação seja com relação a benefícios previdenciários ou assistenciais;

b) o beneficiário seja parente até o segundo grau do servidor;

No caso, a conduta do servidor está de acordo com as previsões legais.

24. (CESPE/CONTADOR/FUB/2015) Maria, servidora pública federal estável, inte-

grante de comissão de licitação de determinado órgão público do Poder Executivo

federal, recebeu diretamente, no exercício do cargo, vantagem econômica indevida

para que favorecesse determinada empresa em um procedimento licitatório. Após o

curso regular do processo administrativo disciplinar, confirmada a responsabilidade

de Maria na prática delituosa, foi aplicada a pena de demissão.

Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir, com base na legisla-

ção aplicável ao caso.

Caso Maria, notoriamente, possuísse boa conduta no ambiente de trabalho e não

houvesse registros negativos em seus assentamentos funcionais, a administração

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poderia, com fundamento em tais atenuantes, ter optado pela imposição de a pe-

nalidade menos gravosa.

Errado.

Como estamos diante de uma infração que acarreta a aplicação da pena de demis-

são e recai, ainda, em improbidade administrativa, não há qualquer espaço para a

discricionariedade do Poder Público, que deve aplicar a penalidade de acordo com

as disposições legais.

25. (CESPE/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/FUB/2015) Com referência às disposi-

ções do regime jurídico dos servidores públicos civis da União (Lei n. 8.112/1990),

julgue o item que se segue.

Servidor público aposentado poderá ter a sua aposentadoria cassada em função de

condenação por infração vinculada ao cargo público anteriormente ocupado.

Certo.

Trata-se de possibilidade expressa no artigo 134 da Lei n. 8.112/1990:

Art. 134. Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que houver pra-
ticado, na atividade, falta punível com a demissão.

26. (CESPE/TÉCNICO FUB/2015) Com base nas disposições da Lei n. 8.112/1990,

do Estatuto e do Regimento Geral da Universidade de Brasília (UnB), julgue o item

a seguir.

As responsabilidades civil, penal e administrativa do servidor público, ainda que

possam ser cumuladas durante a fase de apuração da infração, não poderão resul-

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tar em sanções independentes, devido à necessária correspondência entre infração

e sanção.

Errado.

As três esferas de responsabilização do servidor público podem perfeitamente ser

acumuladas, conforme previsão do artigo 125 da norma:

Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo inde-
pendentes entre si.

27. (CESPE/MDIC/2014/AGENTE ADMINISTRATIVO) No que se refere aos agentes

públicos e aos poderes administrativos, julgue o item que se segue. Nesse sentido,

considere que a sigla CF, sempre que empregada, refere-se à Constituição Federal

de 1988.

Considere que um servidor vinculado à administração unicamente por cargo em

comissão cometa uma infração para a qual a Lei n. 8.112/1990 preveja a sanção

de suspensão. Nesse caso, se comprovadas a autoria e a materialidade da irregula-

ridade, o servidor sofrerá a penalidade de destituição do cargo em comissão.

Certo.

Trata-se de questão que exige a literalidade do artigo 135 da Lei n. 8.112/1990:

Art. 135. A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo
efetivo será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de
demissão.

28. (CESPE/CADE/2014/AGENTE ADMINISTRATIVO) Considere que, após regular

processo administrativo contra servidor vinculado à administração pública unica-

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mente por cargo em comissão, a autoridade julgadora tenha concluído que o servi-

dor cometeu infração punível com a penalidade de suspensão. Nesse caso, a pena-

lidade a ser aplicada será a exoneração de ofício do servidor faltoso.

Errado.

Nos termos do artigo 135 da Lei n. 8.112/1990, temos que a situação narrada pela

questão enseja a aplicação da penalidade de destituição de cargo em comissão, e

não de exoneração, conforme expresso na questão.

Art. 135. A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo
efetivo será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de
demissão.

29. (CESPE/ATA/DPU/2016) Ainda com base no disposto na Lei n. 8.112/1990 e na

Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o próximo item.

Com referência ao servidor público federal, a responsabilidade administrativa e a

penal são independentes entre si, podendo cumular-se, salvo no caso de absolvição

criminal que negue a ocorrência do fato ou a sua autoria.

Certo.

Como regra geral, as responsabilidades civil, penal e administrativa são acumulá-

veis. A Lei n. 8.112/1990, no entanto, estabelece duas situações em que a respon-

sabilidade administrativa do servidor estará afastada em virtude da absolvição no

âmbito penal:

a) no caso de absolvição que negue a existência do fato;

b) no caso de absolvição que negue a autoria do fato.

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vição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.

30. (CESPE/AG ADM/DPU/2016) Com base nas disposições da Lei n. 8.112/1990,

que trata do regime jurídico dos servidores públicos federais, julgue o item a seguir.

Caso o servidor público tenha causado danos ao poder público, a obrigação de re-

parar tais danos estende-se aos seus sucessores e contra eles será executada, até

o limite do valor da herança recebida.

Certo.

Trata-se de regra expressa no artigo 122, § 3º, da norma federal:

Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou cul-
poso, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros.

§ 3º A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será

executada, até o limite do valor da herança recebida.

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