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INSERÇÃO DE TEMAS SOBRE A DIVERSIDADE E DIFERENÇA NO

PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

Ivone Jesus Alexandre (Universidade do Estado de Mato Grosso-UNEMAT)


Jordiel Pereira (Aluno do PPGE Letras da UNEMAT)
Priscila Lisboa Vilena (SEMEC/SINOP/MT)
jesus.alexandre@unemat.br

Resumo:
O trabalho faz uma reflexão sobre o tema diversidade e diferença nas práticas de
alfabetização de professores alfabetizadores do projeto AlfabetizaLucas que ocorreu
em 2020 numa parceria da UNEMAT/Campus de Sinop/MT e a Secretaria de
Educação da cidade de Lucas do Rio Verde/MT. O tema foi a Produção de texto escrito
na Alfabetização e o objetivo foi mostrar a importância de revermos textos de cunho
racista, homofóbico e misógino que circulam na escola e reescrevermos na
perspectiva do respeito e solidariedade. A formação se realizou via google meet. As
análises ocorreram através da interação no chat e da avaliação dos gestores realizada
pelas instituições envolvidas ao término do projeto. Constatamos que os professores
resistem a esses temas, não houve interação deles no chat, os gestores avaliaram
como positivo e necessária essa discussão desde os anos iniciais na rede de ensino.

Palavras-chave: Diversidade; Diferença; Alfabetização; Professores.

Introdução

As desigualdades no Brasil atingem aqueles que possuem uma diferença


segundo o modelo dominante de ser humano, ou seja, as mulheres, os negros, as
sociedades indígenas e a população LGBTQI (lésbicas, gays, bissexuais, travestis,
transexuais, transgêneros, queers, questionadoras, bigêneros, assexuadas e
intersexos) (MAIO, OLIVEIRA e PEIXOTO, 2020) são as principais vítimas numa
sociedade que valoriza o homem, branco, cristão e heterossexual.
A pandemia da Covid 19 e a ascensão das ideias neofacistas aumentaram mais
as desigualdades e acirrou mais ainda a violência contra esses grupos. Ideias de
intolerância, desrespeito e mesmo a morte tem sido incentivada por aqueles que
defendem a “moralidade” cristã.
Acreditamos que todo esse cenário de desrespeito que vivenciamos ocorre
porque as instituições escolares, mesmo com as políticas da diversidade (GOMES,
2017) existentes, não têm abordado esse conteúdo nas escolas como deveria. É um
tema que deve estar presente no currículo desde a educação infantil ao ensino
superior. O papel das instituições educacionais é condição decisiva para a luta contra
as desigualdades sociais e pela proteção aos direitos humanos.
A escola pode não ser a única responsável em propor esse debate, mas ela é
responsável por diferentes aprendizagens das crianças que serão adultos que estarão
em diferentes esferas e segmentos sociais, por isso elas precisam aprender, desde
cedo, a respeitar a diversidade e as diferenças existentes no mundo.
Essa pauta começou a ser defendida desde constituição de 1988 conhecida
como constituição cidadã. E foi sistematizada no âmbito escolar da educação básica
através dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) em 1995 com o tema
“pluralidade cultural”. (LIONCO E DINIZ, 2009). Mesmo com as críticas relacionadas
a abordagem do tema relacionada a sexualidade, a inserção da discussão no âmbito
escolar foi um avanço importante naquele momento nas propostas e programas
escolares. A partir de então novas demandas surgiram, novas propostas foram
elaboradas para atender as especificidades de cada grupo bem como políticas
públicas que atendessem as especificidades de cada grupo.

Desenvolvimento

Como integrante do grupo do projeto AlfabetizaLucas o tema desenvolvido foi


Produção de texto Alfabetização e Produção escrita dos alunos em processo de
alfabetização. Os temas escolhidos foram o resumo sobre os dados da violência a que
são submetidos os negros, indígenas, mulheres, gays e trans. Seguido de debate
sobre os números apresentados, fizemos sugestões metodológicas de como abordar
esse conteúdo nos anos iniciais, e exemplificando os textos verbais e não verbais
presente na sociedade que retratam com preconceito e discriminação esses grupos.
Pensamos ser extremamente importante esse debate junto aos professores
alfabetizadores, porque sabemos que nas escolas, desde cedo as crianças em
processo de aprendizagem, aprender a respeitar a diversidade e diferenças pode fazer
toda a diferença no combate ao machismo, racismo, homofobia, misoginia. As escolas
têm resistência em trabalhar temas que envolvem a sexualidade, a raça e as questões
de gênero desde “a creche (na escola) as crianças aprendem a ser menina ou menino;
a ser negro e a ser branco e também a ser heterossexual e cristão”.
Meninos e meninas aprendem, no processo de escolarização, a se encaixarem nos
modelos determinados pela sociedade eurocêntrica (LAJARA; ABRAMOWICZ, 2014,
p.1911).
A participação dos professores no chat foi pífia, os professores comentaram
sobre a história que apresentamos no início da formação, “Galileu leu” que fala sobre
a criança e sua paixão por aprender, suas condições sociais, culturais e a forma que
alguns professores desconsideram esses aspectos no processo de aprendizagem. Os
professores gostaram muito e elogiaram a história e essa dinâmica para introduzir o
tema sobre a alfabetização e os processos sociais e culturais que deve considerar em
que as crianças estão inseridas.
Em relação ao conteúdo em si, as questões raciais, étnicas, sexuais e de
gênero, os professores não fizeram nenhum comentário sobre o conteúdo. Esse
silencio foi compreensível, porque esperavam o mesmo enfoque dos outros
palestrantes, infinidades de receitas, técnicas de alfabetização que desenvolvesse a
competências e habilidades discriminadas nos planos e programas, não que esses
conteúdos não sejam importantes. Mas discutir as desigualdades étnicas, raciais,
LGBTQI e gênero são fundamentais para um cidadão respeitoso e sensível a
diversidade humana.

Ao inserir no currículo escolar as temáticas sobre gênero e


sexualidades, os/as docentes podem propor uma série de
atividades, nas diferentes áreas, que contemplem as relações
afetivas, sexuais, de poder, de classe, sempre respeitando os
pontos de vista, as religiosidades e cultura de cada estudante,
dentre as quais destacamos algumas a partir de agora. (MAIO,
OLIVEIRA E PEIXOTO, 2020, p.69).

O mesmo ocorre com a pauta de raça e etnia, ao não promovermos esse debate
nas escolas compactuamos com os índices de violência contra as pessoas que fazem
parte desses grupos mencionados. É urgente interromper o ciclo da intolerância e
preconceito tão em voga na sociedade atual. Um mundo pós pandemia de COVID 19
precisa estar munido e movido pela esperança, respeito e promoção da diversidade e
da diferença existente na sociedade.
Considerações finais

Esse comportamento dos professores, que participaram da formação, retrata


bem a questão política estadual e regional do estado, lugar de agronegócio, onde o
desenvolvimento, tecnologia e o lucro estão muitas vezes acima do bem-estar social.
Os discursos homofóbicos, racistas e misóginos ainda se amparam numa visão
limitada e reducionista embasados nos “valores” morais, religiosos e políticos que
imperam em consonância com os discursos vigente. Nas cidades do interior de Mato
Grosso, onde impera o agronegócio, os políticos e a sociedade são alinhados ao
governo que se encontra no poder e alguns, vociferam aos quatro cantos, o desprezo
pela vida, liberdade e direitos de expressão humana.
Trabalhar os temas relativos a diversidade e diferença nesse contexto é um
desafio enorme, terá que ser aos poucos e ir quebrando a resistência iniciais dos
educadores dentro de perspectiva teórica científica que compreenda os direitos
individuais, legais e humanos de todo cidadão brasileiro, do direito à sua
individualidade e à sua subjetividade.
Não podemos retroceder nesse movimento de inserção dessas pautas no
âmbito educacional, é a partir de práticas cotidianas formalizadas e informalizadas,
que podemos assegurar que de fato esses temas sejam trabalhados
interdisciplinarmente, e, especificamente nas diferentes áreas disciplinares.

Referências

LIONCO, T.; DINIZ, D. Homofobia, silêncio e naturalização: por uma narrativa da


diversidade sexual. Rev. psicol. polít. [online]. 2008, vol.8, n.16 [citado 2021-02-09],
pp. 307-324. Disponível em:
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519549X2008000200
009&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 2175-1390.

GOMES, Nilma Lino. Políticas públicas para a diversidade Sapere aude – Belo
Horizonte, v. 8, n. 15, p. 7-22, Jan./jun. 2017

MAIO, Eliane Rose; OLIVEIRA, M.; PEIXOTO, R.. Discussão sobre gênero nas
escolas: Ações e resistências. Revista Retratos da Escola, Brasília, v. 14, n. 28, p.
57-74, jan./abr. 2020. Disponível em: http://retratosdaescola.emnuvens.com.br/rde.
Acesso em 02 fev de 2020.
CORREIA, Lajara J. L.; ABRAMOWICZ, Anete. As crianças falam sobre sua cor e
raça: inventando Margens. Revista Linha Mestra, n.24, Jan. -Jul., 2014. p.1909-
1912.
A EDUCAÇÃO SEXUAL NAS ESCOLAS DE EDUCAÇÃO INFANTIL COMO
MEDIDA DE PROTEÇÃO À CRIANÇA

Joyce Cristine Silva Guia- Universidade Estadual de Mato Grosso


Ivone Jesus Alexandre- Universidade Estadual de Mato Grosso
E-mail: joyce.cristine@unemat.br

Resumo:

Esse estudo investiga como a escola de Educação Infantil lida com as situações de
abuso sexual que envolvem crianças. Busca compreender como a escola trata o
tema violência sexual infantil em seu currículo e verificar as medidas preventivas que
adotam para prevenir esse tipo de violência. A pesquisa terá abordagem qualitativa.
A coleta de dados ocorrerá por revisão bibliográfica e entrevistas com professores e
gestores. Buscamos mostrar a importância da Educação Sexual no currículo das
escolas como forma de orientar, prevenir e orientar sobre os abusos infantis. Por fim,
possibilitar o debate desse tema na escola e na comunidade compreendendo que a
escola, na maioria das vezes, é o lugar de refúgio para a criança, onde ela busca
proteção e segurança para ficar a salvo do agressor.

Palavras-chave: Violência Sexual. Escola de Educação Infantil. Direitos da criança.

Introdução

Esse texto trata de uma proposta de trabalho de conclusão de curso-TCC e


nesse momento estamos na revisão bibliográfica e pesquisa exploratória. Esse
estudo tem como objetivo geral investigar como a escola de Educação Infantil lida
com as situações de violência sexual que envolvem crianças. Busca compreender
como a escola trata o tema violência sexual infantil em seu currículo e verificar as
medidas preventivas que adotam para prevenir esse tipo de violência.
O problema de pesquisa se apresenta assim: como gestores e professores
têm lidado com denúncias de violência sexual infantil e o que eles têm feito para
prevenir que a criança não sofra mais esse tipo de abuso?
A coleta de dados ocorre a partir de uma investigação com abordagem
qualitativa e entrevista com gestores e professores de duas instituições infantis
públicas da cidade de Sinop/MT. Nas entrevistas utilizaremos gravador de áudio que
depois serão transcritas e analisadas à luz dos autores que discutem a temática.
Acreditamos que a educação sexual nas escolas é uma possibilidade de
ajuda para as crianças que sofrem abuso sexual como também um conteúdo que
podem levar elas a aprenderem a diferenciar as demonstrações de afetos e atitudes
que caracterizam abusos sexuais.
Ao nosso ver a escola deve ser um lugar que pode pautar esse tema e que a
criança possa saber que nela obterá além da ajuda, pessoas que irão protegê-las e
denunciar o agressor para as autoridades competentes.

. A educação sexual como forma de proteção na escola de Educação Infantil

De acordo com o site do Ministério de direitos humanos e cidadania, em 2021


as crianças e adolescentes representam 18,6% dos registros da Ouvidoria Nacional
através do dique 100 com denúncias anônimas. Em quase 60% dos registros, a
vítima tinha entre 10 e 17 anos. Em cerca de 74%, a violação é contra meninas.
Tendo em vista que, na maioria das vezes, as violências sexuais acontecem
em lugares da confiança da criança, a escola é o lugar onde a criança pode ser
ensinada a buscar auxilio, lugar onde ela pode denunciar a violência sofrida. São os
principais suspeitos de praticar os abusos são aqueles que naturalmente deveriam
proteger as crianças. Segundo as informações no site, estão entre os suspeitos o
padrasto, a madrasta, o pai e a mãe.
Além da casa, a escola é outro lugar que a criança passa boa parte de sua
infância, nela compartilha vivências, experiências e aprendizagens e pode e deve
ser lugar de aprender sobre educação sexual.

A infância tem sido considerada a época da aquisição subjetiva e


sociocultural da identidade humana, na relação com o mundo, na
descoberta de si e na apropriação significativa da cultura. Entendemos ser
esta a característica mais particular desta fase de nossas vidas. Hoje
sabemos que dessas relações estabelecidas com o mundo no período da
infância dependerão, em grande parte, as muitas outras que acontecerão
em etapas posteriores da vida de cada um de nós. (NUNES e SILVA, 2000,
p. 11).

Nessa época vivencia experiencias maravilhosas e também experiencias ruins,


o abuso sexual pode ser um deles. Por isso a educação sexual é importante no
currículo escolar porque os professores podem aprender sobre o conteúdo e serem
orientados a ajudar e proteger as crianças sobre a importância de não deixar
qualquer pessoa toca-la, diferenciar toque afetuoso de toques inadequado seu corpo
e de como deve proceder se isso ocorrer.
Contudo, o tema educação sexual nas escolas ainda precisa ser
desmistificado, pois muitos pais ainda tem postura conservadora, e acham que essa
iniciativa ira incentivar a criança a se interessar por sexo, pensam que prejudica a
infância da criança, e por isso tratam a Educação Sexual infantil nas escolas como
uma maneira de sexualizar precocemente a criança ou de orientar para o “mau
caminho”.
Os pesquisadores sobre o tema afirmam que essa discussão na escola poderia
ajudar e proteger a criança com informação adequada e medidas possíveis dentro
do âmbito da escola. Eles afirmam que as discussões tanto sobre gênero quanto
sexualidade são temas que tem sido invisibilizados na escola. Para os estudiosos já
havia um retrocesso histórico em relação as políticas públicas que visavam combater
a violência sexual contra as mulheres, crianças e população LGBTQI e piorou
durante o governo passado, as estatísticas de violência e abusos sexual dispararam
nos últimos anos.
Ferreira (2015) defende que o aumento dos discursos de caráter conservador,
de debates de projetos de lei como a “Escola sem partido” e da supressão dos
termos de identidade de gênero e orientação sexual na Base Nacional Comum-
BNCC causou muitas confusões e polêmicas por orientar os conteúdos a serem
desenvolvidos pelos educadores nas escolas. A pesquisadora acredita que isso
ocorra tanto para agredir estudiosos da área como para não promover o debate
sobre esses temas nas escolas e em outros setores da sociedade.
E infelizmente, a ausência desse conteúdo prejudicam as crianças pequenas
que são as mais desprotegidas. Nesse sentido, a discussão na escola é fundamental
não só para evitar abuso sexual, mas prevenir gravidez e doenças sexualmente
transmissíveis na adolescência.
Os pesquisadores Maio, Oliveira e Peixoto (20210, p.63) afirmam que,
[...], é basilar incentivar discussões de gênero e diversidade sexual nas
instituições escolares, de modo a contribuir para a diminuição das
desigualdades e discriminações sociais, sobretudo às relacionadas às
mulheres e pessoas LGBTQIA (lésbicas, gays, bissexuais, travestis,
transexuais, transgêneros, queers, questionadoras, bigêneros, assexuadas e
intersexos). Essa discussão, se acompanhada de práticas democráticas e
científicas escolares, pode contribuir na diminuição da violência reportada a
esse grupo em todos os ambientes sociais. Essas ações podem amortecer a
misoginia, o machismo, o sexismo, o patriarcado, a LGBTQIAfobia,
promovendo a equidade de gênero e diversidade sexual, a partir do exercício
do convívio com as diversas características humanas, sociais, políticas,
históricas, culturais

A escola tem papel importante na ruptura do pensamento patriarcal, machista,


misógino que educam seres humanos que não respeitam as pessoas, e que essas,
independentes do sexo, faixa etária podem ser objetos de prazer e violência.
Faleiros (2010 apud SANTOS, 2014) afirma que a violência sexual contra
crianças e adolescente está relacionada a concepção de sexualidade humana,
compreensão sobre as relações de gênero, posição da criança e o papel da família
no interior das estruturas sociais. Para o autor, isso deve ser fator fundamental para
entendermos esse tipo de comportamento seu contexto histórico, econômico,
cultural e ético.
Assim, discutir a educação sexual no currículo escolar é complexo, mas não é
por causa disso que deixará de ser um tema trabalhado. É preciso investimento em
pesquisas e desenvolvimento de políticas públicas voltadas para os professores dos
cursos de licenciaturas que atuam na educação básica, eles necessitam ter esse
conteúdo na formação inicial e continuada.
É importante mostrar que essas pautas irão contribuir para resguarda as
crianças, seus direitos a proteção, participação e providência como um direito legal e
constituído.
As crianças que sofrem abusos sexuais não irão receber tais informações em
sua casa, pois na maioria das vezes, são os familiares ou pessoas próximas que
cometem esse tipo de abuso. Assim,

A educação Sexual escolar sempre foi objeto de polêmica em nossa


tradição educacional. A escola brasileira, pública e privada, sempre
manteve este tema distante de seus procedimentos curriculares e
responsabilidades educacionais. Iniciativas esporádicas, nascidas
quase sempre de inspirações religioso-confessionais e em núcleos
associativos dissidentes da cultura conservadora foram
constantemente rechaçados e reduzidos a insignificantes
expressões. Foram os anos dourados e os anos rebeldes os cenários
da massificação da necessidade de uma educação sexual escolar.
(NUNES e SILVA, 2000, p. 13).

Tendo em vista que a criança por sua condição física, afetiva e emocional é um
ser vulnerável. Entendemos que a criança deve ser protegida, mas não é sempre
que as famílias cumprem esse papel, e a criança fica mais indefesa quando são
submetida a violência sexual.
Por isso, a escola tem como obrigação moral e legal ajudar crianças em
situação de qualquer violência como também de denunciar aos órgãos competentes
que tem por obrigação proteger as crianças.

Considerações finais

Esse estudo investiga como a escola de Educação Infantil lida com as


situações de abuso sexual que envolvem crianças. Busca compreender como a
escola trata o tema violência sexual infantil em seu currículo e verificar as medidas
preventivas que adotam para prevenir esse tipo de violência.
Acreditamos que a educação sexual é muito importante como medidas para
tentar mudar a realidade de violência sofrida por crianças nos locais que deveriam
estar seguras.
São conhecimentos que devem ser repassadas na Educação Infantil na
linguagem da criança para que ela possa compreender, independentemente de sua
faixa etária, o que e como configura o abuso, como o abusador age e a quem contar
quando algo de errado ocorre.
É importante garantir que a criança sinta-se a salvo no ambiente escolar, livre
para expressar e contar tudo que estiver passando, é muito importante que existam
gestores e professores que acreditem na palavra da criança, pois não basta ensinar
como prevenir, é necessário atender a criança se ela sentir necessidade de falar e
prestar socorro a ela.
É preciso ter demasiado cuidado ao contatar a família, tendo em vista que
grande parte das violências vem dos próprios familiares, portanto, nota-se a
importância de se atentar as pesquisas e compreender que violência sexual é uma
coisa séria e que a Educação sexual pode ser a solução para ajudar a prevenção e
as vítimas de abuso.
O intuito desse tipo de educação é proteger e garantir que a criança tenha
acesso aos seus direitos e a autonomia do próprio corpo, sanando suas
curiosidades, respeitando e a orientando, para que ela se veja como digna de seus
próprios direitos. Entendemos que uma criança consciente de assuntos que dizem
respeito a sua sexualidade tem maior facilidade para se protegerem de violências
sexuais.

Referências

MAIO, Eliane R.; OLIVEIRA, Marcio; PEIXOTO, Reginaldo. Discussão sobre gênero
nas escolas: Ações e resistências. Revista Retratos da Escola, Brasília, v. 14, n.
28, p. 57-74, jan./abr. 2020. Disponível em:
http://retratosdaescola.emnuvens.com.br/rde. Acesso em 02 fev de 2022.

SANTOS, Creusa Teles dos. Abuso sexual com criança: uma demanda do
serviço social. 2014. 201 f. Dissertação (Mestrado em Serviço Social) - Pontifica
Universidade Católica de São Paulo. São Paulo, 2014. Disponível em
https://tede2.pucsp.br/handle/handle/17699. Acesso em 01 jan. 2023.

NUNES, César; SILVA, Edna. A Educação sexual da criança: Polêmicas do


nosso tempo.
Campinas, SP: Autores associados, 2000.

OLIVEIRA, Ingrid. Das 4.486 denúncias de violação infantil em 2022, 18,6% estão
ligadas a abuso sexual. CNN Brasil. São Paulo, SP: CNN, 18/05/2022. Disponível
em: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/2022-tem-4-486-denuncias-de-abuso-
infantil-maioria-dos-casos-acontece-com-meninas/. Acesso em: 30 jun. 2022.

Denúncias de violência sexual são maioria contra crianças e adolescentes.


Ministério dos direitos humanos e cidadania, 2022. Disponível em>
https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2022/maio/denuncias-de-violencia-
sexual-sao-maioria-contra-criancas-e-adolescentes. Acesso em 04 de ago, 2022.
ESTADO DO PARANÁ
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

CERTIFICADO

Certificamos que o trabalho intitulado "A EDUCAÇÃO SEXUAL NAS ESCOLAS DE


EDUCAÇÃO INFANTIL COMO MEDIDA DE PROTEÇÃO À CRIANÇA" de autoria de
IVONE JESUS ALEXANDRE foi apresentado no Evento de Extensão "VIII Simpósio
Internacional de Educação Sexual: Corpos em dissidências - a diferença nas educ(ações)
democráticas" (Processo nº 1869/2022) no período de 26/04/2023 a 28/04/2023, realizado
por esta Universidade, através do(a) CENTRO DE CIENCIAS HUMANAS, LETRAS E
ARTES / PROGRAMA DE POS-GRADUACAO EM EDUCACAO.

Carga Horária: 4 horas


Frequência: 100 %

Maringá-PR, 16 de agosto de 2023.

CRISHNA MIRELLA DE ANDRADE CORREA


Diretora de Extensão

Registro nº
2023.3571.0302

A autenticidade deste documento pode ser verificada na página eletrônica: http://pecweb.uem.br/dex/certificado/verifica


Código de verificação: 3571.436809.1370231153
PROGRAMA MINISTRADO

Atividades Realizadas / Realizadores Carga Horária


Mesa Redonda: Mesa Redonda 1
Ministrante(s): Márcio Rodrigo Lopes Caetano, Paulo Roberto Iotti Vecchiatti, Constantina Xavier 4
Filha
Mesa Redonda: Mesa Redonda 2
Ministrante(s): Tiffhany Odara Lima Da Silva, Amara Rodovalho Fernandes Moreira, Sara Wagner 4
Pimenta Gonçalves Junior
Mesa Redonda: Mesa Redonda 3
4
Ministrante(s): Luana Diana Dos Santos, Dayana Brunetto Carlin Dos Santos, Irismar Dos Santos
Palestra: Palestra de Abertura
4
Ministrante(s): Yasmin Agueda Da Silva Reis
Grupo de Trabalho: Sessão de Grupos de Trabalho 1 4
Grupo de Trabalho: Sessão de Grupos de Trabalho 2 4
Grupo de Trabalho: Sessão de Grupos de Trabalho 3 4
Grupo de Trabalho: Sessão de Grupos de Trabalho 4 4
TOTAL 32
Coordenador(a): MARIA LUISA FURLAN COSTA

A Coordenação
REP’s - Revista Even. Pedagóg.
Número Regular: Educação, Diversidade e Diferença
Sinop, v. 11, n. 1 (28. ed.), p. 122-130, jan./jul. 2020
ISSN 2236-3165
http://sinop.unemat.br/projetos/revista/index.php/eventos/index
DOI: 10.30681/2236-3165

SEÇÃO ENTREVISTA

A DIVERSIDADE E A DIFERENÇA NÃO TÊM UMA NATUREZA,


NÃO HÁ NENHUMA ESSÊNCIA QUE DEFINA O QUE É DIFERENÇA

ANETE ABRAMOWICZ

Esta edição da Revista Eventos Pedagógicos propõe o debate acerca da


diversidade e diferença articulado ao campo da educação em diálogo com as
demais aéreas do conhecimento. Nesse sentido, o conceito de diversidade e
diferença é tencionado a partir da perspectiva defendida por nossa entrevistada, a
Drª Anete Abramowicz, que percebe as diferenças como geradoras das diferenças
trazendo para o debate a compreensão da diferença em uma perspectiva positiva,
ou seja, diferenças que façam diferenças e que não sejam tomadas como
apêndices, mantendo-se intacto aquilo que é visto como central, hegemônico e
universal e, a diversidade como possibilidade de ampliar o campo do capital que se
insere constantemente em subjetividades antes intactas. Ou seja, a diversidade
entendida como uma forma de governamento exercido pela política pública, como
uma estratégia de apaziguamento das desigualdades e de esvaziamento do campo
da diferença cuja função é borrar as identidades e quebrar as hegemonias.
A entrevistada é docente da Universidade de São Paulo (USP), bacharel em
Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (1979), mestrado em Educação:
História, Política, Sociedade pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
(1992) e doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (1998).
Em 2010 concluiu o estágio de pós-doutoramento no Centre de Recherche Sur Les
Liens Sociaux (CERLIS) na Universidade Descartes em Paris na área da Sociologia
da Infância. Atualmente é professora Titular da Faculdade de Educação da
Universidade de São Paulo. Foi coordenadora do Programa de Pós-Graduação em
Educação da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) de 2003 a 2005,
coordenadora do FORPRED da ANPED e vice-coordenadora do GT de 0 a 6 anos
Este artigo está licenciado sob forma de uma licença Creative Commons Atribuição 3.0 Não Adaptada,
que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta
revista..http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR
Revista Even. Pedagóg.
Número Regular: Educação, Diversidade e Diferença
Sinop, v. 11, n. 1 (28. ed.), p. 122-130, jan./jul. 2020

da ANPED, editora responsável da Revista Eletrônica de Educação (REVEDUC) de


2007 até 2017 e atualmente é editora honorária e Professora Titular Sênior da
Universidade Federal de São Carlos.
As pesquisas desenvolvidas pela pesquisadora abordam os temas na área de
Educação com ênfase na criança e infância, sociologia da infância, diferenças,
relações raciais, etárias e de gênero. Em 2010 recebeu a bolsa produtividade do
CNPq e coordena o grupo de pesquisa “estudos sobre a criança, a infância e a
educação infantil: políticas e práticas das diferenças” criado em 1998.
Organizou inúmeros livros, entre eles destaco as seguintes publicações e
parcerias: Educação e raça com Nilma Lino Gomes, Afirmando as diferenças:
montando o quebra-cabeças da diversidade na escola com Valter Silvério,
Educação Infantil e diferenças com Michel Vandenbroeck e A reconfiguração da
escola com Miguel Arroyo, Infância e Pós-estruturalismo com Gabriela Tebet
entre outros.

Ivone Jesus Alexandre

1 – Ivone Jesus Alexandre: Como você define a natureza da diversidade e


diferenças sociais e culturais?
Anete Abramowicz: Na realidade, a diversidade e a diferença não têm uma
natureza, ou seja, não há nenhuma essência que define o que é diferença. Vou dar
um exemplo na minha área que é a infância. A criança, por exemplo, foi uma
diferença que emergiu em determinado momento histórico com determinadas
características. Lógico que criança, este ser pequeno, sempre existiu na realidade
social, mas a criança, como centro das atenções, com singularidades que as
diferenciam dos adultos, com particularidades produzidas só para elas como por
exemplo: moda, literatura infantil, pediatria, escola emerge com algumas
especificidades próprias para elas a partir do século XIX, pois alguma diferença foi
produzida. Isto significa dizer que tudo que tem na realidade social são formas
produzidas, por forças (estéticas, econômicas, discursivas, não discursivas etc.) que
fazem emergir as formas de determinadas maneiras em um momento histórico e
cujas formas podem se modificar ou até desparecer. Isto vale para a ideia de
verdade, para a criança, para o estado etc. A verdade nunca é a mesma, há que se

ENTREVISTA – Página 123


Revista Even. Pedagóg.
Número Regular: Educação, Diversidade e Diferença
Sinop, v. 11, n. 1 (28. ed.), p. 122-130, jan./jul. 2020

entender como determinada verdade se configura como tal, e as verdades mudam.


Deste ponto de vista tudo é histórico porque tudo emerge, pesquisar significa buscar
as forças que fizeram as formas emergir, e não há nenhuma essência e nem origem.
Deste modo, o que existe na realidade social são diferenças. Há formas específicas
que se hegemonizam como verdades e como universais, mas não passam de
formas que devem ser analisadas para que entendamos como emergiram como
verdades e, pesquisar é mostrar como uma forma se torna hegemônica e combatê-
la, quando necessário. Quando a criança emerge como forma na atmosfera
científica ocidental, ela emerge com uma cor e que pretende se universalizar, deste
modo há que se combater esta forma hegemônica de representar criança em geral,
“universal”: branca, cristã etc. O movimento negro quando luta por representação,
tem razão, há que se representar crianças de todas as formas possíveis.
Alguns pensadores assim chamados de filósofos da diferença têm em
Friedrich Nietsche uma espécie de “ancestral” desta concepção e cuja concepção foi
impulsionada por Gilles Deleuze que realiza uma espécie de enfrentamento teórico
com Georg Wilhelm Friedrich Hegel e a dialética, afirmando a diferença.

2 – Ivone Jesus Alexandre: Como a diferença de raça, no sentido sociológico, se


articula às diferenças de categorias de classe, gênero e sexualidade?
Anete Abramowicz: Estes são os chamados marcadores sociais da diferença, há
muitos outros marcadores que não têm uma definição à priori e que a pesquisa e o
trabalho empírico, na realidade social, fazem emergir outros marcadores de
diferença.
A importância destas categorias como gênero e raça, por exemplo, é que elas
também são estruturais, tais como a classe social, ou seja, durante um tempo, em
certa leitura marxista supunha-se que classe social era a estrutura que organizava
todas as outras. Achava-se que ela determinava mesmo que em última instância os
outros marcadores sociais. Sabemos hoje que raça é estruturante também da
realidade social e o racismo tem a ver com a cor da pele e não só com a pobreza e
com a escravidão. Achille Mbembe (2016; 2018)1 que é um historiador camaronês

1
MBEMBE, Achille. Necropolítica. Artes & Ensaios, Rio de Janeiro, n. 32, p. 123‑151, dez. 2016.
MBEMBE, Achille. A crítica da razão negra. Trad. Sebastião Nascimento. São Paulo: n-1 edições,
2018. p. 250.

Página 124 – Ivone Jesus Alexandre e Anete Abramwoicz


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Sinop, v. 11, n. 1 (28. ed.), p. 122-130, jan./jul. 2020

mostra que escravidão sempre existiu na historia social, mas não pela cor da pele.
Também Achille Mbembe mostra a maneira pela qual o capitalismo é estruturado, ou
seja, no DNA do capitalismo, tem o racismo, tem o trabalho negro, não há como
pensar capitalismo sem trabalho negro. Assim como o gênero, a disputa está aí no
Brasil, qual será o sexo da nação, qual será a cor “própria” das meninas e dos
meninos etc. É uma disputa pela identidade nacional que perpassa todos os
marcadores sociais.

3 – Ivone Jesus Alexandre: Como a senhora analisa historicamente o debate sobre


educação, diversidade e diferença enquanto linha teórica?
Anete Abramowicz: Uma tese defendida no PPGE da UFSCar por Silvio Munari ele
termina a tese com a frase:

Para cada vida, uma linha. Para cada linha, uma pedagogia. Isso estava
debaixo do nosso nariz o tempo todo e não vimos. As pedagogias, no plural,
mantêm íntimas relações com o simulacro. De produção e de reprodução.
Elas querem distância da Ideia e não querem ser cópia de nada. O
movimento aberrante (LAPOUJADE, 2015) que animou a minha tese foi o
de pensar pedagogias, no plural. A redução de uma multidão qualquer a
2
uma única pedagogia era por demais incômodo .

Isto quer dizer que a pedagogia trabalha com a ideia de povo, esta ideia é
unificante: um povo, uma língua, uma cor, um sexo, há que se propor para
aquelas/es que pensam a educação na linha da multiplicidade, pensar na direção da
multidão e não do povo, pois multidão nada unifica, só se multiplica. Escrevemos em
um artigo na revista da Pró-Posições da UNICAMP (2009, p. 62) a ideia de que:

Se se quer produzir diferença é porque ela está ali e precisa fazer valer sua
potência política, precisa ser tirada do lugar do estranho, do horrível e da
aberração. Mas isso num movimento não de conversão em lucro para o
capital, que tem sido hábil em lhes retirar o que têm de único e talvez último,
que são sua potência e sua vida. A diferença precisa ser retirada da cena
onde foi satanizada para ser recolocada na multidão, onde a paisagem é
indefinida, onde não se sabe exatamente quem é quem e o que é o que,
mesmo porque ela é nômade: quem estava ali não está mais, quem chegou
3
já saiu .

2
MUNARI, Silvio. Linhas de errância: vidas precárias e pedagogias. Tese (Doutorado) – Programa
de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal de São Carlos-PPGE/UFSCar, São Carlos,
2017. p. 111.
3
ABRAMOWICZ, Anete; LEVCOVITZ, Diana; RODRIGUES, Tatiane Cosentino. Infâncias em
Educação Infantil. Pro-posições, Campinas, v. 20, n. 3, p. 179-197, dez. 2009. Disponível em:

ENTREVISTA – Página 125


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Sinop, v. 11, n. 1 (28. ed.), p. 122-130, jan./jul. 2020

Na realidade a diferença na educação é pensada como desvio, é preciso


retirá-la deste lugar para entendermos que uma pedagogia se faz na diferença, ela
não só aceita, tolera diferenças, ela deve produzi-las e para isto vale a ideia de que
para cada vida, uma pedagogia.

4 – Ivone Jesus Alexandre: Quais diferenças são mobilizadoras no espaço


escolar?
Anete Abramowicz: Uma sala de aula é aparentemente homogênea. Mas às vezes
há um determinado corpo que visibiliza a heterogeneidade, seja por causa dos seus
gestos, trejeitos, diferenças que fazem “fugir” as ordens hegemônicas de poder e
saber, e que nos coloca de imediato na questão da diferença. Há padrões
hegemônicos de masculinidade e feminilidade, há um padrão hegemônico de cor e
de que maneira os cabelos devem estar em uma sala de aula, e é função das/os
professoras/es produzir pedagogias para as vidas que estão na sala de aula, em
geral, aquelas que estão e são silenciadas, cujas vidas são precárias, não
hegemônicas, quando não oprimidas pela e na realidade social. É importante que se
diga que estes padrões normalizadores e moralizadores se hegemonizaram a partir
dos desterros de outros saberes, e se arrogam como universais, ao ponto de
ouvirmos o presidente de extrema direita dizer que há que se fazer cultura para a
maioria, isto é totalmente falso, esta maioria se arroga como tal. A primeira
experiência pública de vida coletiva para muitas crianças é a escola, e aí elas
percebem que são negras e que há hierarquias de cor, e se deparam com o
racismo; se não pertencem às sexualidades hegemônicas se deparam com a
homofobia. Ou seja, a escola é para muitas crianças a primeira experiência de
fascismo e de ódio, que sua diferença é vista e na maioria das vezes a diferença é
posta como um desvio de uma certa norma – totalmente arbitrária – e não como
diferença.
Paul B. Preciado (2017) nos conta sobre o suicídio do jovem Alan que:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73072009000300012&lng=en&nrm=iso.
Acesso em: 13 jan. 2020.

Página 126 – Ivone Jesus Alexandre e Anete Abramwoicz


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Sinop, v. 11, n. 1 (28. ed.), p. 122-130, jan./jul. 2020

Não houve, todavia, acidente: mais da metade dos adolescentes trans e


homossexuais dizem ser objeto de agressões físicas e psíquicas no colégio.
Não houve exceção: as cifras mais altas de suicídio se registram entre os
4
adolescentes trans e homossexuais .

Ele se pergunta:

Mas, como é possível que o colégio não foi capaz de proteger Alan da
violência? Sejamos breves: o colégio é a primeira escola de violência de
gênero e sexual. O colégio não só não pôde proteger Alan, senão que
facilitou as condições de seu assassinato social.

A escola é também um campo de luta e de batalha e neste campo teórico a


escola é produtora de sujeitos e de subjetividades, e é o lugar da normalização de
tipos de vidas. Como campo de luta, há que se formar professoras/es que
necessitam des-normalizar a escola como diz Paul B. Preciado5, e produzir
diferenças, não é uma coisa fácil, é uma tarefa permanente onde a diferença e a
multiplicidade sejam o mote educativo.

5 – Ivone Jesus Alexandre: Como analisa essa temática no contexto atual,


conservador e de extrema direita?
Anete Abramowicz: Estamos em guerra neste momento. Não há como ter ilusões
parece paz, mas é guerra. O filósofo Peter Pál Pelbart6 afirma algo bem
interessante:

Vivemos uma regressão a passos de gigantes, inversão dos valores, o


crime é chamado de segurança, a perseguição de justiça, o genocídio de
pacificação, a destruição é chamada de salvação, o ódio de patriotismo, a
guerra de paz e eu acrescento a universidade de balbúrdia. Diante de um
revanchismo sanguinário e a sede de vingança avassaladora contra tudo do
que é nos é caro, cresce em nós a cada dia a vergonha e a desolação.

Ele continua:
4
PRECIADO, Paul B. Uma escola para Alan. Trad. e adap. de Inaê Diana Lieksa.
TRANSFEMINISMO: feminismo intersecional relacionado às questões Trans. 1 jan. 2017. Texto
original disponível no blog Parole de Queer. Disponível em: https://transfeminismo.com/uma-escola-
para-alan/.
5
PRECIADO, Paul B. Uma escola para Alan. Trad. e adap. de Inaê Diana Lieksa.
TRANSFEMINISMO: feminismo intersecional relacionado às questões Trans. 1 jan. 2017. Texto
original disponível no blog Parole de Queer. Disponível em: https://transfeminismo.com/uma-escola-
para-alan/.
6
PELBART, Peter P. Palestra na PUC de São Paulo, 2019. Disponível em:
https://drive.google.com/file/d/16FFWdF8SS5l-gP5mZ6-l_F7FalkT8n3I/view.

ENTREVISTA – Página 127


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A linguagem perdeu sua eficácia, os sentidos foram virados do avesso, as


palavras foram arrastadas para uma inefetividade, como se não se
importasse em absoluto o que se diz, o que se escreve, o que significa, um
certo esvaziamento do pensamento, privados das palavras do corpo da vida
vivemos a depauperação da experiência do que nos falava Walter
Benjamin, quando mostrou que diante da guerra e da fome e da
humilhação, ficamos mais pobres do que antes de experiências
comunicáveis, não mais ricos, não estamos diante da guerra, inflação,
humilhação, pobreza tal como os combatentes de 1914, mas é necessário
hoje em dia uma prova de honradez confessar nossa pobreza, o
depauperamento da linguagem, o esvaziamento das relações nada constitui
uma fatalidade existencial, intrínseca a natureza humana, que constatamos
agora ser o pão nosso de cada dia. O que está em jogo é uma forma de
vida depauperada. Nós topamos o depauperamento e é contra isto que
temos que lutar entre nós.

Neste momento, há uma necropolítica, termo cunhado por Mbembe7, que


mata seja pela adesão silenciosa do estado, e mais do que isto pelo incentivo à
violência contra os LGBTI+, contra os negros, contra os pobres e também contra as
mulheres. Ou seja, a violência da extrema direita desde o golpe, desde o Michel
Temer é contra tudo o que sempre nos foi muito caro, que é o tema da diferença. O
que mostra que estávamos certos, a diferença tem um potencial diruptivo que temos
que investir.

6 – Ivone Jesus Alexandre: De que forma a escola pode trabalhar essas diferenças
diante do contexto político atual? É possível ainda um trabalho emancipador?
Anete Abramowicz: Trabalhar com as diferenças não é uma tarefa fácil, pois é
preciso fazer e viver diferenças em si mesmo, ou seja, há que se produzir diferenças
em nós, e não é fácil. As crianças aprendem não aquilo que dizemos a elas, mas
aquilo que fazemos, nas nossas ações mais ínfimas e intimas. Este momento exige
uma ética do presente, somos responsáveis pelo nosso presente, uma vida boa, não
é aquela que desfrutamos a sós com nossas famílias restritas, dizia Judith Butler
(2014)8 é difícil uma vida boa tendo ao lado pessoas que nada têm, cujas existências
estão em risco devido sua cor, sua sexualidade, sua precariedade etc. Somos
totalmente responsáveis pelo nosso presente, o problema do fascismo é que ele
está espraiado no tecido social, está em nossa família, no nosso condomínio, na
nossa escola, é aí que temos que atuar permanentemente.

7
MBEMBE, Achille. Necropolítica. Artes & Ensaios, Rio de Janeiro, n. 32, p. 123-151, dez. 2016.
8
BUTLER, Judith. Qu´est-ce qu´une vie bonne? Paris: Éditions Payot & Rivages, 2014.

Página 128 – Ivone Jesus Alexandre e Anete Abramwoicz


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Número Regular: Educação, Diversidade e Diferença
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7 – Ivone Jesus Alexandre: Quais os limites e possibilidades teóricas e práticas


docente (da educação infantil a universidade) para pensar a realidade social a partir
da ideia de raça?
Anete Abramowicz: Não há como pensar a realidade social, a atmosfera científica
ocidental, sem pensar raça. A 1ª revolução moderna foi a revolta do Haiti, mesmo
que estudemos a revolução francesa como sendo a revolução da era moderna.
Hegel construía a dialética do senhor x escravo com a revolução do Haiti em curso,
e nada falou sobre isto. Paulo Freire quando escreveu seu livro Pedagogia do
oprimido9 se inspirou, ao falar do oprimido, em Frantz Fanon, no livro Os
condenados da terra10. Grada Kilomba pós-colonialista, recentemente em uma
mostra na pinacoteca de São Paulo, nos mostrava o patriarcado que se erige na
concepção do Édipo, por exemplo. O Brasil em seu DNA social na construção do
perverso capitalismo brasileiro tem sangue negro e nos estrutura como uma
sociedade racista. Com disse a Nilma Lino Gomes11 as placas tectônicas de
formação do Brasil são racistas e sobre elas nos subjetivamos. E tal é a violência
deste governo de extrema direita contra todas as pautas da diferença que nos são
caras, porque de alguma maneira mexemos nestas placas. O que isto quer dizer é
que não há diagnóstico possível de se fazer sobre o presente sem que raça esteja
presente de maneira estrutural.

Correspondência:
Ivone Jesus Alexandre. Doutora em Sociologia pela Universidade Federal de São
Carlos (UFSCAR). Professora Adjunta da Universidade do Estado de Mato Grosso
(UNEMAT). Faculdade de Educação e Linguagem (FAEL), Curso de Pedagogia.
Integra o Núcleo de Estudos sobre Gênero, Raça e Alteridade (NEGRA). Participa
do grupo de pesquisa Diversidade Relações raciais e alteridade (DRAG). Sinop,
Mato Grosso, Brasil. E-mail: jesusalexandre.ivone@gmail.com

Anete Abramowicz. Pós-doutora em Sociologia da Infância pela CERLIS (Centre de


Recherche Sur Les Liens Sociaux) na Universidade Paris Descartes em Paris na
área da Sociologia da Infância. Doutora em Educação pela Universidade de
Campinas. Professora titular na Universidade de São Paulo (USP). Editora honoraria
da Revista Eletrônica de Educação (REVEDUC). É Professora Titular Sênior da

9
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1975.
10
FANON, Frantz. Os condenados da terra. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968. 275 p.
11
GOMES, Nilma Lino. O movimento negro educador: saberes construídos na luta por
emancipação. Petrópolis: Vozes, 2017.

ENTREVISTA – Página 129


Revista Even. Pedagóg.
Número Regular: Educação, Diversidade e Diferença
Sinop, v. 11, n. 1 (28. ed.), p. 122-130, jan./jul. 2020

Universidade Federal de São Carlos. São Carlos, São Paulo, Brasil. E-mail:
aneteabramo@gmail.com

Recebido em: 19 de maio de 2020.


Aprovado em: 25 de maio de 2020.
Link: http://sinop.unemat.br/projetos/revista/index.php/eventos/article/view/4008/2727

Página 130 – Ivone Jesus Alexandre e Anete Abramwoicz


Governo do Estado de Mato Grosso

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO

DECLARAÇÃO N° 00243/2023/SNP-FACHLIN/UNEMAT

Declaramos para os devidos fins, que o professora Dra. Ivone Jesus Alexandre, do Curso
de Pedagogia do Campus Universitário de Sinop, ORIENTOU a acadêmica Glenda
Vilhena Lisboa na disciplina de TCC no semestre letivo de 2022/1, com o tema: "A
violência contra a mulher em tempos de pandemia"

Por ser verdade, firmamos a presente declaração.

Sinop/MT, 25 de abril de 2023


EDNEUZA ALVES TRUGILLO
PROFESSOR UNEMAT LC 534/2014
FACULDADE DE CIENCIAS HUMANAS E LINGUAGEM

UNEMATDEL202300243A

Classif. documental 002

Assinado com senha por EDNEUZA ALVES TRUGILLO - 25/04/2023 às 09:05:03.


Documento Nº: 8359917-213 - consulta à autenticidade em
https://www.sigadoc.mt.gov.br/sigaex/public/app/autenticar?n=8359917-213
Universidade do Estado de Mato Grosso
Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas
Emitido em 18/07/2023 11:37

Projeto de Pesquisa
Dados do Projeto Pesquisa
Código: PIS61-2023
Titulo do Projeto: Educação básica e ensino superior: mapeando os desafios da educação inclusiva para
a formação de professores
Tipo do Projeto: INTERNO ( Projeto Novo)
Categoria do Projeto: Pesquisa Científica
Situação do Projeto: INSTITUCIONALIZADO
Unidade: FAECS-JUA (11.01.16.01.01)
Centro: CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP - SNP (11.01.20)
Palavra-Chave: Educação inclusiva. Formação de professores. Educação básica. Ensino superior
E-mail: jesus.alexandre@unemat.br
Edital: Edital Projetos de Pesquisa ano de 2023
Cota: Cota de projeto de pesquisa 2023 (14/02/2023 a 31/12/2023)
Área de Conhecimento, Grupo e Linha de Pesquisa
Área de Conhecimento: Educação Permanente
Grupo de Pesquisa: Linha de Pesquisa: Educação inclusiva no ensino superior
Comitê de Ética
N° do Protocolo: Não possui protocolo de pesquisa em Comitê de Ética.
Resumo
Investigar as propostas de formação docente na educação básica e ensino superior com vistas a formação para a educação inclusiva no sentido
amplo, e que esteja atenta a necessidade dos alunos e para tanto, a formação tanto inicial quanto a formação continuada deve estar articulada.
Assim, no âmbito da educação básica e ensino superior (curso de Pedagogia e Letras) faremos o levantamento junto aos professores que atuam
com alunos com Síndrome de Espectro Autista, sem perder de vista a formação de educação inclusiva que atenda a diversidade étnicocultural,
percebendo a inclusão em um sentido amplo e ocorrerá na interface ensino, pesquisa e extensão. A pesquisa é qualitativa e os dados serão
gerados através de entrevistas e questionário junto aos professores que atuam na educação básica e licenciaturas (Pedagogia e Letras) que
recebem alunos autistas do campus da Unemat de Sinop. Os dados coletados subsidiarão as ações desenvolvidas por extensão universitária
com o objetivo de atuar na formação teórico metodológica dos acadêmicos negros cotistas, por ser um objetivo amplo terá um melhor recorte com
o desenvolvimento da pesquisa na medida que o próprio objeto, sujeitos e questões se desvendarão pela prática investigativa que é característica
da pesquisa qualitativa.

Introdução/Justificativa
(incluindo os benefícios esperados no processo ensino-aprendizagem e o retorno para os cursos e para os professores da UNEMAT em geral)
Ainda no século XXI vemos a resistência em aceitação do outro igual a mim enquanto ser humano, mas diferente socialmente, culturalmente e
subjetivamente. Aqueles que possuem um traço diferente físico ou cognitivo também é percebido dessa forma, é discriminado e excluso dos
espaços e segmentos sociais diversos.
Somos ainda educados para valorizar determinado tipo de ser humano, assim, temos dificuldade em aceitar as pessoas que portam alguma
diferença em relação a condição física, mental, cor, raça, gênero e sexualidade. Isso porque o local que realiza o processo de educação formal, a
escola reproduz muitas vezes esse pensamento, e dessa forma, mantem o ciclo da exclusão na medida que forma o pensar e o agir movidos por
um modelo universal de ser humano: homem, branco, heterossexual, rico e cristão. A escola, consciente ou inconscientemente, tem contribuído
para reproduzir tais modelos, através de práticas pedagógicas que invisibilizam os percebidos como diferentes e isso ocorre pela falta de
formação inicial e/ou continuada que entenda a diversidade e diferença como fundamentais para a sociedade brasileira, dentro de uma
perspectiva dos direitos humanos, e consequentemente, uma escola dentro dos fundamentos da educação inclusiva.
Sabe-se que historicamente a escolarização foi privilégios das elites dominantes e as propostas educacionais que existiam não eram voltada para
a população pobre, carente e marginalizada. Somente a partir de inúmeras denúncias de pesquisa mostrando a exclusão e as desigualdades que
o acesso a escola passou a ser um direito para todos. No entanto, somente o acesso não garante a igualdade e a inclusão de fato, principalmente
se aliada as questões de pobreza, a pessoa ainda ter uma deficiência, ser negra, ser mulher e ser homossexual. Assim, a escola, que é um dos
ambientes mais compartilhados na convivência humana, para que seja inclusiva precisa respeitar as particularidades dos alunos, suas
necessidades e potencialidades, igualando oportunidades para alcançar desenvolvimento de qualidade (BRASIL,2004), mas ainda ela é muito
seletiva e preconceituosa. Mesmo com as politicas públicas de inclusão, na prática, ainda há uma enorme dificuldade para que de fato o processo
inclusivo faça o aluno aprender, a ter autonomia, a ser respeitado em seus direitos como um cidadão. Muitos professores tem boa vontade com o
esse perfil de aluno, mas se sentem despreparados, primeiro porque também foi educado nessa escola preconceituosa e discriminadora,
segundo, porque a formação inicial foi escassa e a formação continuada não atende suas necessidades. Nesse sentido, pesquisar sobre a
inclusão e diversidade étnicocultural é fundamental para compreender as necessidades dos professores e os desafios encontrados no exercício
da docência, bem como a proposição de atividades de extensão e de ensino, que articulados, podem promover a melhoria da qualidade de
ensino, a aprendizagem e da formação docente. A escola como um local de formação humana necessita valorizar todos o segmentos que a
compõem, deve promover aprendizagens que valoriza os seres humanos em sua subjetividade, suas diferenças físicas, étnicas, raciais, gênero e
sexualidade para serem cidadãos plenos e com seus direitos legais reconhecidos. Nessa premissa, esse projeto de pesquisa em interface com a
extensão pretende, a partir de conhecimentos teóricos metodológicos específicos aos temas da educação inclusiva e diversidade etnocultural
contribuir para formação dos professores. É urgente o debate nos diferentes setores e segmentos sociais com uma formação que se paute no
respeito, solidariedade e valorização da diversidade humana para dirimir a violência, garantia dos direitos e promoção de uma educação inclusiva
e cidadã de fato.
Objetivos
O objetivo geral é analisar como os professores tem lidado com temas referentes educação inclusiva e diversidade etnocultural nas escolas,
como são trabalhados nas escolas de educação básica e nos cursos de licenciaturas (Pedagogia e Letras)do Ensino superior de Sinop,
realizando um estudo capaz de identificar quais são as principais dificuldades encontradas pelos professores dessas instituições em trabalhar
com essas questões em sala de aula.Verificar as dificuldades encontradas pelos professores da educação em relação a educação inclusiva, com
enfoque em alunos com autismo; e as pautas da diversidade etnocultural; -Promover formação teórico metodológica com os conceitos específicos
da temática: educação inclusiva no sentido amplo, inclusão de alunos autistas, direitos humanos e diversidade físicas e etnoculturais, etc.;-
Conhecer práticas ou projetos pedagógicos que contemplam a inclusão de alunos nas escolas de educação básica e ensino superior de Sinop; -
Subsidiar propostas de ação na forma de extensão universitária para estudos sobre a educação inclusiva com enfoque na diversidade física e
etnocultural, e especificamente, alunos com Síndrome de Espectro Autista.- Auxiliar na consolidação da pesquisa em educação inclusiva com
ênfase na Síndrome de Espectro Autista, diversidade física e etnocultural dentro da Universidade do Estado de Mato Grosso-campus de Sinop.
Metodologia
A definição dos materiais e métodos dessa pesquisa estão relacionados ao objeto, população alvo e o tempo. As turmas que recebem alunos
com TEA serão o campo da pesquisa. A definição desse campo ocorre por ser a gestão municipal e as escolas municipais mais acessíveis à
geração e coleta de dados. A Universidade e a rede de ensino municipal sempre desenvolveram atividades em parceria relacionadas à pesquisa,
ensino e extensão. O início se dará com o levantamento de turmas que possuem alunos com TEA das dificuldades que os professores enfrentam
para atender esses alunos. Depois, será realizada a análise da legislação, do material didático e de documentos que versam sobre a Educação
Inclusiva e Diversidade Etnocultural e que incidam nos espaços escolares. A coleta de dados será realizada acontecerá por meio de entrevistas,
questionários e conversas informais com os professores que atuam nas escolas, e especificamente com alunos com TEA na Educação básica da
educação infantil ao ensino superior, nos cursos de Pedagogia e Letras da UNEMAT campus Sinop. Iremos registrar como os profissionais
percebem esses temas, quais conhecimentos possuem propriedade e segurança ao desenvolvê-los e como os relaciona com suas práticas
cotidianas. Nesse momento de desenvolvimento da pesquisa será possível identificar os principais problemas a serem tratados com a
intervenção da extensão universitária, que é projeto com interface nessa pesquisa. A partir da análise dos dados, tópicos relacionados aos
conhecimentos sobre TEA, direitos humanos e diversidade etnocultural irão compor as temáticas em relação à educação inclusiva. inserido em
um processo de formação continuada ofertado aos professores. Desse modo, inicialmente, a pesquisa prevê a constituição de um espaço mensal
de discussão teórica de conceitos acerca dos fundamentos da Educação Inclusiva, especificamente em relação ao TEA e direitos humanos
somando a discussão de acesso e oportunidade para os grupos minoritários e inclusão dos grupos etnoculturalmente excluídos.
Referências
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Resolução CNE/CEB, n.2, 11 set, 2001.
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http://portal.mec.gov.br/component/content/article?id=12640:parametros-curriculares-nacionais-1o-a-4o-series. Acesso em 25 fev.2023.
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LEVANTAMENTOS DOS NÚMEROS DOS ALUNOS COM
TEA NAS ESCOLAS PÚBLICAS
ESTUDOS TEÓRICOS
ENTREVISTAS COM OS PROFESSORES
ESTUDOS TEÓRICOS
PUBLICAÇÃO DE RESULTADOS
RELATÓRIO FINAL
2024
Atividades Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
ESTUDOS TEÓRICOS
LEVANTAMENTOS DOS NÚMEROS DOS ALUNOS COM
TEA NAS ESCOLAS PÚBLICAS
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RELATÓRIO FINAL
2025
Atividades Jan Fev Mar Abr Mai
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TEA NAS ESCOLAS PÚBLICAS
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ENTREVISTAS COM OS PROFESSORES
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RELATÓRIO FINAL
Avaliações do Projeto
Situação/Parecer Data da Avaliação Média
19/05/2023 0.0
AVALIAÇÃO REALIZADA
proxima reunião do colegiado
25/05/2023 0.0
AVALIAÇÃO REALIZADA
O presidente do Colegiado Regional é de Parecer Ad Referendum Favorável
a Institucionalização do Projeto de Pesquisa Educação básica e ensino
superior: mapeando os desafios da educação inclusiva para a formação de
professores, coordenado pela Profa. Dra. Ivone Jesus Alexandre.
16/05/2023 4.7
AVALIAÇÃO REALIZADA
O resumo carece de maior clareza quanto ao lócus da pesquisa. Considera-
se que seja possível identificar em que escola/s a pesquisa será realizada.
Apesar de dizer que o levantamento será feito junto aos professores que
atuam com alunos com SEA, não diz se tal levantamento se dará em uma
escola, ou mais de uma. Interessante pensar em localizar com precisão
onde, exatamente, a pesquisa acontecerá. O leitor precisa ter clareza do
foco da pesquisa e do lugar onde ela será realizada, desde o resumo. Em
geral, o resumo apresenta, minimamente, os objetivos da pesquisa. Apesar
da informação: "Os dados coletados subsidiarão as ações desenvolvidas por
extensão universitária com o objetivo de atuar na formação teórico
metodológica dos acadêmicos negros cotistas, por ser um objetivo amplo
terá um melhor recorte com o desenvolvimento da pesquisa na medida que o
próprio objeto, sujeitos e questões se desvendarão pela prática investigativa
que é característica da pesquisa qualitativa", não é possível saber onde os
dados serão coletados. E quando o assunto sobre "acadêmicos negros
cotistas" é inserido, a impressão que se tem é que são duas pesquisas
distintas. Ou duas intencionalidades em uma mesma pesquisa. De todo
modo, não está claro. Apesar das observações, destaca-se ser da maior
relevância as pesquisas que se preocupam com a temática da educação
inclusiva, sobretudo neste caso, em que a reflexão se voltará para os
estudantes com Síndrome de Espectro Autista/SEA.
Histórico do Projeto
Data Situação Usuário
09/03/2023 CADASTRO EM ANDAMENTO IVONE JESUS ALEXANDRE / jesus.alexandre
10/03/2023 SUBMETIDO IVONE JESUS ALEXANDRE / jesus.alexandre
10/03/2023 DISTRIBUÍDO PARA AD HOC MAYKON GUINTER ALBRECHT JAGNOW / maykon.guinter
(MANUALMENTE)
28/03/2023 DISTRIBUÍDO PARA AD HOC MAYKON GUINTER ALBRECHT JAGNOW / maykon.guinter
(MANUALMENTE)
04/04/2023 DISTRIBUÍDO PARA AD HOC MAYKON GUINTER ALBRECHT JAGNOW / maykon.guinter
(MANUALMENTE)
04/04/2023 DISTRIBUÍDO PARA AD HOC MAYKON GUINTER ALBRECHT JAGNOW / maykon.guinter
(MANUALMENTE)
16/05/2023 AGUARDANDO APROVAÇÃO DA REGIANE CRISTINA CUSTODIO / regianecustodio
FACULDADE
19/05/2023 AGUARDANDO APROVAÇÃO DO ALEXANDRE NASCIMENTO / alexandre.nascimento1
COLEGIADO REGIONAL
25/05/2023 AGUARDANDO PORTARIA JAIRO LUIS FLECK FALCAO / jairofalcao
18/07/2023 INSTITUCIONALIZADO MAYKON GUINTER ALBRECHT JAGNOW / maykon.guinter

Relatório Emitido por: IVONE JESUS ALEXANDRE


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ANEXO I – Orçamento da Proposta

ORÇAMENTO
Capital
Quantidade Preço Unitário Total (R$)
Especificação
(R$)
Passagens terrestres 8 134, 88 1.079,04

Subtotal 1079,04
Custeio
Quantidade Preço Unitário Total (R$)
Especificação
(R$)
notbook 01 1.799,00 1.799,00

Subtotal
Total 1.799,00

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ANEXO II - BAREMA DE PONTUAÇÃO DO(A) COORDENADOR(A)

Do(a) Coordenador(a)
CRITÉRIOS PONTOS PONTUAÇÃO
PRODUÇÃO ACADÊMICA
Trabalhos completos e/ou resumos expandidos publicados em 3,0
0,5
eventos. *
Qualis A1 e A2 ou **FI≥2,0 12,0 24,0

Artigos publicados em periódicos com corpo editorial e Qualis B1 e B2 ou 0,5≤FI<2,0 6,0


indexado (Anexo 3) B3, B4 e B5ou 0,3≤FI<0,5 3,0
Indexado e/ou Qualis C ou FI<0,3 1,0
Livros publicados com ISBN (anexar o comprovante do corpo Com corpo editorial 4,0
editorial e ficha catalográfica). Sem corpo editorial 1,0
Capítulo de livro com ISBN (anexar o comprovante do corpo Com corpo editorial 3,0
editorial e ficha catalográfica e o comprovante do capítulo
Sem corpo editorial 0,5
indicando o título e autores do artigo).
Organização de livro com ISBN e/ou periódico (anexar o Com corpo editorial 1,5 1,5
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comprovante do corpo editorial e ficha catalográfica). Sem corpo editorial 0,2


Coordenação de projeto de pesquisa sem financiamento
5,0
externo
PROPRIEDADE INTELECTUAL (A PARTIR DO ANO 2003)
Depósito de Patente 15
Patente concedida 20
Registro de software 10
Registro de Cultivar 15
Registro de Marca 10
Registro de desenho industrial 10
ORIENTAÇÕES CONCLUÍDAS
Orientador 15,0
Tese de doutorado
Co-orientador 5,0
Orientador 10,0
Dissertação de mestrado
Co-orientador 3,0
Iniciação Científica*** Orientador 2,0

Graduação (TCC) e Pós-Graduação Lato sensu (monografia).** Orientador 2,0 8,0

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* Será considerado no máximo 5 (cinco) pontos; **O fator de impacto (FI) será utilizado quando o periódico não possuir Qualis Capes; FI =
Fator de Impacto da revista; *** Será considerado no máximo 10 (dez) Orientações

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ANEXO III – Declaração que não coordenou projeto de pesquisa com financiamento externo

Eu, Eu, IVONE JESUS ALEXANDRE, matricula n° 78800, lotado na Faculdade de Ciências Humanas e
Linguagem, no campus de Sinop, DECLARO para todos os fins que se fizerem necessários que
NUNCA coordenei projeto de pesquisa com financiamento externo.

Sinop-MT, 18 de Setembro de 2023.

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Assinatura

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ANEXO V – Lista de artigos publicado (Coordenador)

Lista de Artigos Científicos publicados a partir de 2020.


Lista de produção científica (artigos) a partir de 2020 com respectivos Qualis das Revistas
considerando-se a classificação Qualis mais recente 2017-2020.

DO(A) ORIENTADOR(A)
Título do Artigo (conforme Qualis
ISSN Link do Artigo na Revista Ano de publicação
Curriculum Lattes) (o maior da revista)

Migrantes haitianos em
Sinop/ MT: direitos, trabalho https://e-revista.unioeste.br/index.php/temposhistoricos/article/
e-ISSN 1517-4689 A1 2020
e redes de sociabilidades view/25028

ALUNOS HAITIANOS, A BUSCA DE


UM SONHO (IM)POSSÍVEL: A
ISSN eletrônico: 1981-8416 REALIDADE VIVIDA POR CRIANÇAS https://revistas.ufg.br/interacao/article/view/68238 A2 2021
MIGRANTES NA AVALIAÇÃO
ESCOLAR

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Curriculum Lattes) (o maior da revista)

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ANEXO III – TERMO DE RESPONSABILIDADE POR MEMBRO DE EQUIPE

Eu, FRANCISCO JOSÉ GOMES PEREIRA, inscrito no CPF nº


982.243.102-30, em atendimento ao que dispõe no art. 5º, § 3º da Resolução nº
108/2015 - CONEPE - “Membros externos somente poderão participar de projetos
de pesquisa, desde que estejam de acordo com sua participação na pesquisa,
firmada por meio de Termo de Responsabilidade”, declaro que concordo com a
execução do Plano de Atividades, a mim atribuídas, no desenvolvimento do
Projeto de Pesquisa intitulado “Estudos com Estudantes com Transtorno de
Espectro Autista na Educação Básica e Ensino superior”, coordenado pelo(a)
Pesquisador(a), Ivone Jesus Alexandre lotado(a) no Curso de Pedagogia da
Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT.

Declaro ainda, que:


a) minha participação no projeto é voluntária, ou seja, sem remuneração, e
não acarretará qualquer vínculo empregatício com a UNEMAT;
b) assumo o ônus por qualquer acidente em função dos trabalhos a serem
desenvolvidos, independentemente do nível ou natureza do acidente ou dano
sofrido;
c) assumo que respeitarei a propriedade intelectual dos resultados da
pesquisa, inclusive, quanto à confidencialidade de seus dados, obrigando-me a não
divulgar quaisquer planos de trabalho, relatórios e informações, sem a expressa
autorização da coordenação do projeto, sob pena de responder cível e
criminalmente por meus atos.

Sinop, 26 de maio de 2023.

_______________________________________
Assinatura do participante

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ANEXO III – TERMO DE RESPONSABILIDADE POR MEMBRO DE EQUIPE

Eu, Patrícia Alzira Proscêncio, CPF nº 860711229-53, em atendimento ao que


dispõe no art. 5º, § 3º da Resolução nº 108/2015 - CONEPE - “Membros externos
somente poderão participar de projetos de pesquisa, desde que estejam de
acordo com sua participação na pesquisa, firmada por meio de Termo de
Responsabilidade”, declaro que concordo com a execução do Plano de
Atividades, a mim atribuídas, no desenvolvimento do Projeto de Pesquisa
intitulado “Educação básica e ensino superior: mapeando os desafios da
educação inclusiva para a formação de professores”, coordenado pela
Pesquisador(a), Ivone Jesus Alexandre lotado(a) no Curso de Pedagogia -
FAECS-JUA da Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT.

Declaro ainda, que:


a) minha participação no projeto é voluntária, ou seja, sem remuneração, e
não acarretará qualquer vínculo empregatício com a UNEMAT;
b) assumo o ônus por qualquer acidente em função dos trabalhos a serem
desenvolvidos, independentemente do nível ou natureza do acidente ou dano
sofrido;
c) assumo que respeitarei a propriedade intelectual dos resultados da
pesquisa, inclusive, quanto à confidencialidade de seus dados, obrigando-me a
não divulgar quaisquer planos de trabalho, relatórios e informações, sem a
expressa autorização da coordenação do projeto, sob pena de responder cível e
criminalmente por meus atos.

Sinop, 26 de maio de 2023.

_______________________________________
Assinatura do participante

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