Revista Potencia Ed.217 WEB
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A N O 19
N º 217
ELÉTRICA, ENERGIA, ILUMINAÇÃO, AUTOMAÇÃO,
SUSTENTABILIDADE E SISTEMAS PREDIAIS
Multiplataforma
MERCADO
O MERCADO LIVRE DE ENERGIA JÁ PODE RECEBER
OS CONSUMIDORES DE ENERGIA LIGADOS NA ALTA
LIVRE DE
TENSÃO. A MEDIDA CONCEDE MAIOR LIBERDADE
AOS USUÁRIOS, QUE, DEPENDENDO DAS CONDIÇÕES
PODERÃO ACESSAR UMA ENERGIA MAIS BARATA
ENERGIA
ARTIGO. Estudo de caso de uma edificação localizada em uma região com alta densidade
de raios e elevados valores de resistividade do solo, fatores que representam uma
condição crítica quanto à proteção de descargas atmosféricas
SUMÁRIO
38
MATÉRIA DE CAPA
Desde o dia 1º de janeiro deste
ano, o mercado livre de energia
pode receber os consumidores
de energia ligados na alta
tensão. A medida concede maior
liberdade aos usuários, que,
dependendo das condições
poderão acessar uma energia
mais barata.
OUTRAS SEÇÕES
03 › AO LEITOR
32 ENTREVISTA 56 MERCADO
Estão confirmadas as datas de realização A alta do mercado solar favorece a
04 › HOLOFOTE das duas feiras e congressos a serem utilização de soluções da área elétrica. É
46 › ARTIGO KIT ACESSÓRIOS
promovidos pela Potência Eventos em o caso dos cabos específicos para o setor
2024. Em entrevista, o diretor Hilton Moreno fotovoltaico, que precisam ser aplicados
72 › ARTIGO APLICACIONES
detalha como serão os eventos e quais são nesse ambiente, em vez de um cabo
85 › ARTIGO POTENCIAIS DE
as expectativas em torno dos mesmos. convencional.
TOQUE EM SPDA
122 › VITRINE
POTÊNCIA 2
EDITORIAL
EXPEDIENTE
Multiplataforma
Fundadores:
Elisabeth Lopes Bridi
DESTAQUES DA EDIÇÃO
Habib S. Bridi (in memoriam) A matéria de capa desta edição traz um assunto bastante atual e que prome-
ANO XIX • Nº 217
te causar grandes transformações na área elétrica: desde o dia 1º de janeiro, o
JANEIRO'24 Mercado Livre de Energia pode receber os consumidores de energia ligados na
alta tensão.
Publicação mensal da HMNews Editora
e Eventos, com circulação nacional, dirigida A Portaria 50/2022, do Ministério de Minas e Energia, permite que todos os
a indústrias, distribuidores, varejistas, home
centers, construtoras, arquitetos, engenharias, consumidores ligados na alta tensão (o chamado Grupo A), independentemente
instaladores, integradores e demais profissio-
nais que atuam nos segmentos de elétrica, do volume de demanda contratada, possam migrar para o Ambiente de Contrata-
iluminação, automação e sistemas prediais.
ção Livre (ACL). Na prática, a mudança estendeu o direito de escolher o próprio
Diretoria fornecedor de eletricidade às pequenas e médias empresas, como supermerca-
Hilton Moreno dos, farmácias, padarias e escritórios.
Marcos Orsolon
Pietro Peres Conforme destaca Adriana Sambiase, gerente executiva de Cadastros e Con-
Redação tratos da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), no Mercado Livre
Diretor de Redação: Marcos Orsolon
Editor: Paulo Martins
o consumidor tem o direito de escolher o seu fornecedor de energia, como hoje
Jornalista Responsável: Marcos Orsolon escolhe seus provedores de serviços de telefonia e internet. Também pode nego-
(MTB nº 27.231)
ciar prazos e escolher o tipo de fonte que quer contratar. Enfim, pode personalizar
Departamento Comercial seus contratos e até, a depender das condições, acessar uma energia mais barata.
Cecília Bari e Rosa M. P. Melo
Uma verdadeira revolução no mercado.
Gestor de Eventos
Décio Norberto Já na seção Mercado o assunto do mês são os cabos fotovoltaicos. O mercado
Gestora Administrativa de energia solar está bombando, com essa fonte tendo atingido 16,3% da matriz
Maria Suelma elétrica do País. O futuro é altamente promissor.
Produção Visual e Gráfica Consequentemente, os produtos utilizados no dia a dia para a aplicação da
Estúdio AM
energia solar também são bem demandados. É o caso dos cabos solares.
Contatos Geral
Rua Jequitibás, 132 - Bairro Campestre De acordo com os especialistas ouvidos nesta matéria, a utilização de um cabo
Santo André - SP - CEP: 09070-330
contato@hmnews.com.br específico para o setor fotovoltaico é essencial para garantir a eficiência, a segu-
Fone: +55 11 4421-0965 rança e a durabilidade do sistema. O cabo fotovoltaico é projetado para suportar
Redação as condições ambientais específicas e as demandas elétricas dos sistemas foto-
redacao@hmnews.com.br
Fone: +55 11 99344-3166
voltaicos, garantindo um desempenho confiável e seguro ao longo do tempo. As
perspectivas para este mercado são positivas.
Comercial
publicidade@hmnews.com.br Boa leitura e até a próxima edição!
F. +55 11 4421-0965
Fechamento Editorial:
07/02/2024
Circulação:
07/02/2024
Conceitos e opiniões emitidos por entrevis-
tados e colaboradores não refletem, necessaria-
mente, a opinião da revista e de seus editores.
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vel. Registrada no INPI e matriculada de acordo
com a Lei de Imprensa. MARCOS HILTON
ORSOLON MORENO
POTÊNCIA 3
HOLOFOTE CLIQUE
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E VOLTE AO
SUMÁRIO
Formação de jovens
A ISA CTEEP, líder em transmissão de energia no Brasil, anuncia a parceria firmada com o Instituto
Oportunidade Social (IOS), organização sem fins lucrativos dedicada em oferecer formação profissional de
qualidade para jovens em situação de vulnerabilidade social, com idades entre 15 e 29 anos, que estejam cursando ou
já tenham concluído o ensino médio, e pessoas com deficiência a partir dos 16 anos, sem limite de idade, com foco em
proporcionar a inserção no mercado de trabalho.
Por meio do Fundo de Apoio à Criança e ao Adolescente, a companhia apoia a formação em tecnologia da informa-
ção e comunicação para 240 estudantes da rede pública de ensino em Barueri e Diadema, SP. A meta é encaminhar, no
mínimo, 30% desses jovens para processos seletivos. No ano passado, dos 1.945 formados, 66% foram empregados
(1.264), o que gerou crescimento de 65% na renda familiar dos jovens no período.
“Na ISA CTEEP, por meio do Programa Conexões Desenvolvimento, temos o compromisso de contribuir com proje-
tos que apoiam a educação e o ensino profissionalizante. Acreditamos que o acesso à formação profissional é um passo
importante para a geração de oportunidades e a promoção do desenvolvimento social”, declara Ana Carolina David,
gerente de comunicação, sustentabilidade e relações institucionais da ISA CTEEP.
Além de São Paulo, o IOS tem unidades distribuídas por Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Nos últimos 25 anos, a organização alcançou mais de 43 mil formados em cursos profissionalizantes nas áreas de
Administração e Tecnologia da Informação, dentro de uma agenda de formação transver-
sal que engloba temas como desenvolvimento socioemocional, comunicação e cidadania.
“O Troféu IOS de imPACTOSOCIAL é uma maneira de reconhecer as empresas pelo com-
promisso com responsabilidade social, ao investirem na formação e empregabilidade dos
alunos do IOS. Além de contribuírem com a diversidade e inovação das empresas em seus
negócios, também propiciam um impacto social relevante para o jovem, sua família e co-
munidade”, conclui Kelly Lopes, superintendente do IOS.
POTÊNCIA 4
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POTÊNCIA 5
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Foto: Divulgação
A WEG está sempre em busca de soluções eficientes e sustentáveis, reduzindo o consumo de matéria-prima e de-
senvolvendo produtos com alta tecnologia, que reduzem os impactos ao meio ambiente e contribuem para a redução
das emissões de gases do efeito estufa.
POTÊNCIA 6
HOLOFOTE
Nos dois anos desde a aquisição da E&I Engineering e da PowerBar Gulf, a Vertiv expandiu sua capacidade de fa-
bricação de painéis de distribuição, barramentos blindados e soluções de energia modulares através da abertura de
novas instalações e do aumento da produção em instalações existentes, resultando na geração de mais de 1.000 em-
pregos na área de produção até 2023.
Com os planos de expansão em curso, a Vertiv espera nos próximos dois anos no mínimo dobrar a capacidade de
produção de painéis de distribuição, barramentos blindados e soluções modulares.
“Quando adquirimos a empresa de painéis de distribuição e barramentos blindados para complementar nosso
portfólio end-to-end de gerenciamento de energia para data centers e outras aplicações comerciais e industriais, pre-
vimos que o conjunto de produtos nos permitiria entregar um valor maior e soluções melhores para nossos clientes”,
disse o CEO da Vertiv, Giordano (Gio) Albertazzi. “Com o acentuado crescimento do tráfego de dados, reforçado pela rá-
pida aceleração da IA, a demanda atual está excedendo as projeções que fizemos no momento da aquisição da E&I. A Vertiv
está atendendo a aceleração da demanda através do investimento em capacidade em áreas e locais chaves, escalando
nossas operações ao redor do mundo e atendendo flexivelmente a demanda futura por gerenciamento de energia”.
Albertazzi observou ainda que a aceleração da IA e da computação de alta performance está gerando demanda
por capacidade e inovação em todo o portfólio de ofertas da empresa, incluindo energia, gerenciamento térmico e
soluções modulares pré-fabricadas. “Investir em capacidade adicional em todas as regiões do mundo alinha-se com
nossa estratégia de viabilizar o crescimento da indústria e criar uma cadeia de suprimentos resiliente”, disse Albertazzi.
A expansão da capacidade de produção de painéis de distribuição, barramentos blindados e IMS através da maior
utilização e da expansão física está ocorrendo na Carolina do Sul (Estados Unidos), México, Eslováquia, Emirados Ára-
bes Unidos, Irlanda e Irlanda do Norte.
POTÊNCIA 7
HOLOFOTE
Foto: Divulgação
por veículos elétricos em pouco tempo, e o acesso à infra-
estrutura adequada às necessidades das atividades diárias
deve potencializar esse movimento, considerado acanhado até então.
“A questão climática é urgente e entendo que as empresas substituirão a frota de veículos à combustão por elé-
tricos. Esse movimento já existe e, apesar de tímido, deve ganhar força em um futuro próximo. E por isso escolhemos
Cajamar, cidade que se transformou em um dos principais polos logísticos do Brasil. O papel da Go Electric é tornar
esse movimento, de fato, possível, ao oferecer infraestrutura de recarga capaz de atender a demanda”, explica.
O 2º eletroposto Go Electric terá oito estações de recarga, com potência total de 360kw/h, e garantirá o carrega-
mento dos principais modelos de leves, médios e pesados em circulação no país. Além dos Centros de Distribuição
(CD) localizados em Cajamar, o objetivo é atender os motoristas de elétricos do eixo Ribeirão Preto – Capital pela Ro-
dovia Anhanguera.
Além da multiplicidade de conexões, outro diferencial da unidade de Cajamar é que toda a energia consumida no
local é 100% proveniente de energia limpa, parte produzida no próprio eletroposto e parte absorvida de outras usi-
nas. “Esse também é um diferencial importante não só do ponto de vista da sustentabilidade como de custos opera-
cionais. O mercado livre de oferta de energia nos possibilita a redução do custo energético, o que aumenta a viabili-
dade dos eletropostos”, diz.
A unidade integra o plano de expansão da marca, que almeja alcançar 20 eletropostos em rodovias brasileiras
até o final de 2024. O plano prevê, ao menos, três modelos de negócios como investimento integral Go Electric,
parceria entre Go Electric e interessada ou capital 100% de investidor. O montante estimado é de R$ 25 milhões
e inclui a elaboração de projetos técnicos, obras de infraestrutura, compra e instalação de equipamentos e licen-
ça de software.
O 1º eletroposto Go Electric foi inaugurado em agosto e fica no km 236, sentido capital, também na Rodovia
Anhanguera, em Santa Rita do Passa Quatro. O cluster de 524 kw conta com dez pistolas de conexão para carrega-
mento ultrarrápido simultâneo e atende a todos os modelos de veículos elétricos e híbridos em circulação no Brasil.
POTÊNCIA 8
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Foto: Divulgação
incluindo desde produtos individuais até sistemas complexos,
com foco na qualidade e prazos que atendam às demandas
dos clientes de diversos setores, incluindo refinarias, plataformas de petróleo, silos e empresas alimentícias, quími-
cas e farmacêuticas.
A nova divisão nasce com uma estruturada produção local para produzir produtos adequados às demandas do
mercado brasileiro, mantendo altos padrões de certificação. Seu amplo portfólio inclui famílias de produtos das divi-
sões Ex e Industrial da Tramontina, como painéis customizados, soluções em iluminação e ampla quantidade de pe-
riféricos (acessórios, plugues, tomadas, caixas de passagem e outros produtos elétricos), todos fabricados localmente
de acordo com padrões internacionais de qualidade.
Infraestrutura consolidada
A divisão IPEX conta com uma equipe altamente capacitada em tecnologias atuais, incluindo treinamentos sobre
as certificações INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) aplicáveis aos produtos. Além
disso, dispõe de representantes comerciais locais, promotores de vendas e engenheiros de aplicação, oferecendo um
suporte completo aos clientes, desde a concepção do projeto até o pós-venda, facilitando a gestão de prazos, testes
e possíveis adaptações necessárias.
“A IPEX se posiciona como uma provedora completa de soluções em sistemas elétricos. Nossos planos envolvem a
expansão do portfólio da divisão, ampliação de presença nos mercados verticais brasileiros e a busca por oportunidades
em mercados internacionais na América Latina e Europa. Isso consolida nosso papel como referência em soluções ener-
géticas adaptadas aos desafios específicos de cada mercado”, declara André de Lima, diretor Comercial da Tramontina.
POTÊNCIA 9
HOLOFOTE
Renato Povia, diretor de Recursos Humanos da CPFL Energia, explica que toda liderança da empresa está compro-
metida em acelerar a promoção da diversidade e da inclusão, o que reflete o propósito institucional da CPFL. “Como
resultado desse compromisso, atingimos 139% das metas de diversidade para aumento da representatividade de mu-
lheres, pessoas negras e pessoas com deficiência. “Temos orgulho de ser uma empresa que se dedica a aumentar a
representatividade dos grupos minorizados, contribuindo para um futuro mais justo.”
Algumas das metas de gestão de pessoas do Grupo CPFL fazem parte do Plano ESG 2030 da Companhia, que
possui diretrizes e estratégias para impulsionar a transição para uma forma mais sustentável, segura e inteligente de
produzir e consumir energia, maximizando os impactos positivos na sociedade.
Dois deles contaram um pouco das expectativas com essa nova responsabilidade. “É tudo bastante novo. Há pouco tem-
po não tinha tanta noção da dimensão, mas com a proximidade pude ver o quão interessante é a renovação do Crea-SP e o
quanto isso é importante para proteger os profissionais e gerar fisca-
lização das atividades”, comentou o engenheiro Paulo Carvalho. “É
uma honra estar dentro do Conselho, algo que sonhei desde o meu
primeiro ano de Engenharia”, completou Gabriel Xavier.
Eles são professores na Universidade do Vale do Paraíba (Uni-
vap) e representam uma outra linha de diversidade na autarquia,
que pretende que os estudantes e recém-formados estejam cada
vez mais perto, retroalimentando as iniciativas do Crea-SP.
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A Schneider Electric foi distinguida pelo Fórum Econômico Mundial e pela McKinsey devido à sua abordagem cir-
cular abrangente em uma ampla gama de soluções para energia e automação predial. Via eco-design, instalações de
reciclagem e uma extensa rede global de centros de renovação, a empresa tem evitado a emissão de cerca de 513
milhões de toneladas de CO2 desde 2018.
Com a ambição de atingir 50% de materiais sustentáveis até 2025, a Schneider Electric já incorpora 27% deles
em seus produtos. Além disso, 22% das famílias de produtos da empresa oferecem opções circulares e mais da me-
tade de suas instalações de fabricação recuperam mais de 99% dos resíduos.
“Os modelos de negócios circulares proporcionam benefícios convincentes tanto em sustentabilidade quanto co-
mercialmente”, afirma Peter Herweck, CEO da Schneider Electric. “Estamos entusiasmados com as oportunidades
que essa nova rede de faróis circulares gera em termos de aprendizagem, compartilhamento e aceleração de ações.”
Exemplo notável é a forma como a Schneider Electric confere uma segunda vida aos seus disjuntores MasterPact
MTZ. Renovados na planta MasterTech, na França, estes disjuntores são coletados de clientes ao término de sua vida
útil, passando por desmontagem, diagnóstico, atualização e teste antes de retornarem ao mercado.
Impacto na cadeia de suprimentos
Os modelos de negócios circulares e o design da cadeia de suprimentos são partes integrantes do programa IM-
PACT Supply Chain, da Schneider Electric, que representa a próxima fase na transformação da cadeia de suprimentos
da empresa, visando impactar positivamente tanto os clientes quanto o planeta. Os principais pilares da iniciativa são:
◗ Pessoas: os colaboradores da Schneider são capacitados a inovar e causar um impacto positivo para os clien-
tes diariamente;
◗ Planeta: a Schneider Electric está construindo uma cadeia de suprimentos sustentável, responsável e pronta
para alcançar a neutralidade de carbono;
◗ Clientes: a cadeia de suprimentos confiável da Schneider Electric oferece qualidade líder na indústria;
◗ Desempenho: a Schneider Electric impulsiona o desempenho por meio de tecnologia avançada, processos in-
teligentes e unificados, ecossistemas regionais e design colaborativo.
POTÊNCIA 13
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Foto: Divulgação
de envase e de bombeamento. Na célula robótica, os visitantes também poderão conferir a precisão com que um robô
prepara um café expresso.
Inaugurado em novembro de 2023, o trabalho de desenvolvimento do novo showroom, desde o projeto até a ins-
talação de todas as soluções, envolveu durante um ano uma equipe de mais de 20 profissionais de diversas áreas da
empresa, além de parceiros.
POTÊNCIA 15
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quando anunciaram que seu carro de entrada estaria disponível somente na versão 100% elétrica, a marca tem ambi-
ções muito alinhadas com a sustentabilidade e busca sempre se associar a parceiros que compartilhem do mesmo ideal.
Marie Tarrisse, gerente sr. de Impacto Social e Desenvolvimento Sustentável da Arcos Dorados, explica que a inicia-
tiva está conectada aos propósitos da Receita do Futuro, plataforma de atuação socioambiental da companhia. “Te-
mos trabalhado para agregar cada vez mais soluções sustentáveis na operação e oferecer serviços alinhados a esses
valores também faz parte do plano. O crescimento do uso de veículos elétricos aponta que a população está engajada
no combate às mudanças climáticas e, agora, podem contar com o McDonald’s nessa jornada”, comenta a executiva.
Segundo Marie, ter pontos de carregamento de carros elétricos nos restaurantes da empresa faz parte da estra-
tégia de incentivar hábitos sustentáveis nos clientes. “Queremos chamá-los a fazerem parte desta mudança, incen-
tivando a reciclagem nos restaurantes e em casa, o uso de transportes limpos, como bicicletas, pontos de coleta de
resíduos eletrônicos e muito mais”. Marie explica que essas ações se conectam aos grandes compromissos da rede,
como a redução das emissões de gases de efeito estufa. “É uma oportunidade para o consumidor conhecer avanços
como a redução do uso de embalagens plásticas e saber que mais de 70% dos nossos restaurantes são abastecidos
com energia de fontes renováveis”, afirma.
“A Volvo tem valores e compromissos muito claros com o meio ambiente. Esses compromissos extrapolam a nos-
sa responsabilidade influenciando desde o fornecedor de água dos nossos eventos até as grandes parcerias firmadas.
Sabemos que a Arco Dourados tem valores de sustentabilidade similares aos nossos e por isso nos unimos a eles rumo
à jornada da eletrificação, oferecendo mais autonomia para que os carros elétricos possam ir cada vez mais longe”,
afirma Mirella Cambrea, diretora de marketing da Volvo Car Brasil.
POTÊNCIA 16
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profissionais altamente capacitados para entregar soluções totalmente adequadas para clientes globais, incluindo
requisitos locais”, complementa Lino.
Tecnologia predial
A Siemens contribui para a criação de edifícios e infraestrutura inteligentes, com eficiência energética, seguran-
ça e proteção. São oferecidas soluções de hardware e software para proteção contra incêndios e automação predial.
O Building X foi lançado em junho de 2022, uma plataforma predial inteligente, aberta, interoperável e baseada
em nuvem, permitindo uma melhor experiência do usuário, desempenho e sustentabilidade. Baseada nos princípios
do Siemens Xcelerator, plataforma de negócios digital aberta, lançada para acelerar a transformação digital e a cria-
ção de valor na indústria, transporte, redes elétricas e edifícios.
A solução combina os mundos real e digital dos edifícios, consolidando dados de diversas fontes e sistemas, com
base no modelo do digital twin. Com uma representação virtual de um edifício, os usuários se beneficiam da racio-
nalização de recursos e operação centrada nas pessoas, desde a fase do projeto, construção e operação dos edifícios.
O Building X aborda os desafios dos stakeholders, incluindo os usuários de edifícios, fábricas, hospitais, investido-
res, incorporadoras, imobiliárias, gerentes de instalações, entre outros. Ele facilita a criação conjunta com clientes e
parceiros para enfrentar seus desafios com maior rapidez, graças à abertura e à tecnologia em nuvem. Assim, a trans-
formação digital pode ser alcançada de forma mais fácil, rápida e em escala.
POTÊNCIA 17
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A Hercules está sempre pensando no futuro e a postos com um plano para continuar a evoluir na indústria
4.0. “A nossa empresa trabalha para otimizar a utilização dos recursos, almejando o aumento da competitividade
e produtividade. Por isso, adquirimos novas máquinas. Estamos focados no processo de melhoria contínua, pois
consideramos importante a análise em tempo real das informações na fábrica. Já dispomos de programas que nos
ajudam a verificar momentaneamente as informações, para tomada de decisão na fábrica, tais como eficiência,
controle de paradas, qualidade dos lotes produzidos, entre outras. Estamos sempre investindo também nos pro-
cessos de planejamento junto à diretoria, realizando treinamentos profissionais com nossos colaboradores para as
equipes especializadas estarem sempre atualizadas. Tudo isso, a fim de melhorar os processos, prazos de entrega
e a satisfação do cliente”, finaliza.
Foto: Divulgação
um detalhe na paisagem, mas o bom funcionamento de-
les garante o fornecimento adequado de energia para que
tarefas cotidianas possam ser realizadas com conforto e
segurança. Utilizado em redes de baixa tensão, os cabos
multiplexados de alumínio são trançados juntos e com co-
res diferentes e podem ser vistos, principalmente, nas redes
aéreas de distribuição de energia.
Os cabos multiplexados de alumínio são ampla-
mente utilizados para interligar a rede de distribuição
da concessionária de energia elétrica à rede do con-
sumidor final, ou seja, fazem a ligação entre o poste e a entrada de residências e comércios. Sendo resisten-
te à poluição e às ações do tempo, pode ser utilizado em locais arborizados e em áreas urbanas. Além disso,
também é resistente à salinidade do ar provocada pela maresia, por isso, é comum encontrá-lo em ambientes
próximos ao mar.
Contudo, como todos os cabos elétricos, os multiplexados precisam ser fabricados de acordo com normas técnicas
e padrões de qualidade, para evitar acidentes, curtos-circuitos, incêndios e prejuízos materiais e à saúde. Por isso, é
importante estar atento para não cair na armadilha de comprar “cabos desbitolados” - ou seja, fora dos padrões mí-
nimos de qualidade estabelecidos pela norma brasileira ABNT NBR 8182.
“Imagine que o condutor de um cabo deva ter 3 mm de diâmetro. Você vende como se tivesse 3, mas na verdade
ele tem 2,5. Difícil de notar visualmente, mas isso causa uma diferença significativa de desempenho elétrico. Há casos
em que o cabo até chega ao diâmetro correto, mas diminuindo o metal e aumentando a espessura do revestimento
plástico. Isso faz com que o condutor não suporte a corrente elétrica que deveria, fazendo-o esquentar e danificar a
camada de isolamento. Então, fica a um passo para curto-circuito, podendo causar incêndio ou até acidentes com cho-
que elétrico”, alerta João José Alves de Paula, engenheiro especialista da Alubar, empresa líder na fabricação de cabos
elétricos de alumínio na América Latina.
O Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais Não Ferrosos do Estado de São
Paulo (Sindicel) frequentemente realiza ensaios de amostras retiradas do mercado, assim como a divulgação de aler-
tas quando identificado reprovações de materiais.
POTÊNCIA 18
Ao longo dos anos, o Prof. Hilton Moreno
desenvolveu um CHECKLIST EXCLUSIVO com mais de
270 itens, que faz parte do seu curso da NBR 5410.
Uma ferramenta incrível, QUE NÃO ESTÁ À VENDA em
separado, que vai te dar agilidade na aplicação da norma.
NBR
tem que saber aplicar a
Educação
HOLOFOTE
“No Brasil, o que temos é uma vinculação das normas técnicas ao Código de Defesa do Consumidor. Caso uma
empresa descumpra essas normas, pode-se considerar que ela descumpriu o código também. No caso das conces-
sionárias de energia elétrica, que são empresas maiores, elas têm seus próprios mecanismos de controle para avaliar
seus fornecedores. Logo, esses cabos de baixa qualidade geralmente são vendidos para quem não tem essa avalia-
ção”, explica Alves de Paula.
Qualidade
A existência de empresas que fabricam “cabos desbitolados”, com materiais de baixa qualidade e menos resis-
tentes pode afetar o mercado como um todo.
Para garantir a integridade em seus processos de fabricação, empresas como a Alubar possuem a certificação ISO
9001, que atesta que a gestão da qualidade cumpre padrões internacionais. Além disso, a Alubar possui certificações
de garantia de qualidade emitidas por grandes empresas do setor elétrico nacional, o que aumenta sua confiança no
mercado.
“Um diferencial da Alubar é que ela produz as ligas de alumínio utilizadas nos seus próprios cabos elétricos. As-
sim, a empresa tem maior controle da qualidade do metal que compõe o produto. Além disso, a Alubar atende os cri-
térios de qualidade das principais empresas de transmissão e distribuição de energia elétrica do país, que são nossos
clientes”, destaca o engenheiro especialista da Alubar.
POTÊNCIA 20
HOLOFOTE
atesta o mais alto padrão de nível de operação e qualidade de processos. Com o reconhecimento, tornou-se uma das
quatro empresas de Data Center no Brasil a obter a Certificação de Projeto, Construção e Operação Tier III.
A infraestrutura e os serviços oferecidos pela Everest Digital se inserem em um mercado que abrange praticamen-
te todos os setores da economia, desde o agronegócio, passando pela área de saúde, varejo, até mesmo empresas
de Data Centers que se especializaram no serviço de colocation, e estabelecem parcerias para contar com os serviços
oferecidos pela empresa.
Proteção dos dados
Eduardo Gomes, gerente de cibersegurança na TÜV Rheinland, empresa que atua na certificação assistida de in-
fraestrutura de Data Centers, enfatiza a importância da certificação da infraestrutura: “A certificação assistida da in-
fraestrutura dos Data Centers é essencial para evidenciar que foram implementadas medidas que permitem a conti-
nuidade dos negócios e a proteção dos dados. Atesta a confiabilidade e a integridade das instalações, garantindo que
os sistemas estão em conformidade com requisitos estabelecidos em normas nacionais e internacionais.”
A ênfase na infraestrutura desses Data Centers, além de garantir a disponibilidade dos serviços críticos, também
solidifica a reputação do Brasil como líder na América Latina em infraestrutura digital confiável e de alto desempe-
nho, ressalta Eduardo Gomes. “À medida que o país mantém seu ritmo de crescimento no setor, o compromisso com
a segurança e a certificação da infraestrutura permanecerá fundamental para sustentar essa liderança na região”,
avalia o gerente de cibersegurança na TÜV Rheinland.
POTÊNCIA 21
HOLOFOTE
da Sonepar Brasil que, sob o seu comando, impulsionou o desempenho graças à construção de uma equipe sólida e à
aquisição de novas companhias.
“Yannick Laporte tem expertise em nosso mercado, trazendo consigo uma visão única e um histórico comprovado de
liderança, o que será fundamental para alavancar ainda mais a nossa presença regional e acelerar o desenvolvimento
dos países sul-americanos dentro da Sonepar”, afirma Rob Taylor. “A Hervé Salmon, deixo a nossa profunda gratidão
por suas contribuições inestimáveis, por seu espírito empreendedor e sua paixão não apenas pelo desenvolvimento
dos negócios, mas também pelo respeito aos valores e à cultura da Sonepar”, acrescenta.
O Grupo Sonepar segue confiante de que essas mudanças fortalecerão ainda mais sua posição, enquanto a nova
estrutura organizacional o impulsionará em direção a novas oportunidades de crescimento e expansão.
POTÊNCIA 22
HOLOFOTE
COBRECOM investe em
campeonatos de futebol
A COBRECOM, fabricante de fios e cabos elétricos de
Foto: Divulgação
baixa tensão, anuncia que patrocinará, pelo terceiro ano
seguido, importantes torneios de futebol profissional:
Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro Séries A e B e o
Campeonato Carioca.
O objetivo é expandir ainda mais a marca em todo
o território nacional e estreitar relacionamento com os
clientes e parceiros.
“Ter a nossa marca vinculada ao futebol por mais um
ano é de extrema importância para a empresa, pois além
de apoiarmos o esporte, as ações trazem muita visibilida-
de para a marca e possibilitam ações de relacionamento com clientes. Além disso, o futebol é um esporte que impacta
milhares de pessoas, pois envolve diversas experiências e emoções para os torcedores e, por isso, é muito importante
estar presente nesses momentos”, afirma Fábio Ferrara, gerente de Marketing da COBRECOM.
O executivo ainda ressalta que os resultados obtidos com os patrocínios que a companhia fez no ano passado
com a Copa do Brasil, Supercopa do Brasil, Brasileiro Séries A e B e Campeonato Carioca foram bastante positivos.
“Recebemos muitos feedbacks positivos de diferentes stakeholders, o que comprova que a estratégia está no ca-
minho certo. Além de acreditarmos no esporte, o futebol se mostrou um importante canal de relacionamento, uma
vez que tem o potencial de nos proporcionar visibilidade nos principais meios de comunicação, desde canais abertos
de TV até as redes sociais de maior alcance”, explica Ferrara.
Ainda de acordo com o gerente de Marketing da COBRECOM, é muito importante para a empresa manter essa
estratégia que está dando certo, pois é necessário um trabalho de longo prazo para alcançar melhores resultados.
Durante as competições a marca COBRECOM estará exposta nas placas de publicidade dispostas ao redor do
gramado.
POTÊNCIA 23
HOLOFOTE
da transação não foram divulgados. Seguindo projetos piloto de clientes nas indústrias automotiva e de logística, a
ABB integrará a tecnologia da Sevensense ao portfólio AMR da empresa, oferecendo uma combinação inédita de ve-
locidade, precisão e carga útil.
A expectativa é que o mercado de robôs móveis cresça a uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de
20% até 2026, de US$ 5,5 bilhões para US$ 9,5 bilhões, e a tecnologia de visão 3D alimentada por IA da ABB está
na vanguarda dessa expansão.
A tecnologia de navegação pioneira da Sevensense combina IA e visão 3D, permitindo que os AMRs tomem deci-
sões inteligentes, diferenciando entre objetos fixos e móveis em ambientes dinâmicos. Uma vez guiados manualmente,
os robôs móveis com tecnologia Visual Simultaneous Localization and Mapping (Visual SLAM) criam um mapa que é
usado para operar de forma independente, reduzindo o tempo de comissionamento de semanas para dias e permitin-
do que os AMRs naveguem em ambientes altamente complexos e dinâmicos ao lado de pessoas. Os mapas são cons-
tantemente atualizados e compartilhados por toda a frota, oferecendo escalabilidade instantânea sem interromper
as operações e maior flexibilidade em comparação com outras tecnologias de navegação.
Hoje, esta tecnologia de navegação baseada em IA já
Foto: Divulgação
está transformando os setores da produção automóvel
e da logística, agregando valor por meio de operações
mais rápidas e eficientes. Para o fabricante automotivo
Ford, os AMRs da ABB, com Visual SLAM habilitado, ge-
rarão ganhos de eficiência em locais de produção nos
Estados Unidos, enquanto a Michelin utilizará a tecnolo-
gia na intralogística em sua fábrica na Espanha. Outros
fabricantes de automóveis irão implementar a tecnologia
no Reino Unido, Finlândia e Alemanha.
“Oferecendo mais autonomia e inteligência cognitiva,
a tecnologia exclusiva da ABB, comprovada no mercado,
abre caminho para uma mudança de linhas de produção lineares para redes dinâmicas. Os AMRs inteligentes nave-
gam de forma autônoma até as células de produção, rastreando o estoque à medida que avançam e compartilhando
essas informações com outros robôs, enquanto colaboram com segurança lado a lado com os humanos”, disse Marc
Segura, presidente da Divisão de Robótica da ABB. “Com a aquisição da Sevensense, a ABB se torna líder em AMRs
de próxima geração, oferecendo Visual SLAM em Robôs Móveis Autônomos, juntamente com um portfólio integrado
que abrange robôs e soluções de automação de máquinas, todos gerenciados por nosso software de criação de valor.”
Gregory Hitz, CEO da Sevensense, disse: “Este é um momento significativo em nossa jornada compartilhada, pois apre-
sentamos nossa tecnologia desenvolvida internamente a uma gama maior de mercados e setores. A ABB é o local ideal
para continuarmos a expandir nossa plataforma versátil para autonomia visual 3D, atendendo a OEMs nos setores de ma-
nuseio automatizado de materiais e robótica de serviços. Juntos, redefiniremos os limites da robótica habilitada para IA”.
Essa tecnologia revolucionária tem o potencial de impactar a robótica muito além dos AMRs, levando a uma maior
eficiência, flexibilidade e precisão em toda a produção e intralogística. A tecnologia também continuará a ser vendi-
da em todos os segmentos, incluindo manuseio de materiais, limpeza e outros campos de robótica de serviço, sob o
nome de produto Sevensense.
A parceria Sevensense destaca o sucesso do compromisso da ABB em fomentar a próxima geração de inovações.
Por meio do seu ecossistema de parceiros e da colaboração com startups e universidades, a ABB desenvolve tecno-
logia líder para o benefício de empresas globais. Os aproximadamente 35 funcionários da Sevensense continuarão
baseados em seu escritório suíço em Zurique.
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Pela primeira vez este ano, o processo de julgamento envolveu os parceiros independentes e externos Verdan-
tix e o Painel de Revisão de Especialistas, que trabalharam juntos para avaliar a elegibilidade e o impacto de
cada projeto indicado em relação a critérios de sustentabilidade globais reconhecidos.
O grupo de vencedores deste ano impressionou os jurados com a amplitude e o escopo de seus projetos, que in-
cluíram o uso pioneiro de hidrogênio e iniciativas baseadas em engenharia para apoiar a redução das emissões de
carbono, até o desenvolvimento de novas estruturas para apoiar a distribuição de capital privado, em escala, em in-
fraestrutura relacionada à transição em todo o continente africano.
David Metcalfe, CEO da Verdantix, disse: “Temos o privilégio de trabalhar com a Iniciativa de Mercados Susten-
táveis, contribuindo com nossa experiência em avaliação independente para o processo de julgamento. Temos muito
orgulho em ser parte integrante desta estimada iniciativa global, ao lado de um painel distinto e diversificado de es-
pecialistas. Juntos, nos dedicamos a reconhecer e aplaudir as empresas que lideram o caminho para demonstrar seu
compromisso com a criação de um futuro sustentável”.
Novvalight renova
iluminação de arena
A Novvalight, fabricante brasileira de luminárias industriais, fechou parceria com o Botafogo Futebol S/A e é a res-
ponsável pela reestruturação de todo sistema de iluminação do estádio Santa Cruz/Arena Nicnet Eurobike, na cidade
de Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Com o projeto, o clube se adequa às exigências de iluminação esportiva da
Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O novo sistema foi inaugurado em janeiro de 2024, em partida contra o
Santos, pela primeira rodada do Campeonato Paulista. Por conta da parceria, a Novvalight estampará sua marca na
barra das costas da camisa do Botafogo S/A durante o torneio.
O projeto envolve retrofit da iluminação, revitalização de painéis elétricos, análise estrutural das torres, instalação
e focalização dos projetores e emissão de laudos técnicos. Foram instalados 96 novos projetores de LED, garantindo o
alcance de níveis de iluminância muito mais elevados e com 73% de economia no consumo de energia.
“O Estádio Santa Cruz/Arena Nicnet Eurobike terá uma iluminação de última geração, com ganhos de eficiência,
facilidade de manutenção e projeção calculada sem impactos negativos no meio ambiente. O novo sistema permiti-
rá a programação de horários de acendimento e a redução de potência, o que proporcionará diminuir o consumo de
energia”, explica o CEO da Novvalight, Roberto Payaro.
“Fico muito feliz com a concretização dessa parceria, já que melhorar a iluminação do estádio era um desejo anti-
go. Queremos modernizar cada vez mais a nossa casa para proporcionar uma nova experiência aos torcedores”, disse
Adalberto Baptista, presidente do Conselho de Administração da Botafogo Futebol S/A.
Antes e depois - A iluminação anterior do estádio era constituída por sistema convencional de lâmpadas de va-
por metálico, de 2.000W cada, instaladas em projetores sob torre. O sistema anterior possuía um consumo maior,
gerado através de uma relação de eficiência luminosa (lm/W) inferior em relação a solução LED integrada, além
de apresentar pontos como baixa vida útil, alta necessidade de manutenção, elevada perda ótica e índices de IRC
e espectrometria relativamente menores. “Com a troca para solução LED, atingimos níveis de iluminância eleva-
dos. Alcançamos também um aproveitamento ótico completo, obtido através de um conjunto de refletor; lente em
PMMA e vidro. Nossas peças ainda contam com IRC70, vida útil de 100.000h, e manutenção facilitada por sistema
future-proof, que nos possibilita trabalharmos com componentes substituíveis”, destaca Payaro.
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rança e engajamento de colaboradores. “Nosso
objetivo é o de alcançar a máxima competência
nos nossos processos e integrar clientes, colaboradores, fornecedores e parceiros. Por isso, trabalhamos pela padro-
nização de processos e melhoria da produtividade. O resultado é a renovação deste importante selo internacional”,
destaca o engenheiro e CEO da Engerey, Fábio Amaral.
O reconhecimento impulsiona o trabalho e, assim, práticas já assertivas são aperfeiçoadas. Contribuiu para
a renovação da ISO, por exemplo, a organização e controle do material não conforme e melhoria no pós-venda.
“O conhecimento das práticas padronizadas da produção por todos os colaboradores e a disseminação des-
ta postura para novos funcionários contribuiu para a permanência da ISO”, destaca Ana Paula Tonial de Camar-
go, coordenadora administrativa da Engerey. Para ela, tão importante quanto a conquista da certificação é a sua
manutenção.
Alinhada à política ESG
Um dos pontos de destaque do processo de manutenção da ISO foi a confirmação de que a Engerey vai con-
tinuar focando suas ações corporativas alinhadas à pauta ESG (Ambiental, Social e Governança). Para Amaral,
a certificação e o conceito de sustentabilidade são importantes para as organizações por diferentes motivos: “A
pauta ESG enfoca a sustentabilidade, o impacto ambiental, as práticas sociais e a governança corporativa, algo
que nós já temos como bandeira e que mais do que nunca será nosso lema de trabalho. Já a ISO 9001, que atua
como um termômetro dos padrões de qualidade, unida à agenda ESG, contribui para o sucesso e a sustentabili-
dade do grupo”, comenta.
Reconhecida pela Câmara Municipal de Curitiba com o prêmio Ecologia e Ambientalismo, a Engerey reúne
uma lista de ações inovadoras e sustentáveis. Entre elas estão a mobilização em prol de uma campanha que ter-
minou com a transformação de garrafas plásticas em uniformes e, ainda, a substituição da papelada que era en-
caminhada com os painéis (relativa a informações técnicas dos componentes) por PDFs disponíveis em nuvem,
por meio de um acesso remoto, rápido e muito prático.
“E queremos avançar ainda mais. Já estamos estruturando a coleta e destinação de pilhas e baterias, e queremos,
em muito pouco tempo, eliminar o copo de plástico da empresa”, antecipa Ana.
Isso tudo sem contar que o selo certifica não apenas a Engerey, mas também as empresas que adquirem seus pro-
dutos, já que atesta a preocupação destas com a qualidade e com temas relacionados à sustentabilidade, por exemplo.
“A ISO reconhece nossa credibilidade e dá competência para um ecossistema muito maior”, finaliza Amaral.
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Eaton é reconhecida como Top Employer
2024 no Brasil
A Eaton, multinacional de gerenciamento inteligente de energia, conquista o selo Top Employer 2024 no Brasil e
estreia no grupo de empresas que se destacam pela dedicação e comprometimento na implementação de políticas de
Recursos Humanos e práticas de gestão de pessoas para melhorar o mundo do trabalho.
A certificação reconhece as organizações que cumprem exigentes padrões internacionais de compliance e gover-
nança, o que assegura a consistência e excelência de seus processos internos. A Eaton ganhou destaque em três di-
mensões, segundo o instituto: Carreira, Bem-estar, Reconhecimento e Recompensa. “É uma honra ter a Eaton posicio-
nada entre os melhores empregadores do país. Este selo reforça nossos esforços em criar um ambiente de trabalho
em que os colaboradores se sintam valorizados, motivados e, sobretudo, tendo a liberdade de serem quem realmente
são. Temos um compromisso consolidado com a ética e o bem-estar de nossos talentos”, comenta Gustavo Schmidt,
vice-presidente do setor Elétrico da Eaton América Latina.
Na etapa de pesquisa, que é a ferramenta de referência para analisar as práticas das corporações, o programa se
baseia em seis domínios que abrangem temas-chave de Recursos Humanos: Direcionar, Moldar, Atrair, Desenvolver,
Engajar e Unir. O Top Employers Institute atua há 32 anos globalmente e desde 2011 no Brasil.
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SUMÁRIO
POTÊNCIA 30
Chega de Harmônicas em
seus projetos e instalações!
A presença das Harmônicas causa EFEITOS TERRÍVEIS
nas Instalações Elétricas e seus componentes:
✘ Aquecimentos excessivos
✘ Aumento de perdas
✘ Redução de Fator de Potência
QUERO APRENDER
HARMÔNICAS
Educação
ENTREVISTA
EVENTOS POTÊNCIA
Eventos da Potência
prometem agitar o
mercado em 2024
A SEGUNDA EDIÇÃO DA EXPOELÉTRICA OCORRERÁ NOS DIAS 16 E 17
DE JULHO, ENQUANTO QUE A 19ª EDIÇÃO DO REDES SUBTERRÂNEAS
ACONTECE NOS DIAS 07 E 08 DE OUTUBRO
E
stão confirmadas as datas de realização das duas feiras e congressos a serem promovidos pela
Potência Eventos em 2024.
A Expoelétrica 2024 - Expo & Fórum será realizada nos dias 16 e 17 de julho, no Centro de Con-
venções Frei Caneca, em São Paulo (SP). Trata-se da única feira de negócios voltada ao mundo
das Instalações Elétricas. Na feira, que chega à sua segunda edição, estarão expostos produtos, equipa-
mentos, sistemas e serviços para instalações elétricas prediais, comerciais e industriais.
Já o congresso reunirá os principais players do mercado de Instalações Elétricas para promover de-
bates, discutir tendências, apresentar soluções inovadoras, novas tecnologias e casos de sucesso aos
profissionais da área.
Foto: Arquivo/HMNews
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SUMÁRIO
POTÊNCIA 32
ENTREVISTA
EVENTOS POTÊNCIA
A 19ª edição do Redes Subterrâneas de Energia Elétrica e Telecom - Expo & Fórum está marcada para
os dias 07 e 08 de outubro, também no Centro de Convenções Frei Caneca.
Formado por Fórum e Exposição, este é o principal evento da área de Redes Subterrâneas da América
Latina, que há 19 Anos reúne os principais players desse mercado. Em 2024, o Redes Subterrâneas terá
como tema “A integração das Redes Subterrâneas com as Energias Renováveis, Cidades Inteligentes e
Condomínios Privados”.
Nos dois eventos a visitação à exposição é gratuita, enquanto que o fórum técnico tem inscrição paga.
Na entrevista a seguir, Hilton Moreno, diretor do Grupo Potência detalha como serão os eventos e
quais as expectativas em torno dos mesmos.
Foto: Arquivo/HMNews
POTÊNCIA - O FORMATO DE DOIS DIAS DE EVENTO FOI MANTIDO. O MODELO DEU CERTO?
HILTON MORENO - Em 2023, a avaliação dos expositores, visitantes, congressistas e palestrantes foi
muito positiva em relação ao formato de dois dias de evento, que será então mantido para 2024.
POTÊNCIA - QUAL SERÁ A TEMÁTICA DO FÓRUM TÉCNICO DA EXPOELÉTRICA?
HILTON MORENO - O arranjo do Fórum Técnico também será mantido em 2024, contando com 8
módulos, cada qual abordando um macro tema. Ainda estamos trabalhando nestes macro temas, mas é
possível afirmar, com toda certeza, que um dos destaques será a revisão da norma ABNT NBR 5410 que,
na época da Expoelétrica, estará “fervendo”. Os outros temas serão divulgados em breve.
POTÊNCIA - QUANTOS EXPOSITORES DEVEM PARTICIPAR DA FEIRA DE PRODUTOS E SO-
LUÇÕES?
HILTON MORENO - Estimamos entre 40 e 50 expositores na edição de 2024.
POTÊNCIA - ESTÁ MANTIDO O SISTEMA DE VISITAÇÃO GRATUITA À EXPOSIÇÃO E FÓRUM
TÉCNICO COM INSCRIÇÃO PAGA?
HILTON MORENO - Sim, a visitação à exposição será gratuita e a participação no Fórum Técnico terá
uma pequena taxa de inscrição que, assim como em 2023, será devolvida na forma de “cash back” para
aquisição de cursos da Universidade Potência Educação com certificados reconhecidos pelo MEC.
POTÊNCIA 35
ENTREVISTA
EVENTOS POTÊNCIA
Anote na agenda
Expoelétrica 2024 Redes Subterrâneas de
Energia Elétrica e Telecom 2024
Data: 16 e 17 de julho
Local: Centro de Convenções Frei Caneca Data: 07 e 08 de outubro
Informações: www.expoeletrica.com.br Local: Centro de Convenções Frei Caneca
Informações: www.redesubterraneas.com.br
Foto: Arquivo/HMNews
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SUMÁRIO
POTÊNCIA 36
19ª-
EDIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA E TELECOM
EXPO &
FÓRUM
A integração das Redes Subterrâneas com as energias
renováveis, cidades inteligentes e condomínios privados
Realização e Promoção
Liberdade de escolha
NO MERCADO LIVRE O CONSUMIDOR TEM O DIREITO DE ESCOLHER
O SEU FORNECEDOR DE ENERGIA, COMO HOJE ESCOLHE SEUS
PROVEDORES DE SERVIÇOS DE TELEFONIA E INTERNET.
D
esde o dia 1º de janeiro deste ano, o mercado livre de energia pode receber os consumidores
de energia ligados na alta tensão. A medida concede maior liberdade aos usuários, que, depen-
dendo das condições poderão acessar uma energia mais barata. Os agentes do setor acreditam
que a abertura do acesso ao mercado livre representa um avanço no setor de energia brasileiro.
A Portaria 50/2022, do Ministério de Minas e Energia – MME, permite que todos os consumidores liga-
dos na alta tensão (o chamado Grupo A), independentemente do volume de demanda contratada, possam
migrar para o Ambiente de Contratação Livre (ACL), desde o início deste mês. Na prática, a mudança es-
tendeu o direito de escolher o próprio fornecedor de eletricidade às pequenas e médias empresas, como
supermercados, farmácias, padarias e escritórios.
Conforme a cartilha “O mercado livre de energia elétrica”, publicado pela Abraceel (Associação Bra-
sileira dos Comercializadores de Energia), o mercado livre representa uma modalidade na qual os con-
sumidores podem negociar livremente a energia elétrica com os fornecedores, escolhendo produtos e
serviços mais aderentes às demandas individuais de cada um.
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SUMÁRIO
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POTÊNCIA 38
MATÉRIA DE CAPA
MERCADO LIVRE DE ENERGIA
No mercado livre, os consumidores podem escolher qual fornecedor preferem, entre centenas de
empresas habilitadas para prestar o serviço de comercialização de energia elétrica, negociando preços,
prazos e diversas condições específicas, inclusive a forma de pagamento e a fonte de geração da energia
elétrica que consomem.
“No mercado livre, ou Ambiente de Contratação Livre (ACL), compradores e vendedores celebram
contratos de comercialização de energia elétrica com condições livremente negociadas entre ambos”,
esclarece a entidade.
Conforme destaca Adriana Sambiase, gerente executiva de Cadastros e Contratos da Câmara de Co-
mercialização de Energia Elétrica (CCEE), no mercado livre o consumidor tem o direito de escolher o seu
fornecedor de energia, como hoje escolhe seus provedores de serviços de telefonia e internet. Também
pode negociar prazos e escolher o tipo de fonte que quer contratar. Enfim, pode personalizar seus con-
tratos e até, a depender das condições, acessar uma energia mais barata. “Vale deixar claro que aqueles
consumidores com carga abaixo dos 500 kW, interessados em fazer parte desse ambiente de livre nego-
ciação, precisam procurar por um comercializador varejista. É a categoria responsável por orientar o clien-
te no processo de migração, desde o encerramento do contrato com a distribuidora até a representação
deles aqui na CCEE”, explica Adriana.
Na avaliação da executiva da CCEE, a abertura para a alta tensão é um marco para a transformação
do setor elétrico brasileiro. “Traz maior poder de escolha para o consumidor, mais competitividade para o
setor elétrico e, na ponta, mais produtividade para a economia do país. Além das vantagens em relação à
flexibilidade e personalização do fornecimento, aumenta a liquidez das negociações no mercado e esti-
mula o desenvolvimento de novos produtos e serviços para atender a demanda dos clientes”, considera
Adriana.
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POTÊNCIA 39
MATÉRIA DE CAPA
MERCADO LIVRE DE ENERGIA
A gerente executiva de Cadastros e Contratos da CCEE conta que o ritmo de migrações ao mercado livre
em 2024 já dá sinais de que será intenso. Os últimos dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL)
referentes a denúncias de contratos junto às distribuidoras apontam para um potencial de mais de 12,6 mil uni-
dades consumidoras com interesse de aderir ao ambiente ao longo do ano, uma média de 1.056 a cada mês.
“Somente para janeiro, há a expectativa de cerca de 3 mil unidades que podem ingressar no ambiente”, informa.
POTÊNCIA 40
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MATÉRIA DE CAPA
MERCADO LIVRE DE ENERGIA
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POTÊNCIA 42
MATÉRIA DE CAPA
MERCADO LIVRE DE ENERGIA
maior autonomia e eficiência, e poderá contar com soluções únicas e exclusivas em energia para seus
negócios”. O executivo afirma que as empresas agora passam a definir suas próprias estratégias para
encontrar as melhores soluções para compra, já que o mercado livre de energia proporciona um am-
biente de negócios em que é possível tratar diretamente com as geradoras e comercializadoras de
energia, de qualquer lugar do país. “É um ambiente de contratação livre, em que os clientes negociam
energia elétrica e podem discutir preço, condições de pagamento, quantidade a ser adquirida e período
de fornecimento”, ressalta.
A seguir, Gabriel Barreto, da Athena Energia, dá algumas dicas que podem auxiliar as pequenas e mé-
dias empresas no processo de migração para o mercado livre de energia:
1. Avalie as necessidades internas
Antes de dar o 1º passo para o mercado livre, é fundamental realizar uma análise interna das neces-
sidades energéticas da empresa. Isso inclui entender os padrões de consumo, identificar os horários de
pico e baixa demanda e determinar as metas de eficiência energética. Essas informações são de extrema
importância para negociar contratos personalizados.
2. Contrate uma consultoria especializada
Contar com a orientação de consultores especializados em energia pode ser valioso, já que esses
profissionais podem ajudar a interpretar as complexidades do mercado livre, avaliar propostas de forne-
cedores e garantir que a empresa faça escolhas informadas e estratégicas. Também é importante contar
com um projeto exclusivo de acordo com as suas necessidades.
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POTÊNCIA 43
MATÉRIA DE CAPA
MERCADO LIVRE DE ENERGIA
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SUMÁRIO
POTÊNCIA 44
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ARTIGO
CONTROLE DO CAMPO ELÉTRICO
Controle do campo
elétrico em terminações
de cabos para média e
alta tensão
A
s estatísticas de complexos industriais, de geração de renováveis e de concessionárias de
energia elétrica, principalmente de distribuição subterrânea de média tensão, apontam como
sendo as falhas de especificação e principalmente de montagem as principais causas de de-
feitos em acessórios (terminais e emendas). Neste artigo, são analisadas as técnicas utiliza-
das para controle de campo elétrico em terminações para cabos de média e de alta tensão de redes de
distribuição e transmissão de energia elétrica, para que se possa ter um melhor entendimento destas
técnicas e assim melhorar a confiabilidade da instalação deste acessório. A coordenação entre os ín-
dices de confiabilidade do sistema, dos cabos e dos acessórios é primordial para sejam evitados pon-
tos fracos no sistema e perdas financeiras, tanto durante a implantação quanto ao longo da vida útil do
sistema de energia elétrica.
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SUMÁRIO
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POTÊNCIA 46
ARTIGO
CONTROLE DO CAMPO ELÉTRICO
Para uma estrutura coaxial o gradiente de potencial máximo pode ser determinado por (1):
onde:
Para a instalação e montagem de terminações para cabos elétricos de média e alta tensão se torna
necessário interromper o circuito da blindagem e com isto é criada uma região de alta concentração de
campo elétrico no término da blindagem da isolação, sendo que o campo elétrico passa então a possuir
além de componentes radiais, também agora, passa a ter componentes longitudinais devido a distorção
do campo elétrico. A isolação, projetada originalmente para um gradiente radial máximo (E) de 4 kV/mm
para média tensão e, geralmente, 8 kV/mm para alta tensão, agora seria submetida a gradientes superio-
res aos quais foi projetada se o campo elétrico não for controlado adequadamente.
POTÊNCIA 47
ARTIGO
CONTROLE DO CAMPO ELÉTRICO
Nota: Cabos EHV com tensões de 345 kV, 400 kV e 500 kV chegam a operar com gradientes de 12 kV/
mm ou superiores.
Torna-se então imperativo controlar e aliviar o campo elétrico nesta região das terminações para se
manter tanto as componentes do gradiente radial quanto longitudinal dentro de valores aceitáveis pela
isolação do cabo.
Neste artigo trataremos das técnicas disponíveis para controle e alívio do campo elétrico em termina-
ções para cabos de energia de média e alta tensão.
Basicamente existem três diferentes métodos para reconstituir controlar o campo elétrico na região
adjacente ao término da blindagem da isolação (1):
◗ alívio capacitivo (cone de alívio de tensões);
◗ alívio dielétrico; e
◗ alívio resistivo não linear.
Alívio capacitivo – É realizado com uso do tradicional cone de alívio de tensões, também denominado
de capacitivo pois, a capacitância varia ao longo de seu comprimento, em que a blindagem da isolação é
estendida sobre uma expansão, logarítmica e artificial, do diâmetro da isolação do cabo sobre uma porção
do terminal (figura 3).
POTÊNCIA 48
ARTIGO
CONTROLE DO CAMPO ELÉTRICO
A geometria do cone de alívio de tensões, para o caso que a constante dielétrica do material da isola-
ção do cabo seja idêntica a do material do cone de alívio pode ser determinada pela equação abaixo (1):
Onde:
Vo – Tensão fase terra do sistema (kV)
Gl – Gradiente longitudinal máximo (kV/mm)
Rc – Raio da blindagem do condutor (mm)
Ri – Raio da isolação do cone de alívio no ponto (x;y) (mm)
Essa técnica de controle de campo elétrico é também largamente utilizada em terminações desconectáveis,
pela aplicação de peça pré-moldada de borracha de etileno-propileno (EPDM) isolante e blindado por composto
semicondutor com o formato desejado (figura 4). Também, é encontrada em alguns tipos de terminais push on.
Cones de alívio pré-moldados requerem um bom controle do diâmetro sobre a isolação do cabo e ge-
ralmente são utilizados com graxas supressoras e lubrificantes, à base de silicone, para minimizar o efeito
das descargas parciais em cavidades inerentes ao método e facilitar a sua instalação.
POTÊNCIA 49
ARTIGO
CONTROLE DO CAMPO ELÉTRICO
Terminações de alta tensão de 69 kV a 500 kV, de uma forma geral, utilizam esta técnica de alívio de
tensão para controle de campo elétrico no término do circuito da blindagem dos cabos isolados de trans-
missão de energia elétrica.
Fig. 6a- Terminações 245 kV a 420 kV (4) Fig. 6b- Terminações GIS 69 kV e 345 kV (3)
Alívio dielétrico (Hi - K) – O alívio do campo elétrico é obtido pelo recobrimento de uma parte da iso-
lação do cabo, a partir do término da blindagem, com material de alta constante dielétrica. As linhas de
campo elétrico, que se originam no condutor e atravessam a isolação, são refratadas nesse material com
tal ângulo que a concentração de campo elétrico fica restrita ao próprio material (figura 7).
POTÊNCIA 50
ARTIGO
CONTROLE DO CAMPO ELÉTRICO
Os recobrimentos de alta constante dielétrica (entre 20 e 30) normalmente se apresentam sob a forma
de tubos injetados ou estrudados de materiais dielétricos artificiais. Essa técnica encontra grande utiliza-
ção em terminais e a contráteis a frio e a quente (figura 8 e 9).
No caso de terminais contráteis a quente, existem aplicações conhecidas até tensões de 69 kV (figura 9).
Alívio resistivo não linear – O gradiente longitudinal pode ser controlado e mantido dentro de valores
aceitáveis estabelecendo-se um circuito elétrico constituído por elementos discretos de impedância, com
POTÊNCIA 51
ARTIGO
CONTROLE DO CAMPO ELÉTRICO
Quando as correntes capacitivas vindas do condutor atravessam a isolação do cabo e fluem pela ca-
mada de material resistivo, causam uma queda de tensão que determina o valor do gradiente de potencial
ao longo da camada. Uma vez que a resistência do material é não linear (figura 11), isto é, sua resistência
decresce quando a corrente que o atravessa aumenta, a intensidade de campo elétrico torna-se constan-
te ao longo da camada.
O dimensionamento da camada resistiva não é crítico, desde que assumimos que um acréscimo de
campo elétrico provoque uma redução da resistividade causando consequentemente uma redução da
solicitação no dielétrico.
POTÊNCIA 52
ARTIGO
CONTROLE DO CAMPO ELÉTRICO
Esse método vem sendo utilizado com segurança em terminais push on para cabos de média tensão
com isolação de XLPE ou HEPR. com tensão de isolamento de até 35 kV e seções de 25 mm² a 630 mm²
(figura 12).
Fig. 12 – Terminal TPK (20 kV 95 mm²) push on com alívio resistivo não linear (5)
O alívio resistivo não linear se apresenta em forma de “Manta Mastic” que é aplicada ao redor da blin-
dagem da isolação do cabo e da própria isolação, durante o procedimento de montagem da terminação
ou polímero já incorporado ao isolador de silicone da terminação.
As duas alternativas de alivio resistivo não linear, seja a do tipo Manta Mastic quanto do alívio integrado
são simples, seguras e eficazes sendo que a Manta Mastic além de simples aplicação é menos dependen-
te do preciso posicionamento do isolador. Já o alívio integrado possui mais simples aplicação e torna mais
rápida a montagem da terminação.
Cabe ressaltar que as terminações TPK foram desenvolvidas, testadas e fabricadas no Brasil a par-
tir de meados de 2007, primeiramente até a tensão de 20 kV, sendo que em 2011 atingiram a tensão
POTÊNCIA 53
ARTIGO
CONTROLE DO CAMPO ELÉTRICO
de 35 kV e, em 2015 veio o desenvolvimento e homologação do TPK+ até 35 kV, ambas com ótimos
resultados tanto de performance quanto, consequentemente, de participação no mercado.
Conclusões
Qualquer das tecnologias descritas pode ser considerada adequada, cada qual com sua performance
e seus benefícios, desde que correta e criteriosamente especificada e instalada por pessoal habilitado e
treinado, que siga rigorosamente as instruções de instalação.
Um ponto a se destacar é a compatibilidade que o terminal deve ter com os cabos utilizados e pa-
dronizados no Brasil (tipo de semicondutora, tipo de blindagem metálica, uso de cobertura, etc.) pois, a
utilização de terminações com padrão de outros países ou mesmo mal tropicalizadas podem a levar a
dificuldades na montagem e até acarretar a ocorrência de defeitos precoces.
Também é recomendável, para facilitar o entendimento do instalador, tendo em conta que muitas ve-
zes ele tem que lidar com varias tecnologias distintas, que as instruções de montagem sejam bem ilustrati-
vas e uma para cada tipo de construção e tipo cabo de média tensão e alta tensão, tornando a montagem
mais simples, segura e eficaz.
Referências
(1) Livro Cabos de Energia “Mario Daniel da Rocha Teixeira Junior”, Editora Artliber
(2) Elastimold Catalogue
(3) G&W HV Terminations Catalogue
(4) NKT HV Terminations Catalogue
(5) www.kitacessorios.com.br (artigos técnicos)
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SUMÁRIO
MARIO DANIEL DA ROCHA TEIXEIRA JUNIOR
KIT ACESSÓRIOS PARA CABOS ELÉTRICOS
POTÊNCIA 54
MERCADO
CABOS FOTOVOLTAICOS
S
egundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o Brasil ultra-
passou a marca de 37 gigawatts (GW) de potência instalada da fonte solar fotovoltaica, somando-
se as usinas de grande porte e os sistemas de geração própria de energia em telhados, fachadas
e pequenos terrenos. O montante equivale a 16,3% da matriz elétrica do País. Trata-se, portanto,
de uma área altamente promissora.
Consequentemente, o desenvolvimento desse mercado favorece a utilização de soluções da área elé-
trica. É o caso dos cabos específicos para o setor fotovoltaico, que precisam ser aplicados nesse ambien-
te, em vez de um cabo convencional. Os cabos solares apresentam maior durabilidade e atendem todas
as exigências desse tipo de instalação.
De acordo com Nelson Volyk, gerente de Engenharia de Produto da SIL Fios e Cabos Elétricos, a uti-
lização de um cabo específico para o setor fotovoltaico é essencial para garantir a eficiência, a seguran-
ça e a durabilidade do sistema. O cabo fotovoltaico é projetado para suportar as condições ambientais
específicas e as demandas elétricas dos sistemas fotovoltaicos, garantindo um desempenho confiável e
seguro ao longo do tempo. “A expectativa de vida útil do sistema de geração de energia solar é 25 anos,
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SUMÁRIO
POTÊNCIA 56
MERCADO
CABOS FOTOVOLTAICOS
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e a expectativa de vida útil do cabo solar, mesmo exposto ao sol e as intempéries é de no mínimo 25 anos,
enquanto um cabo convencional não teria essa durabilidade nessa aplicação”, compara.
Gilberto Alvarenga, gerente de negócios estratégicos da COBRECOM, destaca que o cabo para uso
fotovoltaico produzido de acordo com a norma técnica NBR 16612 possui todas as características exigidas
para esse tipo de instalação. “Os cabos convencionais, além de terem utilização proibida em instalações
fotovoltaicas, não contam com os atributos necessários para instalações fotovoltaicas”, observa.
Igor Amaral Delibório, especialista de produtos do Grupo Prysmian, diz que se um cabo convencional
for utilizado nestas agressivas circunstâncias de clima e temperatura, o risco de acidentes será muito
grande: o isolamento não resistiria a este cenário e acabaria por expor os condutores de cobre ao risco de
causar um curto-circuito. “As temperaturas máximas suportadas pelos materiais utilizados nos cabos sola-
res são muito maiores, comparadas aos cabos convencionais, ou seja, os cabos solares podem trabalhar
com temperaturas até 120°C, quando os cabos tradicionais podem trabalhar com 90°C para os cabos com
categoria 0,6/1kV ou ainda 70°C para os cabos com categoria 450/750 V, que são aqueles usados dentro
dos eletrodutos embutidos nas paredes das instalações residenciais e prediais. Além disso, os condutores
dos cabos solares possuem uma camada de estanho para proteger o condutor de cobre contra oxidações
que podem ocorrer durante a operação do sistema devido aos ambientes mais expostos ao tempo e à
umidade, garantindo assim o perfeito contato nas conexões de engate rápido utilizadas neste tipo de
instalações”, ressalta Delibório.
Segundo Nelson Albano, gerente Comercial da Nexans Brasil, os cabos solares, tipicamente em 4 ou
6mm2 de secção, são padronizados em conformidade com uma série de normas nacionais e internacio-
nais através da NBR 16612, que tem entre os diversos requisitos para proteção de sua instalação os se-
guintes pilares: cabo de cobre estanhado, operação em DC, resistência UVB e a resistência a 120ºC por
20 mil horas, requisito imprescindível para a segurança de sua instalação. “É importante destacar que este
teste tem a duração aproximada de sete meses, um custo significativo e que, para o seu atendimento ple-
no, há poucos fornecedores de matérias-primas atendendo a este requisito. Infelizmente, não há (ainda,
ou que nos consta) compostos (polímeros) nacionais capazes de atender a este requisito”, frisa.
Albano reforça que para os instaladores é importante se atentar aos riscos de utilização de cabos que
não têm performance e qualidade garantida, que podem comprometer a instalação e equipamentos e
gerar riscos à saúde e segurança. “Em geral, uma instalação de um gerador fotovoltaico tem uma vida útil
entre 20 e 25 anos. Se os cabos se deteriorarem mais rapidamente do que o previsto, a instalação foto-
voltaica será menos eficiente e com riscos de acidente. O respeito às normas é, portanto, uma garantia de
qualidade do sistema e também da vida útil da instalação”, alerta.
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MERCADO
CABOS FOTOVOLTAICOS
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MERCADO
CABOS FOTOVOLTAICOS
das placas fotovoltaicas que, por sua vez, estão direcionadas ao Sol - exposição direta que eleva a temperatura
de trabalho do sistema. Além disso, quanto mais Sol incide sobre as placas, mais energia elétrica elas estarão
gerando e, consequentemente, aquecendo ainda mais os cabos devido à passagem de maior corrente elétri-
ca. “Por conta deste cenário bastante adverso, em termos de temperatura, exposição ao tempo (raios UV, chu-
va, poeira etc.), o cabo utilizado em sistemas fotovoltaicos não pode ter o mesmo padrão daquele utilizado para
distribuir a energia dentro de casa ou até mesmo aqueles usados em bandejamento e estruturas industriais. A
diferença entre eles está, principalmente, na capacidade de suportar essa temperatura de trabalho maior por
muito mais tempo. Eles são projetados para suportar uma temperatura no condutor em regime permanente
de, no máximo, 90 °C. No entanto, por segurança, também devem ser capazes de suportar até 120 °C em um
ambiente com uma temperatura de 90 °C por um período de até 20.000 horas”, relata.
O especialista da Prysmian cita uma peculiaridade: os sistemas fotovoltaicos produzem energia em
corrente contínua, portanto, não existem as fases como nos sistemas em corrente alternada residenciais:
“No sistema fotovoltaico existem os polos positivo e negativo, que são geralmente identificados pelas
cores vermelha para o polo positivo e preta para o negativo. Existe a possibilidade de utilização da cor
verde/amarela naqueles que serão utilizados para o sistema de aterramento, porém, não é necessária a
utilização de cabos solares fotovoltaicos para esse fim, desde que não estejam submetidos aos mesmos
riscos da instalação citada acima”.
Igor Delibório menciona ainda outra característica importante dos cabos solares: tanto a isolação quan-
to a cobertura devem ser fabricadas com compostos termofixos não halogenados, ou seja, compostos
que não emitem gases tóxicos ou corrosivos em caso de incêndio, evitando o ataque corrosivo em toda
infraestrutura do sistema (suporte das placas, circuitos e também as próprias placas).
Nelson Albano, gerente Comercial da Nexans Brasil, cita que as diferenças entre os cabos solar e co-
mum são fundamentais, principalmente, em relação à estrutura. O cabo FV segue normas específicas de ca-
racterísticas básicas construtivas e requisitos de desempenho para resistirem às condições de uso em
temperaturas extremas, como é o caso de uma aplicação para geração solar. Ele é fabricado com cobre esta-
nhado para aumento da proteção contra a corrosão e redução de perdas devido às conexões. “Em relação ao
isolamento, é resistente às altas temperaturas (120ºC), que se não utilizados os materiais adequados causam o
envelhecimento acelerado e redução da vida útil do cabo, além de perdas no desempenho e, potencialmen-
te, geração de falhas graves com risco à segurança. Sobre a cobertura, é compatível com as características
termomecânicas do material isolante, é de baixa emissão de fumaça e gases tóxicos (material não halogena-
do). É um cabo flexível (classe 5) próprio para tensões máximas de 1,8 kV DC”, especifica Albano.
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POTÊNCIA 59
MERCADO
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MERCADO
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e segurança não estão sendo cumpridos. Isso resulta em falhas nos sistemas e até mesmo incêndios de
grandes proporções, podendo causar danos materiais ou até mortes”, denuncia Delibório.
Nelson Albano observa que a norma ABNT NBR 16612 não é compulsória, mas como definido no
Código Civil Brasileiro, sua adoção pode ser recomendada como uma medida de segurança e confor-
midade para garantia da qualidade e durabilidade dos produtos e serviços oferecidos no mercado. “Os
cabos ENERGYFLEX, da Nexans, são fabricados, rigorosamente, de acordo com as normas internacio-
nais IEC 62930, EN 50618 e TÜV 2 Pfg 1169 e as normas nacionais NBR 16612, NBR 5410 e NBR 16690.
Eles têm certificados de conformidade UL e além disso, 100% dos nossos cabos são testados antes de
sair da fábrica”, garante.
Sobre os cuidados que o comprador deve ter ao adquirir cabos fotovoltaicos, para não ter problemas
com eventual falta de qualidade, Nelson Volyk diz que primeiro é necessário conhecer um pouco sobre
os fabricantes, verificar suas linhas de produtos, o tamanho de suas fábricas, mesmo que seja utilizando
o Google Maps. “Cabo solar é um produto mais complexo para ser produzido que um cabo comum, pois
seus compostos de isolação e cobertura exigem mais força da máquina que vai processa-los, chamada
de extrusora, e precisam de uma rosca de extrusão própria. Também precisa de muito mais cuidados na
sua utilização para garantir a máxima qualidade e bom acabamento no produto final. Existem fabricantes
que produzem uma amostra boa, o primeiro fornecimento bom, mas e depois? Preços baixos, num cabo
diferenciado, como é o caso do cabo solar, levanta suspeita”, alerta o executivo da SIL.
Para Gilberto Alvarenga, gerente de negócios estratégicos da COBRECOM, economia é palavra proibi-
da na hora de comprar os cabos para instalações fotovoltaicas. “Invista apenas em produtos de qualidade
reconhecida, como os cabos de importantes marcas, como os da COBRECOM, que são fabricados com
o mais rigoroso controle de qualidade e estão de acordo com a Norma ABNT NBR 16612”, recomenda.
Igor Amaral Delibório, especialista de produtos do Grupo Prysmian, comenta que com opções falsas
em circulação, aumentam as chances de acidentes de origem elétrica nos painéis solares, pois estes es-
tariam operando com cabos irregulares e, portanto, mais suscetíveis a acidentes. “O Sindicato da Indústria
de Condutores Elétricos (Sindicel) emite alertas constantes sobre a existência no mercado de falsos cabos
solares, ou seja, embora informem a finalidade na embalagem, eles podem não atender as normas técni-
cas ou não foram devidamente certificados para essa finalidade, o que é gravíssimo. Além de pesquisar
mais sobre a marca e o produto, sempre desconfie se o preço de um cabo solar for similar ao de um con-
vencional para baixa tensão”, orienta.
POTÊNCIA 61
MERCADO
CABOS FOTOVOLTAICOS
Nelson Albano, gerente Comercial da Nexans Brasil, conta que para fabricar cabos de alta qualidade e
fornecer um nível aplicado de serviços de acordo com necessidades específicas, desde a concepção de
um projeto até sua gestão após a instalação, ao mesmo tempo em que diminui seu impacto ambiental, a
Nexans Brasil realiza ações concretas para combater o aquecimento global, contribuindo para a redução
das emissões de carbono do negócio - desde 2019, as reduziu em 69%.
Com mais de 120 anos de experiência no setor, hoje, a energia elétrica da empresa é 100% renovável. “Re-
sultados como esses refletem o compromisso sustentável da empresa, corroborado pela conquista de selos
como ISO 9001 (qualidade), 45001 (segurança no trabalho) e 14001 (ambiental), que fortalecem a reputação de
qualidade, além de nos colocar em um papel de ator fundamental na transição energética do país”, comenta
Albano e lembra que, segundo dados do Sindicel, há 150 fabricantes de cabos no Brasil, sendo que dois
terços deles produzem materiais que não atendem às normas ou especificações necessárias do merca-
do. Desse total, aproximadamente 30 fabricam cabos solares. “Por isso, podemos afirmar que a marca é
um selo de qualidade. Recentemente, temos recebido solicitações de cotações de alguns clientes solici-
tando o envio da comprovação de que as matérias-primas de isolação que são utilizadas na fabricação
dos cabos solares estão em conformidade com a especificação”, revela.
Instalação e manutenção
de cabos fotovoltaicos
Nelson Volyk informa que o cabo solar precisa dos mesmos cuidados de instalação de outros cabos,
mas por ser instalado em locais abertos, valem alguns cuidados para não danificar a cobertura do cabo,
como por exemplo não pisar nele.
Gilberto Alvarenga acredita que o material possui fácil aplicação, principalmente por sua flexibilidade.
Mas observa que as instalações fotovoltaicas só devem ser executadas por profissionais habilitados e ca-
pacitados para este tipo de trabalho. “Além disso, é preciso ter um projeto com as especificações corretas
dos cabos e dos outros componentes da instalação”, frisa.
Igor Amaral Delibório explica que assim como para os cabos tradicionais, é preciso tomar cuidados
para evitar danos mecânicos, atentando-se à car-
ga de tensão mecânica e à disposição do cabo,
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POTÊNCIA 62
MERCADO
CABOS FOTOVOLTAICOS
Nelson Albano comenta que a Nexans segue a norma brasileira NBR 5410 sobre as instalações elé-
tricas de baixa tensão. “Também oferecemos aos nossos clientes parceiros treinamentos especializados
nas instalações dos nossos produtos através do nosso programa ‘Nexans Academy’”, relata.
Para Nelson Volyk, o cabo fotovoltaico não exige uma grande manutenção, o que precisa é verificar
se algum ponto da cobertura foi danificado. “Isso deve ser feito junto com a manutenção preventiva do
sistema como um todo”, orienta.
Gilberto Alvarenga destaca que assim como os demais componentes de um sistema fotovoltaico, é
esperado que o cabo tenha uma vida útil de, no mínimo, 25 anos: “Importante notar que isso somente será
possível se o cabo for corretamente dimensionado, selecionado e instalado”.
De acordo com Igor Amaral Delibório, é fundamental que tanto os cabos quanto a própria instalação
de maneira geral (conexões, afixações, caminhamento dos cabos e acessórios que foram instalados etc.)
sejam avaliados periodicamente de acordo com as normas vigentes, bem como as boas práticas de uso e
operações que são, muitas vezes, aprimoradas no próprio empreendimento considerando suas peculiari-
dades. “De modo geral, uma manutenção deve sempre ser seja planejada e executada por profissionais
capacitados e conscientes sobre as normas vigentes que, neste caso, vale indicar as normas atuais da
ABNT NBR 16690:2019, NBR 5410:2004 e NBR 16274:2014”, menciona Delibório.
Panorama do mercado
de cabos fotovoltaicos
Fabricado pela SIL, o Cabo AtoxSil Solar 1,8 kV C.C é flexível, feito de cobre estanhado, isolação e co-
bertura antichama e resistente aos raios UV, atendendo à norma NBR 16.612. Suporta trabalhar até 120 ºC,
por até 20 mil horas, e possui expectativa de vida útil de 25 anos exposto ao sol e as intempéries. Ele é
comercializado em rolos de 100 m e carretéis com diferentes quantidades.
Nelson Volyk, gerente de Engenharia de Produto da SIL Fios e Cabos Elétricos cita um levantamento
da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), segundo o qual o número de cidades brasileiras que
produzem energia solar saltou de 613 para 5.220 em um período de cinco anos, uma alta de 751,5%. “Por
isso o consumo de cabo solar cresce a cada ano, e deve continuar a crescer por se tratar de uma geração
de energia limpa e renovável”, diz Volyk.
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MERCADO
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MERCADO
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Dessa forma, as perspectivas quanto ao futuro do mercado de cabos fotovoltaicos no Brasil são muito
boas. “O mercado de instalações fotovoltaicas está crescendo cada vez mais e temos perspectivas de
realizarmos bons negócios ao longo dos próximos anos”, vislumbra Alvarenga.
Sobre os fatores que impulsionam mais a venda desse tipo de produto, o executivo da COBRECOM cita
que a crescente preocupação e mobilização para o uso de fontes de energia renováveis e sustentáveis
ocasionou uma grande procura por partes de setores públicos, privados e população pela energia foto-
voltaica, tendo um grande aumento na construção de grandes usinas fotovoltaicas e a geração distribuída.
Na opinião de Alvarenga, para que o mercado de instalações fotovoltaicas continue crescendo é preci-
so não só novas obras, como também a percepção das vantagens de se utilizar esse sistema, a conscien-
tização de todas as empresas do segmento em entregar produtos seguros, de qualidade e que estejam
de acordo com as normas técnicas exigidas para esse tipo de instalação. “A COBRECOM é uma empresa
comprometida em entregar produtos com alta eficiência, confiança, qualidade e segurança. Investimos
constantemente na modernização de nossos equipamentos. Também realizamos aperfeiçoamentos cons-
tantes em nossos processos para atender às exigências do mercado para produzirmos fios e cabos elétri-
cos seguros e confiáveis e assim garantir a satisfação dos nossos clientes”, finaliza Alvarenga.
O Grupo Prysmian é referência mundial em condutores para sistemas fotovoltaicos, respaldado pela expe-
riência de participar dos mais desafiadores e grandiosos projetos desta fonte renovável no país e no mundo.
O cabo solar para o segmento fotovoltaico do Grupo Prysmian é o PrySun, que é constituído com
materiais que garantem baixa emissão de fumaça e livres de halogênios para sistemas fotovoltaicos com
tensão nominal de 0,6/1 kVca (1,5kVcc e máx. 1,8 kVcc). Possuem alto grau de confiabilidade devido à
sua estabilidade térmica, resistência à umidade e aos raios UV, suportando temperaturas de até 120 ºC.
O condutor metálico é fabricado em cobre estanhado, têmpera mole e classe 5 extra flexível, além de
atender aos requisitos da norma nacional NBR 16612: 2020 também atendem às normas internacionais
EN 50618 e IEC 62930.
Igor Amaral Delibório, especialista de produtos do Grupo Prysmian informa que a companhia possui
mais de 20 anos de experiência neste setor, participando ativamente no desenvolvimento de produtos e,
principalmente, da criação de normas que pudessem assegurar os requisitos mínimos construtivos para
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MERCADO
CABOS FOTOVOLTAICOS
os cabos quanto o atendimento das aplicações fotovoltaicas. “Assim como acontece em outros setores,
a cada falha, acidente ou situações apresentadas em campo, podemos aprender com os erros e identifi-
car, nestes últimos anos, alguns pontos de melhoria que vão desde as boas práticas de instalações até o
desenvolvimento de novos produtos que atendam às novas condições apresentadas. Pensando nisso, o
Grupo Prysmian desenvolveu um novo composto que é utilizado na capa externa do cabo PrySolar, que
lançamos no ano passado”, destaca.
Este novo produto foi pensado para ser aplicado em situações ainda mais agressivas de campo, sendo
altamente resistente às inundações, que são muito comuns na maioria dos parques de geração centrali-
zada quando estão em períodos de chuvas. Além do desenvolvimento deste novo cabo, também se fez
necessário entender as condições de uso e, assim, criar métodos de ensaios que validassem essa maior
resistência ao contato com água. Com isso, a Prysmian conseguiu atestar o novo cabo PrySolar como
classe AD8, o que permite ao cabo operar permanentemente em contato com água, de forma submersa,
diferentemente dos cabos tradicionais que são classificados como AD7, ou seja, podem operar submergi-
dos de modo intermitente.
Para Igor Delibório, a evolução do mercado de cabos é puxada pelo crescimento da fonte solar foto-
voltaica como matriz energética e, a cada ano, a geração vem batendo recordes na capacidade instalada
aqui no Brasil. “Cada vez mais usuários, sejam residenciais, comerciais ou industriais, estão buscando os
benefícios dessa fonte limpa e renovável que confere grandes economias e também suprem regiões até
então desfavorecidas nas elevadas despesas com energia elétrica”, indica.
O especialista da Prysmian acredita que a eletrificação e a digitalização dos processos e da mobilidade
vão causar um aumento significativo da demanda por energia em todo o mundo. “Embora seja um país
exemplar, no que se refere à atual proporção de fontes limpas em sua matriz energética, o Brasil precisa
incrementar a participação das renováveis, sobretudo solar e eólica, para não frear esse crescimento.
Todo o mercado vai se beneficiar desse aumento de demanda, e a Prysmian a está estrategicamente po-
sicionada para não apenas fornecer cabos, mas ser um player essencial na transição energética e digital
brasileira”, complementa Delibório.
POTÊNCIA 66
MERCADO
CABOS FOTOVOLTAICOS
Nelson Albano, gerente Comercial da Nexans Brasil, diz que a demanda de cabos fotovoltaicos tem
sido alta nos últimos anos devido à expansão significativa do mercado de geração de energia solar. “Esse
movimento acelerado atraiu mais participantes para o mercado, às vezes, com cabos de baixa qualidade e
os clientes vão perceber isso nos próximos anos, quando os primeiros problemas começarem a aparecer.
A demanda continua firme, embora a taxa de crescimento tenha diminuído um pouco. Em geral, os cabos
representam uma parte pequena do investimento total podendo não ser a melhor alternativa arriscar a sua
instalação com um cabo de preço mais popular”, avalia.
Segundo o executivo, diversos fatores influem diretamente na demanda, como taxa de juros, regula-
ção, preço da energia, demanda, etc. “Em geral, as grandes usinas solares para geração centralizada e
seus respectivos instaladores e investidores prezam por marcas de cabos reconhecidas e consagradas.
Sendo assim, o número de fabricantes de cabos que atendem a este segmento reduz drasticamente”,
informa Albano.
Para ele, uma série de fatores pode contribuir para o crescimento do mercado de energia no Brasil,
mas há três principais: modernização da infraestrutura, com investimentos como redes de transmissão
e distribuição mais eficientes e resilientes para melhorar a confiabilidade do fornecimento de energia e
atrair investidores; regulação favorável clara e estável, que promova a concorrência e proporcione um
ambiente de negócios previsível como fator fundamental na atração de investimentos e promoção do
crescimento do setor; e estabilização do preço da eletricidade, já que a variação destes últimos anos é um
fator negativo na atração de investidores.
A marca NEXANS para o cabo solar fotovoltaico é ENERGYFLEX, especificamente para a ligação dos
painéis ou série de painéis aos primeiros equipamentos de proteção de baixa tensão em corrente contí-
nua, podendo ser string box ou inversor. Tipicamente, utiliza-se um cabo FV de secção 4 ou 6mm².
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POTÊNCIA 67
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07 e 08 de Outubro de 2024
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POTÊNCIA 68
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07 e 08 de Outubro de 2024
Dois pontos devem complementar esta resposta acima que são fundamentais para o leitor entender:
i. Mesmo sendo uma rede menos sujeita a agentes externos, assim como pode ser observado em
qualquer sistema elétrico, ela pode falhar. Motivos que podem levar uma rede elétrica subterrânea
falhar são basicamente 5:
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EXPO & FÓRUM
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07 e 08 de Outubro de 2024
ii. O tempo de reestabelecimento de uma rede de distribuição de energia elétrica subterrânea é muito
maior que uma rede aérea. Isto se deve ao fato das falhas não estarem visíveis a olho nu como a rede
aérea sendo necessário, portanto, adentrar aos ativos subterrâneos e/ou realizar testes de tensão
aplicada até que a falha seja confinada e localizada. O tempo de reparo também é uma das grandes
desvantagens das redes subterrâneas por muitas vezes necessitar até de escavações para troca de
cabo ou equipamento. Em outras palavras e de forma mais simples: redes subterrâneas são muito
boas até o momento em que falham ...
Pontuado os aspectos acima, a pergunta então é quanto as redes subterrâneas são mais eficientes que
as redes de distribuição aérea?
◗ De acordo com a Florida Power & Light (FPL) no seminário “Resilient Power Grids: Strategically Under-
grounding Powerlines” (March 22, 2022) a performance das redes subterrâneas foram 85% melhores
que as redes aéreas durante o furacão Irma (2017);
◗ Um dos estudos mais completos e referenciados sobre redes subterrâneas foi elaborado pelo con-
ceituado Edson Electric Institute (Out of Sight, Out of Mind – 2012 - An Updated Study on the Under-
grounding Of Overhead Power Lines), e ele traz uma série histórica das empresas americanas de
2004 a 2010 e a diferença medida de performance para redes de distribuição de energia elétrica é
cerca de 93% melhor comparando sistemas subterrâneos com aéreos;
◗ Trazendo o exemplo do Brasil, informações capturadas pela ABRADEE (Associação Brasileira de Dis-
tribuidores de Energia Elétrica) em uma série histórica de 2001 a 2009, mostrava que a performance
dos conjuntos elétricos com redes subterrâneos era na média de 1,26 horas. Embora o dado tenha
alguns anos, não há razões que nos levem a acreditar que haja variações significativas nestes dados.
Capturando os dados um pouco mais recentes (2020 – 2022) da performance do DEC Brasil no site
da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), notamos que a média é de 11,42 horas, impacto este
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de predominância absoluta das redes aéreas pois hoje somente 0,38% dos alimentadores brasileiros
são subterrâneos. A relação entre estes dois números nos remete a uma performance da rede de
energia elétrica subterrânea 89% melhor que redes aéreas.
Breve Conclusão
Em que pese as considerações inicialmente expostas com relação às fragilidades das redes subterrâ-
neas, podemos afirmar com pequenas margens de erro que as redes de distribuição de energia elétrica
subterrâneas são cerca de 90% mais eficientes em performance se comparadas com as redes de distri-
buição de energia elétrica aérea.
Nossos próximos 3 artigos ajudarão a trazer uma uniformidade na resposta do leitor do porquê
algo tão eficiente como redes subterrâneas não é utilizada em larga escala na distribuição de energia
elétrica.
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SUMÁRIO
NILSON BARONI JR. PMP, CONSULTOR,
ESPECIALISTA EM REDES SUBTERRÂNEAS
POTÊNCIA 71
ARTIGO
MANUTENÇÃO
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POTÊNCIA 72
ARTIGO
MANUTENÇÃO
POTÊNCIA 73
ARTIGO
MANUTENÇÃO
exemplo, monitorizar de forma não vigiada o comportamento destes elementos para detectar anomalias no seu
consumo que possam ser indicativas de um funcionamento incorreto. Desta forma, é possível resolver o proble-
ma, prevenir uma possível avaria e, consequentemente, obter uma poupança considerável nos custos que deri-
variam a posteriori de uma avaria; para além de não interromper o funcionamento de nenhum destes elementos.
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SUMÁRIO
POTÊNCIA 74
ARTIGO
PROTEÇÃO DE ILUMINAÇÃO CONTRA RAIOS
Proteção de sistemas de
iluminação externa contra
as descargas atmosféricas
N
este artigo serão apresentadas algumas técnicas para proteção de sistemas externos de ilumi-
nação contra os efeitos das descargas atmosféricas diretas nesses sistemas e algumas medidas
de proteção contra surtos atreladas.
Os sistemas externos de iluminação (iluminação de ruas, calçadas, fachadas e caminhos
externos de edificações), em geral, ficam bastante expostos às descargas atmosféricas, podendo seus
componentes serem atingidos por descargas diretas ou sofrerem os efeitos induzidos das descargas
atmosféricas.
Estes sistemas podem ser compostos por conjuntos de postes com luminárias instaladas na sua parte
superior ou estas podem estar fixadas nas paredes de edificações.
Este artigo apresenta aspectos da proteção destes sistemas, tanto para as descargas diretas como
para os surtos, além de descrever algumas técnicas para reduzir tensões de toque e de passo em pesso-
as que eventualmente estiverem próximas desses sistemas.
1. Introdução
Uma primeira verificação importante que se deve analisar na proteção destes sistemas
é o local da instalação dos componentes, principalmente as luminárias e a fiação que as
alimenta.
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SUMÁRIO
POTÊNCIA 76
ARTIGO
PROTEÇÃO DE ILUMINAÇÃO CONTRA RAIOS
Em geral, se o sistema for composto por postes, as luminárias estão na ZPR 0A e a fiação na ZPR 0B
se for embutida e subterrânea ou mesmo uma parte na ZPR 0B e outra na ZPR 0A, se a fiação for aérea. O
mesmo acontece se as luminárias estiverem fixadas nas paredes das edificações sendo que, neste caso,
muitas vezes as luminárias estão na ZPR 0B.
Na Revista Potência Nº 210 de junho de 2023, o artigo “As Zonas de Proteção contra Raios (ZPR)” [01]
descreve detalhadamente este conceito, o qual vou transcrever um trecho a seguir:
“O conceito das zonas de proteção é fundamental para a definição das Medidas de Proteção contra Sur-
tos (MPS), principalmente para a localização da instalação dos DPS (Dispositivos de Proteção contra Surtos)”.
“A Zona 0 é a zona externa à estrutura. A Zona 0 é dividida em Zona 0A e Zona 0B. A Zona 0A é a que
fica externa a estrutura e também externa ao volume de proteção dado pelo SPDA. Nesta zona, algum
objeto ou pessoa ficam expostos às descargas atmosféricas diretas e também aos efeitos do campo ele-
tromagnético total da descarga atmosférica. Na Zona 0B, é também externa à estrutura, porém os objetos
e pessoas estão protegidos contra as descargas atmosféricas diretas, mas não aos efeitos dos campos
eletromagnéticos”.
Preferencialmente, ou melhor, para fins de proteção contra descargas atmosféricas, as luminárias de-
veriam estar na ZPR 0B, porém, na prática, muitas luminárias estão na ZPR 0A, o que as deixam sujeitas
às descargas diretas.
Neste artigo serão apresentados alguns aspectos da proteção iniciando pelo sistema de iluminação
externa por postes, considerando os problemas de Tensão de Toque e de Passo, e, em seguida, aspectos
das medidas de proteção contra surtos nesses sistemas. O capítulo 9:02 do livro “Lightning Protection
Guide” [02] da DEHN INTERNATIONAL, foi utilizado como base para uma parte deste artigo.
POTÊNCIA 77
ARTIGO
PROTEÇÃO DE ILUMINAÇÃO CONTRA RAIOS
completa! O mais seguro, em períodos de tempestades com raios, é sair da área aberta e procurar um
abrigo seguro.
Estar dentro do volume de proteção pode te proteger contra descargas atmosféricas diretas (e ainda
esta proteção não é 100% pois descargas com correntes mais baixas podem “furar” este volume de prote-
ção), mas a pessoa não vai estar protegida contra as descargas laterais, as tensões de toque, as tensões
de passo, os efeitos dos líderes ascendentes não conectados e nem os efeitos provenientes da expansão
do ar devido à temperatura do canal do raio que pode jogar a pessoa longe e/ou estourar seu tímpano,
por exemplo.
No entanto, aterrar os postes metálicos é uma boa prática, seja devido aos raios ou por causa da ins-
talação elétrica dos equipamentos. Existem muitos casos relatados de pessoas que se acidentaram e até
mesmo morreram devido à choques em postes metálicos que tinham falhas na fiação elétrica. Existem
também casos de pessoas que morreram ou ficaram bastante feridas por estarem próximas ou encosta-
das em postes e este ser atingido por um raio.
Uma forma de atenuar os efeitos da tensão de toque em um poste metálico para fins de descarga
atmosférica, é cobrir a superfície ao redor do mesmo (um círculo de raio de 3 metros) com um material
isolante, por exemplo, um asfalto com, no mínimo, 5 centímetros de espessura. A Figura 01 (figura copiada
do Guia de proteção contra descargas atmosféricas da DEHN [02]) mostra este exemplo como opção.
Figura 01: Isolamento da superfície ao redor do poste metálico para reduzir as tensões de toque.
Para atenuar os efeitos da tensão de passo, a mesma publicação [02] recomenda um controle do po-
tencial ao redor do poste. Manter a camada de asfalto até os 3 metros, instalar um subsistema de aterramento
POTÊNCIA 78
ARTIGO
PROTEÇÃO DE ILUMINAÇÃO CONTRA RAIOS
composto por anéis concêntricos instalados conforme disposto na Figura 02, copiada da mesma publica-
ção [02].
Nesta proposta, o anel mais próximo do poste tem um raio de 1 metro e está enterrado a uma profun-
didade de 0,5 metro. O próximo anel terá um raio de 4 metros ao redor do poste, enterrado a 1 metro de
profundidade. O terceiro anel um raio de 7 metros enterrado a 1,5 metros de profundidade e um quarto
anel com um raio de 10 metros ao redor do poste, enterrado a 2 metros de profundidade.
Estes anéis concêntricos devem ser materiais condutores conforme a Tabela 7 da ABNT NBR 5419-3:
2015 [03], por exemplo, se for um cabo de cobre encordoado, deve ter a seção de #50 mm².
Estes anéis concêntricos ao redor do poste devem ser interligados um aos outros, por exemplo em 4
direções radiais, e interligados ao poste metálico.
Esta geometria proposta atenua os potenciais de passo, principalmente fora da camada do asfalto. A
Figura 03 também copiada da publicação [02] mostra este tipo de controle de potencial para descidas
tradicionais de edificações e como funciona a atenuação da tensão de passo.
POTÊNCIA 79
ARTIGO
PROTEÇÃO DE ILUMINAÇÃO CONTRA RAIOS
Podemos observar na curva de potencial, quando se tem várias interligações feitas por anéis concên-
tricos, o decaimento da curva de potencial conforme vai se afastando do ponto de injeção da corrente do
raio (descida, neste caso), vai mais lentamente, em etapas conforme as interligações, tornando as tensões
de passo bem menores. Se não tivesse as interligações, principalmente mais perto do ponto de injeção, o
decaimento é maior e, portanto, as tensões de passo maiores.
Teoricamente uma técnica bastante interessante, porém na prática, principalmente para postes de
iluminação externa, muitas vezes impraticável. Em solos de resistividade muito alta, em lugares com um
acesso muito grande de público e pouco lugar abrigado, esta prática pode ser imprescindível, por exem-
plo, ao redor do Cristo Redentor no Rio de Janeiro.
Eventualmente em alguns postes específicos a técnica deve ser utilizada, porém a proteção contra
descarga atmosférica de pessoas nas redondezas ainda assim não estará completa. O risco da ocorrên-
cia de líderes ascendentes não conectados partindo dessas pessoas ainda existe. De qualquer forma,
atenua-se os perigos. Uma pessoa salva já vale a pena e os custos!
Os líderes ascendentes não conectados foram assunto de um artigo na Revista Potência anterior: “Os
líderes ascendentes não conectados” [04].
POTÊNCIA 80
ARTIGO
PROTEÇÃO DE ILUMINAÇÃO CONTRA RAIOS
Neste caso, quando a alimentação elétrica dessas luminárias “entrar” na edificação, um DPS tipo 1 deve
ser instalado. No Quadro de distribuição de energia que alimenta os circuitos da iluminação externa, DPS
tipo 2 devem ser instalados.
A Figura 05 mostra as luminárias instaladas em poste também na ZPR 0A. No caso de uma descarga
atmosférica direta em uma das luminárias tendo ou não tendo um DPS tipo 2 embutido, a probabilidade
maior é a queima desta, mas a alimentação elétrica destas luminárias, ao “entrar” na edificação, deve ser
protegida com DPS tipo 1 para evitar estragos maiores na instalação.
Figura 05:
Luminárias
instaladas em
poste na ZPR 0A
Nas luminárias em poste, mesmo estando na ZPR 0B (protegidas por terminais aéreos ou instaladas de
forma que fiquem na ZPR 0B), é necessário verificar se existe a possibilidade de passagem da corrente
atmosférica (ou parcela da mesma) pela alimentação elétrica desta. Neste caso, DPS tipo 1 devem ser ins-
talados nesta alimentação elétrica.
Um roteamento adequado e a fia-
ção da alimentação instalada em tubu-
lação metálica atenuam os surtos pro-
venientes das descargas atmosféricas.
A Figura 06 mostra uma luminária
instalada na fachada de uma edifica-
ção de forma a permanecer na ZPR 0B.
Neste caso, na “entrada” da alimenta-
ção elétrica das luminárias na edifica-
ção, devem ser instalados DPS tipo 2.
POTÊNCIA 81
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PROTEÇÃO DE ILUMINAÇÃO CONTRA RAIOS
Neste caso, os surtos que podem surgir devido às descargas atmosférica são os induzidos, com ener-
gia específica bem mais baixa que os surtos advindos das descargas diretas.
Os DPS tipo 1 são ensaiados com corrente com forma de onda 10/350 µs e os DPS tipo 2 com corrente
com forma de onda 8/20 µs.
POTÊNCIA 82
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PROTEÇÃO DE ILUMINAÇÃO CONTRA RAIOS
crementado até que o equilíbrio térmico seja atingido. São utilizadas 3 amostras de DPS para realizar esse
procedimento. No segundo caso, o DPS deve ser alimentado a tensão de ensaio de referência - UREF.
O valor máximo de corrente disponível não pode exceder o valor da corrente de curto-circuito nominal.
Para os ensaios de comportamento às correntes de curto-circuito, os DPS devem ser preparados de
acordo com a presença de componentes de limitação de tensão, de comutação de tensão, sua rigidez die-
létrica entre outros parâmetros. Os ensaios são realizados com dois ajustes diferentes, no valor declarado
de corrente de curto-circuito nominal e com baixa corrente de curto-circuito, além de ensaios adicionais.
Os ensaios estão detalhados na norma ABNT NBR IEC 61643-11 [06].
Os DPS são preparados pelos fabricantes para o ensaio de resistência de isolamento. Devem ser man-
tidos em uma câmara úmida por 48h. Após esse período, uma tensão de 500 V em corrente contínua é
aplicada e a resistência de isolamento é medida após 60 s.
No ensaio de rigidez dielétrica, os DPS são ensaiados com uma tensão alternada de acordo com a
tensão de operação contínua UC. Os DPS classificados para a utilização ao tempo são ensaiados entre
os bornes, sem as partes internas. Durante o ensaio, o DPS é submetido à aspersão de acordo com a IEC
60060-1 [07]. Os DPS classificados para a utilização abrigada os ensaios de resistência de isolamento são
suficientes.
Para ensaiar o comportamento sob sobretensões temporárias (TOV) são avaliadas as falhas causadas
por faltas na rede de baixa tensão e por faltas na rede de alta (média) tensão. No primeiro caso, com um
circuito determinado na norma ABNT NBR IEC 61643-11 [06], o DPS deve ser energizado por um tempo tT,
com uma tensão UT, que dependem dos esquemas de aterramento nos quais os DPS serão utilizados (TT,
TN, IT). Em seguida é aplicada a tensão de referência UF, por 15 min. O intervalo de tempo entre os perío-
dos de ensaio deve ser o mais curto possível e, em qualquer caso, não pode exceder 100 ms. No segundo
caso, por TOV causados por faltas na rede de alta (média) tensão, os DPS conectados ao condutor PE e
utilizados nas redes de distribuição de energia devem ser ensaiados com valores de sobretensões tem-
porárias indicados na norma ABNT NBR IEC 61643-11 [06] ou fornecidos pelo fabricante. O procedimento
de ensaio é complexo e está escrito com detalhes na mesma norma.
Os ensaios aqui descritos constituem um breve resumo dos ensaios elétricos previstos na norma ABNT
NBR IEC 61643-11 [06] apenas como informação inicial. Para entender melhor os procedimentos, é neces-
sária a leitura da norma.
A utilização de DPS para proteção de sistemas de iluminação externos requer alguns cuidados importantes.
Existe uma diversidade muito grande de modelos de DPS com circuitos bastante variados, por isso
deve-se estar atento e escolher um modelo adequado às características do equipamento e do circuito
que se quer proteger. A instalação do DPS deve seguir as recomendações do fabricante (ler atentamente
o catálogo) e seguir algumas regras básicas para uma proteção mais eficaz.
Tudo isso é dito porque, mesmo utilizando-se um DPS que tenha tido um bom desempenho nos en-
saios, quando instalado de maneira inadequada, que seja incompatível com as características da luminária
ou com o sistema utilizado na instalação elétrica do circuito de iluminação que se quer proteger, o DPS
perde sua eficácia e pode até ocasionar alguns incidentes.
Por exemplo, um DPS projetado para proteção de uma luminária 220 V, instalado num circuito 220
V Fase-Neutro, quando instalado em um circuito 220 V Fase-Fase, no momento da sua atuação poderá
causar um curto-circuito, provocando o desligamento da luminária ou do circuito se as proteções atuarem
adequadamente, ou se as proteções falharem, uma explosão do DPS pode acontecer, neste caso danifi-
cando a luminária ou até mesmo o circuito elétrico do sistema de iluminação.
POTÊNCIA 83
ARTIGO
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E VOLTE AO
Quando uma luminária sofre um dano ou para de funcionar, durante eventos de des- SUMÁRIO
cargas atmosféricas logo associamos a má qualidade do DPS, mas em alguns casos o pro-
blema está associado a um erro de aplicação do dispositivo e não a qualidade dele.
5. Conclusões
Os sistemas de iluminação externa são susceptíveis aos efeitos das descargas atmosféricas, sejam
eles diretos ou induzidos. Quando instalados em postes, pode se ter uma falsa ideia que o conjunto poste-
-luminária possa proteger pessoas ao seu redor contra as descargas atmosféricas.
Este artigo mostra que esta suposta proteção não acontece, principalmente devido às tensões de
toque e passo, além dos líderes ascendentes não conectados e problemas de expansão do ar nas redon-
dezas do raio (barotraumas).
O artigo indica algumas formas de redução de ferimentos devido às tensões de passo e toque que
eventualmente possa ser utilizado em casos específicos com grande acesso de pessoas, sem local abri-
gado/protegido próximo.
O artigo descreve resumidamente os principais ensaios em DPS para proteção de equipamentos de bai-
xa tensão e alerta alguns problemas em proteção de luminárias em relação aos surtos atmosféricos.
Referências
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Revista Potência, Nº 217, ano 18, 2023.
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métodos de ensaio”; Edição corrigida; 2022.
[7] IEC, IEC 60060-1:2010 - High-voltage test techniques - Part 1: General definitions and test require-
ments; 2010.
Fotos: Divulgação
POTÊNCIA 84
ARTIGO
ESTUDO DE CASO - SPDA
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SUMÁRIO
POTÊNCIA 85
ARTIGO
ESTUDO DE CASO - SPDA
A norma brasileira que trata do dimensionamento do Sistema de Proteção Contra Descargas Atmos-
féricas (SPDA) é a ABNT NBR 5419 [2], atualizada em 2015. A norma foi atualizada segundo as normas
IEC, que estão divididas em quatro partes, tornando-a mais extensa, garantindo mais detalhes das técni-
cas de proteção. O objetivo de um SPDA é proteger contra o impacto direto de descargas atmosféricas
e consequentemente evitar possíveis incêndios ou outras consequências danosas às instalações ou
pessoas [2].
Este trabalho tem por objetivo apresentar um estudo de caso de uma edificação localizada em uma
região com alta densidade de descargas atmosféricas e elevados valores de resistividade do solo, o que
representa uma condição crítica quanto à proteção de descargas atmosféricas.
Normalmente as análises de riscos de edificações consideram as pessoas no interior das edificações
durante condições climáticas adversas, e nestes casos, são tomados todos os cuidados para evitar pos-
síveis potenciais de toque. No entanto, a edificação em análise possui uma característica específica, ou
seja, a cobertura e parte das paredes externas são feitas de chapas de aço, o que aumenta a preocupação
com os possíveis potenciais de toque do lado externo da edificação, quando da ocorrência de descargas
atmosféricas diretas. Assim, a atenção principal neste estudo está relacionada aos possíveis potenciais
de toque do lado externo da edificação, quando da ocorrência de uma descarga atmosférica direta na
estrutura.
Neste trabalho serão avaliados os potenciais de toque que podem ocorrer no entorno da edificação,
por meio de simulações por métodos numéricos utilizando o software Ansys Maxwell Low Frequency EM
Field Simulation. Por fim, determinar-se-á as ações necessárias para obtenção de condições seguras às
pessoas em contato com a parede metálica da edificação numa eventual descarga atmosférica direta na
estrutura.
2. Fundamentação Teórica
Para o desenvolvimento deste trabalho, são necessárias muitas informações, tais como, características
e parâmetros das descargas atmosféricas, sistemas de proteção e metodologias para cálculo, modelagem
e simulações visando a segurança de pessoas e instalações. Assim, neste capítulo apresenta-se um resu-
mo com os principais resultados da pesquisa bibliográfica desenvolvida no início do trabalho.
POTÊNCIA 86
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ESTUDO DE CASO - SPDA
Pela necessidade de uso em ensaios e simulações, utiliza-se amplamente uma curva simplificada con-
forme Figura 2, na qual, Ip é o valor de pico da corrente, equivalente ao valor máximo (negativo) da curva
da Figura 1, e tf e th são os tempos de frente e de meia onda efetivos, respectivamente [8].
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ESTUDO DE CASO - SPDA
O intervalo de tempo entre os pontos obtidos pela extensão da reta que intersecta os pontos 0,1Ip e
0,9Ip, com inclinação S10/90, é conhecido como tempo de frente. Essa inclinação representa a taxa de
crescimento média entre os valores de I10 e I90, até atingir os valores I(t) = 0 e I(t)= Ip. O tempo de meia
onda é o intervalo entre o cruzamento desta mesma reta por I(t) = 0 e o ponto em que I(t) = 0,5Ip. [8].
(1)
onde:
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ESTUDO DE CASO - SPDA
A integral , conhecida como energia específica, representa a severidade térmica de uma cor-
rente que flui por uma resistência constante. A carga QI corresponde a carga total da descarga, obtida
pela integral da corrente ao longo de todo o tempo do surto [10].
POTÊNCIA 89
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POTÊNCIA 91
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ESTUDO DE CASO - SPDA
(2)
onde Ich é a corrente suportável pelo corpo humano em (A) e t o tempo (s).
No que se refere a suportabilidade das pessoas às correntes provenientes de descargas atmosféricas,
existem muitos estudos que resultam em um número elevado de resultados, os quais estão resumidos em [17].
Para os fins desse trabalho, será considerado o potencial de toque suportável pelos seres humanos
igual à 2,5 kV, sugerido pela IEC 60479-2, que adota uma abordagem conservadora [16].
Para calcular os potenciais máximos a partir dos valores de corrente suportável, é essencial ter conhe-
cimento da resistência elétrica das diferentes partes do corpo humano (braços, tronco e pernas) e dos
valores de resistência de contato entre o corpo humano e a camada superficial do solo.
POTÊNCIA 92
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ESTUDO DE CASO - SPDA
Os valores de resistência ou impedância elétrica das partes do corpo humano podem ser obtidos na
IEC 60479-1 [18] e estão resumidos na Figura 6, onde Zh = 500 Ω.
Considerando os valores de resistência do corpo humano como sendo fixos, uma forma de aumentar a
suportabilidade das pessoas frente ao choque elétrico é aumentar a resistência de contato entre o corpo
humano e a terra. Para isso, são utilizados materiais de alta resistividade para recobrimento do solo nas
regiões passíveis de ocorrência de potenciais de passo e toque. Quanto aos valores de resistividade de
materiais que podem ser utilizados acima da camada superficial do solo, estes foram obtidos a partir de
pesquisa bibliográfica e ensaios laboratoriais conforme apresentado no item 3.1.2.
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ESTUDO DE CASO - SPDA
A solução DC Conduction configura-se no campo da eletrocinética, onde é possível analisar uma dis-
tribuição de corrente elétrica no solo, resultante da excitação por um potencial elétrico, ou vice-versa [21].
Na formulação do modelo eletro cinético são consideradas as equações 3 a 5 [22].
(3)
(4)
(5)
3. Procedimento Experimental
Neste capítulo, serão descritos os procedimentos adotados para a execução do trabalho, abrangendo
o levantamento de dados, dimensionamento do SPDA, modelagem e simulação e análise dos potenciais
de toque, conforme é mostrado no fluxograma da Figura 7.
POTÊNCIA 94
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ESTUDO DE CASO - SPDA
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ESTUDO DE CASO - SPDA
(6)
Considerando a resistividade do solo no local, além do anel de aterramento com um condutor de seção
circular igual a 50 mm² instalado a uma profundidade de meio metro, serão implantadas mais 6 hastes de
5/8” e 2,44 metros. Na Figura 9 pode ser visto esquematicamente o SPDA externo proposto.
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(7)
onde pH é a resistividade do corpo humano, R é a resistência conforme descrito no item 2.4, L é a área
em m2 e L e o comprimento em metros, de cada uma das partes do corpo humano.
Parte do Corpo Comprimento (m) Diâmetro (m) Resistência (Ω) Resistividade (Ω.m)
Braço 0,7 0,080 500 3,59
Tronco 0,7 0,240 250 16,16
Pernas 0,8 0,160 500 12,57
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O potencial de toque externo (VT) consiste na diferença entre o potencial da malha (Vm) e o potencial
na superfície do solo (Vs), acima da malha, como sugere o desenho da Figura 13 e a Equação 8.
Os potenciais na superfície do solo mínimos acontecem nos pontos mais afastados das hastes de
aterramento, e consequentemente é nesses pontos que ocorrem os potenciais de toque máximos. O
potencial da malha é o produto da corrente da descarga atmosférica pela resistência de aterramento do
sistema.
(8)
Os potenciais ao nível do solo podem ser determinados pelo software Ansys Maxwell. Para isso, iden-
tifica-se por meio de linhas as regiões onde deseja-se conhecer as tensões. Nesse estudo apresenta-se
os níveis de potenciais no nível do solo conforme as linhas indicadas na Figura 14.
Figura 14: Linhas Pré-definidas para Determinação dos Potenciais ao Nível do Solo
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4. Resultados E Discussão
Neste tópico, serão apresentados os principais resultados obtidos neste trabalho.
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Percebe-se que há uma densidade maior de elementos finitos próximo aos condutores, o que é evi-
denciado na Figura 16.
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A Tabela 9 exibe os resultados dos potenciais de toque nas várias condições de recobrimento do solo
e nas duas posições dos modelos de corpo humano no entorno da edificação.
Observa-se claramente que os níveis mais elevados de tensão de toque manifestam-se na condição
sem recobrimento do solo. Na situação em que há uma calçada de concreto, os valores obtidos superam
a suportabilidade de uma pessoa. Por outro lado, os níveis mais baixos de tensão de toque são regis-
trados quando se emprega um estrado de madeira, nesse caso especificamente o eucalipto vermelho.
Considerando-se o potencial máximo admissível de 2,5 kV, tanto os resultados obtidos para o porcelanato
quanto para a madeira apresentam-se inferiores.
5. Conclusão
Neste trabalho, apresentou-se um estudo de caso de um modelo real de edificação visando determi-
nar os potenciais de toque máximos externos à edificação que podem ocorrer quando de uma eventual
descarga atmosférica direta. Para realizar o estudo, foi necessário o cálculo básico do SPDA baseado na
norma brasileira NBR 5419, uma extensa fundamentação teórica e o levantamento de um elevado número
de dados. Muitos desses dados foram obtidos por pesquisa bibliográfica, outros, em função da ausência
de informações, tiveram de ser obtidos em ensaios laboratoriais.
Quanto à modelagem e simulação, uma dificuldade importante encontrada foi a definição e de-
senvolvimento dos modelos. As geometrias, desenhadas no SolidWorks, se mostraram bastante tra-
balhosas, dados os detalhes da edificação e do sistema de aterramento. Com relação ao tempo das
simulações, estas foram razoavelmente rápidas, com um tempo de aproximadamente uma hora em
cada execução.
A edificação estudada tem como característica específica o teto e as paredes laterais externas re-
vestidas de chapas de aço. Em condições atmosféricas adversas, este tipo de revestimento propicia
uma condição segura às pessoas no interior da edificação. O teto e as paredes metálicas funcionam
como uma blindagem a campos eletromagnéticos e, além disso, não existe possibilidade de contato
direto com as partes eventualmente energizadas na parte interna, pois considera-se que no interior da
edificação existe um revestimento de concreto. No entanto, essa condição não existe na parte externa
da edificação.
Os resultados mostram que se nenhuma medida de proteção externa for adotada, a segurança de
eventuais pessoas na área externa da edificação em condições atmosféricas adversas estaria compro-
metida. No entanto, as simulações mostram também que a utilização de uma calçada com revestimento
em porcelanato ou de um estrado de madeira podem representar uma solução simples para o problema,
POTÊNCIA 104
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se colocados no entorno da edificação nos pontos passiveis de contado de seres humanos com a parede
metálica.
Uma análise de risco isolada para esse estudo de caso pode indicar probabilidades de ocorrência de
danos muito pequenas e consideradas admissíveis pelas normas. No entanto, no caso específico deste
estudo, deve-se considerar que a edificação em análise pode estar em um conjunto habitacional amplo
com edificações similares, o que aumenta a probabilidade de ocorrência de danos, e que na região onde
a edificação está inserida foram visualizados casos de ocorrência de descargas atmosféricas ainda duran-
te o período de formação da tempestade. Nesses casos, nem sempre as pessoas estariam em condições
protegidas. Assim, entende-se que mesmo que o risco de danos seja muito pequeno, este deve ser elimi-
nado, principalmente por se tratar da probabilidade de perda de vidas humanas.
Neste trabalho, não foram considerados os fenômenos da ionização do solo, tampouco a variação dos
parâmetros elétricos do solo com a frequência. Assim considera-se que os resultados obtidos são conser-
vadores, ou seja, para o lado da segurança.
Como trabalhos futuros, sugere-se a realização de simulações utilizando a formulação de campo elé-
trico transiente do software Ansys Maxwell, no qual é possível considerar tanto a resistividade elétrica
quanto a permissividade elétrica relativa dos materiais.
Agradecimentos
Os autores agradecem à Empresa CEMAED Engenharia e Execução de Obras, na pessoa do seu pro-
prietário o Eng. Celso T. Leal, pelo fornecimento das informações da edificação utilizada neste estudo de
caso e ao Prof. Dr. Maurício V.F. da Luz, pelas contribuições no texto do trabalho.
Referências Bibliográficas
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ted By Sb-Rai, 2023. p. 152-155.
S. Noguchi et al., “A New Adaptive Mesh Refinement Method in FEA Based on Magnetic Field Conser-
vation at Elements Interfaces and Non-Conforming Mesh Refinement Technique,” in IEEE Transactions
on Magnetics, vol. 53, no. 6, pp. 1-4, June 2017, Art no. 7201904, doi: 10.1109/TMAG.2017.2655049.
POTÊNCIA 106
ARTIGO
ESTUDO DE CASO - SPDA
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VICTOR MATHEUS AUGUSTINHO RAUPP
GRADUANDO EM ENGENHARIA ELÉTRICA PELO CENTRO UNIVERSITÁRIO UNISATC.
ATUALMENTE É PESQUISADOR DO CENTRO UNIVERSITÁRIO UNISATC NA ÁREA DE
ATERRAMENTO DE SISTEMAS ELÉTRICOS E SIMULAÇÃO NUMÉRICA PELO MÉTODO DOS
ELEMENTOS FINITOS. TAMBÉM É MONITOR DAS DISCIPLINAS DE ELETROMAGNETISMO E
SISTEMAS DE CONTROLE. TEM EXPERIÊNCIA NA ÁREA DE ENGENHARIA ELÉTRICA, COM
ÊNFASE EM CIRCUITOS ELÉTRICOS E MAGNÉTICOS.
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1980 E 2003 ATUOU COMO ENGENHEIRO E GERENTE DA ÁREA DE NORMAS E ESTUDOS
DE DISTRIBUIÇÃO DAS CENTRAIS ELÉTRICAS DE SANTA CATARINA, CELESC. ATUALMENTE É
PROFESSOR DO CENTRO UNIVERSITÁRIO UNISATC E DO INSTITUTO DE PÓS-GRADUAÇÃO E
GRADUAÇÃO (IPOG). TEM EXPERIÊNCIA NA ÁREA DE ENGENHARIA ELÉTRICA, COM ÊNFASE
EM TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA, ATUANDO PRINCIPALMENTE
NOS SEGUINTES TEMAS: PROTEÇÃO, ATERRAMENTO, DESCARGAS ATMOSFÉRICAS E
SISTEMAS DE POTÊNCIA.
Foto: Divulgação
POSSUI GRADUAÇÃO, MESTRADO E DOUTORADO EM ENGENHARIA ELÉTRICA PELA UNI-
VERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA, E EXPERIÊNCIA NA ÁREA DE GESTÃO ACADÊ-
MICA, PROJETOS ELÉTRICOS, LINHAS DE TRANSMISSÃO, SUBESTAÇÕES, PCHS E UHES. JÁ
LECIONOU OU LECIONA AS SEGUINTES DISCIPLINAS: SISTEMAS DE POTÊNCIA, FONTES DE
ENERGIA, GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA, ELETRICIDADE BÁSICA,
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO E ESTÁGIO. COORDENOU O NÚCLEO DE MOBILIDA-
DE ELÉTRICA ENTRE OS ANOS DE 2017 E 2020 E COORDENA O CURSO DE ENGENHARIA
ELÉTRICA DA UNISATC DESDE 2008.
POTÊNCIA 107
ARTIGO
INFRAESTRUTURA
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SUMÁRIO
Dicas de Dimensionamento de
Barramentos Blindados em Edifícios
de Uso Coletivo Com Limitação
Pecuniária de Queda de Tensão
S
im, o título é estranho. Limitação pecuniária de queda de tensão.
Barramentos blindados em edifícios de medição centralizada (na verdade, deveria ser leitura
centralizada) alimentam as unidades autônomas do empreendimento através de um condutor
coletivo que distribui a energia elétrica nos pavimentos.
Nos pavimentos, são instaladas as caixas para os medidores de energia com os dispositivos de prote-
ção geral do pavimento e individuais das unidades.
Estando o medidor de energia localizado no andar, as perdas térmicas pelo efeito Joule, desde o ponto
de entrega até o andar, não são percebidas pelo medidor de energia e, consequentemente, não geram
receita financeira para as concessionárias.
Essa perda de energia poderia ser facilmente compensada com a instalação de um medidor totalizador
na entrada do edifício e essa eventual perda térmica seria incorporada na fatura da administração do con-
domínio. Porém, as concessionárias preferem limitar substancialmente a queda de tensão no barramento
blindado, com limites muito inferiores do que prescreve a norma ABNT NBR 5410. Essa exigência tem
objetivos meramente pecuniários e não técnicos.
POTÊNCIA 109
ARTIGO
INFRAESTRUTURA
Esses limites de queda de tensão impostos pelas concessionárias variam entre 1,00 % e 2,00 % com
exceção da Light Rio, que permite 3,00 %.
Dessa forma, as correntes nominais dos barramentos blindados, determinadas pelas tabelas de queda
de tensão, superdimensionam a capacidade de condução de corrente, aumentando significativamente o
custo da instalação.
Como atenuante, algumas concessionárias permitem testar os barramentos blindados com 50% da
corrente nominal. Com temperaturas menores, cai o parâmetro de queda de tensão, mas isso é muito
pouco.
Esse artigo não vai tratar de cálculos de demanda. Aqui vamos tratar apenas do dimensionamento dos
barramentos blindados para atendimento dos limites máximos admissíveis de queda de tensão prescritos
pelas concessionárias.
Como estamos sujeitos à limitação pecuniária de queda de tensão, esse dimensionamento deve ser
muito criterioso para não se onerar ainda mais o empreendimento.
É importante salientar que a determinação da corrente nominal de barramentos blindados é uma con-
sequência da multiplicação direta de três fatores:
Esse último deve ser ajustado pelos fabricantes de barramentos blindados, uma vez que cada fabri-
cante tem parâmetros distintos de queda de tensão para as mesmas corrente nominais.
A somatória dos resultados dessa multiplicação, trecho a trecho, deve ser igual ou inferior à queda
de tensão máxima especificada em projeto.
Essa é a forma correta de se determinar o dimensionamento de um barramento blindado que não
depende da corrente nominal dele, mas sim e, principalmente, do limite máximo admissível de queda
de tensão.
Dessa forma, projetos claros indicam parâmetros teóricos de queda de tensão distintos daqueles
praticados pelos fabricantes de barramentos blindados. Essa diligência é normal até porque não favo-
rece qualquer fabricante. Cada fabricante deve adaptar a planilha do projeto para os dados certifica-
dos dos seus parâmetros próprios de queda de tensão.
Como o comprimento do barramento blindado tem consequência direta na determinação da cor-
rente nominal, qualquer redução de percurso não somente reduz o comprimento, como promove a
redução da queda de tensão, com consequente possibilidade da adoção de um barramento blindado
menor.
A tabela de queda de tensão é a informação mais importante que deve constar em um projeto com
barramentos blindados. Infelizmente, muitas vezes essas tabelas ficam anexadas em memoriais que
dificilmente chegam para os fabricantes que participam da concorrência. Difícil ver em projetos essas
tabelas nas folhas dos barramentos blindados.
POTÊNCIA 110
ARTIGO
INFRAESTRUTURA
Muitas vezes, e de forma errada, essas tabelas indicam um parâmetro de queda de tensão de al-
gum fabricante específico e não informam a queda de tensão à montante da caixa de manobras do
barramento blindado. Difícil saber então qual o limite máximo de queda de tensão que devemos usar.
Projetos com barramentos blindados poderiam ser bem simples e apresentados em uma única folha.
Isso facilitaria o entendimento não somente dos fabricantes, como do cliente final. A concorrência ficaria
mais simples, justa e confiável.
Essa folha de especificação deveria conter as seguintes informações:
1. Planilha do Cálculo de Queda de tensão;
2. Desenho detalhando a caixa de medidores e seus acessórios;
3. Percursos horizontais e verticais;
4. Especificações de aterramento, homologação de fabricantes, tipo de condutores, definições etc.
Figura 1
POTÊNCIA 111
ARTIGO
INFRAESTRUTURA
A tabela de queda de tensão deve conter as informações da figura 2. Preferencialmente, com parâ-
metro de queda de tensão teórico mínimo no limite da queda de tensão máxima admissível para aquele
empreendimento:
Figura 2
As caixas de medidores devem detalhar as proteções geral do andar e individuais das unidades autô-
nomas (figura 3). Muitas vezes, os dados da capacidade nominal de interrupção máxima em curto-circuito
(Icu) dos disjuntores não vem especificada. Quanto melhor é o barramento blindado e, principalmente,
nas capacidades de condução de corrente mais altas, menor é a sua impedância. Isso faz com que os
níveis de Icu sejam altos nas proteções das caixas de medidores. Essa informação é muito importante e
deveria constar em todos os projetos.
Figura 3
POTÊNCIA 112
ARTIGO
INFRAESTRUTURA
O fabricante do barramento blindado deve sempre comparar os comprimentos dos barramentos com a
tabela de queda de tensão e, eventualmente, sugerir percursos alternativos que resultem em diminuição do
comprimento, reduzindo a queda de tensão e a capacidade de condução de corrente. Para isso é funda-
mental que os percursos dos barramentos blindados estejam bem evidenciados nos projetos, incluindo os
trechos verticais do edifício. Não se pode confiar apenas nas distâncias informadas nas tabelas de queda de
tensão. Muitos projetos informam dados diferentes na tabela, se comparados com os percursos das plantas.
Figura 4
POTÊNCIA 113
ARTIGO
INFRAESTRUTURA
Figura 5
POTÊNCIA 114
ARTIGO
INFRAESTRUTURA
Para projetos atendidos pela ENEL, por exemplo, essas dimensões devem estar de acordo com as
prescrições constantes do LIG-BT-2014, desenho 113, sequencias1/4 até 4/4.
Figura 6
Essa folha deve também informar as especificações mínimas dos barramentos blindados e seus acessórios.
Não devem conter dados construtivos, uma vez que podem eliminar fornecedores da concorrência.
Basta informar que o fabricante deve estar homologado na concessionária de energia e atender as pres-
crições da norma ABNT NBR IEC 61439-6.
Especificação mínima:
1. Definição: Elemento de um sistema de linha elétrico pré fabricado completo com barras, seus su-
portes e isolação, invólucro externo, bem como eventuais meios de fixação e conexão a outros
elementos, com ou sem recurso de derivação, destinados a alimentar e distribuir energia elétrica
em edificações para uso residencial, comercial, público e industrial, comumente conhecido como
Barramento Blindado ou somente Bus-way
2. Aterramento: A função do condutor de proteção (PE) pode ser exercida pela carcaça do barramento
blindado, conforme seção equivalente informada pelo fabricante e relatórios de ensaios de eficácia
do circuito de proteção, conforme NBR-IEC-61439-6 e atender às prescrições da NBR-5410
3. O fabricante : Os fabricantes dos barramentos blindados e seus acessórios devem ser homologa-
dos na concessionária de energia local e seus produtos devem obedecer às prescrições constantes
na NBR IEC 61439-6
4. Os condutores: Os condutores ativos do barramento blindado devem ser constituídos de barras de
cobre eletrolítico ou alumínio
POTÊNCIA 115
ARTIGO
INFRAESTRUTURA
5. Elementos de percurso : Cotovelos, elementos de dilatação térmica, elementos corta fogo, desvios,
elementos de redução da capacidade de condução de corrente com ou sem proteção , devem
constar do projeto executivo do fabricante do barramento blindado
6. Grau de proteção : O grau de proteção dos barramentos blindados deve obedecer as prescrições
constantes dos:
◗ Especificação da concessionária local
◗ ABNT-NBR- 16019
Abaixo estão quatro exemplos de informações constantes em vários projetos que NÃO devem constar
das especificações, uma vez que limitam o poder de concorrência entre fornecedores.
1. A blindagem dos Barramentos Blindados deverá ser confeccionada em aço com espessura não
inferior a 1,8 mm.
2. Pré Tratamento : Remoção, por via química, de impurezas superficiais, óleos e graxas (desengraxe),
pós, pastas anteriormente aplicadas para polimento e análogos (decapagem); o limpeza por pro-
cesso de jateamento através de granalha metálica, para garantia de maior rugosidade às superfí-
cies (a rugosidade adequada garantirá a posterior deposição de camadas de proteção de Zinco e
grandes espessuras de tintas protetoras)
3. Para dimensionamento da corrente nominal, a elevação máxima de temperatura acima da tempe-
ratura ambiente (40ºC) deverá ser de no máximo XX ºC;
4. A barra de neutro deverá possuir seção equivalente a 1,X vezes a seção das fases
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CARLOS FREDERICO BOMEISEL ENGENHEIRO METALURGISTA,
PÓS-GRADUADO EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS, COMERCIAIS E INDUSTRIAIS.
E VOLTE AO CONSULTOR TÉCNICO DA DIVISÃO DE BARRAMENTOS BLINDADOS
SUMÁRIO DA NOVEMP INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA
POTÊNCIA 116
ARTIGO
AMBIENTE FABRIL
Como a automação
permite que as empresas
atendam aos objetivos
de sustentabilidade CLIQUE
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SUMÁRIO
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E
mpresas inovadoras já têm no seu radar de que para alcançar seus objetivos de sustentabilidade
é preciso adotar uma visão holística dos meios de produção – uma abordagem que requer assu-
mir desafios. Pesquisas indicam que os princípios ESG (Environmental, Social and Governance)
subiram para o topo da lista de prioridades para as organizações líderes em todo o mundo – na
verdade, 60% já se comprometeram com emissões líquidas zero de gases de efeito estufa (GEE), segun-
do a consultoria PwC.
Mas definir ações ousadas como metas líquidas zero só funciona com planos bem pensados para atin-
gir esses objetivos de sustentabilidade, juntamente com métodos para mensurar se a organização está no
caminho certo para alcançá-los.
Por isso, para incorporar a sustentabilidade ao negócio como uma vantagem competitiva e apoiar a
construção de uma sociedade mais justa, é preciso ir além do básico e uma das alternativas é a implemen-
tação de soluções em automação e análise de dados nas instalações e chão de fábrica.
POTÊNCIA 117
ARTIGO
AMBIENTE FABRIL
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A automação pode desempenhar um papel significativo no apoio aos objetivos de sustentabilidade,
melhorando a eficiência operacional, reduzindo o consumo de recursos e minimizando o impacto ambien-
tal. Ao aproveitar as capacidades de melhoria oferecidas por tecnologias como a robótica, a inteligência
artificial e a IoT, as empresas podem otimizar os seus processos de produção, aumentar a segurança dos
trabalhadores e alcançar resultados sustentáveis.
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E VOLTE AO
ROBERTO MARQUES GERENTE GERAL DA
SUMÁRIO DIVISÃO CNC NA MITSUBISHI ELECTRIC BRASIL
POTÊNCIA 118
ARTIGO
MERCADO SOLAR
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SUMÁRIO
Habilidades comportamentais
e a performance das
empresas fotovoltaicas
U
ma pesquisa realizada em 2018 no Brasil mostrou que 90% das contratações no País são feitas a
partir de critérios técnicos, utilizando como principal ponto de avaliação a experiência do profis-
sional com determinado conhecimento específico. Em contrapartida, mais de 90% as demissões
acontecem por incompatibilidade comportamental.
Isso evidenciou um assunto muito polêmico relacionado às hard e soft skills, termos usados para de-
terminar qualificações técnicas (hard) e comportamentais (soft), respectivamente. No mercado de energia
solar fotovoltaica, os gestores sempre apontaram a baixa qualificação de profissionais como problema
grave e desafio operacional para o sucesso das empresas.
O forte crescimento da demanda em um curto intervalo de tempo não proporciona um ambiente natu-
ral para a maturação dos profissionais, muitos deles que migram de outros mercados. Assim, o que pode
ser percebido neste setor, atualmente, é que habilidades técnicas, tão demandadas alguns anos atrás,
estão reduzindo sua importância em relação às características comportamentais dos colaboradores.
Diante destas constatações, se as empresas contratam por conhecimento técnico e depois perdem os
colaboradores pelo comportamento, não seria melhor inverter esta lógica e contratar comportamento para
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POTÊNCIA 119
ARTIGO
MERCADO SOLAR
depois treinar conhecimentos? Os conhecimentos técnicos podem ser treinados, desde que a empresa
tenha esforços e recursos dedicados à capacitação e reciclagem. Além disso, com a evolução tecno-
lógica cada vez mais acelerada, ferramentas e metodologias aplicadas hoje não irão funcionar ama-
nhã. Por esses motivos, habilidades comportamentais bem desenvolvidas são muito mais eficazes para
aumentar a performance das equipes e garantir parcerias de maior longevidade entre profissionais e
empresas do setor.
Dentre as habilidades comportamentais mais requisitadas, podemos destacar: capacidade de
aprendizado, gestão emocional e comunicação. Esta última, quando bem trabalhada, permite otimizar
o trabalho em equipe e a passagem de informação de forma clara e coerente. Seja em vendas ou en-
genharia, muito pouco adianta a empresa ter grandes soluções, se a informação não é compreendida
por seus clientes. Ou, quando a empresa tem um plano de ação específico que envolve um grupo de
pessoas, se a comunicação não for assertiva, os detalhes ficam perdidos e o projetos podem ser com-
prometidos.
Vale lembrar que quando o assunto é comunicação, o receptor é o mais importante. A forma como a
mensagem é transmitida deve levar em consideração o perfil do receptor e não apenas o que o transmis-
sor acha que está passando.
Em relação à resiliência, é possível criar um paralelo com o fit cultural entre a empresa, colaborador e
o mercado. Ou seja, uma pessoa que compartilha dos mesmos valores e tem sua motivação ligada ao que
a empresa faz tem muito mais capacidade de aprender coisas novas, resolver problemas complexos e
suportar pressões. Por este motivo, essa soft skill é cada vez mais valorizada: porque dá resultados. Todos
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POTÊNCIA 120
ARTIGO
MERCADO SOLAR
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nós desistimos mais facilmente quando estamos trabalhando em algo que não julgamos muito importante.
Além disso, com aderência ao fit cultural, um profissional trabalha de forma mais colaborativa, melhoran-
do seu ambiente de trabalho e a relação com os demais profissionais de seu ambiente, bem como com
fornecedores e clientes.
A gestão emocional, por sua vez, é a capacidade que uma pessoa tem de lidar, de forma harmônica,
com as variáveis que o mundo apresenta. Sabemos que muitas coisas que acontecem com colegas de
trabalho, clientes e com o mercado, de forma geral, não dependem da nossa vontade. Pessoas com boa
habilidade emocional entendem que devem trabalhar nas variáveis que elas mesmas controlam e prepa-
rar planos para contornar objeções originadas de variáveis que não controlam. Assim, o foco e a energia
ficam para estudos, prospecção de clientes, estratégias, indicadores de controle, esforço, entre outros.
Absorver problemas que não estão no nosso controle ocupa um espaço no dia a dia que poderia ser de-
dicado à produção de novas ideias, projetos e metodologias. Fragilidade emocional e dificuldades de traba-
lho em equipe são sabotadores de performance e, consequentemente, de resultados individuais e coletivos.
Portanto, o desafio para as empresas fotovoltaicas, que recentemente atingiram a marca histórica
de 1 milhão de empregos acumulados desde 2012, segundo dados recentes da Associação Brasileira
de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), – e vão continuar contratando nos próximos anos, é de es-
tabelecer modelos eficientes de contratação e de gestão de pessoas, com metodologias e análises
objetivas de desempenho. Tudo isso para o aprimoramento ainda maior das atividades do setor solar
fotovoltaico, que terão papel cada vez mais fundamental no desenvolvimento social, econômico e am-
biental do Brasil.
POTÊNCIA 121
VITRINE
PLACA ADAPTADORA
A HMS Networks lançou a Placa adaptadora para Raspberry Pi, oferecendo aos fabricantes de dispo-
sitivos industriais um método simplificado para testar e avaliar o Anybus CompactCom, uma interface de
comunicação pronta a utilizar que liga dispositivos a qualquer rede industrial. Enquanto outras placas adap-
tadoras foram concebidas para testar módulos Anybus CompactCom com plataformas de microcontrola-
dores STM32 ou NXP (anteriormente Freescale), esta nova placa adaptadora foi especificamente criada
para utilização com o Raspberry Pi. A nova placa adaptadora oferece: Compatibilidade com o amplamente
popular Raspberry Pi. Instalação e utilização fáceis. Total compatibilidade com o Host Application Example
Code (HAEC) da Anybus, cuja transferência é gratuita. Andreas Stillborg, gestor de Produtos Integrados
Anybus na HMS Networks, explica: “O Raspberry Pi é incrivelmente popular, com mais de 45 milhões de
unidades em utilização em todo o mundo. Muitos dos nossos clientes já possuem um Raspberry Pi e estão
familiarizados com o mesmo. Por esse motivo, quisemos desenvolver uma placa adaptadora que permitis-
se aos nossos clientes usar facilmente o Raspberry Pi para testar e avaliar módulos Anybus CompactCom.”
NOVOS MÓDULOS
A Canadian Solar, líder global na produção de módulos fotovoltaicos e a única fabricante de
soluções completas para energia, anunciou o lançamento de dois modelos de módulos com
tecnologia TOPCon N-type, equipados com a nova célula 182R e potência de até 620W, co-
eficiente de temperatura de 0,29%/°C e de vidro duplo também no modelo monofacial. Além
disso, os novos módulos atingem potências superiores a 600w, que comumente eram atribu-
ídos a módulos grandes. O módulo Canadian oferece mais potência em tamanhos versáteis,
por isso é mais eficiente e proporciona os benefícios logísticos e economia na instalação de
maneira geral. Com os mais recentes avanços globais, esse lançamento marca um novo ca-
pítulo na oferta de soluções de energia solar no Brasil, já que o novo padrão visa oferecer
maior potência e otimização de uso do contêiner, com 98,5% de cubicação para reduzir custos e melhorar
o planejamento de sistemas e usinas fotovoltaicas. Além de permitir mais peças por container, os novos
módulos ampliam a relação Watt pico (Wp) por container em 7,51%. Os modelos TOPCon N-Type atualiza-
dos são o TOPBiHiKu6 CS6.1-72TB bifacial, e o TOPHiKu6 CS6.1-72TD monofacial com vidro duplo.