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GUIA ESG FORNECEDORES FecomercioSP

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G u ia | F& CSP

ENGAJAMENTO
ESG COM AS
CADEIAS DE
FORNECEDORES
INTRODUÇÃO

MATRIZ DE MATERIALIDADE

INTERAÇÃO COM OS FORNECEDORES

ORIENTAÇÕES PARA AS MPES

BENEFÍCIOS PARA AS MPES

CONSTRUA UM PROGRAMA

REQUISITOS ESG

E | AMBIENTAL

S | SOCIAL

G | GOVERNAÇA

EXPERIÊNCIAS

E, POR FIM...

AGRADECIMENTOS
INTRODUÇÃO

Olá, empreendedor (a)! Sabemos que o


fornecedor é um importante parceiro do
seu comércio. Aliás, todas as empresas,
independentemente de porte ou setor,
precisam contar com fornecedores de in-
sumos, serviços ou produtos. A questão é
que o relacionamento com este parceiro
deve ser aprimorado com a ampliação da
agenda ESG – sigla em inglês focada no
conceito de boas práticas empresariais
com critérios ambientais, sociais e de go-
vernança corporativa.

Por isso, a Federação do Comércio de Bens,


Serviços e Turismo do Estado de São Pau-
lo (FecomercioSP), por meio do seu Co-
mitê ESG, elaborou o Guia de orientação
para engajamento ESG com as cadeias de
fornecedores.

O material é fruto das edições realizadas


em 2022 do Laboratório Melhores Práticas
Corporativas para Engajamento ESG da
Cadeia de Valor, organizado pelo comitê
da FecomercioSP com a participação de
empresas de diferentes segmentos.

O guia pode ser usado tanto pelas empre-


sas que pretendem iniciar ou manter um
relacionamento ESG com os fornecedores,
quanto pelas organizações responsáveis
pelo fornecimento a empresas praticantes
da agenda de ESG.

Boa leitura!
"NOS ÚLTIMOS DOIS
ANOS, O BRASIL
TEM APRESENTADO
SIGNIFICATIVOS
AVANÇOS NA
DISCUSSÃO E NA
IMPLEMENTAÇÃO DA
AGENDA ESG POR MEIO
DO ENGAJAMENTO
DE VÁRIOS ATORES,
CONFIRMANDO
QUE SE TRATA DE UM
PROCESSO QUE NÃO
TEM MAIS RETORNO."
luiz maia,
coordenador do Comitê ESG
da FecomercioSP

saiba mais sobre a atuação do comitê esg


MATRIZ DE
MATERIALIDADE

Nas empresas que consideram a gestão es-


tratégica e responsável de fornecedores um
tema material, a avaliação de fornecedores
com critérios ESG é prática recorrente. As-
sim, na seleção dos fornecedores, proces-
sos comerciais e financeiros têm a mesma
importância e o mesmo peso que a agenda
ESG, cujos temas são definidos na matriz
de materialidade – como direitos humanos,
corrupção e diversidade, entre outros.

A matriz de materialidade é uma ferra-


menta usada para representar e hierar-
quizar os assuntos mais importantes atre-
lados às atividades de uma empresa, de
acordo com o ponto de vista do público de
interesse. Este instrumento costuma ser
o primeiro passo a ser dado por qualquer
negócio que deseje iniciar a jornada ESG
de maneira estruturada.

Caso a empresa ainda não tenha a matriz,


recomendamos, de início, a definição de
temas com base na opinião da liderança
e dos funcionários.
INTERAÇÃO COM
OS FORNECEDORES
A interação das empresas com seus for-
necedores pode ocorrer, basicamente, em
quatro momentos de atuação. O conjunto
dos três primeiros passos [abaixo] compõe
o Relacionamento. O Desenvolvimento é o
último aspecto da corrente. Confira!

homologação

qualificação

avaliação

desenvolvimento

Detalhamos cada etapa a seguir.

HOMOLOGAÇÃO

A empresa solicita o
preenchimento de cadastro e a
entrega da documentação para
analisar a integridade e a saúde
financeira do futuro fornecedor.
Geralmente, são exigidos o
contrato social registrado;
as inscrições no Cadastro
Nacional de Pessoa Jurídica
(CNPJ) e nos cadastros tributários
estaduais e municipais; o alvará
de funcionamento; a licença
ambiental de operação; o registro
na Vigilância Sanitária;
e o Auto de Vistoria do Corpo
de Bombeiros (AVCB).

Nós, da FecomercioSP, avaliamos


ainda a necessidade de a
contratante solicitar, aos grandes
geradores de resíduos e às
1

demais empresas, o Plano de


Gerenciamento de Resíduos
Sólidos (PGRS), bem como os
comprovantes de participação em
sistemas de Logística Reversa (LR),
quando houver obrigatoriedade.

veja também!

saiba o que é e quais


produtos devem participar
da lr na nossa página
especial sobre o tema.

QUALIFICAÇÃO

Aqui, a contratante classifica o


fornecedor de acordo com o grau
de risco que este apresenta à
empresa e, se necessário, solicita
documentos complementares,
como certificações de qualidade,
saúde e segurança do trabalho
ou ambiental e faz visitas in
loco. O grau de risco definirá a
periodicidade do processo de re-
homologação, que, por exemplo,
pode ser a cada dois anos.

AVALIAÇÃO

A empresa contratante realiza uma


avaliação periódica de satisfação
do usuário do produto ou serviço
adquirido do fornecedor. Este
usuário pode verificar tópicos
como qualidade, pontualidade
e atendimento pós-venda, entre
outros critérios estabelecidos. A
periodicidade de avaliação fica
a critério da contratante, mas
aconselhamos que seja feita ao
menos uma vez por ano.

observação: a avaliação pode


exigir um plano de melhoria.
Caso o fornecedor continue
não atendendo às necessidades
dos usuários, ele pode ser
descadastrado pela contratante.

DESENVOLVIMENTO

Mesmo em casos nos quais


a empresa e o fornecedor
mantenham relações comerciais há
bastante tempo, na falta de etapas
de homologação, qualificação e
avaliação, é recomendável que
a empresa verifique requisitos
básicos e se certifique que o
fornecedor não contribua para
práticas lesivas, como trabalhos
infantil e análogo ao de escravo,
corrupção, entre outros.

1. empresa de comércio ou de prestação de


serviços (desde que estes não sejam de saúde e
saneamento básico) que gere mais de 200 l/dia
de resíduos classificados como sólidos urbanos .
ORIENTAÇÕES
PARA AS MPES

APROVEITE AS OPORTUNIDADES

As empresas, cada vez mais,


buscam fornecedores que tenham
as mesmas preocupações em
questões de ESG. Assim, caso
uma empresa que contrate seus
serviços ou compre seus produtos
o(a) convide a participar de um
programa de relacionamento
e/ou desenvolvimento calcado
nas dimensões ESG, agarre
esta chance!

SEJA A MUDANÇA

Uma empresa de pequeno porte


também pode fomentar o ESG
na sua cadeia de fornecedores.
O início pode se dar por um tipo
de fornecedor, por meio
da conscientização. Por exemplo:
engajar produtores da agricultura
familiar, abordar a necessidade
de manter as crianças na escola,
combater o trabalho infantil etc.

Para isso, é necessário que


os envolvidos no negócio
estejam dispostos a passar por
treinamentos e capacitações que
os direcionem às práticas ESG.
BENEFÍCIOS
PARA AS MPES

Além de ganhar pontos com a empresa


que contrata seus serviços ou compra
seus produtos, outros negócios B2B
(modelo de negócio de empresa para
empresa) podem ser alavancados.

Caso sua empresa atue também no B2C


(modelo entre empresa e consumidor
final), esta é uma forma de agregar
valor, comunicando aos seus clientes que
as dimensões sociais, ambientais e de
governança são importantes para você e
para o seu negócio.

mais dicas

dúvidas por onde começar?


conheça quatro passos para
implementar ações ambientais,
sociais e de governança
na sua empresa aqui.
CONSTRUA UM
PROGRAMA DE
RELACIONAMENTO E
DESENVOLVIMENTO
Para ajudá-lo(a) a construir programas de
relacionamento (homologação, qualifica-
ção e avaliação) e desenvolvimento, elabo-
ramos o quadro a seguir.

programas
etapas relacionamento desenvolvimento

Verificação dos
recursos necessários x x

Criação de um
grupo gestor x x

Categorização dos
fornecedores x x

Critérios de seleção
dos participantes x x

Estabelecimento dos
requisitos de avaliação x

Estabelecimento do tema
para desenvolvimento x

Estabelecimento
dos questionários
de avaliação x

Estabelecimento de
avaliações prévias
e pós-programa x

Estabelecimento da
forma de interação x x

Definição dos critérios


de avaliação, pontuação
e reconhecimento x

Definição de cronograma
das etapas de adesão
ao programa ESG x

Elaboração de manual
de participação do
programa ESG x

VERIFICAÇAO DOS
RECURSOS NECESSÁRIOS

A alta direção da empresa


deve estar engajada com o
programa e ciente de que, para
a implementação do projeto,
será preciso dispor de recursos
financeiros e humanos.

CRIAÇÃO DE UM
GRUPO GESTOR

No caso de pequenas e médias


empresas, o grupo pode ser
constituído por até duas pessoas.
Estes funcionários deverão
estar aptos para tal, ou serem
capacitados e treinados, pois
ficarão responsáveis por planejar
e acompanhar a jornada ESG na
empresa. É importante também
definir os setores que estarão direta
e indiretamente relacionados.
Fundamental é o envolvimento
da alta direção da empresa, não é
suficiente apenas a autorização.

atenção à lgpd

seja com equipe própria, seja com


equipe terceirizada, é fundamental
seguir os preceitos da lei geral
de proteção de dados (lgpd) no
que concerne a dados pessoais
dos participantes do programa.

CATEGORIZAÇÃO
DOS FORNECEDORES

A empresa precisa ter uma visão clara


da sua cadeia de fornecedores. Esta
categorização pode ser por:

_tipo: serviços técnicos (tecnologia da


informação, telecomunicação etc.),
facilities (fornecedores de água e
energia, tratamento de efluentes,
coleta de resíduos, disposição de
rejeitos etc.), serviços (limpeza,
estacionamento, alimentação),
fornecedor de insumos (matérias-
-primas, produtos químicos,
entre outros), fornecedores de
produtos para venda (fabricantes,
importadores e distribuidores de
eletroeletrônicos, medicamentos,
ferramentas, materiais de
construção, brinquedos, roupas,
alimentos, bebidas, frutas, verduras
e legumes etc.);

_porte: MPEs, startups, sociedades


anônimas, MEIs etc.;

_localização geográfica: cidade,


Estado, região ou país;

_criticidade: de acordo com critérios


da empresa, como risco ambiental ou
social, impacto financeiro do contrato
para a empresa, entre outros.

CRITÉRIOS DE SELEÇÃO
DOS PARTICIPANTES

A empresa precisa estabelecer


critérios claros que não lhe causem
transtornos futuros ou desavenças
entre os fornecedores, como
porcentual de compras, riscos de
desabastecimento, criticidade dos
serviços, entre outros.

ESTABELECIMENTO DOS
REQUISITOS DE AVALIAÇÃO

A empresa define os requisitos


“E”, “S” e “G” que serão avaliados.
Pode começar por somente um
ou dois. Recomendamos que
a avaliação seja dos critérios
ESG como um todo, ainda
que um único tema de cada.

ESTABELECIMENTO DO TEMA
PARA DESENVOLVIMENTO

Recomenda-se que a empresa


escolha um requisito “E”, “S” ou
“G” para estabelecer o programa
de desenvolvimento, com temas
que podem estar relacionados.
Começar por um assunto talvez
seja o mais apropriado.

ESTABELECIMENTO
DOS QUESTIONÁRIOS
DE AVALIAÇÃO E DE
AVALIAÇÕES PRÉVIAS
E PÓS-PROGRAMA

A empresa define as perguntas que


deseja fazer, bem como a forma
das questões – abertas (discursivas)
ou fechadas (alternativas) ou um
misto entre as duas.
ESTABELECIMENTO DA
FORMA DE INTERAÇÃO

É preciso definir se os
questionários serão impressos
ou digitalizados, além da forma
que serão enviados e de como as
respostas e evidências solicitadas
serão entregues, bem como se o
sistema será informatizado (com
avaliação automática) ou se a
atribuição das notas será feita
manualmente.

DEFINIÇÃO DOS CRITÉRIOS


DE AVALIAÇÃO, PONTUAÇÕES
E RECONHECIMENTO

A empresa precisa determinar o


valor das questões individuais
e como se dará a soma entre os
diferentes critérios ESG. Também
é necessário definir as pontuações
mínimas para o reconhecimento
e como este será concedido – por
exemplo, se haverá emissão de
certificado ou evento de premiação
para as pontuações mais altas do
ranking e outros detalhes.

DEFINIÇÃO DE
CRONOGRAMA DAS
ETAPAS DE ADESÃO
AO PROGRAMA ESG

O cronograma deve conter, no


mínimo, os prazos para envio dos
convites e do termo de adesão e
confidencialidade, além das datas
de recebimento das inscrições,
envio das evidências, divulgação
dos resultados e cerimônia de
reconhecimento ou premiação.

ELABORAÇÃO DE MANUAL
DE PARTICIPAÇÃO DO
PROGRAMA ESG

As empresas participantes devem


ser informadas a respeito de todos
os passos a serem seguidos para a
atuação no programa, sobretudo
os procedimentos e processos
operacionais a serem seguidos,
bem como os resultados esperados
e demais informações pertinentes.
REQUISITOS ESG
A agenda ESG se tornou um requisito essen-
cial no âmbito das empresas, pois, além de
contemplar aspectos ambientais, sociais
e de governaça, confere boa reputação à
marca e reconhecimento pela sociedade.

Detalhamos o conceito conforme cada


letra da sigla.
AMBIENTAL

Na sigla ESG, a letra E está relacionada


às práticas empresariais que se referem
aos cuidados com o meio ambiente, a
fim de evitar a emissão de poluentes
e gases de efeito estufa causadores de
contaminação atmosférica e aquecimento
global, bem como a poluição do solo e
da água, o desmatamento, entre outros
impactos nocivos.

As boas práticas de gestão


ambiental que podem ser adotadas
pelas empresas compreendem:

_a adoção de sistema de gestão


ambiental certificado ou não;

_o aquecimento solar da água;

_a conservação da água, mediante o


uso de dispositivos economizadores/
de baixo fluxo para torneiras, vasos
sanitários, mictórios ou chuveiros;

_a conservação da biodiversidade;

_o deslocamento de funcionários/
colaboradores por modais
sustentáveis (elétricos, híbridos ou
etanol);

_a eficiência energética;

_a entrega de mercadorias com


modais sustentáveis;

_a gestão de resíduos: redução,


reúso/reaproveitamento,
triagem dos resíduos e envio
para reciclagem, compostagem
e Logística Reversa (LR)
(quando aplicável);

_a gestão e a redução
do consumo de água;

_a iluminação composta
por lâmpadas LED;

_a participação em Sistema de
Logística Reversa (SLR) de produtos
pós-consumo;

_o sistema de água de reúso;

_o sistema de coleta e uso


de água da chuva;

_o sistema de geração de energia


fotovoltaica;

_o sistema de resfriamento e
ventilação de alta eficiência;

_a substituição de utensílios de uso


único (descartáveis) por outros da
linha de bens duráveis.

vá além

A lista acima não esgota as boas práticas


ambientais que podem ser implementadas
pelas mais variadas empresas.

Assim, preste atenção na legislação


ambiental do seu município, estado e da
federação, pois muitas boas práticas podem
ser obrigatórias.

Então, a nossa dica é, não espere uma


lei para garantir um meio ambiente
equilibrado para as futuras gerações.

E também, fique antenado com os anseios


de seus clientes e consumidores, leve tais
desejos aos seus fornecedores e juntos
celebrem uma agenda positiva de ações em
prol do meio ambiente.

E ainda, muitas das boas práticas


ambientais, garantem economia nos custos
de energia elétrica, água, combustíveis e
outros insumos.

veja também!

quer entender como boas práticas


ambientais ajudam a reduzir
custos com energia elétrica,
água, combustíveis, entre outros?
clique e baixe nosso checklist esg.
SOCIAL

A letra S está relacionada às práticas


empresariais que se referem aos cuidados
com as pessoas e a comunidade.

Como exemplos, temos:

_a adoção de práticas para o


banimento da discriminação nas
relações de consumo [veja guia da
FecomercioSP];

_a cessão gratuita de instalações


da empresa para sediar eventos
comunitários (culturais,
esportivos etc.);

_as contribuições financeiras e


doações de bens e serviços (exceto
para causas políticas);

_ações para promover a diversidade


e inclusão na empresa;

_o engajamento em ações
de responsabilidade social
corporativa de seus clientes e
fornecedores;

_as iniciativas de cidadania


corporativa;

_as iniciativas de responsabilidade


social corporativa, como
campanhas e ações solidárias
(exemplo: arrecadação de
agasalho e mantimentos,
entre outras);

_a oferta de produtos e/ou serviços


com desconto para grupos
carentes específicos;

_as parcerias com organizações


beneficentes;

_a participação de organizações
comunitárias;

_a participação de programas de
voluntariado;

_o programa de responsabilidade
social/voluntariado, com projetos
próprios ou patrocinados;

_a realização de serviço
comunitário e trabalho pro bono;

_o respeito aos direitos humanos e


às leis trabalhistas;

_a satisfação dos clientes.

vá além

A lista acima não esgota as boas práticas


de responsabilidade social que podem ser
parte do dia a dia das empresas.

Desta forma, não fique parado, esperando


que o governo resolva todas as questões
sociais.

O setor produtivo tem um papel


fundamental no desenvolvimento local, na
sua vizinhança.

Assim, se várias empresas se unem, podem


fazer mais com o mesmo recurso humano e
econômico.

E ainda, seus fornecedores, consumidores


e clientes podem ser convidados a
engajar nesse processo. Não perca essa
oportunidade.
GOVERNANÇA

A letra G se refere às práticas de gestão e


administração empresariais que levarão
a melhores resultados financeiros,
econômicos e socioambientais.

Dentre os temas e práticas, temos:

_criação e adoção de um código


de conduta que contemple
procedimentos corretos de
abordagem e a linguagem
adequada para funcionários,
terceirizados ou fornecedores no
trato com demais colaboradores,
fornecedores e clientes;

_composição diversa do conselho


ou da liderança (quadro
de diretores);

_criação e a manutenção de grupos


identitários ou de afinidade;

_disponibilização de materiais
orientativos para as equipes na
temática ESG [confira os conteúdos
disponíveis no Fecomercio Lab];

_estímulo ao respeito à diversidade


e à inclusão, por meio de ações
afirmativas (exemplo: a realização
de treinamentos periódicos para
colaboradores, fornecedores
e parceiros sobre as políticas
internas de banimento ao racismo
e às desigualdades raciais
e de gênero);

_comitê de auditoria interna


estruturado;

_ética nas relações comerciais;

_existência de canal de denúncia


ou ouvidoria para consumidores e
demais stakeholders que se sintam
discriminados ou mal atendidos –
ou outros problemas
e situações indesejáveis;

_Participação nos Lucros


e Resultados (PLR) para todos
os empregados, baseada total
ou parcialmente no alcance
de metas ESG;

_políticas internas de banimento


às desigualdades raciais
e de gênero;

_relação com entidades


governamentais e demais
poderes (Executivo, Legislativo
e Judiciário) mediante a
observância à lei anticorrupção;

_remuneração de executivos
condicionada ao alcance de
metas ESG;

_programa de diversidade,
com metas e métricas e
treinamento dos atuais e futuros
colaboradores;

_transparência nas relações


com a cadeia de valor;

_uso de ações afirmativas,


como a utilização de critérios
de contratação que valorizem
a admissão de pessoas
comumente discriminadas
ou sub-representadas;

_adoção de política de cargos e


salários não discriminatória.

vá além

As listas não esgotam as boas práticas


que podem ser implementadas. Fique
atento(a) às necessidades de seus clientes,
fornecedores e todos os atores com os
quais se relaciona, a fim de adotar ações
positivas que possam melhorar o seu
relacionamento com todos os públicos.

checklist

veja como se adaptar às melhores


práticas esg neste checklist
produzido pela fecomercio-sp,
que abrange fatores ambientais,
sociais e de governança corporativa.
acesse aqui, após breve cadastro.
EXPERIÊNCIAS
Para ampliar o seu olhar sobre o tema,
apresentamos nos boxes a seguir,
alguns exemplos de programas de
relacionamento e desenvolvimento
bem-sucedidos, realizados pelos
participantes das edições 2022
do Laboratório ESG Melhores Práticas
Cadeia de Fornecedores.

programa de excelência
em relacionamento com
a cadeia de fornecimento
do grupo fleury (perc)

Os fornecedores de grande
significância, alta criticidade
ou importância para o grupo
são convidados a participar
do PERC todos os anos. Eles
são divididos por categoria e
assinam termos de código de
conduta e de adesão à edição
do programa. A empresa
preenche um questionário
ESG, e a equipe avalia o que
fornecedor tem, o que não
tem e o que é importante
desenvolver.

A avaliação é trimestral. Ao
fim do ciclo, o PERC faz os
seguintes reconhecimentos:
melhor pontuação, destaque
(fornecedor que apontou
melhora significativa de
um ano para outro, ou
prática mais inovadora),
MEI e melhores ações em
tema específico. Aqueles
que atingem performance
mínima recebem certificado
de capacitação técnica.

a tim brasil desenvolveu


um modelo para pôr em
prática a política esg com
a cadeia de fornecedores

Na etapa “Conhecer”, os
fornecedorer respondem
a um questionário
de sustentabilidade,
e a equipe da TIM define
aqueles que são críticos.
O momento “Engajar”
garante as cláusulas
contratuais contrárias aos
trabalhos infantil e análogo
ao escravo, garantindo os
direitos humanos. Após isso,
a empresa promove um
fórum (anual ou semestral),
quando há oportunidades
de discussão e orientações,
estabelecimento de
compromissos, entre outros.

Na fase “Monitorar”, todos


os fornecedores passam
anualmente pela due
diligence de integridade;
2

alguns fornecedores
selecionados passam pela
due diligence de Direitos
Humanos. Também é
feita uma auditoria com
os fornecedores críticos.
Para os casos nos quais
são contratadas muitas
empresas na prestação
do mesmo serviço ou
na compra de produtos
semelhantes, por exemplo,
estabelece-se um ranking
para a promoção de um
selo gerador de competição
positiva. No “Desenvolver”,
o foco é a realização de
fóruns compartilhados e
capacitação, ocasião em
que é desenvolvido um
relacionamento além dos
contratos já existentes.

pepsico incentiva e
compartilha boas
práticas por meio do
acompanhamento formal
da performance de
seus parceiros

Para potencializar o
crescimento da agenda
ESG em sua cadeia de
valor, a PepsiCo executa
o Supplier Performance
Management Program (SPM),
que tem como objetivo
incentivar e compartilhar
boas práticas por meio do
acompanhamento formal
da performance de seus
parceiros, com base em
diversos critérios, como
comprometimento ético,
qualidade, saúde financeira
e, em especial, gestão
ambiental efetiva e inclusões
da diversidade e das
equidades racial e de gênero,
fomentando, cada vez mais,
uma cultura de impacto
socioambiental positivo.

2. termo em inglês que pode ser traduzido


como diligência prévia e se refere ao processo
de estudo, análise e avaliação detalhada
de informações (financeiras, contábeis,
previdenciárias, trabalhistas, imobiliárias,
tecnológicas e jurídicas) da empresa-
-alvo, visando à identificação de eventuais
distorções relevantes decorrentes das práticas
empresariais. https://www.contabeis.com.br/
artigos/4523/afinal-o-que-e-a-due-diligence/
E, POR FIM...

Com base em uma análise mais criteriosa


dos processos de aquisição de insumos, ma-
térias-primas e serviços, a empresa é capaz
de realizar melhorias a curto, médio e lon-
go prazos, graças ao engajamento dos for-
necedores e a partir de medidas de baixo
ou nenhum custo.

Esperamos que este guia possa contribuir


para a construção da jornada ESG da sua em-
presa, por meio do auxílio à implementação
de ações positivas que agreguem valor ao
modelo de negócio, tornando-o mais compe-
titivo no mercado e atrativo para os clientes.

A FecomercioSP, por meio do Comitê ESG,


apoia as empresas de qualquer porte e
setor nestas práticas, além de difundi-las
ao setor produtivo, à sociedade e aos
governos. Conheça mais aqui.
AGRADECIMENTOS

A produção deste material só foi possível


graças à idealização, à formatação
e à condução do Laboratório Melhores
Práticas Corporativas para Engajamento
ESG da Cadeia de Fornecedores por:

luiz maia, presidente do comitê esg


da fecomercio-sp

carolina da costa, da jive mauá


investimentos e do hospital alemão
oswaldo cruz, também membra do comitê
esg da fecomercio-sp

cristiane cortez, assessora técnica


do conselho de sustentabilidade
da fecomercio-sp

alexsandra socorro iahn ricci,


assessora técnica do conselho de
sustentabilidade da fecomercio-sp

gabriel moreira santana, assessor


técnico do conselho de sustentabilidade
da fecomercio-sp

daniel périgo, do grupo fleury

marcio lino, da tim brasil

juliana de avellar, da pepsico

Estendemos nossos agradecimentos a todos os


demais participantes, por contribuírem para
os debates e para a construção deste material!

EDIÇÃO 1
9 DE MARÇO DE 2022

adriana gonçalves, grupo fleury

aletea madacki, magazine luiza

andriei gutierrez, kyndryl

cássio garkalns, gks inteligência territorial

daniel marques perigo, grupo fleury

elaine guimarães, via

jay m. mil homens neto, via

mariana aldrigui, conselho de turismo


da fecomercio-sp

marília robles, sympla

marina gomes, c&c

monica medina, senac-sp

monica samia, braztoa

regina paulinelli, senac-sp

sabine lanzer, c&c

sandra morales, ibgc

thiago duenha, carrefour

valquíria rizzo, senac-sp

EDIÇÃO 2
19 DE MAIO DE 2022

allan mochny, transamérica

amanda netzel, leroy merlin

ana maria angelico, leroy merlin

andressa borba, leroy merlin

antonietta varlesse, accor

carolina da costa, jive mauá investimentos


e hospital alemão oswaldo cruz

edmo porto, leroy merlin

eduardo borges, leroy merlin

elaine guimarães, via

fellipe caravana, leroy merlin

isabelle grechi, b2b reservas

larissa beck, cvc corp

lívia neves, leroy merlin

marcio lino, tim brasil

mauro filgueiras, leroy merlin

naiara feio, leroy merlin

pedro telles, movida

priscila bures, cvc corp

sabine lanzer, c&c

suelen scorsin, kyndryl

EDIÇÃO 3
12 DE AGOSTO DE 2022

carolina massaro, grupo carrefour

denise novaes, grupo dpsp

juliana de avellar, pepsico

marcela rodrigues, grupo dpsp

mercedes mosquera, madrid supermercados

patricia ramalho, grupo dpsp

rayane ruas, sprint dados

rosimere lopes, grupo carrefour

sabine lanzer, c&c


publicação da federação do comércio de bens,
serviços e turismo do estado de são paulo

presidente
Abram Szajman

superintendente
Antonio Carlos Borges

Rua Dr. Plínio Barreto, 285


Bela Vista • São Paulo

11 3254‑1700 • fax 11 3254‑1650

www.fecomercio.com.br

produção 2022

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