Esquizofrenia Hipótese Dopaminérgica e Capacidade Cognitiva
Esquizofrenia Hipótese Dopaminérgica e Capacidade Cognitiva
Esquizofrenia Hipótese Dopaminérgica e Capacidade Cognitiva
RESUMO
1
Discente do Curso de Psicologia do Centro Universitário do Vale do Ribeira, UNIVR- Registro - SP.
2
Docente do Curso de Psicologia do Centro Universitário do Vale do Ribeira, UNIVR- Registro - SP
ABSTRACT
INTRODUÇÃO
A Esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico severo e incapacitante, que afeta os
âmbitos mais importantes da vida do indivíduo. Tanto a nível funcional como social (PINHO
et al., 2018). Sua prevalência na população está em torno de 1%, sendo que o início dos
sintomas tende a ocorrer no começo da adolescência até a fase adulta jovem (KANEKO,
2018). Em relação aos gêneros, parece acontecer mais cedo em homens do que mulheres
(KANEKO, 2018).
Ao longo das décadas, existe uma preocupação em compreender a doença, alguns estudos
evidenciaram os aspectos genéticos e ambientais como potenciais de risco para o seu
desenvolvimento (STEPNICK et al., 2018). Sendo ela então considerada multifatorial
(CARDOSO et al., 2020). No entanto, ainda não foi encontrada uma causa exata para a
sua origem (STEPNICK et al., 2018). Tornando a doença uma das mais complexas de serem
estudadas (STEPNICK et al., 2018).
A Hipótese Dopaminérgica tem sido uma das teorias mais bem aceitas na literatura
para compreender a doença mental (JÚNIOR, 2007; TOSCANO & FREITAS, 2019;
TOSTES et al., 2020; PINHEIRO & MENDES, 2020). Esse modelo neuroquímico, explica
que a Esquizofrenia se daria por um aumento de dopamina na fenda sináptica, que resultaria
em um excesso (hiperfunção) de dopamina na via mesolimbica (responsável pelos sintomas de
Delírios e positivos da doença) e uma disfunção dopaminérgica também que levaria a um
quadro de baixa atividade de dopamina na via mesocortical que liga o núcleo accumbens ao
córtex pré- frontal e destacaria os déficits cognitivos (RANG et al., 2011; TOSTES et al.,
2020; FIGUEIREDO et al., 2021). Estudos tem associado ainda, essa baixa atividade no
córtex pré- frontal e consequente perda cognitiva dos pacientes esquizofrênicos, com
impactos consideravelmente negativos na qualidade de vida dos pacientes (MACHADO et
al., 2021).
DISCUSSÃO
1. PREJUÍZOS COGNITIVOS E IMPACTOS NEGATIVPS SOBRE A VIDA DE
PACIENTES ESQUIZOFRÊNICOS
De acordo com a literatura, existem algumas alterações cognitivas em pacientes com
esquizofrenia (LIEBERMAN, 2013; ELKIS, 2011). Alguns estudos, corroboram com
prejuízos especificamente em funções sensoperceptivas visuais, auditivas e olfativas (LIGHT
& BRAFF, 2005; DICKISON & HARVEY, 2009). Se estendendo principalmente a memória
de trabalho, fluência verbal, atenção, tomada de decisões e velocidade de processamento
(LIGHT & BRAFF, 2005; DICKISON & HARVEY, 2009).
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
LIGHT, G. A.; BRAFF, D. L. Stability of mismatch negativity deficits and their relationship
to functional impairments in chronic schizophrenia. American Journal of Psychiatry, v. 162,
n. 9,p. 1741–1743, 2005.
MACHADO, Fernanda Pâmela et al. Fatores relacionados ao comprometimento psíquico e
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NUECHTERLEIN, K. H., Barch, D. M., Gold, J. M., Goldberg, T. E., Green, M. F., &
Heaton,
R. K. (2004). Identification of separable cognitive factors in schizophrenia.
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PINHO, Lara Guedes de; PEREIRA, Anabela; CHAVES, Cláudia. Adaptação portuguesa da
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STEPNICK, P., Kondej, M., & Kaczor, AA (2018). Current concepts and treatments of
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SILVA, Tatiana Caldas Neves da. Sintomas negativos e capacidade funcional na
esquizofrenia. 2018. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Pernambuco.