Acessibildade Pirilau
Acessibildade Pirilau
Acessibildade Pirilau
Índice
0.Introdução................................................................................................................................. 2
3.Discussão de dados................................................................................................................... 7
3.1. Acessibilidade enquanto Direito Fundamental das Pessoas com Deficiência Física ........... 7
5. Conclusão .............................................................................................................................. 14
6. Bibliografia............................................................................................................................ 15
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0.Introdução
A acessibilidade em espaços públicos e privados visa grande relevância em todas as áreas nas quais
o homem tem actuado, principalmente para os individuos portadores de algum tipo de deficiência.
Essa relavância verifica-se à medida em que haja pertinência na construção de infra-estruturas e
criação de tecnologias apropriadas levando em conta a diversidade humana em especial os
deficientes. Acorrenta-se nestes moldes, pois, entende-se tambéem que a acessibilidade seja a
condição de livre acesso e de possibilidade grantida a toda e qualquer pessoa, de usufruir, com
autonomia e segurança, dos equipamentos e mobiliários urbanos, dos meios de transporte, das
edificações, dos serviços públicos, bem como de tecnologias e sistemas de informação disponíveis.
Não obstante, é neste prisma visionário que será apresentado o presente trabalho cujo tema versa
sobre a ʺAcessibildade enquanto direito fundamental da pessoa com deficiência: Desafios no
acesso aos espaços públicos e privadosʺ e que subordina-se aos objectivos e metodologias abaixo.
0.1.Objectivo Geral
Analisar a acessibildade enquanto direito fundamental da pessoa com deficiência Física.
0.1.1.Objectivos Específicos
Citar a contextualização sobre acessibilidade enquanto direito fundamental da pessoa com
deficiência;
Descrever os desafios das pessoas com deficiência física no acesso aos espaços públicos
e privados.
0.2. Metodologia
Para a materialização do presente trabalho recorreu-se a revisão bibliográfica que consistiu na
recolha de todos os subsídios teóricos inerentes ao tema em estudo, posteriormente a confrontação
de vários postulados teóricos que versam sobre o tema em estudo, feito isso fez-se a compilação
de todos os dados recolhidos para a produção final do trabalho.
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A falta de acessibilidade pode impedir que as pessoas com deficiência física participem
plenamente da vida social, limitando suas oportunidades de trabalho, educação, lazer e inclusão.
Por isso, é fundamental que sejam adotadas medidas e políticas públicas para promover a
acessibilidade em diversos aspectos da vida cotidiana. (Zitha, 1991).
A acessibilidade1 como direito fundamental das pessoas com deficiência física é garantida por leis
e tratados internacionais, como a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência2, que
estabelecem a obrigação dos Estados de promover e assegurar o pleno exercício desse direito. É
importante que a sociedade civil e as instituições públicas e privadas atuem em conjunto para
garantir a efetiva implementação da acessibilidade e a promoção da inclusão e igualdade para todas
as pessoas. (Mello, 2011).
Segundo Ribeiro (2018), Para as pessoas com deficiência física, a acessibilidade é essencial para
a sua independência, autonomia e dignidade. Ela permite que essas pessoas tenham igualdade de
oportunidades no mercado de trabalho, no acesso à educação, à cultura, ao lazer e aos serviços de
saúde. A acessibilidade também contribui para a inclusão social das pessoas com deficiência,
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A acessibilidade como direito das pessoas com deficiência física refere-se à garantia de que essas pessoas tenham
condições de acesso à infraestrutura, serviços e informações sem qualquer tipo de barreira ou discriminação. Isso
inclui a adaptação de espaços públicos e privados para que sejam acessíveis a cadeirantes, pessoas com mobilidade
reduzida, cegos, surdos e outras pessoas com deficiências físicas. Isso envolve a disponibilização de rampas de acesso,
corrimãos, elevadores, banheiros adaptados, sinalização em braille e em libras, entre outras medidas que facilitam a
locomoção e a comunicação das pessoas com deficiência física. Além disso, a acessibilidade também se aplica ao
ambiente digital, garantindo que sites e aplicativos sejam desenvolvidos de forma a serem acessíveis a pessoas com
deficiência.
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Deficiência é uma condição em que uma pessoa apresenta limitações em seu funcionamento físico, mental, sensorial
ou intelectual, que podem afetar suas atividades diárias e sua participação na sociedade. Existem diversos tipos de
deficiência, como deficiência física, deficiência visual, deficiência auditiva, deficiência intelectual, entre outras. É
importante respeitar e garantir os direitos das pessoas com deficiência, oferecendo acessibilidade e inclusão em todos
os aspectos da vida.
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promovendo a sua integração na sociedade e a quebra de barreiras físicas e sociais que limitam sua
participação plena.
Por isso, é fundamental que sejam adotadas medidas para garantir a acessibilidade em todos os
aspectos da vida das pessoas com deficiência física, como a adaptação dos espaços públicos e
privados, a disponibilização de tecnologias assistivas, o acesso a informação em formatos
acessíveis, entre outras iniciativas. Somente assim será possível assegurar o pleno exercício dos
direitos dessas pessoas e a promoção de uma sociedade mais inclusiva e igualitária. (Idem).
O conceito de acessibilidade começou a ser discutido de forma mais ampla na década de 1970,
com o movimento pelos direitos das pessoas com deficiência ganhando força em diversos países.
Nesse período, foram criadas leis e políticas públicas visando garantir que as pessoas com
deficiência tivessem igualdade de oportunidades em diferentes aspectos da vida, incluindo o acesso
a espaços públicos, transporte, educação, trabalho e saúde. (Resende, 2019).
No âmbito internacional, a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, adotada
pela ONU em 2006 e ratificada pelo Brasil em 2008, reconhece a acessibilidade como um direito
fundamental e estabelece que os Estados Partes devem garantir o acesso às instalações, ao
ambiente físico, aos transportes e às informações e comunicações, de forma igualitária e inclusiva.
(Idem).
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Para Zitha (1991), A Lei nº 53/2008 de 30 de Dezembro, define Pessoa portadora de deficiência
física ou de mobilidade condicionada: qualquer cidadão ou indivíduo com capacidade física
limitada de acesso e utilização dos sistemas de serviços e lugares públicos. A garantia de
acessibilidade em edifícios públicos e privados de uso coletivo, como escolas, hospitais, cinemas,
shoppings, entre outros;
A necessidade de adaptação dos meios de transporte coletivo para garantir o acesso dessas pessoas,
como ônibus adaptados, estações de metrô acessíveis, entre outros;
A promoção da inclusão social e da igualdade de oportunidades para todas as pessoas,
independentemente de sua condição física ou sensorial.
Esta lei estabelece sanções para o descumprimento das normas de acessibilidade, como multas e
interdição de estabelecimentos que não garantam a acessibilidade devida. Além disso, ela prevê a
criação de órgãos e conselhos específicos para promover e fiscalizar a aplicação da lei.
Existem várias normas jurídicas internacionais que abordam a acessibilidade como um direito
fundamental das pessoas com deficiência física. Algumas delas incluem:
Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU3: Esta convenção
reconhece o direito das pessoas com deficiência a terem acesso a ambientes físicos,
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A Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência reconhece a acessibilidade como um direito
fundamental das pessoas com deficiência física. Isso significa que as pessoas com deficiência têm o direito de acessar
locais, produtos, serviços e informações de maneira igualitária, sem discriminação e com autonomia. A Convenção
também estabelece que os Estados Partes devem tomar medidas para garantir a acessibilidade das pessoas com
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Este documento reconhece o direito das pessoas com deficiência à integração e à participação na
vida social, cultural e econômica da comunidade. Ele afirma que as políticas da União devem
garantir a acessibilidade para pessoas com deficiência a todos os locais e serviços.
3.Discussão de dados
3.1. Acessibilidade enquanto Direito Fundamental das Pessoas com Deficiência Física
Dominiczak (2015), defende a ideia de que a acessibilidade e mobilidade para pessoas com
deficiência devem ser garantidas de forma plena e efetiva. Ela acredita que é fundamental eliminar
barreiras arquitetônicas, sociais e tecnológicas que dificultem a participação plena dessas pessoas
na sociedade. A autora destaca a importância de políticas públicas inclusivas, que promovam a
igualdade de oportunidades e o respeito aos direitos das pessoas com deficiência. Ela também
incentiva a conscientização da sociedade sobre a importância da acessibilidade e mobilidade para
todos, incluindo a criação de espaços públicos acessíveis e a utilização de tecnologias assistivas.
Em resumo, Dominiczak (2015), defende que a acessibilidade e mobilidade para pessoas com
deficiência são direitos fundamentais que devem ser garantidos e promovidos por todos, visando
a inclusão e a igualdade de oportunidades para todos os cidadãos.
Por sua vez Ribeiro (2018), aborda a importância da acessibilidade e inclusão social de
pessoas com deficiência. Ela destaca a importância de políticas públicas e ações que promovam a
inclusão dessas pessoas na sociedade, garantindo seus direitos e oportunidades. A autora ressalta
Mello (2017), também destaca a necessidade de políticas públicas efetivas para promover a
inclusão e a acessibilidade das pessoas com deficiência na sociedade. Ela defende a implementação
de medidas que garantam a acessibilidade arquitetônica, de comunicação, de transporte e de
tecnologia, de modo a assegurar a plena participação e o exercício dos direitos das pessoas com
deficiência.
Maria Luiza Perício Mello defende a garantia do direito à acessibilidade como um imperativo ético
e legal para promover a inclusão e a dignidade das pessoas com deficiência.
Ainda no mesmo diapasão, Resende (2019, defende a importância de garantir a acessibilidade para
pessoas com deficiência, a fim de promover a inclusão e a igualdade de oportunidades. Ele destaca
que a acessibilidade é um direito humano fundamental e que deve ser assegurado em todos os
espaços, sejam eles públicos ou privados.
Um dos principais desafios enfrentados pelas pessoas com deficiência é a falta de infraestrutura
adequada para sua locomoção e integração social. Ele argumenta que é necessário adotar medidas
eficazes para garantir a acessibilidade, como a construção de calçadas adaptadas, rampas de
acesso, elevadores e banheiros acessíveis. (2019,p.13).
Por fim, o autor sugere soluções práticas para garantir a acessibilidade, como a adoção de normas
e legislações específicas, a realização de campanhas de conscientização e a capacitação de
profissionais para atender às necessidades das pessoas com deficiência. Ele enfatiza que a
acessibilidade não é apenas uma questão de adaptação física, mas também de inclusão e respeito
à diversidade.
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Em resumo, no nosso entender, o autor defende a ideia de que a acessibilidade nas cidades não é um benefício apenas
para um grupo específico de pessoas, mas sim uma necessidade de toda a sociedade. Ele enfatiza a importância de os
arquitetos e urbanistas assumirem a responsabilidade de promover a acessibilidade em seus projetos, contribuindo
para a construção de cidades mais justas e igualitárias.
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adequada. Ele destaca que muitas vezes essas pessoas enfrentam obstáculos como escadas sem
rampas de acesso, calçadas irregulares, falta de banheiros adaptados e transporte público
inacessível. Isso limita a sua autonomia e impede que essas pessoas vivam de forma plena e
inclusiva na sociedade. Libânio ressalta a importância de se investir em políticas públicas e
infraestrutura acessível, para garantir que todas as pessoas tenham direito à igualdade de acesso
aos espaços públicos.
As pessoas com deficiência física enfrentam uma série de desafios em relação à acessibilidade nos
espaços públicos. Muitas vezes essas pessoas têm dificuldade para se locomover, acessar locais de
forma autônoma e participar plenamente da vida em sociedade devido à falta de rampas,
elevadores, banheiros adaptados e outras estruturas que garantam a sua inclusão efetiva. A
importância de políticas públicas que garantam a acessibilidade universal e a igualdade de
oportunidades para todos, independentemente de suas condições físicas. Ela também destaca a
importância da conscientização da sociedade sobre as necessidades e direitos das pessoas com
deficiência física, a fim de promover uma cultura inclusiva e solidária. (P.25).
Zitha (1991), argumenta que as pessoas com deficiência física enfrentam uma série de
desafios em relação à acessibilidade nos espaços públicos. Ele ressalta que muitas vezes essas
pessoas encontram dificuldades em se locomover, em utilizar transporte público, em acessar locais
de lazer, cultura e educação, entre outros. O autor defende a importância de políticas de
acessibilidade e inclusão para garantir que todas as pessoas tenham igualdade de oportunidades e
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acesso aos espaços públicos. Também enfatiza a necessidade de conscientização da sociedade para
promover a inclusão e a acessibilidade para todos.
As pessoas com deficiência física enfrentam diversos desafios em relação à acessibilidade nos
espaços públicos. Ele destaca que muitas vezes essas pessoas têm dificuldade de locomoção devido
à falta de rampas de acesso, elevadores ou banheiros adaptados, o que pode limitar sua participação
em atividades sociais e culturais. Além disso, o autor aponta que a falta de sinalização adequada e
de calçadas em bom estado também são obstáculos frequentes para essas pessoas (Laita, 2015).
Ainda na visão de Gondan (2011), os desafios de acessibilidade das pessoas com deficiência física
no acesso aos espaços privados incluem:
Jotamo (1998), destaca que a conscientização e sensibilização das pessoas e empresas também são
importantes para garantir que os direitos das pessoas com deficiência sejam respeitados e que
medidas de acessibilidade sejam implementadas de forma efetiva. O descumprimento da legislação
que obriga a acessibilidade em espaços privados também é um obstáculo a ser superado, e a falta
de fiscalização e cobrança por parte das autoridades pode contribuir para a perpetuação dessas
barreiras.
Em suma, o autor ressalta a importância de promover a inclusão e garantir que as pessoas com
deficiência física tenham acesso igualitário aos espaços privados, o que requer um esforço
conjunto da sociedade, do poder público e das empresas para superar os desafios de acessibilidade
e promover a igualdade de oportunidades para todos.
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5. Conclusão
Terminado o trabalho investigativo, conclui-se que a acessibilidade é um direito
fundamental das pessoas com deficiência física, garantido pelo princípio da igualdade e da não
discriminação. A sua importância vai além da simples questão de permitir o acesso físico a espaços
e serviços, envolvendo também a promoção da inclusão social e da participação plena na vida em
sociedade. A falta de acessibilidade impede que as pessoas com deficiência física exerçam
plenamente seus direitos e potencialidades, limitando seu acesso a educação, trabalho, saúde,
cultura, lazer e outros aspectos fundamentais para o desenvolvimento humano. Além disso, a
barreira arquitetônica e urbanística também afeta a autonomia e a independência dessas pessoas,
aumentando sua dependência de terceiros e restringindo sua liberdade de movimento.
Portanto, a acessibilidade deve ser encarada como um imperativo ético e jurídico, que exige a
adoção de medidas concretas para eliminar as barreiras físicas, comunicacionais e atitudinais que
impedem a plena participação das pessoas com deficiência física na sociedade. Isso implica não
apenas na adequação dos espaços e serviços existentes, mas também na promoção da
conscientização e da sensibilização sobre a importância da inclusão e da diversidade. Em última
análise, a garantia da acessibilidade para as pessoas com deficiência física não se trata de um favor
ou de uma mera questão de conveniência, mas sim de um imperativo moral e legal que visa garantir
a dignidade e os direitos fundamentais dessas pessoas. É preciso, portanto, que os poderes
públicos, as empresas, as instituições e a sociedade como um todo se engajem ativamente nessa
causa, criando um ambiente mais inclusivo e acessível para todos.
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6. Bibliografia
1. Almeida, Gondan (2011). A acessibilidade como direito fundamental das pessoas com
deficiência física. Revista de Direito da Cidade, vol. 7, n. 2, pp. 157-176.
3. Batista, Ferreira Laita (2015). Acessibilidade como direito fundamental das pessoas com
deficiência na cidade de São Paulo. Cadernos de Estudos Sociais, vol. 3, n. 2, pp. 78-95.
4. De Luca, Mariana Zitha (1991). Acessibilidade como direito fundamental das pessoas com
deficiência física: desafios e perspectivas. Revista Jurídica Luso-Brasileira, vol. 7, n. 1,
pp. 45-62.
6. José Renato Schwambach (2016) - Acessibilidade nas cidades: guia prático para
arquitetos e urbanistas. Las Vegas.
8. Maria Luiza Perício Mello (2017) - Acessibilidade e direitos das pessoas com deficiência.
São Paulo.
9. Oliveira, Maria Suldane (2005). Acessibilidade como direito fundamental das pessoas
com deficiência física: uma análise à luz da Convenção sobre os Direitos das Pessoas
com Deficiência. Revista de Direitos Fundamentais e Democracia, vol. 21, n. 1, pp. 156-
174.
10. Rafael Conceição Resende (2019) - Acessibilidade para pessoas com deficiência: desafios
e soluções. Wanshigton.
11. Rodrigues, Cossa (2017). Acessibilidade como direito fundamental das pessoas com
deficiência física: uma análise crítica da legislação brasileira. Revista de Direito e
Desenvolvimento, vol. 5, n. 4, pp. 87-105.
16
12. SÁNCHEZ, L. Jossefa. (2011). A acessibilidade como direito fundamental das pessoas
com deficiência física: uma análise crítica da legislação brasileira. In: Revista Brasileira
de Direitos Fundamentais e Sociais, v. 5, n. 2, p. 45-63, 2020.