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Amendoim

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NOME: STELA TOMÉ MAURICIO CABO VERDE

TEMA:AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO PRODUTIVO DE QUATRO

(4) VARIEDADES DO AMENDOIM (Arachis hypogaea L.) NAS

CONDIÇÕES EDAFOCLIMÁTICAS DA VILA ULÓNGUÈ DO

DISTRITO DE ANGÓNIA.

PROJECTO DE PESQUISA: ENGENHARIA AGROPECUÁRIA.

PRODUÇÃO VEGETAL

FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

CURSO: ENGENHARIA AGRO-PECUÁRIA

ANGÓNIA, OUTUBRO DE JULHO 2018

STELA TOMÉ MAURICIO CABO VERDE


AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO PRODUTIVO DE QUATRO (4)

VARIEDADES DO AMENDOIM (Arachis hypogaea L.) NAS CONDIÇÕES

EDAFOCLIMÁTICAS DA VILA ULÓNGUÈ DO DISTRITO DE

ANGÓNIA.

Nota de apresentação

____________________

Projecto de pesquisa apresentado à Faculdade de Ciências


Agrária como requisito parcial à obtenção do título de
Licenciatura em Engenharia Agropecuáriaespecialidade em
Produção Vegetal.

Orientador: Eng° Borges Francisco Brás

_____________________________________

Co – Orientador: Eng°

______________________

Angónia, Agosto de 2018


AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO PRODUTIVO DE QUATRO (4)

VARIEDADES DO AMENDOIM (Arachis hypogaea L.) NAS CONDIÇÕES

EDAFOCLIMÁTICAS DA VILA ULÓNGUÈ DO DISTRITO DE

ANGÓNIA.

Autora:

STELA TOMÉ MAURICIO CABO VERDE


DECLARAÇÃO DE AUTORIA
Eu Stela Tomé Maurício Cabo Verde, declaro que esta Monografia é resultado do
meu próprio trabalho e está a ser submetido para obtenção do grau de licenciatura na
Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade Zambeze, Ulónguè.
Ela não foi submetida antes para obtenção de nenhum grau ou para avaliação em
nenhuma outra Universidade.

i
DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha família, em especial a minha mãe (Beda Injage) e aos
meus irmãos, meus tios, meu namorado por me apoiarem em toda minha vida.

ii
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a DEUS pela vida e estar sempre presentes em maus e bons
momentos da minha vida, e me ajudando a enfrentar, superar e vencer todas as dificuldades.
A minha mãe Beda Injage pela paciência que teve durante esses todos anos, dando-me
amor, educação, pelo esforço que tem feito por mim meu muitíssimo obrigado.
Aos meus irmãos, Naira Cabo Verde, Paula Cabo Verde, Maurício Cabo Verde,
Rivaldo cabo Verde, Marcela Amilton, Emerson Nacupe por estarem sempre do meu lado.
Aos meus tios, Betz Injage, Luck Injage, Rita Injage, Isaura Injage, Elsa Injage,
Geronimo Nacupe, em especial ao meu tio Betz Injage pelo apoio e incentivo, agradeço
bastante mesmo obrigado.
Ao meu tutor engenheiro Borges Brás pelo incansável esforço dedico para o sucesso
desta monografia, pela paciência na elaboração desta monografia, o meu muitíssimo obrigado.
Ao meu namorado pelo conselho, ajuda que tem me dado, meu muito obrigado.
Aos meus amigos Virgínia Tivir, a Helena Rimão, Carlos Quimbine, Getulio, Renato,
René Macueza, Carla Diaquino, Rofino Clemente, Fábio Anacleto pela amizade nos tempos
bons e difíceis na carreira estudantil.
Enfim, a todos que directa ou indirectamente contribuíram e tornaram possível a
realização da minha formação, o meu muito obrigado.

iii
Sumário
DECLARAÇÃO DE AUTORIA..................................................................................................i

DEDICATÓRIA..........................................................................................................................ii

AGRADECIMENTOS...............................................................................................................iii

RESUMO...................................................................................................................................vii

ABSTRACT.............................................................................................................................viii

LISTA DE FIGURAS.................................................................................................................ix

LISTA DE TABELAS.................................................................................................................x

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS................................................................................xi

CAPITULO I. INTRODUÇÃO...................................................................................................1

1.1. Contextualização...............................................................................................................1

1.2. Problema............................................................................................................................2

1.3. Justificativa........................................................................................................................2

1.4. Hipóteses...........................................................................................................................3

1.5. OBJECTIVOS...................................................................................................................3

1.5.1. Objectivo geral...........................................................................................................3

1.5.2. Objectivos específicos................................................................................................3

CAPITULO II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...........................................................................4

2.1.Ecofisiologia do Amendoim...............................................................................................4

2.2.Importância socio-económica............................................................................................4

2.2.1.Importância mundial....................................................................................................4

2.3.Temperatura.......................................................................................................................5

2.4.Disponibilidade hídrica......................................................................................................6

2.5. Solos e nutrição.................................................................................................................6

2.6. Controle de pragas e doenças...........................................................................................7

iv
2.7. Controlo de plantas daninhas............................................................................................8

2.8.Luminosidade e fotoperiodismo.........................................................................................8

2.9.Colheita..............................................................................................................................8

CAPITULO III. MATERIAIS E MÉTODOS...........................................................................10

3.1. Materiais..........................................................................................................................10

3.2. Métodos...........................................................................................................................10

3.2.1. Descrição da área de ensaio......................................................................................10

3.2.3. Croquis do campo.....................................................................................................11

3.2.4. Condução do ensaio..................................................................................................11

3.3.Preparo do solo.................................................................................................................12

3.4. Sementeira.......................................................................................................................12

3.5.Controlo de infestante......................................................................................................12

3.6.Controlo de pragas...........................................................................................................12

3.7. Colheita...........................................................................................................................12

3.8.Variáveis avaliadas...........................................................................................................12

3.8.1.Variavel vegetativa:...................................................................................................13

3.8.2.Variaveis Produtivas:.................................................................................................13

3.9. Analise estatistica............................................................................................................13

CAPÍTULO IV. RESULTADOS E DISCUSSÃO....................................................................14

4.1. Valores médios da Altura da Planta (AP).......................................................................14

4.2. Valores médios de número de vagens por plantas (NVP)...............................................14

4.3. Valores médios do peso de 100 grãos (PCG)..................................................................15

4.4. Rendimento.....................................................................................................................16

CAPÍTULO V. CONCLUSÃO.................................................................................................17

CAPÍTULO VI. CONSTRAGIMENTOS.................................................................................18

v
6.1. Deficiência Hidrica.........................................................................................................18

6.2. Ataque por corvos...........................................................................................................18

CAPÍTULO VII. RECOMENDAÇÕES....................................................................................19

CAPÍTULO VIII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................20

CAPÍTULO IX. ANEXOS........................................................................................................23

CAPÍTULO X. GLOSSÁRIO...................................................................................................26

vi
RESUMO
Com o objectivo de avaliar do desempenho produtivo de quatro (4) variedades do
amendoim (Arachis hypogaea l.) nas condições edafoclimáticas da vila ulónguè do distrito de
angónia, foi conduzido um experimento na Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade
Zambeze no periodo de Janeiro a Maio de 2018, num delineamento em blocos completamente
ao acaso com 4 tratamentos e 3 repetições, num universo de 12 parcelas, cada parcela foi
constituida por uma area de 8m2. Usou-se 4 quatro variedades , nomeadamente, Mamane,
Cingiro, CG7 e a local. Em que as variaveis avaliadas foram: altura da planta, número de
vagens por planta, peso de 100 grãos, rendimento grão. Os dados foram submetidos a análise
de variância (ANOVA). As variedades que melhor se expressam os rendimentos foram T3 e
T0.

Palavras-chave::Arachis hypogaea L, variedades, rendimento.

vii
ABSTRACT
In order to evaluate the productive performance of four (4) peanut varieties (Arachis
hypogaea L.) under the edaphoclimatic conditions of the Ulónguè village of the Angónia
district, an experiment was conducted at the Faculty of Agricultural Sciences of the Zambezi
University from January to May 2018, in a completely randomized block design with 4
treatments and 3 replicates, in a universe of 12 plots, each plot was constituted by an area of
8m2. Four varieties were used, namely Mamane, Cingiro, CG7 and local. The evaluated
variables were: plant height, number of pods per plant, weight of 100 grains, grain yield. The
data were submitted to analysis of variance (ANOVA). The varieties that best express the
yields were T3 and T0.

Key words: Arachis hypogaea L, varieties, yield.

viii
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1. Croqui da área

FIGURA 2. Cultura de amendoim aos 55 dias após a emergência.

ix
LISTA DE TABELAS
TABELA 1. Produção de amendoim em Moçambique

TABELA 2.Codificação dos tratamentos

TABELA 3.Valores médios da altura da planta

TABELA 4. Valores médios de número de vagem por planta

TABELA 5. Valores médios de peso de 100 grãos

TABELA 6. Valores médios do rendimento

TABELA 7. Altura da planta

TABELA 8. Número de vagem por planta

TABELA 9. Peso de 100 grãos

TABELA 10. Rendimento

x
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
%- Percentagem

AP- Altura da Planta

º C- Graus Célsius

CLUSA - Cooperative League of United States of America


C.V- Coeficiente de variação
FCA - Faculdade de Ciências Agrárias
FAO- Food Agriculture Organization of United Nations
g – grama
g/ha – grama por hectare
H0 - Hipótese nula
H1 - Hipótese alternativa
ha - Hectare
IIAM- Instituto de Investigação Agrária de Moçambique
Kg - Quilograma
Kg/ha - Quilograma por hectare
m - Metro
m² - Metro quadrado.

mm- Milímetro

NVP - Número de Vagem por Planta

N, P, K- Nitrogénio, Fósforo, Potássio

PCG- Peso de 100 Grãos

RG- Rendimento do Grão

USAID-

xi
CAPITULO I. INTRODUÇÃO
1.1. Contextualização
De acordo com FAGUNDES (2006), O amendoim cientificamente conhecido por
(Arachis hypogaea L.) é uma planta originária da América do Sul, na região compreendida
entre as latitudes 10º a 30º Sul, com provável centro de origem na região de Gran Chaco
(Paraguai), incluindo os vales dos rios Paraná e Paraguai. Assim sendo, a difusão do
amendoim iniciou-se pelos indígenas para as diversas regiões da América Latina, América
Central e México. Segundo NETO, et al., (2012), afirmam que o amendoim é a quarta
oleaginosa mais produzida no mundo.

A produtividade é um indicador económico que relaciona valores de produção com


quantidades dos factores de produção utilizados, sendo, portanto, um indicador importante
para a análise comparativa do desempenho e perspectivas de empresas e sectores produtivos.
Considerando que no sector agrícola todos os três factores de produção: terra, capital e
trabalho: tem grande importância, o indicador de produtividade de um factor isolado, pode não
reflectir com precisão a capacidade produtiva por não considerar as interacções entre os 3
factores.

Em geral, a produtividade cresce na medida em que aumenta a população de plantas,


até chegar a um ponto em que a competição por luz, nutriente e água, começa a limitar o
desenvolvimento das plantas e, portanto, os rendimentos comerciais (NAKAGAWA et. al.,
2000 e SILVA et. al., 2000).

Para MACÊDO (2010), a importância económica do amendoim está relacionada ao


facto das sementes possuírem sabor agradável e serem ricas em óleo (aproximadamente 50%)
e proteína (2 a 30%). Além disso contém carboidratos, sais minerais e vitaminas, constituindo-
se num alimento altamente energético (585 calorias/100 g/sementes. Os grãos também podem
ser utilizados para extracção do óleo, empregado directamente na alimentação. Segundo
ELIAS & BOFANA, (2015), afirma que a população de plantas é um dos factores que mais
afecta o rendimento, por exercer influência directa na demanda dos nutrientes (adubação), que
posteriormente influencia significativamente o comportamento das variáveis.

1
A cultura do amendoim visa à obtenção de grãos, destinados principalmente à alimentação
humana. Os grãos podem ser consumidos na forma in natura, torrados ou empregados na
culinária da confecção de doces. Industrialmente, o grão é processado para a extracção do
óleo, sendo este de qualidade nobre e rico em ácido oleico, também utilizado na indústria de
conservas e de produtos medicinais. E ainda foi incluído na proposta de um programa de óleos
vegetais para fins energéticos no País (Pró-Diesel), no início dos anos oitenta (CAMARA,
2014).

Segundo, USAID, (2010), nos últimos 5 anos o Amendoim, em Moçambique, tem


constituído uma cultura de muita importância para a economia dos produtos, por sua alta
demanda nos mercados internacionais e locais, bons preços, altos rendimentos por hectare e
fácil maneio agronómico, permitindo os produtores familiares alcançar maiores lucros em sua
actividade de produção, e conseguir óptimo impacto na vida familiar. Segundo IIAM, (2010),
em Moçambique a cultura do amendoim ocupa cerca de 332.000 hectares, ou seja 9% da área
total cultivada sendo a província de Nampula a maior produtora seguida de Inhambane, Gaza,
Zambézia e Cabo Delegado.

1.2. Problema
Grande parte dos produtores da vila Ulónguè usam sementes de amendoim não
certificados, uma vez que as tais sementes apresentam baixo rendimento produtivo, baixa
qualidade do produto, geram plantas com grãos deficientes, tamanho reduzido e pouco atraente
para o comércio, consequentemente baixa renda do produtor.

1.3. Justificativa
O objectivo estudo deste tema é para identificar a variedade que apresenta o melhor
desempenho produtivo entre as variedades abaixo mencionadas, para melhor rendimento dos
produtores. A produção da cultura do amendoim vem ganhando espaço no que diz respeito, a
maximização da sua produção. O Amendoim é uma leguminosa, como o feijão. Sendo
leguminosa o amendoim produz nitrogénio em nódulos nas raízes que enriquece o solo para as
culturas que seguem como o milho, a mapira, a mandioca, e outras. Assim, uso de variedades
certificadas tem sido implementado de modo que a cultura possa expressar o seu máximo
potencial.

2
O Distrito de Angónia oferece condições para produção da cultura de amendoim
(Arachis hypogaea. L) e outras culturas. O uso de variedade não certificada na produção desta
cultura em particular, tem levado as baixas produções e produtividade desta cultura. Daí surge
a necessidade de estudar o desempenho produtivo de quatro (4) variedades do amendoim
(Arachis hypogaea L.) nas condições edafoclimáticas da vila Ulónguè do distrito de Angónia,
como alternativa de incrementar os rendimentos desta cultura no geral.

1.4. Hipóteses
Para se definir a melhor variedade que responde melhor no que diz respeito o
desempenho produtivo das variedades da cultura de amendoim (Arachis hypogaea), nas
condições edafoclimáticas de Angónia, enunciam-se as seguintes hipóteses:

Hipótese nula (H0 )- Não existem diferenças significativas no desempenho produtivo de


quatro (4) variedades de cultura do amendoim.

Hipótese alternativa (H1)- Existe pelo menos uma variedade das quatro variedades do
amendoim que difere significativamente das outras variedades, quanto ao desempenho
produtivo.

1.5. OBJECTIVOS
1.5.1. Objectivo geral
 Avaliar o desempenho produtivo de quatro (4) variedades do amendoim (Arachis
hypogaea L.) nas condições edafoclimáticas da vila Ulóngué do distrito de Angónia.

1.5.2. Objectivos específicos


 Determinar os parâmetros de crescimento e de produção da cultura do amendoim das
variedades em estudo;
 Analisar o rendimento em diferentes variedades nas condições edafoclimatica de
Angónia.
 Identificar a variedade que se adequa melhor nas condições edafoclimatica de
Angónia;

3
CAPITULO II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1.Ecofisiologia do Amendoim
O amendoim cultivado, Arachis hypogaea L., pertence a família Fabaceae, subfamília
Faboideae e género Arachis. Essa espécie e subdividida em duas subespécies, Arachis
hypogaea L. subespécie hypogaea, cujos genótipos pertencem ao grupo Virgínia, e Arachis
hypogaea L. subespécie fastigiata, com os genótipos pertencentes aos grupos Valencia ou
Spanish (NOGUEIRA & TAVORA, 2005).

O ciclo fenológico e de 90 a 115 dias para as cultivares de ramos opostos e de 120 dias
para as variedades de ramos alternados. A Planta de amendoim e herbácea, erecta ou
prostrada, anual, atingindo altura da haste principal entre 50 a 60 cm. Possui crescimento
indeterminado, apresentando simultaneamente, a formação de estruturas vegetativas e
reprodutivas durante seu ciclo fenológico (NOGUEIRA & TAVORA, 2005).

Os indígenas foram os responsáveis pela difusão inicial do amendoim às diversas


regiões da América do Sul, sendo levado às ilhas do mar das Antilhas e, possivelmente, à
América Central e México. Sua introdução na Europa ocorreu no século XVIII, sendo
cultivado inicialmente no Jardim Botânico de Montpellier e, ao final do século, proveniente da
América, foi introduzido em Valença na Espanha, onde sua cultura se propagou (PEIXOTO,
1972).
A planta é dicotiledônea, herbácea, monóica, com flores hermafroditas e possui uma
característica intrínseca ao género: a presença de geocarpia obrigatória, onde após a
fertilização uma estrutura fibrosa denominada ginóforo, surge e se direciona para o solo dando
início à formação da vagem. Floresce profusamente, por um tempo indeterminado, produzindo
flores até o fim do ciclo (LUZ, 2009).

2.2.Importância socio-económica
2.2.1.Importância mundial
O amendoim é a quarta cultura oleaginosa mais importante do mundo. De todo o óleo
alimentar produzido no mundo, cerca de 10% é produzido a partir de amendoim. Para
conhecermos quanto se produz e onde se produz o amendoim, podemos recorrer à base de

4
dados da FAO. De acordo com essa fonte, a área cultivada com amendoim em todo o mundo é
de cerca de 23 milhões de hectares. Outras fontes referem uma área de cerca de 25 milhões de
hectares. O continente asiático é o que mais contribui para a produção mundial e é onde se tem
verificado o maior aumento da produção.

Segundo a CONAB, a Produção Mundial de Amendoim, para a safra 2012/13, está


estimada em 36,7 milhões de t, enquanto o consumo mundial está estimado em 35,4 milhões
de t. As exportações mundiais foram estimadas em cerca de 2,6 milhões de t, enquanto os
estoques finais foram em torno de 2,2 milhões de t.

Tabela 1: Produção de amendoim em Moçambique


Elemento Unid. 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Área colhida Ha 293.000 295.000 295.000 295.000 295.000 295.000

Produção Ton 93.000 85.977 102.932 94.454 68.000 70.000

Produtividad Kg/ 317 291 348 320 230 237


e Ha

Fonte: SEMANAL DE MERCADOS AGRÍCOLAS NO PAÍS, REGIÃO E MUNDO, (2015),

2.3.Temperatura
A temperatura nas regiões tropicais geralmente encontra-se próxima as exigências da
cultura, com pequenas variações durante o ano. Contudo, nas regiões de elevadas altitudes a
temperatura é o factor climático de maior importância. A temperatura actua basicamente sobre
a velocidade de crescimento e duração das fases do estádio vegetativo. Temperaturas de 32 °C
a 34 °C são óptimas e proporcionam alta velocidade e percentagem de germinação. Em
condições óptimas o amendoim germina em aproximadamente 4 a 5 dias. Temperaturas abaixo
de 18°C reduzem o poder germinativo das sementes (NOGUEIRA & TÁVORA, 2005).

As temperaturas óptimas para o crescimento vegetativo do amendoim situam-se entre


25°C a 35°C (NOGUEIRA & TÁVORA, 2005). Temperaturas abaixo do óptimo prolongam o
estádio vegetativo o que acarreta em maiores gastos com tratos culturais devido ao
alongamento do ciclo da cultura. Temperaturas nocturnas de 25°C e diurnas de 35°C

5
aumentam a translocação de N, P, K e carboidratos para os frutos, reduzem a respiração,
aumentam a taxa fotossintética, promovem maior acúmulo de carboidratos e a senescência das
folhas será mais lenta. Por outro lado, diferenças acima de 20º C entre as temperaturas diurnas
e nocturnas reduzem drasticamente a formação de flores (ARMANDO JÚNIOR, 1990).

2.4.Disponibilidade hídrica
A cultura do amendoim é considerada relativamente tolerante à seca, devido ao seu
sistema radicular profundo que permite explorar volume de solo das camadas mais profundas
as quais possuem maior disponibilidade de água. As necessidades hídricas variam de 450 a
700 mm durante o ciclo. A máxima exigência hídrica ocorre durante o florescimento e
frutificação. A falta de água no início do desenvolvimento faz com que ocorram problemas
como atraso e irregularidades na germinação (CATO et al., 2008).

É de suma importância que as exigências hídricas, bem como as nutricionais, a partir


do início do florescimento sejam atendidas, pois a partir deste período, muitos eventos
começam a ocorrer na planta como: produção de folhas, flores, raízes, ginóforos, penetração
dos ginóforos no solo e o desenvolvimento das vagens.

O déficit hídrico no período vegetativo resulta em alongamento do ciclo da cultura, e


isto faz com que o produtor tenha maiores gastos com os tratos culturais. Se a falta de água
ocorrer no florescimento, haverá queda de flores e murchamento de ginóforos, afectando
directamente a produção. Na frutificação a deficiência hídrica resulta em formação de grãos
com menor peso específico, ou até mesmo o não preenchimento dos grãos, diminuindo a
produção.

O déficit hídrico pode afectar negativamente o conjunto das funções fisiológicas da


planta, como a fotossíntese, respiração e outras reacções metabólicas, que podem repercutir
directamente nas variações anatómicas (estómatos), no crescimento, na reprodução e no
desenvolvimento das plantas, de modo geral, particularmente nos frutos e sementes e,
consequentemente, na produtividade (SILVA & BELTRÃO, 2000).

6
2.5. Solos e nutrição
A cultura desenvolve-se bem em solos de textura arenosa, geralmente, estes solos
possuem boa drenagem e aeração, favorecendo o desenvolvimento das raízes e frutos, como
também o suprimento de nitrogênio para a fixação simbiótica, por outro lado, a baixa aeração
favorece o desenvolvimento de organismos patogênicos.
Como desvantagem, os solos arenosos apresentam baixa capacidade de reter água
podendo ocorrer reduções de produtividade, menor fertilidade, devido à baixa capacidade de
troca catiônica, e muitas vezes necessitam da correção da acidez por meio da aplicação de
calcário, assim como frequentes aplicações de fertilizantes. O produto final colhido nos solos
arenosos possui qualidade superior, pois nos solos argilosos grande parte das vagens colhidas
apresentam coloração mais escura, devido a partículas de argila que ficam aderidas ao fruto
(NOGUEIRA & TÁVORA, 2005).

Solos de textura argilosa, do ponto de vista da nutrição mineral são de maneio mais
fácil quando se pretende praticar uma agricultura moderna (NOGUEIRA & TÁVORA, 2005).
São solos mais coesos, menos erodidos, possuem maior capacidade em reter umidade, e nestes
solos, quando se realiza semeadura direta do amendoim e pratica-se rotação de culturas,
podem ter sua estrutura melhorada com relação à aeração, drenagem e disponibilidade de
nutrientes.
O pH considerado óptimo para a cultura situa-se entre 6 e 6,5 (SANTOS et al., 1996).
É importante manter o pH do solo dentro da faixa óptima de cultivo para que não ocorram
deficiências nutricionais, tais como: cálcio, molibdênio e fósforo.
Com relação ao nitrogênio os resultados dos estudos são contraditórios, havendo
respostas à aplicação em alguns estudos e em outros não (NOGUEIRA & TÁVORA, 2005).

2.6. Controle de pragas e doenças


Principais pragas previstas: Larvas; Trips; Térmites; Afídios; Hilda patruelis; ratos;
corvos; toupeiras, macacos; roscas e nemátodos. Para o controle de pragas, será feita a gestão
de resíduos e a drenagem adequada; Vai se corretar as pragas de extrema importância para o
estudo do ciclo da vida; Para o combate químico das pragas usada uma insecticida (Cyper 5%)
proporção de 16ml/16 litros de água que tem substância activa, FILHO, et al., (2006).
7
As principais doenças que ocorrem na cultura podem causar a redução de 10% a mais
de 50% na produção de vagens, quando medidas de controle não são utilizadas (MORAES,
2006). Os principais problemas podem ocorrer tanto na fase de plantio, com as doenças de
sementes e plântulas, como durante o desenvolvimento da cultura, com as doenças causadas
por fungos do solo ou da parte aérea, após a colheita, com fungos produtores de aflatoxina ou
de grãos armazenados. A cultura do amendoim tem grande incidência de moléstias do tipo:
doenças de pré-emergência e das sementeiras, Cercosporiose, verrugose e murcha (MORAES,
2006).

Para controlar as doenças do amendoim recomendam-se as práticas de caráter cultural,


como a rotação e a queima dos restos, visando diminuir o ambiente favorável às moléstias.
Contra a cercosporiose e a verrugose aconselham-se pulverizações na folhagem com
fungicidas à base de cobre. As doenças de pré emergência pode ser controladas com o
tratamento de semente (MORAES, 2006).

2.7. Controlo de plantas daninhas


Ainda na perspectiva TIVELLI &TRANI,(2010), o controlo de plantas daninhas é feito
manualmente; Mecânico, com auxílio das enxadas; Químico no uso das herbicidas registado
para esta cultura tais como metamitrona e paraquat;

2.8.Luminosidade e fotoperiodismo
A cultura do amendoim é considerada como planta neutra, ou seja, não há efeito do
fotoperíodo nas plantas. Em condições de campo a luz não é um fator limitante para a
fotossíntese, porém para que se tenha o desenvolvimento normal dos frutos faz-se necessário a
ausência de luz na extremidade dos ginóforos, sendo a frutificação subterrânea (NOGUEIRA
& TÁVORA, 2005).

2.9.Colheita
Segundo SUASSUCA, et al., (2006), colheita e beneficiamento é procedida de forma
manual ou a tracção animal. Em pequenas propriedades se utiliza, normalmente, a mão-de-
obra familiar nesta operação; após o arranque manual, as plantas são amontoadas para
secagem, de modo a reduzir a humidade das sementes, não é recomendado atrasar o período de

8
colheita uma vez que tal procedimento pode incorrer em germinação das sementes dentro da
própria vagem e no aparecimento de doenças, danificando a qualidade do produto.

No sistema semi-mecanizado é realizado o corte das raízes previamente ao arranque,


com posteriores amontoadas, utilizando-se implemento traccionado por tractor, que possui
duas lâminas cortantes em forma de V aberto que, por sua vez, cortam quatro linhas por vez.
Segundo GODOY et al. (1984), a passagem da lâmina proporciona no arranque uma redução
nas perdas, em torno de 6%. O despencamento só deve ser feito quando as vagens estiverem
completamente maduras; a secagem pode ser realizada em secadores ou em terreiro, deixando-
se as plantas expostas ao sol por, pelo menos, três dias seguidos; o debulhamento ou
descascamento é uma actividade realizada frequentemente, utilizando-se mão-de-obra familiar
nas pequenas propriedades; para auxiliar nesta actividade.

A colheita do amendoim é feita manualmente, arrancam a planta toda, depois tiram as


vagens e colocam em uma lona normalmente estendida no terreiro da casa, onde são lavadas,
em seguida deixam secar ao sol por aproximadamente dois a três dias. Caso ocorra chuva,
recolhem, e assim que tiver sol colocam para secar novamente agricultores dizem que é
necessário secar para não estragar.

9
CAPITULO III. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1. Materiais
 Estacas- demarcação da área;

 Fitamétrica- será usada para demarcação da área;

 Corda- demarcação da área e alinhamento das linhas das plantas;

 Enxadas serão utilizadas para sacha;

 Sementes- serão usadas para a sementeira no campo;

 Insecticida- para controlo de pragas; Régua- para medir algumas variáveis;

 Balança- para pesar os grãos;

3.2. Métodos
3.2.1. Descrição da área de ensaio
O experimento foi conduzido na faculdade ciências agrárias a mais ou menos 800
quilômetros da estrada nacional número 304, no distrito de Angónia na vila Ulónguè. Está
situado na província de Tete sendo limitado a norte, nordeste e este pelo território da vizinha
Malawi, e sul pelo distrito de Macanga. O distrito apresenta as seguintes coordenadas:
14°42'57" de latitude Sul 34° 22' 23” longitudes a Este, e 1650 m de altitudes no município de
Angónia (MAE,2005).

Quanto a clima o distrito é coberto pelo clima temperado húmido influenciado


fortemente pela altitude apresenta uma grande variação de precipitação de 725 mm a 1149
mm, com maior parte de queda pluviométrica (90%) acontecendo entre finais de novembro e
princípio de abril, o padrão de temperatura e condicionado pela altitude a qual varia de 700 até
1655 m, com temperatura média para Ulónguè 20.9°C. A topografia considerada muito
ondulada, as principais montanhas são o monte domue-2095m macumgua-1797m e chirobwe-
2021m (MAE, 2005).

10
3.2.3. Croquis do campo
13m

0,5m 9.5m

T0 2m T2 T3

4m

T2 T1 T0

0,5m

T1 T3 T2

T3 T0 T1

Figura 1. Croquis da área

3.2.4. Conduçã o do ensaio


O ensaio foi implementado em Dezembro de 2017, conduzido durante quatro (4) meses,
com término em Maio de 2018.

3.2.4.1.Descrição dos tratamentos


No primeiro tratamento (T0) as três repetições foram var. local (Testemunha);
No tratamento dois (T1) as três repetições foram var. Manane;
No tratamento três (T2) as três repetições foram var. Cingiro;

11
No tratamento quatro (T3) as três repetições foram var. CG7.

3.3.Preparo do solo
A preparação do solo foi realizada no mês de Dezembro e envolveu operações como limpeza
da área, lavoura, destorroamento e levantamento dos canteiros. Tendo como objectivo
proporcionar melhores condições para a sementeira, o crescimento, desenvolvimento da
cultura e por fim obter bons rendimentos.

3.4. Sementeira
No dia 24/01/2018 fez-se a sementeira para todos os tratamentos, com a profundidade
de 2 cm e espaçados de 60 cm entre linha e 30 cm entre planta. Ao fazer a sementeira, foram
deixadas cair uma semente por cova a cada 30cm. E fez-se a resementeira após 8 dias a
emergência.

3.5.Controlo de infestante
Durante o ciclo da cultura, foram necessárias apenas duas sachas usando enxada de cabo curto,
a primeira foi feita 29 dias após a emergência, foi no dia 23 de Fevereiro de 2018 e a segunda
sacha foi feita 33 dias após a realização da primeira sacha, foi no dia 26 de Março de 2018,
oportunidades em que se processou a amontoa, facilitando, com estas práticas, o
desenvolvimento das vagens e sua formação.

3.6.Controlo de pragas
Quanto ao controlo de pragas foram realizadas 2 pulverizações, usando Cipermetrina tendo
início aos 55 dias após a emergência,

3.7. Colheita
A colheita foi realizada manualmente, aos 125 dias após a sementeira. Neste processo
foi acompanhada com a contagem de número de vagem e número de grãos que cada planta
possuía. De seguida etiquetou-se e colocou-se nos sacos de acordo com a sua identificação
para evitar mistura dos tratamentos.

12
3.8.Variáveis avaliadas
Quanto as variáveis vegetativas, avaliou-se apenas altura da planta. E quanto as
variáveis produtivas foram avaliadas as seguintes: altura da planta, número de vagens por
planta, peso de 100 grãos e o rendimento.

3.8.1. Variável vegetativa:


 Altura da Planta (AP)
Foi medida com base na régua, a partir do nível do solo até a extremidade da folha
mais alta e expressa o resultado em centímetro e por fim as médias foram achadas em cada
tratamento, com base nas repetições.

3.8.2.Variaveis Produtivas:
 Número de Vagens por Planta (NVP)
Após a colheita, colectou-se nas nove (9) plantas da área útil de cada parcela, sendo
obtido pela contagem do número total de vagens e calculada a média, por fim será achada a
média em cada tratamento, com base nas repetições.
 Peso de 100 grãos (PCG)
Foi determinado através da pesagem de 100 grãos da área útil, os pesos serão
determinados em balança de precisão.
 Número de grãos por vagem (NGV)
Foi obtido através da contagem do número total de grãos oriundos na noves (9) plantas
e dividindo o resultado pelo número total de vagens e por fim vai as medias será
achadas as médias em cada tratamento, com base nas repetições.
 Rendimento dos grãos (RG)
Foi determinada através do peso de grãos da área útil em gramas, e em seguida
estipulados os dados para quilogramas por 1ha.

Tabela 2. Codificação dos tratamentos


Tratamentos Variedades
0 Local
1 Mamane
13
2 Cingiro
3 CG7
Fonte: (AUTORA, 2018).

3.9. Analise estatística


O programa usado para processar os dados foi mediante o pacote estatístico Sisvar, em
seguida os dados foram submetidos a análise de variância aplicando o teste de Tukey a 5% de
significância, para verificar a existência ou não de diferenças significativas entre as médias das
variáveis avaliadas.

14
CAPÍTULO IV. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para o teste de comparação de média foi utilizado programa SISVAR e gerado um
arquivo de dados com número de variáveis:4, , número de repetições: 3, nível de significância:
5, número de tratamentos: 4, testes comparativos de médias Tukey. Foram realizados o teste
de comparação de média para as variáveis: AP; NVP;NGV; P100G; e rendimento.

4.1. Valores médios da Altura da Planta (AP)


Tabela 3 : Valores médios da altura da planta (AP)
Tratamentos AP ( cm)
T1 25.033333 a
T3 25.233333 a
T2 25.533333 a
T0 30.533333 a
C.V (%) 12.52
Médias seguidas de uma ou duas letras em comum na coluna, não diferem
estatísticamente pelo teste de Tukey a nível de significância de 5% (∝=0 , 05 ¿ .

Na tabela 3, verificou-se que não houve diferenças significativas no tratamento 1 em


relação aos demais tratamentos.
Segundo DIVAGE, et al., (2012) as variedades de ciclo curto do tipo Spanish e com
hábito de crescimento erecto a altura das plantas não mostra uma variação entre elas, enquanto
para as de ciclo longo têm grande flutuação sobre altura das plantas, concordando com os
resultados apresentados no estudo.

4.2. Valores médios de número de vagens por plantas (NVP)


TABELA 4: Valores médios de número de vagens por plantas (NVP)
Tratamentos NVP
T0 16.566667 a
T2 21.766667 a
T3 25.466667 a

15
T1 31.533333 a
C.V (%) 24.72
Médias seguidas de uma ou duas letras em comum na coluna, não diferem
estatísticamente pelo teste de Tukey a nivel de significância de 5% (∝=0 , 05 ¿ .

Na tabela 4, verificou-se que não houve diferenças significativas no tratamento 1 em


relação aos demais tratamentos. Correspondendo à média superior de 31.533333 vagens por
planta no tratamento 1, seguida do tratamento 3 com a média de 25.466667 vagens por planta,
o tratamento 2 com a média de 21.766667 vagens por planta e por fim o tratamento zero com a
menor média de 16.566667 vagens por planta.
Para o caso do peso de vagens, segundo GUILHERME et al., (2006/2007), verificou
que variedades de ciclo longo possuem maior número de vagens, mas com um peso
relativamente inferior. Enquanto variedades com indicações de ciclo curto, tiveram as suas
vagens cheias e apresentaram um peso superior.
A baixa temperatura nocturna tem sido considerada o principal factor climático
responsável pela insuficiente formação de vagens (CATO et al., 2008).
A ocorrência de déficit hídrico nas fases de crescimento e desenvolvimento dos
ginóforos e das vagens na cultura resulta em decréscimo na produção, primariamente pela
redução do número de vagens, antes mesmo que pela massa das vagens e sementes (BOOTE et
al., 1976; PALLAS et al., 1979).

4.3. Valores médios de número de graos por vagens (NGV)


TABELA 5: Valores médios de número de graos por vagens (NGV)

Tratamentos NGV
T0 2.200000 a
T2 2.066667 a
T3 2.166667 a
T1 2.033333 a
C.V (%) 5.79

16
4.4. Valores médios do peso de 100 grãos (PCG)
TABELA 6: Valores médios de peso de 100 grãos (PCG)
Tratamentos PCG (g/ ha)
T1 25.000000 a
T0 40.000000 b
T2 45.000000 c
T3 55.000000 d
C.V (%) 0.00
Médias seguidas de uma ou duas letras em comum na coluna, não diferem
estatísticamente pelo teste de Tukey a nivel de significância de 5% (∝=0 , 05 ¿ .

Na tabela 6, verificou-se que houve diferença significativa entre os tratamentos.


Correspondendo à média superior o tratamento 3 com um valor de 55g, seguido por tratamento
2 com um valor de 45g, tratamento zero com um valor de 40g e tratamento 1 com um valor
mais baixo de 25 g.
O peso de 100 grãos se caracteriza por cada genótipo diferente, sendo que variedade
"Mamane" se diferenciou das demais com grãos menores.
Nascimento (2015) observou em seus estudos que apenas os descritores NVg, NGT,
PV100 e PS100 apresentaram diferenças significativas; considerando tais descritores, foi
observado que a testemunha BAA7 produziu o maior NVg (40,33), contudo, BAA1 com
média de PV100 (131,98) e PS100(41,18) pode ser considerado o acesso mais produtivo uma
vez que obteve maior massa de sementes.

4.5. Rendimento
TABELA 7: Valores médios do rendimento
Tratamentos Rendimento ( Kg/ ha)
T1 270.833333 a
T2 322.916667 a b
T0 339.583333 b

17
T3 366.666667 b
C.V (%) 7.89
Médias seguidas de uma ou duas letras em comum na coluna, não diferem
estatisticamente pelo teste de Tukey a nível de significância de 5% (∝=0 , 05 ¿ .

Na tabela 7, verificou-se que houve diferenças significativas no tratamento 1 em


relação ao tratamento zero e 3, mas, o tratamento 1 não diferiu com o tratamento 2, tendo à
média superior o tratamento 3 com 366.666667 kg/ha. Por outro lado, o tratamento zero não
difere-se com os tratamentos 2 e 3, enquanto que o tratamento 3 não se difere com o
tratamento 1 com a média mais reduzida de 270.833333 kg/ha.
Segundo MUITIA, (2008), os rendimentos médios de Moçambique oscilam dos 800 a
1000 kg/ha. E CARVALHO, et al., (2011), afirma que o rendimento médio em África, rondam
nos 743 kg/ha.
As razões que podem ter influenciado pode ser ataque por térmites, formigas, corvos e
escassez de precipitação que se registou na fase de floração e enchimento do grão;
ocasionando o não enchimento das vagens, redução do peso dos grãos por planta e da
densidade populacional.

18
CAPÍTULO V. CONCLUSÃO
De acordo com os resultados encontrado deste presente trabalho e dentro das condições edafo-
climáticos da vila de Ulónguè em que o ensaio foi realizado, concluiu-se que:

 Quanto aos parâmetros de crescimento e de produção da cultura do amendoim, os que


foram determinados foram: Altura da planta, número de vagens por planta, número de
grãos por vagem , peso de 100 grãos e o rendimento, dentre estes parâmetros.
 Comparação dos rendimentos obtidos, o tratamento 3 teve maior rendimento em
relação aos demais tratamentos com a média elevada de 366.666667 kg/ha seguido por
tratamento zero com a média de 339.583333 kg/ha, tratamento 2 com a média de
322.916667 kg/ha e por fim o tratamento 1 com a média baixa de 270.833333 kg/ha.
 Dentre a variedades estudada a melhor é a variedade CG7 com rendimento de
366.666667 kg/ha.

19
CAPÍTULO VI. CONSTRAGIMENTOS
6.1. Deficiência Hídrica
O déficit hídrico durante o desenvolvimento do amendoim prejudica vários processos
fisiológicos da planta e reduz sua produtividade. Como consequência do decréscimo da
disponibilidade de água, os estômas fecham minimizando a perda de água pela abertura
estomática e nesta condição a maior perda de água ocorre por transpiração cuticular
(SAMDUR et al., 2003),
Períodos de déficit hídrico superiores a 35 dias provocaram redução no crescimento de
plantas de amendoim, sem, contudo, paralisá-lo (Correia & Nogueira 2004). Com a deficiência
hídrica, há diminuição na taxa fotossintética, ocasionando redução no crescimento da planta e
afectando a formação e desenvolvimento de grãos, os quais influenciam directamente na
produção.

6.2. Ataque por corvos

20
CAPÍTULO VII. RECOMENDAÇÕES
 Conforme os resultados deste presente trabalho e das conclusões a que se chegou
permitiram dar uma visão sobre a necessidade de se fazer estudos similares nas
condições edafo-climáticos de Angónia-Ulónguè, para melhoria e eficiência na melhor
escolha de variedades.
 Aos produtores usem sementes melhoradas.

21
CAPÍTULO VIII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. BOOTE, K.J.; VARNELL, R.J.; DUNCAN, W.G. Relationships of size, osmotic
concentration, and sugar concentration of peanut pods to soil water. Proceedings Crop
and Soil Science Society, Florida, v.35, p.47-50, 1976.
2. CATO, S. C.; ALBERT, L. H. B.; MONTEIRO, A. C. B. A. Amendoinzeiro. In:
CASTRO, P. R. C. Manual de Fisiologia Vegetal: Fisiologia de Cultivos. Piracicaba:
Editora Ceres, 2008. p. 26-35.
3. CAMARA, G. M. S. Introdução ao agronegócio amendoim. USP/ESALQ.
2014.Disponívelem:http://www.lpv.esalq.usp.br/lpv506/LPV%20506%20A01%20
%20Amendoim%20Apostila%20Agronegocio.pdf. Acessado em: 02/04/2016.
4. CORREIA, K. G.; NOGUEIRA, R. J. M. C. Avaliação do crescimento do amendoim
(Arachis hypogaea L.) submetido a déficit hídrico.Revista de Biologia e Ciências da
Terra, Campina Grande, v. 4, n. 2, p. 1-7, 2004.
5. CONAB. Companhia Brasileira de Abastecimento. Proposta de preços mínimos -
Safra 2013/2014. Superintendência De Gestão Da Oferta – SUGOF. Abril de 2013.
Disponível\em:<http://www.conab.gov.br/OlalaCMS/uploads/arquivos/13_11_22_15_
41_10_pm_verao_13_14.pdf>. Acessado em: 26/04/2016.
6. DIVAGE, B.; NAPITA, I.; CARVALHO, M. J.; MUITIA, A.; DA CONCEIÇÃO, M.
Relatório anual de actividades, campanha 2010/2011. Instituto de Investigação
Agrária de Moçambique, CZnd, 2012.
7. ELIAS H. G., & BOFANA J. (2015). AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO DO
GRÃO DA CULTURA DE AMENDOIM (Arachis hypogaea L.) EM FUNÇÃO
DE COMPASSOS DIFERENCIADOS,
8. ERISMANN, N.DE.M.; MACHADO, E.C.; GODOY, I.J.DE. Capacidade
fotossintética de genótipos de amendoim em ambiente natural e controlado.
Pesquisa Agro-pecuária Brasileira, v.41, n.7, p.1099-1108, 2006.
9. Fagundes, M. H. (2006). Sementes de amendoim: alguns comentários. Disponível em
http://www.conab.gov.br/dowload/cas/especiais/sementes-de-amendoiminternet.pdf.
Acesso em: 6 fevereiro.2015.
10. GUILHERME, P.; NAPITA, I. C.; DONÇA, M.; MUITIA, A. Relatório anual de
actividades, Instituto de Investigação Agrária de Moçambique, CZnd, 2006/2007.
22
11. GODOY, O.P., CÂMARA, G.M.S., MARCOS FILHO, J., FONSECA, H. (1984).
Amendoim – produção, pré processamento e transformação agroindustrial.
Piracicaba, 83p. Série Extensão Industrial.
12. IIAM – Ministério de Agricultura & FAEF – UEM. (2010).Fichas Técnicas de
Culturas.1ª ed. 137-158pp. Maputo.
13. IIAM. Instituto de Investigação Agrário de Moçambique, relatório anual de
actividades (campanha 2009-2010) publicado em Maio de 2011; no
www.iiam.gov.mz. p. (30), 2011.
14. INFORMAÇÃO SEMANAL DE MERCADOS AGRÍCOLAS NO PAÍS, REGIÃO E
MUNDO, Publicação do Sistema de Informação de Mercados Agrícolas (SIMA)
Ministério da Agricultura - Direcção de Economia-Dpto. Estatística, (29 de
Dezembro de 2005);
15. LUZ, L. N. Estimativa de parâmetros genéticos em populações segregantes de
amendoim. UFRP. Recife. Maio de 2009.
16. LUZ, L. N., SANTOS, R. C., FILHO, J. L. S., FILHO, P. A. Estimativas de
parâmetros genéticos em linhagens de amendoim baseadas em descritores
associados ao ginóforo. Revista Ciência Agronômica. v. 41. n. 1. jan-mar, 2010. p.
132-138.
17. MACÊDO M. H. G. (2010). Amendoim
18. NASCIMENTO, R.S.; SOUZA, R.F.; GALVÃO, S.P.; FREITAS JÚNIOR, S.P.; LUZ,
L.N. Caracterização morfoagronômica de acessos de amendoim coletados no
Cariri cearense. In: II Simpósio da Rede de Recursos Genéticos Vegetais do
Nordeste, 2015, Fortaleza. Anais do II Simpósio da RGV Nordeste. Fortaleza,
Embrapa Agroindústria Tropical, 2015.
19. NETO, A., COSTA C. R., CASTRO, R. (2012).Comportamento do amendoim “das
águas”, Arachis hypogaea L., sob diferentes espaçamentos e densidades de
semeadura.Paraná, Brasil.
20. NAKAGAWA, J.; LASCA, D. DE C.; NEVES, G. DE S.; NEVES, J. P. DE
S.;SILVA, M. N. DA; SANCHES, S. V.; BARBOSA, V.; ROSSETTO, C. A. V.
Plantdensityandpeanutyield. Scientia Agricola, Recife, v.57, n.1, 2000.

23
21. NOGUEIRA, R.J.M.; TÁVORA, F.J.A.F.; Ecofisiologia do amendoim. In: DOS
SANTOS, R.C. O agronegócio do amendoim no Brasil. Campina Grande: Embrapa
Algodão, 2005. p.71-122.

22. PALLAS Jr., J.E.; STANSELL, J.R.; KOSKE, T.J. Effects of drought on florunner
peanuts. Agronomy Journal, v.71, n.5, p.853-858,1979.

23. PEIXOTO, A. R. Plantas oleaginosas herbáceas. São Paulo: Nobel. Peixoto, 1972.
171 p.

24. SILVA, L.C.; BELTRÃO, N.E.de.M. Incremento de fitomassa e produtividade do


amendoinzeiro em função de lâmina e intervalos de irrigação. Revista Brasileira de
Oleaginosas e Fibrosas, Campina Grande, v.4, n.2, p.111-121, 2000.
25. SANTOS, R.C. DOS; VALE, L.V.; SILVA, O.R.F.; ALMEIDA, V.M.R.A.
Recomendações técnicas para o cultivo de amendoim precoce no período das
águas. 1996. 21p. (Embrapa)Algodão. Circular técnica 20).
26. SAMDUR, M.Y. et al. Genotypic differences and water – deficit induced
enhancement inepicuticular wax load in peanut. Crop Science, v.43, p.1294-1299,
2003.
27. USAID, (ABRIL DE 2010).O Amendoim Uma Cultura de Boa Nutrição e
Rendimento,

24
CAPÍTULO IX. ANEXOS
Figura 2: cultura do amendoim aos 55 dias após a emergência.

Fonte: (AUTORA, 2018).

25
Resultados de ANOVA

Tabela 8. Altura da planta

FV GL SQ QM Fc Pr>Fc

Trat. 3 62.790000 20.930000 1.891 0.2095

erro 8 88.546667 11.068333

Total corrigido 11 151.336667

CV (%) = 12.52

Média geral: 26.5833333

Tabela 8. Número de Vagem por Planta

FV GL SQ QM Fc Pr>Fc

Trat. 3 357.100000 119.033333 3.428 0.0726

erro 8 277.766667 34.720833

Total corrigido 11 634.866667

CV (%) = 24.72

Média geral: 23.8333333

Tabela 10. Número de graos por vagem

FV GL SQ QM Fc Pr>Fc

Trat. 3 0.056667 0.018889 1.259 0.3516

26
erro 8 0.120000 0.015000

Total corrigido 11 0.176667

CV (%) = 5.79

Média geral: 2.1166667

Tabela 11. Peso de 100 grãos

FV GL SQ QM Fc Pr>Fc

Trat 3 1406.250000 468.750000 1.0009 0.0000

erro 8 0.000000000 0.0000000

Total corrigido 11 1406.250000

CV (%) = 0.00
41.2500000
Média geral:

Tabela 12. Rendimento

FV GL SQ QM Fc Pr>Fc

Trat. 3 14661.458333 4887.152778 7.432 0.0106

erro 8 5260.416667 657.552083

Total corrigido 11 19921.875000

CV (%) = 7.89

Média geral: 325.0000000

27
CAPÍTULO X. GLOSSÁRIO
Estádios - Época; período; fase; estação.
Geocarpia - processo pelo qual uma flor aérea, após ser fecundada, produz um fruto
subterrâneo.
Ginóforos- sustentáculo que nasce do receptáculo da flor, e que contem somente órgãos
femininos
Hermafrodita - planta que possuem órgão reprodutor masculino e feminino em uma mesma
planta.
Indígenas – aquele que e originário dos pais de que se trata, ou original de determinado pais,
região ou lugar.
Monóica – espécie em que o mesmo individuo apresenta órgãos sexuais dos dois sexos.
Moléstias- mal-estar ou sofrimento físico.
Nódulos – estruturas tuberosas formadas a partir de raízes de plantas e aderidas a elas.
Repercutir- fazer alguma informação ganhar conhecimento, torna-la famosa, disseminá-la.

28

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