Biologia PDF
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● A teoria celular foi criada por Mathias Scheiden e Theodor Schwann, e é a partir dela que os
estudos da célula foram regidos.
● A partir dos estudos da citologia é possível conhecer muito mais dos organismos vivos.
● A citologia e a histologia são ciências com objetos de estudo distintos, mas que se
complementam.
A citologia ou biologia celular é um dos ramos de estudo da Biologia que estuda as células que
compõem os organismos e o seu funcionamento, além de como ocorre o seu ciclo celular.
Tipos de células
As células são diferentes entre si, e podemos dividi-las de forma simples em células procarióticas e
eucarióticas, como pode ser visto a seguir.
Procarióticas: são células que possuem uma estrutura mais simples e não possuem carioteca. Nesse
tipo de células, não há compartimentos membranosos nem núcleo individualizado. A maioria das
organelas celulares encontra-se ausente nas procarióticas. Entre as poucas organelas presentes,
estão os ribossomos. Como exemplo de organismos compostos por células procarióticas temos os
seres do reino Monera.
Eucarióticas: são células que possuem uma estrutura mais complexa, possuindo um núcleo
organizado e com a presença de carioteca. Nesse tipo de célula, é possível encontrar uma
diversidade de organelas, que desempenham funções metabólicas. Componentes do reino Animal e
Fungi são alguns dos organismos compostos por células eucarióticas.
Partes da Célula
As células eucariontes apresentam partes morfológicas diferenciadas. As partes principais da célula
são: membrana plasmática, citoplasma e núcleo celular.
Membrana Plasmática
A membrana plasmática ou membrana celular é uma estrutura celular fina e porosa. Ela possui a
função de proteger as estruturas celulares ao servir de envoltório para todas as células.
Citoplasma
O citoplasma é a porção mais volumosa da célula, onde são encontradas as organelas celulares.
O citoplasma das células eucariontes e procariontes é preenchido por uma matriz viscosa e
semitransparente, o hialoplasma ou citosol.
As organelas são pequenos órgãos da célula. Cada organela desempenha uma função diferente.
Mitocôndrias: Sua função é realizar a respiração celular, que produz a maior parte da energia
utilizada nas funções celulares.
O retículo endoplasmático liso é responsável pela produção de lipídios que irão compor as
membranas celulares.
Complexo de Golgi: As principais funções do complexo de golgi são modificar, armazenar e exportar
proteínas sintetizadas no retículo endoplasmático rugoso. Ele também origina os lisossomos e os
acrossomos dos espermatozoides.
Lisossomos: São responsáveis pela digestão intracelular. Essas organelas atuam como sacos de
enzimas digestivas, digerindo nutrientes e destruindo substâncias não desejadas.
Ribossomos: A função dos ribossomos é auxiliar na síntese de proteínas nas células. Apesar de não
serem consideradas organelas, por não possuírem membranas, são chamadas de organelas
não-membranosas.
Núcleo Celular
O núcleo celular representa a região de comando das atividades celulares.
No núcleo encontra-se o material genético do organismo, o DNA. É no núcleo que ocorre a divisão
celular, um processo importante para o crescimento e reprodução das células.
Metabolismo energético
O metabolismo energético é o conjunto de reações químicas que produzem a energia necessária
para a realização das funções vitais dos seres vivos.
A glicose (C6H12O6) é o combustível energético das células. Quando ela é quebrada libera a
energia de suas ligações químicas e resíduos. É essa energia que permite a realização das funções
metabólicas da célula.
Isso ocorre graças ao ATP (Adenosina Trifosfato), a molécula responsável pela captação e
armazenamento de energia. Ele armazena nas suas ligações fosfatos a energia liberada na quebra
da glicose.
O ATP é um nucleotídeo que tem a adenina como base e a ribose com açúcar, formando a
adenosina. Quando a adenosina une-se a três radicais fosfato, forma-se a adenosina trifosfato.
A ligação entre os fosfatos é altamente energética. Assim, no momento em que a célula precisa de
energia para alguma reação química, as ligações entre os fosfatos são quebradas e a energia é
liberada.
Porém, outros compostos também devem ser destacados. Isso porque durante as reações há
liberação de hidrogênio, que é transportado principalmente por duas substâncias: NAD+ e FAD.
Ela corresponde a um processo autotrófico realizado por seres que possuem clorofila, por exemplo:
plantas, bactérias e cianobactérias. Em organismos eucariontes, a fotossíntese ocorre nos
cloroplastos.
Respiração celular
A respiração celular é o processo de quebra da molécula de glicose para liberação da energia que
nela se encontra armazenada. Ela ocorre na maioria dos seres vivos.
Glicólise
A primeira etapa da respiração celular é a glicólise, que ocorre no citoplasma das células.
Ciclo de Krebs
O Ciclo de Krebs corresponde a uma sequência de oito reações. Ele tem a função de promover a
degradação de produtos finais do metabolismo dos carboidratos, lipídios e de diversos aminoácidos.
Essas substâncias são convertidas em acetil-CoA, com a liberação de CO2 e H2O e síntese de ATP.
Em resumo, no processo o acetil-CoA (2C) será transformado em citrato (6C), cetoglutarato (5C),
succinato (4C), fumarato (4C), malato (4C) e ácido oxalacético (4C).
A fosforilação oxidativa é o estágio final do metabolismo energético dos organismos aeróbicos. Ela é
também responsável pela maior parte da produção de energia.
Durante a glicólise e ciclo de Krebs parte da energia produzida na degradação de compostos foi
armazenada em moléculas intermediárias, como o NAD+ e o FAD.
Essas moléculas intermediárias liberam os elétrons energizados e os íons H+ que irão passar por um
conjunto de proteínas transportadoras, que constituem a cadeia respiratória.
Assim, os elétrons perdem sua energia que passa a ser armazenada nas moléculas de ATP.
O saldo energético dessa etapa, ou seja, o que é produzido ao longo de toda a cadeia transportadora
de elétrons é 38 ATPs.
Ciclo de Krebs: Como existem duas moléculas de piruvato, a equação deve ser multiplicada por 2.
Ela pode ser dos seguintes tipos, conforme o produto formado pela degradação da glicose:
Portanto, a principal diferença entre cadeias e teias alimentares é a complexidade das relações
alimentares.
Enquanto na cadeia alimentar pode-se perceber o fluxo unidirecional, na teia alimentar as diversas
cadeias se entrecruzam formando uma rede.
Já em uma teia alimentar, existem várias setas que indicam as interações entre os seres, ou seja, as
conexões entre as cadeias, assim como ocorre em um ecossistema, pois um ser vivo pode se
alimentar de muitos outros.
Por exemplo, um camundongo pode fazer parte de duas cadeias alimentares, pois serve de alimento
para cobras e raposas.
Além disso, a posição de um ser em uma teia alimentar, ao contrário do que acontece em uma
cadeia alimentar, não é fixa. Por exemplo, uma onça e uma raposa podem se alimentar de um
coelho. Nestes casos, as cadeias alimentares seriam:
Note que no primeiro exemplo a onça é um consumidor de segunda ordem e no segundo exemplo
este predador é um consumidor de terceira ordem.
Seres produtores
Os seres produtores são seres autotróficos e estão na base da cadeia alimentar porque são capazes
de produzir seu próprio alimento.
Nas cadeias alimentares terrestres as plantas são seres produtores e nas cadeias aquáticas existem
os fitoplânctons.
Seres consumidores
Os consumidores são seres heterotróficos, pois adquirem nutrientes e energia ao se alimentarem de
outros seres vivos.
Os consumidores de primeira ordem podem ser animais herbívoros, que se alimentam de plantas, ou
animais onívoros, que comem plantas e outros animais.
Os consumidores de segunda ordem se alimentam dos animais de primeira ordem e, por fim, temos
os consumidores de terceira ordem, também chamados de predadores, que estão no topo da cadeia
alimentar.
Seres decompositores
Quando todos os seres vivos morrem, a matéria orgânica serve de alimento para os seres
decompositores, como os fungos e bactérias presentes no solo.
A teoria científica é considerada fiável quando a correta aplicação do método científico faz com que
ela seja repetida indefinidamente, conferindo confiabilidade aos resultados.
1. Observação
O conhecimento científico inicia com a coleta de informações para descrever de forma qualitativa
e/ou quantitativa o fenômeno.
2. Questionamento
Ao observar a repetição de uma propriedade ou as características do fenômeno, formulam-se
perguntas.
Exemplo:
3. Hipóteses
As hipóteses têm como objetivo explicar as observações e, por isso, nas tentativas de desvendar o
fenômeno mais de uma hipótese pode ser formulada.
Elas vão guiar o planejamento dos experimentos para que se aprenda mais sobre o que está sendo
observado.
4. Experimentos
A atividade experimental avalia o sistema em estudo e verifica as condições práticas para que o
fenômeno ocorra e possa ser reproduzido.
À medida que os experimentos são realizados, as evidências são reunidas e as hipóteses são
colocadas à prova.
5. Resultados
A reunião dos dados obtidos juntamente com as interpretações realizadas vão validar as informações
para justificar a hipótese e explicar o fenômeno.
Nessa etapa, os resultados são utilizados para rejeitar ou modificar a hipótese, pois ela deve coincidir
com os resultados obtidos.
6. Conclusão
Com base na observação, formulação de hipóteses, experimentos e resultados obtidos, é possível
que se construa uma teoria, lei ou princípio para expandir o conhecimento adquirido e aplicá-lo em
outras situações.
Dos princípios dependem o conhecimento da verdade e exclusão do que não foi comprovado. Dessa
maneira, a verdade é alcançada após ter a ligação entre conceitos e realidade.
Método Dedutivo
É o método que começa com uma dedução que será examinada até que seja encontrado o resultado
final.
O método dedutivo é usado para testar as hipóteses já existentes e, assim, provar teorias. As
hipóteses iniciais usadas neste tipo de método são denominadas axiomas e as teorias são chamadas
de teoremas.
Método Indutivo
Este método parte de generalizações recolhidas a partir de observações específicas. Ou seja, parte
do específico para o geral.
Em resumo, o método indutivo parte de observações e o dedutivo da teoria. Ambos têm como meta o
conhecimento da verdade.
Descartes - Discurso do Método
O filósofo francês René Descartes (1596–1650) aponta que o método é o caminho para garantir o
sucesso em uma tentativa de conhecimento para a elaboração de uma teoria científica.
Descartes descreve quatro regras para que seja alcançado o método científico. São elas:
● Análise: dividir as partes em quantas forem possíveis para poder resolver de maneira clara;
● Enumerar e revisão: enumerar e revisar de maneira tão completa e geral que nada restará.
● Abiogênese: Os seres vivos eram originados a partir de uma matéria bruta sem vida. Teoria
derrubada através de experimentos.
● Biogênese: Os seres vivos são originados a partir de outros seres vivos preexistentes.
Atualmente aceita para explicar o surgimento dos seres vivos.
Abiogênese x Biogênese
Diversos cientistas testaram as teorias da abiogênese e biogênese através de experimentos.
Em 1668, o médico e cientista italiano Francesco Redi realizou um experimento colocando cadáveres
de animais em frascos com bocas largas. Desses, alguns foram vedados com uma gaze fina e outros
deixados abertos.
Após alguns dias, ele observou que nos frascos abertos surgiram vermes. Enquanto nos frascos
fechados não haviam vermes.
Experimento de Redi
Redi concluiu que o fato das moscas não poderem entrar nos frascos fechados impediu o surgimento
de vermes. As moscas seriam as responsáveis pelo surgimento dos vermes. Com o experimento de
Redi, a abiogênese começou a perder credibilidade.
Em 1745, John Needham realizou um experimento que voltou a reforçar a teoria da Abiogênese.
Ele aqueceu caldos nutritivos em frascos que foram fechados e novamente aquecidos. A sua
intenção era impedir a entrada e proliferação de microrganismos. Com os dias, os microrganismos
surgiram nos frascos e Needham concluiu que seu experimento foi resultado da abiogênese.
Em 1770, Lazzaro Spallanzani afirmou que Needham não aqueceu o caldo nutritivo por tempo
suficiente para destruir as bactérias. Para comprovar que estava com a razão, Spallanzani realizou o
mesmo experimento de Needham. Porém, ele aqueceu o caldo por mais tempo. O resultado foi que
não apareceram bactérias.
Experimento de Pasteur
Pasteur provou que a fervura não destruía nenhum tipo de "força ativa". Além disso, bastava quebrar
o pescoço do balão para que os microrganismos surgissem, através do contato com o ar.
Fontes de energia não-renováveis e renováveis
Energias renováveis
Energias renováveis são aquelas que se regeneram espontaneamente ou através da intervenção
humana. A maioria delas são consideradas energias limpas, pois os resíduos deixados na natureza
são nulos ou quase nulos. No entanto, algumas fontes de energia, mesmo renováveis, causam
impactos socioambientais.
Energia Hidrelétrica
A energia hidrelétrica é uma forma de geração de energia elétrica que utiliza o fluxo de água de rios
ou quedas d'água para mover turbinas, gerando eletricidade. É uma fonte de energia renovável e
amplamente utilizada em diversos países ao redor do mundo devido à sua eficiência e baixa emissão
de poluentes.
Países como Brasil, China, Canadá, Estados Unidos e Rússia são exemplos de nações que fazem
uso significativo da energia hidrelétrica para suprir parte de suas necessidades energéticas.
Energia Solar
A energia solar é uma forma de geração de energia que aproveita a radiação solar para produzir
eletricidade. É uma fonte de energia limpa e renovável, capturando a luz solar por meio de painéis
fotovoltaicos ou sistemas de concentração solar.
Ela tem ganhado popularidade globalmente devido à sua disponibilidade e benefícios ambientais.
China, Estados Unidos, Índia, Japão e Alemanha têm investido significativamente em energia solar,
construindo grandes usinas solares e incentivando a instalação de painéis solares em residências e
empresas.
A energia solar contribui para reduzir a dependência de combustíveis fósseis e diminuir as emissões
de carbono, promovendo a sustentabilidade energética.
Energia Eólica
A energia eólica é obtida através da conversão da energia cinética do vento em eletricidade por meio
de aerogeradores. É uma fonte renovável e sustentável que tem crescido em importância
globalmente.
Países como Dinamarca, China, Estados Unidos, Alemanha e Espanha são líderes na utilização da
energia eólica, aproveitando a força dos ventos para gerar eletricidade de maneira limpa e eficiente.
A energia eólica contribui para a diversificação da matriz energética e a redução das emissões de
gases de efeito estufa, desempenhando um papel crucial na transição para uma economia de baixo
carbono.
Energia Geotérmica
A energia geotérmica é produzida a partir do calor proveniente do interior da Terra. Ela é obtida
através da captura do calor natural das rochas e águas subterrâneas para geração de eletricidade ou
aquecimento direto.
Na Islândia, Filipinas, Indonésia, Turquia e Nova Zelândia fazem uso significativo da energia
geotérmica devido à sua atividade geotérmica e vulcânica.
Essa fonte de energia renovável é valorizada por sua disponibilidade constante e baixo impacto
ambiental, contribuindo para a sustentabilidade energética e redução de emissões de gases de efeito
estufa.
Energia de Biomassa
A energia biomassa é gerada a partir de materiais orgânicos, como resíduos agrícolas, madeira,
resíduos de alimentos e outros materiais biodegradáveis. Esses materiais são queimados ou
convertidos em biocombustíveis para produzir calor ou eletricidade.
A energia biomassa é utilizada em diversos países, incluindo Brasil, Estados Unidos, China, Índia e
alguns países europeus. Ela contribui para a redução de resíduos, utiliza recursos renováveis e pode
ser uma alternativa sustentável aos combustíveis fósseis.
Embora seja uma fonte promissora, a energia dos mares e oceanos ainda enfrenta desafios
tecnológicos e ambientais para sua ampla adoção em escala global.
Energia do Hidrogênio
A energia do hidrogênio envolve a produção de eletricidade através da reação química entre o
hidrogênio e o oxigênio, resultando em água e liberando energia. Essa tecnologia é utilizada em
diversos setores, como transporte, indústria e geração de eletricidade.
Apesar de serem encontradas na natureza em grandes quantidades, têm reservas finitas. São
consideradas energias poluentes, porque sua utilização causa danos para o meio-ambiente.
Energias Fósseis
As energias fósseis, como carvão, petróleo e gás natural, são fontes de energia não renováveis
originadas de materiais orgânicos decompostos ao longo de milhões de anos. Elas têm sido a
principal fonte de energia global por décadas, sendo utilizadas para geração de eletricidade,
transporte e indústria.
No entanto, a queima desses combustíveis fósseis libera grandes quantidades de dióxido de carbono
e outros poluentes, contribuindo para as mudanças climáticas e problemas ambientais. Países
dependentes dessas energias buscam cada vez mais alternativas mais limpas e sustentáveis, como
as renováveis, para mitigar os impactos negativos das energias fósseis.
Energia Nuclear
A energia nuclear é gerada a partir do processo de fissão nuclear, no qual núcleos de átomos são
divididos, liberando uma grande quantidade de energia. Ela é utilizada para geração de eletricidade
em usinas nucleares.
Estados Unidos, França, China, Rússia e Japão são grandes usuários da energia nuclear, possuindo
usinas nucleares em operação. Essa fonte de energia é conhecida por sua alta densidade
energética, mas também carrega preocupações quanto à segurança, gestão de resíduos
No Brasil, o uso do álcool, proveniente da cana-de-açúcar, como fonte de energia, data de 1975.
Neste ano foi implantado o Programa Nacional do Álcool (Proálcool), em decorrência da crise do
petróleo e hoje o álcool é também usado como aditivo à gasolina.
Igualmente, o uso e a exploração da energia solar e eólica, vem sendo estimulada, ainda que de
maneira tímida por parte do governo.
Quanto à energia solar, ela é explorada abaixo do seu potencial. Um dos impedimentos é o alto custo
dos painéis de células fotovoltaicas que são as responsáveis por armazenar e transformar a luz solar
em energia.
A água, o sol, o vento, o petróleo, o carvão, o urânio são canalizados pelo ser humano em centros de
transformação tais quais:
● Usinas Hidrelétricas - a força da queda d'água faz girar as turbinas e assim convertida em
eletricidade
São exemplos de produtos e métodos criados a partir das ciências biológicas aplicadas:
● Vacinas;
● Antibióticos;
● Clonagem;
● Transgênicos;
● Fertilização in vitro.
Tipos de Biotecnologia
Para facilitar a identificação, a Biotecnologia é classificada em 10 cores de acordo com a área de
atuação.
Importância da Biotecnologia
Embora o ser humano faça uso da biotecnologia há milhares de anos, utilizando, por exemplo,
microrganismos para fazer pães, bebidas e queijos, os conhecimentos em diversas áreas científicas
revolucionaram o modo de manipular os organismos, a fim de obter certos produtos e processos.
O desenvolvimento da biotecnologia, com o apoio da Microbiologia, Biologia Molecular, Genética,
Engenharia e Informática, entre outras áreas, é importante para:
Vale destacar que esses exemplos estão relacionados com as áreas de maior desenvolvimento da
Biotecnologia, mas a sua importância não se restringe a apenas isso.
Aplicações da Biotecnologia
As aplicações mais importantes da biotecnologia estão relacionadas com a área da medicina, além
da agricultura e produção de alimentos e também no meio ambiente.
Na Medicina:
Na Agricultura:
No Meio Ambiente:
Início da Microbiologia
Com o desenvolvimento das diversas áreas científicas, passou-se a entender como aconteciam os
processos. No final do século XIX, os estudos microbiológicos de Louis Pasteur levaram-no a
desvendar a fermentação em seus experimentos.
Os cientistas James Watson, Francis Crick e Maurice Wilkins foram agraciados com o
Prêmio Nobel em 1962 por descreverem a estrutura da molécula de DNA no ano de 1953
na revista Nature.
O modelo apresentado pela dupla baseou-se nas informações de Erwin Chargaff sobre as
bases nitrogenadas utilizando a técnica de cromatografia e nas imagens por difração de
raios X obtidas por Rosalind Franklin.
Biotecnologia na Medicina
Os objetivos iniciais da biotecnologia moderna eram voltados para questões de saúde humana e de
animais, com a utilização de microrganismos para a fabricação de remédios.
Vale destacar que as pesquisas começaram a ser desenvolvidas nos laboratórios das universidades
e centros de pesquisa públicos, entretanto, atualmente quem domina as pesquisas e o mercado da
biotecnologia são as empresas privadas, grandes multinacionais farmacêuticas e agro-químicas,
portanto os valores e objetivos são diferentes.
São usados órgãos de animais para transplantes, produção de insulina e vacinas através da técnica
de DNA recombinante, entre outras para produção de medicamentos, hormônios e anticorpos.
Muito polêmicas são as abordagens relacionadas com a clonagem, que envolve questões éticas.
Assim mesmo, tem continuado as pesquisas e são aplicadas a clonagem reprodutiva, em casos de
infertilidade ou para evitar doenças futuras, e a clonagem terapêutica, que aponta para o tratamento
de doenças degenerativas usando células-tronco, como uma vantagem do método.
Biotecnologia na Agricultura
Cultura de tecidos vegetais.
No setor da agricultura e dos alimentos estão os usos mais antigos da biotecnologia, por
exemplo, quando o ser humano fazia cruzamentos entre espécies de plantas para se obter
outras variedades ou melhorar os resultados da colheita.
"Revolução Verde"
Na segunda metade do século XX um modelo desenvolvido principalmente nos EUA, se
internacionalizou através da chamada “Revolução Verde”.
A soja, por exemplo, está presente em grande parte dos alimentos industrializados sob diversas
formas, é um dos principais alimentos transgênicos e nem sempre essa informação é repassada
corretamente ao consumidor.
Biotecnologia Ambiental
A utilização das biotecnologias ambientais são formas de reverter uma situação criada pelo ser
humano e que se torna crescente no mundo todo, a produção de resíduos provenientes das diversas
atividades humanas.
É uma forma de usar processos naturais controlados, para melhorar a condição de ecossistemas
poluídos ou ainda para criar soluções biodegradáveis que evitem a poluição.
Assim, são usados seres vivos: bactérias, algas, plantas, entre outros, para realizarem processos tais
como fermentação, respiração aeróbica e anaeróbica e controlar a poluição de um determinado
ambiente.
Vantagem ou Desvantagem?
Muitas das aplicações da biotecnologia podem ser vantajosas para a humanidade, mas geram
controvérsias a respeito das consequências sobre a saúde humana e animal, os impactos ambientais
e a sociedade.O certo é que ainda não se sabe ao certo os efeitos a longo prazo.
Benefícios da Biotecnologia
● Aumento da produção de alimentos, motivado principalmente pela possibilidade de acabar
com a fome no mundo;
● Técnicas terapêuticas para doenças que ainda não tem cura, como o câncer, ou cujos
tratamentos não são tão eficientes;
Impactos Negativos
● Utilização intensiva de agrotóxicos e fertilizantes inorgânicos;
● "Poluição genética", uma vez que não é possível controlar os efeitos da disseminação de
organismos geneticamente modificados no ambiente;
● Alimentos transgênicos podem causar alergias, entre outros prejuízos.
● A produção de células-tronco produz estresse celular que pode ter como consequência o
envelhecimento precoce, entre outras;
Biossegurança
Biossegurança é uma área de conhecimento definida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) como: “condição de segurança alcançada por um conjunto de ações destinadas a prevenir,
controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde
humana, animal e o meio ambiente”.
Fisiologia
A Fisiologia é o estudo das funções e do funcionamento normal dos seres vivos, bem como dos
processos físico-químicos que ocorrem nas células, tecidos, órgãos e sistemas dos seres vivos
sadios. Na Fisiologia se estuda o funcionamento dos sistemas celulares e orgânicos (nervoso,
muscular, endócrino, cardiovascular, respiratório, digestório e urinário), bem como suas interações
entre si e com o meio ambiente. De forma geral, a fisiologia aborda assuntos relacionados à nutrição,
circulação, respiração, excreção, aos sistemas de integração aos movimentos corporais, suporte e
movimentos corporais, controle imunitário e reprodução, ao longo da história evolutiva.
Diferenças entre Fisiologia e Anatomia Humana
A Fisiologia é uma ciência com um foco diferente ao da Anatomia. Isso porque a Anatomia estuda a
forma dos órgão e tecidos, vivos ou não, enquanto a Fisiologia está focada na função, como o corpo
funciona para se manter vivo.
Fisiologia e anatomia são estudos complementares nas ciências médicas, mas seus enfoques e
objetos de estudo são diferentes.
Campos da Fisiologia
A Fisiologia é um grande campo de conhecimento, estudando todas as partes do corpo de uma
pessoa. Desde como a pele funciona até o cérebro. Abarca tudo que está relacionado à
sobrevivência. O que significa que existem diversas áreas de pesquisa na fisiologia humana. Tais
como:
Para que uma pessoa continue viva, o seu corpo precisa estar com a sua fisiologia equilibrada e em
bom funcionamento. Por isso os profissionais da saúde usam remédios e outros tipos de terapia,
para manter a fisiologia do corpo funcionando bem.
O nome científico para o equilíbrio fisiológico do corpo é Homeostase. Isso significa que seu corpo
vai lutar para permanecer em equilíbrio para que consiga desempenhar suas funções em qualquer
situação.
Um exemplo de homeostase do corpo humano: se você comer batatas fritas muito salgadas, vai
sentir sede e beber mais água. Essa é a forma do seu corpo de diluir aquele sal em forma de xixi e
voltar a uma quantidade ideal de sal dentro do seu corpo.
Código genético
O código genético é a "mensagem" contida no DNA capaz de ser lida para haver produção de
proteínas
Essa mensagem é formada por letras, ou símbolos, conhecidas por nucleotídeos. Os nucleotídeos
são compostos por bases nitrogenadas chamadas de: Adenina (A), Citosina (C), Guanina (G), Timina
(T) e Uracila (U) (RNA). Através da combinação destes, são produzidas as proteínas.
Por exemplo, o códon UUU tem o código para produzir fenilalanina. Logo, quanto mais códons
diferentes, mais aminoácidos são ligados, formando as proteínas.
Este mesmo aminoácido (Serina) pode ser codificado por outros códon, UCU, UCC, UCA e UCG, o
que o classifica como degenerado.
A Metionina (Met) é condificada por apenas um códon (AUG), portanto ele sempre será o códon de
início na produção de proteínas.
Os códons UAA, UAG e UGA não possuem nenhum aminoácido associado, ou seja, não codificam
as proteínas, mas sim, indicam o término da síntese proteica.
A síntese das proteínas é realizada no interior das células, no citoplasma, em duas etapas:
transcrição e tradução.
Na tradução, ocorre a formação de proteína, conforme os códons contidos nas moléculas de RNAm.
Bioética
O que é bioética?
A bioética é um campo de estudo onde são abordadas questões de dimensões morais e éticas, que
relacionam pesquisas, decisões, condutas e procedimentos da área da biologia e da medicina ao
direito à vida.
O conceito de bioética é interdisciplinar e contempla áreas como biologia, direito, filosofia, ciências
exatas, ciência política, medicina, meio ambiente, etc.
No Brasil, umas das principais responsáveis pela expansão desse conceito é a Sociedade Brasileira
de Bioética (SBB), fundada em 1995.
Segundo o Jornal do Cremesp publicado em abril do mesmo ano, o encontro que posteriormente
culminou na criação da SBB teve como objetivo:
Os princípios da bioética
Na definição de bioética predominam duas questões: conhecimentos biológicos e valores humanos.
Ela subdivide-se em princípios básicos que buscam solucionar problemas éticos originados ao longo
do desenvolvimento de procedimentos com seres vivos de todas as espécies.
No que diz respeito à ética médica, Hipócrates é um nome que se destaca. Considerado o “pai da
medicina”, o médico grego costumava aliar medicina e filosofia.
O foco de sua relação com o paciente era o bem, e sua abordagem era orientada principalmente por
dois princípios: o princípio da não maleficência e o princípio da beneficência.
O princípio é representado pela frase em latim: primum non nocere (primeiro, não prejudicar). Tem
como objetivo evitar que um tratamento ou pesquisa cause mais danos do que os possíveis
benefícios.
Alguns estudiosos defendem que o princípio da maleficência é, na verdade, parte do princípio da
beneficência, pois o ato de não causar mal ao outro já é, por si só, uma prática do bem.
Os testes demonstraram que em 70% dos casos, os pacientes que receberam a vacina foram
curados, mas 30% morreram em consequência de efeitos colaterais.
Os estudos serão interrompidos e a vacina não poderá ser produzida apesar de um índice alto de
cura, causar a morte de pessoas é causar o mal e fere o princípio da não maleficência.
2. Princípio da beneficência
Esse princípio consiste na prática do bem; na virtude de beneficiar o próximo.
Assim, os profissionais que atuam na área de pesquisas e experimentos devem assegurar a precisão
da informação técnica que possuem e estar convictos que seus atos e decisões têm efeitos positivos.
Dessa forma, espera-se que qualquer ato tenha como objetivo fundamental o bem, nunca o mal.
Objetivo dessa médica sempre será salvar a vida de seu paciente e mobilizará todas as alternativas
para que isso aconteça.
Segundo o princípio da beneficência, deve-se apenas ter em vista o bem. O descaso ou a omissão
(ainda que pudesse ser justificado) consistiria em um mal e feriria o princípio bioético.
3. Princípio da autonomia
A ideia central desse princípio é de que todos têm capacidade e liberdade de tomar suas próprias
decisões.
Assim, qualquer tipo de procedimento a ser realizado no corpo de um indivíduo e/ou que tenha
relação com a sua vida, deve ser autorizado por ele.
No caso de crianças e de pessoas deficientes, o princípio de autonomia deve ser praticado pela
respectiva família ou pelo responsável legal.
É importante que esse princípio não seja praticado em detrimento do princípio da beneficência; por
vezes, ele precisa ser desrespeitado para que a decisão de uma pessoa não cause danos a outra.
O princípio da autonomia é amparado pelo direito, ao abrigo do Código de Ética Médica Brasileiro
(Capítulo V, Artigo 31).
Tal artigo destaca o direito do paciente de ter a sua autonomia respeitada, no seguinte trecho onde é
indicado que o médico é proibido de:
(...) desrespeitar o direito do paciente ou de seu representante legal de decidir livremente sobre a
execução de práticas diagnósticas ou terapêuticas, salvo em caso de iminente risco de morte
No entanto, cabe ao paciente decidir se deseja ou não avançar com esses cuidados paliativos, visto
que eles não tornam possível a cura; apenas amenizam (por vezes) os malefícios da doença.
Cabe ao profissional médico respeitar a decisão do paciente, caso ele não queira receber tais
cuidados.
4. Princípio da justiça
No domínio da bioética, esse princípio se baseia na justiça distributiva e na equidade.
Ele defende que a distribuição dos serviços de saúde deve ser feita de forma justa e que deve haver
igualdade de tratamento para todos os indivíduos.
Tal igualdade não consiste em dar o mesmo para todos, mas sim em dar a cada um, o que cada um
precisa.
Exemplo de bioética na aplicação do princípio da justiça: um caso real que exemplifica o princípio da
justiça, aconteceu em Oregon, nos Estados Unidos.
Dessa forma, foi possível realizar uma distribuição mais alargada dos recursos disponíveis de forma
a ajudar solucionar os problemas de uma parcela maior da população.
Com base nos seus quatro princípios, ela preza os comportamentos adequados a cada situação
específica.
● Aborto;
● Clonagem;
● Engenharia genética;
● Eutanásia;
● Fertilização in vitro;
● Uso de células-tronco;
● Suicídio.
É de se referir que a aplicação dos princípios da bioética relativamente aos casos acima pode variar
consoante o país onde é praticado. O que, por vezes, é permitido em determinados países, pode ser
classificado como crime em outros. O aborto e a eutanásia exemplificam essa situação.
Biologia da Conservação
O termo Biologia da Conservação foi introduzido pela primeira vez em 1978, como o título de uma
conferência realizada na Universidade da Califórnia, em San Diego, Estados Unidos, organizado por
biólogos Bruce Wilcox e Michael E. Soulé. O motivo do encontro foi a preocupação acerca do
espécies. A conferência buscou preencher uma lacuna existente na época entre teoria e prática, no que
se referia à conservação e, com isso, fez nascer a Biologia da Conservação e o conceito de diversidade
biológica (biodiversidade).
É uma matéria interdisciplinar que busca recursos em ciências naturais, sociais e na prática de gestão de
recursos naturais, definida como o estudo científico da natureza e do estado da biodiversidade do planeta,
com o objetivo de proteger espécies, seus habitats e ecossistemas das excessivas taxas de extinção e de
biodiversidade, extinção de espécies, e o efeito negativo que têm sobre a manutenção do bem-estar da
sociedade humana. Nesta tarefa, são guiados por alguns pressupostos básicos: (I) Toda espécie tem o
direito de existir, pois são frutos de uma história evolutiva e são adaptadas; (II) Todas as espécies são
interdependentes, pois estas interagem de modo complexo no mundo natural, e a perda de uma espécie
leva a consequente influência sobre as demais; (III) Os humanos vivem dentro das mesmas limitações
que as demais espécies, que são restritas a um desenvolvimento, em razão a capacidade do meio
ambiente, e a espécie humana deveria seguir esta regra, para não prejudicar a sua e as outras espécies;
(IV) A sociedade tem responsabilidade de proteger a Terra, devendo usar os recursos de modo a não
esgotá-los para as próximas gerações; (V) O respeito pela diversidade humana é compatível com o
respeito pela diversidade biológica, pois como apreciamos a diversidade cultural humana deveríamos
apreciar a diversidade biológica; (VI) A natureza tem um valor estético e espiritual que transcende o seu
valor econômico, e isto deve ser mantido independente de qualquer coisa; (VII) A diversidade biológica é
necessária para determinar a origem da vida, espécies que vão se extinguindo poderiam ser importantes
nas pesquisas sobre a origem da vida (PRIMACK, R. B.; Rodrigues, E. Biologia da conservação. Londrina:
Vida, 2001).
Além dos pressupostos, a Biologia da Conservação adota três principais diretrizes (Groom, Meffe & Carroll
2006): (I) A evolução é o axioma básico que unifica toda a biologia (papel evolutivo); (II) o mundo
ecológico é dinâmico e comumente não está em equilíbrio (O teatro ecológico, ou o contexto ecológico);
(III) a presença humana deve ser incluída no planejamento da conservação (humanos são parte do jogo).
Uma vez que os campos da Antropologia, da Biogeografia, da Ecologia, dos Estudos Ambientais, da
são abrangentes o suficiente para tratar das ameaças à diversidade biológica, a Biologia da Conservação
se utiliza de todos eles para oferecer novos enfoques e ideias à gestão de recursos ambientais. Esta base
determinar as melhores estratégias para proteger espécies raras e ameaçadas, de conceber reservas
naturais, em programas de reprodução para manter a variação genética de pequenas populações e até na
governo locais. Ela vem para dar a orientação necessária que os governos, as empresas e o público em