Este documento apresenta um resumo da aula inaugural do curso de MBA em Direito do Trabalho e Previdenciário da Legale Educational. A aula abordou diversos temas relacionados à atuação do advogado na advocacia previdenciária, como a atuação na Agência da Previdência Social, o uso do portal Meu INSS, o reconhecimento de tempo especial em processos anteriores e a relação entre auxílio-doença e reabilitação profissional. Também discutiu a Lei 13.457/2017
Este documento apresenta um resumo da aula inaugural do curso de MBA em Direito do Trabalho e Previdenciário da Legale Educational. A aula abordou diversos temas relacionados à atuação do advogado na advocacia previdenciária, como a atuação na Agência da Previdência Social, o uso do portal Meu INSS, o reconhecimento de tempo especial em processos anteriores e a relação entre auxílio-doença e reabilitação profissional. Também discutiu a Lei 13.457/2017
Este documento apresenta um resumo da aula inaugural do curso de MBA em Direito do Trabalho e Previdenciário da Legale Educational. A aula abordou diversos temas relacionados à atuação do advogado na advocacia previdenciária, como a atuação na Agência da Previdência Social, o uso do portal Meu INSS, o reconhecimento de tempo especial em processos anteriores e a relação entre auxílio-doença e reabilitação profissional. Também discutiu a Lei 13.457/2017
Este documento apresenta um resumo da aula inaugural do curso de MBA em Direito do Trabalho e Previdenciário da Legale Educational. A aula abordou diversos temas relacionados à atuação do advogado na advocacia previdenciária, como a atuação na Agência da Previdência Social, o uso do portal Meu INSS, o reconhecimento de tempo especial em processos anteriores e a relação entre auxílio-doença e reabilitação profissional. Também discutiu a Lei 13.457/2017
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MBA EM DIREITO DO TRABALHO E
PREVIDENCIÁRIO – LEGALE EDUCACIONAL
AULA INAUGURAL: ADVOCACIA PREVIDENCIÁRIA NA ATUALIDADE
Professor Rodrigo Sodero
Facebook: Rodrigo Sodero II e Professor Rodrigo Sodero Instagram: @profrodrigosodero Ementa da aula
A atuação do advogado na APS. Meu INSS.
Tempo especial já reconhecido em processo administrativo anterior. Atualização do tempo de contribuição na APS. Tempo de contribuição x Reclamação Trabalhista. Auxílio-doença x Reabilitação profissional. Lei 13.457/17. Cessação do benefício por incapacidade concedido judicialmente em ação transitada em julgado. Ementa da aula
Cessação do benefício por incapacidade
concedido judicialmente em ação em que ainda não há trânsito em julgado. Algumas inovações tecnológicas aplicadas à advocacia. Cômputo do período de recebimento de benefício por incapacidade como tempo de contribuição e carência. Período de recebimento de benefício por incapacidade e a possibilidade do cômputo como especial. Ementa da aula
Aposentadoria por invalidez definitiva? Perda da
qualidade de segurado x Carência. Aposentadoria especial do contribuinte individual não cooperado. Tutela antecipada x Devolução dos valores já recebidos em caso de sua revogação. Aposentado no curso do processo judicial de aposentadoria. A atuação do advogado na APS
O INSS exige que o advogado faça o pré-
agendamento através de seus canais de atendimento, como condição para que seja recebido na APS.
Além disso, limita o número de protocolos,
permitindo apenas um por senha. No entanto, essa limitação afronta a Lei 8.906/94 e a Constituição Federal! A atuação do advogado na APS
Para resolver os problemas decorrentes dessas
atitudes arbitrárias tomadas pelo INSS, o advogado pode impetrar Mandado de Segurança com pedido liminar para que sejam garantidas as suas prerrogativas. O mandado de segurança deve ser impetrado contra o SUPERINTENDENTE REGIONAL DO INSS. A competência será de uma das varas cíveis da justiça federal, da cidade em que fica localizada a Superintendência Regional. A atuação do advogado na APS
Para a impetração do Mandado de Segurança o
advogado poderá fazer um agendamento pelo site www.previdencia.gov.br e juntar esta prova com a petição inicial (Lei 12.016/09). Pode ainda buscar notícias na internet que comprovem a prática do procedimento pelo INSS. Fundamentos: arts. 5º, incisos XIII e XXXIV, 37 e 133, da CF e aos arts. 6º, parágrafo único e 7º, incisos VI e VII, da Lei 8.906/94. A atuação do advogado na APS
Entendimento do STF: INSS – ATENDIMENTO –
ADVOGADOS. Descabe impor aos advogados, no mister da profissão, a obtenção de ficha de atendimento. A formalidade não se coaduna sequer com o direito dos cidadãos em geral de serem atendidos pelo Estado de imediato, sem submeter-se à peregrinação verificada costumeiramente em se tratando do Instituto. (RE 277.065, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, 1ª Turma, julgado em 08/04/2014, publicação 13/05/2014) A atuação do advogado nas APS
ACP 26178-78.2015.4.01.3400 (17ª Vara da
Justiça Federal do DF).
No ano de 2015 a OAB ajuizou Ação Civil
Pública (ACP) contra o INSS visando o reconhecimento das prerrogativas dos advogados, no que diz respeito ao atendimento nas Agências da Previdência Social de todo o Brasil. A atuação do advogado nas APS
A ACP continha pedido liminar que, naquela
época (2015), foi deferido em parte pelo magistrado.
A liminar garantiu aos advogados atendimento
sem agendamento prévio, em local próprio e independente de distribuição de senhas, durante o horário de expediente.
O INSS também deveria garantir aos advogados
a protocolização de mais de um benefício por atendimento. A atuação do advogado na APS
O INSS então opôs embargos de declaração
contra a decisão e, naquela oportunidade, a Justiça Federal suspendeu os efeitos da decisão até o julgamento deste recurso.
O que houve agora? A Justiça Federal julgou os
embargos de declaração, rejeitando-os. Assim, foi restabelecida a liminar que garante atendimento prioritário aos advogados nas agências, devendo o INSS cumpri-la no prazo de 30 dias, sob pena de multa de R$ 50 mil/dia. Meu INSS
Há alguns meses está no ar o site
www.meu.inss.gov.br, plataforma que possibilita que o segurado acesse diversas informações importantes sobre a sua história previdenciária.
É possível realizar o agendamento de perícias,
consultar cartas de concessão, CNIS, Histórico de Créditos, dentre outras informações. Tempo especial já reconhecido em processo administrativo anterior Segundo determina o Memorando-Circular Conjunto 24 DIRBEN/DIRSAT/INSS, de 25 de julho de 2017, o INSS reconhecerá como tempo especial aquele já analisado e entendido como tal em processo administrativo anterior.
As decisões de não reconhecimento
anteriormente proferidas também poderão ser apenas reafirmadas.
Atenção: com novos elementos probatórios é
possível a reapreciação. Atualização do tempo de contribuição na APS Segundo o Memorando-Circular Conjunto 56 DIRBEN/DIRAT/INSS aos segurados que solicitarem espontaneamente o serviço de Atualização de Tempo de Contribuição, deverá ser resguardado, nos termos do art. 61 da IN INSS/PRES 77/2015, o direito de protocolo, devendo, nestes casos, ser efetuado via Sistema Informatizado de Protocolo da Previdência Social - SIPPS, observado o disposto no art. 691 e parágrafos da referida IN. Atualização do tempo de contribuição na APS
Este serviço deixou de ser “agendável” em
novembro de 2016.
Antes de protocolizar o pedido, o servidor do
INSS poderá SUGERIR a desistência da atualização e a guarda dos documentos pelo cidadão para apresentação junto a eventual requerimento futuro de benefício, quando necessariamente o CNIS será atualizado. Tempo de contribuição x RT
Para que o tempo de contribuição seja
reconhecido pelo INSS, administrativamente, mesmo no caso de RT procedente com reconhecimento de vínculo empregatício e recolhimento das contribuições previdenciárias, é necessário que haja início de prova material nos autos processuais, tais como: recibos, cartões de ponto, holerites, dentre outros.
Fundamentos: art. 55, § 3º, da Lei 8.213/91, art.
71 da IN INSS/PRES 77/15 e Enunciado nº 4 do CRSS (antigo CRPS). Tempo de contribuição x RT
Exceções: revisões em face da majoração dos
salários-de-contribuição e reintegração do empregado (arts. 71, §§ 1º e 5º e 72, § 2º, da IN INSS/PRES 77/15).
Judicialmente a questão tem sido tratada de
forma semelhante pela maioria dos tribunais, sendo certo que o STJ admitiu para julgamento o PUIL 293/PR no que diz respeito ao reconhecimento da sentença trabalhista homologatória de acordo como início de prova material. A Súmula 31, da TNU, diz que deve ser reconhecida como início de prova material. Auxílio-doença x Reabilitação profissional
Auxílio-doença: arts. 59 e seguintes, da Lei 8.213/91.
Caso o segurado esteja parcialmente incapaz para o
trabalho, sendo insusceptível de recuperação para a sua atividade habitual, deve ser mantido o pagamento do auxílio-doença até o término do processo de reabilitação com sucesso ou até a concessão da aposentadoria por invalidez. Auxílio-doença x Reabilitação profissional
Portanto, a incapacidade parcial para o trabalho
– somente para a atividade habitual – é suficiente para ensejar o pagamento do auxílio- doença, sendo autorizada a sua cessação, quando verificado o seu caráter permanente, somente após o fim do processo de reabilitação. Auxílio-doença x Reabilitação profissional
Atenção: caso, o segurado seja reabilitado com
sucesso, tendo em vista a persistência da incapacidade para a atividade habitual, passa a lhe ser devido o auxílio-acidente (art. 86, da Lei 8.213/91).
Precedentes do STJ sobre a necessidade do
processo de reabilitação: REsp 1.034.611/DF, REsp 460.331/AL e REsp 501.267/SP. Lei 13.457/17 (MP 767/17)
Lei 13.457/17: altera a Lei 8.213/91.
Convocação dos segurados (“operação pente fino”): o segurado aposentado por invalidez ou em gozo de auxílio-doença poderá ser convocado a qualquer momento para avaliação das condições que ensejaram o benefício, concedido judicial ou administrativamente, observado o disposto no art. 101, da Lei 8.213/91. (vide arts. 43, § 4º e 60, § 10, da Lei 8.213/91) Lei 13.457/17 (MP 767/17)
Benefícios concedidos em ação judicial com
trânsito em julgado: princípio do paralelismo das formas (art. 505, inciso I, do CPC e art. 71, da Lei 8.212/91).
Precedente do STJ sobre o tema: REsp
1.408.281/SC, decisão monocrática publicada em 07.03.2017, transitada em julgado (jurisprudência conturbada). Lei 13.457/17 (MP 767/17)
Saída técnica: mandado de segurança ou ação
com pedido de tutela antecipada inaudita altera parte!
Dica: despacho com utilização de novas
tecnologias (vídeo salvo no YouTube, link na petição, QR Code (www.e-lemento.com), app leitor de QR Code, escolha do local, vestimenta, identificação do advogado e duração do vídeo). Lei 13.457/17 (MP 767/17)
Benefícios concedidos em ação judicial via
deferimento de tutela provisória EM QUE AINDA NÃO HÁ trânsito em julgado: o Estado detém o monopólio da atividade jurisdicional, sendo, portanto, a cessação administrativa ilegal. (TRF4, APELREEX 0011668-33.2016.404.9999 e AG 5010194-29.2017.404.0000). Lei 13.457/17 (MP 767/17)
Saída técnica: peticionamento imediato ao Juiz
ou Tribunal responsável pelo processo no momento requerendo seja o INSS intimado para que não realize a cessação do benefício administrativamente. (importante ir despachar/uso de novas tecnologias) Tempo de contribuição x Período de recebimento de benefícios por incapacidade
Art. 29, § 5º, da Lei 8.213/91: Se, no período básico
de cálculo, o segurado tiver recebido benefícios por incapacidade, sua duração será contada, considerando-se como salário-de-contribuição, no período, o salário-de-benefício que serviu de base para o cálculo da renda mensal, reajustado nas mesmas épocas e bases dos benefícios em geral, não podendo ser inferior ao valor de 1 (um) salário mínimo. Tempo de contribuição x Período de recebimento de benefícios por incapacidade
Art. 55, inciso II, da Lei 8.213/91: o tempo de serviço
será comprovado na forma estabelecida no Regulamento, compreendendo, além do correspondente às atividades de qualquer das categorias de segurados de que trata o art. 11 desta Lei, mesmo que anterior à perda da qualidade de segurado: (...) I - o tempo intercalado em que esteve em gozo de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez. Tempo de contribuição x Período de recebimento de benefícios por incapacidade
Art. 164, inciso IX, da IN INSS/PRES 77/15: até que lei
específica discipline a matéria, são contados como tempo de contribuição: 1. o não decorrente de acidente do trabalho, entre períodos de atividade, ainda que em outra categoria de segurado; 2. por acidente do trabalho intercalado ou não com período de atividade ou contribuição. Tempo de contribuição x Período de recebimento de benefícios por incapacidade
O período de recebimento de benefício por
incapacidade pode ser considerado para fins de carência? É possível considerar o período em que o segurado esteve no gozo de benefício por incapacidade (auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez) para fins de carência, desde que intercalados com períodos contributivos. (art. 153, § 1º, da IN INSS/PRES 77/2015) Tempo de contribuição x Período de recebimento de benefícios por incapacidade
E o período de recebimento de auxílio-acidente?
Pode ser considerado para fins de carência?
STJ: O auxílio-acidente - e não apenas o auxílio-
doença e a aposentadoria por invalidez - pode ser considerado como espécie de "benefício por incapacidade", apto a compor a carência necessária à concessão da aposentadoria por idade. Tempo de contribuição x Período de recebimento de benefícios por incapacidade
É de ser observada a vetusta regra de hermenêutica,
segundo a qual "onde a lei não restringe, não cabe ao intérprete restringir" (STJ, REsp 1.243.760/PR, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 02/04/2013, DJe 09/04/2013) Tempo especial x Período de recebimento de benefícios por incapacidade
No que diz respeito aos períodos de gozo de auxílio-
doença ou aposentadoria por invalidez, que sucedem período de exercício de atividade especial, o parágrafo único, do art. 65, do Decreto 3.048/99, diz que o período de afastamento deve ser computado como especial, desde que o benefício tenha natureza acidentária. Tempo especial x Período de recebimento de benefícios por incapacidade
Art. 291, da IN INSS/PRES 77/2015: são considerados
períodos de trabalho sob condições especiais, os períodos de descanso determinados pela legislação trabalhista, inclusive férias, os de afastamento decorrentes de gozo de benefícios de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez acidentários, bem como os de recebimento de salário-maternidade, desde que, à data do afastamento, o segurado estivesse exercendo atividade considerada especial. Tempo especial x Período de recebimento de benefícios por incapacidade
O parágrafo único do referido artigo determina
que: os períodos de afastamento decorrentes de gozo de benefício por incapacidade de espécie não acidentária não serão considerados como sendo de trabalho sob condições especiais. Tempo especial x Período de recebimento de benefícios por incapacidade
Entendemos que o afastamento deve ser
computado como especial desde que o benefício por incapacidade suceda interregno no qual houve exercício de atividade especial, independentemente da espécie do benefício. (O Decreto afronta o art. 84, inciso IV, da CF e o art. 29, § 5º, da Lei 8.213/91) Tempo especial x Período de recebimento de benefícios por incapacidade
TNU dos JEF`s: nos autos do Processo nº
5012755-25.2015.4.04.7201 a TNU determinou a suspensão de todos os processos que tramitam pelo JEF sobre o tema.
TRF4: IRDR no Processo 5017896-
60.2016.4.04.0000, aguardando julgamento. Uma nova revisão?
Art. 29, § 5º, da Lei 8.213/91: Se, no período
básico de cálculo, o segurado tiver recebido benefícios por incapacidade, sua duração será contada, considerando-se como salário-de- contribuição, no período, o salário-de-benefício que serviu de base para o cálculo da renda mensal, reajustado nas mesmas épocas e bases dos benefícios em geral, não podendo ser inferior ao valor de 1 (um) salário mínimo. Lei 13.457/17 (MP 767/17)
A aposentadoria por invalidez pode ser
definitiva?
Hipótese 01 (art. 101, da Lei 8.213/91): a partir do
momento em que o segurado completa 60 anos de idade. Lei 13.457/17 (MP 767/17)
Hipótese 02 (nova hipótese criada pela Lei
13.147/17): a partir do momento em que o segurado completa 55 anos de idade e quando decorridos 15 anos da data da concessão da aposentadoria por invalidez ou do auxílio- doença que a precedeu (vide Memorando- Circular Conjunto nº 32 /DIRBEN/DIRSAT/PFE/INSS, de 19.09.2017). Lei 13.457/17 (MP 767/17)
Alta programada
Sempre que possível, o ato de concessão ou de
reativação de auxílio-doença, judicial ou administrativo, deverá fixar o prazo estimado para a duração do benefício.
Duas hipóteses: administrativa e judicial.
Lei 13.457/17 (MP 767/17)
Na ausência de fixação de prazo, o benefício
cessará após o prazo de 120 dias, contado da data de concessão ou de reativação, exceto se o segurado requerer a sua prorrogação perante o INSS, na forma do regulamento. (vide art. 60, §§ 8º e 9º, da Lei 8.213/91)
Justificativa para alta programada:
desburocratização. Lei 13.457/17 (MP 767/17)
O que pensa o STJ sobre a alta programada?
O STJ pensa que há violação ao art. 62 da Lei
8.213/91 e à dignidade da pessoa humana (art. 1º, inciso III, da CF). Lei 13.457/17 (MP 767/17)
Isso porque, não é possível que um sistema
previdenciário, cujo pressuposto é a proteção social, se abstenha de acompanhar a recuperação da capacidade laborativa dos segurados incapazes, atribuindo-lhes o ônus de um auto exame clínico, a pretexto da diminuição das filas de atendimento na autarquia (STJ, AgInt no AREsp 1.049.440/MT e REsp 1.599.554/BA). Lei 13.457/17 (MP 767/17)
Recurso Ordinário e direito à realização de perícia
por médico diverso: o segurado que recorrer à Junta de Recursos do CRSS contra a decisão que entender pela sua aptidão para o trabalho tem direito que a análise médica pericial seja feita pelo assistente técnico médico da JR, sendo este um perito diverso daquele que indeferiu o benefício. (vide § 11, do art. 60, da Lei 8.213/91) Lei 13.457/17 (MP 767/17)
Perda da qualidade de segurado e a possibilidade de
utilização das contribuições vertidas anteriormente para fins de carência: no caso de perda da qualidade de segurado, para efeito de carência da aposentadoria por invalidez e do auxílio-doença, o segurado deverá contar, a partir da nova filiação, com metade dos períodos previstos no art. 25, da Lei 8.213/91, ou seja, 06 contribuições. (vide art. 27-A, da Lei 8.213/91) Aposentadoria especial do contribuinte individual não cooperado
Beneficiários da aposentadoria especial: para o
INSS, somente o segurado empregado, o trabalhador avulso e o contribuinte individual desde que cooperado (art. 247, da IN INSS/PRES 77/2015). Aposentadoria especial do contribuinte individual não cooperado Nos casos de contribuinte individual, nos termos do inciso I, do art. 259, da IN INSS/PRES 77/2015, o INSS deve reconhecer o período trabalhado em atividade especial, por categoria profissional, até 28.04.1995, mediante apresentação de documentos que comprovem, ano a ano, a permanência na atividade exercida (não seria necessária apresentação de PPP ou qualquer formulário). Aposentadoria especial do contribuinte individual não cooperado No que diz respeito ao período trabalhado após a edição da Lei 9.032/95, vejamos o que dispõe a Súmula 62, da TNU: “O segurado contribuinte individual pode obter reconhecimento de atividade especial para fins previdenciários, desde que consiga comprovar exposição a agentes nocivos à saúde ou à integridade física." (DOU 03.07.2012) Aposentadoria especial do contribuinte individual não cooperado
O segurado que se aposenta na modalidade especial
(B-46), pode continuar trabalhando em atividade especial? O art. 57, § 8º, da Lei 8.213/91, diz que NÃO.
Entretanto, questiona-se a constitucionalidade do
dispositivo em face do direito constitucional de livre exercício da profissão (art. 5º, inciso XIII, da CF). Aposentadoria especial do contribuinte individual não cooperado
Precedentes do TRF4: Incidente de Arguição de
Inconstitucionalidade 5001401-77.2012.404.0000 e Apelação/Reexame necessário 5000262- 89.2010.404.7104.
STF: matéria aguarda julgamento no RE
791.961/PR. Tutela antecipada x Devolução dos valores em caso de revogação
Devolução dos valores já recebidos em sede de
tutela antecipada revogada nas ações previdenciárias:
STJ: REsp 1.384.418/SC (ruim) e Embargos de
Divergência em REsp 1.086.154/RS (dupla conformidade).
STF: ARE 734.199/DF e AI 829.661/MS - não há que
se falar devolução. Tutela antecipada: a solução!
Solução 01: produção antecipada de prova (art.
381, do CPC).
Solução 02: realização da perícia antes da
apresentação de Contestação (Recomendação Conjunsta CNJ/AGU/MTPS nº 01, de 15.12.2015). Aposentado no curso do processo judicial de aposentadoria Imaginem o caso: o segurado ajuíza ação previdenciária visando a concessão de sua aposentadoria por tempo de contribuição. Antes que o processo termine, o segurado preenche os requisitos necessários para a concessão do benefício. Requer a aposentadoria administrativamente e PIMBA: aposenta-se.
Posteriormente a ação é julgada procedente.
Aposentado no curso do processo judicial de aposentadoria Problema: o benefício concedido judicialmente é inferior ao que o segurado está recebendo. O juiz, na fase de execução, determina que o segurado opte por um dos benefícios, sendo certo que, caso escolha a prestação concedida administrativamente não receberá os atrasados do benefício garantido pela decisão judicial transitada em julgado. Por outro lado, se escolher o benefício concedido judicialmente a renda mensal da aposentadoria será inferior. Aposentado no curso do processo judicial de aposentadoria 1. Vejam que o Poder Judiciário reconheceu a ILEGALIDADE, praticada pelo INSS e condenou o INSS a conceder a aposentadoria ao segurado.
2. Entendemos que somente assegurando a
percepção dos atrasados decorrentes do benefício deferido judicialmente (período correspondente à DIB deste benefício até a DIB da aposentadoria concedida administrativamente – mais vantajosa) é que se prestigiará a aplicação correta do Direito ao caso concreto e se justificará a movimentação do Poder Judiciário, já que o INSS indeferiu indevidamente o pedido de aposentadoria realizado pelo segurado. Aposentado no curso do processo judicial de aposentadoria 3. Há de ressaltar também que o segurado forçosamente trabalhou por um período adicional até que fosse reconhecido o seu direito à aposentadoria administrativamente!
4. E mais: esperou o término da ação para o
recebimento dos valores devidos pelo INSS, certamente por alguns anos!
5. Seria justo não receber nenhum valor em
decorrência do direito não reconhecido oportunamente pelo INSS? Aposentado no curso do processo judicial de aposentadoria 6. É claro que não. Entendimento contrário premiaria o INSS, que se beneficiaria do ilegal ato administrativo de indeferimento da aposentadoria do segurado.
7. Restaria configurada também a negativa de
vigência aos princípios que norteiam a administração pública, especialmente, aos princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade e da eficiência (art. 37, da CF). Aposentado no curso do processo judicial de aposentadoria 8. O direito adquirido do segurado (art. 6º, § 2º, da LINDB) à aposentadoria por tempo de contribuição (arts. 52 e seguintes da Lei 8.213/91) seria violado!
9. Segundo o Superior Tribunal de Justiça, o
segurado pode optar por receber o valor dos atrasados do benefício concedido judicialmente e também optar pela manutenção do mais vantajoso. Aposentado no curso do processo judicial de aposentadoria 10. Decisões proferidas pelo STJ em maio deste ano de 2017, em casos idênticos, tais como no REsp 1.668.902/PR e no REsp 1.667.360/SC, publicadas em 24.05.2017, corroboram o acima exposto.
11. Do ponto de vista processual, a decisão
proferida na fase de execução que determina que o segurado opte por um dos benefícios caracteriza-se como interlocutória, atacável, portanto, pela interposição de Agravo de Instrumento (art. 1.015, do CPC).