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5 Desafios de Um QA 1708956443

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5 Desafios

de um QA
e suas possíveis soluções
Mentoria em
Teste de Software
Entrevista
O profissional de Controle de Qualidade (QA)
entrevistado, enfrenta desafios como falta de
documentação centralizada, comunicação
deficiente e cultura de qualidade
negligenciada. Além disso, a falta de clareza
nas prioridades e no plano de teste prejudica
o progresso. Esses problemas refletem falta
de estruturação na equipe, afetando o
sucesso do projeto. Solucioná-los requer uma
abordagem abrangente, incluindo melhorias
na documentação, comunicação, cultura da
qualidade e gerenciamento de prioridades.
1- Desafio com Documentação e Requisitos
● Ausência de documentação clara e abrangente
● Prejuízos na comunicação entre equipe e stakeholders devido à falta de clareza nos requisitos
● Mal-entendidos e desperdício de recursos

Possíveis Ações de Melhoria

Para enfrentar desafios na documentação de requisitos e


melhorar a eficiência no desenvolvimento de software
ágil, é crucial adotar abordagens eficazes. Duas
estratégias-chave são:

● Mapeamento de histórias de usuário


● Gerenciamento do ciclo de vida de defeitos.

Essas práticas, em conformidade com os princípios


ágeis, ampliam a compreensão das necessidades dos
usuários e a gestão de defeitos durante o
desenvolvimento do produto.
Fonte: https://erpserv.com.br/metodologia-agil-erpserv/
User Story Mapping (Mapeamento de Histórias de Usuário)

O mapeamento de histórias de usuário é uma


técnica proposta por Jeff Patton em seu livro
"User Story Mapping: Discover the Whole Story,
Build the Right Product". Essa abordagem permite
uma compreensão mais profunda das
necessidades dos usuários e dos fluxos de
trabalho do sistema. Ao criar um mapa visual que
organiza as histórias de usuário em uma
sequência lógica, as equipes podem identificar
lacunas nos requisitos e entender melhor o
contexto em que o produto será utilizado. Isso
facilita a comunicação entre os membros da
equipe e os stakeholders, promovendo uma
compreensão compartilhada do produto e
garantindo que todos estejam alinhados com as
metas do projeto.
Fonte: https://jpattonassociates.com/wp-content/uploads/2015/03/story_mapping.pdf
Ciclo de Defeitos
A gestão de qualidade de software inclui a visualização do ciclo de vida de um defeito, representando graficamente suas
etapas, desde a identificação até o encerramento. Autores como Glenford J. Myers (The Art of Software Testing)
enfatizam a necessidade de compreender esse processo de forma estruturada e eficiente.

Um diagrama ilustrando as etapas permite à


equipe entender o fluxo de trabalho para resolver
problemas durante o desenvolvimento. Isso
envolve a identificação, registro, triagem para
gravidade, análise de causas, correção, teste e
encerramento do defeito. Essa visualização facilita
a compreensão do processo, a definição de
responsabilidades e prioridades, promovendo uma
abordagem colaborativa para melhorar a qualidade
do produto e a satisfação do cliente.

Fonte: https://www.guru99.com/pt/defect-life-cycle.html
2- Desafio com Comunicação
● Ausência de um canal de comunicação central
● Falta de troca de informações importantes entre os membros da equipe

Possíveis Ações de Melhoria

1. Registro de informações importantes


Registrar informações importantes de forma acessível a toda a equipe para evitar desentendimentos e garantir
que nenhuma informação seja negligenciada. Isso promove uma comunicação clara e mantém todos
informados sobre possíveis mudanças no projeto.

2. Conhecer os membros da equipe.


Para uma comunicação eficaz no ambiente de trabalho, é crucial compreender o público interno da empresa.
Estabelecer contatos pessoais para construir confiança, facilitando a transmissão de expectativas, ansiedades
e interesses entre os membros da equipe, é fundamental. O emissor deve considerar o conhecimento do
receptor sobre o assunto e adaptar o nível de linguagem e o grau de interesse para garantir uma comunicação
harmoniosa.
3. Escolher o meio de comunicação adequado
É necessário analisar qual seria o meio de comunicação mais adequado para resolver ou discutir
determinados assuntos. Por exemplo, se precisar registrar algum evento, optar pelo e-mail ou outra forma
mais viável para facilitar a comunicação. O importante é entender o valor que cada uma das ferramentas tem
a oferecer para sua empresa e equipe. A escolha do canal/método certo facilita a aceitação por parte dos
funcionários.

Fonte: Lima & Siqueira (2022)


4. Escolher o discurso e o momento certo
No ambiente profissional, a comunicação deve ser formal, evitando gírias e palavras negativas. Ser direto e
profissional não implica em grosseria. É essencial adaptar o discurso com as palavras certas e o tom
adequado. Evitar gestos ou palavras que gerem percepções negativas é fundamental, assim como iniciar as
conversas de forma positiva e construtiva.

5. Utilizar Feedbacks
Feedback é essencial na comunicação profissional, independentemente do contexto. Expressar opiniões
construtivas e estar aberto a receber críticas contribui significativamente para o crescimento pessoal e
profissional, além de promover um ambiente de trabalho mais enriquecedor. Quando a comunicação é
priorizada em uma empresa, o feedback se torna uma prática cotidiana. Cabe aos líderes fornecer feedbacks
consistentes e precisos à equipe, possibilitando a correção de erros, aprimoramento de processos e
reconhecimento do trabalho bem realizado.
3- Desafio com Cultura da Qualidade
● Testes iniciais não são feitos.
● Desvalorização do QA.
● Qualidade não é vista como um trabalho de todos

Possíveis Ações de Melhoria

A cultura da qualidade é um conjunto de valores que orienta as práticas de trabalho diárias, mantém a equipe
unida e gera resultados positivos.

Três passos para começar a implementar a cultura da qualidade

1- Introdução de práticas que incentive a excelência desde as fases primárias, exigindo, por vezes, uma
reavaliação de procedimentos e até mesmo do ritmo de desenvolvimento do produto. Diante da possível
resistência à mudança, é recomendável iniciar o processo por meio de uma comunicação abrangente com a
equipe, apresentando a nova cultura organizacional como um passo indispensável que abrangerá todas as
etapas e envolverá todos os colaboradores. O ponto central desse desafio está principalmente relacionado à
cultura.: a empresa, ao liderar pelo exemplo, estabelece os alicerces para que seus membros passem a
considerar a qualidade como uma prioridade incontestável.
2- Dissemine o propósito e mostre que a qualidade é responsabilidade de todos, em cada uma das
etapas do projeto.

3- Capacite e conscientize sua equipe; reformule os processos e incorpore ações que promovam a
qualidade; adote abordagens ágeis (uma implementação mais robusta de DevOps, por exemplo,
proporcionará ganhos significativos de escala).

A falta de reconhecimento da importância da qualidade pode prejudicar o desenvolvimento e controle de


qualidade de software, levando a problemas como desvalorização da equipe QA, falta de agilidade no
desenvolvimento, redução da qualidade do software e perda de clientes e recursos.

Uma solução eficaz é implementar uma cultura de qualidade de software


que envolva todos os setores da equipe, incluindo desenvolvedores, QA e
Product Owners/Project Managers. É um processo complexo, porém
fundamental para garantir a qualidade e promover o crescimento da
empresa.
4- Desafio com Clareza de Prioridade
● Desafios na definição de prioridades de testes
● Alterações repentinas de foco durante a sprint e mudanças não previstas nas prioridades das demandas

Possíveis Ações de Melhoria

Good Enough (James Bach, 97)

Pode ser definido em 4 características:

1 - Tem benefícios o suficiente? Tem características que vão realmente dar insumos para nosso cliente que ele
possa usar e ter benefícios?
2 - Tem bugs críticos?
3 - Os benefícios de entregar agora são maiores do que esperar para corrigir?
4 - Será pior se eu entregar o software depois?

Esse modelo permite uma forma de conversar com o time com o intuito de flexibilizar a entrega decidindo o que
será entregue ou não com base nesses quatro pilares. Dessa maneira, conseguindo material o suficiente para
convencer o time onde focar os esforços e quais inconsistências podem ser resolvidas uma outra hora para que
a entrega não seja afetada.
PRISMA (Erik Van Veenendaal)
O objetivo é identificar áreas mais importantes a testar mapeando as áreas que têm o mais alto nível de risco
comercial e/ou técnico.
Etapas do método PRISMA (Product RISk MAnagement):

1)Planejamento - identificar o escopo daquilo que será


desenvolvido e testado, coletar riscos, procurar conhecer áreas
complexas da aplicação, entender as integrações que existem com
sua aplicação e as demais. Pense nas pessoas que vão te ajudar
com a análise de riscos, identificar, analisar, monitorar e mitigar os
riscos.

2)Kick off - Opcional - Reunião inicial para apresentar aos


envolvidos (Dev, Lead e PO) os dados levantados ao longo do
planejamento.

3)Preparação - Alinhar com Dev, Lead a probabilidade dos riscos


se tornarem problemas em potencial. Nota de 1 a 5 não podendo
repetir notas até que os 5 níveis tenham sido usados. Envolver o PO,
identificando o impacto que os riscos para o negócio dando notas
da mesma forma.
Fonte:https://www.erikvanveenendaal.nl/NL/files/PRISMA%20white%20paper%201.4.pdf
4)Pontuação - Verificar se as pontuações dos riscos e impactos estão conforme regra estabelecida para
que a matriz de risco possa ser criada.

5)Reunião de Consenso - Reunião com Dev, Lead e PO para entrar em consenso sobre notas dadas a
probabilidade e impacto. O resultado final deve ser uma matriz de riscos.

6)Escolha da abordagem de testes - Faz a escolha da abordagem de testes que ajude a mitigar esses
riscos. Priorizando o quadrante II onde tem maior probabilidade e impacto, depois o I e IV e por último o III.

Tabela de Identificação e Análise dos Riscos Utilizando esse método, é possível trazer a
visibilidade para o time por onde será iniciado
Risco Probabilidade Impacto Nível do Risco os testes e onde será investido maior esforço.
O conteúdo da matriz é baseado nos riscos
percebidos na fase inicial do projeto, e durante
Risco 1 3 5 15
o projeto o ideal é manter a matriz atualizada
Risco 2 4 3 12 com base nas lições aprendidas.
Mudanças no escopo, contexto ou requisitos
Risco 3 5 2 10 muitas vezes exigirão atualizações, o que torna
o processo iterativo.
Quadrante de Riscos

Fonte: https://pt.slideshare.net/juliodelimas/mot-sp-1-prisma-para-testes-baseados-em-risco
5- Desafio com Excesso de demanda
● Estimativas de tempo irrealistas e/ou sem considerar o estimativas para testes
● Liberação para o estágio de testes no final da sprint com pouco tempo disponível

Possíveis Ações de Melhoria

Limites de WIP - Work in Progress


Concentra a equipe em um conjunto menor de
tarefas, os limites de WIP promovem uma cultura de
conclusão, reduzindo o trabalho "quase feito" e
tornando bloqueios mais visíveis. Eles também
revelam áreas de ociosidade ou sobrecarga,
permitindo que a equipe identifique e corrija
ineficiências, resultando em entrega mais rápida de
valor aos clientes.

Também permite o Slack Time, onde os membros da


equipe podem revisar e aprimorar seu trabalho
anterior, além de servir como espaço para lidar com fonte:https://conaenge.com.br/kanban-e-o-limite-de-wip-work-in-progress/
urgências que possam surgir.
Algumas Métricas (WIP)

Lead Time: tempo para concluir um item desde o


início até o término do processo, incluindo períodos
de espera e trabalho ativo. (permite correções
durante a sprint)

Cycle Time: O tempo médio para concluir uma


tarefa única. Limites de WIP podem reduzir o ciclo
de tempo, limitando o trabalho em progresso e
acelerando conclusões.

WIP por tipo de trabalho: Analisar a


distribuição do trabalho em progresso por tipo de
tarefa (por exemplo, bugs, novos recursos,
melhorias) pode fornecer insights sobre onde os
recursos estão sendo alocados e se há áreas que fonte: https://conaenge.com.br/kanban-e-o-limite-de-wip-work-in-progress/
precisam de mais atenção ou recursos.
Métricas de Testes de Software
Cost Avoidance pode ser empregada para avaliar o impacto financeiro das atividades de teste na redução de
custos associados a defeitos e problemas identificados no software. Exemplo:

● Avaliação do impacto dos testes automatizados: considera o custo de implementação e


manutenção de testes automatizados em relação aos custos associados aos defeitos que esses testes
podem detectar e prevenir.
● Identificação dos benefícios dos testes preventivos: analisa o custo de identificar e corrigir
problemas durante as fases iniciais do ciclo de desenvolvimento em comparação com os custos de resolver
esses mesmos problemas em estágios posteriores.

Outros índices que podem fortalecer o suporte à equipe de QA

● Aumento de Requisitos: O aumento de requisitos é obtido dividindo o número total de requisitos


adicionados pelo número inicial de requisitos, e então multiplicando por 100.
● Número de Testes Executados por Período: O número de testes executados por período é
determinado pela divisão do total de testes executados pelo tempo total decorrido.
Conclusão
As possíveis soluções para
melhorar o trabalho do nosso
QA entrevistado não se
limitam a suas atividades e
campo de atuação. O
desenvolvimento de software
também é um trabalho social,
logo, todas as etapas e
membros da equipe precisam
de mudanças para a saúde de
todo processo e a realização
de entregas eficientes.
Fontes

❏ https://www.linkedin.com/pulse/n%C3%BAmero-de-devs-x-qas-por-que-acho-uma-medida-ineficaz-rodrigo-matola/?ori
ginalSubdomain=pt
❏ https://medium-com.translate.goog/qa-lead/qas-weigh-in-on-burnout-among-software-testing-professionals-9f3a4781
12a9?_x_tr_sl=en&_x_tr_tl=pt&_x_tr_hl=pt-BR&_x_tr_pto=wapp&_x_tr_hist=true
❏ Como trabalhar com limites de WIP no Kanban | Atlassian
❏ Software Testing Metrics: What is, Types & Example
❏ https://www.erikvanveenendaal.nl/NL/files/PRISMA%20white%20paper%201.4.pdf
❏ The Complete 2024 Software Testing Bootcamp com Tarek Roshdy
❏ Mentoria em testes de Software com Julio de Lima
❏ PROBLEMAS DE COMUNICA��O EM UM AMBIENTE DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE | Revista Ada Lovelace
❏ https://adelpha-api.mackenzie.br/server/api/core/bitstreams/e4483548-c552-44d9-9a36-de2e5b40f946/content
❏ https://blog.onedaytesting.com.br/cultura-da-qualidade/
Grupo 8

Carol Protásio Matheus Martins


https://www.linkedin.com/in/carol-protasio https://www.linkedin.com/in/matheusmartinsosilva/

Juliana Samesima Rosemeire Brito


https://www.linkedin.com/in/juliana-samesima/
https://www.linkedin.com/in/rosemeire-brito-qa

Kaique Brito
https://www.linkedin.com/in/kaique-brito-060b261b4/

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